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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #22/2024

21 de Junho de 2024

Destaque da Semana - Em semana de feriados nos EUA e em países muçulmanos, o contrato Dez/24 atingiu a mínima de 20 meses, mas depois voltou a subir, fechando a semana em alta.


Algodão em NY - Jul/24 fechou nesta quinta 20/06 cotado a 70,85 U$c/lp (-0,8% na semana). Dez/24 fechou 72,62 U$c/lp (+1,1% na semana) e o Dez/25 a 72,84 U$c/lp (-0,8% na semana).


Basis Ásia - Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 774 pts para Out/Nov-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 20/jun/24).


Altistas 1 - No oeste do Texas, algumas áreas ainda precisam de chuva. Além disso, tempestade tropical pode atingir lavouras dos EUA nos próximos dias.


Altistas 2 - Os preços de algodão ofertado na Ásia esta semana aumentaram, indicando recuperação nos níveis de “basis”.


Baixistas 1 - As recentes quedas de preços devem-se em grande parte à venda dos fundos, que tem mantido uma posição vendida historicamente alta.


Baixistas 2 - Os preços na plataforma de futuros de Zhengzhou da China caíram 1,8% esta semana.


Baixistas 3 - As fiações em vários países enfrentam uma demanda fraca por fios e preços sob pressão.


Aliança: Durante evento da American Cotton Shippers Association esta semana, foi formalizada aliança entre as associações de exportadores de algodão do Brasil (Anea), Austrália (ACSA) e EUA (ACSA) para promover o consumo algodão globalmente.


China 1 - A importação de algodão pela China em maio foi de 260 mil tons - 24% a menos que em abril, mas bem acima do registrado em mai/23.


China 2 - No ano, a soma é de 2,9 milhões tons, contra 1,05 milhão tons em 2023. É o maior volume de importação de algodão feita pela China em uma década.


EUA 1 - Em 16/jun, 90% da área foi plantada nos EUA, contra 87% na mesma época de 2023 e 91% da média de cinco anos. A previsão é de que o plantio seja concluído na próxima semana.


EUA 2 - Novamente, a condição das lavouras diminuiu nesta semana. Plantas em estado “bom a excelente” somaram 54% da área (-2 pp), enquanto as classificadas como “ruins a muito ruins” abrangeram 33% (+5 pp).


Índia 1 - O governo indiano definiu preços mínimos para a safra de verão do algodão. O valor do algodão de fibra média aumentou 7,2% - sendo o sexto maior desde a temporada 2005/06 e o terceiro mais alto na última década.


Índia 2 - Preços mínimos mais altos na Índia significam menos exportação, já que o governo oferece melhores condições para a formação dos estoques reguladores.


Índia 3 - Os novos números da Cotton Association of India (CAI) mostram que a produção de algodão no país será de 5,4 milhões tons em 2023/24 (-1,2% em relação à marca de 5,42 milhões tons de 2022/23).


Índia 4 - A demanda doméstica na Índia foi estimada em 5,38 milhões tons em 2023/24 (+6% no ano).


Eid al-Adha 1 - Em Bangladesh, Paquistão e Turquia, a semana toda foi de celebrações do Eid-al-Adha.


Eid al-Adha 2 - "Eid" é uma palavra árabe que se traduz como "festival". Os dois principais Eids, Eid al-Fitr e Eid al-Adha, marcam eventos religiosos significativos e são momentos para os muçulmanos se reunirem em adoração, reflexão e celebração.


Paquistão - Confirmando-se o clima quente e seco, o Paquistão conclui o plantio nos próximos dias.


Austrália - Com projeção de 75% da safra colhida, a estimativa é de que a colheita na Austrália termine nas próximas semanas. A previsão oficial é de uma safra de cerca de 1,1 milhão tons.


Better Cotton Conference - Cotton Brazil e Abrapa voltam a apoiar a conferência anual da Better Cotton, que neste ano será em Istambul (Turquia) em 26-27/jun.


XIX ANEA Cotton Dinner 1 - Durante o evento anual da Anea, haverá um simpósio online no dia 29/06 às 9h (BRT). O tema “Rethinking Raw Materials” será debatido por Varun Vaid, consultor da Wazir Advisors.


XIX ANEA Cotton Dinner 2 - Será possível acompanhar o simpósio online. Para isso, basta se cadastrar no link: https://bit.ly/cottonbrazilJA.


ABR-Log - Reunião do programa ABR-Log em Santos lotou a Associação Comercial de Santos (ACSantos) nesta semana. O ABR-Log é uma certificação da Abrapa e Anea voltada para logística de exportação de algodão.


Exportações - O Brasil exportou 84 mil tons de algodão até a segunda semana de jun/24. A média diária de embarque é 2,9 vezes maior em relação a jun/23.


Colheita 2023/24 - Até ontem (20/06), foram colhidos no estado da BA 7%; MG 17%; MS 11,7%; MT 0,6%; PI 4,83%; PR 100%; SP 66%. A colheita no MA começou nesta semana. Total Brasil: 2,67%.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 20_06


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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14º CBA enfatiza conhecimento da fisiologia do algodoeiro como estratégia para solucionar as grandes demandas da cotonicultura

20 de Junho de 2024

Conhecer a fundo como funciona o algodoeiro – sua “fisiologia” – e atuar estrategicamente sobre seus processos vitais, seja com o manejo correto ou a incorporação de tecnologia, pode ser a diferença para a alta produtividade de uma lavoura de algodão. Mais que isso, a resposta para os grandes desafios da atualidade, como enfrentar a variabilidade climática e sua influência na agricultura. Não por acaso, a fisiologia do algodoeiro será um dos eixos temáticos do 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA), evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que será realizado entre os dias 03 e 05 de setembro próximo, em Fortaleza/CE.


O campo da fisiologia é tão vasto quanto variado, já que engloba todos os processos que a planta realiza para que ela possa crescer e se desenvolver. Isso vai desde a capacidade de fazer fotossíntese, capturar carbono, absorver nutrientes, resistir ao estresse hídrico e muitos outros fatores, que interconectam disciplinas como bioquímica, genética, ecologia e agronomia.


De acordo com o pesquisador da Embrapa e membro da Comissão Científica do 14º CBA, Fernando Lamas, do ponto de vista fisiológico, o algodoeiro talvez seja uma das plantas cultivadas pelo homem que têm a fisiologia mais interessante e, ao mesmo tempo, desafiadora. “Qualquer fator, seja de natureza biótica ou abiótica, que venha a interferir na atividade fisiológica do algodoeiro pode resultar em queda da produtividade ou impacto negativo na qualidade da fibra”, diz.


Mudanças climáticas


Por outro lado, segundo o pesquisador, a interferência calculada sobre essas características naturais pode ajudar na definição de tratos culturais específicos na planta e no seu funcionamento, que vão desde de a altura, a arquitetura ou o tamanho das raízes, e consequentemente, trazer grandes benefícios à produção. “Acredito que as mudanças climáticas serão um tópico muito discutido no 14º CBA. Estão surgindo produtos, que podem ser aplicados por diversas vias, que ajudam as plantas a enfrentar períodos de seca e temperatura muito elevada”, afirma Lamas.  “São químicos e biológicos que minimizam o problema, quando utilizados na dose e no momento corretos. Existe uma outra linha de produtos que promove o melhor crescimento radicular. “Com raízes maiores e profundas, as plantas se tornam menos susceptíveis a eventuais períodos de déficit hídrico”, explica.


Mas nem tudo são altos investimentos ou envolvem grandes requintes científicos. “Algumas das escolhas do produtor, feitas com base no conhecimento da fisiologia, não lhe custarão nenhuma despesa extra, mas potencializarão a capacidade produtiva das suas lavouras, a começar sobre a seleção da janela correta de semeadura, para que não haja limitações nem de água nem de luz”, relata lamas.


Eixos temáticos


Segundo a diretora de Relações Institucionais da Abrapa, e coordenadora do 14º CBA, Silmara Ferraresi, as palestras, salas temáticas e workshops do congresso estarão lastreadas em grandes temas, divididos em cinco eixos: fisiologia, entomologia, fitopatologia/nematologia, qualidade/colheita/beneficiamento e agronomia/sustentabilidade/fisiologia. “Essa divisão permitiu à comissão científica do 14º CBA organizar e construir uma programação inteligente, sem, contudo, engessá-la”, diz Silmara. “O que se fez foi aproveitar a sinergia entre as muitas disciplinas nas quais esses conteúdos se encaixam, para potencializar a apreensão do conhecimento. Será um congresso extremamente enriquecedor para o produtor e suas equipes”, conclui Silmara.

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Fisiologia do algodoeiro é tema central do 14º Congresso Brasileiro do Algodão

Evento acontece entre os dias 03 e 05 de setembro, em Fortaleza (CE)

18 de Junho de 2024

Conhecer a fundo como funciona o algodoeiro e atuar estrategicamente sobre seus processos vitais, seja com o manejo correto ou a incorporação de tecnologia, pode ser a diferença para a alta produtividade de uma lavoura de algodão. Mais que isso, a resposta para os grandes desafios da atualidade, como enfrentar a variabilidade climática e sua influência na agricultura. Não por acaso, a fisiologia do algodoeiro será um dos eixos temáticos do 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA), evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que será realizado entre os dias 03 e 05 de setembro, em Fortaleza (CE).


O campo da fisiologia é tão vasto quanto variado, já que engloba todos os processos que a planta realiza para que ela possa crescer e se desenvolver. Isso vai desde a capacidade de fazer fotossíntese, capturar carbono, absorver nutrientes, resistir ao estresse hídrico e muitos outros fatores, que interconectam disciplinas como bioquímica, genética, ecologia e agronomia.


De acordo com o pesquisador da Embrapa e membro da Comissão Científica do 14º CBA, Fernando Lamas, do ponto de vista fisiológico, o algodoeiro talvez seja uma das plantas cultivadas pelo homem que têm a fisiologia mais interessante e, ao mesmo tempo, desafiadora. “Qualquer fator, seja de natureza biótica ou abiótica, que venha a interferir na atividade fisiológica do algodoeiro pode resultar em queda da produtividade ou impacto negativo na qualidade da fibra”, diz.



Mudanças climáticas


Por outro lado, segundo o pesquisador, a interferência calculada sobre essas características naturais pode ajudar na definição de tratos culturais específicos na planta e no seu funcionamento, que vão desde de a altura, a arquitetura ou o tamanho das raízes, e consequentemente, trazer grandes benefícios à produção. “Acredito que as mudanças climáticas serão um tópico muito discutido no 14º CBA. Estão surgindo produtos, que podem ser aplicados por diversas vias, que ajudam as plantas a enfrentar períodos de seca e temperatura muito elevada”, afirma Lamas.


“São químicos e biológicos que minimizam o problema, quando utilizados na dose e no momento corretos. Existe uma outra linha de produtos que promove o melhor crescimento radicular. “Com raízes maiores e profundas, as plantas se tornam menos susceptíveis a eventuais períodos de déficit hídrico”, explica.


Mas nem tudo são altos investimentos ou envolvem grandes requintes científicos. “Algumas das escolhas do produtor, feitas com base no conhecimento da fisiologia, não lhe custarão nenhuma despesa extra, mas potencializarão a capacidade produtiva das suas lavouras, a começar sobre a seleção da janela correta de semeadura, para que não haja limitações nem de água nem de luz”, relata lamas.



Eixos temáticos


Segundo a diretora de Relações Institucionais da Abrapa, e coordenadora do 14º CBA, Silmara Ferraresi, as palestras, salas temáticas e workshops do congresso estarão lastreadas em grandes temas, divididos em cinco eixos: fisiologia, entomologia, fitopatologia/nematologia, qualidade/colheita/beneficiamento e agronomia/sustentabilidade/fisiologia. “Essa divisão permitiu à comissão científica do 14º CBA organizar e construir uma programação inteligente, sem, contudo, engessá-la”, diz Silmara.


“O que se fez foi aproveitar a sinergia entre as muitas disciplinas nas quais esses conteúdos se encaixam, para potencializar a apreensão do conhecimento. Será um congresso extremamente enriquecedor para o produtor e suas equipes”, conclui.

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14º CBA enfatiza fisiologia do algodoeiro como estratégia para solucionar as grandes demandas da cotonicultura

18 de Junho de 2024

Conhecer a fundo como funciona o algodoeiro – sua “fisiologia” – e atuar estrategicamente sobre seus processos vitais, seja com o manejo correto ou a incorporação de tecnologia, pode ser a diferença para a alta produtividade de uma lavoura de algodão. Mais que isso, a resposta para os grandes desafios da atualidade, como enfrentar a variabilidade climática e sua influência na agricultura. Não por acaso, a fisiologia do algodoeiro será um dos eixos temáticos do 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA), evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que será realizado entre os dias 03 e 05 de setembro próximo, em Fortaleza/CE.


O campo da fisiologia é tão vasto quanto variado, já que engloba todos os processos que a planta realiza para que ela possa crescer e se desenvolver. Isso vai desde a capacidade de fazer fotossíntese, capturar carbono, absorver nutrientes, resistir ao estresse hídrico e muitos outros fatores, que interconectam disciplinas como bioquímica, genética, ecologia e agronomia.


De acordo com o pesquisador da Embrapa e membro da Comissão Científica do 14º CBA, Fernando Lamas, do ponto de vista fisiológico, o algodoeiro talvez seja uma das plantas cultivadas pelo homem que têm a fisiologia mais interessante e, ao mesmo tempo, desafiadora. “Qualquer fator, seja de natureza biótica ou abiótica, que venha a interferir na atividade fisiológica do algodoeiro pode resultar em queda da produtividade ou impacto negativo na qualidade da fibra”, diz.


Mudanças climáticas


Por outro lado, segundo o pesquisador, a interferência calculada sobre essas características naturais pode ajudar na definição de tratos culturais específicos na planta e no seu funcionamento, que vão desde a altura, a arquitetura ou o tamanho das raízes, e consequentemente, trazer grandes benefícios à produção. “Acredito que as mudanças climáticas serão um tópico muito discutido no 14º CBA. Estão surgindo produtos, que podem ser aplicados por diversas vias, que ajudam as plantas a enfrentar períodos de seca e temperatura muito elevada”, afirma Lamas.  “São químicos e biológicos que minimizam o problema, quando utilizados na dose e no momento corretos. Existe uma outra linha de produtos que promove o melhor crescimento radicular. “Com raízes maiores e profundas, as plantas se tornam menos susceptíveis a eventuais períodos de déficit hídrico”, explica.


Mas nem tudo são altos investimentos ou envolvem grandes requintes científicos. “Algumas das escolhas do produtor, feitas com base no conhecimento da fisiologia, não lhe custarão nenhuma despesa extra, mas potencializarão a capacidade produtiva das suas lavouras, a começar sobre a seleção da janela correta de semeadura, para que não haja limitações nem de água nem de luz”, relata lamas.


Eixos temáticos


Segundo a diretora de Relações Institucionais da Abrapa, e coordenadora do 14º CBA, Silmara Ferraresi, as palestras, salas temáticas e workshops do congresso estarão lastreadas em grandes temas, divididos em cinco eixos: fisiologia, entomologia, fitopatologia/nematologia, qualidade/colheita/beneficiamento e agronomia/sustentabilidade/fisiologia. “Essa divisão permitiu à comissão científica do 14º CBA organizar e construir uma programação inteligente, sem, contudo, engessá-la”, diz Silmara. “O que se fez foi aproveitar a sinergia entre as muitas disciplinas nas quais esses conteúdos se encaixam, para potencializar a apreensão do conhecimento. Será um congresso extremamente enriquecedor para o produtor e suas equipes”, conclui Silmara.

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Associações globais assinam acordo para fortalecer a indústria de algodão

O documento visa contribuições para toda a cadeia produtiva e de abastecimento da fibra

18 de Junho de 2024

A Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), juntamente com a Associação Americana de Exportadores de Algodão (ACSA) e com a Associação Australiana de Exportadores de Algodão (ACSA), acaba de assinar um acordo histórico. O documento visa contribuições positivas para toda a cadeia produtiva e de abastecimento da fibra e o seu desenvolvimento econômico global.


O acordo foi assinado na Convenção Anual da American Cotton Shippers Association, em Scottsdale, no Arizona, em 14 de junho. Por meio dele, as entidades participantes têm o propósito de garantir principalmente a sustentabilidade econômica e social de longo prazo da indústria da cotonicultura dos países envolvidos, com uma abordagem colaborativa em importantes temas globais. Assim, elas pretendem intensificar o diálogo para identificar questões de interesse comum, fortalecer as relações e gerar oportunidades para a troca informações.


Na ocasião, o presidente da Associação Nacional dos Exportadores Algodão (Anea), Miguel Faus, afirmou estar entusiasmado com o compromisso firmado. "Estamos contentes com esse acordo, que visa promover o algodão e conscientizar os países compradores sobre os impactos positivos da produção e do consumo da fibra nos mercados globais”, destacou.


Ao assinar o acordo, o presidente e CEO da Associação Americana dos Exportadores de Algodão, Buddy Allen, destacou que as associações envolvidas representam os competidores mais vorazes deste mercado, mas que também produzem o algodão com a melhor qualidade do mundo. ”Nos unimos para que o algodão continue a ser a fibra universal preferida”, afirmou.


Tony Geitz, presidente da Associação Australiana dos Exportadores de Algodão, acrescentou que, por meio do acordo, as maiores indústrias algodoeiras acolhem com satisfação a oportunidade de trabalhar como uma só. “Nosso objetivo é liderar discussões sobre a elaboração de estratégias para garantir que a demanda por algodão continue em alta”, disse.


Sustentabilidade, saúde e conforto 


Os impactos ambientais causados pela indústria têxtil dependem do tipo de fibra produzida. Ao contrário das fibras sintéticas, por ser natural, o algodão oferece benefícios incomparáveis quando se fala em meio ambiente e saúde, representando uma escolha sustentável e consciente.


Os benefícios do algodão, incluindo a sua sustentabilidade ambiental, vantagens para a saúde, conforto, versatilidade e impacto econômico, fazem desta fibra natural uma opção superior em comparação com as fibras sintéticas. As Associações envolvidas esperam que os seus esforços conjuntos tenham um impacto positivo na conscientização global sobre o uso da fibra.

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14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA): entomologia, muito além do “bicudo”.

18 de Junho de 2024

A entomologia, ramo da biologia que estuda os insetos, será um dos eixos temáticos do 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA). Mesmo quem não é do ramo, mas conhece alguma coisa sobre a cultura, sabe que o grande inimigo das lavouras de algodão no Brasil é justamente um inseto, o besouro conhecido como bicudo do algodoeiro, que chegou por aqui em meados dos anos de 1983, e, de lá para cá, tem sido controlado, mas jamais erradicado. Mas o bicudo não atormenta sozinho a vida do cotonicultor, por isso o congresso deu lugar de destaque para essa e outras pragas, que atentam contra a produtividade do produtor, em palestras, salas temáticas e workshops com grandes nomes do setor. O 14º CBA é uma realização da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e será sediado entre os dias 03 e 05 de setembro de 2024, na cidade de Fortaleza/CE.


De acordo com a pesquisadora da Fundação MT, Lúcia Vivan, a entomologia desempenha um papel crucial no cultivo do algodão, e está na base de muitas decisões que o cotonicultor faz em seu dia a dia, na estratégia de Manejo Integrado de Pragas (MIP). “No caso do bicudo, isso passa pela definição do número de aplicações de defensivos, pelo uso das ferramentas digitais, pela destruição das soqueiras e tigueras e cumprimento do vazio sanitário, além da gestão de resistência e muitos outros fatores”, diz a pesquisadora.


Dra. Lúcia antecipa que uma das grandes expectativas para o 14º CBA é o controle biológico contra o bicudo. “Trata-se de algo muito desafiador, porque o que desponta como uma possível nova arma é, exatamente, um inseto. Como fazê-lo sobreviver em campo, mesmo com as aplicações que o controle do bicudo demanda? São respostas que estão sendo buscadas e o congresso é o cenário ideal para essas discussões”, adianta.


Sob o guarda-chuva da entomologia também estão as lagartas que, ao contrário do besouro, são um problema para todo o sistema de produção. “Os lepidópteros estão presentes também na cultura do milho e da soja. O mesmo vale em relação à mosca branca e ao tripes. Em alguns estados produtores do país, a paisagem traz todos esses quase simultaneamente. Por isso, no 14ºCBA, especificamos uma sala para a ‘entomofauna’ no sistema”, explica. Ainda de acordo com a pesquisadora, o produtor e suas equipes, que participarem do 14º CBA, terão acesso a informações importantes para o manejo da cultura.


 

Foto: Bruna Diniz Tripode - Embrapa

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Relatório de Safra – junho de 2024

17 de Junho de 2024

Junho chegou, e com ele trouxe boas notícias: a primeira é que a colheita de algodão já começa a tomar fôlego no Brasil e a expectativa oficial da Conab é de crescimento expressivo, tanto na área quanto no volume produzido. Por aqui, a gente fica esperando os dados da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, que serão consolidados no próximo dia 28. A outra, dentre as muitas boas novas que chegam da lavoura, é que o nosso Relatório de Safra está de volta, com os principais números relativos à cultura da fibra no Brasil e no mundo. Acesse o documento completo e tome decisões muito mais acertadas!


https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/06/Relatorio-de-Safra-Jun-2024.pdf 

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14º CBA enfatiza fisiologia do algodoeiro como estratégia para solucionar as grandes demandas da cotonicultura

17 de Junho de 2024

Conhecer a fundo como funciona o algodoeiro – sua “fisiologia” – e atuar estrategicamente sobre seus processos vitais, seja com o manejo correto ou a incorporação de tecnologia, pode ser a diferença para a alta produtividade de uma lavoura de algodão. Mais que isso, a resposta para os grandes desafios da atualidade, como enfrentar a variabilidade climática e sua influência na agricultura. Não por acaso, a fisiologia do algodoeiro será um dos eixos temáticos do 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA), evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que será realizado entre os dias 03 e 05 de setembro próximo, em Fortaleza/CE.


O campo da fisiologia é tão vasto quanto variado, já que engloba todos os processos que a planta realiza para que ela possa crescer e se desenvolver. Isso vai desde a capacidade de fazer fotossíntese, capturar carbono, absorver nutrientes, resistir ao estresse hídrico e muitos outros fatores, que interconectam disciplinas como bioquímica, genética, ecologia e agronomia.


De acordo com o pesquisador da Embrapa e membro da Comissão Científica do 14º CBA, Fernando Lamas, do ponto de vista fisiológico, o algodoeiro talvez seja uma das plantas cultivadas pelo homem que têm a fisiologia mais interessante e, ao mesmo tempo, desafiadora. “Qualquer fator, seja de natureza biótica ou abiótica, que venha a interferir na atividade fisiológica do algodoeiro pode resultar em queda da produtividade ou impacto negativo na qualidade da fibra”, diz.



Mudanças climáticas


Por outro lado, segundo o pesquisador, a interferência calculada sobre essas características naturais pode ajudar na definição de tratos culturais específicos na planta e no seu funcionamento, que vão desde a altura, a arquitetura ou o tamanho das raízes, e consequentemente, trazer grandes benefícios à produção. “Acredito que as mudanças climáticas serão um tópico muito discutido no 14º CBA. Estão surgindo produtos, que podem ser aplicados por diversas vias, que ajudam as plantas a enfrentar períodos de seca e temperatura muito elevada”, afirma Lamas.  “São químicos e biológicos que minimizam o problema, quando utilizados na dose e no momento corretos. Existe uma outra linha de produtos que promove o melhor crescimento radicular. “Com raízes maiores e profundas, as plantas se tornam menos susceptíveis a eventuais períodos de déficit hídrico”, explica.


Mas nem tudo são altos investimentos ou envolvem grandes requintes científicos. “Algumas das escolhas do produtor, feitas com base no conhecimento da fisiologia, não lhe custarão nenhuma despesa extra, mas potencializarão a capacidade produtiva das suas lavouras, a começar sobre a seleção da janela correta de semeadura, para que não haja limitações nem de água nem de luz”, relata lamas.


 

Eixos temáticos


Segundo a diretora de Relações Institucionais da Abrapa, e coordenadora do 14º CBA, Silmara Ferraresi, as palestras, salas temáticas e workshops do congresso estarão lastreadas em grandes temas, divididos em cinco eixos: fisiologia, entomologia, fitopatologia/nematologia, qualidade/colheita/beneficiamento e agronomia/sustentabilidade/fisiologia. “Essa divisão permitiu à comissão científica do 14º CBA organizar e construir uma programação inteligente, sem, contudo, engessá-la”, diz Silmara. “O que se fez foi aproveitar a sinergia entre as muitas disciplinas nas quais esses conteúdos se encaixam, para potencializar a apreensão do conhecimento. Será um congresso extremamente enriquecedor para o produtor e suas equipes”, conclui Silmara.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #21/2024 14/06/2024

14 de Junho de 2024

Destaque da Semana - O sentimento no mercado de que haverá muito algodão no mundo no próximo ciclo e a demanda ainda patinando tem mantido o mercado em rota de baixa. Relatório do USDA desta semana confirma essa percepção do mercado.


Algodão em NY - O contrato Jul/24 fechou nesta quinta 13/06 cotado a 71,35 U$c/lp (-5,4% na semana). O contrato Dez/24 fechou 71,79 U$c/lp (-2,5% na semana) e o Dez/25 a 73,39 U$c/lp (-1,3% na semana).


Basis Ásia - Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 735 pts para embarque Out/Nov-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 13/jun/24).


Baixistas 1 - As projeções do USDA para os EUA em 2024/25 mostram estoques iniciais e finais mais elevados em comparação com o mês passado.


Baixistas 2 - As revisões do balanço mundial para o ano 2023/24 incluem estoques iniciais e produção mais elevados, com comércio internacional e consumo reduzidos, e estoques finais maiores.


Baixistas 2 -O relatório também mostrou que o balanço revisado do algodão dos EUA para 2023/24 incluiu uma redução de 109 mil toneladas nas exportações, com base no ritmo lento dos embarques.


Altistas 1 - Não é necessariamente uma notícia altista para o mercado, mas é extremamente positiva para o Brasil: pela primeira vez, o Brasil será o maior exportador mundial de algodão no ano comercial 2023/24 (Ago-Jul).


Altistas 2 - O relatório do USDA destaca ainda que a China importará 3,2 milhões tons – um terço da importação mundial (9,4 milhões tons). É o maior volume em mais de uma década.


Altistas 3 - A exportação de têxteis e roupas pela China em maio gerou US$ 26,13 bilhões. É o 3º mês consecutivo de alta.


Safra 2024/25 - Para o ciclo 2024/25, a projeção do USDA é produção de 25,9 milhões tons e consumo de 25,4 milhões tons. Importação e exportação foram previstas em 9,7 milhões tons, com estoques finais de 18,1 milhões tons.


China - Segundo estimativas da BCO, em 2024/25 a produção chinesa será de 5,8 milhões tons (-3% a.a.), com importação de 1,9 milhão tons e consumo de 8,1 milhões tons. Os estoques finais foram previstos em 6,19 milhões tons.


EUA 1 - Em 9/jun, o plantio de algodão abrangeu 80% nos EUA, 10 p.p. acima da marca da semana anterior. Arizona, Califórnia e Missouri já finalizaram a semeadura.


EUA 2 - Houve uma queda de 5 p.p. nas áreas classificadas com condições “boas/excelentes”, chegando a 56%. A lavoura “regular” aumentou 5 pp, chegando a 36% do total.


Índia - Dificuldades hídricas afetaram o plantio de algodão em Punjab, uma das cinco mais relevantes regiões produtoras da Índia.


Indonésia - Com as fábricas operando em cerca de 50% de sua capacidade, 11 mil operários da indústria têxtil indonésia foram demitidos nos últimos meses. A informação é da Indonesian Textiles Association.


Vietnã - Em maio, o Vietnã importou 151,8 mil tons de algodão. É o terceiro mês consecutivo de alta nas compras. O Brasil forneceu 41% da pluma (61,9 mil tons). No ano, o total é de 1,2 milhão tons, com a Austrália respondendo por 32% do fornecimento.


Austrália - Em abril, a Austrália exportou 26,9 mil tons de algodão - menor volume mensal desde abr/22. No acumulado, foram embarcados cerca de 900,1 mil tons – 8,5% abaixo do mesmo período no ciclo 2022/23.


Suzano - A Suzano adquiriu 15% da Lenzing – empresa austríaca que produz fibras têxteis a partir de celulose. Maior produtora mundial de celulose de eucalipto, a indústria brasileira entra firme no mercado têxtil global.


Conab 1 - Nesta semana, a Conab atualizou a estimativa para a safra 2023/24. A área plantada foi projetada em 1,94 milhão de hectares - 16,9% maior que a realizada na safra anterior.


Conab 2 - A previsão é de que o Brasil produza 3,66 milhões tons (15,2% acima do ciclo 2022/23). Com isso, a produtividade esperada é de 1.881 kg/ha (1,4% inferior à temporada passada).


Exportações - O Brasil exportou 50,3 mil tons de algodão na primeira semana de jun/24. A média diária de embarque é 3,5 vezes maior em relação a jun/23.


Colheita 2023/24 - Até ontem (13/06), foram colhidos no estado de SP 54%, MG 15%, MS 9,1%, BA 3%, PI 1,3% e PR 100%. Total Brasil: 1,34%.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 13_06


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Abrapa e laboratórios participantes do SBRHVI discutem desvios e medidas corretivas com Mapa

14 de Junho de 2024

Em 14 de junho, membros da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e dos 12 laboratórios habilitados no Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) participaram de uma reunião online, com a equipe do Serviço Regional de Operações Avançadas de Autocontrole, Monitoramento, Certificação e Rastreabilidade (Seamc), um órgão vinculado ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Na ocasião, foram discutidos os desvios nos procedimentos em relação às normas estabelecidas, os quais foram identificados durante as visitas de verificações feitas pelo órgão federal, em 2023. O objetivo foi esclarecer dúvidas e debater ações preventivas e corretivas, com foco nas boas práticas laboratoriais e no cumprimento do Regulamento Técnico do Algodão em Pluma (IN24/2016).


“Ao destacarmos as inconformidades mais frequentes identificadas na safra 2022/2023, elaboramos orientações gerais sobre padronização de procedimentos. Além disso, compartilhamos exemplos de soluções desenvolvidas por um determinado laboratório para resolver esses problemas específicos. Essa troca de experiências e orientações visa promover a melhoria contínua e o aprendizado mútuo dentro do setor”, explicou Cid Alexandre Rozo, auditor federal agropecuário do ministério. As irregularidades identificadas abrangeram diferentes aspectos do processo de análise de amostras de algodão. Entre elas, foram constatadas amostras com peso inferior a 150 gramas e dimensões irregulares, violando as normas estabelecidas. Além disso, a ineficiência no procedimento de climatização das amostras também foi observada, o que pode afetar a estabilidade das mesmas e, consequentemente, a precisão dos resultados.


Oportunidade de melhorias  


O Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), pertencente à Abrapa, possui a habilitação como Serviço de Controle Autorizado (SCA) pelo Mapa. Como resultado, recebeu o ofício contendo a lista de irregularidades identificadas durante as visitas de verificação em laboratórios de classificação de pluma. Silmara Ferrarsesi, diretora de relações institucionais da entidade, enfatizou: “Como associação, fizemos questão de informar a todos os laboratórios sobre os pontos observados durante as fiscalizações”.


O auditor federal agropecuário destacou que, para a safra de 2023/2024, é imprescindível que os laboratórios ajustem seus procedimentos de acordo com as normas de classificação de algodão. Em particular, enfatizou-se que a utilização da máquina de HVI deve seguir estritamente as instruções fornecidas pelo fabricante. Foi ressaltado que o não cumprimento dessas regulamentações acarretará em ações punitivas, que incluem desde auto de infração até mesmo o impedimento de prestação de serviços de classificação laboratorial de pluma. Essas medidas visam garantir a integridade e a qualidade dos procedimentos de classificação, assegurando a confiabilidade dos resultados obtidos.

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