Voltar

Laboratórios de análise de algodão da Amipa, Agopa, Ampasul e Abapa são aprovados em visita técnica do CBRA

08 de Agosto de 2023

Os laboratórios da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul) e da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) foram aprovados na aplicação do protocolo de Verificação e Diagnóstico de Conformidade do Laboratório (VDCL), aplicado durante as visitas técnicas promovidas pelo programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), entre os meses de maio e agosto. A verificação faz parte do terceiro pilar do programa do SBRHVI, que trata da orientação aos laboratórios nacionais. Os dois outros pilares são o próprio Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) e o Banco da Qualidade do Algodão Brasileiro.


O resultado atesta que os laboratórios estão operando com processos padronizados e que os dados aferidos, nos ensaios com o algodão beneficiado (pluma), feitos por aparelhos High Volume Instrument (HVI) - o tipo de classificação mais utilizada nas transações com algodão em todo o mundo -, são fidedignos e transparentes.


“Durante as visitas, avaliamos as evidências no cumprimento dos requisitos para o laboratório participar do programa SBHVI, que englobam a parte estrutural, como, por exemplo, a climatização, os instrumentos de ensaio do HVI, e a documentação, como as comprovações de participações em rodadas interlaboratoriais e os registros de manutenção”, explica Deninson Lima, assistente do CBRA e integrante da equipe que aplicou o VDCL nos laboratórios.


O programa tem como objetivo garantir o resultado de origem e assegurar mais credibilidade e transparência aos resultados de análise de HVI, realizados pelos 12 laboratórios de classificação instrumental que operam no Brasil. Todo os anos, eles recebem a equipe do CBRA para a avaliação de cumprimento dos 42 itens da lista de VDCL.


“As visitas feitas pelo laboratório central nos dão segurança em todo o processo, desde a recepção das amostras, o manuseio delas, assim como na gestão de pessoas. Desde que foi implantado o programa, o laboratório teve uma mudança significativa”, afirmou Rhudson Assolari, gerente do Laboratório de Classificação Visual e Tecnologia da Fibra de Algodão da Agopa, localizado no município de Goiânia (GO).


Para Renato Marinho de Souza, gerente do laboratório da Ampasul, que fica na cidade de Chapadão do Sul (MS), o programa SBHVI é uma “bússola” para os laboratórios. “O nível de confiabilidade que temos, hoje, nos resultados, vem da implementação do programa. Com a checagem das amostras, podemos monitorar constantemente a confiabilidade das nossas máquinas”, explicou.


 Mais agilidade


 Anicézio Resende, gerente da Central de Classificação de Fibra de Algodão - Minas Cotton, situada em Uberlância (MG), destacou, ainda, a agilidade que o programa trouxe para o funcionamento dos centros de análise. “Não precisamos parar, investigar e calibrar o equipamento a todo momento. Temos as amostras de checagem. Com elas, conseguimos analisar mais amostras e temos qualidade nos laudos oferecidos ao mercado”, disse.


Segundo Sergio Brentano, gerente do Centro de Análise de Fibras da Abapa, localizado em Luís Eduardo Magalhães (BA), os aprimoramentos em infraestrutura também são importantes para o bom resultado obtido na visita técnica. “Muitos investimentos já foram realizados para a melhoria da infraestrutura do laboratório da Abapa, no decorrer dos últimos anos, como a aquisição de equipamentos e a ampliação e modernização do sistema de climatização. Esse trabalho foi determinante para que nós conseguíssemos atender aos requisitos exigidos no diagnóstico. Da mesma forma, foi fundamental o trabalho da equipe, que faz com que todos os processos aconteçam corretamente”, afirmou.


A equipe do CBRA segue aplicando o VDCL nos demais laboratórios que integram o programa SBRHVI, em agosto e setembro, e orientando as equipes quanto às adequações necessárias e oportunidades de melhorias. Nos próximos meses, as visitas acontecem no Mato Grosso.


Imprensa Abrapa


Catarina Guedes – Assessora de Imprensa


(71) 98881-8064


Monise Centurion – Jornalista Assistente


(17) 99611-8019

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Programa ABR-UBA abre temporada de adesão para safra 2022-2023

07 de Agosto de 2023

O programa Algodão Brasileiro Responsável para Unidades de Beneficiamento de Algodão (ABR-UBA), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), já está aberto para adesão para a safra 2022-2023. O programa tem como objetivo atestar o compromisso das unidades de beneficiamento de algodão brasileiro com a sustentabilidade, promovendo a segurança do trabalhador, respeito ao meio ambiente e boas práticas de beneficiamento. A certificação é renovada anualmente, por meio de autorias externas (de terceira parte) e da assessoria técnica das associações estaduais, sendo elas, Abapa (BA), Agopa (GO), Amapa (MA), Amipa (MG), Ampa (MT), Ampasul (MS) e Apipa (PI).



O ABR e a sua variação ABR-UBA são programas da Abrapa, implementados nos estados produtores pelas associadas. Este é o terceiro ano de vigência para as algodoeiras. Em 2023, todo o protocolo e seus documentos auxiliares passaram por um processo de reavaliação, já que, em 2022, diversas normas reguladoras tiveram alterações significativas em seu conteúdo e redação.  De acordo com Fábio Carneiro, gestor de Sustentabilidade da Abrapa, essas mudanças ampliaram o incentivo às boas práticas voltadas ao bem-estar, saúde e segurança dos trabalhadores envolvidos nas atividades com máquinas e equipamentos utilizados para o beneficiamento da pluma.



O programa ABR-UBA acompanhou 133 usinas no ano de 2022; 78 dessas passaram por auditoria externa e foram certificadas, o que representa 31% do total de unidades de beneficiamento no Brasil. As 55 unidades que não passaram pela verificação de terceira parte estão em fase de adequação dos processos em suas operações para, posteriormente, participarem da certificação. “No ano passado, 20 novas unidades de beneficiamento aderiram ao programa e foram aprovadas. Isso demonstra a importância e o interesse dos gestores das unidades em tornar as atividades mais seguras, eficientes e responsáveis para com o meio ambiente”, afirma o gestor.



Em 2023, foi implementado o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – Mapa, desenvolvido pela Abrapa em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O programa certifica que o processo de amostragem e a análise da qualidade do algodão são fidedignos e realizados de acordo com normas internacionais. Para estar alinhados com as diretrizes exigidas pelos compradores, a cadeia optou por inserir novos itens ao protocolo de certificação ABR – UBA, com temáticas para auxiliar os produtores a adequar suas práticas, conforme descritas nas normativas que compõem o programa de qualidade.



Todas as unidades de beneficiamento que aderem ao programa ABR-UBA passam pelo processo de auditoria externa, conduzido por um órgão certificador independente, reconhecido internacionalmente. As certificadoras que atuarão no programa ABR-UBA, na safra 2022-2023, serão ABNT e Gênesis. Tanto a lista de Verificação Diagnóstico de Unidade de Beneficiamento (VDB) quanto a lista de Verificação para Certificação da unidade de Beneficiamento (VCB) possuem 173 itens de avaliação/certificação, organizados nos 8 critérios:


Critério 1. Contrato de Trabalho


Critério 2. Proibição de Trabalho Infantil


Critério3. Proibição de Trabalho Análogo ao Escravo


Critério 4. Liberdade de Associação Sindical


Critério 5. Proibição de Discriminação de Pessoas


Critério 6. Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente do Trabalho


Critério 7. Desempenho Ambiental


Critério 8. Boas Práticas de Beneficiamento



24.07.2023


Imprensa Abrapa


Catarina Guedes – Assessora de Imprensa


(71) 98881-8064


Monise Centurion – Jornalista Assistente


(17) 99611-8019

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Sou de Algodão promove painel sobre SouABR na Febratex Summit

Reunindo agentes da cadeia produtiva da última coleção lançada, os participantes falarão sobre a importância da transparência e da sustentabilidade

07 de Agosto de 2023

No dia 24 de agosto, quinta-feira, o movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), realizará um painel na 2ª edição do Febratex Summit, em Blumenau/SC. O evento é promovido pelo Febratex Group, uma das principais promotoras realizadoras de feiras do setor têxtil da América Latina.


O tema será o SouABR, plataforma de rastreabilidade do algodão com certificação socioambiental pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), do campo ao varejo, e contará com representantes da C&A, Emphasis, Grupo Busato e Vicunha, participantes da mais recente coleção de jeans rastreável.


De acordo com Giordana Madeira, cofundadora da Febratex, o convite foi feito ao Sou de Algodão por causa do amplo valor do conteúdo proposto. "Nosso propósito, com o Summit, é promover o aprendizado de melhores práticas e de soluções inovadoras para o setor têxtil nacional. Levar para o público participante um programa tão inovador como o de rastreabilidade do algodão, de ponta a ponta, vai totalmente ao encontro deste objetivo. Queremos incentivar as empresas que vêm ao Summit a praticar a inovação e a sustentabilidade, cada vez mais, a partir do que pudermos proporcionar a eles."


A mediação do painel será feita por Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa. Para ela, a escolha desse tema para o evento é extremamente relevante, já que o programa SouABR, próximo de completar seu segundo ano desde o lançamento, mostrou-se viável para a indústria têxtil nacional, proporcionando transparência responsável sobre a conduta do produtor da fibra, com certificação incluída.
“Sendo uma inovação, o primeiro programa de rastreabilidade física na indústria têxtil e de moda brasileira, usando tecnologia blockchain em larga escala, torna-se também um meio, para as marcas de varejo, de entregarem, de forma tangível, seus compromissos ESG 2030. Essa iniciativa representa o compromisso com a sustentabilidade na moda e a oferta de escolhas conscientes para o consumidor”, explica Silmara.


Serviço
Painel: SouABR: transparência e rastreabilidade, do campo ao varejo
Data: 24/08/2023
Horário: 10h30
Local: Febratex Summit - Parque Germânica - Blumenau/SC
Inscrições: https://www.sympla.com.br/febratex-summit-2023—2-edicao__1722288


Sobre Sou de Algodão


É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 42% de toda a produção mundial de algodão sustentável.

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Saldo positivo na Missão Compradores

Intercâmbio comercial finaliza, estreitando laços entre produtor brasileiro e importadores de oito países

07 de Agosto de 2023

A semana terminou com saldo positivo para a Missão Compradores, promovida pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), desde 28 de julho. Mais que um intercâmbio comercial, foi a oportunidade para que 24 empresários da indústria têxtil mundial conhecessem, a fundo e sem intermediários, a real cotonicultura nacional.


“Muitos voltarão para casa com uma outra visão do Brasil. Viram que a nossa produção é marcada pela alta eficiência, que é sustentável e que entregamos o algodão de qualidade que eles tanto desejam”, avalia Aurélio Pavinato, diretor presidente da SLC Agrícola. Responsável por um dos maiores grupos do agro no País, Pavinato acompanha ativamente a iniciativa da Abrapa, que já está em sua sétima edição. “Essa mudança de perspectiva faz diferença na hora de negociar”, avalia o executivo.


A principal meta da Missão Compradores é qualificar a relação que já existe entre o cotonicultor brasileiro e os importadores dos oito países da comitiva (China, Bangladesh, Turquia, Vietnã, Paquistão, Índia, Malásia e Egito). “Ainda podemos crescer em todos esses países”, atesta o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.


Quarto maior produtor e segundo maior exportador mundial de algodão, o Brasil embarcou no ano comercial 2022/23 1,24 milhão de toneladas para os países da Missão Compradores, o equivalente a 90,2% das exportações totais.


“É um grupo qualificado, formador de opinião em seus países. Depois de conhecerem nosso processo produtivo e de classificação do algodão, aumenta a confiança no nosso produto. Com isso, o Brasil poderá participar de maneira ainda mais definitiva no cotidiano de todas as indústrias têxteis que nos visitaram”, comenta o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte Monteiro. Monteiro coordena as ações globais de promoção e desenvolvimento de mercado do algodão brasileiro. Desde 2020, atua em Singapura com um escritório de representação para solidificar a marca Cotton Brazil no mercado asiático – que concentra 98% das compras da pluma brasileira. A Missão Compradores é uma das estratégias realizadas em parceria com a Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).


“Tem sido uma grande satisfação mostrar para nossos clientes como plantamos, colhemos, beneficiamos e classificamos nosso algodão. Há o interesse genuíno em ampliar a presença do nosso produto em cada um desses países”, pontuou Miguel Faus, presidente da Anea.


O protagonismo da Abrapa nas relações com os importadores foi destacado por Alberto Bica, coordenador de Agronegócios da ApexBrasil. “Nossa parceria já tem três anos e foi renovada em julho. É uma honra para a agência aprender com a excelência da Abrapa. O Brasil tem muito a mostrar para o mundo, e a cadeia produtiva do algodão tem feito sua parte”, ponderou Bica.


Transparência. Uma das palavras mais utilizadas durante o intercâmbio foi transparência – e não à toa. “Abrimos a porteira e mostramos todas as nossas realidades. Da produção de grande escala ao produtor de menor porte, que se organiza em cooperativas para garantir a qualidade do algodão”, citou o presidente da Abrapa.


E, embora tenham recebido números e estatísticas sobre o algodão brasileiro, os ‘compradores’ conferiram  a forma como os brasileiros fazem a gestão ambiental nas fazendas. “Sobrevoando de avião as propriedades, deu para ver o quanto preservamos nossos rios, o quanto de mata nativa há na fazenda. Durante a missão, mostramos como já estamos produzindo algodão regenerativo e os cuidados que temos para preservar o meio ambiente para as próximas gerações”, lembrou Schenkel.



A transparência foi reconhecida, também, pelo Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa). Secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart lembrou, no jantar de encerramento da Missão Compradores, a ousadia do setor. “O nosso serviço de defesa agropecuária é reconhecido mundialmente pelo seu rigor. E a cadeia produtiva do algodão é a primeira do País a se submeter à nossa fiscalização, voluntariamente, para mostrar aos compradores internacionais a sua excelência”, afirmou.


O serviço citado por Goulart é o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – Mapa, atesta se a UBA e o laboratório de HVI seguem todos os requisitos internacionalmente exigidos na classificação da pluma.  O programa tem parceria da Abrapa e começou a operar na safra 2022/23.


No encerramento da Missão Compradores, a Fazenda Pantanal, da SLC Agrícola, recebeu oficialmente o seu certificado de conformidade do Mapa. A unidade produtiva fica em Chapadão do Céu (GO). “Esse certificado mostra aos nossos clientes que estamos em processo contínuo de evolução. Nossa estratégia é produzir não só mais algodão, mas aumentar em qualidade, rastreabilidade e confiança”, disse Aurélio Pavinato, durante a cerimônia.

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Oeste da Bahia recebe a Missão Compradores 2023

03 de Agosto de 2023

Com aproximadamente 312,5 mil hectares plantados com algodão e cerca de 50% deste total já colhidos, a Bahia, segundo maior produtor da fibra no Brasil, recebeu, no dia 02 de agosto, a visita dos industriais da Missão Compradores 2023. A iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) é parte do programa Cotton Brazil, que congrega, além da entidade dos cotonicultores, a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), e tem como objetivo aumentar a participação do algodão brasileiro no mercado internacional.


O grupo é formado por industriais de oito países de destino da commodity de origem Brasil. Na Bahia, eles foram ciceroneados pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e visitaram fazendas, algodoeiras e o laboratório de análise de fibras da Abapa, em Luís Eduardo Magalhães. Antes de chegar ao estado, os visitantes passaram por Mato Grosso, maior produtor nacional, onde conheceram as estruturas produtivas, de beneficiamento e de classificação.


Sete edições


A Missão Compradores está na sétima edição. A cada ano, participam diferentes integrantes. Para a quase totalidade deles, a iniciativa é a primeira oportunidade de conhecer o modelo brasileiro de produção de algodão, que além de altamente tecnificado, tem como diferenciais a sustentabilidade e a rastreabilidade fardo a fardo. Na Bahia, 87,3% da produção de algodão é certificada pelo Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e licenciada pela Better Cotton Initiative (BCI).


“É muito relevante trazer essas pessoas para cá, para conhecer o que nós fizemos pelo algodão, nosso modo de produzir e de beneficiar. Mostramos a eles a rastreabilidade, falamos sobre a certificação oficial (Programa de qualidade do algodão brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – Mapa), que tem a chancela do Ministério da Agricultura e Pecuária, e as pessoas têm a oportunidade de testemunhar como o algodão brasileiro evoluiu muito nos últimos anos, de forma responsável e confiável. Para se ter uma ideia, o algodão brasileiro tem o dobro de produtividade do americano, que é o nosso principal concorrente. A dedicação do produtor baiano, neste contexto, é muito grande.


Seis países participam da Missão Compradores 2023: China, Paquistão, Bangladesh, Índia, Vietnam, Turquia, Malásia e Egito. Da Bahia, eles seguiram para Cristalina, em Goiás, e de lá, para Brasília.


Impressionante


A indiana Uma Sekar não disfarçou o encantamento ao visitar, na Bahia, a Fazenda Acalanto e a algodoeira Algopar, do Grupo Horita, e a algodoeira Warpol, do Grupo Busato. O mesmo entusiasmo ela demonstrou ao visitar as instalações do centro de análise de fibras da Abapa, o maior do Brasil, pelo qual, nessa safra, devem passar mais de três milhões de amostras, pelas suas 14 máquinas High Volume Instrument (HVI).


“Antes, eu tinha uma visão um pouco negativa sobre o algodão brasileiro. Após ver estas grandes fazendas, o beneficiamento e os laboratórios de classificação, posso dizer que é, realmente, impressionante. Nunca esperei ver algodão assim. Na índia, nossas fazendas são muito pequenas. Não usamos nenhuma das tecnologias que vi aqui. A partir de agora, tenho que ser bem específica antes de comprar”, diz a empresária. Ela dirige, com a irmã, uma indústria que soma 60 mil fusos e faz parte de um grupo ainda maior, que reúne outros 400 mil. A fiação é parte de um complexo, que produz, também, tecidos e roupas, e exporta para os Estados Unidos, Inglaterra, Argélia e Europa.


“No ano passado, compramos duas mil toneladas de algodão do Brasil, da safra 2020/2021. Agora pretendemos comprar mais. A Índia produz muito algodão, mas a indústria indiana está crescendo e precisamos de mais pluma para atender a essa demanda”, afirma.


Qualidade e preço


Zekeriya Dogru é executivo de compras da empresa DNM Denin, da Turquia, com fábrica no Egito. No último ano, a indústria comprou 4,5 mil toneladas de algodão brasileiro para o mercado turco e, este ano, 100 toneladas, para o mercado egípcio. “O Brasil é uma das melhores opções para encontrar qualidade com preços bons. Após ver o que vimos, com certeza, vamos comprar mais e mais. Eu não sabia que os produtores de algodão e as unidades de beneficiamento daqui estavam nesse nível. Fiquei realmente impressionado”, diz.


Mentalidade


Já Shahwaiz Ahmed, que dirige a Indus Dyeing & Manufacturing, no Paquistão, destaca a constância e qualidade do algodão do Brasil. “Usamos o algodão brasileiro na produção de fios de alta qualidade. Duas coisas chamaram minha atenção na primeira vez que visito o país, a logística massiva por trás das operações e a mentalidade do produtor. Eles são muito avançados e dedicados a melhorar continuamente a cada ano”, afirmou.


 


Oportunidade de escuta


Para o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, o compromisso do produtor de algodão com o meio ambiente, o cuidado com o solo e as águas e, principalmente, o respeito com os colaboradores e com o produto que será entregue para o consumidor final, encantam os visitantes. Schenkel também destaca que a missão reforça a comunicação entre produtores e mercado.


“Podemos ouvi-los, pessoalmente, em tempo real, entender seus anseios e trabalhar para atendê-los, de acordo com as suas expectativas. Muito em breve, seremos os maiores exportadores mundiais, mas também queremos ser os melhores”, diz Schenkel, destacando que a parceria com a ApexBrasil e a Anea é fundamental para atingir essa meta.


Safra grande


A iminência de colher uma safra superior a três milhões de toneladas, que traz a reboque o desafio de exportar mais de 2,4 milhões de toneladas de pluma, na safra 2023/2024, na opinião do presidente da Anea, Miguel Faus, torna estratégica a Missão Compradores.


“As missões colaboram para que nossos clientes, lá fora, conheçam o nosso produto, se interessem e incrementem suas compras. Mais que nunca, nos tornamos vendedores de algodão, e precisamos ganhar ainda mais mercado para absorver a nossa produção”, afirma. Faus diz que estes visitantes já tinham consciência que o Brasil irá colher uma grande safra, de mais de três milhões de toneladas de pluma. “Parte desse algodão já está vendida com pelo menos um ano de antecedência e outra parte terá que ser vendida nos próximos 12 meses, portanto, essas ações são fundamentais”.


Como e por quem


Júlio Busato, ex-presidente da Abrapa e da Abapa, foi um dos produtores da Bahia que receberam os visitantes em suas propriedades. “Nós mostramos como e por quem é produzido o nosso algodão. Com essa missão, a gente traz o comprador e mostra essa realidade ao vivo e em cores. Eles saem impressionados com o que veem. Estar aqui, conversar com os produtores e acompanhar o processo faz toda a diferença. Quando eles voltam para os seus países, eles contam o que viram, faz-se uma propaganda boca a boca, que é muito eficaz”, pondera. Busato finaliza, dizendo que “como produtor na Bahia, fico especialmente contente de receber essa missão em minha fazenda, e tenho orgulho de ter participado da construção dessa estratégia desde o início”.


03.08.2023


Imprensa Abrapa


Catarina Guedes – Assessora de Imprensa


(71) 98881-8064


Monise Centurion – Jornalista Assistente


(17) 99611-8019

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Abrapa e Anea deram início às auditorias do programa ABR-LOG

02 de Agosto de 2023




Começaram, nesta segunda-feira, 31 de julho, as auditorias do programa Algodão Brasileiro Responsável para Terminais Retroportuários de Algodão, ABR-LOG. A iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), faz parte do escopo do programa Cotton Brazil, de promoção da fibra brasileira no mercado internacional, que é fruto da parceria entre Abrapa, Anea e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). As primeiras auditorias estão programadas entre 31 de julho e 03 de agosto de 2023 em Santos/SP e Guarujá/SP

A exemplo do ABR, voltado para fazendas que cultivam a commodity, e do ABR-UBA, que abrange as Unidades de Beneficiamento de Algodão, o ABR-LOG também é uma certificação socioambiental, voltada, contudo, para o elo responsável pelo recebimento dos fardos, armazenagem, estufagem do contêiner, até o embarque. Seu objetivo é contribuir para a melhoria de todo o processo de exportação do algodão.

Em 2023, os convites para participação dos primeiros terminais no programa estão sendo realizados pelos presidentes da Abrapa, Alexandre Schenkel, e da Anea, Miguel Faus. Ao todo, quatro terminais já assinaram o termo de adesão ao ABR Log, que é a primeira etapa para participação no programa. Ao assinarem o termo, os terminais declaram que estão cientes do regulamento do ABR Log para o período comercial 2023/2024, que descreve os direitos e deveres das instituições envolvidas no programa.

A etapa seguinte é o agendamento da auditoria presencial, realizada por certificadoras de terceira parte, de renome internacional, que checam o cumprimento dos critérios estabelecidos no Protocolo de Certificação do Terminal Retroportuário de Algodão. No período comercial 2023/2024, a empresa Control Union foi credenciada como a responsável pelas auditorias do ABR Log.

Nesta etapa, são verificadas a regularidade das relações trabalhistas, a proibição da utilização de mão de obra estrangeira irregular, a segurança do trabalho, dentre outros pré-requisitos, sendo que a verificação do emprego de crianças e a prática de trabalho forçado ou análogo à escravidão desabilitam imediatamente o terminal à certificação. Estes exemplos ilustram alguns dos 12 itens de “conformidade mínima obrigatória”, de uma lista de avaliação/certificação composta de 127 itens.

O protocolo do ABR-LOG está dividido em oito critérios: Contrato de Trabalho, Proibição de Trabalho Infantil, Proibição de Trabalho Análogo ao Escravo, Liberdade de Associação Sindical, Proibição de Discriminação de Pessoas, Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente do Trabalho, Desempenho Ambiental e Boas Práticas de Estufagem.

Melhoria contínua

Assim como o ABR e o ABR-UBA, o ABR-LOG também segue o princípio da implementação progressiva. No primeiro ano, o terminal precisa cumprir um mínimo de 80% do Protocolo de Certificação. A partir do segundo ano, se ele ainda for gerido pela mesma companhia, deverá ter um nível de conformidade de 82%. A partir de então, a cada nova safra, precisará incrementar o cumprimento em 2%, até atingir 90%, que terão de ser mantidos nos ciclos sucessivos. Os certificados emitidos no período comercial 2023/2024 terão validade de junho de 2023 a maio de 2024, e deverão ser renovados anualmente caso o terminal deseje continuar a ser certificado pelo programa.


Sustentabilidade

De acordo com o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, o ABR – LOG é mais um passo à jusante do programa socioambiental criado pela Abrapa, que tem sido fundamental para o fortalecimento da imagem do algodão brasileiro no mundo. “A sustentabilidade é um dos quatro compromissos da Abrapa, e está na base de tudo o que fazemos. No caso do ABR –LOG, além dos evidentes benefícios sociais e ambientais, ele tem um efeito direto na manutenção da qualidade dos fardos, com o correto manejo, desde a saída da fazenda, passando pelo descarregamento, até a estufagem do contêiner. Com todas essas etapas orientadas pelo mesmo propósito, o resultado é um algodão ainda mais apreciado na indústria internacional”, explica Alexandre Schenkel. De acordo com o presidente da Abrapa, sacaria rasgada, fardos sujos e, eventualmente, até a contaminação do algodão por sujidades eram motivos de queixas recorrentes dos compradores no mercado externo.

Padrões

Para o presidente da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Faus, a padronização da logística do algodão tem impacto direto na imagem da fibra, e permite que muitos eventuais problemas possam ser resolvidos ainda no terminal retroportuário. “Às vezes, até mesmo um peso que exceda a legislação do país comprador pode ser ajustado antes do embarque do contêiner, assim como muitos problemas reportados pelos compradores. Queremos que os nossos fardos cheguem até o mercado com a apresentação e a qualidade correta, e o ABR-LOG irá contribuir muito positivamente para isso”, diz Faus.

Podem aderir ao programa ABR-LOG, de forma voluntária, todos os terminais retroportuários de algodão do Brasil, além de armazéns que realizam o transbordo da carga, e que estejam aptos para a operação de estufagem.

Na visita de certificação, os auditores das empresas certificadoras credenciadas pela Abrapa e Anea elaboram um relatório de não-conformidades, que servirá de referência para a adequação posterior, com exceção dos casos que desabilitam automaticamente a certificação.

Os terminais que tenham interesse em participar do ABR Log em 2023 podem entrar em contato com o Departamento de Sustentabilidade da Abrapa pelo e-mail: gestor.sustentabilidade@abrapa.com.br.


Fonte: Abrapa

Acesso em: Abrapa e Anea deram início às auditorias do programa ABR-LOG - Notícias Agrícolas (noticiasagricolas.com.br)

Brasil – Abrapa – Abrapa e Anea deram início às auditorias do programa ABR-LOG | Ioeste

Mídias: Notícias Agrícolas e Ioeste

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Industriais globais vão a campo para conhecer cotonicultura brasileira

O caminho do Brasil de segundo maior importador para segundo maior exportador de algodão pauta a Missão Compradores, que visita fazendas nesta semana em MT

02 de Agosto de 2023

O caminho do Brasil de segundo maior importador para segundo maior exportador de algodão pauta a Missão Compradores, que visita fazendas nesta semana em MT Eficiência, produção responsável e transparência na relação comercial são os elementos que explicam a revolução vivida pela cotonicultura brasileira nos últimos 30 anos. Para entender como o Brasil saiu do posto de segundo maior importador para segundo maior exportador global da fibra, 24 representantes da indústria têxtil de oito países visitam nos próximos dias Sapezal, Primavera do Leste e Campo Verde, no interior de Mato Grosso. Os empresários participam da Missão Compradores, intercâmbio internacional realizado pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com a Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Neste ano, a iniciativa está em sua sétima edição e reúne industriais de oito dos maiores importadores de algodão do mundo: China, Bangladesh, Turquia, Vietnã, Paquistão, Índia, Malásia e Egito.
O objetivo é conferir, in loco, como o Brasil se mantém entre os principais players do mercado global do algodão. Afinal, para a safra 2022/2023, a previsão é que sejam produzidas 3,069 milhões de toneladas (20% a mais que no ciclo anterior), das quais 2,35 milhões de toneladas são projetadas para o embarque ao exterior, com destino principalmente ao mercado asiático. Confirmados os números, o Brasil terá ampliado em 62% as exportações realizadas no ano comercial atual. Um dos principais motivos para a mudança do status de importador para exportador é a eficiência do produtor brasileiro. A média da produtividade brasileira na safra 2022/23 é de 1.840 quilos por hectare – bem acima do desempenho de importantes países produtores, como Estados Unidos e Índia.Essa eficiência acaba contribuindo para uma produção cada vez mais sustentável. Em 2022, a área plantada com algodão (1,6 milhão de hectares) abrangia apenas 0,2% do território brasileiro. Em 1980, eram 4,1 milhões hectares – ou 0,5% da área total do País. A explicação desses bons números vai além de quesitos técnicos ou tecnológicos. “Não é apenas sobre investir em tecnologia, aproveitar solo e clima bons. Nós temos pessoas boas, nosso produtor é focado, se profissionalizou e continua investindo para a produção ser sustentável”, pontuou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. Mais de 80% da pluma nacional tem a certificação socioambiental do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Como o ABR opera em benchmarking com a certificação mundial Better Cotton, cada produtor certificado pelo ABR pode se licenciar também pelo Better Cotton. Com isso, o Brasil se tornou o país que mais oferta Better Cotton ao mundo. Durante as visitas às fazendas, os participantes da Missão Compradores vão conferir in loco como é feita a conservação ambiental nas lavouras brasileiras. Conforme o Código Florestal Brasileiro, o cotonicultor deve preservar pelo menos 35% da área total de sua propriedade, podendo chegar a 80% conforme o bioma. “Conservamos as matas ciliares dos rios e temos grandes áreas preservadas. Nas fazendas, a comitiva vai conhecer tanto o trato ambiental como o cuidado com as pessoas, das cantinas e alojamento à segurança do trabalho”, antecipou o presidente da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa), Erai Maggi Scheffer. “A Missão Compradores é uma oportunidade única para construir um ambiente de confiança com os clientes do algodão brasileiro, porque eles podem ver a seriedade com que a produção é tratada no Brasil. Esta é a sétima edição, estamos em parceria há muitos anos com a Abrapa e a gente espera que continue no futuro”, afirmou o presidente da Anea, Miguel Faus. Colheita. As fazendas visitadas pela Missão Compradores estarão em ritmo intenso de trabalho. “Estamos com a colheita em curso e será possível verificar também como fazemos o beneficiamento da pluma, já que no Brasil é muito comum que o produtor tenha também a sua própria unidade beneficiadora”, explicou o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte Monteiro. Com uma colheita totalmente mecanizada, o Brasil elimina o risco de contaminação da pluma e aposta forte na transparência com os mercados compradores. Tanto que todo o volume exportado passa pela análise laboratorial de qualidade e mais de 80% são rastreáveis de forma online, fardo a fardo. “Na camiseta que todos estamos usando hoje, há um QR Code impresso. Quando é escaneado, ele mostra a origem do algodão usado na confecção da peça, em que unidade foi beneficiado, seus indicadores de qualidade e informações sobre certificação socioambiental”, exemplificou o diretor da Abrapa. No domingo (30), ele apresentou à comitiva o cenário geral da cotonicultura brasileira para os importadores. Agenda. Após a etapa em Mato Grosso, a Missão Compradores segue para a Bahia, segundo estado produtor, com 312,6 mil hectares em 2022/23. Lá, a agenda inclui visitas a fazendas, ao Centro de Análises de Fibras da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa) e a unidades de beneficiamento de algodão que participam do Programa Brasileiro de Qualidade do Algodão – que certifica a qualidade da pluma produzida no país e é desenvolvido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em parceria com a Abrapa.


Acesso em: TDTNEWS-Jornalismo Imparcial

Mídia: TDT News

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Abrapa e Anea deram início às auditorias do programa ABR-LOG

01 de Agosto de 2023

Começaram, nesta segunda-feira, 31 de julho, as auditorias do programa Algodão Brasileiro Responsável para Terminais Retroportuários de Algodão, ABR-LOG. A iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), faz parte do escopo do programa Cotton Brazil, de promoção da fibra brasileira no mercado internacional, que é fruto da parceria entre Abrapa, Anea e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). As primeiras auditorias estão programadas entre 31 de julho e 03 de agosto de 2023 em Santos/SP e Guarujá/SP



A exemplo do ABR, voltado para fazendas que cultivam a commodity, e do ABR-UBA, que abrange as Unidades de Beneficiamento de Algodão, o ABR-LOG também é uma certificação socioambiental, voltada, contudo, para o elo responsável pelo recebimento dos fardos, armazenagem, estufagem do contêiner, até o embarque. Seu objetivo é contribuir para a melhoria de todo o processo de exportação do algodão.



Em 2023, os convites para participação dos primeiros terminais no programa estão sendo realizados pelos presidentes da Abrapa, Alexandre Schenkel, e da Anea, Miguel Faus. Ao todo, quatro terminais já assinaram o termo de adesão ao ABR Log, que é a primeira etapa para participação no programa. Ao assinarem o termo, os terminais declaram que estão cientes do regulamento do ABR Log para o período comercial 2023/2024, que descreve os direitos e deveres das instituições envolvidas no programa.



A etapa seguinte é o agendamento da auditoria presencial, realizada por certificadoras de terceira parte, de renome internacional, que checam o cumprimento dos critérios estabelecidos no Protocolo de Certificação do Terminal Retroportuário de Algodão. No período comercial 2023/2024, a empresa Control Union foi credenciada como a responsável pelas auditorias do programa.



Nesta etapa, são verificadas a regularidade das relações trabalhistas, a proibição da utilização de mão de obra estrangeira irregular, a segurança do trabalho, dentre outros pré-requisitos, sendo que a verificação do emprego de crianças e a prática de trabalho forçado ou análogo à escravidão desabilitam imediatamente o terminal à certificação. Estes exemplos ilustram alguns dos 12 itens de “conformidade mínima obrigatória”, de uma lista de avaliação/certificação composta de 127 itens.



O protocolo do ABR-LOG está dividido em oito critérios: Contrato de Trabalho, Proibição de Trabalho Infantil, Proibição de Trabalho Análogo ao Escravo, Liberdade de Associação Sindical, Proibição de Discriminação de Pessoas, Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente do Trabalho, Desempenho Ambiental e Boas Práticas de Estufagem.



Melhoria contínua



Assim como o ABR e o ABR-UBA, o ABR-LOG também segue o princípio da implementação progressiva. No primeiro ano, o terminal precisa cumprir um mínimo de 80% do Protocolo de Certificação. A partir do segundo ano, se ele ainda for gerido pela mesma companhia, deverá ter um nível de conformidade de 82%. A partir de então, a cada nova safra, precisará incrementar o cumprimento em 2%, até atingir 90%, que terão de ser mantidos nos ciclos sucessivos. Os certificados emitidos no período comercial 2023/2024 terão validade de junho de 2023 a maio de 2024, e deverão ser renovados anualmente caso o terminal deseje continuar a ser certificado pelo programa.



Sustentabilidade



De acordo com o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, o ABR – LOG é mais um passo à jusante do programa socioambiental criado pela Abrapa, que tem sido fundamental para o fortalecimento da imagem do algodão brasileiro no mundo. “A sustentabilidade é um dos quatro compromissos da Abrapa, e está na base de tudo o que fazemos. No caso do ABR –LOG, além dos evidentes benefícios sociais e ambientais, ele tem um efeito direto na manutenção da qualidade dos fardos, com o correto manejo, desde a saída da fazenda, passando pelo descarregamento, até a estufagem do contêiner. Com todas essas etapas orientadas pelo mesmo propósito, o resultado é um algodão ainda mais apreciado na indústria internacional”, explica Alexandre Schenkel. De acordo com o presidente da Abrapa, sacaria rasgada, fardos sujos e, eventualmente, até a contaminação do algodão por sujidades eram motivos de queixas recorrentes dos compradores no mercado externo.




Padrões



Para o presidente da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Faus, a padronização da logística do algodão tem impacto direto na imagem da fibra, e permite que muitos eventuais problemas possam ser resolvidos ainda no terminal retroportuário. “Às vezes, até mesmo um peso que exceda a legislação do país comprador pode ser ajustado antes do embarque do contêiner, assim como muitos problemas reportados pelos compradores. Queremos que os nossos fardos cheguem até o mercado com a apresentação e a qualidade correta, e o ABR-LOG irá contribuir muito positivamente para isso”, diz Faus.



Podem aderir ao programa ABR-LOG, de forma voluntária, todos os terminais retroportuários de algodão do Brasil, além de armazéns que realizam o transbordo da carga, e que estejam aptos para a operação de estufagem.


Na visita de certificação, os auditores das empresas certificadoras credenciadas pela Abrapa e Anea elaboram um relatório de não-conformidades, que servirá de referência para a adequação posterior, com exceção dos casos que desabilitam automaticamente a certificação.


Os terminais que tenham interesse em participar do ABR Log em 2023 podem entrar em contato com o Departamento de Sustentabilidade da Abrapa pelo e-mail: gestor.sustentabilidade@abrapa.com.br.


Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter