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Industriais vão a campo para conhecer cotonicultura brasileira

O caminho do Brasil de segundo maior importador para segundo maior exportador de algodão pauta a Missão Compradores, que visita fazendas nesta semana em MT

31 de Julho de 2023

Eficiência, produção responsável e transparência na relação comercial são os elementos que explicam a revolução vivida pela cotonicultura brasileira nos últimos 30 anos. Para entender como o Brasil saiu do posto de segundo maior importador para segundo maior exportador global da fibra, 24 representantes da indústria têxtil de oito países visitam nos próximos dias Sapezal, Primavera do Leste e Campo Verde, no interior de Mato Grosso.


Os empresários participam da Missão Compradores, intercâmbio internacional realizado pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com a Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Neste ano, a iniciativa está em sua sétima edição e reúne industriais de oito dos maiores importadores de algodão do mundo: China, Bangladesh, Turquia, Vietnã, Paquistão, Índia, Malásia e Egito.


O objetivo é conferir, in loco, como o Brasil se mantém entre os principais players do mercado global do algodão. Afinal, para a safra 2023/23, a previsão é que sejam produzidas 3,069 milhões de toneladas (20% a mais que no ciclo anterior), das quais 2,35 milhões de toneladas são projetadas para o embarque ao exterior, com destino principalmente ao mercado asiático. Confirmados os números, o Brasil terá ampliado em 62% as exportações realizadas no ano comercial atual.


Um dos principais motivos para a mudança do status de importador para exportador é a eficiência do produtor brasileiro. A média da produtividade brasileira na safra 2022/23 é de 1.840 quilos por hectare – bem acima do desempenho de importantes países produtores, como Estados Unidos e Índia.


Essa eficiência acaba contribuindo para uma produção cada vez mais sustentável. Em 2022, a área plantada com algodão (1,6 milhão de hectares) abrangia apenas 0,2% do território brasileiro. Em 1980, eram 4,1 milhões ha – ou 0,5% da área total do País.


A explicação desses bons números vai além de quesitos técnicos ou tecnológicos. “Não é apenas sobre investir em tecnologia, aproveitar solo e clima bons. Nós temos pessoas boas, nosso produtor é focado, se profissionalizou e continua investindo para a produção ser sustentável”, pontuou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.


Mais de 80% da pluma nacional tem a certificação socioambiental do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Como o ABR opera em benchmarking com a certificação mundial Better Cotton, cada produtor certificado pelo ABR pode se licenciar também pelo Better Cotton. Com isso, o Brasil se tornou o país que mais oferta Better Cotton ao mundo.


Durante as visitas às fazendas, os participantes da Missão Compradores vão conferir in loco como é feita a conservação ambiental nas lavouras brasileiras. Conforme o Código Florestal Brasileiro, o cotonicultor deve preservar pelo menos 35% da área total de sua propriedade, podendo chegar a 80% conforme o bioma.


“Conservamos as matas ciliares dos rios e temos grandes áreas preservadas. Nas fazendas, a comitiva vai conhecer tanto o trato ambiental como o cuidado com as pessoas, das cantinas e alojamento à segurança do trabalho”, antecipou o presidente da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa), Erai Maggi Scheffer.


“A Missão Compradores é uma oportunidade única para construir um ambiente de confiança com os clientes do algodão brasileiro, porque eles podem ver a seriedade com que a produção é tratada no Brasil. Esta é a sétima edição, estamos em parceria há muitos anos com a Abrapa e a gente espera que continue no futuro”, afirmou o presidente da Anea, Miguel Faus.


 


Colheita. As fazendas visitadas pela Missão Compradores estarão em ritmo intenso de trabalho. “Estamos com a colheita em curso e será possível verificar também como fazemos o beneficiamento da pluma, já que no Brasil é muito comum que o produtor tenha também a sua própria unidade beneficiadora”, explicou o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte Monteiro.


Com uma colheita totalmente mecanizada, o Brasil elimina o risco de contaminação da pluma e aposta forte na transparência com os mercados compradores. Tanto que todo o volume exportado passa pela análise laboratorial de qualidade e mais de 80% são rastreáveis de forma online, fardo a fardo.


“Na camiseta que todos estamos usando hoje, há um QR Code impresso. Quando é escaneado, ele mostra a origem do algodão usado na confecção da peça, em que unidade foi beneficiado, seus indicadores de qualidade e informações sobre certificação socioambiental”, exemplificou o diretor da Abrapa. No domingo (30), ele apresentou à comitiva o cenário geral da cotonicultura brasileira para os importadores.


Agenda. Após a etapa em Mato Grosso, a Missão Compradores segue para a Bahia, segundo estado produtor, com 312,6 mil hectares em 2022/23. Lá, a agenda inclui visitas a fazendas, ao Centro de Análises de Fibras da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa) e a unidades de beneficiamento de algodão que participam do Programa Brasileiro de Qualidade do Algodão - que certifica a qualidade da pluma produzida no país e é desenvolvido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em parceria com a Abrapa.


Em Brasília, na sede da Abrapa, os industriais conhecerão o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA).


 

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #30/2023

28 de Julho de 2023

Destaque da Semana - Depois de subir por 8 sessões seguidas e atingir a máxima de seis meses na quinta-feira, as cotações em NY perderam força com decepcionantes números de vendas de exportação dos EUA e um dólar mais forte.


Algodão em NY - O contrato Dez/23 fechou nesta quinta 20/7 cotado a 84,38 U$c/lp (+0,1% na semana). Referências para a safra 2023/24, o contrato Jul/24 ficou em 84,16 U$c/lp (+0,3% na semana) e o Dez/24 a 79,11 U$c/lp (+0,3% na semana).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia fechou em 957 pts para embarque Out/Nov (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 27/jul/23).


Altistas 1 – Calor extremo e condições secas continuaram nas planícies do Texas nesta semana.


Altistas 2 - O petróleo Brent chegou a US$ 84 o barril pela primeira vez desde abril. Os preços mais altos do petróleo tornam o poliéster, um substituto do algodão, mais caro.


Altistas 3 -  Números de PIB dos EUA surpreendem positivamente.


Baixistas 1 – As vendas líquidas de exportação semanais dos EUA foram negativas em 18.910 fardos de 480 libras, após cancelamentos de 24.557 fardos


Baixistas 2 – Em junho, as importações de algodão pela China totalizaram 83.073 toneladas, queda de 24% em relação a maio e de 49% em relação a junho de 2022.


Baixistas 3 - O índice do dólar DXY atingiu a máxima de mais de duas semanas, tornando o algodão mais caro para importadores.


Safra EUA 1 - A colheita começou no Texas (Rio Grande Valley) esta semana, com o beneficiamento começando na primeira semana de agosto.


Safra EUA 2 - A safra no Texas, maior produtor dos EUA, está sendo afetada por ondas de calor e baixa precipitação e se espera uma deterioração nas condições das lavouras.


PIB 1 - Nesta semana, o FMI divulgou a previsão de crescimento econômico global de 3% em 2023 e 2024. O percentual supera a projeção de abril.


PIB 2 - Esse resultado conservador reflete a alta na taxa de juros em vários países, que buscam conter a inflação mundial - projetada em 6,8% para 2023 e em 5,2% para 2024.


PIB 3 - Índia e China são as nações com maior projeção de crescimento no PIB neste ano: 6,1% e 5,2%, respectivamente. A previsão é de 1,8% para os EUA e de 2,1% para o Brasil.


Juros - A taxa anual de juros nos EUA e da Europa foram elevadas de em 0,25 ponto percentual cada.  Números já eram esperados pelo mercado.


EUA - O produto interno bruto dos EUA registrou uma aceleração inesperada no segundo trimestre (+2,4%).  Apesar da inflação, o ritmo de consumo continua bom.


CHINA 1 - O governo chinês anunciou volume adicional de 750 mil tons de cotas de importação de algodão com tarifa móvel direcionada a empresas têxteis. O período de alocação dessa cota é de 24 de julho a 4 de agosto.


CHINA 2 - Entre os critérios para a alocação da cota está a capacidade real de produção e operação do requerente, já que o algodão importado sob esta cota deve ser consumido pela indústria e não pode ser revendido.


Paquistão - Enquanto os produtores ficam de olho no clima, preocupados com as chuvas, a atividade industrial também está mais lenta no Paquistão.


Bangladesh - A alta nos preços de energia, gás e mão-de-obra tem pressionado os custos de produção em Bangladesh. O resultado é a baixa demanda por fios, levando muitas fiações a operarem com 60% de sua capacidade.


Missão Compradores 1 - A comitiva com 24 empresários da indústria têxtil mundial já está no Brasil para a Missão Compradores 2023. Até 8 de agosto, o grupo irá conhecer fazendas, unidades de beneficiamento e laboratórios em MT, BA, GO e DF.


Missão Compradores 2 - Em sua 7ª edição, a missão reúne representantes da Índia, Paquistão, Malásia, Bangladesh, Turquia, China e Vietnã - que, juntos, receberam 1,24 milhão tons de pluma do Brasil no ciclo 2022/23.


Exportações - o Brasil exportou 50,6 mil tons de algodão até a terceira semana de jul/23. A média diária de embarque foi 3,6 vezes maior que em jul/22.


Colheita 2022/23 - Até o dia 28/07, foram colhidos: BA (37,2%), GO (51,1%), MA (39%); MG (30%), MS (38%); PR (100%), SP (96%), MT (22%), PI (65%) Total Brasil: 27,17% colhido.


Beneficiamento 2022/23 - Até o dia 28/07, foram beneficiados: BA (24%), GO (19%), MA (4%), MG (12%), MS (12%), PR (65%), SP (87%), MT (2%), PI (8%). Total Brasil: 7,57% beneficiado.


Confira na tabela abaixo:

Quadro-de-cotacoes-para-03-08

 

 

Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com


 

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Missão Compradores 2023 - De portas abertas para o mundo

26 de Julho de 2023

Vinte e cinco empresários da indústria têxtil mundial chegam ao Brasil para participar da Missão Compradores 2023 em julho. A partir do dia 28, a comitiva visitará os principais estados brasileiros produtores de algodão para conhecer o cotidiano das fazendas e unidades de beneficiamento de algodão e conferir, in loco, as iniciativas para garantir a qualidade da pluma nacional. A missão é realizada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), desde 2015.
A missão ocorre até 8 de agosto e é uma grande oportunidade para aproximar compradores e produtores do algodão brasileiro. “O objetivo é mostrar como produzimos algodão no Brasil de forma responsável. O profissionalismo da nossa agricultura, a tecnologia empregada e a qualidade da fibra são alguns dos pontos mais importantes que serão apresentados aos empresários”, afirma Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.
A programação começa em Mato Grosso, maior estado produtor, com 1,161 milhão de hectares cultivados na safra 2022/23. Durante o “Workshop Cotton Brazil”, que será realizado em um resort em Chapada dos Guimarães, a Abrapa apresentará dados da cotonicultura brasileira, revelando, entre outros, a expectativa de produção de 3,07 mil toneladas em 1,67 mil hectares no ciclo 2022/23.
Em seguida, os empresários visitarão fazendas nos municípios de Sapezal, Campo Verde e Primavera do Leste. Além de aspectos produtivos e socioambientais, será a oportunidade de poderem verificar como é o trabalho nas unidades de beneficiamento de algodão. Outra estrutura importante na agenda de visitação é a rede de laboratórios de análise de qualidade.
Na Bahia, segundo estado produtor, com 312,6 mil hectares em 2022/23, a agenda inclui visitas a fazendas em São Desidério e Luiz Eduardo Magalhães. Os industriais também conhecerão o Centro de Análises de Fibras da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa).
“Durante a Missão Compradores, podemos conhecer melhor a realidade de quem nos visita, assim como eles acompanham o cotidiano de quem produz. Essa troca é muito rica, porque podemos fidelizar as relações e compreender melhor as demandas e exigências dos clientes do algodão brasileiro em todo o mundo”, pondera Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa.
Ainda na Bahia, a comitiva visita unidades de beneficiamento de algodão que participam do Programa Brasileiro de Qualidade do Algodão. O programa certifica a qualidade da pluma produzida no país e é desenvolvido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em parceria com a Abrapa. Em Brasília, na sede da Abrapa, os industriais conhecerão o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA).
A Missão Compradores está em sua sétima edição. Neste ano, participam representantes da Índia, Paquistão, Malásia, Bangladesh, Turquia, China e Vietnã. Esses sete mercados estão entre os dez maiores importadores globais de algodão. Juntos, receberam 1,24 milhão de toneladas exportadas pelo Brasil, no atual período comercial (2022/23), representando 90,2% do total embarcado.
A participação do algodão brasileiro no total de importação desses países ainda pode crescer significativamente. No fechamento da temporada 2021/22, a maior participação da fibra nacional nesses mercados foi na Malásia (67%) e na China (27%). Nos demais países convidados para a missão (Índia, Paquistão, Turquia e Vietnã), a pluma brasileira representou menos de 20% do total importado.
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Tags: Agronegócio Algodão Agricultura
Fonte: Abrapa


Acesso em: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/algodao/355402-missao-compradores-2023-de-portas-abertas-para-o-mundo.html


 

 

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Grupo de embaixadores, governo federal e bancos participa da Cotton Trip, promovida pela Abrapa

25 de Julho de 2023

Para promover a produção responsável do algodão brasileiro, com foco no compartilhamento do conhecimento sobre a fibra do algodão, desde o seu plantio até chegar ao consumidor final, o movimento Sou de Algodão e a iniciativa Cotton Brazil, da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), reuniram, no dia 21 de julho, um grupo com cerca de 40 pessoas, entre embaixadores de países da Ásia e Europa, que compram a matéria-prima do Brasil, o governo federal, representado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Ministério das Relações Exteriores, Apex Brasil e Embrapa, e bancos, como Banco do Brasil, para mais uma experiência imersiva, na edição 2023 da Cotton Trip.

Realizada na Fazenda Pamplona, da SLC Agrícola, localizada em Goiás, e na sede da Abrapa, em Brasília, a Cotton Trip proporcionou aos convidados visitar uma lavoura de algodão, permitindo que eles conhecessem de perto todo processo de beneficiamento da fibra, do campo até a expedição, aprendendo mais sobre o plantio, o manejo e a colheita. Além dos processos produtivos, os convidados também conheceram os programas de sustentabilidade da Abrapa relacionados à produção da fibra, como o ABR (Algodão Brasileiro Responsável), ABR-UBA (Unidade de Beneficiamento de Algodão) e a parceria com a BCI (Better Cotton Initiative).

""Foi uma experiência muito positiva para a Abrapa. A maioria nunca tinha visto de perto uma lavoura de algodão e foi uma oportunidade de mostrarmos nossos programas de sustentabilidade e discutir as iniciativas"", afirmou Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa.

Para o diplomata e subchefe da Divisão de Promoção da Agricultura do Itamaraty, Bruno Graça Simões, o trabalho de promoção do algodão brasileiro no exterior está abrindo portas para outros setores. ""Toda essa expertise de rastreamento do fardo até a indústria é um desafio que está sendo imposto a outros setores da economia brasileira. O algodão está exercendo a liderança, o que nos enche de orgulho e nos ajuda no trabalho de defender o Brasil no exterior, para que a gente consiga convencer o mundo que somos bons em plantar coisas boas também.""

A gerente-executiva da Diretoria de Agronegócio do Banco do Brasil, Ketlin Sfai Antunes, elogiou a iniciativa da Abrapa e avaliou que a visita demonstrou a força da sustentabilidade dentro da cadeia produtiva do algodão. ""A sustentabilidade é a certeza da adoção de boas práticas e do investimento em melhorias. Contem sempre com o Banco, que tem uma parceria muito forte com vocês. Buscamos, cada vez mais, uma voz positiva para o agronegócio.""

A coordenadora regional na FAO Chile, Adriana Gregolin, ficou entusiasmada com a jornada completa, proporcionada pelo Sou de Algodão. ""É muito importante ver as pessoas de diferentes instituições presenciando esse movimento, baseado no profissionalismo, na seriedade e no compromisso. A gente percebe que não se constrói um projeto sozinho. Tem muitas mãos envolvidas. É um processo de alianças.""

Mesmo não sendo diretamente ligada à cadeia da fibra, Tatiana Reis, diretora executiva da Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa), disse que o modelo da produção sustentável do algodão brasileiro é exemplo para toda a agricultura. "Temos muito a aprender e sabemos que podemos contar com vocês como parceiros, para além do algodão, enquanto cadeia, para abrir as portas para nós. Isso é ética, compromisso com uma agricultura melhor para o Brasil." concluiu.

24.07.2023
Imprensa Abrapa
Catarina Guedes – Assessora de Imprensa
(71) 98881-8064
Monise Centurion – Jornalista Assistente
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Foto: Carlos Rudiney/Marcplus

 

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De portas abertas para o mundo

25 de Julho de 2023

Vinte e cinco empresários da indústria têxtil mundial chegam ao Brasil para participar da Missão Compradores 2023 em julho. A partir do dia 28, a comitiva visitará os principais estados brasileiros produtores de algodão para conhecer o cotidiano das fazendas e unidades de beneficiamento de algodão e conferir, in loco, as iniciativas para garantir a qualidade da pluma nacional. A missão é realizada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), desde 2015.
A missão ocorre até 8 de agosto e é uma grande oportunidade para aproximar compradores e produtores do algodão brasileiro. "O objetivo é mostrar como produzimos algodão no Brasil de forma responsável. O profissionalismo da nossa agricultura, a tecnologia empregada e a qualidade da fibra são alguns dos pontos mais importantes que serão apresentados aos empresários", afirma Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.
A programação começa em Mato Grosso, maior estado produtor, com 1,161 milhão de hectares cultivados na safra 2022/23. Durante o "Workshop Cotton Brazil", que será realizado em um resort em Chapada dos Guimarães, a Abrapa apresentará dados da cotonicultura brasileira, revelando, entre outros, a expectativa de produção de 3,07 mil toneladas em 1,67 mil hectares no ciclo 2022/23.
Em seguida, os empresários visitarão fazendas nos municípios de Sapezal, Campo Verde e Primavera do Leste. Além de aspectos produtivos e socioambientais, será a oportunidade de poderem verificar como é o trabalho nas unidades de beneficiamento de algodão. Outra estrutura importante na agenda de visitação é a rede de laboratórios de análise de qualidade.
Na Bahia, segundo estado produtor, com 312,6 mil hectares em 2022/23, a agenda inclui visitas a fazendas em São Desidério e Luiz Eduardo Magalhães. Os industriais também conhecerão o Centro de Análises de Fibras da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa).
"Durante a Missão Compradores, podemos conhecer melhor a realidade de quem nos visita, assim como eles acompanham o cotidiano de quem produz. Essa troca é muito rica, porque podemos fidelizar as relações e compreender melhor as demandas e exigências dos clientes do algodão brasileiro em todo o mundo", pondera Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa.
Ainda na Bahia, a comitiva visita unidades de beneficiamento de algodão que participam do Programa Brasileiro de Qualidade do Algodão. O programa certifica a qualidade da pluma produzida no país e é desenvolvido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em parceria com a Abrapa. Em Brasília, na sede da Abrapa, os industriais conhecerão o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA).
A Missão Compradores está em sua sétima edição. Neste ano, participam representantes da Índia, Paquistão, Malásia, Bangladesh, Turquia, China e Vietnã. Esses sete mercados estão entre os dez maiores importadores globais de algodão. Juntos, receberam 1,24 milhão de toneladas exportadas pelo Brasil, no atual período comercial (2022/23), representando 90,2% do total embarcado.
A participação do algodão brasileiro no total de importação desses países ainda pode crescer significativamente. No fechamento da temporada 2021/22, a maior participação da fibra nacional nesses mercados foi na Malásia (67%) e na China (27%). Nos demais países convidados para a missão (Índia, Paquistão, Turquia e Vietnã), a pluma brasileira representou menos de 20% do total importado.

25/07/2023
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Imprensa Abrapa/ Cotton Brazil
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Auditores agropecuários recebem treinamento para fiscalizar laboratórios de algodão

25 de Julho de 2023

Auditores agropecuários estão agora melhor equipados para fiscalizar os laboratórios de classificação de algodão no Brasil. O Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), sob a alçada da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), concluiu um treinamento especializado para oito desses auditores fiscais federais na última quarta-feira (19/07).
A capacitação visa familiarizar os auditores com o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro, uma certificação voluntária de autocontrole coordenada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). “Nosso objetivo com esse treinamento de três dias foi transmitir todos os detalhes do programa SBRHVI, desde o manual de qualidade até os pontos críticos, desde a coleta das amostras até a emissão do laudo das análises”, explica Edson Mizoguchi, gestor do programa de qualidade da Abrapa.
No momento, o Mapa supervisiona doze laboratórios que realizam análises de qualidade de fibra para os produtores de algodão. Essa iniciativa representa um grande passo para valorizar o autocontrole praticado pelos beneficiadores de algodão, todos avaliados por laboratórios já monitorados pelo programa SBRHVI.


De acordo com Cid Alexandre Rozo, auditor federal agropecuário do Mapa, é provável que 45% da produção de algodão deste ano receba certificação. “A ideia por trás da certificação é fortalecer a confiabilidade das avaliações de qualidade do algodão brasileiro. Com a certificação, a Abrapa passa a ser auditada pelo Mapa em todos os processos, dando ao Ministério a responsabilidade de aprovar a qualidade de cada fardo de algodão”, detalha Rozo.
Para além dos laboratórios, mais de 100 usinas de beneficiamento de algodão (UBA) também se inscreveram no programa. “Esperamos que o número de usinas participantes aumente progressivamente, mas já neste ano, quase metade delas estão incluídas. Isso equivale a aproximadamente 5 a 6 milhões de fardos de algodão”, Rozo acrescenta.
A confiança na qualidade do algodão brasileiro é essencial para a expansão e conquista de mercados internacionais. Rozo espera que, com a maior confiança no programa, a demanda pelo algodão brasileiro cresça. Ele antecipa ainda que a certificação brasileira seja reconhecida pela aduana chinesa, facilitando a exportação do nosso produto.
Através do SBRHVI, o foco permanece na qualidade, padronizando a classificação instrumental do algodão e digitalizando o acesso aos dados de classificação, de modo a colocar o Brasil em pé de igualdade com os maiores produtores de algodão do mundo.
O programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) foi concebido com a finalidade de assegurar a procedência dos resultados obtidos. Isso resulta, inevitavelmente, na geração de credibilidade e transparência para as análises HVI conduzidas pelos laboratórios de algodão de classificação instrumental operantes no Brasil.


Acesso em: https://economicnewsbrasil.com.br/2023/07/23/auditores-agropecuarios-recebem-treinamento-para-fiscalizar-laboratorios-de-algodao/

 

 

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Representantes das Indústrias de Curtumes conhecem programas dos pilares de rastreabilidade, sustentabilidade e promoção da Abrapa

24 de Julho de 2023

O protocolo de certificação Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e o programa de rastreabilidade da Semente ao Guarda Roupa, SouABR, foram apresentados, no dia 19 de julho, aos representantes do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), na sede da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).
O presidente da CICB, José Fernando Bello, e o assessor de Sustentabilidade e de Relações Institucionais da entidade, Ricardo Andrade, participaram do encontro para conhecer os programas de certificação da Abrapa e estudar a possibilidade de desenvolver um projeto semelhante ao da instituição dos cotonicultores, para a indústria do couro, atendendo às exigências dos seus clientes que desejam acessar a rastreabilidade do produto que consomem.
Criado para dar mais transparência ao processo de compra, venda e consumo, o programa de rastreabilidade da Abrapa tem a proposta de oferecer ao consumidor uma espécie de raio-x da peça que está sendo adquirida, comunicando todos os seus passos até chegar às mãos do consumidor. Com essa transparência, o cliente final é estimulado a fazer escolhas mais conscientes, além de demonstrar que o algodão presente naquela peça possui certificação socioambiental do programa ABR.
O setor alimentício já utiliza a rastreabilidade há algum tempo, porém o Brasil está sendo pioneiro a tratar do assunto na cadeia da moda, rastreando uma fibra natural com o programa SouABR. Após a visita, a equipe do CICB deverá se encontrar novamente com a Abrapa para discutir os próximos passos e um cronograma de trabalho de troca de experiências e lições aprendidas.


24.07.2023
Imprensa Abrapa
Catarina Guedes – Assessora de Imprensa
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Foto: Carlos Rudiney/Marcplus

 

 

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Sou de Algodão promove dia exclusivo para marcas na Cotton Trip

21 de Julho de 2023


O Sou de Algodão, uma iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), realizou, na última quinta-feira (20/07), mais uma edição da Cotton Trip, uma experiência imersiva no mundo do algodão, contando com a participação de mais de 25 marcas parceiras do movimento e da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX). O evento teve como objetivo compartilhar o conhecimento sobre a fibra, desde o seu plantio até chegar ao consumidor final, e promover a produção responsável. Os participantes tiveram a oportunidade de vivenciar um dia entre a Fazenda Pamplona, da SLC Agrícola, localizada em Goiás, e a sede da Abrapa, em Brasília.



Angela Bozzon, gerente do programa ABVTEX, diz que a parceria com o movimento já vem de bastante tempo e gerou várias experiências de muito sucesso. “Para nós, é um prazer poder proporcionar para os varejistas associados esse evento, porque eles podem conhecer todo esse processo do início da cadeia. Além disso, podem se conscientizar do quão favorável pode ser usar essa fibra em coleções”, explica.



Entre os presentes estavam algumas das principais marcas varejistas do Brasil, como Aramis, Arezzo&Co, Boardriders, Brandili, C&A, Carrefour, Grupo Lunelli, com a área de Sustentabilidade e a marca Lez a Lez, Grupo Soma, da marca Hering e Animale, Grupo SBF, responsável pela Centauro, Ikea, Pernambucanas, Rip Curl, Shoulder, Veste, com Bo.Bô, Dudalina, Individual, John Jon e Le Lis Blanc, e Yogini.



Durante o evento, os visitantes puderam conhecer mais sobre os programas de sustentabilidade relacionados à produção da fibra, como o ABR (Algodão Brasileiro Responsável), ABR-UBA (Unidade de Beneficiamento de Algodão) e BCI (Better Cotton Initiative).



Além das apresentações, os convidados tiveram a oportunidade de visitar a lavoura e a biofábrica, onde puderam aprender mais sobre o plantio, manejo e colheita do algodão. A visita à algodoeira também foi realizada, permitindo que os participantes conhecessem de perto todo o processo de beneficiamento da fibra.



Na Abrapa, os participantes conheceram o laboratório de análise de qualidade, onde também foram apresentados os diferentes tipos de algodão, contemplando as características e os diferentes usos da fibra pela indústria. Na parte final, o presidente da Abrapa, Alexandre Pedro Schenkel deu as boas vindas, contando que a fazenda é o lugar onde ele se realiza. “Vocês puderam conhecer o lugar onde trabalho diariamente e tenho paixão. Nasci e cresci nesse ambiente e hoje levo meus filhos para conhecerem meu trabalho.”



O diretor executivo da associação, Márcio Portocarrero apresentou brevemente o histórico da entidade e o esforço contínuo em prol do desenvolvimento da cadeia produtiva e a diretora de relações institucionais, Silmara Ferraresi, apresentou o movimento Sou de Algodão e o programa de rastreabilidade SouABR para todos os presentes.



Para Silmara, o evento realizado anualmente visa conscientizar e democratizar o uso do algodão responsável. ""Para nós, é muito importante receber em casa empresas que têm tamanha relevância, para conhecerem de perto nossos projetos. Temos muito orgulho em mostrar, na prática, nossos esforços para entregar à indústria uma fibra produzida com responsabilidade socioambiental e certificada pelo programa ABR, e ainda oferecer transparência, agregando valor às marcas, por meio do programa SouABR”, explica.



Stella Messias, da área de sustentabilidade Grupo Soma, diz que, como trabalha na ponta final, o varejo, existe um distanciamento da produção das matérias-primas. “Não conseguimos entender a dimensão do impacto positivo que pode ser potencializado desde o plantio. Varejistas, tecelagens, produtores de algodão, cooperativas e instituições agregadoras, como a Abrapa, fazem possível e tangível o futuro regenerativo que queremos para 2030”, explica.



Mariana Emmerich, especialista em sustentabilidade da Lunelli, também comemorou o evento e destacou sua importância: “Fico até emocionada, porque estar aqui, conhecendo um campo de algodão ainda em fase de colheita, é a realização de um sonho. Acredito que quem trabalha com a cadeia têxtil, independente do setor, sonha em poder ver isso de perto”.



O movimento Sou de Algodão está crescendo e ganhando ainda mais reconhecimento das marcas. Este ano atingiu o número de 1.300 parceiras de todos os tamanhos e segmentos do mercado da moda. Além disso, está presente nos maiores eventos de moda do país, com desfiles exclusivos no SPFW (São Paulo Fashion Week) e apoio a estilistas na Casa de Criadores.



Foto: Carlos Rudiney/Abrapa

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

21 de Julho de 2023



Destaque da Semana - Ondas de calor extremo em todo o Hemisfério Norte podem causar estragos em várias regiões produtoras.  China anuncia venda de estoques da Reserva.



Algodão em NY - O contrato Dez/23 fechou nesta quinta 20/7 cotado a 84,31 U$c/lp (+3,2% na semana). Referências para a safra 2023/24, o contrato Jul/24 83,91 U$c/lp (+2,9% na semana) e o Dez/24 a 78,90 (+1,1% na semana).



Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 925 pts para embarque Out/Nov (Middling 1-1/8"" (31-3-36), fonte Cotlook 13/jul/23).



Altistas 1 – Embora seca este ano não seja um problema, o calor extremo está comprometendo as lavouras no oeste do Texas.



Altistas 2 - A China também vem sofrendo com ondas de extremo calor. Nesta semana, províncias registraram temperaturas acima dos 50ºC.



Altistas 3 - O governo da China anunciou que deve começar os leilões da Reserva ainda este mês, o que pode abrir espaço para mais algodão importado.



Altistas 4 -  As cotações de algodão tiveram suporte vindo dos contratos de grãos, afetados pelas previsões de tempo seco no Meio-Oeste dos EUA e ataques aéreos russos a portos ucranianos, um dia depois de Putin anunciar o fim do acordo de exportação de grãos.



Altistas 5 -  Por fim, o mercado financeiro também trouxe ventos favoráveis. Em Wall Street, o índice Dow Jones Industrial Average teve 9 fechamentos consecutivos em alta, uma das mais longas sequências desde setembro de 2019.



Baixistas 1 – O Fed (Banco Central dos EUA) deve anunciar na próxima quarta (26/7) mais um aumento na taxa de juros do país.



Baixistas 2 – Entretanto, muitos analistas acreditam que este deve ser o último aumento de juros do Fed, o que pode animar os mercados (se isso ficar claro nos discursos, será altista!).



Baixistas 3 – As ações das redes de varejo de vestuário continuam extremamente pressionadas, impedindo-as de fazer grandes pedidos às indústrias.



Safra EUA -  As condições das lavouras estão piorando: a classificação de bom/excelente caiu para 45% (-3%) e a classificação de ruim a muito ruim aumentou para 28% (+3%).



China 1 - O governo chinês anunciou que iniciará leilões de estoques da Reserva Estatal. Os leilões diários estão programados para começar ainda este mês.



China 2 - Observadores do mercado esperam que o programa de vendas envolva principalmente algodão importado, que agora compõem a maior parte dos suprimentos mantidos nas Reservas.



China 3 - Os preços de algodão importado estão cada vez mais atraentes na China em comparação ao doméstico.



Índia 1 - Dados do governo indiano mostram que quase 2,5 milhões de hectares foram plantados com algodão na semana passada. A área plantada até agora é de mais de 9,5 milhões de hectares.



Índia 2 - A Índia é o segundo maior produtor de algodão do mundo, com expectativa de produzir em torno de 5,6 milhões de toneladas da fibra em 23/24 em uma área de 12,4 milhões de hectares.



Apex Brasil – O convênio entre Abrapa e ApexBrasil foi renovado e assinado pelos presidentes das instituições Alexandre Schenkel e Jorge Viana no sábado (15), na Bahia. O objetivo é promover o algodão brasileiro no mercado internacional por meio do Cotton Brazil.



Dia do Algodão – A Abrapa participou do Dia do Algodão, realizada pela Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa) no dia 15. Mais de 1,3 mil pessoas estiverem presentes no evento que teve palestras e estações temáticas.



Cotton Trip - A Abrapa realizou esta semana as Cotton Trips, eventos que mostraram a produção e beneficiamento de algodão brasileiro para jornalistas e influenciadores, representantes do Governo e das embaixadas e industriais.



Missão Compradores - A Abrapa inicia, na próxima sexta (28), a Missão Compradores 2023. Serão 25 empresários que visitarão propriedades rurais em Mato Grosso, Goiás e Bahia para conhecerem de perto a produção, beneficiamento e classificação do algodão brasileiro.



Exportações - O Brasil exportou 31,5 mil tons de algodão até a segunda semana de jul/23.



Colheita 2022/23 - Até o dia 20/07 foram colhidos:  BA (30%), GO (38,28%), MA (25,9%); MG (26%), MS (24,4%); PR (98%), SP (91%), MT (11%), PI (57%), Total Brasil: 17,03% colhido.



🇧🇷 Beneficiamento 2022/23 - Até o dia 20/07 foram beneficiados: BA (20%), GO (13%), MG (9%), MS (3%);PR (20%), SP (83%), MT (1%), PI (7%).  Total Brasil: 5,61%  beneficiado.



Preços - Consulte tabela abaixo ⬇






Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com



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Fiscais do Mapa são capacitados no Centro Brasileiro de Referência de Algodão (CBRA), da Abrapa

20 de Julho de 2023

O Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), concluiu nesta quarta-feira, dia 19 de julho, o treinamento para oito auditores fiscais federais agropecuários, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que irão atuar, nesta safra, na fiscalização dos laboratórios de classificação de algodão, que são monitorados pelo programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) e Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA).
""O objetivo é fazê-los conhecer o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – Mapa. Durante o treinamento de três dias, passamos para os técnicos do Mapa todos os detalhes do programa SBRHVI, o manual de qualidade do programa, e quais são os pontos críticos, desde a retirada das amostras até a emissão do laudo das análises com a checagem pelo Programa SBRHVI"", afirma Edson Mizoguchi, gestor do programa de qualidade da Abrapa.
O Mapa supervisiona os laboratórios de análise de qualidade de fibra que atendem aos cotonicultores. Atualmente, são 12 unidades que prestam esse serviço. Trata-se de uma iniciativa que valoriza o autocontrole executado pelos beneficiadores de algodão e avaliados pelos laboratórios de classificação de algodão, que já são monitorados pelo programa SBRHVI.
Segundo Cid Alexandre Rozo, auditor federal agropecuário do Mapa, a expectativa deste ano é de que 45% da produção seja certificada. ""O programa de certificação tem como objetivo criar e garantir a credibilidade das avaliações de qualidade do algodão brasileiro. Hoje, existe um sistema executado pela Abrapa que, a partir do momento da certificação, é auditado pelo Mapa em todos os processos. O Ministério chancela os atributos de qualidade de cada fardo, que passa a ter a garantia do governo federal, a partir do controle do processo"", explica.
Além dos laboratórios, mais de 100 usinas de beneficiamento de algodão (UBA) também se credenciaram para fazer parte do programa. ""A gente imagina que esse credenciamento seja gradual, mas para esse ano é quase metade das usinas de beneficiamento. Isso representa em torno de 5 a 6 milhões de fardos de algodão"", diz Rozo.
A expansão e a conquista de mercados internacionais dependem também da credibilidade do algodão brasileiro. A partir do momento que o mercado adquire confiança no programa, existe a expectativa de que aumente ou seja priorizada a compra do algodão de origem Brasil. O auditor fiscal afirma que existe a expectativa de reconhecimento da certificação brasileira pela aduana chinesa, ""o que, no caso, facilitaria a entrada do nosso produto"".
O programa SBRHVI tem a qualidade como foco, padronizando a classificação instrumental do algodão e informatizando o acesso aos dados de classificação, equiparando nossos processos aos dos maiores produtores mundiais de algodão.
19.07.2023
Imprensa Abrapa
Catarina Guedes – Assessora de Imprensa
(71) 98881-8064
Monise Centurion – Jornalista Assistente
(17) 99611-8019


Foto do banner: Carlos Rudiney/Abrapa




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