Após quase 3 meses de operação do Sistema Abrapa de Identificação (SAI) na safra 2023/2024, foram solicitadas aproximadamente 16 milhões de etiquetas às empresas Grif Rótulos e Etiquetas Adesivas, Indústria Gráfica Brasileira Ltda e Rótulos Prakolar Sato. Em 23 de maio, a entidade promoveu uma reunião online com essas gráficas, previamente homologadas para a impressão do material, junto à Avery Dennison, fornecedora da matéria-prima, a fim de avaliar o trabalho realizado até então e discutir possíveis melhorias para o próximo ciclo.
“Analisamos o comportamento das gráficas na safra passada, mês a mês, além dos resultados da auditoria surpresa realizada pela Solprat, empresa encarregada do monitoramento do trabalho. Discutimos também oportunidades de melhoria e estudos que estamos conduzindo para o próximo ciclo”, afirmou Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa.
Até o dia 17 de maio, as gráficas haviam recebido pedidos próximos de 15,8 milhões de etiquetas, sendo 56,2% em BOPP e o restante em vinil, além de 96,4 mil lacres, sendo a maioria, 56,4%, em vinil. Este ano, o SAI foi implementado em 25 de março, e a previsão da Abrapa é utilizar cerca de 17 milhões de etiquetas durante a temporada, considerando uma produção estimada de 3,5 milhões de toneladas de algodão no Brasil.
"É o nosso segundo ano na operação SAI e a funcionalidade do sistema tem se mostrado mais eficiente. Conseguimos estabelecer controles adicionais que garantem a precisão na numeração das etiquetas. Ao longo dessa temporada, observamos a melhoria na organização, direcionamento e qualidade do processo, garantindo maior segurança para que os produtores recebam um produto com a garantia necessária para uma boa operação, durante o processo de identificação dos fardos”, disse Fernando Pirutti, diretor comercial da Grif Rótulos.
As etiquetas desempenham um papel crucial na garantia da rastreabilidade dos fardos de algodão, identificando cada um com um código único que contém informações como a numeração de série, a prensa utilizada, entre outras, permitindo que o comprador rastreie a origem do algodão até o laboratório que realizou a análise de HVI. Na última safra, 240 Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBAs) de dez estados participaram do SAI.
“Considero que todo o trabalho conduzido pelas gráficas, pela Abrapa e pelas auditorias têm sido um sucesso. Este ano, mesmo com um volume recorde de etiquetas, temos tido um fluxo de trabalho muito seguro e bem estruturado”, elogiou Fernando Rimini, sócio da IGB.
Para Mauricio Medici, diretor executivo da Rótulos Prakolar Sato, a participação da empresa, neste primeiro ano, está sendo gratificante. “Estamos adquirindo muito conhecimento para participar de forma mais efetiva nos próximos. Já investimos em equipamentos e planejamos investir ainda mais. Recebemos feedbacks positivos de alguns clientes, o que é importante para nós.”
A Avery Dennison, fabricante de soluções autoadesivas para a produção das etiquetas, tem trabalhado em conjunto com a Abrapa, para desenvolver novos produtos, fornecidos pelos convertedores, que possam enfrentar os desafios do campo, desde a colheita até o processo logístico de entrega às empresas têxteis. Através de pesquisas de campo, tem sido avaliado um processo de melhora contínua de performance, através de feedbacks positivos dos produtores, garantindo, ainda mais, a rastreabilidade e a qualidade do algodão brasileiro.
O SAI não apenas garante a rastreabilidade do algodão, mas também contribui para a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional. Ao fornecer informações detalhadas sobre a origem e qualidade do algodão, o sistema permite que compradores internacionais tomem decisões mais conscientes e valorizem ainda mais o algodão brasileiro.