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Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro é divulgado para produtores de sementes da Aprossul

31 de Agosto de 2023

A notícia recente de que o algodão brasileiro é a primeira cadeia produtiva a ser certificada por autocontrole no país tem despertado o interesse de outros setores do agronegócio. O Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – Mapa é desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Outras cadeias produtivas têm procurado entender como funciona a certificação que qualifica o algodão brasileiro, principalmente para o mercado externo. Exemplo disso, é que no dia 28 de agosto, a Abrapa participou de um encontro técnico, em Campo Grande (MS), da Associação dos Produtores de Sementes e Mudas do Mato Grosso do Sul (Aprossul), para tratar sobre o tema.
“O objetivo dessa reunião foi o interesse dos produtores de sementes de forrageiras do Mato Grosso do Sul, vinculados à Aprossul, de conhecer o protocolo Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e a certificação oficial do algodão brasileiro, porque eles pretendem implantar um processo semelhante ao da Abrapa e já possuem um protocolo de qualidade, chamado Semente Legal”, afirma o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero.
O programa Semente Legal, da Aprossul, inclui a verificação de todo o processo produtivo, desde a originação até a comercialização, auditando e verificando as conformidades ambiental, legal e de processos, além de monitorar e aferir as evoluções das empresas participantes. A adesão de associados também é voluntária.
Além de membros da Aprossul, participaram do encontro produtores e representantes da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja). Após a palestra com Portocarrero, os presentes no evento puderam conhecer a empresa Ponto Alto, que aderiu ao Programa Semente Legal e garante a rastreabilidade segura de todos os seus produtos.

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Abrapa e outras entidades levam demandas do agronegócio ao ministro Fávaro

30 de Agosto de 2023

Mais de 20 entidades que representam o agronegócio brasileiro, entre elas a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), estiveram reunidas na tarde do dia 29 de agosto, com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em Brasília. Durante a reunião, representantes das entidades tiveram a oportunidade de colocar à mesa as demandas específicas de seus setores, compartilhar experiências e dificuldades e cobrar soluções efetivas.
“Este é o segundo encontro realizado neste ano. É uma oportunidade para todos sentarem juntos à mesa e apresentarem as demandas. Essa é uma rotina que nós queremos ter para que possamos alcançar mais sintonia e sermos mais propositivos”, explicou o ministro ao abrir o encontro.
Júlio Cézar Busato, conselheiro consultivo da Abrapa que representou a entidade dos cotonicultores, avalia que o encontro foi extenso, mas extremamente produtivo. “A Abrapa foi usada muitas vezes como exemplo de organização, principalmente na questão da rastreabilidade, sustentabilidade e da promoção com o programa Cotton Brazil, além da certificação do Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – Mapa.”


Segundo o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, que também esteve no encontro, o ministro ressaltou o trabalho do Mapa na abertura de novos mercados mundiais para a produção brasileira, o que resultou no agendamento de inúmeras missões internacionais ao Brasil para discutir acordos comerciais. “Estamos sendo reconhecidos pela qualidade do nosso produto e, por meio da certificação oficial, certamente iremos alcançar o primeiro lugar nas exportações”, afirmou. Ao total, foram 41 mercados abertos para a exportação de produtos da agropecuária nacional, em oito meses de gestão, de acordo com informações do ministro.


Para Busato, o país está prestes a colher sua maior safra de algodão dos últimos tempos, o que torna a promoção do algodão na Ásia determinante para o sucesso das exportações. “Foram lançadas duas propostas pelo ministro, a primeira é de nos unirmos a outras cadeias produtivas, mesmo porque plantamos milho, soja, entre outras culturas, para divulgar a agropecuária brasileira, principalmente nos mercados da Ásia e dos Emirados Árabes, juntamente com a Apex, e ampliar um programa de divulgação que já existe. É muito importante que a Abrapa participe, para que a gente consiga ganhar força e conquistar cada vez mais espaço no mercado internacional”, explicou.
A outra proposta de Fávaro é que as entidades contribuam para a modernização do Mapa, principalmente nos processos que envolvam informatização. Para compilar esses dados e reconhecer o trabalho dos produtores que investem no sistema, o Mapa está desenvolvendo uma plataforma de regularização, onde os interessados poderão participar voluntariamente para a apresentação dos dados.
“Esta é a segunda reunião neste formato, com o objetivo de que todos conheçam as demandas dos diferentes setores, sendo que muitas delas acabam sendo convergentes. Além disso, seguimos com o atendimento personalizado a cada setor aqui no Mapa. É um espaço fundamental para detectarmos as fragilidades do Ministério, ouvindo a opinião dos nossos clientes, daqueles que acessam e precisam dos nossos serviços enquanto política pública”, detalhou Fávaro.
O primeiro encontro foi realizado em abril deste ano, com a participação de diversas entidades que, na ocasião, tiveram suas demandas encaminhadas para os setores responsáveis.


Foto: Lucas Santos/Abrapa

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Abrapa participa de assembleia no IPA

30 de Agosto de 2023

O conselheiro consultivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e vice-presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Júlio Cézar Busato, participou de uma Assembleia realizada pelo IPA, no dia 29 de agosto. Na pauta, a aprovação das contas mensais do instituto e a discussão dos avanços dos principais assuntos de interesse do agronegócio brasileiro que tramitam na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Um dos destaques foi a Reforma Tributária.


“Na Câmara de Deputados, conseguimos um avanço muito grande em nossas pautas. No Senado, temos pautas importantes em discussão, como o Marco Temporal, o projeto de lei (PL) dos defensivos agrícolas, a lei do licenciamento ambiental e a Reforma Tributária”, explicou. Segundo Busato, o grupo vem trabalhando com afinco nesses temas e há perspectivas de bons resultados, principalmente na PL dos defensivos agrícolas.


Além da assembleia do IPA, o grupo se reuniu também com parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e outros embaixadores para buscar informações a respeito do avanço do Mercosul, dos acordos do Brasil com o Mercosul, do Mercosul - Europa, e do relacionamento do país com os países asiáticos e do Oriente Médio. “Foi uma boa conversa, por meio da qual nossos deputados conseguiram colocar, de uma forma bem clara, aquilo que o setor necessita e anseia que aconteça, e para que eles entendam estas necessidades e, se possível, trabalhem nesse sentido”, disse.


O IPA congrega representantes das cadeias produtivas do agro brasileiro, da produção à indústria. A entidade discute e elenca as pautas prioritárias para o desenvolvimento agropecuário e subsidia, com informações, a FPA, que as defende no Congresso Nacional.

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Sou de Algodão marca presença no 3º Prêmio Abapa de Jornalismo

O destaque foi a relação da moda com a transparência e a sustentabilidade

30 de Agosto de 2023

No dia 29 de agosto, ocorreu a 3ª edição do Prêmio Abapa de Jornalismo, promovido pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), e contou com a participação de Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e gestora geral do movimento Sou de Algodão. O evento, que busca inspirar profissionais e estudantes da área da comunicação, teve como destaque a celebração dos 23 anos de atuação da Abapa em prol dos cotonicultores baianos, assim como a safra promissora de algodão 2022/2023, cuja colheita já teve início nas últimas semanas.
A tarde do evento foi marcada por apresentações e diálogos enriquecedores para estudantes de jornalismo sobre o universo do algodão e sua conexão com a sustentabilidade, a moda e as gerações futuras. Silmara compartilhou sua experiência com uma apresentação sobre o Sou de Algodão. Em sua exposição, destacou a importância da transparência e da rastreabilidade na cadeia produtiva da fibra, consolidando o compromisso do movimento em promover a conscientização sobre as escolhas responsáveis dos consumidores.
"Estamos vivendo uma era em que os clientes estão cada vez mais exigentes e interessados em saber a origem dos produtos que consomem. O diálogo das instituições com eles é fundamental para promover a transparência e a confiança no setor da moda, em particular. O movimento Sou de Algodão busca justamente unir a sustentabilidade e a rastreabilidade à moda, mostrando que é possível vestir-se bem enquanto se faz escolhas conscientes”, explica a executiva.
A programação prosseguiu com a participação de Alessandra Zanotto, produtora rural e a 1ª vice-presidente da Abapa, que compartilhou informações valiosas sobre como o algodão continua a engajar e a influenciar diferentes gerações. O evento culminou com um diálogo esclarecedor entre Silmara e Alessandra, que exploraram o papel fundamental das instituições na construção de pontes com os novos consumidores e na promoção de uma comunicação mais clara e responsável.
Alessandra, diz que admira muito o Sou de Algodão e, por isso, faz questão de montar eventos para que o discurso chegue em pessoas que não tem muito conhecimento sobre o agro. “Estávamos falando com pessoas do nosso estado, com estudantes de graduação e que ainda assim desconhecem de coisas que para nós são muito básicas. É um projeto muito assertivo e a Abapa precisa pensá-lo ano a ano, porque investir em educação nunca é demais. E isso independe de idade, como com essas pessoas que estão aí numa área tão importante que é o jornalismo”, explica.

Sobre Sou de Algodão


É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 42% de toda a produção mundial de algodão sustentável.

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Comissão Científica do 14°CBA começa a definir datas e regras para inscrição de trabalhos

29 de Agosto de 2023

A inscrição de trabalhos científicos para o 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA) terá início em 1º de abril de 2024. A data foi definida durante a primeira reunião realizada de forma remota, no dia 25 de agosto, com a participação de integrantes da Comissão Científica (CC), representantes da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e da Comunicato.
O CBA é o maior encontro da cadeia produtiva no Brasil e deve reunir mais de 3 mil participantes, entre os dias 3 e 5 de setembro de 2024, em Fortaleza (CE). De acordo com o pesquisador Jean Belot, coordenador da Comissão Científica do 14º CBA, o objetivo da reunião foi de iniciar a definição da grade de programação das Salas Temáticas e Workshops, e das regras para apresentação dos trabalhos científicos e da premiação.
“Como nas edições anteriores, a dinâmica geral do evento será a mesma para os três dias, com plenárias na parte da manhã e salas temáticas à tarde, e a realização de workshops à tarde do último dia, fechando o evento com um show à noite”, disse.
A submissão será realizada diretamente no sistema de inscrição, no site do evento.
Ao todo, são oito áreas do conhecimento para inscrição dos trabalhos: Produção Vegetal – Fisiologia, Fitotecnia, Nutrição de Plantas e Sistemas de Produção; Agricultura Digital – Agricultura de Precisão e Inteligência Artificial; Colheita / Beneficiamento / Qualidade de fibra e do caroço; Controle de Pragas – Entomologia e Biotecnologia; Fitopatologia e Nematologia; Matologia e Destruição de Soqueira; Melhoramento Vegetal e Biotecnologia; e Socioeconomia. A divulgação dos trabalhos selecionados será no dia 31 de julho.
“A programação será discutida levando em conta a importância de alguns temas para a cadeia e a infraestrutura que ficará à disposição do 14º CBA,”, explicou Belot.
Outras novidades do evento serão a realização de palestras em espaço de arena hexagonal, com até seis hubs (espaços), a apresentação de trabalhos científicos em formato digital e possibilidade de poder assistir a palestrantes internacionais por meio da tecnologia do streaming. Para o próximo mês, o grupo de trabalho irá se focar na lista dos temas e tratar a forma de premiação.
Além do coordenador, a Comissão Científica é formada por Ana Luiza Borin (Embrapa Arroz e Feijão), Cezar Augusto Tumelero Busato (Associação Baiana dos Produtores de Algodão-Abapa), Fernando Lamas (Embrapa Agropecuária Oeste), Lucas Daltrozo (Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão- Ampa), Lucia Vivan (Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso), Odilon Reny Ribeiro Ferreira Silva (Embrapa Algodão), Rafael Galbieri (Instituto Mato-Grossense do Algodão), Thiago Gilio (Universidade Federal do MT), e Wanderley Oishi (Associação Goiana dos Produtores de Algodão - Agopa).


14º CBA


O 14º CBA é uma iniciativa da Abrapa, em parceria com as suas nove associações estaduais. Em 2024, o congresso, que acontece a cada dois anos, coincide com os 25 anos de fundação da entidade que representa os cotonicultores, e a volta a Fortaleza, onde foi realizado pela primeira vez, em 1987, agregando mais simbolismo à edição.

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Rastreabilidade agrega valor ao algodão brasileiro

Movimento 'Sou de Algodão' projeta confiabilidade e transparência em cadeia produtiva para mercado nacional e internacional e aproxima consumidor de peças sustentáveis

29 de Agosto de 2023


No ano em que a baiana Ana Paula Franciosi nasceu, a cotonicultura engatinhava na Bahia. Filha de gaúchos, foi no final dos anos 90 que a empresa da família começou o cultivo do algodão em Luís Eduardo Magalhães (LEM), no oeste do estado. Atualmente são cinco fazendas da família, quatro delas ao norte de LEM, a quinta está no estado do Piauí, onde a produção do algodão irrigado começa como mais um polo produtivo da empresa. No começo do trabalho no campo, ela não imaginava em um futuro não tão distante, o que a profissionalização e os investimentos em tecnologia na administração e na agricultura fossem proporcionar. Na safra de 2021/22, foram 112 mil toneladas de algodão nas propriedades do grupo, número que deve ser superado na safra 2022/23, na qual a colheita ultrapassa os 50%. Quem compra uma peça de roupa em uma loja varejista de uma grande rede espalhada pelo país, com o selo SouABR, consegue ter acesso a toda origem do produto e conhecer também um pouco da história das famílias produtoras da matéria prima do oeste da Bahia e do país. Franciosi conta que para fazer parte do programa, foi preciso investir e mudar a visão da empresa. “Com o selo nós conseguimos melhorar as condições de infraestrutura, equipamentos e pessoal de todas as fazendas. A profissionalização refletiu positivamente também na nossa produção”, conta Ana Paula Franciosi. Formada em administração, a jovem de 24 anos que já passou por muitos setores na empresa -agora responsável pelos investimentos- conta que considera a rastreabilidade do produto extremamente benéfica e que vai de encontro com a proposta de ser uma empresa transparente, que se preocupa com todo o processo produtivo e com o meio ambiente para reafirmar a qualidade para o mercado internacional. Um detalhe que também virou exemplo de motivação aos colaboradores. “Depois de todo um trabalho árduo, de todo o esforço, a gente conseguir encontrar uma calça que foi produzida por um algodão que veio da nossa fazenda, é muito gratificante. A gente fez questão de comprar essa calça. Colocamos em um quadro e apresentamos aos nossos colaboradores para mostrar para eles, o fim da cadeia que eles começaram. Acho que isso que dá o brilho nos olhos, né? E eles se sentem valorizados por entender a importância do trabalho deles”, relata.


Rastreável da semente ao guarda-roupa


Criado em 2016, o Sou ABR é uma iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e do Instituto Brasileiro do Algodão (Iba). Além de agregar valor, tem como objetivo, estimular, fomentar e valorizar o mercado do algodão responsável no Brasil. Os produtos devem ter no mínimo 70% algodão na composição, só é permitida 30% de outras fibras no produto. No entanto, é proibido a mistura de outros tipos de algodão como orgânico, pima, não certificado, reciclado, entre outros. Para Silmara Ferraresi, gestora do Sou de Algodão o resultado nos últimos sete anos está ligado a uma percepção e comportamento do consumidor: “O nosso objetivo sempre foi que as pessoas tivessem noção e a informação de que algodão é produzido com rastreabilidade e com sustentabilidade dentro das fazendas brasileiras. Tanto que 82% da nossa produção tem certificação socioambiental e já em 2021 a gente lançou o programa Sou ABR, em parceria com a Renner e com a Reserva”.
Ferraresi explica que com a facilidade da tecnologia, por meio de um QR Code na etiqueta, o consumidor consegue verificar quais são as fazendas de onde o algodão que está na peça veio, qual foi a fiação, a tecelagem e a malharia, por exemplo. “Hoje já são mais de 120.000 peças rastreadas e o nosso objetivo é que a gente possa expandir, levar isso a novas marcas e ter um número muito maior de peças produzidas com algodão brasileiro, com rastreabilidade e com essa marca da certificação socioambiental”, explica.


Influência sustentável


Jornalista, influenciadora e também consumidora, Maíra Brito acredita que ter um consumo mais sustentável é uma iniciativa que deve partir também das pessoas e não apenas da indústria e ou governo: “Quando eu escolho uma peça dessa por exemplo para poder usar e ter no meu guarda-roupa, e sei de que forma ela foi produzida, de onde essa matéria-prima veio, de que forma foi desenvolvida, isso também é pensar e apoiar a sustentabilidade”, conta. No entanto, mesmo com qualidade e valor agregados, para os mais de 13.500 seguidores (3.000 diários) que assistem ao conteúdo da influenciadora, a maioria de Barreiras (BA) e região, o preço de uma peça com o selo “Sou ABR”, talvez ainda seja um obstáculo para que o movimento alcance mais pessoas: “Acredito que o preço que são cobrados nas peças são de fato muito alto para o grande público, mas você consegue entender um pouco do processo. Na etiqueta tem QR Code, a gente consegue ir lá e acompanhar e ver de como aquela peça foi pensada desde o início; o quanto que ela agrega valor para famílias e meio ambiente”, afirma.


Rastreabilidade de longa data


Diferente do que o público tem acesso, o Sistema Abrapa de Identificação (SAI) funciona como um CPF da pluma e foi instalado em 2004 pela Abrapa. Através dele, pode-se rastrear o local e uma série de informações como quantidade, qualidade, certificações e práticas sustentáveis adotadas. Implementado há 19 anos, o SAI ganhou mais um capítulo no reconhecimento em qualidade no dia 22 de agosto, em Brasília. O certificado do primeiro lote de algodão chancelado pelo Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – Mapa, desenvolvido pela Abrapa, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), pelo ministro Carlos Fávaro, à indústria têxtil internacional China Corporation Limited, a Chinatex. A entrega finalizou uma semana de visitas da cúpula da estatal chinesa aos maiores produtores da fibra no Brasil, Mato Grosso e Bahia, respectivamente, bem como à sede da Abrapa, no Distrito Federal, onde conheceram o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA). Ainda de acordo com a Abrapa, a certificação oficial atesta a veracidade dos laudos de High Volume Instrument (HVI), emitidos pelos laboratórios brasileiros. Segundo a associação, isso dá ao comprador a segurança de que as amostras analisadas – e que serviram de referência para a comercialização do produto – correspondem e representam os fardos adquiridos e que a análise à qual foram submetidas respeitou os padrões internacionais. O Brasil possui 12 laboratórios que somam 74 máquinas HVI, integrantes do programa de qualidade Standard Brasil HVI (SBRHVI), da Abrapa. Para Jorge Viana, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), o movimento no mercado para práticas mais sustentáveis também tem influência de consumidores cada vez mais informados, que cobram as empresas para que se preocupem com o meio ambiente. “O consumidor está mais exigente e isso é bom. O mundo está vivendo a crise climática, e para isso ser enfrentado, nós temos que ter sustentabilidade em tudo que se faz, especialmente o agronegócio. Não tem como plantar, como criar se a gente não tiver o meio ambiente como aliado”, disse Jorge Viana. Ele ainda destaca que a iniciativa serve como exemplo para outras culturas: “É boa para o algodão ganhar o mundo, mas ela é fundamental para que o pessoal do milho, o pessoal da soja, do sorgo, do arroz, aprenderem com o pessoal do algodão, eu acho que isso vai fazer o Brasil ficar mais forte ainda no mercado internacional”, afirma.


PUBLICADO EM 28/08/2023 ÀS 16H03 POR VINICIUS RAMOS, DE BARREIRAS (BA) - ATUALIZADO EM 28/08/2023 ÀS 18H20

Acesso em: https://www.canalrural.com.br/bahia/rastreabilidade-agrega-valor-ao-algodao-brasileiro/

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Abrapa apresenta rastreabilidade do algodão em evento para professores, em Sapezal

29 de Agosto de 2023

A rastreabilidade da cadeia do algodão de ponta a ponta foi tratada durante a III Feira de Tecnologia do Agro - Algodão Sustentável, nos dias 24 e 25 de agosto, realizada no auditório da Prefeitura de Sapezal (MT), para 230 professores das escolas das redes pública e privada do município, conhecido como grande produtor de algodão na região. Palestras temáticas e visitas de campo, em algodoeiras, foram organizadas para que o público pudesse conhecer, in loco, parte da cadeia da fibra natural.
O diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Márcio Portocarrero, participou remotamente do evento, para explicar sobre a evolução da cotonicultura brasileira, o processo de industrialização da fibra natural, desde seu transporte da lavoura para a unidade de beneficiamento (UBA), controle de qualidade, rastreabilidade até os diversos destinos, de forma a ampliar o conhecimento dos professores sobre esses temas.
“Foram dois dias de participação, com grupos diferentes de professores. Abordamos como é extraída a fibra e o caroço de algodão. Foi uma palestra bem interessante, pois falamos sobre o pilar de sustentabilidade da Abrapa, como o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e o licenciamento Better Cotton Initiative (BCI), o ABR para as Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA) e o ABR para Terminais Retroportuários de Algodão (LOG)”, afirmou.
A agricultura regenerativa, a recuperação de carbono e o ESG também foram abordados na apresentação do executivo. “Falamos muito da rastreabilidade do algodão brasileiro, que acabou de ser a primeira cadeia produtiva certificada por autocontrole no Brasil, e marketing do Sou de Algodão, Sou ABR e Cotton Brazil.”
Realizado pelo movimento Agroligadas, formado por mulheres ligadas ao agronegócio, o principal objetivo da feira é informar professores a respeito do algodão sustentável e responsável, para que eles possam levar o conhecimento aos alunos e despertar o interesse pela cotonicultura, valorizando a atividade que é tão importante para a economia local e mundial.
Para a coordenadora do Núcleo Agroligadas de Sapezal, Ieda Webler Schaedler, as palestras também mostraram as transformações do agronegócio ao longo do tempo e como o emprego da tecnologia pode impactar positivamente as atividades no campo. “Atualmente, a tecnologia de ponta, que é aplicada no dia a dia das atividades relacionadas ao agro, permite que a atividade agrícola seja sustentável, de forma a proteger o meio ambiente e, se bem gerida, trazer ganhos que no passado não se imaginavam, além de contribuir fortemente no aumento da produtividade, otimizando assim recursos naturais, econômicos e também sociais”, disse.
O próximo evento do circuito do algodão será realizado no dia 27 de setembro, no município de Tapurah (MT). O tema, desta vez, será colheita e beneficiamento.

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Sou de Algodão realiza webinars para alunos de moda do Senai CETIQT e PUC Campinas

O 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores foi o principal tema debatido nos encontros e os estudantes tiveram a oportunidade de aprender mais sobre o movimento

28 de Agosto de 2023

No dia 22 de agosto, o movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores do Algodão (Abrapa), promoveu dois webinars direcionados aos alunos de moda do Senai CETIQT e da PUC Campinas, instituições do estado de São Paulo. As apresentações tiveram como objetivo explorar temas essenciais no cenário da moda e incentivar o conhecimento sobre o consumo responsável. Além disso, mais de 110 alunos foram impactados pela apresentação do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores.


A gestora de relações institucionais do Sou de Algodão, Manami Kawaguchi, foi a responsável por conduzir as apresentações. Em um primeiro momento, houve uma fala sobre o movimento, destacando o trabalho para a conscientização de uma moda mais responsável e para a escolha de algodão como matéria-prima. "Escolher a nossa fibra representa um compromisso com a sustentabilidade e a qualidade dos produtos. O algodão conecta gerações, fortalece comunidades e permite que a moda e a indústria têxtil avancem de maneira responsável. Cada peça carrega consigo essa história de dedicação”, explica.


A principal discussão foi sobre o 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores. O projeto visa atrair estudantes de graduação de todo o Brasil, buscando identificar e destacar novos talentos com potencial para enriquecer o cenário da moda. Na edição anterior, o Desafio recebeu a inscrição de mais de 400 trabalhos provenientes de todas as regiões do país, demonstrando um engajamento crescente com a temática.


O 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores é uma oportunidade para estudantes compartilharem suas criações únicas e inovadoras, alinhadas com os princípios de sustentabilidade e responsabilidade na moda. Com o objetivo de alcançar 500 inscrições nesta edição, o Desafio promete ser um catalisador de talento e uma plataforma para debates construtivos sobre o futuro da moda no Brasil.


Como se inscrever no 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores


Os interessados em participar devem realizar as inscrições no portal http://www.soudealgodao.com.br/desafio até o dia 30 de abril de 2024, podendo ser projetos individuais ou em duplas. Além disso, os trabalhos poderão ser dos segmentos de moda masculina, feminina, alta costura, prêt à porter, fitness, homewear/loungewear ou streetwear.


Sobre Sou de Algodão


É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 42% de toda a produção mundial de algodão sustentável.


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Painel do Sou de Algodão na Febratex Summit falou sobre a importância da rastreabilidade na moda

Trazendo o case mais recente, com a varejista C&A, as apresentações destacaram, ainda, o papel de cada elo da cadeia produtiva e a importância do consumidor para a transformação do setor

25 de Agosto de 2023

No dia 24 de agosto, quinta-feira, Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), realizou um painel na 2ª edição da Febratex Summit, em Blumenau, Santa Catarina. Mediado por Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa e gestora geral do movimento, o tema abordado foi o Programa SouABR, o primeiro a entregar a rastreabilidade de ponta a ponta da cadeia têxtil. Os fornecedores da C&A, com Emphasis, Grupo Busato e Vicunha, estiveram presentes e compartilharam as experiências com a adesão ao programa.


Ao começar o painel, Silmara fez questão de reforçar que a rastreabilidade só é possível por meio do esforço coletivo, com todos os elos que decidiram cooperar. “Essa iniciativa não promove apenas a sustentabilidade na moda, mas também possibilita escolhas conscientes por parte dos consumidores, alinhando-se aos compromissos do varejo”, explica.


Cyntia Kasai, líder das áreas de ESG, comunicação e de investimento social da C&A, também comentou sobre o movimento do consumidor com as marcas. “Só o cliente tem esse poder de transformar. Quando ele questiona, exige e opta por um produto que faça sentido, ele está ajudando a provocar essa transformação”.


Para completar, Gabriela Ghiselini, diretora administrativa da Emphasis, explica o real motivo da importância de promover a rastreabilidade e a transparência para o consumidor. “Temos um mercado controlado e que pensa na sustentabilidade. Mas também sabemos do nosso impacto e tentamos fazer de tudo para minimizar. Para nós é muito importante mostrar que existem histórias e famílias que são sustentadas atrás da peça”.


Entrando na parte em que se falou mais sobre a produção de algodão e como funciona o armazenamento de dados do Programa SouABR, por meio da tecnologia blockchain, Renata Guarniero, gerente de marketing da Vicunha, explicou que todo o algodão certificado ABR que recebem é direcionado para uma unidade específica da empresa. “A partir disso, todo o tecido é produzido com essa fibra e conseguimos garantir isso por meio do upload dos dados na plataforma da Abrapa”, explica.


Para finalizar, Júlio Cézar Busato, do Grupo Busato, enfatizou que toda a cadeia produtiva quando se junta em iniciativas como o Programa SouABR só traz adição para o mercado. “Nós, produtores, queremos nos aproximar e estar mais presente, gerando um ganho enorme. Não apenas para o campo, mas para toda a cadeia, inclusive para a moda brasileira”, finaliza.


Sobre Sou de Algodão
É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, com 82% da safra 20/21 com a certificação ABR.


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Plataforma Better Cotton é tema de treinamento

25 de Agosto de 2023

A utilização correta da Plataforma Better Cotton foi o tema do treinamento on-line, realizado durante a tarde do dia 23 de agosto, para 110 representantes de fazendas que são optantes pela licença Better Cotton, da safra 2022/2023, e para aqueles que ainda têm saldo de créditos BCCUs da safra 2021/2022. A plataforma é a forma de rastreabilidade da cadeia produtiva do algodão licenciado pela Better Cotton e começou a operar em 21 de agosto, para as fazendas licenciadas, nesta safra, disponibilizando os BCCUs para aceite das transferências aos compradores. Cada 1kg de pluma produzido é igual a 1 BCCU (crédito). A plataforma
“É importante fazermos esse treinamento no início da safra e aproveitarmos para atualizarmos os responsáveis das fazendas sobre os direitos, deveres e atualizações da Plataforma Better Cotton”, afirma diz Fábio Carneiro, gestor de Sustentabilidade da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), parceira estratégica da instituição no Brasil.
O acesso à plataforma permite que as fazendas comprovem o fornecimento de algodão licenciado, registrando informações sobre pedidos de algodão originados, gerenciando a documentação necessária, e registrando informações sobre vendas de algodão aos clientes.
As Diretrizes da Cadeia de Custódia Better Cotton, que estabelecem requisitos para organizações participantes da cadeia de fornecimento que compram ou vendem Better Cotton, considerando o caminho documentado percorrido pelos produtos, desde as fazendas licenciadas da Better Cotton até o ponto de venda, também foram discutidas na reunião.
As transferências dos créditos (BCCUs) foram outro ponto abordado pelos participantes durante o treinamento. Esta é a primeira vez que as fazendas trabalham com dois estoques, o deste ano e o da safra passada, permitindo que o comprador possa fazer a solicitação dos créditos (BCCUs) tanto da safra corrente (2022/2023), como da safra passada/em estoque (2021/2022). A opção da transferência da safra passada na plataforma estará disponível, apenas em 1º de setembro de 2023.
De acordo com as orientações, a fazenda deve sempre solicitar que o comprador insira o número correto da safra e da aquisição na plataforma Better Cotton. O inventário da safra 2021/2022 ficará disponível no BCP, até o dia 31 de dezembro de 2023. Outros treinamentos serão agendados, em outubro, com objetivo de atualizar os representantes de fazendas sobre os relatórios de indicadores produtivos.
Outra novidade da plataforma é o lançamento do Multi-Factor Authentication (MFA) para fortalecer a segurança. O MFA é um método de segurança de login em camadas e uma maneira eficaz de aumentar a proteção de sua conta e dados, e será obrigatório até o final de 2023.
Para aqueles que não conseguiram participar do treinamento, o material técnico pode ser solicitado para os gestores de sustentabilidade na associação estadual.


Plataforma Better Cotton


A Plataforma Better Cotton (BCP) é um sistema on-line de propriedade da Better Cotton, usada por mais de 9 mil unidades de beneficiamento, comerciantes, fiadores, fábricas de tecidos, fabricantes de roupas e produtos finais, agentes de fornecimento e varejistas para documentar eletronicamente os volumes de algodão originado como 'Better Cotton' à medida que passam pela cadeia de abastecimento.


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