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Safra brasileira de algodão 2024/2025 deverá ser 8% maior e Brasil pode manter a liderança global nas exportações

20 de Setembro de 2024

As primeiras estimativas para a safra de algodão 2024/2025 pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram divulgadas na manhã desta quarta-feira (18), durante a 76ª reunião do foro, presidido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). De acordo com o levantamento sobre os dados indicados pelas associações de produtores estaduais, a área plantada com a cultura, no país, deverá ser em torno de 7,4% maior, em relação ao ciclo 2023/2024, chegando a 2,14 milhões de hectares. Neste cenário, e considerando uma produtividade projetada em 1859 quilos de algodão beneficiado (pluma) por hectare (0,6%), a produção pode chegar a 3,97 milhões de toneladas de algodão, um crescimento aproximado de 8%.


Os números iniciais são mais otimistas do que os divulgados no dia anterior pela Conab, que projeta uma produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma, numa área de 2 milhões de hectares, com produtividade esperada de 1831 quilos por hectare. Os dados foram consolidados na 76ª reunião da Câmara, que ocorreu por conferência pela internet, reunindo elos diversos da cadeia de valor, como a indústria e os exportadores.


Na oportunidade, também foram fechados os números obtidos em 2023/2024. No quinto levantamento do período, o Brasil registrou área total de 1,99 milhão de hectares, com produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma e produtividade de 1848 quilos de pluma por hectare, praticamente os mesmos divulgados no levantamento anterior, feito em junho de 2024. O estado de Mato Grosso se manteve como o maior produtor nacional, com 2,67 milhões de toneladas de algodão em pluma, colhidos numa área de 1,47 milhões de hectares, seguido pela Bahia, que colheu 679,8 mil toneladas, em 345,4 mil hectares, e por Mato Grosso do Sul, que registrou produção de 66,6 mil toneladas e área 32 mil hectares.


“As projeções para a safra que virá são ainda muito preliminares. Para consolidar a previsão, vai depender muito da produtividade, que por sua vez está atrelada ao clima, sobre o qual não temos ingerência. Por isso, e considerando também o mercado, a nossa recomendação é que o produtor se preocupe muito em reduzir – ou otimizar – os custos e fazer o melhor possível para aumentar a produtividade, para compensar os preços não tão atrativos no momento”, afirma o presidente da Abrapa e da Câmara Setorial, Alexandre Schenkel.


Liderança deve ser mantida


De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Faus, para o próximo ciclo, as expectativas são de que o Brasil continue como o maior exportador global, frente aos Estados Unidos em volume exportado. A boa notícia, contudo, acontece num período desafiador. Segundo Faus, o mercado internacional de algodão tem apresentado oscilações entre 68 e 72 centavos por libra-peso nos últimos meses, refletindo uma demanda fraca.


“A oferta global, marcada por grandes safras no Brasil, Estados Unidos e Austrália, contrasta com uma demanda moderada, especialmente pela redução das importações da China, o maior comprador mundial. A China, que no ciclo anterior representava 50% das exportações brasileiras, agora absorve apenas cerca de 20%, desafiando o setor a buscar novos mercados, como Índia e Egito”, explica.


No mercado interno, ainda de acordo com a Anea, a demanda segue moderada, e a expectativa é de que o preço se mantenha estável, com possível queda no final do ano devido ao aumento da oferta. No entanto, a qualidade e o rendimento da safra têm sido positivos, o que traz otimismo para o setor.


“Será um grande marco confirmar a liderança do Brasil nas exportações de algodão, porque prova que não foi apenas uma casualidade da conjuntura, mas é uma tendência duradoura.  Esse é o fruto de um trabalho que é resultado da união de todo o setor, catalisado pela ação assertiva do Cotton Brazil, iniciativa de promoção do algodão brasileiro no mercado externo, implementada pela Abrapa, Anea e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, ApexBrasil”, diz o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.


Desempenho da Indústria Têxtil e de Vestuário (2024)


De janeiro a julho de 2024, a produção têxtil cresceu 3,6% e a de vestuário 1,3%. No entanto, ao longo de 12 meses, o vestuário ainda apresenta queda de -1,4%. A importação de vestuário subiu 12,9% de janeiro a agosto, e a importação do setor, como um todo, subiu 13,4%. Já a exportação de têxteis e confeccionados caiu 9,5%, principalmente devido à crise na Argentina, principal mercado do Brasil. O setor gerou quase 25 mil novos empregos no período, mas prevê cortes no final do ano, o que é corriqueiro devido a sazonalidade da produção.


“O varejo de vestuário mostra sinais de recuperação, com previsão de atingir 1,1% positivo até o final de 2024. A confiança empresarial e o cenário econômico são otimistas, refletindo o controle da inflação e a expectativa de crescimento do PIB”, disse o representante da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Oliver Tan Oh.


Alternativas ao Porto de Santos


Durante a reunião da Câmara Setorial, o tema da logística portuária também foi tratado, tendo como convidado o consultor Luiz Antonio Pagot, que mostrou resultados de um estudo encomendado pela Abrapa e a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), para avaliar alternativas ao Porto de Santos para o embarque da pluma para o mercado externo. Segundo o consultor, está sendo avaliada a viabilidade de outros portos, como Itajaí, Itaguaí, Paranaguá e Salvador, para tentar reduzir os custos e melhorar a eficiência das operações, dada a escalada de preços no Porto de Santos.


“Alguns portos já estão operando com sucesso, como Itajaí e Itaguaí, enquanto outros, como Paranaguá, ainda enfrentam desafios, como falta de contêineres vazios”, explicou.


Segundo Pagot, a exploração de novos portos tem se mostrado eficaz, com Salvador surgindo como uma opção promissora. A linha da MSC, que opera semanalmente, conecta diretamente à Ásia, passando por Suape e Itaguaí antes de seguir para destinos como a China. Isso permite um tempo de trânsito competitivo (cerca de 38 dias até a Ásia), com redução de custos de transporte — de R$ 1.700,00 para cerca de R$ 900,00 por contêiner, tornando Salvador uma alternativa viável e economicamente vantajosa. “Além disso, o porto oferece uma grande disponibilidade de contêineres vazios e armazéns REDEX especializados em estufagem de algodão, com capacidade crescente. A consolidação de Salvador como hub de exportação representa um alívio significativo para os produtores, especialmente do Mato Grosso e da Bahia, que agora contam com um porto confiável e eficiente para escoar sua produção para mercados internacionais”, concluiu.

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Safra brasileira de algodão 24/25 deve superar em 8% a temporada anterior

Cenário positivo mantém Brasil na liderança global das exportações de algodão

20 de Setembro de 2024

O Brasil deve colher na safra 2024/2025 3,97 milhões de toneladas de algodão, um crescimento aproximado de 8% sobre a safra anterior. A projeção consta em um levantamento apresentado nesta quarta-feira,18, durante a 76ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de de Algodão e Derivados.


De acordo com dados indicados pelas associações de produtores estaduais, a área plantada com a cultura no país deverá ser 7,4% maior, em relação ao ciclo 2023/2024, chegando a 2,14 milhões de hectares. A produtividade projetada é de 1.859 quilos de algodão beneficiado (pluma) por hectare, 0,6% superior à safra passada.


Os números iniciais da Câmara Setorial são mais otimistas do que os divulgados recentemente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que projeta uma produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma, numa área de 2 milhões de hectares, com produtividade esperada de 1.831 quilos por hectare.


“As projeções para a safra que virá são ainda muito preliminares. Para consolidar a previsão, vai depender muito da produtividade, que por sua vez está atrelada ao clima, sobre o qual não temos ingerência. Por isso, e considerando também o mercado, a nossa recomendação é que o produtor se preocupe muito em reduzir – ou otimizar – os custos e fazer o melhor possível para aumentar a produtividade, para compensar os preços não tão atrativos no momento”, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e da Câmara Setorial, Alexandre Schenkel.


Liderança exportadora deve ser mantida


De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Faus, para o próximo ciclo, as expectativas são de que o Brasil continue como o maior exportador global, frente aos Estados Unidos, em volume exportado. A boa notícia, contudo, acontece num período desafiador. Segundo Faus, o mercado internacional de algodão tem apresentado oscilações entre 68 e 72 centavos por libra-peso nos últimos meses, refletindo uma demanda fraca.


“A oferta global, marcada por grandes safras no Brasil, Estados Unidos e Austrália, contrasta com uma demanda moderada, especialmente pela redução das importações da China, o maior comprador mundial. A China, que no ciclo anterior representava 50% das exportações brasileiras, agora absorve apenas cerca de 20%, desafiando o setor a buscar novos mercados, como Índia e Egito”, explica.


No mercado interno, ainda de acordo com a Anea, a demanda segue moderada e a expectativa é de que o preço se mantenha estável, com possível queda no final do ano devido ao aumento da oferta. No entanto, a qualidade e o rendimento da safra têm sido positivos, o que traz otimismo para o setor.


“Será um grande marco confirmar a liderança do Brasil nas exportações de algodão, porque prova que não foi apenas uma casualidade da conjuntura, mas é uma tendência duradoura.  Esse é o fruto de um trabalho que é resultado da união de todo o setor, catalisado pela ação assertiva do Cotton Brazil, iniciativa de promoção do algodão brasileiro no mercado externo, implementada pela Abrapa, Anea e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, ApexBrasil”, diz Schenkel.


Desempenho da indústria têxtil e de vestuário (2024)


Ainda de acordo com dados apresentados nesta quarta, de janeiro a julho de 2024, a produção têxtil cresceu 3,6% e a de vestuário 1,3%. No entanto, ao longo de 12 meses, o vestuário apresenta queda de 1,4%. A importação de vestuário subiu 12,9%, de janeiro a agosto, e a importação do setor, como um todo, subiu 13,4%.


Já a exportação de têxteis e confeccionados caiu 9,5%, principalmente devido à crise na Argentina, principal mercado do Brasil. O setor gerou quase 25 mil novos empregos no período, mas prevê cortes no final do ano, o que é corriqueiro devido à sazonalidade da produção.


“O varejo de vestuário mostra sinais de recuperação, com previsão de atingir 1,1% positivo até o final de 2024. A confiança empresarial e o cenário econômico são otimistas, refletindo o controle da inflação e a expectativa de crescimento do PIB”, disse o representante da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Oliver Tan Oh.


Alternativas ao Porto de Santos


Durante a reunião da Câmara Setorial, o tema da logística portuária também foi tratado, tendo como convidado o consultor Luiz Antonio Pagot. O especialista mostrou resultados de um estudo encomendado pela Abrapa e a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) para avaliar alternativas ao Porto de Santos, por onde embarca a produção para o mercado externo. Segundo o consultor, está sendo avaliada a viabilidade de outros portos, como Itajaí, Itaguaí, Paranaguá e Salvador, para tentar reduzir os custos e melhorar a eficiência das operações, dada a escalada de preços no Porto de Santos.


“Alguns portos já estão operando com sucesso, como Itajaí e Itaguaí, enquanto outros, como Paranaguá, ainda enfrentam desafios, como a falta de contêineres vazios”, explicou o consultor.


Segundo Pagot, a exploração de novos portos tem se mostrado eficaz, com Salvador surgindo como uma opção promissora. A linha da MSC, que opera semanalmente, conecta diretamente à Ásia, passando por Suape e Itaguaí antes de seguir para destinos como a China. Conforme o especialista, isso permite um tempo de trânsito competitivo (cerca de 38 dias até a Ásia), com redução de custos de transporte — de R$ 1.700,00 para cerca de R$ 900,00 por contêiner, tornando Salvador uma alternativa viável e economicamente vantajosa.


Safra de algodão 2023/2024


Durante a reunião, também foram apresentados os números obtidos, pela Câmara Setorial, no 5° levantamento da safra de algodão 2023/2024. No período, o Brasil registrou área total de 1,99 milhão de hectares, com produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma e produtividade de 1.848 quilos de pluma por hectare, praticamente os mesmos divulgados no levantamento anterior, feito em junho de 2024.


Conforme a apresentação, o estado de Mato Grosso se manteve como o maior produtor nacional, com 2,67 milhões de toneladas de algodão em pluma, colhidos numa área de 1,47 milhões de hectares, seguido pela Bahia, que colheu 679,8 mil toneladas, em 345,4 mil hectares, e por Mato Grosso do Sul, que registrou produção de 66,6 mil toneladas e área 32 mil hectares.

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Safra de algodão 2024/2025 cresce 7,4%

“Será um grande marco confirmar a liderança do Brasil nas exportações de algodão"

20 de Setembro de 2024

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do algodão e Derivados divulgou que a safra de algodão 2024/2025 deve crescer 7,4%, com uma área de 2,14 milhões de hectares e produção prevista de 3,97 milhões de toneladas. A previsão é mais otimista que a da Conab, que estima 3,68 milhões de toneladas em 2 milhões de hectares. Para 2023/2024, o Brasil teve uma produção de 3,68 milhões de toneladas em 1,99 milhão de hectares, com Mato Grosso liderando a produção.


“As projeções para a safra que virá são ainda muito preliminares. Para consolidar a previsão, vai depender muito da produtividade, que por sua vez está atrelada ao clima, sobre o qual não temos ingerência. Por isso, e considerando também o mercado, a nossa recomendação é que o produtor se preocupe muito em reduzir – ou otimizar – os custos e fazer o melhor possível para aumentar a produtividade, para compensar os preços não tão atrativos no momento”, afirma o presidente da Abrapa e da Câmara Setorial, Alexandre Schenkel.


Miguel Faus, da Anea, prevê que o Brasil continuará como o maior exportador global de algodão. No entanto, o mercado enfrenta preços oscilantes entre 68 e 72 centavos por libra-peso devido à demanda fraca e à redução das importações pela China, que agora compra apenas 20% do algodão brasileiro. O setor busca novos mercados, como Índia e Egito. No mercado interno, a demanda é moderada, e os preços podem cair no final do ano, mas a qualidade da safra é positiva, gerando otimismo.


“Será um grande marco confirmar a liderança do Brasil nas exportações de algodão, porque prova que não foi apenas uma casualidade da conjuntura, mas é uma tendência duradoura.  Esse é o fruto de um trabalho que é resultado da união de todo o setor, catalisado pela ação assertiva do Cotton Brazil, iniciativa de promoção do algodão brasileiro no mercado externo, implementada pela Abrapa, Anea e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, ApexBrasil”, diz o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.

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Câmara setorial estima aumento de 7,4% da área de algodão na temporada 2024/25

20 de Setembro de 2024

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária, estima que a área plantada com algodão no País em 2024/25 cresça 7,4% em relação a 2023/2024, e atinja 2,14 milhões de hectares. Durante a 76ª reunião da câmara, presidida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), foi divulgado levantamento considerando os dados indicados pelas associações de produtores estaduais.


A produtividade projetada é de 1.859 quilos de algodão beneficiado (pluma) por hectare, o que aponta para produção de 3,97 milhões de toneladas de algodão, 8% maior que a da temporada anterior.


Em nota, a Abrapa diz que os números são mais otimistas do que os divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que projeta uma produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma, numa área de 2 milhões de hectares, com produtividade esperada de 1.831 quilos por hectare.


“Para consolidar a previsão, vai depender muito da produtividade, que, por sua vez, está atrelada ao clima, sobre o qual não temos ingerência. Por isso, e considerando também o mercado, a nossa recomendação é que o produtor se preocupe muito em reduzir – ou otimizar – os custos e fazer o melhor possível para aumentar a produtividade, para compensar os preços não tão atrativos no momento”, afirma na nota o presidente da Abrapa e da Câmara Setorial, Alexandre Schenkel.


Sobre a temporada 2023/24, a Abrapa informou área total de 1,99 milhão de hectares, com produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma e produtividade de 1.848 quilos de pluma por hectare, em linha com o levantamento anterior, de junho. “O Estado de Mato Grosso se manteve como o maior produtor nacional, com 2,67 milhões de toneladas de algodão em pluma, colhidos numa área de 1,47 milhões de hectares, seguido pela Bahia, que colheu 679,8 mil toneladas, em 345,4 mil hectares, e por Mato Grosso do Sul, que registrou produção de 66,6 mil toneladas e área 32 mil hectares.


No evento desta quarta-feira, o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Faus, disse esperar que no próximo ciclo o Brasil continue como o maior exportador global. “A oferta global, marcada por grandes safras no Brasil, Estados Unidos e Austrália, contrasta com uma demanda moderada, especialmente pela redução das importações da China, o maior comprador mundial. A China, que no ciclo anterior representava 50% das exportações brasileiras, agora absorve apenas cerca de 20%, desafiando o setor a buscar novos mercados, como Índia e Egito”, afirmou.


Quanto ao mercado interno, a Anea destacou a demanda “moderada”, e a expectativa é de que o preço se mantenha estável, com possível queda no final do ano devido ao aumento da oferta.


Ainda de acordo com a nota da Abrapa, de janeiro a julho de 2024, a produção têxtil cresceu 3,6% e a de vestuário 1,3%. No entanto, ao longo de 12 meses, o vestuário ainda apresenta queda de -1,4%. A importação de vestuário subiu 12,9% de janeiro a agosto, e a importação do setor subiu 13,4%. “Já a exportação de têxteis e confeccionados caiu 9,5%, principalmente devido à crise na Argentina, principal mercado do Brasil.”

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Dia Mundial do Algodão e Cotton Brazil são destaque em assembleia da Abrapa

20 de Setembro de 2024

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, conduziu a 2ª Assembleia Geral Extraordinária de Representantes, realizada em 19 de setembro, encerrando a maratona de reuniões estatutárias do mês. O encontro online contou com a participação do Conselho de Administração, Delegados e Diretores Executivos das Associações Estaduais, e teve como pauta a aprovação de temas estratégicos, incluindo as comemorações do Dia Mundial do Algodão, programado para 07 de outubro, e as iniciativas do programa Cotton Brazil.


Durante a assembleia, ficou aprovada a prestação de contas referente ao primeiro semestre de 2024. O progresso em relação as tratativas para a renovação da parceria com a Better Cotton, uma das principais certificadoras de algodão do mundo foi informado aos participantes. Desde 2013, o Algodão Brasileiro Responsável (ABR) tem trabalhado em colaboração com a BC, incorporando critérios internacionais ao programa brasileiro e fortalecendo a posição do algodão nacional no mercado global.


A campanha da Abrapa para o Dia Mundial do Algodão, que tem como tema “A fibra de todas as gerações”, também passou pela análise dos presentes e seguirá para execução. O objetivo é valorizar a versatilidade e as histórias em torno do algodão brasileiro, promovendo uma celebração que envolva diversas gerações. “Queremos que a campanha gere desdobramentos que alcancem todos os públicos, desde os produtores até as marcas de moda parceiras”, destacou Silmara Ferraresi, diretora de relação institucionais da entidade.


Outro ponto tratado foi o desempenho do Cotton Brazil, com foco no último trimestre. Criado pela Abrapa para promover o algodão brasileiro em escala global, o programa conta com a parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). Marcelo Duarte, diretor de relações internacionais, apresentou resultados preliminares do trabalho da consultoria contratada em Asia para avaliar a percepção da qualidade do algodoa brasileiro junto fiações internacionais. Comentou também sobre a assessoria estratégica em comunicação que será prestada por George Candon, especialista em comunicação e reputação. O trabalho, que está apenas começando, resultara na realização de dois workshops antes do International Cotton Association (ICA), agendados para os dias 14 e 15 de outubro.


Por fim, ficou decidido que uma comissão formada por ex-presidentes será responsável por organizar o pleito eleitoral para os conselhos de administração e fiscal da Abrapa para o biênio 2025/2026, conforme exigência estatutária.

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Relatório de Safra - setembro 2024

20 de Setembro de 2024

As primeiras projeções para a safra brasileira de algodão 2024/2025 foram divulgadas esta semana, na 76ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, realizada na última quarta-feira (18). Os números são ainda preliminares, mas animadores. A produção deve ser por volta de 8% maior do que a registrada em 2023/2024, podendo chegar a 3,97 milhões de toneladas de pluma, numa área plantada de 2,14 milhões de hectares, 7,4% a mais do que a registrada no ciclo anterior. Até o momento, a expectativa do USDA é de que o Brasil se mantenha no posto de maior exportador mundial de algodão, e de terceiro maior produtor. A Câmara Setorial também consolidou os números da safra 2023/2024 no Brasil. As informações completas e um panorama da produção e do mercado global da commodity, você acompanha no Levantamento da Safra de Setembro.


Clique no link e acesse o documento: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/09/Relatorio-de-Safra-%E2%80%93-setembro-de-2024.pdf

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Safra brasileira de algodão 2024/2025 deverá ser 8% maior e Brasil pode manter a liderança global nas exportações

19 de Setembro de 2024

As primeiras estimativas para a safra de algodão 2024/2025 pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram divulgadas na manhã desta quarta-feira (18), durante a 76ª reunião do foro, presidido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). De acordo com o levantamento sobre os dados indicados pelas associações de produtores estaduais, a área plantada com a cultura, no país, deverá ser em torno de 7,4% maior, em relação ao ciclo 2023/2024, chegando a 2,14 milhões de hectares. Neste cenário, e considerando uma produtividade projetada em 1859 quilos de algodão beneficiado (pluma) por hectare (0,6%), a produção pode chegar a 3,97 milhões de toneladas de algodão, um crescimento aproximado de 8%.


Os números iniciais são mais otimistas do que os divulgados no dia anterior pela Conab, que projeta uma produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma, numa área de 2 milhões de hectares, com produtividade esperada de 1831 quilos por hectare. Os dados foram consolidados na 76ª reunião da Câmara, que ocorreu por conferência pela internet, reunindo elos diversos da cadeia de valor, como a indústria e os exportadores.


Na oportunidade, também foram fechados os números obtidos em 2023/2024. No quinto levantamento do período, o Brasil registrou área total de 1,99 milhão de hectares, com produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma e produtividade de 1848 quilos de pluma por hectare, praticamente os mesmos divulgados no levantamento anterior, feito em junho de 2024. O estado de Mato Grosso se manteve como o maior produtor nacional, com 2,67 milhões de toneladas de algodão em pluma, colhidos numa área de 1,47 milhões de hectares, seguido pela Bahia, que colheu 679,8 mil toneladas, em 345,4 mil hectares, e por Mato Grosso do Sul, que registrou produção de 66,6 mil toneladas e área 32 mil hectares.


“As projeções para a safra que virá são ainda muito preliminares. Para consolidar a previsão, vai depender muito da produtividade, que por sua vez está atrelada ao clima, sobre o qual não temos ingerência. Por isso, e considerando também o mercado, a nossa recomendação é que o produtor se preocupe muito em reduzir – ou otimizar – os custos e fazer o melhor possível para aumentar a produtividade, para compensar os preços não tão atrativos no momento”, afirma o presidente da Abrapa e da Câmara Setorial, Alexandre Schenkel.



Liderança deve ser mantida


De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Faus, para o próximo ciclo, as expectativas são de que o Brasil continue como o maior exportador global, frente aos Estados Unidos em volume exportado. A boa notícia, contudo, acontece num período desafiador. Segundo Faus, o mercado internacional de algodão tem apresentado oscilações entre 68 e 72 centavos por libra-peso nos últimos meses, refletindo uma demanda fraca.


“A oferta global, marcada por grandes safras no Brasil, Estados Unidos e Austrália, contrasta com uma demanda moderada, especialmente pela redução das importações da China, o maior comprador mundial. A China, que no ciclo anterior representava 50% das exportações brasileiras, agora absorve apenas cerca de 20%, desafiando o setor a buscar novos mercados, como Índia e Egito”, explica.


No mercado interno, ainda de acordo com a Anea, a demanda segue moderada, e a expectativa é de que o preço se mantenha estável, com possível queda no final do ano devido ao aumento da oferta. No entanto, a qualidade e o rendimento da safra têm sido positivos, o que traz otimismo para o setor.


“Será um grande marco confirmar a liderança do Brasil nas exportações de algodão, porque prova que não foi apenas uma casualidade da conjuntura, mas é uma tendência duradoura.  Esse é o fruto de um trabalho que é resultado da união de todo o setor, catalisado pela ação assertiva do Cotton Brazil, iniciativa de promoção do algodão brasileiro no mercado externo, implementada pela Abrapa, Anea e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, ApexBrasil”, diz o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.



Desempenho da Indústria Têxtil e de Vestuário (2024)


De janeiro a julho de 2024, a produção têxtil cresceu 3,6% e a de vestuário 1,3%. No entanto, ao longo de 12 meses, o vestuário ainda apresenta queda de -1,4%. A importação de vestuário subiu 12,9% de janeiro a agosto, e a importação do setor, como um todo, subiu 13,4%. Já a exportação de têxteis e confeccionados caiu 9,5%, principalmente devido à crise na Argentina, principal mercado do Brasil. O setor gerou quase 25 mil novos empregos no período, mas prevê cortes no final do ano, o que é corriqueiro devido a sazonalidade da produção.


“O varejo de vestuário mostra sinais de recuperação, com previsão de atingir 1,1% positivo até o final de 2024. A confiança empresarial e o cenário econômico são otimistas, refletindo o controle da inflação e a expectativa de crescimento do PIB”, disse o representante da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Oliver Tan Oh.



Alternativas ao Porto de Santos


Durante a reunião da Câmara Setorial, o tema da logística portuária também foi tratado, tendo como convidado o consultor Luiz Antonio Pagot, que mostrou resultados de um estudo encomendado pela Abrapa e a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), para avaliar alternativas ao Porto de Santos para o embarque da pluma para o mercado externo. Segundo o consultor, está sendo avaliada a viabilidade de outros portos, como Itajaí, Itaguaí, Paranaguá e Salvador, para tentar reduzir os custos e melhorar a eficiência das operações, dada a escalada de preços no Porto de Santos.


“Alguns portos já estão operando com sucesso, como Itajaí e Itaguaí, enquanto outros, como Paranaguá, ainda enfrentam desafios, como falta de contêineres vazios”, explicou.


Segundo Pagot, a exploração de novos portos tem se mostrado eficaz, com Salvador surgindo como uma opção promissora. A linha da MSC, que opera semanalmente, conecta diretamente à Ásia, passando por Suape e Itaguaí antes de seguir para destinos como a China. Isso permite um tempo de trânsito competitivo (cerca de 38 dias até a Ásia), com redução de custos de transporte — de R$ 1.700,00 para cerca de R$ 900,00 por contêiner, tornando Salvador uma alternativa viável e economicamente vantajosa. “Além disso, o porto oferece uma grande disponibilidade de contêineres vazios e armazéns REDEX especializados em estufagem de algodão, com capacidade crescente. A consolidação de Salvador como hub de exportação representa um alívio significativo para os produtores, especialmente do Mato Grosso e da Bahia, que agora contam com um porto confiável e eficiente para escoar sua produção para mercados internacionais”, concluiu.

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Experiência Sou de Algodão leva estudantes do Goiás para a tecelagem Innovativ

Futuros profissionais de moda conheceram o funcionamento de uma tecelagem, além de ouvirem sobre os benefícios do algodão na produção de tecidos

18 de Setembro de 2024

Na última terça-feira (17), o Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), promoveu uma experiência de estudo com cerca de 20 alunos do curso de Design de Moda da Universidade Estadual de Goiás (UEG), parceira do movimento. O local escolhido foi a tecelagem Innovativ, localizada em Santa Bárbara d’Oeste (SP).


Com mais de 80 anos de experiência no mercado de moda e de decoração no Brasil, a Innovativ valoriza as matérias-primas nacionais, com o propósito de exaltar o potencial criativo brasileiro. Em apresentação inicial para os estudantes, Manami Kawaguchi, gestora de relações institucionais do Sou de Algodão, comentou sobre a parceria do movimento com a tecelagem e a importância de unir toda a cadeia para fortalecer a indústria nacional, e a gerente comercial da Innovativ, Thalita Colla, destacou os benefícios do algodão, que é uma fibra natural, versátil e confortável. “Aqui no Brasil, temos toda a cadeia produtiva, desde o cultivo da fibra até o consumidor final. E é por isso que nossa parceria com o Sou de Algodão é tão importante, porque não pensamos apenas na sustentabilidade da matéria-prima, mas também em toda uma cadeia que vai se beneficiar com os aspectos econômicos, sociais e sustentáveis”, afirmou Thalita durante a apresentação.


Os estudantes puderam conhecer, também, o diretor industrial da tecelagem, Ordiwal Wiezel, além de ouvirem sobre a técnica milenar de produção do Jacquard, que permite a criação de padrões complexos através do entrelaçamento de fios tintos. “Aqui, nós priorizamos o uso do algodão no Jacquard, porque traz qualidade e estética, agrega muito ao valor final”, ressaltou Thalita.


Após a apresentação, o grupo seguiu para um tour detalhado e completo por toda a fábrica, onde pôde conhecer as máquinas que produzem fio fantasia, crochê e jacquard, e também o processo de revisão de tecidos, etapa fundamental para a garantia da qualidade dos produtos. Carla Nascimento, coordenadora do curso de Design de Moda da UEG, reiterou a importância de experiências como essa com os estudantes. “É sempre muito enriquecedor para os alunos participarem dessas ações para além da faculdade. Também com o Sou de Algodão, tivemos a oportunidade de ver o processo de produção em uma fazenda de algodão, e agora pudemos conhecer a tecelagem, ver como o algodão se torna uma fibra e como esta se torna um tecido. É bem interessante ampliarmos o horizonte dos nossos alunos nessas experiências”, afirmou.


Já Yago Vindex, estudante do 4º período de Design de Moda da faculdade, considerou a visita à tecelagem algo emocionante e inovador. “Como estamos na outra ponta da cadeia, já com o tecido pronto, costumamos não ter conhecimento sobre as fibras e a produção de tecidos. Então, estar aqui é muito importante, porque ganhamos conhecimento em fios, nas máquinas e nos tecidos, e entendemos que são muitas pessoas e etapas envolvidas em todo o processo”, conta.

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Brasil vai de importador para maior exportador de algodão do mundo e se torna exemplo de produtividade

17 de Setembro de 2024

O programa Conexão Campo Cidade, do Portal Notícias Agrícolas, teve como convidado, na última segunda-feira (16), o presidente da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), Alexandre Schenkel. Ele participou de uma roda de conversa com nomes de peso do agronegócio, como o professor emérito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues; o economista Antonio da Luz e uma das maiores autoridades na área de marketing no agronegócio, o sócio diretor da agência Biomarketing, José Luiz Tejon, mediados pelo apresentador Marcelo Prado. Por mais de uma hora, Schenkel falou sobre o cenário atual e futuro do setor, um dos temas abordados na 14ª edição do Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), que aconteceu no início deste mês em Fortaleza (CE); da celebração dos 25 anos de fundação da Abrapa; da recente conquista do Brasil como maior exportador de algodão do mundo e as estratégias de marketing da Associação para promover a fibra no mercado nacional e internacional. Confira aqui!

 

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14º CBA tem recorde de participantes e celebra 25 anos da Abrapa em grande estilo

17 de Setembro de 2024

Confirmando a expectativa dos organizadores, a 14ª edição do Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA) superou em número todas as anteriores. Realizado entre os dias 03 e 05 de setembro, em Fortaleza, no Ceará, o evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de algodão (Abrapa) contabilizou mais de 4,2 mil participantes, um aumento de, aproximadamente, 20% ante o apurado no 13º CBA, que aconteceu em 2022, em Salvador. Ao todo, foram 3,3 mil inscritos de 25 estados brasileiros e 20 países. E a área de exposição, em metragem, o aumento foi ainda mais expressivo, 7 mil metros quadrados contra 4,8 mil da anterior, um incremento de cerca de 46%. Dentre os 62 patrocinadores presentes, mais de 40% eram estreantes. Com o tema “Construindo história rumo ao protagonismo mundial”, o congresso celebrou os 25 anos de fundação da Abrapa, e a mais recente conquista do setor, a liderança do Brasil no ranking dos maiores exportadores globais, atingida em julho. De acordo com a Abrapa, o 15º CBA acontecerá em 2026, mas a data e a cidade sede ainda serão definidos.


“Esse crescimento em público e área atestam a adesão do produtor e de toda a cadeia produtiva do algodão ao congresso. Por traz de tudo isso, tem muito trabalho de organização e curadoria, durante os dois anos que antecederam o evento. Prova disso é que nem bem terminamos o 14º CBA e já vamos começar a pensar no próximo”, explica Alexandre Schenkel, para quem o Congresso é um foro fundamental para a cotonicultura brasileira.


“O Brasil assumiu sua posição de grande player e a ciência, com muito investimento em pesquisa e desenvolvimento, está na base dessa escalada. Mas a cada edição do CBA, a Abrapa tem aberto o leque de abordagens, indo além dos temas agronômicos para discutir as novas tecnologias, economia, tendências, marketing e muitos outros, para uma atividade que não para de evoluir”, afirma o presidente, destacando que o congresso também propicia as redes de contato, por ser realizado durante três dias, em um só lugar. “Conhecimento, oferta e demanda, tudo ao mesmo tempo. E eu agradeço a cada uma das pessoas que trabalhou e que compareceu ao evento, em especial aos nossos patrocinadores - veteranos e estreantes – por acreditar e seguir conosco”, finaliza.


Flavio Dalcin Mata, diretor executivo (CEO) e fundador da AgriConnection, uma das novas patrocinadoras do evento, expressou sua satisfação com a participação. "Foi uma honra para nós integrarmos esta edição histórica do congresso. Reconhecemos a importância do evento para o setor e a qualidade do público presente. Estreamos na categoria Cota Ouro, e as expectativas foram superadas. Nosso time comercial iniciou excelentes conversas e algumas grandes negociações que nos deixam otimistas. Agradecemos à Abrapa e ao CBA pela parceria”, comenta Mata.


 

Programação diversificada


O congresso reuniu 114 palestrantes de destaque nacional e internacional, em diversas áreas de atuação. A programação científica incluiu 6 plenárias. As salas temáticas, foram divididas em hubs dispostos, simultaneamente, em um espaço hexagonal. Os 19 hubs foram organizados no formato de “palestras silenciosas”, nas quais os participantes usaram fones de ouvido para acompanhar as apresentações e tinham a liberdade de transitar entre os temas de acordo com seus interesses.


As salas temáticas abordaram uma ampla gama de tópicos, incluindo manejo de pragas, agricultura regenerativa, práticas de baixo carbono e agronômicas, escolha de variedades e tecnologia no beneficiamento para maximizar a qualidade da fibra, dentre outros. Já nas plenárias master, o CBA, mais uma vez, foi além dos temas técnicos, para debater os grandes temas da atualidade, desde a conjuntura econômica global, as variações climáticas e os avanços tecnológicos que estão moldando a produção e comercialização do algodão, até estratégias para fomentar o consumo da fibra, dentro e fora do Brasil. A imagem, o branding e a reputação da fibra também mereceram destaque.


Seis workshops encerraram a parte técnica do congresso, com o último deles dedicado à presença feminina na cotonicultura. A atividade destacou a importância da diversidade e inclusão no setor, ressaltando como a participação das mulheres é fundamental para o crescimento e inovação na indústria do algodão.



Trabalhos científicos


Os 288 trabalhos científicos apresentados no 14º CBA refletiram a excelência da pesquisa nacional, mostrando a diversidade e a inovação da ciência brasileira. "Na minha avaliação, e na de muitos membros da Comissão Científica, o Congresso foi um grande sucesso, tanto em termos de organização quanto de programação técnica e científica. Conseguimos aprimorar o conteúdo em relação ao evento anterior, adaptando-o às preocupações atuais dos produtores de algodão e dos profissionais da área”, diz Jean Belot, pesquisador do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) e coordenador-geral da Comissão Científica.


Para ele, com um público tão diversificado, foi desafiador criar uma programação que atendesse a todos os interesses.  “No entanto, esperamos que a maioria dos congressistas retorne às suas atividades com novos conhecimentos e insights valiosos sobre a cadeia produtiva do algodão. Esta edição foi um marco para o nosso congresso”, finaliza o pesquisador.

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