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ICA Bremen Quality Expert Instrument Testing

05 de Dezembro de 2023

O Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), agora tem no seu time um “ICA Bremen Quality Expert Instrument Testing”. Nesta semana, Deninson Lima, assistente do CBRA, teve sua recomendação aprovada pelo Conselho de Diretores do ICA Bremen, e foi certificado para o título. Deninson se tornou um dos 39 especialistas em todo o mundo em Qualidade na classificação de algodão.


O laboratório central, responsável pela verificação e padronização dos processos de classificação da fibra no Brasil, possui acreditação pela norma NBR ISO IEC 17025, detém a Certificação ICA Bremen e a habilitação como Serviço de Controle Autorizado (SCA) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). "Essa conquista é de extrema importância para o Brasil, pois ressalta a qualidade do algodão produzido no país, atraindo olhares globais para o nosso produto”, afirmou.


O gerente de laboratório da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Rhudson Assolari, também conquistou a certificação. O laboratório integra o Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), da Abrapa. Ao todo, apenas três brasileiros fazem parte do seleto grupo de especialistas em Qualidade do algodão, do ICA Bremen.

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Abrapa e associações estaduais discutem estratégias para 2024

04 de Dezembro de 2023

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, reuniu-se, nesta segunda-feira, 4 de dezembro, com diretores executivos das associações estaduais dos produtores de algodão para discutir as ações estratégicas realizadas durante o ano. A análise envolveu os quatro pilares de atuação da entidade nas áreas de promoção, rastreabilidade, sustentabilidade e qualidade, tomando como base o atual cenário competitivo do algodão e as oportunidades de melhorias para o próximo ano.
Durante o encontro, foi abordado o papel de influência que a Abrapa tem conquistado na cadeia produtiva do algodão. Este ano, pela primeira vez, o Brasil alcançou o terceiro lugar no ranking de maiores produtores, superando os Estados Unidos. O país também teve o primeiro lote de algodão certificado, chancelado pelo Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – Mapa, desenvolvido pela Abrapa, e tem sido referência de rastreabilidade para outros setores do agronegócio.
Ao enfatizar a sustentabilidade e a rastreabilidade, o presidente da Abrapa ressaltou o compromisso da entidade em conduzir a cadeia brasileira do algodão de maneira responsável. “Promovemos práticas que preservam o meio ambiente e asseguramos a capacidade de rastrear a origem dos produtos, contribuindo para um setor mais transparente e ético”, afirmou.
Ao fim da reunião, definiu-se a necessidade de instituir uma agenda periódica de reuniões entre a Abrapa e os executivos das associações, com objetivo de avaliar as estratégias adotadas para impulsionar o avanço do setor.

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Porque o mundo precisa de mais algodão

04 de Dezembro de 2023

No cenário atual, em que os reflexos das mudanças climáticas estão sendo sentidos diariamente pelas pessoas ao redor do mundo, o algodão é a opção mais sustentável disponível. Matéria-prima natural, de menor impacto ambiental e 100% biodegradável, ele tem perdido espaço no comércio global para as fibras sintéticas (mais baratas, mais poluidoras e menos duráveis). Durante a 28ª edição da Conferência de Mudanças Climáticas (COP) da Organização das Nações Unidas, que ocorre até 12 de dezembro em Dubai (EAU), o Brasil quer mostrar que essa história pode - e deve - ser mudada.


“O consumidor prefere o algodão, porque é mais confortável, mais fresco ao vestir e tem mais qualidade. O agricultor quer continuar produzindo, porque já aprendeu a cultivar de forma responsável, minimizando impactos e criando ativos ambientais que ajudam na gestão climática”, explica Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa).


Durante a COP28, o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte Monteiro, estará no painel “Diálogos de Produção Verde: Revelando Práticas Sustentáveis e Histórias de Sucesso em Carne Bovina e Algodão”. Será no dia 10/12 ao meio-dia (hora local). Há pelo menos três anos, a Abrapa tem levado para a COP cases de sustentabilidade e transparência da cotonicultura brasileira.


Neste ano, a presença terá função dupla. A primeira missão é mostrar como o modelo de produção de algodão brasileiro pode contribuir para o desafio das mudanças climáticas. Em segundo lugar, o objetivo é apresentar o sistema de rastreabilidade total dos fardos – que acompanha, com transparência, a jornada do produto desde as fazendas de origem até as indústrias, permitindo também o monitoramento dos benefícios ambientais do algodão.


“Entre as fibras têxteis de maior apelo comercial, o algodão é o que menos emite dióxido de carbono (CO²)”, pontua o diretor da Abrapa, citando dados de 2018 do International Cotton Advisory Committee (ICAC).


Ele lembra que, hoje, o País se destaca por ter mais de 80% de toda sua produção com certificação socioambiental. “Nas últimas décadas, o brasileiro desenvolveu um jeito próprio de cultivar. Aliamos eficiência, fazendo rotação de culturas e adotando a agricultura regenerativa, à responsabilidade. Quando a fazenda adere ao nosso protocolo de certificação socioambiental, ela se torna um ambiente seguro e digno para as pessoas trabalharem e também uma unidade de preservação ambiental, sem deixar de ser rentável”, afirma o diretor.


O protocolo citado por ele é o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), instituído em 2012 e que, hoje, abrange 82% de toda a produção nacional de algodão. A Scheffer, empresa agropecuária de Mato Grosso, possui fazendas certificadas pelo protocolo ABR. O sucesso de suas práticas regenerativas, totalmente rastreáveis, também será apresentado no painel da Abrapa pela diretora Comercial, Financeira e de Sustentabilidade da Scheffer, Fabiana Furlan.


“Toda nossa produção é monitorada da lavoura até o embarque, e os fardos que são exportados são rastreáveis por radiofrequência. Essa transparência é fundamental para que o mercado saiba que, no Brasil, o algodão é responsável e tem qualidade”, antecipa a executiva.


Dados do United States Departament of Agriculture (USDA) posicionam o Brasil como terceiro maior produtor e segundo maior exportador de pluma no mundo. Estimativas da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) indicam que, entre julho de 2023 e junho de 2024, as exportações somarão 2,4 milhões de toneladas – 60% a mais que no ciclo anterior.


A presença da Abrapa na COP28 atende a convite da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Ao lado da Anea, Abrapa e Apex-Brasil desenvolvem o Cotton Brazil – marca que representa a cadeia produtiva do algodão no mundo. Além da Abrapa, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) participa do painel com cases sobre a produção de carne brasileira.

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Agro brasileiro vai conquistar mais um pódio e com o dobro de produtividade dos EUA

04 de Dezembro de 2023

Texas ou Mato Grosso? Se fosse um campeonato por pontos corridos, os dois estados estariam medindo forças na disputa pelo título de maior região exportadora de algodão do mundo. Enquanto o Texas responde por 42% da produção dos Estados Unidos, líder dos embarques, o Mato Grosso representa sozinho 70% das plantações de algodão do Brasil, vice-líder no comércio internacional.


Analistas do mercado do algodão já dão como favas contadas: o Brasil em pouco tempo vai assumir o posto de maior exportador, e o algodão entrará para o seleto grupo de commodities em que o país é número 1 nas trocas globais. Já estão nesta lista soja, celulose, açúcar, frango, carne bovina, café e milho.


O que torna o desempenho brasileiro mais notável no algodão é que o cultivo empresarial começou em terras mato-grossenses há cerca de 30 anos, enquanto os campos brancos do Cotton Belt compõem o cenário do Sul dos Estados Unidos há mais de 200 anos.


Neste embate entre o tradicional e o moderno, o Centro-Oeste brasileiro vem embalado por clima favorável, tecnologia de ponta e alta profissionalização dos produtores, devendo ampliar a área plantada em 8,4% no ciclo 2022/23. Já os concorrentes americanos sofrem com estiagens seguidas, perda de qualidade da pluma e de clientes, voltando-se para outros cultivos. No Texas, a projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) é de que a área cultivada com algodão irá encolher 21% na próxima temporada.


Liderança nas exportações de algodão é questão de tempo


Assim, no ciclo de 2023/24 o Brasil pela primeira vez deverá superar a produção de algodão dos Estados Unidos, alcançando 3,17 milhões de toneladas, contra 2,85 milhões. Essa virada histórica vai levar a um emparelhamento com os rivais nas exportações, com projeção de que os EUA ainda sigam ligeiramente à frente, com 2,66 milhões de toneladas embarcadas contra 2,57 milhões, segundo o USDA.


À primeira vista, podem parecer conquistas temporárias, devido a contingências climáticas. Analisados mais de perto, no entanto, os números revelam claras tendências inversas envolvendo os dois países.


Cultivando quase o dobro da área dedicada ao algodão no Brasil – 3,24 milhões de hectares contra 1,7 milhão – os americanos colhem menos do que os concorrentes do hemisfério Sul. Isso se explica porque a produtividade brasileira, mesmo com 95% das lavouras sem irrigação, é o dobro da americana, que irriga 20% da área. Por aqui, colhe-se em média 1.900 kg por hectare, e, por lá, próximo de 900 kg por hectare.


“Ambos têm na China o principal cliente. A cada ano as exportações americanas vêm caindo, e as brasileiras o oposto, aumentando. A previsão é de que os EUA continuem a enfrentar seca nos próximos anos, tendo que diminuir suas exportações. Isso cria incerteza no mercado e dá oportunidade para o Brasil ter um market-share ainda maior”, avalia Lucy Farrand, analista da trader de commodities Czarnikow, de Londres.


Quase 90% do algodão brasileiro tem selo sustentável


Nesta disputa de mercado, a sustentabilidade é ao mesmo tempo o maior desafio e a maior oportunidade para os produtores de algodão. E nesse quesito a liderança global é tupiniquim. O selo de sustentabilidade Better Cotton Initiative (BCI), com sede na Suíça, já certifica 84% da produção brasileira, diante de uma média global de apenas 22%. “É um índice extremamente alto que mostra que a cadeia de fornecedores é sustentável no Brasil e está funcionando, e é isso que as empresas procuram no momento. A cadeia produtiva precisa ser rastreável, você precisa saber a origem do algodão. Há ainda muito trabalho a ser feito, mas o Brasil, com certeza, lidera esse processo”, aponta Farrand.


Além do diferencial de sustentabilidade certificada, o cotonicultor Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), sublinha três fatores que impulsionam a pluma nacional: solo plano e mecanizável, clima propício e agricultores altamente profissionais. Outra vantagem competitiva importante do Cerrado é que 65% da colheita está na safrinha ou “double-crop”. É a segunda safra do ano, cultivada logo após a colheita da soja.


“Temos uma safra de alimentos seguida por outra de fibra. Isso dá uma vantagem ao Brasil e nós conseguimos produzir o dobro”, aponta Schenkel. O fato de as chuvas “cortarem” no Brasil Central por volta do mês de maio é outro aliado do algodão, que praticamente nunca tem perda de qualidade por excesso de umidade na colheita. “Isso também ajuda no brilho e na cor do algodão, desde que se tenha feito o manejo correto”, explica.


Cotonicultor é empresário e cultiva em larga escala


Variedades resistentes a pragas e doenças, mecanização de ponta a ponta, solo e clima favoráveis contribuem para o sucesso do algodão brasileiro. Mas não explicam tudo, observa Miguel Faus, presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). “O mais importante é a seriedade do produtor brasileiro. A gente está bem à frente deles. Temos empresários que buscam o resultado, mas respeitando todas as questões. O perfil do produtor americano médio é mais acomodado, às vezes está esperando dar uma quebra de safra para ganhar o seguro que eles têm lá. O foco aqui são áreas maiores e, em termos de competitividade, estamos bem à frente, por mais que as pessoas acreditem que isso não seja possível”, afirmou.


Se a China é o maior consumidor global de algodão, a Índia é o maior produtor, mas com índices de produtividade ainda muito baixos. A média indiana é de 447 kg por hectare, contra uma média brasileira quase quatro vezes maior. Esse desempenho faz com que o agronegócio da pluma tenha um efeito poupa-terra no Brasil. "No passado a gente produzia muito pouco algodão em 3 milhões de hectares no semiárido e 1 milhão em São Paulo e no Paraná. Precisávamos de 4 milhões para abastecer o mercado interno. Hoje plantamos 1,7 milhão de hectares, abastecemos o mercado interno e ainda somos o segundo maior exportador mundial", destaca Alderi Emídio de Araújo, chefe-geral da Embrapa Algodão, na Paraíba.


Em termos de qualidade do produto, o algodão “Made in Brazil” já teria se equiparado e até superado a concorrência estadunidense, mas ainda falta espraiar esta informação aos mercados internacionais. Miguel Faus, da Anea, aponta que o algodão brasileiro está construindo uma relação de confiança com os clientes, e isso leva tempo. “O algodão americano tem o green card, que é o governo que garante. As fiações confiam nele por causa disso. O algodão australiano não tem isso, mas o mercado já reconhece como de qualidade superior. E nós estamos criando confiabilidade. Cada negócio é importante, dentro de cada país você tem fiações que compram algodão bom, médio e ruim. É preciso conhecer a fábrica, conhecer o dono”, sublinhou.


Além de conhecer as idiossincrasias dos clientes em visitas técnicas, os cotonicultores têm estimulado o caminho inverso, organizando excursões de compradores às fazendas brasileiras, para que vejam in loco as práticas sustentáveis. Mais recentemente, no início do ano, a estratégia se ampliou para o marketing junto às grandes marcas, e estiveram no Centro-Oeste em visitas a campo diretores da Zara e da Levi Strauss & Co.


Acesso em: Algodão brasileiro deve ultrapassar os EUA, com dobro de produtividade (gazetadopovo.com.br)

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ALGODÃO PELO MUNDO #47/2023

01 de Dezembro de 2023

Destaque da Semana - Novembro é o terceiro mês seguido de queda de preços de algodão no mercado, devido à fraca demanda e altos juros. Esta semana começa a COP 28 e o algodão do Brasil estará representado em Dubai.

Algodão em NY - O contrato Mar/24 fechou nesta quinta 30/11 cotado a 80,06 U$c/lp (-1,0% na semana). O contrato Jul/24 fechou 81,28 U$c/lp (-0,7% na semana) e o Dez/24 a 77,63 (-0,4% na semana).

Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 891 pts para embarque Out/Nov (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 30/nov/23).

Altistas 1 - O governo chinês reduziu mais uma vez as estimativas para a safra de algodão local este ano (23/24). A safra foi estimada em 5,66 milhões de toneladas, 15,8% a menos que o ano anterior.

Altistas 2 - Importações chinesas, principalmente para repor os estoques da Reserva Estatal, tem mantido a estabilidade nos preços internacionais recentemente.

Baixistas 1 - No mercado “real” chinês, a situação é bem diferente. Agentes relatam fraca demanda e em queda.

Baixistas 2 - Indústrias chinesas estão com quota de importação sobrando e estão cogitando parar antes para o Ano Novo Chinês (em fevereiro de 2024) devido à baixa demanda.

Paquistão - A colheita de algodão foi finalizada no Paquistão. Produtores optaram por vender gradualmente a produção para não pressionar os preços.

EUA - A colheita nos Estados Unidos está em 83% da área, em linha com o ano anterior e quatro pontos percentuais acima da média de cinco anos.

Austrália - Em mais um sinal de melhora nas relações entre Austrália e China, o Governo Chinês sinalizou que poderá remover impostos de importação para vinhos do país da Oceania.

COP 28 1 - Durante a COP28 da ONU, que ocorre de 30/11 a 12/12 em Dubai (EAU), a Abrapa participa do painel “Green Production Dialogues: Unveiling Sustainable Practices and Success stories in Beef and Cotton”, no dia 10/12 ao meio-dia (hora local).

COP 28 2 - O painel do algodão brasileiro destacará a importância do algodão para uma cadeia têxtil mais sustentável. Os painelistas do setor serão Marcelo Duarte (Abrapa) e Fabiana Furlan (Scheffer).

ICAC - Esta semana ocorre em Mumbai, na Índia, o encontro anual de uma das principais entidades do algodão do mundo, o ICAC. O ex-presidente da Abrapa e presidente da Agopa, Haroldo Cunha, representa a Abrapa.

Premiação 1 - O Cotton Brazil ganhou o 2º lugar na categoria “Ações Dia de Campo” na 21ª Mostra de Comunicação Agro ABMRA, com a Buyer's Mission, missão para compradores internacionais do algodão brasileiro.

Premiação 2 - O movimento Sou de Algodão também levou o 2º lugar na categoria “Projetos Digitais”, com o Programa SouABR, rastreável da semente ao guarda-roupa.

Exportações - Hoje à tarde serão divulgados os dados de exportações totais de nov/23.

Beneficiamento 2022/23 - Até o dia 30/11 foram beneficiados: BA (97%), GO (100%), MA (78%), MG (98%), MS (99%); PR (100%), SP (100%), MT (88%), PI (83%) Total Brasil : 90% beneficiado.

Plantio 2023/24 - Até o dia 30/11 foram cultivados: SP (62%); MG (15%), GO (2%) e PR (70%) Total Brasil: 0,72%

📉📈 Preços - Consulte tabela abaixo ⬇

tabela de cotacao 30.11

Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Pesquisadores apresentam estratégicas para combater fibras curtas

01 de Dezembro de 2023

Os pesquisadores Jean Belot, do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt), e João Paulo Saraiva, da Embrapa Algodão, apresentaram, na quarta-feira (29), no escritório da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e online, os resultados do projeto de pesquisa sobre os principais fatores envolvidos na geração do conteúdo de fibras curtas no algodão brasileiro, para os representantes dos 12 laboratórios que fazem parte do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), e membros do Grupo de Trabalho (GT) de Qualidade e do GT de Comercialização, da entidade que representa os cotonicultores.


Perceptível apenas na análise instrumental, em máquinas do tipo HVI, as fibras curtas são uma das mais recorrentes queixas do mercado em relação ao produto nacional e impactam diretamente no preço da commodity. Na reunião, os resultados foram analisados no contexto da confiabilidade dos laudos de HVI e da tabela de “ágio e deságio” da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). Para as fiações, as fibras curtas comprometem os processos e geram perdas de matéria-prima e de produtividade. Nos últimos anos, o Brasil está intensificando os investimentos para identificar as principais origens do problema, que podem começar já na escolha da variedade, e passam pelos tratos culturais e pelo manejo no beneficiamento.


Segundo Edson Mizoguchi, gestor do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), as fibras curtas são detectáveis em análises instrumentais realizadas por máquinas HVI, obtidas a partir de um algoritmo usando diversos parâmetros gerados pelo equipamento. “Apesar do SFI do algodão brasileiro estar melhorando, a percepção pela indústria ainda não é favorável. Por isso, desde 2021, a Abrapa investe na pesquisa a fim de identificar a origem do problema e levantar medidas para mitigá-lo”, afirmou.


Dentre as possíveis causas, Belot destacou a importância de escolher melhor as variedades usadas, privilegiando aquelas com menor potencial de geração de fibras curtas. “É possível reduzir o SFC ainda no campo, com manejo adequado, executado por mão de obra especializada. É importante pontuar que a boa maturidade da fibra é um dos fatores fundamentais para evitar a fibra curta”, aponta.


Além disso, o pesquisador destacou que monitorar os processos de beneficiamento, adequando-os à qualidade inicial do algodão em caroço processado, ajuda a gerar menos fibras curtas. “Uma das chaves do sucesso é de ter uma ótima integração entre o campo e a algodoeira”, finalizou.


 

 

Foto: Uster

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Abrapa colabora com pesquisa norte-americana sobre condições de trabalho no Brasil

01 de Dezembro de 2023

O diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Marcio Portocarrero, recebeu a visita da representante do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, Jacqueline Jesus, no dia 29 de novembro, na sede da entidade, em Brasília. O encontro teve como objetivo a apresentação da pesquisa em andamento, realizada em parceria com o governo brasileiro, sobre as condições de trabalho no país, e a solicitação de colaboração da Abrapa.


Durante o encontro, Portocarrero apresentou pilares de trabalho desenvolvidos pela entidade e disse que a Abrapa irá colaborar com a pesquisa, disponibilizando de dados relacionados à cadeia do algodão. “Atualmente, 86% das fazendas produtoras da pluma possuem certificação socioambiental, por meio do Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Essa certificação atesta o cumprimento das leis trabalhistas e a ausência de práticas de trabalho escravo nas lavouras”, afirmou.

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