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ALGODÃO/ABRAPA: PRODUTORES VÃO PEDIR AO GOVERNO MEDIDAS EMERGENCIAIS DE APOIO

19 de Fevereiro de 2024

São Paulo, 16/02/2024 - Os produtores de algodão vão entregar ao governo federal, nos próximos dias, documento com medidas emergenciais de apoio ao setor. Decisão nesse sentido foi tomada, ontem (15), durante reunião extraordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados (CSAD), do Ministério da Agricultura.


Conforme comunicado da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que preside a câmara setorial, o objetivo é tentar diminuir os efeitos da quebra de safra da soja pelas adversidades climáticas, potencializadas pelo El Niño. "Embora a soja tenha sido o cultivo mais afetado, seus reflexos sobre o algodão são diretos. Atualmente, 62% da produção brasileira de algodão se dá em áreas de segunda safra, quando o algodão sucede imediatamente a soja", explicou a Abrapa.


Aos reveses climáticos se soma a queda nos preços de algumas das principais commodities agrícolas brasileiras, que comprometem a remuneração do produtor rural. Segundo a Abrapa, pelo indicador Esalq/B3, desde o início do ano passado, soja, milho e algodão registraram queda, de, respectivamente, 28%, 24% e 25%.


De acordo com o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, os produtores querem evitar a inadimplência e a consequente falta de acesso ao crédito para financiamento e custeio de suas lavouras. "As medidas também devem impedir que os impactos da crise cheguem ao consumidor final, não apenas de roupas como de alimentos, pois a soja está na base de diversas outras cadeias produtivas do agro", disse ele na nota. No documento, os produtores pedem oferta de uma linha de crédito emergencial que beneficie também o produtor de grande porte. "Do contrário, pode haver inadimplência nos compromissos já contratados. Da mesma forma, precisamos da prorrogação de operações de crédito, com prazo mínimo de um ano e taxas em linha com o mercado, que estão menores do que na época em que alavancamos", informou Schenkel.


A Câmara também alerta para a importância de dotação orçamentária para a Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM), para prover alguma estabilidade de renda para o produtor, e isso tornaria efetivas as soluções de subvenção, com os programas de PEP e Pepro. Outro ponto destacado foi o seguro rural, cuja abrangência tem diminuído, e o modelo, segundo os produtores, precisa ser reavaliado. "Os recursos têm de ser elevados já para o Plano Safra 2024/2025, para dar conta do que o campo precisa neste momento, mas o seguro tem que ser uma ferramenta que de fato funcione para como um instrumento de política agrícola, e que seja, também, interessante para que as empresas do ramo possam criar produtos e ofertar apólices com este fim", concluiu o presidente da Abrapa.


 

http://broadcast.com.br/cadernos/agro/?id=aUVQVW9HWjgrMVFxbFRWTnVDenVXdz09

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Produtores de algodão pedirão ao governo medidas emergenciais de apoio

19 de Fevereiro de 2024

Os produtores de algodão vão entregar ao governo federal, nos próximos dias, documento com medidas emergenciais de apoio ao setor. Decisão nesse sentido foi tomada na quinta-feira, 15, durante reunião extraordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados (CSAD), do Ministério da Agricultura.


Conforme comunicado da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que preside a câmara setorial, o objetivo é tentar diminuir os efeitos da quebra de safra da soja pelas adversidades climáticas, potencializadas pelo El Niño.


“Embora a soja tenha sido o cultivo mais afetado, seus reflexos sobre o algodão são diretos. Atualmente, 62% da produção brasileira de algodão se dá em áreas de segunda safra, quando o algodão sucede imediatamente a soja”, explicou a Abrapa.


Aos reveses climáticos se soma a queda nos preços de algumas das principais commodities agrícolas brasileiras, que comprometem a remuneração do produtor rural. Segundo a Abrapa, pelo indicador Esalq/B3, desde o início do ano passado, soja, milho e algodão registraram queda, de, respectivamente, 28%, 24% e 25%.


De acordo com o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, os produtores querem evitar a inadimplência e a consequente falta de acesso ao crédito para financiamento e custeio de suas lavouras.


“As medidas também devem impedir que os impactos da crise cheguem ao consumidor final, não apenas de roupas como de alimentos, pois a soja está na base de diversas outras cadeias produtivas do agro”, disse ele na nota.


No documento, os produtores pedem oferta de uma linha de crédito emergencial que beneficie também o produtor de grande porte. “Do contrário, pode haver inadimplência nos compromissos já contratados. Da mesma forma, precisamos da prorrogação de operações de crédito, com prazo mínimo de um ano e taxas em linha com o mercado, que estão menores do que na época em que alavancamos”, informou Schenkel.


A Câmara também alerta para a importância de dotação orçamentária para a Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM), para prover alguma estabilidade de renda para o produtor, e isso tornaria efetivas as soluções de subvenção, com os programas de PEP e Pepro.


Outro ponto destacado foi o seguro rural, cuja abrangência tem diminuído, e o modelo, segundo os produtores, precisa ser reavaliado.


“Os recursos têm de ser elevados já para o Plano Safra 2024/2025, para dar conta do que o campo precisa neste momento, mas o seguro tem que ser uma ferramenta que de fato funcione para como um instrumento de política agrícola, e que seja, também, interessante para que as empresas do ramo possam criar produtos e ofertar apólices com este fim”, concluiu o presidente da Abrapa.


 

https://dinheirorural.com.br/produtores-de-algodao-pedirao-ao-governo-medidas-emergenciais-de-apoio/

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #06/2024 16/02

16 de Fevereiro de 2024

Destaque da Semana - Cotações de algodão atingem máxima desde Set/22. Primeiras estimativas da safra global 2024/25. China ainda celebra a chegada do seu ano novo.


Algodão em NY - O contrato Jul/24 fechou nesta quinta 15/02 cotado a 94,38,10 U$c/lp (+5,0% na semana). O contrato Dez/24 fechou 84,50 U$c/lp (+1,9% na semana) e o Dez/25 a 78,50 U$c/lp (+0,6% na semana).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 852 pts para embarque Fev/Mar (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 15/fev/24).


Altistas 1 - Estoques apertados nos EUA e compras ativas de fundos têm sustentado as recentes altas.


Altistas 2 - Demanda sustenta exportações firmes em diversas origens como EUA, Brasil, Índia e Austrália.


Baixistas 1 - As cotações atuais de algodão (Dez/24) estão favorecendo o plantio da pluma em detrimento de milho e soja onde as culturas competem por área.


Baixistas 2 - Além disso, com a melhoria nos níveis de umidade no solo no oeste do Texas, a tendência é de recuperação na safra 24/25 dos EUA.


Safra 2024/25 1 - O USDA realizou nesta semana a 100ª edição anual do Outlook Fórum trazendo os primeiros números da safra 24/25 de diversas commodities.


Safra 2024/25 2 - A produção global foi projetada em 25,37 milhões tons (+3,3%) e consumo em 25,26 milhões tons (+3,1%). A relação estoque/uso ficou em 72,90% (menos que os 74,4% de 23/24).


Safra 2024/25 3 - Tanto a importação como a exportação mundiais foram previstas em 9,86 milhões tons (+5,7%).


Safra 2024/25 4 - O relatório considera que a produção de algodão cairá na China, Índia, Paquistão e Austrália, e terá volume recorde no Brasil.


Safra 2024/25 5 - Nos EUA, a safra foi estimada em 3,48 milhões tons (+28,7%), o que não deve ser suficiente para melhorar muito a relação estoque uso (22,4%).


Safra 2024/25 6 - Hoje à tarde (16/2), haverá uma sessão com mais detalhes sobre algodão.


Índia 1 - A exportação de algodão da Índia em fevereiro pode alcançar o nível mais alto em 2 anos. A recente alta nas cotações em NY tornou o produto indiano atraente para compradores asiáticos, até então voltados para a pluma do Brasil e EUA.


Índia 2 - O algodão indiano, reconhecidamente o mais barato do mundo, está sendo negociado 500 pontos abaixo do algodão do Brasil na Ásia.


EUA 1 - A previsão do USDA é de que neste ano as indústrias têxteis norte-americanas beneficiem 381 mil tons de algodão. É o menor volume desde 1885, recorde histórico, e 15% abaixo do ciclo anterior.


EUA 2 - Nos EUA, as exportações aumentaram 11% em relação à semana anterior e 6% em relação à média das quatro semanas anteriores.


China - Apesar de não ter retornado do feriado prolongado, fontes no país mostram-se otimistas com os negócios no ano do Dragão.


Indonésia - As atividades comerciais e industriais pararam na Indonésia devido à eleição presidencial na quarta (14). Estima-se que mais de 200 milhões de pessoas votaram, naquele que é o quarto mais populoso país do mundo.


Bangladesh - Pressionado por entidades setoriais, o governo bengali alterou a regra de incentivos à exportação e manteve o benefício para cinco categorias de vestuário.


Paquistão 1 - O plantio de algodão já começou no Paquistão, mesmo com o clima mais frio que o ideal. Preços firmes do algodão em caroço animaram os produtores a plantar cedo com intenção de abrir a colheita no final de maio.


Paquistão 2 - Cautela continua guiando as fiações paquistanesas, pouco dispostas a comprar fios de algodão com preços altos. Os estoques estão apertados.


Missão Indonésia-Bangladesh - O Cotton Brazil abre a agenda de trabalho de 2024 pela Indonésia e Bangladesh. De 25/fev a 1º/mar, produtores e exportadores brasileiros cumprem agendas de negócios com importadores e industriais locais.


Exportações - O Brasil exportou 64,6 mil tons de algodão até a 2ª semana de fev/24. A média diária de embarque é 2,8 vezes maior em comparação com fev/24.


Beneficiamento 2022/23 - Até o dia 15/02: Os estados da BA, GO, MG, MS, PR, PI e SP encerraram o beneficiamento, restando apenas MA (89%) e MT (99,62%). Total Brasil: 99,52% beneficiado.


Plantio 2023/24 - Até o dia 15/02: Os estados do MA, MS, MT, PI e PR encerraram o plantio, restando BA (96%), GO (79,45%), MG (95%) e SP (99%) Total Brasil: 98,83% semeado.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 15-02


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, marca que representa internacionalmente a cadeia produtiva do algodão brasileiro. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados pleiteia medidas especiais para amortizar o impacto dos problemas climáticos

Crédito, renegociação de dívidas, seguro rural efetivo, subvenção e garantia de Preço Mínimo elencam a série de possíveis recursos contra os efeitos da crise.

16 de Fevereiro de 2024

A Câmara Setorial do Algodão e Derivados (CSAD), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), presidida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), reuniu-se em caráter extraordinário na manhã desta quinta-feira (15/02). O objetivo foi consolidar e aprovar o texto de um documento a ser entregue, ainda esta semana, ao Governo Federal, tratando de soluções emergenciais para minorar os efeitos da quebra de safra da soja pelas adversidades climáticas, potencializadas pelo El Niño. Embora a soja tenha sido o cultivo mais afetado, seus reflexos sobre a fibra são diretos, já que, no Brasil, todo cotonicultor é necessariamente sojicultor. Atualmente, 62% da produção brasileira de algodão se dá em áreas de segunda safra, quando o algodão sucede imediatamente à soja.


Aos reveses climáticos se soma a queda nos preços de algumas das principais commodities agrícolas brasileiras, que comprometem a remuneração do produtor rural. Pelo indicador Esalq/B3, desde o início do ano passado, soja, milho e algodão registraram queda, de, respectivamente, 28%, 24% e 25%.


De acordo com o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, os produtores querem evitar a inadimplência e a consequente falta de acesso ao crédito para financiamento e custeio de suas lavouras. “As medidas também devem impedir que os impactos da crise cheguem ao consumidor final, não apenas de roupas como de alimentos, pois a soja está na base de diversas outras cadeias produtivas do agro”, argumentou, durante o encontro, que reuniu os elos mais importantes da cadeia produtiva, além de órgãos governamentais, como a Conab.


Dentre os pontos elencados no documento, estão a disponibilização de uma linha de crédito emergencial que beneficie também o produtor de grande porte. “Do contrário, pode haver inadimplência nos compromissos já contratados. Da mesma forma, precisamos da prorrogação de operações de crédito, com prazo mínimo de um ano e taxas em linha com o praticado hoje no mercado, que estão menores do que na época em que alavancamos”, diz Schenkel. Os membros da Câmara lembraram que apesar dos pleitos ao governo, o grande financiador da produção é a iniciativa privada, e com esses também haverá conversas.


A Câmara também alerta para a importância de dotação orçamentária para a Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM), para prover alguma estabilidade de renda para o produtor, e isso tornaria efetivas as soluções de subvenção, com os programas de PEP e Pepro. Outro ponto enfatizado foi o Seguro Rural, cuja abrangência tem diminuído, e o modelo, segundo os produtores, precisa ser reavaliado, como algo consistente e não apenas lembrado quando os problemas chegam.


“Os recursos têm de ser elevados já para o Plano Safra 2024/2025, para dar conta do que o campo precisa neste momento, mas o seguro tem que ser uma ferramenta que de fato funcione para como um instrumento de política agrícola, e que seja, também, interessante para que as empresas do ramo possam criar produtos e ofertar apólices com este fim”, disse Schenkel.


Acesso em: Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados pleiteia medidas... - Notícias Agrícolas (noticiasagricolas.com.br)

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Câmara Setorial do Algodão pleiteia medidas para minimizar os impactos dos problemas climáticos

Crédito, renegociação de dívidas, seguro rural efetivo, subvenção e garantia de Preço Mínimo elencam a série de possíveis recursos contra os efeitos da crise

16 de Fevereiro de 2024

A Câmara Setorial do Algodão e Derivados (CSAD), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), presidida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), reuniu-se em caráter extraordinário na manhã de hoje. O objetivo foi consolidar e aprovar o texto de um documento a ser entregue, ainda esta semana, ao Governo Federal, tratando de soluções emergenciais para minorar os efeitos da quebra de safra da soja pelas adversidades climáticas, potencializadas pelo El Niño.


Embora a soja tenha sido o cultivo mais afetado, seus reflexos sobre a fibra são diretos, já que, no Brasil, todo cotonicultor é necessariamente sojicultor. Atualmente, 62% da produção brasileira de algodão se dá em áreas de segunda safra, quando o algodão sucede imediatamente à soja.


Aos reveses climáticos se soma a queda nos preços de algumas das principais commodities agrícolas brasileiras, que comprometem a remuneração do produtor rural. Pelo indicador Esalq/B3, desde o início do ano passado, soja, milho e algodão registraram queda, de, respectivamente, 28%, 24% e 25%.


De acordo com o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, os produtores querem evitar a inadimplência e a consequente falta de acesso ao crédito para financiamento e custeio de suas lavouras. “As medidas também devem impedir que os impactos da crise cheguem ao consumidor final, não apenas de roupas como de alimentos, pois a soja está na base de diversas outras cadeias produtivas do agro”, argumentou, durante o encontro, que reuniu os elos mais importantes da cadeia produtiva, além de órgãos governamentais, como a Conab.


Dentre os pontos elencados no documento, estão a disponibilização de uma linha de crédito emergencial que beneficie também o produtor de grande porte. “Do contrário, pode haver inadimplência nos compromissos já contratados. Da mesma forma, precisamos da prorrogação de operações de crédito, com prazo mínimo de um ano e taxas em linha com o praticado hoje no mercado, que estão menores do que na época em que alavancamos”, diz Schenkel. Os membros da Câmara lembraram que apesar dos pleitos ao governo, o grande financiador da produção é a iniciativa privada, e com esses também haverá conversas.


A Câmara também alerta para a importância de dotação orçamentária para a Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM), para prover alguma estabilidade de renda para o produtor, e isso tornaria efetivas as soluções de subvenção, com os programas de PEP e Pepro. Outro ponto enfatizado foi o Seguro Rural, cuja abrangência tem diminuído, e o modelo, segundo os produtores, precisa ser reavaliado, como algo consistente e não apenas lembrado quando os problemas chegam.


“Os recursos têm de ser elevados já para o Plano Safra 2024/2025, para dar conta do que o campo precisa neste momento, mas o seguro tem que ser uma ferramenta que de fato funcione para como um instrumento de política agrícola, e que seja, também, interessante para que as empresas do ramo possam criar produtos e ofertar apólices com este fim”, disse Schenkel.


Acesso em: Câmara Setorial do Algodão pleiteia medidas para minimizar os impactos dos problemas climáticos - Revista Cultivar

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Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados pleiteia medidas especiais para amortizar o impacto dos problemas climáticos

Crédito, renegociação de dívidas, seguro rural efetivo, subvenção e garantia de Preço Mínimo elencam a série de possíveis recursos contra os efeitos da crise.

16 de Fevereiro de 2024

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados (CSAD), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), presidida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), reuniu-se em caráter extraordinário na manhã desta quinta-feira (15/02). O objetivo foi consolidar e aprovar o texto de um documento a ser entregue, ainda esta semana, ao Governo Federal, tratando de soluções emergenciais para minorar os efeitos da quebra de safra da soja pelas adversidades climáticas, potencializadas pelo El Niño. Embora a soja tenha sido o cultivo mais afetado, seus reflexos sobre a fibra são diretos, já que, no Brasil, todo cotonicultor é necessariamente sojicultor. Atualmente, 62% da produção brasileira de algodão se dá em áreas de segunda safra, quando o algodão sucede imediatamente a soja.


Aos reveses climáticos se soma a queda nos preços de algumas das principaiscommodities agrícolas brasileiras, que comprometem a remuneração do produtor rural. Pelo indicador Esalq/B3, desde o início do ano passado, soja, milho e algodão registraram queda, de, respectivamente, 28%, 24% e 25%.


De acordo com o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, os produtores querem evitar a inadimplência e a consequente falta de acesso ao crédito para financiamento e custeio de suas lavouras. “As medidas também devem impedir que os impactos da crise cheguem ao consumidor final, não apenas de roupas como de alimentos, pois a soja está na base de diversas outras cadeias produtivas do agro”, argumentou, durante o encontro, que reuniu os elos mais importantes da cadeia produtiva, além de órgãos governamentais, como a Conab.


Dentre os pontos elencados no documento, estão a disponibilização de uma linha de crédito emergencial que beneficie também o produtor de grande porte. “Do contrário, pode haver inadimplência nos compromissos já contratados. Da mesma forma, precisamos da prorrogação de operações de crédito, com prazo mínimo de um ano e taxas em linha com o praticado hoje no mercado, que estão menores do que na época em que alavancamos”, diz Schenkel. Os membros da Câmara lembraram que apesar dos pleitos ao governo, o grande financiador da produção é a iniciativa privada, e com esses também haverá conversas.


A Câmara também alerta para a importância de dotação orçamentária para a Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM), para prover alguma estabilidade de renda para o produtor, e isso tornaria efetivas as soluções de subvenção, com os programas de PEP e Pepro. Outro ponto enfatizado foi o Seguro Rural, cuja abrangência tem diminuído, e o modelo, segundo os produtores, precisa ser reavaliado, como algo consistente e não apenas lembrado quando os problemas chegam.


“Os recursos têm de ser elevados já para o Plano Safra 2024/2025, para dar conta do que o campo precisa neste momento, mas o seguro tem que ser uma ferramenta que de fato funcione para como um instrumento de política agrícola, e que seja, também, interessante para que as empresas do ramo possam criar produtos e ofertar apólices com este fim”, disse Schenkel.


15.02.2024


Imprensa Abrapa


Catarina Guedes – Assessora de Imprensa


(71) 9 8881 – 8064


Monise Centurion – Jornalista Assistente


(17) 99611-8019

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Semeadura do algodão avança em ritmo acelerado

Conab informa que 95,3% da área total já foi semeada; Algumas lavouras já estão em formando maçãs

15 de Fevereiro de 2024

O recente Boletim Semanal de Progresso de Safra, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), indica que o plantio do algodão vem caminhando para a reta final, com 95% da área total já plantada. Mato Grosso lidera o ranking com 98,4% da área semeada, seguido por Mato Grosso do Sul e Maranhão, ambos com 100%.


No estado de Mato Grosso , a semeadura do algodão está se encerrando, marcando o fim de uma das etapas cruciais do ciclo produtivo. As lavouras neste estado estão exibindo um bom desenvolvimento, um sinal promissor para a safra atual.


Na Bahia , outro estado chave para a produção de algodão, as lavouras também estão mostrando um bom desenvolvimento. Além disso, o plantio das áreas irrigadas continua avançando.


Em Mato Grosso do Sul , as lavouras de algodão estão demonstrando um excelente desenvolvimento, com uma notável uniformidade entre as plantas. Fator é crucial para a colheita, pois influencia diretamente na eficiência e nos custos de produção.


No Maranhão , as condições das lavouras de algodão são descritas como boas, indicando um ambiente favorável ao crescimento e desenvolvimento das plantas.


Em Goiás, o clima tem sido favorável ao desenvolvimento das lavouras de algodão, com menção específica às áreas de safrinha que ainda estão sendo semeadas. Esse período é crítico, pois as condições climáticas durante a semeadura e o desenvolvimento inicial podem afetar o rendimento e a qualidade da safra.


Minas Gerais e São Paulo também reportam boas condições para as lavouras de algodão. Em SP, especificamente, as lavouras estão em fase de formação de maçãs, um estágio importante que precede a fase de florescimento e subsequente formação das cápsulas de algodão.


No Piauí , as lavouras seguem se desenvolvendo em boas condições.



Pelo menos 2/3 da safra do algodão está em desenvolvimento vegetativo, ainda que 18,3% ainda estão em emergência, sobretudo naquelas lavouras plantadas mais tardiamente, como na Bahia, Goiás e Minas Gerais, onde as operações de plantio estão atrasadas em relação à safra anterior. Além disso, os 1,7% em Formação de Maçãs acontecem principalmente no estado de São Paulo.



Maranhão: Concluiu o plantio nesta semana, alcançando 100% (avanço de 10% em relação à semana passada), mantendo-se alinhado à safra anterior.
Piauí: Mantém 100% do plantio, sem variações na semana (sem mudança em relação à semana passada), igualmente alinhado à safra anterior.
Bahia: O plantio avançou para 83,3% (aumento de 2% em relação à semana passada), porém ainda está abaixo da safra anterior em 14,7 pontos percentuais.
Mato Grosso: O plantio atingiu 98,4% (crescimento de 8,1% em relação à semana passada), superando o mesmo período da safra anterior em 8,4 pontos percentuais.
Mato Grosso do Sul: Plantio em 100%, sem alterações nesta semana (estável em relação à semana passada), em paridade com a safra anterior.
Goiás: O plantio aumentou para 90% (crescimento de 5% em relação à semana passada), porém está ligeiramente abaixo da safra anterior em 10 pontos percentuais.
Minas Gerais: Plantio avançou para 95% (aumento de 5% em relação à semana passada), ficando 4 pontos percentuais abaixo em comparação com a safra anterior.



Confira a matéria completa: https://www.agrolink.com.br/noticias/algodao---semeadura-avanca-em-ritmo-acelerado_488178.html

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #05/2024 09/02

09 de Fevereiro de 2024

Destaque da Semana - Relatório do USDA divulgado ontem (8/2) trouxe viés altista, principalmente porque os números de produção dos EUA da última safra podem cair ainda mais, segundo o mercado. Amanhã (10/2) começa oficialmente o ano novo chinês. O gigante Asiático (que já vinha em ritmo lento) paralisa totalmente até 19/2 para celebrar a chegada do ano do Dragão.


Algodão em NY - O contrato Mar/24 fechou nesta quinta 08/02 cotado a 89,10 U$c/lp (+3,0% na semana). O contrato Jul/24 fechou 89,92 U$c/lp (+1,9% na semana) e o Dez/24 a 82,94 U$c/lp (+1,3% na semana).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 828 pts para embarque Jan/Fev (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 08/fev/24).


Altistas 1 - O relatório de oferta e demanda do USDA reduziu os estoques finais dos EUA em 22 mil tons, chegando a 610 mil tons, o menor desde 2016/17. A relação estoque/uso caiu para 19,9%, a menor desde 2020/21.


Altistas 2 - Além disso, especula-se que o tamanho da safra 2023/24 seja ainda menor que os 2,7 milhões tons estimados pelo USDA, baseado em números de classificação e beneficiamento até aqui.


Altistas 3 - No cenário global, a produção 2023/24 foi reduzida para 24,57 milhões tons (-77 mil tons), o consumo ficou praticamente inalterado em 24,49 milhões tons e os estoques finais foram reduzidos em 149 mil toneladas.


Baixistas 1 - Nas cotações atuais, a relação de preços entre algodão e milho e algodão e soja continua favorecendo aumento de área de algodão nos EUA.


Baixistas 2 - A demanda continua preocupando. As fiações continuam tendo muita dificuldade de aferir margens com a atual relação de preços algodão/fio.


Baixistas 3 - A China entra em feriado hoje rodeada de incertezas. O país passa por uma turbulência na sua economia e na bolsa de valores. A deflação é tão grave que os preços ao consumidor registraram a taxa de redução mais rápida desde a crise financeira global.


EUA - A primeira informação de área plantada 2024/25 dos EUA será divulgada durante o USDA Agricultural Outlook Forum, que ocorre 15 e 16/fev. No domingo (18/2), o National Cotton Council dos EUA (NCC) apresenta suas estimativas de safra.


Austrália - Em meio a um clima seco e quente, a Austrália vê suas lavouras se desenvolverem bem. A projeção de safra com 1 milhão tons de algodão tem se fortalecido.


China 1 - A safra 2024/25 na China foi estimada pelo Beijing Cotton Outlook (BCO) em 5,86 milhões tons – 146 mil tons abaixo do registrado em 2023/24. De forma geral, o cenário é de queda em relação ao ciclo anterior.


China 2 - As importações chinesas foram projetadas em 1,9 milhão tons e o consumo em 8,05 milhões tons. Caso a estimativa de 20 mil tons exportadas se confirme, os estoques finais em ago/2025 chegarão a 5,44 milhões tons.


China 3 - Também de acordo com a BCO, cerca de 40% das fiações chinesas utilizaram 90% de sua capacidade ou mais em jan/24. Além disso, 58% dos industriais relataram que o número de pedidos de fios aumentou em janeiro.


Indonésia - Fiações na Indonésia estão em busca de matérias-primas mais acessíveis, já que têm dificuldade de aumentar o preço de venda dos fios.


Bangladesh - Setor de roupas prontas de Bangladesh em alta. Em jan/23, a exportação movimentou US$ 4,97 bilhões – 9% superior a dez/23 e 12,5% a jan/23. É o valor mensal mais alto da história.


Paquistão - Sétimo maior produtor mundial de algodão, o Paquistão começa a preparar as áreas para o plantio da safra 2024. O aumento nos preços locais é um incentivo à safra.


Índia - A proximidade e os preços atrativos têm contribuído para intensificar o comércio entre Índia e Bangladesh.


Logística - O pior já passou: de acordo com a Morgan Stanley, a tendência é de que o frete marítimo caia a partir de agora, após a alta de mais de 236% na rota Ásia/Europa.


Qualidade - A Abrapa liberou o Relatório de Qualidade do Algodão Brasileiro de janeiro. Em destaque, o indicador de resistência da fibra e o índice de fibras curtas. Confira na íntegra: https://bit.ly/abrapa-rqabjan23


Safra 2023/24 - No boletim de safra de 08/dez, a Conab elevou a estimativa da nova safra de algodão para 3,28 milhões tons (3,6% acima da safra 2022/23). A área plantada foi estimada em 1,87 milhão de ha, crescimento de 12,8%.


Exportações 1 - O Brasil exportou 250,3 mil tons de algodão em jan/24. O volume foi 101,8% maior que o total embarcado em janeiro de 2023.


Exportações 2 - No acumulado de ago/23 a jan/24 (primeiro semestre do ano comercial), as exportações somaram 1,37 milhão tons, alta de 27,4% com relação ao mesmo período da temporada passada.


Beneficiamento 2022/23 - Até o dia 08/02: Os estados da BA, GO, MG, MS, PR, PI e SP já encerraram o beneficiamento, restando apenas os estados do MA (88%) e MT (99,52%). Total Brasil: 99,43% beneficiado.


Plantio 2023/24 - Até o dia 08/02, foram cultivados: BA (90,4%), GO (75,45%), MA (99%), MG (90%), MS (100%), MT (99%), PI (100%), PR (100%) e SP (97%). Total Brasil: 96,92%.


Preços - Consulte tabela abaixo


Quadro de cotações para 01-02 (1)

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Abrapa avalia as condições das lavouras brasileiras de algodão

09 de Fevereiro de 2024

O andamento da safra 2023/2024, na reta final do plantio e a expectativa do produtor para os próximos meses foram o tema da entrevista do diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, ao canal Band Agromais, no dia 08 de fevereiro. Clique no link e confira:


 

https://www.youtube.com/watch?v=LbYygIsdSOI

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Área cultivada de algodão deve aumentar em 2024

Expectativa é de que o total de hectares cultivados de algodão seja entre 1,76 milhão e 1,87 milhão, segundo instituições.

09 de Fevereiro de 2024

A área de cultivo do algodão deve aumentar, segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA).


No último levantamento da Conab, a expectativa é de que haja um aumento de 6,2% em relação à safra 2022/2023. Já a representante dos produtores é mais otimista, com perspectiva de crescimento em 11,9%.


A explicação apresentada pelas entidades é que devido às incertezas com a soja, muitos produtores têm optado por antecipar o plantio da pluma ou até mesmo substituir outras culturas de 2º safra, como o milho.


“Tivemos problemas na área de soja o que tem levado a uma reorganização no plantio”, destaca o presidente da ABRAPA, Alexandre Schenkel, em entrevista para o Agro Estadão. Ele explica que os agricultores têm observado uma “janela melhor para o algodão” com relação ao plantio de soja em algumas regiões.


Cultivo de algodão no Mato Grosso e Piauí 


O estado de Mato Grosso apresenta a maior parte dessas mudanças de cultura. É o caso do produtor Eswalter Zanetti Junior, de Campo Verde-MT. Ele tinha o planejamento de começar o plantio do algodão verão em meados de dezembro e do algodão safrinha ao final de janeiro, após colher a soja. Acabou antecipando tudo para o início de dezembro.


“As chuvas foram escassas entre outubro e novembro, então a área que seria de soja e depois algodão safrinha passou a ser tudo algodão verão. E pelas condições climáticas está caminhando para a chuva cortar em abril”, diz o produtor.


Zanetti diz ainda que essa mudança de rumo nos plantios aconteceu em boa parte das propriedades do município. Ele estima que entre 30% e 35% da área de soja tenha diminuído na região. No entanto, nem toda a área foi substituída por algodão, muitos também optaram pelo milho.


Outro destaque que o presidente Schenkel reforça é o estado do Piauí. Por lá, a expectativa é de que haja um aumento de 30% da área plantada, saindo de cerca de 17 mil hectares para 22 a 23 mil hectares.


 

Fonte: Estadão

https://agro.estadao.com.br/economia/area-cultivada-de-algodao-deve-aumentar-em-2024

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