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Brasil torna-se maior exportador mundial de algodão na safra 2023/24

03 de Julho de 2024

O Brasil, pela primeira vez, tornou-se o maior exportador mundial de algodão, superando os Estados Unidos. A meta, que era prevista para ser alcançada apenas em 2030, foi batida antes mesmo do encerramento da safra 2023/2024 (julho de 2023 a junho de 2024. As informações são da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).Conforme a associação, no entanto, o posto não necessariamente se manterá no próximo ciclo 2024/25, mas Brasil e Estados Unidos devem continuar emparelhados ou se alternando no topo do ranking futuramente.Segundo dados da Abrapa, na safra 2023/24 o Brasil deve colher cerca de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) e as exportações alcançarão cerca de 2,6 milhões de toneladas. A colheita começa a acelerar no País, mas cerca de 60% da produção já foi comercializada.Em comunicado, o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, disse que "a liderança no fornecimento mundial da pluma é um marco histórico, mas não é uma meta em si, e não era prevista para tão cedo. Antes disso, trabalhamos continuadamente para aperfeiçoar nossos processos, incrementando cada dia mais a nossa qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade, e, consequentemente, a eficiência".Schenkel destaca, ainda, que há pouco mais de duas décadas, o Brasil era o segundo maior importador mundial. O aumento da produção de algodão no Brasil traz desafios, também, para a indústria têxtil nacional, cujo consumo, nos últimos anos, está estacionado em torno de 700 mil a 750 mil toneladas de pluma. Segundo o presidente da diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, a entidade e a Abrapa discutem caminhos para aumentar a produção de fios e tecidos no País, para 1 milhão de toneladas ao ano.Pimentel declarou que "é preciso fazer acontecer. E uma das primeiras condições é estimular o consumo no ponto de venda. A nossa indústria tem sofrido ataques recorrentes das importações de países que nem sempre concorrem lealmente conosco. São origens que têm custos mais baixos, menos impostos e juros mais competitivos. Não é uma agenda simples, mas acredito que podemos trabalhar com ênfase na sustentabilidade, no respeito ao meio ambiente, em energia limpa e em certificação".

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Brasil torna-se maior exportador mundial de algodão na safra 2023/24

03 de Julho de 2024

O Brasil, pela primeira vez, tornou-se o maior exportador mundial de algodão, superando os Estados Unidos. A meta, que era prevista para ser alcançada apenas em 2030, foi batida antes mesmo do encerramento da safra 2023/2024 (julho de 2023 a junho de 2024. As informações são da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).


Conforme a associação, no entanto, o posto não necessariamente se manterá no próximo ciclo 2024/25, mas Brasil e Estados Unidos devem continuar emparelhados ou se alternando no topo do ranking futuramente.


Segundo dados da Abrapa, na safra 2023/24 o Brasil deve colher cerca de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) e as exportações alcançarão cerca de 2,6 milhões de toneladas. A colheita começa a acelerar no País, mas cerca de 60% da produção já foi comercializada.


Em comunicado, o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, disse que “a liderança no fornecimento mundial da pluma é um marco histórico, mas não é uma meta em si, e não era prevista para tão cedo. Antes disso, trabalhamos continuadamente para aperfeiçoar nossos processos, incrementando cada dia mais a nossa qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade, e, consequentemente, a eficiência”.


Schenkel destaca, ainda, que há pouco mais de duas décadas, o Brasil era o segundo maior importador mundial.


O aumento da produção de algodão no Brasil traz desafios, também, para a indústria têxtil nacional, cujo consumo, nos últimos anos, está estacionado em torno de 700 mil a 750 mil toneladas de pluma. Segundo o presidente da diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, a entidade e a Abrapa discutem caminhos para aumentar a produção de fios e tecidos no País, para 1 milhão de toneladas ao ano.


Pimentel declarou que “é preciso fazer acontecer. E uma das primeiras condições é estimular o consumo no ponto de venda. A nossa indústria tem sofrido ataques recorrentes das importações de países que nem sempre concorrem lealmente conosco. São origens que têm custos mais baixos, menos impostos e juros mais competitivos. Não é uma agenda simples, mas acredito que podemos trabalhar com ênfase na sustentabilidade, no respeito ao meio ambiente, em energia limpa e em certificação”.

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Brasil supera EUA e se torna maior exportador de algodão do mundo

Meta, que era prevista para ser alcançada apenas em 2030, foi batida antes mesmo do encerramento da safra 2023/2024

03 de Julho de 2024

O Brasil, pela primeira vez, tornou-se o maior exportador mundial de algodão, superando os Estados Unidos.


A meta, que era prevista para ser alcançada apenas em 2030, foi batida antes mesmo do encerramento da safra 2023/2024 (julho de 2023 a junho de 2024. As informações são da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).


Conforme a associação, no entanto, o posto não necessariamente se manterá no próximo ciclo 2024/25, mas Brasil e Estados Unidos devem continuar emparelhados ou se alternando no topo do ranking futuramente.


Segundo dados da Abrapa, na safra 2023/24 o Brasil deve colher cerca de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) e as exportações alcançarão cerca de 2,6 milhões de toneladas.


A colheita começa a acelerar no País, mas cerca de 60% da produção já foi comercializada. Em comunicado, o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, disse que “a liderança no fornecimento mundial da pluma é um marco histórico, mas não é uma meta em si, e não era prevista para tão cedo.


Antes disso, trabalhamos continuadamente para aperfeiçoar nossos processos, incrementando cada dia mais a nossa qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade, e, consequentemente, a eficiência”.


Schenkel destaca, ainda, que há pouco mais de duas décadas, o Brasil era o segundo maior importador mundial.


O aumento da produção de algodão no Brasil traz desafios, também, para a indústria têxtil nacional, cujo consumo, nos últimos anos, está estacionado em torno de 700 mil a 750 mil toneladas de pluma.


Segundo o presidente da diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, a entidade e a Abrapa discutem caminhos para aumentar a produção de fios e tecidos no País, para 1 milhão de toneladas ao ano.


Pimentel declarou que “é preciso fazer acontecer. E uma das primeiras condições é estimular o consumo no ponto de venda.


A nossa indústria tem sofrido ataques recorrentes das importações de países que nem sempre concorrem lealmente conosco. São origens que têm custos mais baixos, menos impostos e juros mais competitivos.


Não é uma agenda simples, mas acredito que podemos trabalhar com ênfase na sustentabilidade, no respeito ao meio ambiente, em energia limpa e em certificação”.

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Brasil ultrapassa EUA e se torna maior exportador de algodão do mundo

Apesar do marco, tendência é que os dois países alternem liderança ao longo das safras. Ultrapassar os norte-americanos era uma meta apenas para 2030.

02 de Julho de 2024

O Brasil ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o maior exportador mundial de algodão com a safra 2023/2024.


O anúncio foi feito durante a 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), realizada durante o 21° Anea Cotton Dinner, conferência promovida pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), em Comandatuba, na Bahia.


No evento, as entidades do setor destacaram que o posto pode não se manter na próxima safra, mas que os dois países devem seguir se alternando no topo do ranking futuramente.


Miguel Faus, presidente da Anea, alertou que a posição brasileira depende da safra americana, que tende a ser maior do que a do ano passado.


Ultrapassar os Estados Unidos em volume de exportação era uma meta do setor com previsão para ser batida apenas em 2030, mas acabou sendo alcançada antes do encerramento do ano comercial de 2023/2024, disse a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).


Segundo a entidade, o Brasil deve colher em torno de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) nesta safra e as exportações devem alcançar 2,6 milhões de toneladas. Cerca de 60% da produção já foi comercializada.


Os maiores produtores de algodão são a China e a Índia, seguidos pelos Estados Unidos, deixando o Brasil em quarto lugar no raking mundial, aponta a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, Fao.


Brasil na liderança


Veja a seguir o faturamento em 2023 de outros produtos em que o Brasil é o principal exportador mundial:




  • Soja - R$ 67,25 bilhões;

  • Carne bovina - US$ 10,55 bilhões;

  • Açúcar - U$$ 18,27 milhões;

  • Carne de Frango - US$ 9,61 bilhões;

  • Café - US$ 8 bilhões;

  • Celulose - US$ 7,9 bilhões;

  • Suco de laranja - US$ 2,04 bilhões (safra 2022/2023).

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Brasil ultrapassa EUA em exportações de algodão em 2023/2024, mas o posto não é definitivo

02 de Julho de 2024

O Brasil é oficialmente e, pela primeira vez, o maior exportador mundial de algodão, superando os Estados Unidos. A meta, que era prevista para ser alcançada apenas em 2030, foi batida antes mesmo do encerramento do ano comercial de 2023/2024. A notícia foi celebrada durante a 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, do Mapa, realizada durante o XXI Anea Cotton Dinner, conferência promovida pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), em Comandatuba, na Bahia. Mas as entidades presentes ao encontro destacam que este posto não necessariamente se manterá no próximo ciclo, mas Brasil e Estados Unidos devem seguir emparelhados ou se alternando no topo do ranking futuramente.


Outras marcas importantes para a produção de algodão no Brasil também foram anunciadas no evento. Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na safra em curso, o Brasil deve colher em torno de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) e as exportações, alcançarão cerca de 2,6 milhões de toneladas. A colheita começa a acelerar no país, e as entidades estimam que a qualidade seja superior à alcançada na safra 2022/2023. Cerca de 60% da produção já foi comercializada.


“A liderança no fornecimento mundial da pluma é um marco histórico, mas não é uma meta em si, e não era prevista para tão cedo. Antes disso, trabalhamos continuadamente para aperfeiçoar nossos processos, incrementando cada dia mais a nossa qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade, e, consequentemente, a eficiência”, explica o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.


Embora cauteloso na comemoração do feito global, Schenkel destaca que é importante lembrar que, há pouco mais de duas décadas, o país era o segundo maior importador mundial. “Essa guinada de deve a muito trabalho e investimento na reconfiguração total da atividade, com pesquisa, desenvolvimento científico, profissionalismo e união. É um marco que nos enche de orgulho como produtores e como cidadãos”, afirma.


De acordo com o presidente da Anea, Miguel Faus, é difícil garantir que no próximo ano o país permanecerá na liderança no suprimento da pluma para a indústria mundial. “Isso vai depender da safra americana, que conforme anunciado hoje, está aumentando, e tende a ser maior do que a do ano passado, e as exportações pelos dois países estarão próximas em volume. A importância deste pódio é que ele reflete o trabalho de muitos anos, de todo o setor: produtores, exportadores, e cadeia logística. A meta veio antes do tempo, e a quebra da safra americana teve um impacto nesse resultado”, pondera Faus.


Indústria


O aumento da produção de algodão no Brasil traz desafios, também, para a indústria têxtil nacional, cujo consumo, nos últimos anos, está estacionado em torno de 700 a 750 mil toneladas de pluma. Presente à reunião, o presidente da diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, afirma que a entidade e a Abrapa discutem caminhos para aumentar a produção de fios e tecidos no país, para um milhão de toneladas ao ano.


“É preciso fazer acontecer. E uma das primeiras condições é estimular o consumo no ponto de venda. A nossa indústria tem sofrido ataques recorrentes das importações de países que nem sempre concorrem lealmente conosco. São origens que têm custos mais baixos, menos impostos e juros mais competitivos. Não é uma agenda simples, mas acredito que podemos trabalhar com ênfase na sustentabilidade, no respeito ao meio ambiente, em energia limpa e em certificação”, diz Pimentel. Ele acrescenta que esta não é uma jornada instantânea. “Vai exigir muita dedicação, estratégia e uma boa execução”, conclui.

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Brasil ultrapassa Estados Unidos em exportações de algodão no ciclo 2023-24

A meta era prevista para ser alcançada apenas em 2030, mas foi batida antes mesmo do encerramento do ano comercial

02 de Julho de 2024

O Brasil é oficialmente e, pela primeira vez, o maior exportador mundial de algodão, superando os Estados Unidos. A meta, que era prevista para ser alcançada apenas em 2030, foi batida antes mesmo do encerramento do ano comercial de 2023/2024. A notícia foi celebrada durante a 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, do Ministério da Agricultura (Mapa), realizada durante o XXI Anea Cotton Dinner, conferência promovida pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), em Comandatuba, na Bahia.


Apesar do momento positivo e histórico, as entidades presentes no encontro destacaram que o posto não necessariamente se manterá no próximo ciclo, quando o Brasil e os Estados Unidos devem seguir emparelhados ou se alternando no topo do ranking.


Outras marcas importantes para a produção de algodão no Brasil também foram anunciadas no evento. Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na safra em curso, o Brasil deve colher em torno de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) e as exportações alcançarão cerca de 2,6 milhões de toneladas. A colheita começa a acelerar no país, e as entidades estimam que a qualidade seja superior à alcançada na safra 2022/2023. Cerca de 60% da produção já foi comercializada.


“A liderança no fornecimento mundial da pluma é um marco histórico, mas não é uma meta em si, e não era prevista para tão cedo. Antes disso, trabalhamos continuamente para aperfeiçoar nossos processos, incrementando cada dia mais a nossa qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade, e, consequentemente, a eficiência”, explica o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.


Embora cauteloso na comemoração do feito global, Schenkel destaca que é importante lembrar que, há pouco mais de duas décadas, o país era o segundo maior importador mundial. “Essa guinada de deve a muito trabalho e investimento na reconfiguração total da atividade, com pesquisa, desenvolvimento científico, profissionalismo e união. É um marco que nos enche de orgulho como produtores e como cidadãos”, afirma.


De acordo com o presidente da Anea, Miguel Faus, é difícil garantir que no próximo ano o país permanecerá na liderança no suprimento da pluma para a indústria mundial. “Isso vai depender da safra americana, que conforme anunciado hoje, está aumentando, e tende a ser maior do que a do ano passado, e as exportações pelos dois países estarão próximas em volume. A importância deste pódio é que ele reflete o trabalho de muitos anos, de todo o setor: produtores, exportadores, e cadeia logística. A meta veio antes do tempo, e a quebra da safra americana teve um impacto nesse resultado”, pondera Faus.


Indústria


O aumento da produção de algodão no Brasil traz desafios, também, para a indústria têxtil nacional, cujo consumo, nos últimos anos, está estacionado em torno de 700 a 750 mil toneladas de pluma. Presente à reunião, o presidente da diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, afirma que a entidade e a Abrapa discutem caminhos para aumentar a produção de fios e tecidos no país, para um milhão de toneladas ao ano.


“É preciso fazer acontecer. E uma das primeiras condições é estimular o consumo no ponto de venda. A nossa indústria tem sofrido ataques recorrentes das importações de países que nem sempre concorrem lealmente conosco. São origens que têm custos mais baixos, menos impostos e juros mais competitivos. Não é uma agenda simples, mas acredito que podemos trabalhar com ênfase na sustentabilidade, no respeito ao meio ambiente, em energia limpa e em certificação”, diz Pimentel. Ele acrescenta que esta não é uma jornada instantânea. “Vai exigir muita dedicação, estratégia e uma boa execução”, conclui.

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Aumento da produção de algodão é tema de seminário durante evento anual da Anea

01 de Julho de 2024

Consultor especializado no mercado têxtil global, Varun Vaid levou ao evento anual da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) – o XXI ANEA Cotton Dinner – um convite aos cotonicultores brasileiros. Analisando o comportamento de consumo por têxteis em contexto com as estatísticas do algodão ao redor do mundo, ele defendeu que a demanda da fibra natural aumentará se a produção se expandir.


Varun Vaid é analista e consultor estratégico da Wazir Advisors, empresa especializada no cenário mundial do setor têxtil. “A demanda já existe, mas está frustrada. Os números de consumo aumentarão se ampliarmos a produção de algodão”, argumentou ele durante o webinar “Rethinking Raw Material: Navigating the Evolving Industry Landscape” – ou “Repensando a matéria-prima: Navegando no cenário em evolução do setor”.


De acordo com Varun, a oferta estável da fibra natural é o principal fator para o crescimento do mercado sintético. “Não é que os consumidores não queiram mais usar algodão. É que não há mais algodão disponível. As fibras sintéticas são utilizadas quando não há fibras naturais”, ponderou ele, alterando a lógica em que a oferta é definida a partir do comportamento da demanda.


O apelo de uma roupa confortável e responsável fortalece a análise do consultor. “Os consumidores estão ficando mais conscientes e querem produtos mais sustentáveis. A indústria sabe disso, as marcas sabem disso. Todos querem sustentabilidade embutida nas suas cadeias de valor. É o que explica os investimentos no poliéster reciclado, por exemplo. Essa busca por uma moda mais sustentável é o melhor sinal para o algodão”, argumentou.


Mas o algodão – fibra natural e reciclável – pode competir com um produto cujo custo de produção é mais barato? O caminho está na tecnologia, antecipou o palestrante. “Em todos os países onde a indústria têxtil está se expandindo acima da média, há um forte apoio do governo, inclusive com políticas de incentivo fiscal, e grandes programas de treinamento e qualificação profissional”, afirmou.


Além de um produto confeccionado de forma responsável, marcas e consumidores querem diversidade. “É fato que, apesar de todo seu poder, a China está perdendo participação no mercado global e isso deve continuar. Isso reflete o esforço dos varejistas em buscarem outras opções, e isso é bom para o Brasil”, reiterou Varun.


Mas, embora porte o título de maior exportador de pluma do mundo, o Brasil viu sua indústria têxtil reduzir a capacidade instalada em 0,3% de 2016 a 2022 – contrariando o comportamento da média mundial. “A exportação de produtos semi industrializados precisa estar na pauta do Brasil”, sugeriu Varun.


Diretor executivo do International Cotton Advisory Committee (ICAC), Eric Trachtenberg se apresentou logo após Varun Vaid mostrando que uma das pautas principais do comitê tem sido a defesa do algodão como solução para a crise climática. “Algodão é celulose, é natural, sequestra carbono e em muitos países está associado à agricultura regenerativa. Mas aparentemente o cálculo da pegada de carbono atual favorece as fibras sintéticas. Queremos discutir e mudar isso”, observou Trachtenberg. Ele também mostrou o trabalho do ICAC frente às mudanças regulatórias ambientais, principalmente em países europeus.


A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) tem sido parceira do ICAC na defesa da pluma. “Sempre que possível mostramos para o mercado internacional tanto o aumento no uso de defensivos biológicos como as boas práticas de agricultura regenerativa, além da grande adesão dos cotonicultores ao programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR)”, enumerou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.


Cotton Brazil – Pelo terceiro ano consecutivo, o webinar sobre mercado internacional durante o ANEA Cotton Dinner foi promovido pelo Cotton Brazil – iniciativa desenvolvida pela Abrapa para representar em escala global a cadeia produtiva do algodão brasileiro. A Anea é uma das parceiras da iniciativa, além da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

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Abrapa integra comitiva do agro brasileiro em viagem com a Corteva Agriscience nos EUA

01 de Julho de 2024

De 24 a 28 de junho, uma delegação do agronegócio brasileiro, incluindo o vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Paulo Sérgio Aguiar, participou de uma experiência enriquecedora nos Estados Unidos, promovida pela Corteva Agriscience. Durante a jornada, os representantes tiveram reuniões estratégicas com lideranças do Comitê de Agricultura da Câmara e do Senado americano para discutir comércio internacional, barreiras comerciais e sinergias potenciais. Além disso, visitaram fazendas e campos de pesquisa e desenvolvimento, onde puderam conhecer os avanços na área de genômica e explorar o pipeline de futuros lançamentos de biotecnologias da empresa.


Para o executivo da Abrapa, é uma realidade que o Brasil está caminhando para produzir mais algodão do que os americanos e exportar mais, e isso se deve às melhores condições de produtividade. “Nossos desafios como uma agricultura tropical precisam ser enfrentados com responsabilidade, e a adoção de novas tecnologias é fundamental. É relevante que tenhamos um ambiente regulatório mais eficiente e ágil”, afirmou.


Segundo ele, o seguro agrícola americano é bem estruturado e consolidado, servindo como modelo para aprimorar e implementar nosso próprio seguro agrícola. “Além disso, o crédito rural no Brasil ainda apresenta custos elevados; melhorar o seguro rural pode ajudar a reduzir os spreads bancários, uma vez que os riscos serão mitigados”, avaliou Aguiar.


Outro ponto são os avanços significativos em genética, bioinsumos e novas moléculas de defensivos que a Corteva vem trabalhando. No entanto, o processo de aprovação dessas tecnologias pelos países exportadores e importadores ainda é considerado moroso. Isso implica que uma tecnologia identificada hoje pode levar de oito a dez anos para ser aplicada pelos produtores no campo, o que representa uma desvantagem significativa para os agricultores. Esse cenário precisa ser revisto, de acordo com o vice-presidente da Abrapa.


O Brasil é o segundo maior mercado da empresa e um dos mais promissores, abrigando cinco das maiores instalações de produção e pesquisa e desenvolvimento da empresa no mundo. Segundo Augusto Moraes, diretor de Relações Externas da Corteva América Latina e Brasil, a recente viagem não apenas fortaleceu os laços existentes, mas também destacou como a companhia pode ampliar sua colaboração com a agricultura brasileira, abordando temas importantes para o país. "Na visita, mostramos toda nossa infraestrutura em tecnologia e pesquisa nos Estados Unidos, ressaltando que grande parte de nossos esforços estão concentrados no Brasil. Nosso objetivo é apoiar os produtores brasileiros com inovação", afirmou Moraes.


Além de apresentar o que está disponível para o agronegócio nacional, a Corteva também facilitou o contato dos brasileiros com especialistas para discutir as questões relevantes da atualidade. "O grupo teve acesso a especialistas, os quais forneceram exemplos concretos de como abordá-los no Brasil", informou.


Programação


O roteiro teve início em junto à Associação Americana de Produtores de Soja (ASA), National Corn Growers Association (NCGA) e Crop Insurance and Reinsurance Bureau (CIRB). Durante visitas aos campos, a comitiva conheceu o milho de baixa estatura e o de terceira geração, frutos de pesquisa e tecnologia embarcada.


Em diálogo com a equipe técnica do Comitê de Agricultura, o grupo aprofundou-se no tema do seguro agrícola, discutindo desde o aporte inicial no fundo até possíveis revisões anuais. Também foram abordadas as dinâmicas das relações comerciais entre os Estados Unidos e a China, com ênfase nas retaliações que afetam os produtos agrícolas. Questionada sobre os desafios do agronegócio brasileiro, especialmente em relação às exigências ambientais e de mercado internacional, a delegação destacou a responsabilidade dos produtores em preservar suas áreas, mesmo sem o suporte financeiro do Estado ou de entidades reguladoras.


Durante um almoço com Heather Manzano, gestora de conformidade e diretora adjunta de gerenciamento de riscos do USDA, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, foram discutidos detalhes sobre o sistema de securitização rural americano. Em seguida, a delegação teve uma aula com Seth Meyer, Economista Chefe do USDA, sobre as perspectivas de mercado das commodities, incluindo o uso doméstico da soja para produção de biodiesel e a importância de um sistema eficiente de armazenamento e escoamento da produção para mitigar a dependência dos preços internacionais das commodities.


Ao longo do terceiro dia, a delegação foi acompanhada pela Embaixada do Brasil, representada por Ana Lúcia, adida agrícola, e Arthur Naylor, diplomata do Itamaraty. Na parte da tarde, visitaram a residência oficial da embaixada brasileira, onde foram recebidos pela embaixadora Maria Luiza. No encontro, discutiram parcerias e estratégias bilaterais entre Brasil e Estados Unidos.


A delegação conheceu também as operações de sementes da Corteva em Johnston, Iowa, visitando o laboratório de genotipagem, estufas 100% automatizadas e o centro de pesquisa em tratamento de sementes. Tiveram discussões produtivas com Tony Klemm, vice-presidente da Corteva, Shona Sabnis, vice-presidente de assuntos externos, e representantes das áreas de qualidade de sementes, P&D, e direção regulatória de edição genômica, Kevin Diehl.


No quarto dia, visitaram a sede da empresa, em Indianápolis, onde está localizada a unidade de P&D de proteção de cultivos e biológicos, acompanhados por líderes globais como Reza Rasoulpour, vice-presidente de assuntos regulatórios, e Priscila Vansetti, vice-presidente de Desenvolvimento de novos negócios em proteção de cultivos.

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Brasil ultrapassa EUA em exportações de algodão em 2023/2024, mas o posto não é definitivo

01 de Julho de 2024

O Brasil é oficialmente e, pela primeira vez, o maior exportador mundial de algodão, superando os Estados Unidos. A meta, que era prevista para ser alcançada apenas em 2030, foi batida antes mesmo do encerramento do ano comercial de 2023/2024. A notícia foi celebrada durante a 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, do Mapa, realizada durante o XXI Anea Cotton Dinner, conferência promovida pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), em Comandatuba, na Bahia. Mas as entidades presentes ao encontro destacam que este posto não necessariamente se manterá no próximo ciclo, mas Brasil e Estados Unidos devem seguir emparelhados ou se alternando no topo do ranking futuramente.


Outras marcas importantes para a produção de algodão no Brasil também foram anunciadas no evento. Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na safra em curso, o Brasil deve colher em torno de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) e as exportações, alcançarão cerca de 2,6 milhões de toneladas. A colheita começa a acelerar no país, e as entidades estimam que a qualidade seja superior à alcançada na safra 2022/2023. Cerca de 60% da produção já foi comercializada.


“A liderança no fornecimento mundial da pluma é um marco histórico, mas não é uma meta em si, e não era prevista para tão cedo. Antes disso, trabalhamos continuadamente para aperfeiçoar nossos processos, incrementando cada dia mais a nossa qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade, e, consequentemente, a eficiência”, explica o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.


Embora cauteloso na comemoração do feito global, Schenkel destaca que é importante lembrar que, há pouco mais de duas décadas, o país era o segundo maior importador mundial. “Essa guinada de deve a muito trabalho e investimento na reconfiguração total da atividade, com pesquisa, desenvolvimento científico, profissionalismo e união. É um marco que nos enche de orgulho como produtores e como cidadãos”, afirma.


De acordo com o presidente da Anea, Miguel Faus, é difícil garantir que no próximo ano o país permanecerá na liderança no suprimento da pluma para a indústria mundial. “Isso vai depender da safra americana, que conforme anunciado hoje, está aumentando, e tende a ser maior do que a do ano passado, e as exportações pelos dois países estarão próximas em volume. A importância deste pódio é que ele reflete o trabalho de muitos anos, de todo o setor: produtores, exportadores, e cadeia logística. A meta veio antes do tempo, e a quebra da safra americana teve um impacto nesse resultado”, pondera Faus.


Indústria


O aumento da produção de algodão no Brasil traz desafios, também, para a indústria têxtil nacional, cujo consumo, nos últimos anos, está estacionado em torno de 700 a 750 mil toneladas de pluma. Presente à reunião, o presidente da diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, afirma que a entidade e a Abrapa discutem caminhos para aumentar a produção de fios e tecidos no país, para um milhão de toneladas ao ano.


“É preciso fazer acontecer. E uma das primeiras condições é estimular o consumo no ponto de venda. A nossa indústria tem sofrido ataques recorrentes das importações de países que nem sempre concorrem lealmente conosco. São origens que têm custos mais baixos, menos impostos e juros mais competitivos. Não é uma agenda simples, mas acredito que podemos trabalhar com ênfase na sustentabilidade, no respeito ao meio ambiente, em energia limpa e em certificação”, diz Pimentel. Ele acrescenta que esta não é uma jornada instantânea. “Vai exigir muita dedicação, estratégia e uma boa execução”, conclui.

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14ª CBA abordará práticas agronômicas, escolha de variedades e tecnologia no beneficiamento para maximizar a qualidade da fibra

01 de Julho de 2024

A qualidade do algodão brasileiro é um valor que depende de um esforço coletivo, que se inicia na escolha da variedade adequada e se estende por todas as etapas do processo, desde o campo até o beneficiamento. O 14ª Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA) irá proporcionar um espaço para o diálogo entre os diferentes elos da cadeia produtiva, incluindo produtores, indústria têxtil, trades e especialistas, com o objetivo de identificar desafios, compartilhar boas práticas e buscar soluções conjuntas para garantir a produção da fibra de excelência e competitiva no mercado internacional. Desta forma, o tema qualidade/colheita/beneficiamento será um dos eixos temáticos do Congresso, evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que será realizado entre os dias 03 e 05 de setembro, em Fortaleza/CE.


A primeira sala irá abordar a percepção da qualidade da pluma no mercado internacional, destacando sua importância para a eficiência do produto. A segunda se concentrará na elaboração e preservação dela desde o campo até o beneficiamento, com foco em práticas agronômicas e escolha de variedades para maximizar as características da pluma. “Especialistas renomados compartilharão suas experiências e insights, discutindo como ela impacta diretamente a competitividade no mercado global. Além disso, uma terceira sala enfatizará a necessidade de investimentos em tecnologia e inovação para manter e elevar os padrões do algodão brasileiro”, afirma Jean Belot, pesquisador do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) e coordenador-geral da Comissão Científica do 14º CBA.


Ainda na primeira sala, haverá um momento específico dedicado ao índice de fibras curtas no algodão, no qual o Brasil vem avançando ano a ano –, a uniformidade dos lotes e a melhoria da percepção da imagem do comprador são questões já solucionadas, como a pegajosidade do algodão (stickness). Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa, fornecerá uma visão abrangente da perspectiva da fibra nacional no mercado externo, com ênfase nas críticas e preocupações relacionadas à presença dessas fibras curtas. Em seguida, um representante da indústria têxtil discutirá os impactos do teor de fibras curtas na produção, abordando desde questões de produtividade até a qualidade final do produto. Para concluir a sessão, serão apresentados resultados de pesquisas e estratégias para mitigar a presença dessas fibras no produto brasileiro, visando assegurar suas vantagens no setor internacional.


A segunda sala aprofundará a elaboração e preservação da qualidade da fibra desde o campo até o beneficiamento. Um agrônomo especialista abordará os fatores que influenciam no campo, como maturidade e fragilidade da casca, e mostrará os manejos recomendados para otimizar a produção de fibras de excelência. A escolha da variedade será abordada. “O foco estará na importância de minimizar problemas como o ‘Seed Coat Fragment’, pedaços de casca que se quebram durante o beneficiamento e impactam negativamente o resultado do produto”, explicou Belot.


Por fim, Edmilson Lima compartilhará a sua experiência de atuação no mercado com colheita e beneficiamento, com foco na preservação da qualidade elaborada a campo. A terceira sala irá explorar a evolução das práticas de colheita e beneficiamento ao longo dos últimos anos. O destaque será dado à necessidade de implementar boas práticas de colheita e realizar investimentos adequados em máquinas e equipamentos para garantir o beneficiamento eficiente do algodão. Um especialista em mercado irá avaliar os ganhos financeiros que poderão ser obtidos pelo produtor com a adoção dessas recomendações.

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