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Aplicativo garante agilidade ao trabalho do inspetor de UBA

17 de Setembro de 2024

A Abrapa lança, essa semana, uma novidade que promete agilizar e muito o trabalho dos inspetores de UBA (Unidade de Beneficiamento de Algodão): o aplicativo SAI Inspetor de UBA, que pode ser baixado no celular, com versões disponíveis para os sistemas Android e IOS.


 Nele, o inspetor de UBA - responsável por garantir o tamanho e peso adequados, além da rastreabilidade das amostras de algodão dentro dos padrões estabelecidos para o PQAB (Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro) - pode fazer a submissão de malas dentro do SAI (Sistema Abrapa de Identificação) e responder ao checklist do PQAB, mesmo estando offline. Também não será mais preciso digitar as etiquetas das amostras e o lacre da mala. Basta apontar a câmera do celular para realizar a leitura.


Segundo a diretora de relações institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi, o principal benefício desse aplicativo é dar mais agilidade ao trabalho dos inspetores nas UBAs. “Antes, eles só conseguiam fazer a submissão das malas no SAI Web estando online. Tinham que digitar as etiquetas e os lacres da mala. Agora, a câmera do celular faz essa leitura e o trabalho pode ser adiantado offline. Quando o inspetor estiver online, o sistema faz a sincronização dos dados. Tudo facilitado, na palma da mão”, conta.  O app já foi testado previamente em quatro UBAs. Duas na Bahia, a Algopar e a Zanotto Cotton; e duas em Goiás, a GM Cotton e a Pamplona.

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Brasil destaca algodão na Índia

Nosso país é o maior exportador da pluma

16 de Setembro de 2024

O Brasil inicia sua participação nos eventos internacionais de 2024/25 com o seminário Cotton Brazil Outlook, marcado para esta sexta-feira (13) em Nova Déli, Índia. O evento, realizado no hotel The LaLit New Delhi, é o primeiro presencial no país promovido pelo Cotton Brazil, uma iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de algodão (Abrapa). Destinado a empresários, investidores e líderes governamentais da indústria têxtil indiana, o seminário visa promover o algodão brasileiro globalmente.


Com o apoio da ApexBrasil e da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), o Cotton Brazil Outlook busca destacar como o algodão brasileiro, conhecido por sua alta qualidade e competitividade de preços, pode beneficiar a indústria têxtil da Índia. Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa, ressaltou que mais de 80% da safra brasileira possui certificação socioambiental, é livre de contaminação e totalmente rastreável.


No ciclo 2023/24, o Brasil superou os Estados Unidos e tornou-se o maior exportador mundial de algodão, respondendo por 37% da oferta global de algodão certificado Better Cotton. Apesar disso, o Brasil detém apenas 5% do mercado indiano, com a Índia importando 8,09 mil toneladas de algodão brasileiro entre agosto de 2023 e julho de 2024, uma queda significativa em relação aos ciclos anteriores.


O seminário abordará a safra 2024/25, projeções de exportação e tendências de mercado, contando com a participação de executivos da Abrapa e do presidente da Anea, Miguel Faus. O evento, que incluirá uma sessão de perguntas e respostas, é organizado com o apoio da Embaixada do Brasil em Nova Déli e em parceria com a Wazir Advisors.

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Rastreabilidade e certificação socioambiental do algodão brasileiro em evidência no V Simpósio de Sementes

13 de Setembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) foi a convidada principal do painel sobre garantia de qualidade no V Simpósio de Sementes de Espécies Forrageiras, realizado no dia 12 de setembro em Foz do Iguaçu (PR), como parte do XXII Congresso Brasileiro de Sementes (CBSementes). O evento destacou a importância da certificação socioambiental, usando o algodão brasileiro como exemplo, e explorou as oportunidades e perspectivas no mercado e na regulação. Além disso, discutiu o papel das forrageiras nos serviços ambientais, incluindo a melhoria do sistema produtivo e a recuperação de áreas degradadas, e analisou os benefícios diretos e indiretos, assim como os impactos do autocontrole na regulação do setor.


“A Abrapa foi convidada a compartilhar sua experiência na implementação do modelo de rastreabilidade e certificação, o ABR (Algodão Brasileiro Responsável), que alcançou o nível de excelência atual. Esta foi uma ótima oportunidade para que produtores de soja, milho, algodão e pecuária — que também utilizam sementes de forrageiras — compreendessem a importância da certificação e rastreabilidade na garantia da origem desses produtos”, afirmou o diretor executivo da associação, Marcio Portocarrero.


O CBSementes termina nesta sexta-feira (13), sendo considerado um ponto de referência na pesquisa e produção de sementes, atendendo às demandas atuais do setor. A programação deste ano destacou quatro simpósios: Tecnologia de Sementes Florestais, Sementes de Espécies Forrageiras, Patologia de Sementes e Análise de Sementes, promovendo um intercâmbio de conhecimentos e práticas entre os participantes. Voltado para pesquisadores, agrônomos, produtores rurais, acadêmicos, representantes de empresas do setor agrícola, formuladores de políticas públicas e interessados na temática da sustentabilidade e inovação no setor de sementes, a expectativa é que o evento reúna cerca de 1,5 mil participantes até o encerramento.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #34/2024 13/09/2024

13 de Setembro de 2024

Destaque da Semana - Após caírem na última sexta-feira, as cotações subiram durante a semana por conta do furacão Francine nos EUA e também do relatório do USDA desta quinta-feira.


Algodão em NY - O contrato Dez/24 fechou nesta quinta 12/09 cotado a 70,38 U$c/lp (+1,4% vs. 05/set). O contrato Dez/25 fechou em 71,33 U$c/lp (+0,5% vs. 05/set).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia é de 814 pts para embarque Out/Nov-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 12/set/24).


Altistas 1 - O USDA reduziu as projeções de produção dos EUA e global e estoque final para o ano-safra de 2024/25 em seu relatório mensal de oferta e demanda.


Altistas 2 - O furacão Francine atingiu a costa norte-americana na quarta-feira, causando chuvas nas plantações do Centro-Sul, que estavam em fase de abertura de capulhos.


Baixistas 1 - Chuvas benéficas ocorreram no oeste do Texas nos últimos dias.


Baixistas 2 - Muitos fabricantes de roupas e têxteis em Bangladesh estão fechados após protestos ocorridos na semana passada.


EUA 1 - As lavouras classificadas como “boas a excelentes” caíram de 44% para 40% na semana. 28% das lavouras estavam “ruins a muito ruins” – quatro pontos percentuais acima da semana passada.


EUA 2 - Com a rentabilidade em risco devido à queda contínua de preços do algodão, os cotonicultores norte-americanos se mobilizaram para aprovar a nova Farm Bill até o final do ano.


China 1 - A estimativa de área plantada com algodão na China foi ampliada pelo BCO para 2,75 milhões ha – 0,7% inferior à do ano passado. A produção também foi atualizada para 6,238 milhões tons – 3,8% acima de 2023.


China 2 - A exportação de produtos têxteis e roupas em agosto aumentou 4,3% em agosto, marcando US$ 27,95 bilhões. No acumulado anual, o valor é de US$ 198,0 bilhões (1% abaixo de 2023).


Bangladesh - Protestos continuam principalmente na área industrial de Ashulia e, com isso, empresas têxteis seguem, em sua maioria, de portas fechadas em Bangladesh.


Vietnã 1 - Foram importadas 131.433 tons de algodão pelo Vietnã em ago/24 – acima de jul/24 e de ago/23. O Brasil forneceu 22% desse total (28.866 tons), ficando atrás da Austrália e EUA.


Vietnã 2 - A indústria têxtil vietnamita pode se tornar uma alternativa interessante para varejistas mundiais frente aos conflitos entre EUA e China e às crises em Bangladesh.


Vietnã 3 - Em agosto, as exportações de têxteis e roupas vietnamitas movimentaram quase US$ 4,1 bilhões – maior total mensal dos últimos tempos. Os EUA absorveram 46% do total, seguidos pelo Japão (11%) e Coreia do Sul (10%).


Índia - O plantio de algodão alcançou 11,2 milhões de hectares na Índia até 6/set – 9,1% menos que no mesmo período de 2023. É a menor área plantada nesta época da safra desde o ciclo 2016/17.


Cotton Brazil 1 - Após participar do congresso anual da ITMF & IAF, uma delegação da Abrapa realizou nesta semana a Missão Índia, primeira do novo ano comercial 2024/25.


Cotton Brazil 2 - A agenda na Índia incluiu reuniões com órgãos governamentais para a formalização do pleito de uma cota de importação de algodão brasileiro sem a cobrança da taxa de 11%.


Cotton Brazil 3 - Hoje (13), Nova Déli recebeu uma edição presencial do “Cotton Brazil Outlook”, para um público em torno de 90 industriais. O evento foi realizado em parceria com a Embaixada do Brasil na cidade e a Wazir Advisors.


Safra 2024 - No relatório mensal divulgado ontem (12), a Conab projetou que a safra 2023/24 em 3,65 milhões tons – recorde histórico. Apesar de uma produtividade 1,5% menor que no ciclo anterior, a produção crescerá 15,1% pela estimativa.


Exportações - As exportações brasileiras de algodão somaram 33,9 mil tons na primeira semana de setembro. A média diária de embarque é 27% menor que a registrada no mesmo mês de 2023.


Colheita 2023/24 - Até ontem (12/09), foram finalizadas as colheitas dos estados do MA, MS, PR e SP, restando ainda 5 estados: BA (93,5%), GO (93,45%), MG (95%) MT ( 99%) e PI (95,1%). Total Brasil: 98%.


Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (12/09), foram beneficiados no estado da BA (65%), GO (60,02%), MA (47%), MG (65%), MS (63%), MT (39%), PI (39,09%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 45,34%.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 12_09

Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Brasil inicia eventos internacionais sobre algodão pela Índia

Cotton Brazil Outlook ocorre nesta sexta (13) em Nova Déli. Seminário é realizado em parceria com a Embaixada Brasileira e a Wazir Advisors

13 de Setembro de 2024

O Brasil começa pela Índia o primeiro evento internacional do ano comercial 2024/25. O seminário Cotton Brazil Outlook ocorre nesta sexta (13), no hotel The LaLit New Delhi, às 10h, na capital Nova Déli. O seminário, promovido pelo Cotton Brazil pela primeira vez de forma presencial na Índia, é dirigido a empresários, investidores e lideranças governamentais inseridos na indústria têxtil indiana.

O Cotton Brazil é uma iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) para promover o algodão brasileiro em escala global. O programa tem parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).

Segunda maior consumidora de algodão no mundo, a Índia é um dos mercados prioritários do Brasil. Um dos objetivos do Cotton Brazil Outlook é mostrar como o algodão brasileiro pode contribuir para ampliar a competitividade da indústria têxtil indiana em escala global, com a oferta de um produto de qualidade com preços atrativos.

“Nos últimos anos, ampliamos nossa presença no mercado internacional com algodão cultivado com responsabilidade socioambiental. Mais de 80% da nossa safra tem certificação socioambiental e alto índice de qualidade. É uma pluma sem contaminação e 100% rastreável”, citou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.

No ano comercial 2023/24, que terminou em julho, o Brasil conquistou pela primeira vez o posto de maior exportador mundial de algodão, à frente dos Estados Unidos. O país sul-americano também se destaca por produzir 37% da oferta mundial de algodão certificado Better Cotton.

Entretanto, os brasileiros respondem por apenas 5% do pujante mercado indiano. De agosto de 2023 a julho de 2024, a Índia importou 8,09 mil toneladas de pluma brasileira – menos da metade do volume registrado no ciclo anterior (16,5 mil tons). Já no ciclo 2021/22, a importação foi de 21,8 mil toneladas. O maior volume de algodão comercializado entre Índia e Brasil foi em 2001/02: 34,1 mil toneladas. Em 2019/20, chegou a 32,4 mil tons.

Durante o seminário, será apresentado o status atual da safra 2024/25 nas lavouras brasileiras. Projeções de exportação, indicadores e tendências também estarão em pauta. Além de executivos da Abrapa, o presidente da Anea, Miguel Fauss, participa do evento.

O Cotton Brazil Outlook é um seminário direcionado a convidados e inclui uma sessão de perguntas e respostas. O evento é realizado pelo Cotton Brazil com apoio da Embaixada do Brasil em Nova Déli e em parceria com a Wazir Advisors.

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“O mundo precisa de mais algodão, e o Brasil é a solução”

12 de Setembro de 2024

Durante o Congresso Brasileiro do algodão (CBA), realizado no início de setembro em Fortaleza (CE), especialistas destacaram o potencial do Brasil como solução para a crescente demanda mundial por algodão. O evento, que pela primeira vez contou com a participação da ORÍGEO, reuniu 80 cotonicultores, influenciadores do setor e pesquisadores renomados, que discutiram as tendências e desafios do mercado.


O CEO da ORÍGEO, Roberto Marcon, ressaltou a importância de fortalecer e integrar o ecossistema agrícola para alcançar uma agricultura mais produtiva, sustentável e rentável. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a produção brasileira deve atingir 3,7 milhões de toneladas neste ano, um aumento em relação ao ciclo anterior.


Manek Gupta, CEO da Viterra na Índia, foi um dos palestrantes convidados pela ORÍGEO e apresentou uma visão otimista sobre o futuro do algodão brasileiro. “Se você olha para o algodão, grande parte da cadeia produtiva é sustentável. E grande parte desse algodão sustentável vem do Brasil. Durante a pandemia, os clientes industriais precisaram buscar alternativas ao algodão, por causa dos altos preços da fibra. Os preços baixaram, mas leva tempo para voltar a usar algodão como antes. O uso dessa fibra crescerá em torno de 2% ao ano, em um ambiente de crescimento econômico e, consequentemente, a demanda", afirma Gupta.


Com o crescimento da demanda global por algodão estimado em cerca de 2% ao ano, Gupta destacou o papel crucial que o Brasil desempenhará no atendimento a essa necessidade. “O mundo precisa de mais algodão, e o Brasil é a solução. Poucos países conseguem produzir algodão com tanta eficiência e a custos tão baixos como o Brasil”, ressaltou o CEO da Viterra. A produtividade crescente no setor algodoeiro nacional é vista como chave para o sucesso, tanto para atender o mercado interno quanto o internacional.

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De olho no futuro do mercado, Brasil participa do congresso do ITMF & IAF

12 de Setembro de 2024

Aguardado pela indústria têxtil mundial, o congresso anual da International Textile Manufacturers Federation (ITMF) e da International Apparel Federation (IAF) antecipou várias tendências do setor. Produtores e exportadores brasileiros de algodão aproveitaram a edição deste ano, que ocorreu em Samarkand, no Uzbequistão, nesta semana, para fortalecer a competitividade da pluma brasileira no cenário mundial.


 O congresso teve como tema “Inovação, cooperação e regulamentação - impulsionadores do setor têxtil e de vestuário”. Boa parte da programação foi um grande painel, com as inovações que a indústria ao redor do globo está desenvolvendo. Em foco, produtos têxteis capazes de atender à demanda tanto do consumidor quanto dos fabricantes.



“Participantes de mais de 35 países acompanharam quase 40 especialistas para compreender melhor a dinâmica da indústria. Além da situação atual das matérias-primas que usamos, e seu desenvolvimento futuro, abordamos regulamentação, inovação, digitalização, colaboração e inteligência artificial, que são e serão relevantes para a cadeia de suprimentos global de têxteis e vestuário nos próximos anos”, analisou Christian Schindler, diretor geral da ITMF.


 Entre as inovações, o destaque foi para as fibras – das artificiais às recicladas–, voltadas para um público preocupado com sustentabilidade. Já as fibras de nova geração, com tecnologias ainda mais avançadas que incluem algodão em sua composição foram percebidas como uma grande oportunidade futura para o Brasil.



“Viemos trazer um recado importante: o algodão brasileiro tem condições de suprir as demandas mais sofisticadas da indústria têxtil mundial. Produzimos em volume e em qualidade, com fibras diversificadas e uma pluma cultivada com responsabilidade socioambiental”, argumentou Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).


No ano comercial 2023/24, o Brasil tornou-se o maior exportador mundial de algodão, à frente dos Estados Unidos. O título tende a se repetir no ciclo atual (2024/2025), reforçando a posição do Brasil como um player importante para a indústria têxtil global.


Um dos motivos para isso é a oferta contínua de pluma de qualidade em larga escala. Em 2024, a previsão é de que o país amplie em 13% a produção anterior, alcançando 3,67 milhões de toneladas. Já a exportação é projetada para 2,86 milhões de toneladas, 6,7% acima do realizado em 2023/24.


“Temos produção e logística para garantir um fornecimento firme nos 12 meses do ano, e capacidade para ampliarmos, conforme a demanda aumente. E isso porque cultivamos algodão de forma responsável e eficiente, o que nos permite também ter preços competitivos”, explicou Schenkel.


Na última safra, mais de 80% da produção brasileira recebeu certificação socioambiental. O país é o maior fornecedor de algodão Better Cotton no mundo (37% do total) e os indicadores de qualidade mostram evolução ano a ano.


O uso do algodão como um dos materiais no mix de fibras sintéticas é uma oportunidade, afirma Celestino Zanella, vice-presidente da Abrapa. “É mais uma opção de mercado para nós e estamos prontos para atender a essa demanda”, afirmou o produtor.


Focados na ampliação de mercado, os brasileiros avaliaram positivamente o painel de novidades do congresso anual da ITMF & IAF. “Conhecer as tendências das outras fibras é fundamental para traçarmos nossos planos daqui pra frente, sempre com o objetivo de termos mais participação no mercado. Além disso, vimos técnicas de circularização e reciclagem muito úteis”, avaliou Miguel Faus, presidente da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea).


Cotton Brazil


O Cotton Brazil é a iniciativa que representa e promove o algodão brasileiro em escala global. Ele é resultado da parceria entre a Abrapa, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), e a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). O programa foi criado em 2020 e tem escritório de representação em Singapura, focando em dez países prioritários, com ênfase para o mercado asiático.

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O Relatório de Qualidade do Algodão Brasileiro está de volta!

12 de Setembro de 2024

No Brasil, a colheita do algodão caminha para a fase final. Nos 12 laboratórios HVI do país, 83 equipamentos estão trabalhando intensamente para analisar a produção. Isso representa um total de aproximadamente 17.089.252 análises, garantindo total transparência na avaliação da qualidade da pluma produzida. Até agosto, foram analisadas 6.060.472 amostras da safra 2023/2024. Para conferir os índices de qualidade do algodão brasileiro apurados até agora, acesse o Relatório de Qualidade do Algodão Brasileiro – safra 2023/2024 – agosto de 2024, no link  https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/09/Relatorio-de-Qualidade-do-Algodao-Brasileiro-%E2%80%93-safra-2023.24-agosto.pdf

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Mato Grosso No Ar: Entrevista Alexandre Schenkel - Parte 2

11 de Setembro de 2024

A entrevista da semana de hoje é com o presidente da Abrapa – Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Alexandre Schenkel. Agora ele conversa com Vanderlei Munhoz sobre a industrialização do algodão em Mato Grosso, as dificuldades encontradas pela indústria, o diálogo com os governos estadual e federal e a preocupação com a reforma tributária.


Confira: https://www.matogrossonoar.com.br/artigo/entrevista-da-semana-parte-2-alexandre-schenkel

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Safra de algodão 23/24: produção brasileira elevada apesar de desafios com clima e pragas

11 de Setembro de 2024

Os dados oficiais da Conab apontam que, até esta segunda-feira (09), a safra de algodão 2023/24 está 95,6% colhida no Brasil. Com os trabalhos em sua reta final, a avaliação da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) é de que a produção pode configurar recorde histórico, mais em função do aumento de área do que pela produtividade.


“Foi um ano interessante. Foi prejudicial para a soja que antecede 70% da safra de algodão e isso fez uma janela de plantio mais curta em janeiro, então não favoreceu tanto o algodão. Estávamos torcendo por boas chuvas no final do ciclo, o que fez com que tivéssemos boas produtividades. Vamos ter uma produtividade boa, mas não excelente como foi 2023, é uma safra boa mas não excepcional, mas por causa do aumento de área neste ano vamos bater recorde de produção”, diz Alexandre Schenkel, Presidente da Abrapa.


Exemplo deste cenário é o estado do Mato Grosso, principal produtor de algodão do Brasil. De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), houve aumento de 21,57% na área semeada na safra 23/24 em relação ao plantio de 22/23. Já a produtividade registrada ficou 6,42% menor no atual ciclo. Sendo assim, a produção final do Mato Grosso deve ficar em 6,39 milhões de toneladas de algodão em caroço, 13,9% superior ao ciclo 22/23.


O saldo é parecido também em Goiás, onde apesar das dificuldades, a produção final vem sendo registrada acima do esperado. “Foi um ano atípico, tivemos problemas climáticos no início do estabelecimento da cultura, tivemos problemas com pragas, mosca-branca foi um alvo bastante forte na soja e depois no algodão e o bicudo sempre presente. Foi um ano desafiador para o produtor, mas o balanço é positivo, a maioria das regiões e dos produtores com quem a gente conversou está atingindo produção maior do que o esperado”, diz Carlos Alberto Moresco, Vice-presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa).


“O que chamou mais a atenção foram infestações altas de bicudo em praticamente todas as regiões produtoras, mas tivemos também problema com mosca-branca que na cultura da soja já foi um problema bem maior do que nas quatro safras anteriores, problema de tripes também com uma população na soja e ofertando também no algodão e lagartas mais na região da Bahia do que no Mato Grosso”, relata a Pesquisadora da Fundação MT, Lúcia Vivan.


“O bicudo sempre foi a principal praga do algodoeiro, mas temos que ficar cada vez mais atentos porque foi um desafio muito grande nesse ano demandando muitas aplicações para o controle. Também a mancha-alvo teve um ataque muito severo porque tivemos um período de chuvas muito grande no mês de abril que prejudicou as lavouras do Mato Grosso e aumento a tensão para manchas foliares”, acrescenta Schenkel.


Quem também destaca esse aumento nos casos de mancha-alvo nos algodoeiros é Guilherme Hungueria, Gerente de Campanhas para Milho e Algodão da Bayer. “Essa safra foi bastante atípica para o produtor de algodão, especialmente no Mato Grosso onde houve condições climáticas inesperadas. Somado a isso, a gente viu um comportamento diferente de uma doença que é conhecida do produtor que é a mancha-alvo. Nesse sentido, a gente trabalhou fortemente para identificar o que vem acontecendo com essa doença, trabalhamos nos laboratórios juntamente com outros pesquisadores. O produtor enfrentou uma janela de plantio diferente, situações climáticas diferentes e esse é um fungo necrotrófico, que tem comportamento de permanecer nos restos das culturas, são diversos fatores que podem ter contribuído”.


A pesquisadora explica que as condições climáticas desta temporada acabaram sendo mais favoráveis ao desenvolvimento das pragas. “Isso se deu em virtude do período mais seco e da dificuldade de destruição da soqueira, que manteve algumas plantas na cultura da soja. Tivemos também uma janela de plantio maior com relação à outras safras até pela dificuldade de plantio da soja em período correto, então muitas áreas que eram de segunda safra de algodão passaram a ser primeira safra. Então na cultura da soja já tivemos uma infestação muito maior e isso acaba passando para a cultura do algodão”, diz Vivan.

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