O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, representou o agronegócio brasileiro durante a cerimônia de lançamento do Plano Safra 2023/2024, realizada na manhã desta terça-feira (27), em Brasília, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Na ocasião, foram liberados R$ 364,22 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional de médios e grandes produtores rurais, até junho de 2024, um aumento de cerca de 27% em relação ao disponibilizado no período anterior.
"É uma grande responsabilidade representarmos o setor produtivo do Brasil. Além disso, temos a honra de poder trazer as demandas do agronegócio para serem discutidas no Palácio do Planalto. Aguardamos a queda, cada vez mais, das taxas de juros para o nosso setor, pois isso influencia muito a nossa competitividade. Tivemos, também, no anúncio do plano, o aumento de recursos condizente com que o agro precisa hoje. O setor cresce cada vez mais e precisa de aporte de crédito, que é um grande insumo para a nossa atividade", afirmou o presidente da Abrapa, que foi o primeiro a usar a tribuna durante o evento, no Palácio do Planalto.
Os recursos anunciados são destinados para o crédito rural para produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e demais. O valor representa R$ 287,16 bilhões, para Pronamp e o restante para os demais produtores. ""É o primeiro Plano Safra do nosso governo e, como os outros, de 2003 a 2015, eu não tenho medo de dizer para vocês que todos os anos a gente vai fazer planos melhores do que no ano anterior"", disse o presidente Lula.
As taxas de juros para custeio e comercialização serão de 8% ao ano, para os produtores enquadrados no Pronamp, e de 12% a.a. para os demais produtores. Já para investimentos, as taxas de juros variam entre 7% a.a. e 12,5% a.a., de acordo com o programa.
Sustentabilidade
A novidade do Plano Safra 2023/2024 é que ele incentiva o fortalecimento dos sistemas de produção ambientalmente sustentáveis, com redução das taxas de juros para recuperação de pastagens e premiação para os produtores rurais que adotam boas práticas agropecuárias. ""O cerne do Plano Safra é a sustentabilidade. É aí que vamos crescer, ganhar mais mercado e criar oportunidades"", disse o ministro Carlos Fávaro.
A redução será de 0,5 ponto percentual, na taxa de juros de custeio, para os produtores rurais que possuírem o (Cadastro Ambiental Rural) CAR analisado, em uma das seguintes condições: em Programa de Regularização Ambiental (PRA); sem passivo ambiental; ou passível de emissão de cota de reserva ambiental.
""Nós conseguimos ter eficiência na produtividade da nossa pluma, sempre com sustentabilidade, respeitando o meio ambiente e os direitos trabalhistas do nosso país. É importante salientar que o algodão brasileiro, hoje, é produzido com sustentabilidade e responsabilidade, tanto com o nosso consumidor final como com as pessoas que estão envolvidas na atividade"", destacou Schenkel. O modelo da rastreabilidade do algodão brasileiro e sua produção sustentável foi elogiada por Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, que ressaltou ainda como sendo o modelo de agricultura do futuro, durante seu discurso.
O RenovAgro é o novo nome do Programa ABC, que apoia a agricultura de baixo carbono. Como novidade deste ano, o programa amplia o apoio à recuperação de pastagens degradadas, com foco na sua conversão para a produção agrícola, com a menor taxa de juros da agricultura empresarial, de 7%. ""Essa prática vai ajudar para que tenhamos taxas de juros mais baixas, e que outras instituições tenham programas que respeitem a produção sustentável, até se tornar uma prática comum no Brasil"", afirmou o presidente da Abrapa.
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