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Brasil deve confirmar projeção de mais de três milhões de toneladas de algodão na safra 2022/2023

07 de Julho de 2023

Mantendo, basicamente, a mesma área plantada da safra 2021/2022, 1,6 milhão de hectares, o Brasil está perto de confirmar uma produção de mais de três milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) na safra 2022/2023. Em 20 anos, a marca foi atingida apenas uma vez, no ciclo 2019/2020. O provável incremento de 20% na colheita será resultado direto do avanço da mesma ordem (19%) na produtividade, estimada em 1,84 mil quilos de pluma por hectare, contra 1,54 mil quilos por hectare, no ciclo anterior.


Os números foram divulgados no dia 30 de junho, durante a 71ª Reunião da Câmara Setorial do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), realizada como parte da programação do XX Anea Cotton Dinner and Golf Tournament, no Rio de Janeiro. O evento, promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) aconteceu entre os dias 29 de junho e 02 de julho, e reuniu mais de 600 participantes, de todos os elos da cadeia produtiva da fibra. A reunião foi a última sob a presidência de Júlio Cézar Busato, ex-presidente e atual membro do Conselho Consultivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Na oportunidade, Busato recebeu da Abrapa uma homenagem especial pela conclusão do seu trabalho frente à Câmara Setorial.


De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, a boa distribuição das chuvas ao longo da safra explica o aumento da produtividade. “Cerca de 92% das lavouras brasileiras dependem exclusivamente de água da chuva para se desenvolver e a tecnologia da irrigação está presente nos demais 8%. O produtor usa todas as tecnologias disponíveis para mitigar riscos climáticos, mas, ainda assim, precisamos de chuva na quantidade e no momento certo, para garantir as boas produtividades e produção”, explica. Até o momento, apenas 4% das lavouras brasileiras foram colhidas.Mercado interno
Do total de algodão produzido no país, cerca de 650 mil toneladas devem abastecer a indústria nacional. Tradicionalmente, esse número era em torno de 100 mil toneladas superior ao esperado pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), que credita a queda aos reflexos da recessão mundial pós-pandemia. Segundo o presidente da Abit, Fernando Pimentel, até o momento, o ano de 2023 não foi positivo.


“Tivemos queda na produção da indústria e no varejo, aumento nas importações (de produtos de vestuário), e o dado positivo é que, ainda assim, conseguimos gerar cerca de 5 mil novos postos de trabalho, no primeiro semestre”, diz Pimentel.  Para o segundo semestre, a expectativa é melhor, mas não o suficiente para compensar as perdas do primeiro semestre. “Precisamos encontrar condições para o Brasil voltar a crescer, atacando firmemente o custo Brasil, a insegurança jurídica, e fazer desse país um bom ambiente para investimentos. Vamos olhar para 2024, na expectativa da consolidação do arcabouço fiscal e do avanço da reforma tributária”, argumenta. “Para 2024, esperamos recuperar as perdas do ano passado e se possível ter um consumo aproximado de 680 mil toneladas. Temos potencial para muito mais”, finaliza o porta-voz da Abit.Exportações
Com o mercado interno abastecido, o desafio dos produtores é exportar o excedente de uma safra de grandes proporções, repetindo o sucesso de 2019. A Anea acredita que as exportações, na safra 2022/2023, devem fechar em torno de 1,4 milhão de toneladas. Os principais mercados para o algodão brasileiro permanecem na mesma ordem, com a China ocupando o primeiro lugar, seguida por Vietnã, Paquistão, Bangladesh, Indonésia, Turquia e Indonésia.


Segundo o presidente da Anea, Miguel Faus, a demanda mundial segue fraca. “Os estoques intermediários estão elevados, mas a China começa a voltar às compras. A inflação começa a demonstrar os primeiros sinais de queda nos Estados Unidos, mas, na Europa, ainda está elevada. O basis do algodão brasileiro segue pressionado para baixo, com a safra cheia no Brasil e na Austrália”, disse Faus, lembrando, ainda, o terremoto na Turquia, no início do ano, que atingiu em cheio a indústria turca. “Os preços da commodity estão variando em torno de 80 centavos de dólar por libra-peso, há seis meses, com tendência de queda”, acrescentou.
A Anea participa do programa Cotton Brasil, junto com a Abrapa e a Apex Brasil. A iniciativa trabalha na abertura de novos mercados e consolidação dos já existentes, com ações de comunicação e marketing, que inclui a realização de diversas missões internacionais ao longo do ano. “É só uma questão de tempo para o Brasil ultrapassar os Estados Unidos na exportação de algodão. A competição neste mercado é uma briga de ‘cachorro grande’ e o país tem trabalhado, com o Cotton Brasil, para aumentar a presença do algodão brasileiro na preferência da indústria internacional”, disse Faus.


O diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, que trabalha baseado em Singapura, apresentou na reunião as ações desenvolvidas pelo Cotton Brasil através das missões Compradores e Vendedores, em 2023.


Acesso em: http://www.maisoeste.com.br/2023/07/06/brasil-deve-confirmar-projecao-de-mais-de-tres-milhoes-de-toneladas-de-algodao-na-safra-2022-2023/


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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #26/2023 

07 de Julho de 2023

Destaque da Semana - As cotações de algodão, que vinham em boa recuperação desde o final de junho, voltaram a ser pressionadas a partir desta quarta-feira com melhores condições climáticas nos EUA e preocupações com demanda.


Algodão em NY - Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 79,88 U$c/lp (+1,1%) e o Dez/24 a 77,51 (+0,4%) para a safra 2023/24.


Basis Ásia (06/07), o Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 952 pts para embarque Out/Nov (Middling 1-1/8"" (31-3-36), fonte Cotlook).


Baixistas 1 – A China está enfrentando problemas econômicos, o que traz preocupações em relação à demanda do maior importador global de algodão.


Baixistas 2 – Depois de crescer a um ritmo maior do que o esperado no primeiro trimestre, a segunda maior economia do mundo perdeu força em abril-junho em um cenário de deflação, alto desemprego entre os jovens e fraca demanda externa.


Baixistas 3 – Segundo a consultoria Cotlook, o ano comercial 23/24 que começará em julho terá o menor volume de algodão americano vendido antecipadamente desde a safra 2015.


Altistas 1 – A relação de troca algodão-poliéster, que já foi próxima de 3x1, voltou para a faixa próxima de 2x1, o que beneficia o algodão. (A Index x China Poliéster).


Altistas 2 - O clima no hemisfério Norte ainda pode afetar as lavouras e a temporada de furacões ainda está para começar.


Austrália - Com a colheita chegando ao seu final, prevê-se uma safra apenas um pouco menor que a safra recorde do ano passado (1,2 milhão de toneladas), mas mantendo alta qualidade como característica.


EUA 1 - O relatório de área plantada 2023/24 do USDA chegou a 4,49 milhões de hectares, uma queda de 19,4% em relação à última safra e uma queda de 1,5% em relação às intenções de plantio de março.


EUA 2 - Apesar da menor área, o abandono nesta safra promete ser muito menor e as produtividades também podem mostrar uma melhora.  Ano passado, o abandono de área ficou em 45% e este ano está projetado em torno de 16%.


EUA 3 - Deste modo, a produção dos EUA este ano pode chegar a 3,6 milhões de toneladas, segundo o USDA, 14% maior que o ano passado.


Paquistão - No Paquistão, a produção deve aumentar 51% em relação ao ano passado, que foi marcado pelas fortes inundações, para 1,2 milhão de toneladas.  Se esta produção se confirmar, irá reduzir as necessidades de importação do país.


Índia - Na Índia, 7 dos 12,4 milhões de hectares já foram plantados.  Com as chuvas de monções, que finalmente chegaram, o plantio deve acelerar.


China 1 - Em maio, a China importou 109,5 mil toneladas de algodão, representando um aumento de 30,30% em relação ao mês anterior e uma queda de 39,91% em relação ao ano anterior. EUA, Brasil e Turquia foram novamente os três principais fornecedores.


China 2 - Segundo a agência BCO, a área de plantio no país diminuiu para 2,82 milhões de ha, redução de 7,3% em relação ao ano anterior.


China 3 - A produção total diminuiu para 6,05 milhões de toneladas, redução de 10,8% em relação ao ano anterior, que foi de 6,8 milhões de toneladas.


Agenda - A China divulgará seus dados do PIB do segundo trimestre em meados de julho.


Exportações 1 - O Brasil exportou 60,3 mil tons de algodão em jun/23. O volume foi 3,8% menor que o total embarcado em jun/22.


Exportações 2 - No acumulado de ago/22 a jun/23, as exportações somaram 1,377 milhão de tonelada, queda de 17,2% com relação ao mesmo período da temporada passada.


Colheita 2022/23 - Até o dia 07/07 foram colhidos: BA (16%), GO (18,8%), MG (18%), MS (11,5%), PR (95%), SP (86%), MT (3,2%), PI (35%), MA (9%). Total Brasil: 7,42 % colhido.


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com


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Sou de Algodão marca presença em evento da TMG para falar sobre rastreabilidade

​Junto com representantes das marcas parceiras que fazem parte do Programa SouABR, o objetivo foi aprimorar o conhecimento da indústria do algodão de ponta a ponta 

06 de Julho de 2023

Nesta terça-feira, 04 de julho, Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), marcou presença no evento ""Mais Performance - Lançamentos"" da TMG (Tropical Melhoramento & Genética S.A.), uma das apoiadoras do movimento, que reuniu 50 cotonicultores em Luís Eduardo Magalhães/BA, para apresentar suas novidades para a melhoria da qualidade do algodão.


Para Francisco Soares,  Diretor Presidente da TMG, essa é uma grande oportunidade para conversar com os cotonicultores sobre assuntos relacionados ao dia a dia no campo. ""Hoje finalizamos o Mais Performance na Bahia, estado extremamente importante para a cultura do algodão no Brasil, já que é aqui que é produzido grande parte da pluma nacional. Ficamos muito felizes em reunir no nosso evento de lançamento de cultivares os cotonicultores da região, fiação, varejo e representantes das associações no Brasil, como Abrapa e Sou de Algodão"", afirma.


A convite da TMG, o movimento Sou de Algodão realizou um painel de discussão com duas das marcas parceiras participantes do programa SouABR, Renner e Vicunha, além de uma produtora de algodão presente na cadeia rastreada de um dos produtos da varejista, mostrando a importância da responsabilidade socioambiental, de ponta a ponta, na fabricação de produtos de vestuário.


Com o objetivo de incentivar o consumo consciente e a valorização da produção nacional, a diretora de Relações Institucionais da Abrapa e gestora geral do movimento Sou de Algodão, Silmara Ferraresi, destaca que ""ao escolhermos roupas de algodão brasileiro, apoiamos a transparência de toda a cadeia e a união de todos os participantes. Juntos, levamos para o consumidor final um produto de moda comprovadamente responsável, fabricado com algodão certificado ABR, e manufaturado por uma cadeia responsável"". Ainda segundo Silmara, esta escolha fortalece a economia nacional e contribui para a geração de empregos no Brasil.


O evento se relaciona totalmente ao objetivo do movimento Sou de Algodão em unir a cadeia da cotonicultura à indústria têxtil brasileira. Foi um momento de integração, no qual produtores e marcas parceiras apresentaram a sua participação ao programa de rastreabilidade SouABR e a sua visão de uma moda mais responsável. Além de Silmara Ferraresi, estiveram presentes na mesa redonda a especialista de sustentabilidade da Renner, Luiza Xavier, o diretor de cadeia de suprimentos da Vicunha, Dawid Wajs, e a produtora com fazenda certificada ABR, Ana Paula Franciosi.


A TMG trabalha há 22 anos para implementar tecnologias inovadoras, contribuindo para atender a demanda mundial de grãos e fibras de forma sustentável. Além disso, desenvolve há 17 anos um programa de melhoramento genético focado nas necessidades dos cotonicultores e foi pioneira ao lançar cultivares com tolerância à Ramulária, principal doença do algodoeiro. Essas inovações levam um número maior de benefícios ao campo e ajudam a reduzir os custos de produção.


Sobre Sou de Algodão
É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 42% de toda a produção mundial de algodão sustentável.


Abrace este movimento:
Site:www.soudealgodao.com.br
Facebook, Instagram, Youtube, LinkedIn e Pinterest: @soudealgodao


 

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Compartilhando experiências com os futuros líderes da sojicultura

05 de Julho de 2023

A cadeia produtiva do algodão e o papel da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) para o desenvolvimento do setor foram alguns dos temas da palestra que o diretor executivo da entidade, Marcio Portocarrero, proferiu para os 40 delegados da Aprosoja/MT, em Brasília, na última segunda-feira (03). O encontro é parte da programação da Academia de Liderança da Aprosoja, uma iniciativa que existe desde 2008, e da qual a Abrapa participa há muitas edições.

Os delegados são pessoas indicadas pelos produtores das suas regiões de origem, associados da Aprosoja, e com perfil para encampar os desafios do agro no Brasil, trabalhando pela coletividade. Na Capital Federal, além de conversar com representantes de entidades de classe de diversas cadeias produtivas, eles visitam o Congresso Federal, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e o Instituto Pensar Agro (IPA), onde aprendem sobre o funcionamento dessas instituições e a importância das relações governamentais para o dia a dia da atividade agrícola.

Segundo Portocarrero, estes encontros sempre fomentam muitas perguntas. ""O algodão e a soja são cadeias produtivas irmanadas e têm muito a compartilhar e a aprender uma com a outra. O setor da fibra é vanguardista em diversos aspectos, além disso, tem uma história de grandes conquistas que não teriam sido possíveis sem um intenso trabalho de relações institucionais. É sempre gratificante participar da Academia de Liderança"", explica. Ao final da explanação, Marcio Portocarrero recebeu, das mãos do diretor administrativo da Aprosoja/MT, Nathan Belusso, um troféu em agradecimento à sua ""dedicação e empenho por transmitir seus conhecimentos a todos"".

04.07.2023
Imprensa Abrapa
Catarina Guedes – Assessora de Imprensa


 

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Painel discute as mulheres no algodão no XX Anea Cotton Dinner

Presença feminina forte na base da cadeia produtiva da fibra não se reflete nos cargos de liderança.

04 de Julho de 2023

Embora se estime que, desde a fazenda até o varejo, as mulheres representem em torno de 70% dos postos de trabalho na cadeia produtiva do algodão, quando se trata de ocupar cargos de liderança, a situação é bem diferente. E foi para discutir as formas de ampliar essa presença que a vice-presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e conselheira fiscal da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alessandra Zanotto, participou no último sábado (1º), do painel “Women in Cotton (WIC) – como a indústria do algodão pode contribuir para aumentar a diversidade em cargos de liderança”, durante a programação do XX Anea Cotton Dinner and Golf Tournament, no Rio de Janeiro. O evento, promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), foi realizado entre os dias 29 de junho e 02 de julho.



O WIC é um grupo de trabalho global, da International Cotton Association (ICA), mais tradicional entidade do mercado de algodão, que tem sede em Liverpool, na Inglaterra. O comitê tem por objetivo discutir soluções para o problema. Desde 2022, o tema da diversidade feminina da cadeia do algodão passou a integrar a programação do evento da Anea. Este ano, além de Alessandra Zanotto, o painel teve participação do presidente da ICA, Tim North, dos presidentes da Anea e da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), respectivamente, Miguel Faus, Fernando Pimentel e João Paulo Levèvre, com moderação de Henrique Snitcovski (Dreyfus).



Um dos painéis mais comentados na programação do evento, o WIC trouxe à luz temas que, segundo painelistas e parte do público, ainda não estão resolvidos. “Assumi a direção na empresa da minha família porque meus pais não tiveram um filho homem. Somos duas filhas e, hoje, tocamos o negócio. Na segurança da minha bolha, depois de superadas as dificuldades de aceitação na minha própria família, não percebi de imediato que o problema ainda não estava resolvido. Quando entrei no associativismo foi que vi que ainda estamos muito longe disso”, disse Alessandra Zanotto.



“É comum que em nossa vida e nas empresas, nos aproximemos de pessoas que pensam igual a nós. Quando se dá oportunidade para as mulheres e para outros modos de pensar, a gente sai dessa ‘caixa’ e crescemos juntos”, ponderou. “A diversidade enriquece. E não é só a de gênero; é a de cor, de cultura, de perspectivas diversas que podem agregar”, afirmou Alessandra. Ela termina a sua fala dizendo que a ascensão das mulheres aos cargos de liderança é uma oportunidade para a cadeia produtiva e as organizações expandirem conhecimentos, trazerem inovações e novos resultados.
O presidente da organização internacional, Tim North, lembrou que o meio do algodão, dentre as soft commodities, é um dos mais conservadores, sobretudo, no ocidente. “Na China, há mais de 30 anos, a mulher estar nos negócios no algodão, na indústria e no comércio da fibra, faz parte da cultura. Isso é o que a ICA está promovendo no mundo. É tempo de mudar esse quadro”, afirmou North.  Para Fabiana Furlan, que representa o Brasil no Women in Cotton, “Esta é uma jornada, e, todos os dias, temos condições de sermos melhores. Ao longo desses anos, em que a ICA tem se dedicado, com esse grupo de trabalho, estamos construindo isso”, concluiu Furlan.



 03.07.2023
Fonte: Ascom Abrapa



Acesso em: https://ioeste.com.br/brasil-abrapa-painel-discute-as-mulheres-no-algodao-no-xx-anea-cotton-dinner/




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Abrapa debate perspectivas para a próxima safra de algodão em evento anual da Anea

​Brasil deve confirmar projeção de mais de três milhões de toneladas de algodão na safra 2022/2023

04 de Julho de 2023

​71ª Reunião da Câmara Setorial do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), realizada como parte da programação do XX Anea Cotton Dinner and Golf Tournament.
Mantendo, basicamente, a mesma área plantada da safra 2021/2022, 1,6 milhão de hectares, o Brasil está perto de confirmar uma produção de mais de três milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) na safra 2022/2023. Em 20 anos, a marca foi atingida apenas uma vez, no ciclo 2019/2020. O provável incremento de 20% na colheita será resultado direto do avanço da mesma ordem (19%) na produtividade, estimada em 1,84 mil quilos de pluma por hectare, contra 1,54 mil quilos por hectare, no ciclo anterior.
Os números foram divulgados no dia 30 de junho, durante a 71ª Reunião da Câmara Setorial do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), realizada como parte da programação do XX Anea Cotton Dinner and Golf Tournament, no Rio de Janeiro. O evento, promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) aconteceu entre os dias 29 de junho e 02 de julho, e reuniu mais de 600 participantes, de todos os elos da cadeia produtiva da fibra. A reunião foi a última sob a presidência de Júlio Cézar Busato, ex-presidente e atual membro do Conselho Consultivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Na oportunidade, Busato recebeu da Abrapa uma homenagem especial pela conclusão do seu trabalho frente à Câmara Setorial.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, a boa distribuição das chuvas ao longo da safra explica o aumento da produtividade. “Cerca de 92% das lavouras brasileiras dependem exclusivamente de água da chuva para se desenvolver e a tecnologia da irrigação está presente nos demais 8%. O produtor usa todas as tecnologias disponíveis para mitigar riscos climáticos, mas, ainda assim, precisamos de chuva na quantidade e no momento certo, para garantir as boas produtividades e produção”, explica. Até o momento, apenas 4% das lavouras brasileiras foram colhidas.
Mercado interno
Do total de algodão produzido no país, cerca de 650 mil toneladas devem abastecer a indústria nacional. Tradicionalmente, esse número era em torno de 100 mil toneladas superior ao esperado pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), que credita a queda aos reflexos da recessão mundial pós-pandemia. Segundo o presidente da Abit, Fernando Pimentel, até o momento, o ano de 2023 não foi positivo.
“Tivemos queda na produção da indústria e no varejo, aumento nas importações (de produtos de vestuário), e o dado positivo é que, ainda assim, conseguimos gerar cerca de 5 mil novos postos de trabalho, no primeiro semestre”, diz Pimentel.  Para o segundo semestre, a expectativa é melhor, mas não o suficiente para compensar as perdas do primeiro semestre. “Precisamos encontrar condições para o Brasil voltar a crescer, atacando firmemente o custo Brasil, a insegurança jurídica, e fazer desse país um bom ambiente para investimentos. Vamos olhar para 2024, na expectativa da consolidação do arcabouço fiscal e do avanço da reforma tributária”, argumenta. “Para 2024, esperamos recuperar as perdas do ano passado e se possível ter um consumo aproximado de 680 mil toneladas. Temos potencial para muito mais”, finaliza o porta-voz da Abit.
Exportações
Com o mercado interno abastecido, o desafio dos produtores é exportar o excedente de uma safra de grandes proporções, repetindo o sucesso de 2019.
A Anea acredita que as exportações, na safra 2022/2023, devem fechar em torno de 1,4 milhão de toneladas. Os principais mercados para o algodão brasileiro permanecem na mesma ordem, com a China ocupando o primeiro lugar, seguida por Vietnã, Paquistão, Bangladesh, Indonésia, Turquia e Indonésia.
Segundo o presidente da Anea, Miguel Faus, a demanda mundial segue fraca. “Os estoques intermediários estão elevados, mas a China começa a voltar às compras. A inflação começa a demonstrar os primeiros sinais de queda nos Estados Unidos, mas, na Europa, ainda está elevada. O basis do algodão brasileiro segue pressionado para baixo, com a safra cheia no Brasil e na Austrália”, disse Faus, lembrando, ainda, o terremoto na Turquia, no início do ano, que atingiu em cheio a indústria turca. “Os preços da commodity estão variando em torno de 80 centavos de dólar por libra-peso, há seis meses, com tendência de queda”, acrescentou.
A Anea participa do programa Cotton Brazil, junto com a Abrapa e a Apex Brasil. A iniciativa trabalha na abertura de novos mercados e consolidação dos já existentes, com ações de comunicação e marketing, que inclui a realização de diversas missões internacionais ao longo do ano. “É só uma questão de tempo para o Brasil ultrapassar os Estados Unidos na exportação de algodão. A competição neste mercado é uma briga de ‘cachorro grande’ e o país tem trabalhado, com o Cotton Brazil, para aumentar a presença do algodão brasileiro na preferência da indústria internacional”, disse Faus.
O diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, que trabalha baseado em Singapura, apresentou na reunião as ações desenvolvidas pelo Cotton Brazil através das missões Compradores e Vendedores, em 2023.


Fonte: Abrapa



Acesso em: https://jovemsulnews.com.br/noticias/abrapa-debate-perspectivas-para-a-proxima-safra-de-algodao-em-evento-anual-da-anea/


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Brasil deve confirmar projeção de mais de 3 milhões de toneladas de algodão na safra 22/23 – Câmara Setorial

04 de Julho de 2023

Porto Alegre, 3 de julho de 2023 – Mantendo, basicamente, a mesma área plantada da safra 2021/2022, 1,6 milhão de hectares, o Brasil está perto de confirmar uma produção de mais de três milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) na safra 2022/2023. Em 20 anos, a marca foi atingida apenas uma vez, no ciclo 2019/2020. O provável incremento de 20% na colheita será resultado direto do avanço da mesma ordem (19%) na produtividade, estimada em 1,84 mil quilos de pluma por hectare, contra 1,54 mil quilos por hectare, no ciclo anterior.
Os números foram divulgados no dia 30 de junho, durante a 71a Reunião da Câmara Setorial do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), realizada como parte da programação do XX Anea Cotton Dinner and Golf Tournament, no Rio de Janeiro. O evento, promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) aconteceu entre os dias 29 de junho e 02 de julho, e reuniu mais de 600 participantes, de todos os elos da cadeia produtiva da fibra. A reunião foi a última sob a presidência de Júlio Cézar Busato, ex-presidente e atual membro do Conselho Consultivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Na oportunidade, Busato recebeu da Abrapa uma homenagem especial pela conclusão do seu trabalho frente à Câmara Setorial.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, a boa distribuição das chuvas ao longo da safra explica o aumento da produtividade. “Cerca de 92% das lavouras brasileiras dependem exclusivamente de água da chuva para se desenvolver e a tecnologia da irrigação está presente nos demais 8%. O produtor usa todas as tecnologias disponíveis para mitigar riscos climáticos, mas, ainda assim, precisamos de chuva na quantidade e no momento certo, para garantir as boas produtividades e produção”, explica. Até o momento, apenas 4% das lavouras brasileiras foram colhidas.
Mercado interno
Do total de algodão produzido no país, cerca de 650 mil toneladas devem abastecer a indústria nacional. Tradicionalmente, esse número era em torno de 100 mil toneladas superior ao esperado pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), que credita a queda aos reflexos da recessão mundial pós-pandemia. Segundo o presidente da Abit, Fernando Pimentel, até o momento, o ano de 2023 não foi positivo.
“Tivemos queda na produção da indústria e no varejo, aumento nas importações (de produtos de vestuário), e o dado positivo é que, ainda assim, conseguimos gerar cerca de 5 mil novos postos de trabalho, no primeiro semestre”, diz Pimentel.  Para o segundo semestre, a expectativa é melhor, mas não o suficiente para compensar as perdas do primeiro semestre. “Precisamos encontrar condições para o Brasil voltar a crescer, atacando firmemente o custo Brasil, a insegurança jurídica, e fazer desse país um bom ambiente para investimentos. Vamos olhar para 2024, na expectativa da consolidação do arcabouço fiscal e do avanço da reforma tributária”, argumenta. “Para 2024, esperamos recuperar as perdas do ano passado e se possível ter um consumo aproximado de 680 mil toneladas. Temos potencial para muito mais”, finaliza o porta-voz da Abit.
Exportações
Com o mercado interno abastecido, o desafio dos produtores é exportar o excedente de uma safra de grandes proporções, repetindo o sucesso de 2019.
A Anea acredita que as exportações, na safra 2022/2023, devem fechar em torno de 1,4 milhão de toneladas. Os principais mercados para o algodão brasileiro permanecem na mesma ordem, com a China ocupando o primeiro lugar, seguida por Vietnã, Paquistão, Bangladesh, Indonésia, Turquia e Indonésia.
Segundo o presidente da Anea, Miguel Faus, a demanda mundial segue fraca. “Os estoques intermediários estão elevados, mas a China começa a voltar às compras. A inflação começa a demonstrar os primeiros sinais de queda nos Estados Unidos, mas, na Europa, ainda está elevada. O basis do algodão brasileiro segue pressionado para baixo, com a safra cheia no Brasil e na Austrália”, disse Faus, lembrando, ainda, o terremoto na Turquia, no início do ano, que atingiu em cheio a indústria turca. “Os preços da commodity estão variando em torno de 80 centavos de dólar por libra-peso, há seis meses, com tendência de queda”, acrescentou.
A Anea participa do programa Cotton Brasil, junto com a Abrapa e a Apex Brasil. A iniciativa trabalha na abertura de novos mercados e consolidação dos já existentes, com ações de comunicação e marketing, que inclui a realização de diversas missões internacionais ao longo do ano. “É só uma questão de tempo para o Brasil ultrapassar os Estados Unidos na exportação de algodão. A competição neste mercado é uma briga de ‘cachorro grande’ e o país tem trabalhado, com o Cotton Brasil, para aumentar a presença do algodão brasileiro na preferência da indústria internacional”, disse Faus.
O diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, que trabalha baseado em Singapura, apresentou na reunião as ações desenvolvidas pelo Cotton Brasil através das missões Compradores e Vendedores, em 2023.
As informações partem da assessoria de imprensa da Abapa.
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Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS


Acesso em: https://safras.com.br/brasil-deve-confirmar-projecao-de-mais-de-3-milhoes-de-toneladas-de-algodao-na-safra-22-23-camara-setorial/#:~:text=Porto%20Alegre%2C%203%20de%20julho,)%20na%20safra%202022%2F2023. 


 

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Brasil deve confirmar projeção de mais de três milhões de toneladas de algodão na safra 2022/2023

03 de Julho de 2023

Mantendo, basicamente, a mesma área plantada da safra 2021/2022, 1,6 milhão de hectares, o Brasil está perto de confirmar uma produção de mais de três milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) na safra 2022/2023. Em 20 anos, a marca foi atingida apenas uma vez, no ciclo 2019/2020. O provável incremento de 20% na colheita será resultado direto do avanço da mesma ordem (19%) na produtividade, estimada em 1,84 mil quilos de pluma por hectare, contra 1,54 mil quilos por hectare, no ciclo anterior.
Os números foram divulgados no dia 30 de junho, durante a 71ª Reunião da Câmara Setorial do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), realizada como parte da programação do XX Anea Cotton Dinner and Golf Tournament, no Rio de Janeiro. O evento, promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) aconteceu entre os dias 29 de junho e 02 de julho, e reuniu mais de 600 participantes, de todos os elos da cadeia produtiva da fibra. A reunião foi a última sob a presidência de Júlio Cézar Busato, ex-presidente e atual membro do Conselho Consultivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Na oportunidade, Busato recebeu da Abrapa uma homenagem especial pela conclusão do seu trabalho frente à Câmara Setorial.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, a boa distribuição das chuvas ao longo da safra explica o aumento da produtividade. ""Cerca de 92% das lavouras brasileiras dependem exclusivamente de água da chuva para se desenvolver e a tecnologia da irrigação está presente nos demais 8%. O produtor usa todas as tecnologias disponíveis para mitigar riscos climáticos, mas, ainda assim, precisamos de chuva na quantidade e no momento certo, para garantir as boas produtividades e produção"", explica. Até o momento, apenas 4% das lavouras brasileiras foram colhidas.
Mercado interno
Do total de algodão produzido no país, cerca de 650 mil toneladas devem abastecer a indústria nacional. Tradicionalmente, esse número era em torno de 100 mil toneladas superior ao esperado pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), que credita a queda aos reflexos da recessão mundial pós-pandemia. Segundo o diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, até o momento, o ano de 2023 não foi positivo.
""Tivemos queda na produção da indústria e no varejo, aumento nas importações (de produtos de vestuário), e o dado positivo é que, ainda assim, conseguimos gerar cerca de 5 mil novos postos de trabalho, no primeiro semestre"", diz Pimentel.  Para o segundo semestre, a expectativa é melhor, mas não o suficiente para compensar as perdas do primeiro semestre. ""Precisamos encontrar condições para o Brasil voltar a crescer, atacando firmemente o custo Brasil, a insegurança jurídica, e fazer desse país um bom ambiente para investimentos. Vamos olhar para 2024, na expectativa da consolidação do arcabouço fiscal e do avanço da reforma tributária"", argumenta. ""Para 2024, esperamos recuperar as perdas do ano passado e se possível ter um consumo aproximado de 680 mil toneladas. Temos potencial para muito mais"", finaliza o porta-voz da Abit.
Exportações
Com o mercado interno abastecido, o desafio dos produtores é exportar o excedente de uma safra de grandes proporções, repetindo o sucesso de 2019.
A Anea acredita que as exportações, na safra 2022/2023, devem fechar em torno de 1,4 milhão de toneladas. Os principais mercados para o algodão brasileiro permanecem na mesma ordem, com a China ocupando o primeiro lugar, seguida por Vietnã, Paquistão, Bangladesh, Indonésia, Turquia e Indonésia.
Segundo o presidente da Anea, Miguel Faus, a demanda mundial segue fraca. ""Os estoques intermediários estão elevados, mas a China começa a voltar às compras. A inflação começa a demonstrar os primeiros sinais de queda nos Estados Unidos, mas, na Europa, ainda está elevada. O basis do algodão brasileiro segue pressionado para baixo, com a safra cheia no Brasil e na Austrália"", disse Faus, lembrando, ainda, o terremoto na Turquia, no início do ano, que atingiu em cheio a indústria turca. ""Os preços da commodity estão variando em torno de 80 centavos de dólar por libra-peso, há seis meses, com tendência de queda"", acrescentou.
A Anea participa do programa Cotton Brazil, junto com a Abrapa e a Apex Brasil. A iniciativa trabalha na abertura de novos mercados e consolidação dos já existentes, com ações de comunicação e marketing, que inclui a realização de diversas missões internacionais ao longo do ano. ""É só uma questão de tempo para o Brasil ultrapassar os Estados Unidos na exportação de algodão. A competição neste mercado é uma briga de 'cachorro grande' e o país tem trabalhado, com o Cotton Brazil, para aumentar a presença do algodão brasileiro na preferência da indústria internacional"", disse Faus.
O diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, que trabalha baseado em Singapura, apresentou na reunião as ações desenvolvidas pelo Cotton Brazil através das missões Compradores e Vendedores, em 2023.




 

 03.07.2023
Imprensa Abrapa
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Painel discute as mulheres no algodão no XX Anea Cotton Dinner

Presença feminina forte na base da cadeia produtiva da fibra não se reflete nos cargos de liderança

03 de Julho de 2023

Embora se estime que, desde a fazenda até o varejo, as mulheres representem em torno de 70% dos postos de trabalho na cadeia produtiva do algodão, quando se trata de ocupar cargos de liderança, a situação é bem diferente. E foi para discutir as formas de ampliar essa presença que a vice-presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e conselheira fiscal da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alessandra Zanotto, participou no último sábado (1º), do painel ""Women in Cotton (WIC) – como a indústria do algodão pode contribuir para aumentar a diversidade em cargos de liderança"", durante a programação do XX Anea Cotton Dinner and Golf Tournament, no Rio de Janeiro. O evento, promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), foi realizado entre os dias 29 de junho e 02 de julho.

O WIC é um grupo de trabalho global, da International Cotton Association (ICA), mais tradicional entidade do mercado de algodão, que tem sede em Liverpool, na Inglaterra. O comitê tem por objetivo discutir soluções para o problema. Desde 2022, o tema da diversidade feminina da cadeia do algodão passou a integrar a programação do evento da Anea. Este ano, além de Alessandra Zanotto, o painel teve participação do presidente da ICA, Tim North, dos presidentes da Anea e da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), respectivamente, Miguel Faus, Fernando Pimentel e João Paulo Levèvre, com moderação de Henrique Snitcovski (Dreyfus).

Um dos painéis mais comentados na programação do evento, o WIC trouxe à luz temas que, segundo painelistas e parte do público, ainda não estão resolvidos. ""Assumi a direção na empresa da minha família porque meus pais não tiveram um filho homem. Somos duas filhas e, hoje, tocamos o negócio. Na segurança da minha bolha, depois de superadas as dificuldades de aceitação na minha própria família, não percebi de imediato que o problema ainda não estava resolvido. Quando entrei no associativismo foi que vi que ainda estamos muito longe disso"", disse Alessandra Zanotto.

""É comum que em nossa vida e nas empresas, nos aproximemos de pessoas que pensam igual a nós. Quando se dá oportunidade para as mulheres e para outros modos de pensar, a gente sai dessa 'caixa' e cresce juntos"", ponderou. ""A diversidade enriquece. E não é só a de gênero; é a de cor, de cultura, de perspectivas diversas que podem agregar"", finalizou Alessandra. Ela termina a sua fala dizendo que a ascensão das mulheres aos cargos de liderança é uma oportunidade para a cadeia produtiva e as organizações expandirem conhecimentos, trazerem inovações e novos resultados.

O presidente da organização internacional, Tim North, lembrou que o meio do algodão, dentre as soft commodities, é um dos mais conservadores, sobretudo, no ocidente. ""Na China, há mais de 30 anos, a mulher estar nos negócios no algodão, na indústria e no comércio da fibra, faz parte da cultura. Isso é o que a ICA está promovendo no mundo. É tempo de mudar esse quadro"", afirmou North.  Para Fabiana Furlan, que representa o Brasil no Women in Cotton, ""Esta é uma jornada, e, todos os dias, temos condições de sermos melhores. Ao longo desses anos, em que a ICA tem se dedicado, com esse grupo de trabalho, estamos construindo isso"", concluiu Furlan.

03.06.2023
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Meta é seguir fornecendo algodão responsável ao mundo

30 de Junho de 2023

A Better Cotton, maior licenciadora socioambiental da cadeia produtiva de algodão no mundo, homenageou nesta semana a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) pelos dez anos de parceria em busca de práticas agrícolas e sociais mais responsáveis. O ato ocorreu durante a Better Cotton Conference, realizada em Amsterdã (Holanda).
Em 2013, Abrapa unificou o protocolo do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) com o adotado pela Better Cotton no Brasil. Assim, o produtor certificado pelo ABR também passou a ser licenciado pela Better Cotton. “Foi um reconhecimento do quanto avançamos na última década. Temos muito orgulho em sermos o país que mais fornece Better Cotton ao mundo, respondendo por 42% da oferta na safra 2021/22”, afirmou o presidente da associação, Alexandre Schenkel.
Atualmente, estima-se que 20% da produção global de algodão tenha o licenciamento da Better Cotton.
Na edição deste ano da conferência anual da Better Cotton, o Brasil participou com uma delegação representativa da importância que o tema ‘sustentabilidade’ tem no cotidiano do produtor. Da Abrapa, foram o presidente, Alexandre Schenkel, o diretor de Relações Internacionais, Marcelo Duarte, e o gestor de Sustentabilidade, Fabio Carneiro. O grupo incluiu também o presidente da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Fauss, e o presidente da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa), Luiz Carlos Bergamaschi.
“Nossa presença reflete o nosso compromisso com a responsabilidade socioambiental no campo. Não é à toa que 86% da produção brasileira de pluma tem certificação ABR. Ser responsável está no jeito brasileiro de cultivar algodão”, observou Schenkel.
Além dos ganhos sociais e ambientais, a parceria entre Abrapa e Better Cotton é um importante cartão de visita. “A certificação socioambiental abre portas e agrega valor, porque o consumidor final pede por um produto com origem responsável, que possa ser rastreado, e de forma transparente”, pontuou Marcelo Duarte, diretor da Abrapa responsável pelo posicionamento internacional do algodão brasileiro.
Foi com foco nessa demanda que a Abrapa apresentou na Better Cotton Conference o Sou de Algodão Brasileiro Responsável (SouABR), iniciativa brasileira pioneira que realiza a rastreabilidade física de roupas de algodão. “Pela etiqueta da roupa, você fica sabendo onde foi cultivado o algodão daquela peça e o caminho percorrido até chegar ao guarda-roupa. Isso só é possível porque, no Brasil, a rastreabilidade é feita fardo a fardo”, explicou Schenkel.
Biodefensivos. Como a pauta de sustentabilidade é de melhoria contínua, a agenda de trabalho entre Abrapa e Better Cotton já tem os próximos passos definidos. “As fazendas brasileiras já fabricam e usam biodefensivos nas lavouras, mas queremos ampliar ainda mais essa tecnologia de produção no Brasil”, antecipou Fabio Carneiro, gestor de Sustentabilidade na associação. Uma das metas conjuntas é reduzir o emprego de produtos químicos no controle fitossanitário. Um grupo de trabalho sobre manejo integrado de pragas está em curso entre as duas instituições para semear boas práticas e inovações nas fazendas brasileiras.
Na prática. Na prática, a intenção é que surjam mais casos similares ao de Carlos Alberto Moresco, diretor geral da GM Agrícola. O manejo integrado de pragas realizado em sua propriedade no interior de Goiás foi divulgado pela Better Cotton como uma experiência bem sucedida de redução no uso de defensivos químicos.
Outro exemplo brasileiro foi dado pela diretora de Sustentabilidade, Comunicações e Compliance da Amaggi (MT), Juliana Lavor Lopes. Ela participou de um painel que discutiu como reduzir o impacto das mudanças climáticas e falou sobre as ações da empresa, maior produtora brasileira de grãos e fibras. “Pretendemos zerar as emissões líquidas de carbono até 2050. Temos estratégias de descarbonização até 2035, conforme Science-Based Targets Initiative (SBTi). Uma delas é a agricultura regenerativa, que além de ser de baixo carbono contribui na proteção da biodiversidade”, revelou Juliana.
Better Cotton Conference. A Abrapa foi uma das apoiadoras da Better Cotton Conference neste ano, que reuniu mais de 450 pessoas para discutir a sustentabilidade do setor frente às mudanças climáticas. O apoio à realização da Better Cotton Conference ocorreu via Cotton Brazil (https://cottonbrazil.com/), programa da Abrapa, desenvolvido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Agência Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global.


Acesso em: https://maissoja.com.br/meta-e-seguir-fornecendo-algodao-responsavel-ao-mundo/

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