A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), encerrou, nesta sexta-feira (12), o calendário de treinamentos de abril com o curso de capacitação e qualificação para inspetores de Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA), em Uberlândia (MG). O evento, realizado na Central de Classificação de Fibra de Algodão (Minas Cotton), reuniu profissionais que atuam na área e buscam aprimorar seus conhecimentos para garantir a qualidade e a padronização do algodão brasileiro.
O conteúdo do treinamento foi desenvolvido pela Abrapa com a supervisão do Mapa, como parte do Programa da Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB). De acordo com o gestor do programa de Qualidade da entidade, Edson Mizoguchi, essa iniciativa visa garantir a rastreabilidade e a qualidade da pluma nacional. "Com essa capacitação, preparamos novos inspetores para a safra 2023/2024 e damos um passo importante para consolidar o PQAB no estado de Minas Gerais", afirma.
A certificação oficial do PQAB garante que o algodão brasileiro atenda aos mais rigorosos padrões internacionais de qualidade. Isso significa que a amostra retirada do fardo de algodão corresponde à realidade do produto, está devidamente identificada e foi produzida de acordo com as normas técnicas.
"Temos 15 UBAs ativas em Minas Gerais. No ano passado, formamos mais de 30 inspetores. Este ano, estamos formando mais 16, completando o time no estado. Isso facilita muito para nós, do laboratório de análise de fibra de algodão, pois recebemos amostras que estão dentro das conformidades em relação ao tamanho, espessura e peso corretos”, informa Anicézio Resende, gerente do laboratório da Amipa.
O inspetor de UBA é a peça fundamental para o sucesso do Programa. É ele quem garante que todos os procedimentos de amostragem, identificação e embalagem do algodão sejam realizados de acordo com as normas. O trabalho desses profissionais é essencial para garantir a confiabilidade das análises e a qualidade do algodão brasileiro.
Durante o treinamento, os participantes aprofundaram seus conhecimentos sobre os requisitos legais do PQAB, incluindo a Instrução Normativa 24 (IN24), que define o regulamento técnico do algodão em pluma, e a Portaria 375, que estabelece os requisitos para a certificação voluntária de produtos de origem vegetal.
Além da legislação, o curso também abordou as melhores práticas para a amostragem, identificação e embalagem do algodão, bem como os procedimentos para o envio das amostras para classificação e análise. Ao final, os inspetores inscritos foram submetidos a uma avaliação para certificar a assimilação do conteúdo. A nota mínima para aprovação foi seis. Além da Amipa, o treinamento foi realizado na Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul) e na Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).