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Entrevista: Manami Kawaguchi e João Pimenta contam sobre o 3º Desafio + Casa de Criadores na PUC Campinas

Gestora do movimento Sou de Algodão e estilista realizam aula magna em universidade parceira

29 de Fevereiro de 2024

Na quarta-feira, 28, estudantes dos cursos de Design de Moda da PUC-Campinas participaram de uma palestra promovida pelo movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Na ocasião, cerca de 100 alunos e docentes puderam conhecer mais do movimento e principalmente do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, que irá revelar um novo talento da moda autoral brasileira.


O evento contou com a apresentação da gestora de relações institucionais do Sou de Algodão, Manami Kawaguchi Torres, e também do estilista parceiro João Pimenta, que contou sua trajetória na moda para os alunos, servindo de inspiração para os futuros designers de moda.


Em uma conversa com a assessoria de imprensa, Manami compartilhou mais sobre o trabalho desenvolvido e o estilista João Pimenta discutiu a importância de interagir com os alunos das universidades. Confira!



Assessoria: Como surgiu a ideia de criar o Desafio?


Manami: O Desafio surgiu da necessidade de diversificar os públicos e conectar os diferentes elos que compõem a moda. Com mais de 1.500 marcas parceiras, incluindo malharias, tecelagens, estilistas e varejistas, vimos a oportunidade de expandir para o universo de ensino e fortalecer esse coletivo. Por meio do Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, buscamos proporcionar uma experiência mais completa para capacitar os estudantes para o mercado.



Assessoria: Qual a importância do Desafio?


Manami: Queremos trazer a cultura de todas as regiões do país e dar visibilidade aos talentos desconhecidos. Portanto, vemos o Desafio como a porta de entrada para essa experiência completa de participar de um desfile e estar na Casa de Criadores.



Assessoria: Qual recado para os estudantes de moda você deixa?


Manami: Aproveitem que as inscrições estão abertas até o dia 30 de abril, ainda há tempo para desenvolver um projeto bacana. O Desafio é para todos, então tragam suas histórias, há muitas possibilidades para explorar. Participem!



Assessoria: Qual a importância dos estudantes participarem do Desafio?


João: É mais do que importante, é uma oportunidade de ter acesso a um evento grandioso que nem sempre é fácil de participar. Além de ser uma chance de desenvolvimento, apresentação e exercício criativo, e dependendo do resultado, a oportunidade de se apresentar para o público da Casa de Criadores.



Assessoria: Como você avalia a conversa que teve com os alunos da PUC-Campinas?


João: É sempre gratificante trocar ideias com os alunos. Além de poder expandir minhas ideias e divulgar meu trabalho, é uma oportunidade de experiência genuína. Estamos ainda muito imersos no virtual, então estar presente fisicamente e compartilhar minhas vivências faz toda a diferença. Espero que eles tenham aproveitado. Sempre tento relacionar minha história com as questões universitárias, mostrando que a experiência do fazer é fundamental.



Assessoria: Qual recado você quer deixar para o futuro da moda brasileira?


João: Para mim, é voltar a pensar em construção, em que moda é uma roupa e sair desse lugar que estamos hoje de que é muita panfletagem. Devolver a importância de construção para a roupa, para que ela continue evoluindo.


 

Como se inscrever no 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores


João: O concurso é exclusivo para estudantes matriculados nos cursos da área de moda, podendo ser Bacharelado de universidades reconhecidas pelo MEC ou Técnicos cadastrados no Sistec. Os interessados em participar devem realizar as inscrições no portal http://www.soudealgodao.com.br/desafio até o dia 30 de abril de 2024, podendo ser projetos individuais ou em duplas. Além disso, os trabalhos poderão ser dos segmentos de moda masculina, feminina, alta costura, prêt à porter, fitness, homewear/loungewear ou streetwear.


 

Sobre Sou de Algodão


Movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva e têxtil, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e certifica 82% de toda a produção nacional de algodão.

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3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores é apresentado para estudantes da Anhembi Morumbi

Estudantes dos cursos da área de moda da instituição paulistana foram apresentados ao concurso durante palestra promovida pelo movimento Sou de Algodão e André Hidalgo, diretor criativo da Casa de Criadores

29 de Fevereiro de 2024

Na última terça-feira, 27, estudantes dos cursos de Design de Moda e Negócios da Moda da Universidade Anhembi Morumbi participaram de palestra promovida pelo movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Na ocasião, cerca de 90 alunos e docentes puderam conhecer mais do movimento e principalmente do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, concurso de estudantes que vai revelar ainda este ano o novo nome da moda autoral brasileira.


O evento contou com a apresentação da gestora de relações institucionais do Sou de Algodão, Manami Kawaguchi Torres, e também do fundador e diretor artístico da Casa de Criadores, André Hidalgo. Durante a conversa, Manami falou um pouco sobre o movimento, seu relacionamento e ações com as marcas e estilistas parceiros e também sobre o objetivo de promover uma moda mais consciente e responsável, que traz como matéria-prima central o algodão brasileiro. Além disso, ela contou com a colaboração de Hidalgo para apresentar a Casa de Criadores, maior evento de moda autoral da América Latina, e também o concurso que ambas as marcas promovem juntas.


Deborah Serretiello, coordenadora de Grande Area (cursos nas áreas de Artes e Moda) da Anhembi Morumbi, citou que a palestra foi fundamental para que os alunos sejam incentivados a se aproximarem das marcas e movimentos de moda brasileira “É importante que os jovens estabeleçam uma relação com a cadeia toda do setor de algodão e do Design de Moda dentro de um concurso criativo. Isso causa um estímulo no estudante para que ele estabeleça uma ponte entre a vida estudantil e o mercado de trabalho, que é enorme e super importante no Brasil”.


A palestra despertou o interesse não só dos professores da instituição, mas também de estudantes como Priscila, de 31 anos, que atualmente cursa o 3º semestre de Design de Moda. “Eu não conhecia o movimento Sou de Algodão e nem a Casa de Criadores. Eu achei muito importante discutirmos a pauta da sustentabilidade e das matérias-primas nacionais. É muito bom ver a criatividade dos estudantes de moda brasileiros sendo valorizada, e por isso pretendo me inscrever. Tive algumas ideias conforme fui vendo imagens das criações dos estilistas que já participaram do concurso”, declarou.


Além de Deborah Serretiello, outros docentes dos cursos de moda da universidade, como Felipe Fleury e Cláudia Regina Martins, revelaram que valorizam iniciativas como o 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, porque trazem visibilidade e repertório aos estudantes. “Acho interessante para eles, porque é uma ótima oportunidade a nível nacional e também porque conecta o que trabalhamos em sala de aula em relação ao mercado”, citou Felipe.


Durante o encontro, Manami e André não deixaram de destacar que esperam muita atenção em relação à diversidade regional entre os finalistas deste ano. Os organizadores do 3º Desafio desejam fortalecer esta representatividade nacional ao selecionar estudantes de todas as regiões brasileiras durante a etapa final do concurso.


O 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores tem como objetivo atrair alunos de graduação e dos cursos técnicos profissionalizantes da área da moda e design, de todas as partes do Brasil. Na edição anterior, o Desafio recebeu mais de 400 inscrições vindas de todas as regiões do país, evidenciando um crescente engajamento com a temática.


Como se inscrever no 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores


Os interessados em participar devem realizar as inscrições no portal http://www.soudealgodao.com.br/desafio até o dia 30 de abril de 2024, podendo ser projetos individuais ou em duplas. Além disso, os trabalhos poderão ser dos segmentos de moda masculina, feminina, alta costura, prêt à porter, fitness, homewear/loungewear ou streetwear.


Sobre Sou de Algodão


Movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva e têxtil, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e certifica 82% de toda a produção nacional de algodão.


Abrace este movimento: 


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Sou de Algodão e C&A lançam segunda coleção de jeans rastreáveis pelo Programa SouABR

Evento teve mediação da jornalista Maria Prata e contou com a presença de jornalistas, formadores de opinião e representantes da cadeia produtiva

29 de Fevereiro de 2024

Na última terça-feira, 27, aconteceu o talk de lançamento da segunda coleção de jeans rastreáveis da C&A em parceria com Sou De Algodão via programa SouABR (Algodão Brasileiro Responsável). Realizado no Denim City SP, o evento contou com a mediação da Maria Prata, jornalista com formação em moda, e teve a presença de Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa e gestora do movimento Sou de Algodão, como uma das painelistas. Com o tema “Rastreabilidade por blockchain e o futuro da moda”, mais de 60 convidados entre jornalistas e membros de toda a cadeia produtiva do algodão, do campo até a varejista, marcaram presença.


A mesa redonda contou com especialistas de moda, comportamento e rastreabilidade. As outras painelistas foram Cyntia Kasai, Gerente Executiva de ESG e Comunicação Corporativa da C&A Brasil, Camila Gadioli, Gerente de Departamento Feminino e Jeanswear na C&A Brasil, Sandra Heck, cofundadora e presidente do iCoLab (instituto sem fins lucrativos focado em soluções blockchain), e Andréia Meneguete, consultora de branding e membro do Grupo de Estudos Semióticos em Comunicação, Cultura e Consumo da USP.


O talk iniciou com uma contextualização de Maria Prata: segundo a consultoria Nielsen, 42% dos consumidores brasileiros já buscam formas de diminuir o impacto negativo ao meio ambiente causado por seus hábitos de compra. Na sequência,  Silmara apresentou como o SouABR vem ao encontro deste cenário, explicando que se trata de uma inovação na cadeia de moda brasileira. Por meio da tecnologia blockchain, o programa garante a transparência da jornada de produção de cada peça, desde o plantio do algodão com certificação socioambiental até o guarda-roupa das consumidoras entregando transparência para o consumidor.


Complementando o tema, Cyntia falou sobre as motivações que levaram a C&A a se associar ao SouABR, que giraram em torno da produção de uma moda com impacto positivo e democrática.


Um dos pontos altos do evento foi a exibição de um vídeo produzido com os representantes de produção de toda a cadeia presente na segunda coleção de jeans feminino rastreável lançada pela C&A, desde as fazendas de algodão até à indústria têxtil. Participaram do vídeo Carolyne Martignago, da Agropecuária Três Estrelas (MT), Valdir Jacobowski, da Jacó Agro (MT), Ana Paula Franciosi, da Franciosi Agro (BA), Marcelino Flores, da Fazenda Sete Povos (BA), Laerte Baechtold, do Grupo Serrana (BA), Bárbara Farias, da Santana Textiles (CE), e Gabriele Ghiselini, da Emphasis (SP).



A procura do consumidor por uma moda mais responsável


A pesquisa Future Consumer Index, da EY, entrevistou cerca de 21 mil pessoas de 27 países diferentes no semestre passado. Em relação ao consumo, 46% apontaram que estão dispostos a pagar mais por produtos feitos de maneira sustentável,  e 68% tomam decisões de compra com base no impacto ético de um produto ou serviço.


Ao trazer esses dados para a palestra, Andreia Meneguete pontuou que a produção e o consumo de uma moda mais responsável não se dá apenas pelo desejo do consumidor; é um trabalho que envolve também a comunicação. “A sustentabilidade é complexa, assim como o mundo. Então, os consumidores estão ali, ajudando a gente a treinar. Eles estão ficando mais exigentes, e vamos ter cada vez mais programas satisfatórios como o SouABR. É um desafio que está relacionado com outras coisas além do produto e da cadeia; ele envolve as pessoas, os formadores de opinião, os estudiosos e os pesquisadores”, afirmou.


Para Camila Gadioli, a resposta está na colaboração e na cooperação. “A C&A tem em seu DNA esse processo de buscar uma moda mais responsável, e o jeans é uma categoria pioneira dentro desse lugar. A rentabilidade veio justamente para mostrar para o cliente final todo esse processo da produção de uma roupa que não é simples, não é fácil e não é barata. E apesar de fazermos esforços para conseguir entregar uma moda justa para o nosso consumidor final, nós impactamos muitos clientes todos os dias nas nossas lojas. É um trabalho com muitas etapas para conseguir entregar isso de uma forma cada vez mais acessível, considerando toda a responsabilidade ambiental e social que vem por trás na construção de uma roupa”, reiterou.


 

Os números da Abrapa também foram tema 


Durante a conversa, Silmara Ferraresi também destacou dados importantes envolvendo a safra da certificação ABR (Algodão Brasileiro Responsável) e a produção de peças rastreáveis SouABR.


Na temporada 2022/2023, os números da safra ABR consistiram em 82% da safra certificada; 82 municípios; 374 unidades produtivas, sendo 233 apenas em Mato Grosso e 79 na Bahia, e 2,55 milhões de toneladas certificadas. No acumulado de outubro de 2021 a dezembro de 2023, o SouABR envolveu 50 fazendas, 44 produtores e 27.739 fardos de algodão ABR e 2.119.920kg de fios rastreados ABR.


Já em relação à nova coleção de jeans feminino rastreável lançada pela C&A, os dados apontam a confecção de 2.500 peças de dois modelos de calças, o Jeans Boot Cut Cintura Média (1.300 peças) e o modelo Jeans Wide Leg Relaxed Cintura Alta Gancho Deslocado (1.200 peças), pela Emphasis (SP). A produção envolveu 5 fazendas, 243 fardos de algodão, 2207,23 kg de fios da fiação Santana Textiles e 3.713,40 metros de tecidos da tecelagem Santana Textiles. Juntas, essas unidades produtivas de algodão e indústrias somam 1.757 empregados.



O uso do blockchain 


O SouABR é o primeiro programa de rastreabilidade por blockchain da indústria têxtil brasileira com algodão em larga escala. Com o objetivo de  oferecer total transparência ao público sobre a origem das roupas que consome, a leitura de um QR Code na peça de roupa permite ao verificar as informações de produção do algodão daquela peça. “O SouABR está pavimentando o caminho para uma indústria têxtil mais ética, transparente e responsável no Brasil, demonstrando que a moda e o consumo conscientes podem andar de mãos dadas”, afirmou Silmara.


Segundo Camila Gadioli, que gerencia o Departamento Feminino e Jeanswear na C&A Brasil, o jeans tem extrema relevância para o faturamento e representatividade dentro da marca, e acaba por ser a cadeia mais estruturada da C&A. “A produção de jeans é uma das cadeias que mais poluem atualmente, então tomamos a decisão de mudar esse cenário e sermos mais responsáveis não só com o meio-ambiente, mas também com quem produz a roupa. A rastreabilidade por blockchain vem para concluir esse ciclo”, contou.



O futuro do Programa SouABR 


Com o lançamento da primeira coleção rastreável SouABR em 2021, Silmara Ferraresi afirma que os maiores desafios para os próximos anos são a padronização de dados e a mudança de processos. “O caminho é longo, mas nós provamos que é possível. É preciso que toda a cadeia têxtil tenha um comprometimento, e o desafio de SouABR não é só de números, de entregar peças rastreadas e de mostrar o certificado das fazendas. É mostrar o que fazemos de melhor, dentro do país, evidenciando o comprometimento que temos com as pessoas e com os trabalhos que geramos”, declarou Silmara.



Sobre Sou de Algodão


Movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva e têxtil, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e certifica 82% de toda a produção nacional de algodão.


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Missão da Abrapa reforça boas relações com a Indonésia

28 de Fevereiro de 2024

A Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) reuniu mais de 60 empresários e investidores da indústria têxtil da Indonésia em um seminário de negócios, nesta segunda (26), na capital, Jacarta. A iniciativa fechou a primeira parte da Missão Indonésia-Bangladesh, intercâmbio internacional que aproxima os cotonicultores e traders do algodão brasileiro de lideranças empresariais das nações mais relevantes para o mercado da fibra.


O seminário “Cotton Brazil Outlook Jacarta” foi promovido pela Abrapa, em parceria com a Embaixada Brasileira em Jacarta, e superou a meta inicial de convidados, refletindo o bom relacionamento entre os dois países. “Ao longo dos anos, o algodão brasileiro vem mostrando resiliência na competitividade e tem segurado uma boa fatia do mercado indonésio”, observou Bruno Breitenbach, adido agrícola brasileiro na Indonésia.


No ano comercial 2022/2023, 23% das importações de algodão feitas pelos indonésios tiveram o Brasil como origem. No total, a Indonésia adquiriu 362 mil toneladas nesta temporada, para abastecer sua indústria têxtil, que foi responsável por 1,7% da exportação global de roupas, em 2022. Atualmente, o país é o sétimo maior importador de pluma no mundo.


As boas relações no comércio de algodão entre as duas nações não são de agora. “A Indonésia é um país com longo histórico de confiança no nosso algodão”, enfatizou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, durante o seminário.


Além da oportunidade de ampliar as relações e gerar novos negócios entre produtores e industriais, o “Cotton Brazil Outlook Jacarta” permitiu que a Abrapa apresentasse as novidades mais recentes da safra 2022/2023, recém-colhida no Brasil. “Nossa missão foi mostrar as expectativas para a safra 2023/2024 e as inovações em sustentabilidade e rastreabilidade no Brasil”, explicou Schenkel.


Entre os diferenciais da cotonicultura brasileira, está a rastreabilidade do produto desde a fazenda até a usina de beneficiamento. Na última safra, mais de 80% da produção recebeu certificação socioambiental e a colheita é feita totalmente de forma mecanizada no país, o que evita a contaminação do produto.


“Na temporada 2022/2023, o Brasil evoluiu em todos os indicadores de qualidade do algodão em relação à safra anterior”, destacou o presidente da Abrapa. No País, 100% da fibra produzida passa por análise laboratorial por equipamentos de alto volume (High Volume Instrument - HVI) – padrão internacional de classificação da pluma.


O Brasil atualmente é o terceiro maior produtor e segundo maior exportador mundial de algodão, com estimativa de embarcar 2,34 milhões de toneladas no ciclo comercial de 2023/2024.


Até 1º de março, o grupo brasileiro de cotonicultores e exportadores cumpre agendas em Bangladesh, maior importador mundial e segundo maior mercado do produto brasileiro. Reuniões comerciais, encontros de negócios e uma edição do seminário “Cotton Brazil Outlook Dhaka” serão realizados no país. Entidades setoriais, órgãos públicos e empresários são público alvo da comitiva.


A Missão Indonésia-Bangladesh é uma das ações de promoção internacional realizadas pelo Cotton Brazil, marca que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. O programa foi idealizado pela Abrapa e é realizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e com apoio da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea).

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Abrapa recebe visita de nova equipe da Better Cotton no Brasil

28 de Fevereiro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) recebeu a visita de integrantes da Better Cotton (BC), a maior licenciadora socioambiental da cadeia produtiva de algodão no mundo. O encontro ocorreu nesta terça-feira (27), em sua sede, em Brasília, para apresentar os compromissos de sustentabilidade da entidade aos novos contratados da BC no Brasil, bem como as instalações do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), que funciona no mesmo prédio.


Há dez anos, a Abrapa unificou o protocolo do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) com o adotado pela Better Cotton no país, buscando práticas agrícolas e sociais mais responsáveis. Dessa forma, o produtor certificado pelo ABR também passou a ser licenciado pela Better Cotton.


"Somos hoje líderes mundiais na produção e oferta de algodão BC, com 36% do algodão brasileiro no universo global, representando a grande força da pluma nacional certificada e sustentável para o mercado mundial de confecções e consumo", afirmou Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa.


O rigoroso protocolo do programa ABR, destinado à certificação socioambiental das unidades produtivas de algodão, abrange 183 quesitos que vão desde boas práticas agrícolas até garantias de saúde, segurança e bem-estar do trabalhador.


Em uma década de parceria, os dois programas evoluíram para oferecer à indústria mundial um produto mais responsável. "Nesse processo, a Better Cotton aprendeu com a Abrapa. Como o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de algodão do mundo, a BC contribui com os produtores brasileiros, fornecendo acesso ao mercado e também trazendo coerções e exigências desse comércio mundial para que continuem a produzir em conformidade com as demandas e os requisitos da cadeia têxtil mundial", disse o gerente sênior da Better Cotton, Álvaro Moreira.

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Abrapa participa de workshop da PAM AGRO

28 de Fevereiro de 2024

A Apex-Brasil reuniu representantes da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e de outras entidades participantes do Programa de Imagem e Acesso a Mercados do Agronegócio Brasileiro (PAM AGRO) em um workshop de planejamento estratégico. O evento, realizado em 26 de fevereiro, em São Paulo, debateu estratégias para fortalecer o agronegócio brasileiro na Europa. Estiveram presentes membros dos comitês Estratégico e Técnico, bem como participantes do Grupo de Trabalho de Comunicação.


Durante o evento, foi apresentado o balanço de trabalho dos últimos três anos do programa e houve alinhamento para a construção da visão estratégica dos próximos cinco anos, baseada nos resultados da auditoria de reputação.


“O aprimoramento do PAM AGRO é importante para o desenvolvimento do mercado brasileiro na Europa, inclusive do nosso algodão. Esse encontro foi uma oportunidade para alinhar visão, estratégia e ação, visando construir uma agenda e imagem positiva do agronegócio brasileiro”, afirmou Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa.


O PAM AGRO, que reúne 14 entidades setoriais, foi criado para impulsionar as exportações, melhorando a percepção dos mercados internacionais estratégicos sobre os produtos do agronegócio brasileiro. Isso é feito por meio de um esforço concentrado na produção e disseminação de informações que destacam a sustentabilidade, segurança e tecnologia dos produtos brasileiros.

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Apoio ao produtor é discutido em assembleia do IPA

28 de Fevereiro de 2024

A busca por alternativas para o refinanciamento das dívidas dos produtores rurais junto aos Ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Fazenda foi um dos principais temas abordados durante a assembleia do Instituto Pensar Agropecuária (IPA) e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), realizada nesta terça-feira (27), em Brasília. A previsão é que o setor agropecuário brasileiro deixe de faturar cerca de R$ 150 bilhões devido à crise ocasionada por problemas climáticos.


Na semana passada, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) entregou ao governo federal um documento solicitando medidas emergenciais para tentar diminuir os efeitos das adversidades climáticas nas lavouras. “O objetivo é reforçar essa mensagem para todo o agronegócio brasileiro”, afirmou o conselheiro consultivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e vice-presidente do IPA, Júlio Cézar Busato.


Durante a reunião, os integrantes do IPA também destacaram o trabalho que vem sendo realizado pela FPA no julgamento da ação do Plano Collor Rural, que se arrasta há 32 anos e deve ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Estima-se que o valor envolvido seja próximo a R$ 3 bilhões, e não R$ 230 bilhões, como está sendo divulgado”, explicou.


Outro tema bastante debatido foi a operação padrão dos fiscais do Mapa, que poderia ter sido evitada com a regulamentação do autocontrole - que possui dois vetos que precisam ser derrubados. Os fiscais pedem isonomia, assim como os fiscais da Receita Federal. “O ministro Carlos Fávaro está empenhado em resolver essa situação, que está impactando principalmente o setor de proteína animal”, disse Busato, que reforçou ainda a importância do trabalho conjunto entre o poder legislativo, executivo e setor privado para encontrar soluções para os desafios enfrentados pelo agronegócio brasileiro.


O IPA congrega representantes das cadeias produtivas do agro brasileiro, da produção à indústria. A entidade discute e elenca as pautas prioritárias para o desenvolvimento agropecuário e subsidia, com informações, a FPA, que as defende no Congresso Nacional.

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Do campo ao cabide: como fazer rastreabilidade na indústria têxtil

27 de Fevereiro de 2024

A indústria têxtil no Brasil produz, por ano, mais de 5 bilhões de peças, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). São mais de 2 milhões de toneladas de produtos. O volume colossal também traz desafios grandes.


Cada vez aumenta mais a pressão por ações de circularidade, que inclui utilização de material reciclado e resíduos da própria indústria têxtil, pela substituição de matérias-primas de origem fóssil por outras menos agressivas ao meio ambiente, além do acompanhamento da longa cadeia para garantir que nenhum elo deixe de seguir a legislação trabalhista e ambiental.


Foi sobre esse último desafio que a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) se debruçou nos últimos anos. Depois de três anos de erros e acertos, foi lançado, em meados de 2021, o programa SouABR, que usa blockchain para acompanhar as peças de roupa do pé de algodão ao cabide. O piloto deu certo e agora a associação se prepara para disseminar a mais empresas boa prática.


“O programa nasceu com a demanda da indústria e do varejo por transparência e também se propõe a oferecer ao público consumidor um ‘raio-X’ da peça”, diz Silmara Ferraresi, diretora de Relações Institucionais da Abrapa.


Por um QR Code presente na etiqueta da roupa rastreada na loja, o consumidor pode ver informações sobre qual a fazenda que produziu o algodão, onde ela está localizada, a imagem de satélite do lugar, se essa propriedade rural tem certificações socioambientais e até visualizar esses documentos e o ano da safra do algodão. Consta ainda a identificação do número do fardo e da prensa, e os nomes das empresas intermediárias da cadeia (beneficiadoras, fiação, malharias e tecelagens e confecções).


Para ela, já há um potencial grande de escalar o projeto. “Por safra são produzidos 500 milhões de fardos de algodão no Brasil. Por enquanto, conseguimos rastrear quase 27 mil, muito pouco perto do potencial.”


O principal obstáculo, diz, é a mudança de mentalidade das empresas da cadeia de produção. Mas, lembra que com a sustentabilidade e a rastreabilidade ganhando destaque no mundo empresarial e também na regulamentação de alguns mercados, há quem puxe a agenda.


A varejista C&A é uma das cinco marcas que aderiram - e investiram tempo e dinheiro - na ideia. Nesta terça-feira (27), a empresa apresentou ao público sua segunda coleção de roupa 100% rastreada. Foram produzidas 2.500 peças de dois modelos de calças jeans. Com isso, a empresa soma 10.330 peças rastreadas desde maio de 2023.


Neste segundo ano, foram usados 243 fardos de cinco fazendas: Valdir Roque Jacowski, Marcelino Flores e Oliveira, Agropecuária Três Estrelas, Grupo Serrana e Franciosi Agro. A fiação cearense Santana Textiles produziu, para o projeto, 2207, 23 quilos de fios, que posteriormente resultaram em 3.313 metros de tecido pela própria Santana, sendo confeccionada as 2.500 peças pela paulista Emphasis.


“Foram quase três anos para entender como toda a cadeia operava para nos sentirmos confortáveis em lançar as peças rastreadas”, comenta Cynthia Watanabe Kasai, gerente-executiva de ESG da C&A no Brasil. “É uma mudança tanto na cultura da empresa quanto na do fornecedor”, completa.


Ela explica que muitas empresas da cadeia não tinham informações sobre a origem da matéria-prima. Outro desafio foi garantir que os fardos e fios não fossem misturados a outros não rastreados, o que prejudicaria todo o trabalho.


Kasai conta ainda que a confeção também precisou desenhar um modelo que cumprisse todos os requisitos do programa, inclusive os sustentáveis, ou seja, não poderia ter nada de poliéster, que é de derivado do petróleo, e o botão ou zíper não poderia conter níquel. Para que isso dê certo e a marca consiga escala, uma vez que só no Brasil tem hoje mais de 300 lojas -, ela reitera que é preciso estimular a colaboração e ter o fornecedor próximo à varejista. O processo para a fabricação das peças rastreadas não é patenteado, justamente para poder servir de referência para a indústria evoluir, segundo Kasai.


“O investimento na construção de toda essa infraestrutura é alto, mas optamos por nos adiantar e evoluir e não esperar que o consumidor peça”, diz a executiva da C&A. Kasai conta que a C&A, por ser uma empresa familiar centenária - fundada em 1841 pelos irmãos holandeses Clemens e August - e ter lojas em 24 países, a governança sempre foi um foco importante do grupo.


Ela dá como exemplo o próprio acompanhamento dos fornecedores, inclusive no Brasil, que começou a ser feito em 2006. “Exigimos que a cadeia siga critérios mínimos de compliance trabalhista e só compramos de quem tem certificação reconhecida de boas práticas”, conta a executiva, acrescentando que a verificação do cumprimento dos critérios “é rigorosa”.


No algodão, por exemplo, uma das certificações mais conhecidas é a da Better Cotton Iniciative (BCI), organização presente em 26 países que promove melhores padrões e práticas no cultivo do algodão. Mas, o Brasil, como segundo maior exportador de algodão do mundo, só atrás dos Estados Unidos e com pretensões viáveis de ser o líder em breve, também conta com certificação própria, o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), desenvolvido pela própria Abrapa em 2012.


Para conseguir o selo, as propriedades rurais devem atender a 183 itens, incluindo os 51 exigidos pela BCI. Silmara Ferraresi, diretora de Relações Institucionais da Abrapa, conta que, além da legislação trabalhista e ambiental nacional, também considerada a Norma Regulamentadora (NR) 31, que elenca diretrizes da segurança e saúde do trabalhador especificamente na agricultura, e as diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Também abrange o pilar econômico, com pontos sobre gestão sustentável do processo agrícola e de beneficiamento, desempenho e eficiência operacional e retorno financeiro.


“Quem participa do programa, precisa evoluir a cada safra até alcançar o patamar mínimo de 90% de conformidade”, explica Ferraresi. Na última safra (22/23), foram certificadas pelo ABR 2,55 milhões de toneladas, vindas de 374 unidades produtivas, a maioria (233) no Mato Grosso e o restante (79) na Bahia. Com isso, 82% da safra foi certificada - em 2012 era 37%. “Os produtores percebem que é importante, sabem que é um diferencial para vender para grandes empresas e exportar”, diz Ferraresi.


O preço da matéria-prima não muda. Os produtores não repassam eventuais custos extras com as adaptações para se certificarem por entenderem que é um diferencial competitivo e, eventualmente, até poderão reduzir despesas com menos uso de agrotóxicos, pesticidas e outros produtos químicos, a partir de técnicas mais sustentáveis no campo. Isso permite que as peças feitas com algodão certificado, incluindo as já rastreadas, não sejam mais caras ao consumidor final, o que é um dos grandes obstáculos para a popularização de produtos mais sustentáveis.


Só pode participar do programa de rastreabilidade da entidade - o Sou ABR - se tiver tudo em dia com esta certificação. Por enquanto, três certificadoras foram credenciadas - Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Genesis Certificações e QIMAWQS. As auditorias nas fazendas e unidades de beneficiamento são feitas todo ano e em visitas individuais.


“Acreditamos que iniciativas como esta são cruciais para nos mantermos de pé como uma marca adequada ao nosso tempo, em que os consumidores se mostram mais conscientes sobre os impactos das suas decisões de compra e a demanda por transparência é cada vez maior”, comenta Jayme Nigri, diretor de Operações (Chief Operating Officer ou COO) da Reserva.


Segundo ele, a parceria com a Abrapa no lançamento do Programa SouABR “foi um divisor de águas” para a rastreabilidade dos produtos. O executivo destaca ainda que, além da mitigação de possíveis riscos socioambientais na produção, a rastreabilidade também chancela a transparência e permite que o cliente tenha acesso de forma muito simples e segura a informações confiáveis sobre aquela roupa.


Pelo programa SouABR, já foram produzidas para a Reserva aproximadamente 161 mil camisetas rastreáveis desde outubro de 2021. Nigri explica ao Valor que os principais desafios para a implementação do programa de rastreabilidade envolveram a integração de sistemas (API) com os fornecedores homologados, além da comunicação assertiva e didática sobre a iniciativa para o nosso público.


A Abrapa mantém ainda o programa Sou de Algodão, para incentivar o uso da matéria-prima natural, e com alto grau de certificação no campo. Atualmente, são 1473 empresas aderentes, entre elas as marcas, estão a própria C&A e a Reserva, MMartan, Renner, Riachuela, Calvin Klein, Marisa, You com e Dafiti. Em 2020, eram 400 participantes. Só em 2023, foram 313 novas adesões, o que faz a base crescer 27%. O projeto começou em 2016.


Além da C&A e da Reserva, também já aderiram ao SouABR a Renner e a marca Youcom, também do grupo, que, juntas, somam 8.336 peças rastreadas desde maio de 2022; e a Almagrino, com 6.231 peças desde março de 2023.


A Lojas Renner, conta Eduardo Ferlauto, gerente de Sustentabilidade da varejista, estabeleceu uma meta de chegar a 100% de rastreabilidade de algodão de maneira digital até 2030. “A rastreabilidade amplia a nossa conexão com a cadeia. E esse acompanhamento da cadeia, de forma organizada, digital, traz uma capacidade maior de entendermos as oportunidades dentro do tema de sustentabilidade e qualidade”, comenta Ferlauto. Para ele, com dados, é possível tomar melhores decisões e, em parceria com os elos da cadeia, visualizar o que precisa ser feito e definir metas, além de levar transparência e informação ao consumidor.


O executivo explica ainda que a empresa só compra produtos de fornecedores que usam algodão certificado pela Abrapa ou BCI. A viscose, feita a partir de fibra celulósica grande parte importada, também caminha pelo mesmo caminho de certificação e, futuramente, da rastreabilidade.


“Atingir 100% de algodão certificado não é trivial para nós. Somos a maior varejista brasileira de moda e, por não termos fabricação própria, certamente, a maior compradora individual de peças que levam algodão. Por isso, queremos ser agentes de transformação do ecossistema da moda”, pontua Ferlauto


Em 2022 (último dado público disponível), a varejista utilizou nos seus produtos 24,5 toneladas de algodão, sendo 98% desta matéria-prima certificada. Os fornecedores nacionais conectados à sua plataforma de rastreabilidade já representam quase metade do volume de itens de vestuário que é produzido para a varejista no Brasil (neste caso, este volume não se refere apenas às peças confeccionadas com algodão).


Para o executivo da Renner, o principal desafio ainda é o engajamento dos elos da cadeia e de interligar todos os elos por sistemas de gestão e transparência de dados. Por isso, a empresa está evoluindo de forma segmentada. “Continua sendo relevante o trabalho de engajamento da cadeia e adensamento tecnológico junto a fornecedores para conseguirmos escalar”, conta.


A empresa firmou em 2022 um compromisso público de ter, até 2030, 100% das roupas de suas marcas próprias mais sustentáveis. Para isso, investe em matérias-primas circulares e regenerativas, redução do consumo de água e transição energética da cadeia de fornecimento (hoje este patamar já passa dos 80%). Tem tem a meta de implementar sistemas de rastreabilidade em 100% dos produtos de vestuário feitos com algodão.


“Quando falamos de metas climáticas, é importante entender com precisão os dados. No nosso projeto de sustentabilidade, por exemplo, os dados vão nos ajudar a entender o fator de emissão para as matérias-prima e fazer uma melhor organização da gestão”, diz. Ele adiciona que medir as pegadas de carbono e hídrica dos produtos está no radar.


https://valor.globo.com/empresas/esg/noticia/2024/02/27/do-campo-ao-cabide-como-fazer-rastreabilidade-na-industria-textil.ghtml

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Abrapa solicita medidas emergenciais de apoio ao produtor

Documento cita renegociação de dívidas e liberação de recursos

26 de Fevereiro de 2024

Na última semana, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) entregou ao governo federal um documento solicitando medidas emergenciais para tentar diminuir os efeitos das adversidades climáticas nas lavouras.


Prevenir o endividamento e resguardar os produtores foi o principal objetivo do documento, segundo o diretor  executivo da Abrapa Márcio Portocarrero.


De acordo com o representante, o documento foi formatado em conjunto com especialistas e líderes da cadeia do algodão no Brasil. “Vem no sentido de dar força para o ministro Carlos Fávaro negociar as medidas emergenciais de socorro com a área econômica do governo”, afirma Portocarrero.


 

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #07/2024 23/02

23 de Fevereiro de 2024

Destaque da Semana - Em uma semana com grande volatilidade, após realizações de lucro o mercado voltou a subir, mas o saldo da semana foi negativo.


Algodão em NY - O contrato Jul/24 fechou nesta quinta 22/02 cotado a 93,62 U$c/lp (-1,8% na semana). O contrato Dez/24 fechou 83,49 U$c/lp (-1,6% na semana) e o Dez/25 a 78,75 U$c/lp (+0,1% na semana).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 840 pts para embarque Fev/Mar (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 22/fev/24).


Altistas 1 - De acordo com o Conselho Nacional do Algodão (NCC), a safra 2024/25 nos EUA terá área de 3,99 milhões de hectares (-3,7% em relação a 2023/24). O número destoou da previsão do USDA, de 4,45 milhões ha (+7,5%).


 Altistas 2 - Porém, o NCC informou que os produtores foram ouvidos de dezembro a meados de janeiro, quando a relação de preços estava pior para o algodão em relação a outras commodities, se comparada ao momento atual.


 Altistas 3 - Dados de classificação semanal do USDA até ontem mostram cerca de 12,037 milhões de fardos (480 libras) contra 12,441 milhões de fardos da última previsão. Como há apenas 4 algodoeiras operando, a estimativa ainda pode cair.


Baixistas 1 - Na China, o algodão importado está muito valorizado em comparação com o algodão doméstico, desencorajando as importações. A relação é a pior para o importado em oito anos neste período.


Baixistas 2 - A importação para entrega futura está mais atraente, embora a compra antecipada não seja frequente na China. Em NY, Dez/24 está mais barato que Mai/24, e na bolsa chinesa (ZCE) Dez/24 tem quase mesmo preço que Mai/24.


EUA - O relatório semanal de exportação do USDA foi adiado para hoje devido ao feriado de Segunda (19) (President’s Day).


China - Após o feriado do Ano Novo Lunar, a taxa média de operação das fiações chinesas está em torno de 80% da capacidade, afirma o Beijing Cotton Outlook (BCO).


Índia 1 - O imposto de 11% sobre a importação de algodão de fibra longa foi suspenso pelo governo indiano nesta semana. O imposto de importação sobre o algodão upland (de fibra convencional) continua vigente.


Índia 2 - Ganhou escala o protesto de agricultores indianos contra a proposta oficial de preços mínimos do governo indiano para vários produtos (inclusive algodão).


Paquistão 1 - A exportação de produtos têxteis paquistaneses gerou receita de US$ 1,455 bilhão em jan/24, 10,1% acima de jan/23 e 3,98% superior a dez/23.


Vietnã 1 - A importação de algodão pelo Vietnã em jan/24 foi de 146,3 mil tons, 4º maior volume mensal desde set/21 e mais que o dobro que o registrado em jan/23. O Brasil respondeu por 29% do total.


Vietnã 2 - Já a exportação de têxteis e roupas em jan/24 pelos vietnamitas passou dos US$ 3,1 bilhões – cerca de 40% a mais que em jan/23. É 3º mês consecutivo de alta.


Indonésia - A importação de algodão em dez/23 pela Indonésia somou 32,8 mil tons – volume 29% acima do registrado em dez/22 e 9% superior a nov/23. O Brasil é o 2º maior fornecedor, com 26% do total.


Coreia do Sul - O Brasil foi o maior fornecedor de algodão em janeiro para a Coreia do Sul: as 4.935 tons representaram 68% do total importado (7.259 tons – nível mais alto desde jul/23).


Missão Indonésia-Bangladesh 1 - Na próxima segunda (26), a Abrapa realiza o seminário Cotton Brazil Outlook Jacarta, na capital indonésia, em parceria com a Embaixada Brasileira no país.


Missão Indonésia-Bangladesh 2 - O evento faz parte da Missão Indonésia-Bangladesh, promovida pelo Cotton Brazil, que envolverá também compromissos com clientes internacionais.


Missão Indonésia-Bangladesh 3 - Em Bangladesh, 2º maior importador mundial e 2º maior comprador do produto brasileiro, as ações do Cotton Brazil serão em 28/fev e 29/fev. Confira: https://bit.ly/abrapa240222.


Exportações - O Brasil exportou 146,3 mil tons de algodão até a terceira semana de fev/24. A média diária de embarque é seis vezes maior em comparação com fev/23.


Beneficiamento 2022/23 - Até o dia 22/02: Os estados da BA, GO, MG, MS, PR, PI e SP já encerraram o beneficiamento, restando apenas os estados do MA (90%) e de MT (99,94%). Total Brasil: 99,77% beneficiado.


Plantio 2023/24 - Até o dia 22/02: Os estados do MA, MS, MT, PI, PR e SP encerraram o plantio, restando os estados da BA (99,6%), GO (79,81%) e MG (97%). Total Brasil: 99,51% semeado.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 22-02


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, marca que representa internacionalmente a cadeia produtiva do algodão brasileiro. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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