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Brasil ultrapassa EUA em exportações de algodão em 2023/2024, mas o posto não é definitivo

28 de Junho de 2024

O Brasil é oficialmente e, pela primeira vez, o maior exportador mundial de algodão, superando os Estados Unidos. A meta, que era prevista para ser alcançada apenas em 2030, foi batida antes mesmo do encerramento do ano comercial de 2023/2024. A notícia foi celebrada durante a 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeira Produtiva do Algodão e seus Derivados, do Mapa, realizada durante o XXI Anea Cotton Dinner, conferência promovida pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), em Comandatuba, na Bahia. Mas as entidades presentes ao encontro destacam que este posto não necessariamente se manterá no próximo ciclo, mas Brasil e Estados Unidos devem seguir emparelhados ou se alternando no topo do ranking futuramente.


Outras marcas importantes para a produção de algodão no Brasil também foram anunciadas no evento. Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na safra em curso, o Brasil deve colher em torno de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) e as exportações, alcançarão cerca de 2,6 milhões de toneladas. A colheita começa a acelerar no país, e as entidades estimam que a qualidade seja superior à alcançada na safra 2022/2023. Cerca de 60% da produção já foi comercializada.


“A liderança no fornecimento mundial da pluma é um marco histórico, mas não é uma meta em si, e não era prevista para tão cedo. Antes disso, trabalhamos continuamente para aperfeiçoar nossos processos, incrementando cada dia mais a nossa qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade, e, consequentemente, a eficiência”, explica o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.


Embora cauteloso na comemoração do feito global, Schenkel destaca que é importante lembrar que, há pouco mais de duas décadas, o país era o segundo maior importador mundial. “Essa guinada se deve a muito trabalho e investimento na reconfiguração total da atividade, com pequisa, desenvolvimento científico, profissionalismo e união. É um marco que nos enche de orgulho como produtores e como cidadãos”, afirma.


De acordo com o presidente da Anea, Miguel Faus, é difícil garantir que no próximo ano o país permanecerá na liderança no suprimento da pluma para a indústria mundial. “Isso vai depender da safra americana, que conforme anunciado hoje, está aumentando, e tende a ser maior do que a do ano passado, e as exportações pelos dois países estarão próximas em volume. A importância deste pódio é que ele reflete o trabalho de muitos anos, de todo o setor: produtores, exportadores, e cadeia logística. A meta veio antes do tempo, e a quebra da safra americana teve um impacto nesse resultado”, pondera Faus.


Indústria


O aumento da produção de algodão no Brasil traz desafios, também, para a indústria têxtil nacional, cujo consumo, nos últimos anos, está estacionado em torno de 700 a 750 mil toneladas de pluma. Presente à reunião, o presidente da diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, afirma que a entidade e a Abrapa discutem caminhos para aumentar a produção de fios e tecidos no país, para um milhão de toneladas ao ano.


“É preciso fazer acontecer. E uma das primeiras condições é estimular o consumo no ponto de venda. A nossa indústria tem sofrido ataques recorrentes das importações de países que nem sempre concorrem lealmente conosco. São origens que têm custos mais baixos, menos impostos, juros mais competitivos. Não é uma agenda simples, mas acredito que podemos trabalhar com ênfase na sustentabilidade, no respeito ao meio ambiente, em energia limpa e em certificação”, diz Pimentel. Ele acrescenta que esta não é uma jornada instantânea. “Vai exigir muita dedicação, estratégia e uma boa execução”, conclui.

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Mudanças na classificação do algodão são aprovadas em conferência com a presença da Abrapa

28 de Junho de 2024

De 25 a 27 de junho, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) acompanhou a 30ª Conferência Universal de Padrões realizada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em Memphis, Tennessee. Neste evento, que marcou cem anos de utilização dos padrões, foram aprovadas mudanças significativas na classificação do algodão. Uma delas foi a adoção da tabela de HVI (High Volume Instrument) do USDA como padrão universal, incorporando a correlação entre Rd, +b e o color grade, refletindo uma modernização necessária devido às dificuldades crescentes na montagem das caixas padrão, que têm referência de 1986 e se deterioraram com o tempo.


Para o representante da Abrapa, o especialista em qualidade de algodão, Deninson Lima, que atua no Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), pertencente à entidade, essas mudanças visam não apenas padronizar os métodos de avaliação do algodão globalmente, mas também adaptar-se às transformações contínuas na tecnologia e nas práticas agrícolas ao redor do mundo.


“A medida é benéfica para todos, pois visa a padronização mundial. Isso é especialmente importante porque está se tornando cada vez mais desafiador estabelecer caixas padrão, devido aos avanços tecnológicos e às mudanças nas técnicas de produção do algodão, que evoluem a cada safra”, afirmou.


Baseado nessas caixas atualizadas aprovadas na conferência, os laboratórios que as adquiriram receberão novas embalagens baseadas no novo padrão estabelecido. Geralmente, elas têm uma validade de um ano.


Segundo Gretchen Deatherage, diretora da Divisão de Normalização e Engenharia do USDA, a conferência transcorreu conforme o planejado, com a participação de um grupo significativo de representantes. “Ela é importante para manter os padrões atualizados conforme as demandas da indústria e abordar novas necessidades que surgem ao longo do tempo. A segunda proposta é um marco importante, especialmente para o mercado, e é necessária para a padronização global”, disse. Ela também destacou a importância da Abrapa se tornar signatária, por sua liderança no setor de algodão brasileiro.


 

Polêmica


No entanto, a adoção da tabela do USDA para a classificação do algodão gerou controvérsias durante o Congresso. Desde 2000, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos não realiza mais a classificação visual da pluma, exceto para contaminantes; agora, todo o processo é realizado utilizando essa tabela, deixando de lado as caixas de referência.


Com isso, são utilizadas as análises HVI correlacionadas com Rd (reflectance difference), que mede a brancura da fibra de algodão, +b (yellow-blue axis), que indica a quantidade de amarelo ou azul presente na fibra, e o color grade, que é classificação geral da cor do algodão. Esses parâmetros são importantes para os compradores e vendedores de algodão, pois ajudam a determinar a qualidade da fibra.


“A partir de agora, o grande desafio será entender como a adoção da tabela oficial do USDA impactará na qualidade dos resultados”, analisou o especialista brasileiro. Atualmente, apenas a empresa Uster utiliza a mesma metodologia. Os demais fabricantes de instrumentos que analisam o algodão não expõem a que utilizam. Com a oficialização do padrão, eles precisarão se adaptar para assegurar que seus métodos estejam alinhados ou demonstrar que suas análises mantenham uma correlação equivalente.


“No Brasil, os laboratórios habilitados no Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) já utilizam os equipamentos da Uster, o que será uma vantagem. Mas é importante considerar qual será o impacto dessa mudança na comercialização final do algodão. E isso só vamos ver o resultado na próxima safra”, completou Deninson Lima.

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Abrapa reforça diálogo com marcas globais durante Better Cotton Conference

28 de Junho de 2024

A Better Cotton Conference terminou ontem (27), em Istambul, com mais um importante passo dado pelos cotonicultores brasileiros. A equipe da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) aproveitou o evento para estreitar o diálogo com varejistas globais sobre rastreabilidade e produção responsável.


A conferência anual da Better Cotton, organização responsável pelo maior programa de licenciamento socioambiental do algodão no mundo, reuniu mais de 400 pessoas. O evento recebe apoio institucional da Abrapa pelo terceiro ano consecutivo.


Entre os temas debatidos na edição deste ano, um dos destaques foi a análise sobre como a cotonicultura está se adaptando às novas diretrizes de sustentabilidade da União Europeia. A busca por soluções factíveis e simples de rastreabilidade e pela melhor forma de reportar resultados de sustentabilidade também foi abordada.


Além de participar dos painéis, a Abrapa aproveitou a conferência da Better Cotton para realizar agendas paralelas com representantes de varejistas globais. Em pauta, o sistema já implantado de rastreabilidade no Brasil e as ações de sustentabilidade promovidas pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR).


“Esse diálogo com as marcas nos permite compreender as demandas da indústria da moda e qual é o melhor caminho para mostrarmos as práticas responsáveis que o Brasil já adota ao longo do processo produtivo de algodão. Com isso, fortalecemos e damos mais visibilidade ao nosso programa nacional de sustentabilidade”, pontuou Marcelo Duarte Monteiro, diretor de Relações Internacionais da Abrapa.


Um vídeo gravado pelo presidente da Associação, Alexandre Schenkel, foi apresentado durante o evento evidenciando a evolução da cotonicultura brasileira e as boas práticas que levaram o País ao posto de principal fornecedor global de algodão com licenciamento da Better Cotton.


A conferência foi realizada nos dias 26 e 27 de junho em Istambul (Turquia). O evento tem periodicidade anual e é focado sempre na promoção de iniciativas que fomentam um futuro mais sustentável para o algodão mundial.


O apoio da Abrapa à Better Cotton Conference foi viabilizado pelo Cotton Brazil – iniciativa que representa em escala global a cadeia produtiva do algodão brasileiro. Idealizado pela Abrapa, o Cotton Brazil tem parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e apoio da Agência Nacional de Exportadores de Algodão (Anea).


O vínculo entre Abrapa e Better Cotton iniciou em 2013, quando as duas organizações começaram a atuar em benchmarking em seus programas de certificação socioambiental (o Algodão Brasileiro Responsável – ABR, da Abrapa, e o Better Cotton).

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #23/2024 28/06/2024

28 de Junho de 2024

Destaque da Semana - Preços seguem tendência de reação após inicio da queda 1 mês atrás. BCI elege nova diretoria e organiza evento com presença de grandes marcas globais na Europa. Hoje (28) sai relatório de área plantada nos EUA.


Algodão em NY - O contrato Out/24 fechou nesta quinta 27/06 cotado a 73,91 U$c/lp (+2,8% na semana). O contrato Dez/24 fechou 74,58 U$c/lp (+2,7% na semana) e o Dez/25 a 74,32 U$c/lp (+1,9% na semana).


Basis Ásia - o Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 791 pts para embarque Out/Nov-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 27/jun/24).


Altistas 1 - O clima ainda é visto como possivelmente o fator mais significativo de impacto nos preços nesta safra.


Altistas 2 - Outro fator que pode ajudar demanda é a redução das taxas de juros, principalmente nos EUA, mas sem previsão ainda de quando começa a baixar.


Baixistas 1 - O ritmo atual de vendas e a concorrência projetada indicam que possivelmente os EUA terão dificuldade em exportar os volumes previstos inicialmente para 24/25.


Baixistas 2 - As compras das fiações permanecem com foco em cobrir o curto prazo, devido à expectativa de grande oferta no segundo semestre e juros altos.


China 1 - A projeção de produção para 24/25 na China permanece estável, apesar das altas temperaturas em Xinjiang. A produção esperada de algodão para 24/25 é de 5,88 milhões de tons, uma redução em relação aos 5,99 milhões da safra 23/24.


China 2 - Já a demanda por algodão continua com expectativas de crescimento no país apesar dos desafios de mercado. O consumo de algodão está projetado para aumentar para 8,49 milhões de tons em 24/25 (+109 mil tons).


China 3 - As perspectivas para a demanda de importação de algodão pela China em 2024/25 são incertas e o numero projetado pelo USDA de 2,61 milhões de tons representa o deficit anual projetado entre produção e consumo.


EUA 1 - No hemisfério norte o plantio vai chegando ao fim. Semana passada o plantio de algodão nos EUA atingiu 94% da área prevista – em linha com a média para o período.


EUA 2 - As condições das lavouras nos EUA estão muito boas (56% boa/excelente), indicando boas produtividades e menores taxas de abandono, desde que as condições climáticas permaneçam favoráveis.


Índia 1 - A estimativa de produção de algodão na Índia em 24/25 é de 5,44 milhões de tons, uma redução em relação aos 5,70 milhões da safra 23/24 (fonte USDA). A queda é atribuída principalmente às altas temperaturas durante o período de plantio.


Índia 2 - O órgão ainda estima que o consumo industrial de algodão na Índia deve aumentar de 5,4 milhões de tons em 23/24 para 5,5 milhões em 24/25.


Paquistão 1 - A projeção para a produção de algodão no Paquistão em 24/25 é de 1,42 milhões de tons (-43 mil tons), segundo USDA.


Paquistão 2 - O consumo de algodão no Paquistão está projetado para aumentar de 2 milhões de tons em 23/24 para 2,13 milhões em 24/25.


Paquistão 3 - Mudanças tributárias e aumento na tarifa de energia levaram a Associação de Algodoeiras do Paquistão (PCGA) a declarar greve e paralisar por tempo indeterminado a operação das algodoeiras no país.


ICAC 1 - Eric Trachtenberg, diretor executivo, e Lorena Ruiz, executiva-chefe do International Cotton Advisory Committe (ICAC) foram recebidos pela Abrapa nesta semana em agenda com visitas a fazendas, laboratórios e à sede da associação.


 ICAC 2 - Eles conferiram in loco como funciona a cadeia do algodão brasileiro e conheceram projetos de pesquisa. Em destaque, controle biológico e agricultura regenerativa.


Better Cotton Conference 1 - A Abrapa aproveitou a Better Cotton Conference, que terminou nesta semana em Istambul, para estreitar o diálogo com organizações internacionais, marcas e varejistas globais sobre práticas responsáveis no algodão.


Better Cotton Conference 2 - A entidade responsável pelo maior programa de certificação de algodão no mundo elegeu seus novos lideres. Bill Ballenden (LDC) e Tamar Hoek (ONG Solidaridad) serão co-presidentes do conselho do Better Cotton no próximo mandato, substituindo o representante da Supima dos EUA.


XIX ANEA Cotton Dinner - Ocorre amanhã (29) às 9h o simpósio do Cotton Brazil no evento anual da Anea. O tema “Rethinking Raw Materials” será apresentado por Varun Vaid, consultor da Wazir Advisors. Inscreva-se: https://bit.ly/cottonbrazilJA.


Exportações e Colheita 2023/24 - Dados não disponíveis no momento do envio.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 27_06


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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ICAC conhece sistema produtivo brasileiro em campo

26 de Junho de 2024

Com o objetivo de conhecer mais de perto a realidade da cotonicultura brasileira, representantes do International Cotton Advisory Committee (ICAC) foram recepcionados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) nesta semana. A agenda incluiu visitas a fazendas, laboratórios e à sede da associação.


O ICAC é um comitê internacional que reúne associações de produtores, órgãos públicos e representantes do mercado consumidor de todo o mundo. Sua atuação inclui disseminar conhecimento científico, produzir dados de inteligência de mercado, fomentar a inovação e parcerias pelo desenvolvimento da cotonicultura em escala global.


A comitiva foi formada pelo diretor executivo, Eric Trachtenberg, e pela executiva-chefe Lorena Ruiz. Na segunda (24), ambos visitaram a fazenda Santa Rosa, localizada em Campo Verde, município de Mato Grosso. Lá, foram recepcionados pelo presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, e por Fernando Rati, gerente de projeto do Cotton Brazil.


Na propriedade rural, os representantes do ICAC acompanharam várias etapas do processo produtivo brasileiro do algodão, que neste momento, encontra-se em diferentes estágios de desenvolvimento. Com a visita, a Abrapa mostrou, na prática, como é o funcionamento da rastreabilidade do algodão brasileiro.


A agenda incluiu também uma visita ao Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), onde foram apresentados os principais projetos de pesquisa que estão sendo desenvolvidos em campo, com destaque para o controle biológico e outras práticas de manejo e agricultura regenerativa. Em seguida, Trachtenberg e Ruiz conheceram uma fábrica de defensivos biológicos fúngicos usados no manejo integrado de pragas.


Na terça (25), a agenda ocorreu em Brasília (DF), quando a delegação do ICAC foi recebida na sede da Abrapa pelo diretor executivo, Marcio Portocarrero, e pelo gestor de Qualidade, Edson Mizoguchi. Além de informações sobre a atuação institucional da associação, os representantes do ICAC conheceram em detalhe o trabalho realizado no Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) – responsável pela padronização da classificação da pluma brasileira com os padrões internacionais.



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Cotton Brazil promove webinar online durante evento anual da Anea

A palestra “Rethinking Raw Material” será conduzida pelo consultor indiano Varun Vaid neste domingo – veja como assistir

26 de Junho de 2024

A importância das matérias-primas no cenário atual de transformação da indústria têxtil é o foco central da palestra que o consultor indiano Varun Vaid ministra neste sábado (29), às 9h, durante o XXI ANEA Cotton Dinner. O seminário online é oferecido pelo terceiro ano consecutivo pelo Cotton Brazil dentro da programação do evento anual da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).


Idealizado e coordenado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o Cotton Brazil representa em escala global a cadeia produtiva do algodão brasileiro. Além da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a iniciativa tem apoio da Anea.


“Temos aproveitado o evento anual da Anea para compartilharmos informações qualificadas e perspectivas que mantêm todo o setor produtivo atualizado com o cenário internacional. Um dos papeis do Cotton Brazil é disseminar esses conteúdos junto aos exportadores”, observou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.


Varun Vaid é um analista relevante do ambiente global têxtil e tem sido parceiro da Abrapa em alguns eventos fora do Brasil. Consultor estratégico da Wazir Advisors, ele apresentará uma palestra com o tema “Rethinking Raw Material: Navigating the Evolving Textile Industry Landscape” – ou “Repensando a matéria-prima: Navegando no cenário da evolução do setor têxtil”.


Será possível acompanhar o simpósio online. Para isso, basta se cadastrar no link: https://bit.ly/cottonbrazilJA. A palestra será em inglês com tradução simultânea em português.


O evento anual da Anea mobiliza diferentes elos da cadeia produtiva do algodão – de produtores rurais a indústrias têxteis, passando por fábricas de insumos, operadores logísticos, tradings e fiações.

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Better Cotton Conference ocorre de 26 a 27 de junho com apoio da Abrapa

Evento é focado na produção responsável de algodão e ocorre em Istambul (Turquia) com público estimado em 400 pessoas de todo o mundo

25 de Junho de 2024

Uma equipe da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) representará o setor produtivo do algodão brasileiro na Better Cotton Conference 2024, que ocorre de 26 a 27 de junho em Istambul (Turquia). De periodicidade anual, o evento reúne especialistas para troca de informações, debates e aprendizado com foco na promoção de um futuro mais sustentável para o algodão mundial.


 Neste ano, a conferência tem como tema central “Acelerando o impacto", desdobrado em quatro temas: “Colocando as pessoas em primeiro lugar”, “Impulsionando a mudança em nível de campo”, “Entendendo as tendências das políticas e do setor” e “Relatórios sobre dados e rastreabilidade”.


 “É fundamental nos mantermos atualizados e alinhados com as boas práticas e tendências de consumo. A Better Cotton Conference é essencial porque funciona como uma grande vitrine sobre a cotonicultura sustentável e temos orgulho em apoiarmos sua organização”, observa Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.


 O apoio da Abrapa à conferência ocorre pelo terceiro ano consecutivo. A parceria é viabilizada pelo Cotton Brazil – iniciativa que representa em escala global a cadeia produtiva do algodão brasileiro. Idealizado pela Abrapa, o Cotton Brazil tem parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e apoio da Agência Nacional de Exportadores de Algodão (Anea).


 O vínculo entre Abrapa e Better Cotton vem desde 2013, quando as duas organizações começaram a atuar em benchmarking em seus programas de certificação socioambiental (o Algodão Brasileiro Responsável – ABR, da Abrapa, e o Better Cotton).


 A Better Cotton Conference será realizada de forma híbrida com a expectativa de reunir aproximadamente 400 pessoas. Na programação deste ano, o evento abordará agricultura regenerativa, igualdade de gênero, abordagens de paisagem, rastreabilidade, pequenos proprietários, mudanças climáticas, trabalho decente e mercados de carbono – entre outros. Ao todo, 75 especialistas – entre pesquisadores, agricultores, empresários e investidores – se apresentarão.


 A Better Cotton é uma organização não governamental que desde 2005 atua para fomentar a continuidade da produção de algodão com responsabilidade socioambiental. Atualmente, são cerca de 70 parceiros diferentes operando junto a aproximadamente 3 milhões de agricultores distribuídos em 26 países produtores. A estimativa é de que 20% da produção global da pluma seja Better Cotton.

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Evento ABR-LOG mobiliza empresas de logística em Santos (SP)

Encontro foi realizado para impulsionar a aderência dos terminais ao programa ABR-LOG, que visa a melhoria dos processos logísticos da cadeia produtiva do algodão

24 de Junho de 2024

Representantes de mais de 15 empresas, que possuem terminais retroportuários trabalhando na estufagem de algodão e empresas de exportação (tradings), no porto de Santos, lotaram o auditório da Associação Comercial de Santos nesta semana em um evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), juntamente com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão, no escopo do programa ABR-LOG. O motivo do encontro foi angariar a aderência dos terminais, para participarem da iniciativa, que tem como foco a melhoria e a padronização dos processos no último elo da cadeia produtiva do algodão, antes do embarque para os países de destino. A ênfase do ABR-LOG é a sustentabilidade (ambiental, social e governança), com um enfoque adicional na qualidade, assegurando a integridade e a boa apresentação dos fardos de algodão na entrega ao comprador.


De acordo com a Abrapa, garantir a padronização dos processos e a consequente melhoria do estado de conservação dos fardos fortalece a competitividade brasileira num mercado em que o Brasil começou a se destacar mais expressivamente nos últimos anos. Antes, o país era um exportador de segundo semestre, e o mercado para todo o volume embarcado era certo. Na safra 2023/2024, com a produção estimada em 3,66 milhões de toneladas de algodão beneficiado, em torno de 2,8 milhões de toneladas (Anea) deverão deixar o país e seguir para a indústria internacional, que é majoritariamente asiática.


“Depois de suprir as fiações brasileiras, que consomem de 700 a 750 mil toneladas, todo esse excedente precisa encontrar um mercado, e o escoamento do produto leva praticamente o ano inteiro. Na disputa pelo comprador com Estados Unidos, Austrália e África Ocidental, cada detalhe conta, e o ABR-LOG cuida disso, ao levantar a régua dos procedimentos nesta etapa da logística”, explica Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa.


Conceito expandido


O ABR-LOG foi lançado em 2023 pela Abrapa e Anea, como parte de um programa maior, o Cotton Brazil, de promoção do algodão brasileiro no mercado externo. Este guarda-chuva, além das duas associações, integra a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Segundo o gestor de Sustentabilidade da Abrapa, Fábio Carneiro, trata-se de uma extensão do conceito do Algodão Brasileiro Responsável (ABR), de certificação de sustentabilidade nas fazendas, que, por sua vez, derivou, anteriormente, no ABR-UBA, cujo alvo são as Unidades de Beneficiamento de Algodão, e, desde o ano passado, no ABR-LOG.


“Com esses programas, além de expandirmos e assegurarmos a sustentabilidade nas operações em elos importantíssimos da cadeia da fibra, agregamos mais valor ao algodão brasileiro num aspecto que é bem tangível, a aparência dos fardos. Rasgos e sujeira podem levar à contaminação da fibra e comprometer o trabalho realizado no campo, nas unidades de beneficiamento de algodão nos e laboratórios brasileiros”, diz o gestor. Ele revela que a meta para este ano é que 50% da safra seja estufada em terminais certificados pelo programa. “Lançamos o programa visando 30%, e, já em agosto, na certificação, superamos o planejado”, afirma.


No ano passado, as primeiras empresas certificadas foram a S. Magalhães & Essemaga – que teve seus terminais de Alemoa e Guarujá chancelados pelo programa –, a Hipercon Terminais de Carga, de Santos, e a Louis Dreyfus Company (LDC), com terminal em Cubatão/SP. Posteriormente, também foram certificadas as empresas Brado, em Rondonópolis/MT, e a Tecon Salvador, na capital baiana.Todas as companhias passaram por auditoria de terceira parte, no período comercial de 2023/2024, a empresa Control Union foi credenciada como a responsável pelas auditorias do ABR-LOG. A mesma auditoria será responsável pelas certificações em 2024/2025.


Segundo o presidente da Anea, Miguel Faus, nesta fase do ABR-LOG, as atenções se voltam para o Porto de Santos, a quem cabem 97% dos embarques de algodão, no Brasil. “Para se ter uma ideia, nosso maior competidor, os Estados Unidos – que hoje produzem praticamente o mesmo que o Brasil e exportam mais – embarcam seu produto por cinco portos. Aqui, praticamente, só temos Santos e ainda assim temos conseguido bater recordes mensais em embarques”, afirma. Faus acrescenta que as entidades e o governo têm trabalhado na busca por alternativas viáveis para distribuir o montante exportado. “Nesse mercado tão apertado, temos que nos diferenciar, não só na qualidade da pluma e na sua sustentabilidade, mas nos embarques, na pontualidade, da aparência dos fardos. Para isso temos que envolver toda a cadeia”, explicou.


Em sua fala durante a solenidade, o diretor da Associação Comercial de Santos, Eduardo Lopes, destacou a importância do agro para o Porto de Santos. “No ano passado, Santos movimentou 173 milhões de toneladas, aproximadamente. Foram 130 milhões no sentido da exportação e 43, na importação. E as grandes cadeias responsáveis foram do agronegócio. O Porto de Santos é líder, inclusive mundialmente, na movimentação de soja, de milho, de algodão, de café, de suco de laranja, de celulose e assim uma série de outros produtos. E no que diz respeito a própria importação dessas 40 milhões de toneladas que o Brasil importou, 10 milhões e meio de toneladas foram matérias-primas, foram fertilizantes, para fertilizantes justamente para ser usado no agro”.

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Abrapa participa de Dia de Campo sobre sustentabilidade, em Goiás

21 de Junho de 2024

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, esteve presente na apresentação das mais recentes tecnologias e práticas que impulsionam de maneira sustentável a produção da pluma, durante o 21º Dia do Algodão, realizado em 21 de junho, na sede do Instituto Goiano de Agricultura (IGA), em Montividiu (GO). O evento, organizado pela Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), reuniu produtores, especialistas e empresas do setor, proporcionando um ambiente significativo para atualização técnica e troca de conhecimentos entre os participantes.


“Goiás se destaca na cotonicultura nacional, ocupando posição de vanguarda na produção e exportação da fibra, devido às condições climáticas favoráveis ao cultivo e outros fatores que contribuem para sua alta produtividade e qualidade da fibra”, disse Schenkel, que destacou ainda que o dia de campo proporcionou um ambiente ideal para o networking e facilitou a formação de parcerias estratégicas para o avanço do setor.


Em 2024, Goiás deverá colher 60,8 mil toneladas de algodão, o que representa 1,7% da produção nacional, consolidando o estado como o sexto maior produtor do país nesse setor. Os agricultores goianos plantaram uma área de 30,9 mil hectares, e a produtividade esperada é de 1.969 kg de pluma/ha.


A programação da Agopa, uma das associadas da Abrapa, incluiu diversas atividades estruturadas para compartilhar conhecimentos especializados. Entre as palestras técnicas, destacaram-se temas como a seleção de cultivares avançadas para aumentar a produtividade e melhorar a qualidade da fibra, conduzida pelo renomado consultor Wanderley Oishi, da Cotton Consultoria Agronômica.


Outro ponto de destaque foi a estação dedicada ao desenvolvimento de práticas agrícolas sustentáveis, com ênfase na integração da biologia do solo para otimização da produtividade, conduzida por Augusto Silva, sócio-diretor da Libertas Agronegócios e diretor do Instituto Brasileiro de Agricultura Sustentável (IBA). Além disso, Rosângela da Silva, pesquisadora da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, compartilhou abordagens inovadoras para o manejo sustentável de nematoides na cultura do algodão.


A feira de expositores, que acompanhou as atividades do evento, permitiu que empresas parceiras apresentassem suas tecnologias e serviços especializados, fortalecendo o intercâmbio de conhecimentos e o desenvolvimento do mercado algodoeiro. “O evento reafirmou seu papel para a promoção de inovações e práticas sustentáveis no setor, consolidando Goiás como um importante polo produtor e disseminador de conhecimento no setor”, afirmou o presidente.

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Abrapa e Anea mobilizam empresas de logística em Santos promovendo o ABR-LOG

21 de Junho de 2024

Representantes de mais de 15 empresas, que possuem terminais retroportuários trabalhando na estufagem de algodão e empresas de exportação (tradings), no porto de Santos, lotaram o auditório da Associação Comercial de Santos, na quinta-feira (20), em um evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), juntamente com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão, no escopo do programa ABR-LOG. O motivo do encontro foi angariar a aderência dos terminais, para participarem da iniciativa, que tem como foco a melhoria e a padronização dos processos no último elo da cadeia produtiva do algodão, antes do embarque para os países de destino. A ênfase do ABR-LOG é a sustentabilidade (ambiental, social e governança), com um enforque adicional na qualidade, assegurando a integridade e a boa apresentação dos fardos de algodão na entrega ao comprador.


De acordo com a Abrapa, garantir a padronização dos processos e a consequente melhoria do estado de conservação dos fardos fortalece a competitividade brasileira num mercado em que o Brasil começou a se destacar mais expressivamente nos últimos anos. Antes, o país era um exportador de segundo semestre, e o mercado para todo o volume embarcado era certo. Na safra 2023/2024, com a produção estimada em 3,66 milhões de toneladas de algodão beneficiado, em torno de 2,8 milhões de toneladas (Anea) deverão deixar o país e seguir para a indústria internacional, que é majoritariamente asiática.


“Depois de suprir as fiações brasileiras, que consomem de 700 a 750 mil toneladas, todo esse excedente precisa encontrar um mercado, e o escoamento do produto leva praticamente o ano inteiro. Na disputa pelo comprador com Estados Unidos, Austrália e África Ocidental, cada detalhe conta, e o ABR-LOG cuida disso, ao levantar a régua dos procedimentos nesta etapa da logística”, explica Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa.



Conceito expandido


O ABR-LOG foi lançado em 2023 pela Abrapa e Anea, como parte de um programa maior, o Cotton Brazil, de promoção do algodão brasileiro no mercado externo. Este guarda-chuva, além das duas associações, integra a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Segundo o gestor de Sustentabilidade da Abrapa, Fábio Carneiro, trata-se de uma extensão do conceito do Algodão Brasileiro Responsável (ABR), de certificação de sustentabilidade nas fazendas, que, por sua vez, derivou, anteriormente, no ABR-UBA, cujo alvo são as Unidades de Beneficiamento de Algodão, e, desde o ano passado, no ABR-LOG.


“Com esses programas, além de expandirmos e assegurarmos a sustentabilidade nas operações em elos importantíssimos da cadeia da fibra, agregamos mais valor ao algodão brasileiro num aspecto que é bem tangível, a aparência dos fardos. Rasgos e sujeira podem levar à contaminação da fibra e comprometer o trabalho realizado no campo, nas unidades de beneficiamento de algodão nos e laboratórios brasileiros”, diz o gestor. Ele revela que a meta para este ano é que 50% da safra seja estufada em terminais certificados pelo programa. “Lançamos o programa visando 30%, e, já em agosto, na certificação, superamos o planejado”, afirma.


No ano passado, as primeiras empresas certificadas foram a S. Magalhães & Essemaga – que teve seus terminais de Alemoa e Guarujá chancelados pelo programa –, a Hipercon Terminais de Carga, de Santos, e a Louis Dreyfus Company (LDC), com terminal em Cubatão/SP. Posteriormente, também foram certificadas as empresas Brado, em Rondonópolis/MT, e a Tecon Salvador, na capital baiana.Todas as companhias passaram por auditoria de terceira parte, no período comercial de 2023/2024, a empresa Control Union foi credenciada como a responsável pelas auditorias do ABR-LOG. A mesma auditoria será responsável pelas certificações em 2024/2025.


Segundo o presidente da Anea, Miguel Faus, nesta fase do ABR-LOG, as atenções se voltam para o Porto de Santos, a quem cabem 97% dos embarques de algodão, no Brasil. “Para se ter uma ideia, nosso maior competidor, os Estados Unidos – que hoje produzem praticamente o mesmo que o Brasil e exportam mais – embarcam seu produto por cinco portos. Aqui, praticamente, só temos Santos e ainda assim temos conseguido bater recordes mensais em embarques”, afirma. Faus acrescenta que as entidades e o governo têm trabalhado na busca por alternativas viáveis para distribuir o montante exportado. “Nesse mercado tão apertado, temos que nos diferenciar, não só na qualidade da pluma e na sua sustentabilidade, mas nos embarques, na pontualidade, da aparência dos fardos. Para isso temos que envolver toda a cadeia”, explicou.


Em sua fala durante a solenidade, o diretor da Associação Comercial de Santos, Eduardo Lopes, destacou a importância do agro para o Porto de Santos. “No ano passado, Santos movimentou 173 milhões de toneladas, aproximadamente. Foram 130 milhões no sentido da exportação e 43, na importação. E as grandes cadeias responsáveis foram do agronegócio. O Porto de Santos é líder, inclusive mundialmente, na movimentação de soja, de milho, de algodão, de café, de suco de laranja, de celulose e assim uma série de outros produtos. E no que diz respeito a própria importação dessas 40 milhões de toneladas que o Brasil importou, 10 milhões e meio de toneladas foram matérias-primas, foram fertilizantes, para fertilizantes justamente para ser usado no agro”

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