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Abrapa e BCI realizam workshop sobre Manejo Integrado de Pragas e doenças do algodoeiro

28 de Fevereiro de 2023

No ano em que completa dez anos de parceria com a Better Cotton Initiative (BCI) no Brasil, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) sedia um workshop promovido em conjunto com a entidade suíça, sobre melhores práticas em proteção de cultivos, com ênfase no Manejo Integrado de Pragas e doenças (MIP). O evento tem como objetivo discutir estratégias para a redução do uso de defensivos químicos nas lavouras de algodão do Brasil, levando em conta as condições climáticas, que favorecem a pressão parasitária, e, sobretudo, a presença do bicudo-do-algodoeiro, que, desde 1983, tem sido a mais danosa praga da cotonicultura no país.
O evento começou no dia 28 de fevereiro e prossegue até 02 de março. A programação ocorre na sede da Abrapa, em Brasília, e, em uma etapa de campo, na fazenda Pamplona, do grupo SLC, no município de Cristalina/GO. Durante o workshop, especialistas apresentam inovações para o controle de pragas e dividem casos de sucesso, como o da Austrália, que será apresentado por Dr Paul Grundy, do portal CottonInfo. O estudo de caso de uma estratégia americana em MIP será apresentado pelo professor de entomologia da Universidade do Arizona, Dr Peter Ellsworth. O entomologista brasileiro, Dr Paulo Degrande, também participa do workshop, e vai falar sobre o MIP no Brasil.
De acordo com o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, dadas as condições naturais de clima e solo do país, que não possui invernos rigorosos ou outros fatores de quebra do ciclo de pragas e doenças, o uso dos defensivos num modelo de MIP é uma questão de sustentabilidade. “O produtor de algodão brasileiro é racional no uso destes insumos, que, inclusive, representam a maior parcela dos seus custos agrícolas. A cada dia, estamos agregando outras tecnologias ao nosso MIP, com grande destaque para os biológicos”, disse.
Ele afirma, ainda, que encontrar soluções sustentáveis para proteger as lavouras de algodão e fomentar a adoção de melhores práticas agrícolas são prioridades da Abrapa, contempladas no programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR).
“O ABR vem sendo cada vez mais reconhecido pelos mercados, Governos e sociedade, e, este ano, completa uma década de benchmark com a BCI, numa prova de alinhamento de ideais com esta que é a entidade de referência global em licenciamento de algodão produzido em bases responsáveis”, finaliza Schenkel.

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Júlio Cézar Busato é empossado 1º vice-presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA)

28 de Fevereiro de 2023

A cerimônia de posse ocorreu, na manhã desta terça-feira, 28 de fevereiro, na sede da Confederação Nacional da Agropecuária (CNA), em Brasília. Engenheiro Agrônomo e agricultor, Busato foi presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), no biênio 2021/2022, e, anteriormente, presidiu a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), dentre outras entidades de representação do agro no Brasil.
A Abrapa compõe chapa do atual presidente do instituto, Nilson Leitão. O IPA congrega representantes das cadeias produtivas do agro brasileiro, da produção à indústria. A entidade discute e elenca as pautas prioritárias para o desenvolvimento agropecuário e subsidia, com informações, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que irá defendê-las no Congresso Nacional.

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Uma década de alinhamento por um algodão mais responsável

28 de Fevereiro de 2023

Este ano, a cotonicultura brasileira celebra dez anos de uma grande conquista, o benchmark com a Better Cotton Initiative (BCI), entidade presente em 26 países e que é sinônimo de licenciamento de fibra produzida em padrões responsáveis. Somos hoje a origem de 42% de todo o algodão chancelado por esta instituição, em todo o mundo. O volume, contudo, diz muito menos sobre o que significa essa parceria com uma renomada instituição internacional do que o fato de que, no Brasil, coube a nós, Abrapa, sermos o parceiro oficial de implementação do programa da BCI, junto aos produtores. Isso foi possível graças ao nosso programa de certificação das fazendas, o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), reconhecido, primeiro por esta instituição e, cada vez mais, pelos diferentes órgãos do governo, por agentes financeiros e pelo mercado como o compromisso do cotonicultor brasileiro com a sustentabilidade.


A complexidade e seriedade do nosso programa é tal, que um produtor que tenha se habilitado a conseguir a certificação ABR, terá como certo licenciamento da BCI, se assim for a sua vontade. Isso se explica pelo fato de que o ABR é respaldado nas legislações Ambiental e Trabalhistas do Brasil, de onde derivam os 183 itens constantes no seu checklist. A BCI, por sua vez, requer 51 itens, já englobados nas exigências nacionais. Ambos os programas têm Critérios Mínimos de Produção obrigatórios, que eliminam, de saída, quem não os cumpra.
O Brasil abraçou a sustentabilidade desde que retomou a produção brasileira de algodão, em novos moldes e nova localização, na região centro-oeste. Sem isso, produzir a fibra no cerrado jamais deixaria o plano das ideias para se tornar realidade. O algodão brasileiro é um caso de sucesso porque, com estratégias sustentáveis, conseguimos reescrever a nossa própria história, deixando de ser o segundo maior importador mundial do produto para nos tornarmos o segundo maior exportador, entre todos os países produtores.
De origem desacreditada, há pouco mais de 20 anos, hoje temos o algodão que os consumidores e o mundo querem e precisam: com volume, qualidade e sustentabilidade. Elegemos a esta última como compromisso. Feito o dever de casa, juntamos outras das nossas competências, a rastreabilidade, para desenvolver um projeto inovador, o SouABR, pelo qual se pode resgatar todo o caminho sustentável que o algodão percorreu, desde a semente até o guarda-roupa. Fizemos as primeiras experiências, com extremo sucesso no Brasil, junto com as varejistas Reserva e Renner. Em breve, passos ainda mais largos serão empreendidos.
No ano em que comemoramos dez anos de benchmark com a BCI, nossa aliança fica ainda mais forte. No final de fevereiro e início de março, estaremos juntos num workshop, aqui no Brasil, debatendo melhores práticas em proteção de cultivos, com o Manejo Integrado de Pragas (MIP). Trocando experiências e olhando para o horizonte. E quando se trata de sustentabilidade, horizonte é algo ainda mais largo e está sempre mais adiante.
Por: Alexandre Pedro Schenkel

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CEO e equipe da Better Cotton Initiative (BCI) conheceram detalhes dos programas de rastreabilidade e sustentabilidade do algodão brasileiro

28 de Fevereiro de 2023

No dia 27 de fevereiro, véspera do workshop sobre Manejo Integrado de Pragas (MIP), o CEO da Better Cotton Initiative (BCI), Alan McClay, reuniu-se com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, na sede da entidade dos cotonicultores, em Brasília. McCLay e o time da BCI assistiram a apresentações sobre o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), o programa de rastreabilidade, e a iniciativa da Abrapa que uniu esses dois pilares, possibilitando, pela primeira vez no Brasil, rastrear toda a cadeia produtiva de uma peça de vestuário, desde a semente até o guarda-roupa. Chamada de SouABR, a inovação foi encampada, primeiro, pelas varejistas Reserva e Renner, e, agora está aberta às marcas interessadas e elegíveis a participar. O workshop será realizado entre os dias 28 de fevereiro e 02 de março, com presença de especialistas nacionais e internacionais.
A apresentação sobre sustentabilidade foi conduzida pelo diretor-geral da Abrapa, Marcio Portocarrero, e a diretora de Relações Institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi, falou sobre a rastreabilidade. Durante o evento, o CEO da BCI elogiou a atuação da Abrapa e não escondeu o seu entusiasmo com os passos dados pela associação, ao unir os dois pilares.
""Eu estou impressionado.  É difícil apontar uma única iniciativa, porque ouvi da Abrapa o que está acontecendo em rastreabilidade e a relação com as marcas varejistas. O trabalho da associação está abrangendo diferentes facetas da cadeia de suprimentos. É muito mais do que eu imaginava. A rastreabilidade é uma inovação tecnológica incrivelmente complexa e interessante. Isso abre oportunidades de negócios ao consumidor e ao produtor"", afirmou McCLay. Ele acrescentou que ""a rastreabilidade vai nos ajudar a contar a verdadeira história, para que consumidores e opinião pública possam entender os grandes esforços que estão sendo empreendidos na produção de algodão"", disse
Ainda segundo o CEO, uma das coisas bonitas do benchmark entre o ABR e a BCI é que se pode aprender uns com os outros. ""O mercado mudou consideravelmente, desde que firmamos a parceria, em 2013. Há dez anos, o consumidor já nos dizia que devíamos adotar práticas de agricultura mais sustentáveis. Hoje, ele nos pede detalhes específicos, no nível de produção, do ponto de vista ambiental e social. Nós nos antecipamos a isso, e a transformação está ocorrendo"", finalizou.


28.02.2023
Imprensa Abrapa
Catarina Guedes – Assessora de Imprensa
(71) 9 8881-8064


Crédito da foto: Carlos Rudiney/ Abrapa

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Plano de Fertilizantes quer reduzir dependência externa

Hoje a dependência do Brasil por insumos, como fertilizantes, defensivos e máquinas é grande

27 de Fevereiro de 2023

O Plano Nacional de Fertilizantes está mirando na redução da dependência externa por insumos agrícolas, de acordo com a Câmara Técnica de Insumos Agropecuários (CTIA), que trabalha o plano. Nesse contexto, Arlindo Moura, presidente da CTIA, ex-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e membro do Conselho Consultivo da entidade dos cotonicultores, apresentou um material pensar estratégias para minimizar a subordinação dos agricultores nacionais ao fornecimento externo de insumos.


De acordo com Arlindo Moura, as principais frentes de ataque do problema envolvem ciência e tecnologia, síntese industrial, aspectos tributários e atração de investimentos. A produção de fertilizantes no território nacional, segundo Moura, custa caro ou é inviável, pois as jazidas são profundas e, sobretudo na região da floresta amazônica. “Tirar o fertilizante aqui do Brasil sai mais caro do que importar, em função da localização e da logística. Mas há um consenso de que, precisamos, em alguma medida, produzir para ficar menos refém do importado”, considera.


Dentre essas propostas, se destaca estão o aumento da oferta de produtos e processos tecnológicos, com sustentabilidade, a capacitação de profissionais na área de fertilizantes, com apoio do CNPq, a promoção a eficiência no uso do produto, assim como aumentar, em 100%, a fixação biológica do nitrogênio no solo, com práticas agronômicas.
“Hoje a dependência do Brasil por insumos, como fertilizantes, defensivos e máquinas é grande, e difícil de ser resolvida. Por isso, falamos de 30%, em 2050. É preciso tempo e muito investimento para isso e, ainda assim, não conseguiremos ser autossuficientes”, afirma Moura. No algodão, considerando o Oeste da Bahia, que planta apenas em primeira safra, os fertilizantes representam cerca de 15% dos custos de produção. Este percentual já chegou a 20%, na safra 2012/2013.


Fonte: Agrolink

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #07/2023 24/02                

24 de Fevereiro de 2023

Destaque da Semana – Com o plantio no Brasil praticamente encerrado, a expectativa fica pela semeadura no hemisfério Norte.  Os EUA devem plantar a menor área em 7 anos.


Algodão em NY 1 – O contrato Mar/23 fechou ontem a 82,41 U$c/lp (+1,43%).


Algodão em NY 2 - Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 82,22 U$c/lp (-0,30%) e o Dez/24 a 79,03 (-0,39%) para a safra 2023/24.


Preços (23/02), o algodão brasileiro estava cotado a 96,50 U$c/lp (-125 pts) para embarque em Mar-Abr/23 (Middling 1-1/8"" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para embarque em Out-Nov/23 a referência do preço fechou em 98,75 U$c/lp (-75 pts).


Altistas 1 - Esta semana foi realizado o evento 2023 Annual Outlook Forum do USDA em Washington.  O órgão projeta um crescimento de 0,5% na produção (para 25 milhões de tons) e 4,4% no consumo (para 25,15 milhões de tons) em 23/24.


Altistas 2 – Segundo o relatório apresentado, a taxa de crescimento da demanda será acima da média porque os fundamentos econômicos são favoráveis e as disrupções causadas pela Covid-19 chegaram ao fim.


Baixistas 1 – O dólar dos EUA atingiu máxima de 7 semanas na quinta-feira com a divulgação das atas do Fed indicando que o banco deve continuar aumentando os juros.


Baixistas 2 – Segundo análise da consultoria Cotlook, as margens nas vendas de fios continuam pouco atraentes para as fiações.


EUA 1 - No evento do USDA, também foi divulgada a estimativa de plantio e produção dos EUA.  A área plantada no país em 23/24 deve ser a menor desde 2016/17: 4,4 milhões de hectares (10,9 milhões de acres)


EUA 2 - Esta projeção de área plantada nos EUA é a menor divulgada até agora.  Os números do NCC (11,4 milhões de acres) e da revista Cotton Grower (11,6 milhões) foram maiores.


EUA 3 -  No entanto, a perspectiva do USDA para a produção dos EUA em 23/24 é de 3,4 milhões de toneladas (+8%), apenas de menor área plantada.


EUA 4 - A diferença é que na última safra (22/23) o abandono de lavouras foi de 46% e a estimativa para 23/24 é de 18%.  Em 21/22, o abandono foi de apenas 8,4%.


China 1 - Há rumores no mercado que a China está construindo uma estratégia para exportar algodão de Xinjiang para países que produzem para mercados que não têm restrição com o produto.


China 2 - Isso pode significar maior apetite chinês para algodão importado, uma vez que os mercados de alto valor agregado estão cada vez mais fechados ao algodão produzido em Xinjiang.


Paquistão 1 – O presidente da Associação de Indústrias Têxteis do Paquistão informou ao governo que aproximadamente 10 milhões de trabalhadores ficarão desempregados por causa da grave crise econômica e queda nas exportações.


Paquistão 2 - Fiações no país vem sofrendo com o esgotamento das reservas cambiais, o que tem tornado excepcionalmente difícil a abertura de Cartas de Crédito para importações de algodão.


Turquia - A crise humanitária da Turquia continua grave e deve continuar impactando o setor têxtil local por vários meses.


Exportações - De acordo com dados do MDIC, o Brasil exportou 34,7 mil tons de algodão até a terceira semana fev/23. A média diária de embarque foi 69,5% inferior quando comparado com fev/22.


Semeadura 2022/23 - Até ontem (23/02): BA (99,3%); GO (88,6%); MA (100%), MG (98%), MS (100%); MT (99,9%); PI (100%); PR (100%), SP (98%). Total Brasil: 99,5% semeado.


Beneficiamento 2021/22 - Até ontem (23/02) 99,74% beneficiado, restando apenas o estado do Maranhão para finalizar o processo.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Plano Nacional de Fertilizantes mira redução da dependência externa por insumos agrícolas

23 de Fevereiro de 2023

Reduzir a dependência brasileira por fertilizantes, de 80% para 50%, até 2050, é o desafio do Plano Nacional de Fertilizantes, que vem sendo trabalhado pela Câmara Técnica de Insumos Agropecuários (CTIA), a partir de 2008, e atualizado com maior afinco, desde 2022, com o início da Guerra na Ucrânia. Na última semana, o presidente da câmara, Arlindo Moura, ex-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e membro do Conselho Consultivo da entidade dos cotonicultores, apresentou, em reunião – que teve breve participação do ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro – o material, elaborado pelo Grupo de Trabalho designado para pensar estratégias para minimizar a subordinação dos agricultores nacionais ao fornecimento externo de insumos. Sem estes produtos, o Brasil não poderia se tornar um dos maioresplayers mundiais na produção de alimentos e algodão. A CTIA é uma câmara que envolve nove ministérios e é composta por representantes das cadeias produtivas, sobretudo do setor de insumos, como importadores e distribuidores.
De acordo com Arlindo Moura, as principais frentes de ataque do problema envolvem ciência e tecnologia, síntese industrial, aspectos tributários e atração de investimentos. A produção de fertilizantes no território nacional, segundo Moura, custa caro ou é inviável, pois as jazidas são profundas e, sobretudo, na região da floresta amazônica. ""Tirar o fertilizante aqui do Brasil sai mais caro do que importar, em função da localização e da logística. Mas há um consenso de que, precisamos, em alguma medida, produzir para ficar menos refém do importado"", considera.
Dentre as saídas propostas no documento, estão o aumento da oferta de produtos e processos tecnológicos, com sustentabilidade, a capacitação de profissionais na área de fertilizantes, com apoio do CNPq, a promoção da eficiência no uso do produto, assim como aumentar, em 100%, a fixação biológica do nitrogênio no solo, com práticas agronômicas. ""Hoje a dependência do Brasil por insumos, como fertilizantes, defensivos e máquinas é grande, e difícil de ser resolvida. Por isso, falamos de 30%, em 2050. É preciso tempo e muito investimento para isso e, ainda assim, não conseguiremos ser autossuficientes"", afirma Moura. No algodão, considerando o Oeste da Bahia, que planta apenas em primeira safra, os fertilizantes representam cerca de 15% dos custos de produção. Este percentual já chegou a 20%, na safra 2012/2013.
Para a próxima safra, segundo o ex-presidente da Abrapa, os preços dos fertilizantes devem ser um pouco menores do que na safra em curso, 2022/2023, mesmo assim, acima dos preços históricos. A explicação para a redução, segundo ele, foi um ajuste do próprio mercado, além de esforços governamentais para a reposição de fornecedores, com o conflito no Leste Europeu. ""É preciso enfatizar o trabalho da ex-ministra Tereza Cristina, que foi rápida e precisa, na busca por novas ofertas. A importação foi maior do que nos anos anteriores, e houve uma sobra. O Canadá foi um país que cresceu bastante no fornecimento. Em outros países, dos quais já comprávamos, o volume foi aumentado. A própria Rússia mandou um pouco mais de fertilizantes do que vinha atendendo, substituindo Belarus e Ucrânia"", conclui.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #06/2023

17 de Fevereiro de 2023

- Destaque da Semana – Semana ruim para o algodão.  A fibra foi a commodity que mais caiu esta semana, atingindo a mínima de 6 semanas, motivada por questões macroeconômicas e também pela demanda mais tímida.


- Algodão em NY 1 – O contrato Mar/23 fechou ontem a 81,25 U$c/lp (-4,97%).


- Algodão em NY 2 - Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 82,47 U$c/lp (-3,28%) e o Dez/24 a 79,34 (-3,44%) para a safra 2023/24.


- Preços (16/02), o algodão brasileiro estava cotado a 97,75 U$c/lp (-275 pts) para embarque em Mar/Abr-23 (Middling 1-1/8"" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para embarque em Out-Nov/23 a referência do preço fechou em 99,50 U$c/lp (-300 pts).


- Baixistas 1 – A notícia de um aumento maior que o esperado no índice PPI, de preços ao produtor (de bens e serviços), divulgada esta semana fez aumentar os temores de um aperto nos juros para combater a inflação que segue assustando os EUA.


- Baixistas 2 – O foco na redução da inflação é tanto que mesmo o ótimo número de vendas no varejo divulgado esta semana (o maior aumento em quase 2 anos) é visto pelo lado negativo pelo mercado: mais aumento de juros pelo Fed podem estar sendo planejados.


- Baixistas 3 – A moeda americana está em alta de 0,85% esta semana, pressionando as commodities.


- Altistas 1 - Impactada por pragas, entre outros fatores, a produção da Zona do Franco na África deve ser de pouco mais de um milhão de toneladas, contra o recorde do ano passado de 1,37 milhão.


- Altistas 2 – No maior produtor mundial, a Índia, as projeções da safra também estão constantemente sendo reduzidas pelas entidades locais.


- Altistas 3 – As vendas de algodão para exportação dos EUA foram novamente altas. Não superaram o recorde do ano comercial da semana passada, mas foi 37% maior que ano passado.


- Safra EUA 23/24 1 - O Conselho Nacional do Algodão (NCC) dos EUA divulgou pesquisa que aponta que os produtores pretendem plantar 4,6 milhões de hectares de algodão na primavera norte-americana, queda de 17% em relação a 22/23.


-  Safra EUA 23/24 2 - A produção esperada, entretanto, é maior.  NCC estimou abandono médio em 22,6% e produtividade de 956 kg/ha, projetando uma safra nos EUA de 15,7 milhões de fardos de 480 libras, 1 milhão de fardos a mais que a atual (22/23).


-  Safra EUA 23/24 3 - A pesquisa do NCC foi realizada de meados de dezembro a meados de janeiro, em um momento que a relação de preço entre as commodities estavam em seu pior nível para o algodão em várias décadas.


- China -A Beijing Cotton Outlook divulgou sua primeira previsão de oferta e demanda para a temporada 2023/24.  A produção foi estimada em 6,15 milhões de toneladas (-6% em relação a 22/23).


- Austrália - China e Austrália dão sinais que as tensões que levaram ao boicote às importações de algodão entre outros produtos pela China pode estar chegando ao fim.  Diplomatas dos dois países devem se encontrar nos próximos dias para discutir o fim das restrições ao comércio entre os países que vigora desde 2020.


- Paquistão - O Paquistão vem sofrendo grande crise econômica. Não bastassem as enchentes do ano passado que destruíram as lavouras, as baixas reservas cambiais e a depreciação da moeda desencadeiam um aumento na inflação.


- Turquia -  Segundo a Anea, há estimativas de que os portos levarão seis meses para voltar a operar normalmente devido aos danos causados pelo terremoto deste mês.


- Qualidade - Os primeiros inspetores designados pelos laboratórios de análise de algodão foram capacitados nesta semana. Eles vão aferir todas as etapas dos processos para a certificação do Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro do MAPA em parceria com a Abrapa.


- Exportações - De acordo com dados do MDIC, o Brasil exportou 17,6 mil tons de algodão até a segunda semana fev/23. A média diária de embarque foi 74,9% inferior quando comparado com fev/22.


- Semeadura 2022/23 - Até ontem (16/02): BA (99,3%); GO (88,31%); MA (100%), MG (96%), MS (100%); MT (96%); PI (100%); PR (100%), SP (97%). Total Brasil: 96,7% semeado.


-  Beneficiamento 2021/22 - Até ontem (16/02) 99,7% beneficiado, restando apenas o estado do Maranhão para finalizar o processo.


📉📈 Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


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Inspetores de algodão em pluma recebem treinamento para a “certificação oficial”

16 de Fevereiro de 2023

Fortalecimento da confiança no Brasil, como origem, e, no algodão brasileiro, como produto; economia de tempo e recursos com burocracia e retrabalho e um mais que bem-vindo incremento no preço-base da commodity formam o tripé que alicerça a nova iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), juntamente com o governo brasileiro, na meta de fazer o país galgar o patamar de maior exportador de algodão, até 2030. O Programa de Autocontrole para a Certificação de Conformidade da Qualidade do Algodão Brasileiro, chancelado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), é baseado nos moldes do tradicional e bem-sucedido “green card” americano, que representa uma espécie de passe livre da pluma dos Estados Unidos, com o pressuposto de que a análise do produto comercializado é fidedigna e dispensa esforços em rechecagem.


Na terça-feira (14), a Abrapa capacitou os primeiros inspetores designados pelos laboratórios de análise de algodão do país, para o programa. Eles vão aferir todas as etapas dos processos, desde o recebimento da “mala”, pelo laboratório, até a emissão do resultado da análise de HVI (High Volume Instrument). O treinamento ocorreu sob a supervisão da Superintendência Federal de Agricultura do Distrito Federal, SFA/DF, e foi aprovado pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), do mesmo ministério. Novas capacitações estão previstas para inspetores de algodão em pluma, das unidades de beneficiamento, a partir de março.


O autocontrole, que é o cerne do programa, segundo o diretor-executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, vai simplificar etapas e dispensar a necessidade de rechecagem do algodão, pelos países de destino.  Neste primeiro momento, a meta da Abrapa e do governo brasileiro é validar o sistema na China, e, como consequência, cotonicultores e Mapa acreditam que os demais compradores seguirão o mesmo caminho que o gigante asiático. “Trata-se de um processo auto declaratório. Parte-se do princípio de que as informações fornecidas são fidedignas, e, em caso de inconsistência nos dados, haverá punições cabíveis”, diz Portocarrero, comparando o programa à corriqueira Declaração de Imposto de Renda. Para ele, este modelo irá dispensar uma presença mais intensiva do auditor fiscal. “Essa mudança na operação irá representar agilidade, com ganho em torno de dez dias, entre a chegada do algodão ao porto e deste à indústria. Isso faz toda a diferença para quem compra e para quem vende”, conclui o diretor, que abriu os trabalhos durante a manhã, no treinamento.


Da sede da Abrapa, em Brasília, os inspetores partiram para a fazenda Pamplona, do Grupo SLC Agrícola, no município de Cristalina/GO, para entender em detalhes o processo, na Usina de Beneficiamento de Algodão (UBA), da propriedade rural. Para o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, pensar numa certificação oficial que ateste a conformidade na análise de algodão só é possível porque o Brasil fez o “dever de casa”, desenvolvendo e consolidando programas estruturantes na rastreabilidade e na qualidade dos laudos de análise.


“Nosso Sistema Abrapa de Identificação (SAI) começou em 2004. A entidade era então recém-criada e já tínhamos em mente a importância da rastreabilidade fardo a fardo da nossa pluma. Em 2011, começamos a desenhar o programa SBRHVI, que foi lançado para o mundo em 2016, mostrando que os laudos dos nossos laboratórios são confiáveis, padronizando a análise de fibra por instrumentos, no Brasil, e harmonizando os resultados aferidos”, diz Schenkel, referindo-se ao programa Standard Brasil HVI. Ele acredita que a certificação oficial será um grande passo para o algodão brasileiro, com resultados para todas as partes envolvidas nas transações comerciais com a commodity nacional.


Segundo Cid Alexandre Rozo, auditor federal agropecuário do Mapa, que juntamente com a também auditora federal, Tatiana Brito, conduziu o treinamento nos tópicos relativos aos processos no âmbito do ministério, o conteúdo foi dividido em conceito e prática. “A capacitação foi importante para uniformizar as informações, assim como para facilitar o entendimento, pelos inspetores, sobre seu papel, responsabilidade e o que se espera da atuação deles na certificação. Há uma série de procedimentos que precisam ser cumpridos, que precisam ser conhecidos e entendidos como chaves para a confiabilidade”, disse.

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Inspetores de algodão em pluma recebem treinamento para a “certificação oficial”

15 de Fevereiro de 2023

Fortalecimento da confiança no Brasil, como origem, e, no algodão brasileiro, como produto; economia de tempo e recursos com burocracia e retrabalho e um mais que bem-vindo incremento no preço-base da commodity formam o tripé que alicerça a nova iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), juntamente com o governo brasileiro, na meta de fazer o país galgar o patamar de maior exportador de algodão, até 2030. O Programa de Autocontrole para a Certificação de Conformidade da Qualidade do Algodão Brasileiro, chancelado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), é baseado nos moldes do tradicional e bem-sucedido ""green card"" americano, que representa uma espécie de passe livre da pluma dos Estados Unidos, com o pressuposto de que a análise do produto comercializado é fidedigna e dispensa esforços em rechecagem.


Na terça-feira (14), a Abrapa capacitou os primeiros inspetores designados pelos laboratórios de análise de algodão do país, para o programa. Eles vão aferir todas as etapas dos processos, desde o recebimento da ""mala"", pelo laboratório, até a emissão do resultado da análise de HVI (High Volume Instrument). O treinamento ocorreu sob a supervisão da Superintendência Federal de Agricultura do Distrito Federal, SFA/DF, e foi aprovado pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), do mesmo ministério. Novas capacitações estão previstas para inspetores de algodão em pluma, das unidades de beneficiamento, a partir de março.

O autocontrole, que é o cerne do programa, segundo o diretor-executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, vai simplificar etapas e dispensar a necessidade de rechecagem do algodão, pelos países de destino.  Neste primeiro momento, a meta da Abrapa e do governo brasileiro é validar o sistema na China, e, como consequência, cotonicultores e Mapa acreditam que os demais compradores seguirão o mesmo caminho que o gigante asiático. ""Trata-se de um processo auto declaratório. Parte-se do princípio de que as informações fornecidas são fidedignas, e, em caso de inconsistência nos dados, haverá punições cabíveis"", diz Portocarrero, comparando o programa à corriqueira Declaração de Imposto de Renda. Para ele, este modelo irá dispensar uma presença mais intensiva do auditor fiscal. ""Essa mudança na operação irá representar agilidade, com ganho em torno de dez dias, entre a chegada do algodão ao porto e deste à indústria. Isso faz toda a diferença para quem compra e para quem vende"", conclui o diretor, que abriu os trabalhos durante a manhã, no treinamento.

Da sede da Abrapa, em Brasília, os inspetores partiram para a fazenda Pamplona, do Grupo SLC Agrícola, no município de Cristalina/GO, para entender em detalhes o processo, na Usina de Beneficiamento de Algodão (UBA), da propriedade rural. Para o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, pensar numa certificação oficial que ateste a conformidade na análise de algodão só é possível porque o Brasil fez o ""dever de casa"", desenvolvendo e consolidando programas estruturantes na rastreabilidade e na qualidade dos laudos de análise.

""Nosso Sistema Abrapa de Identificação (SAI) começou em 2004. A entidade era então recém-criada e já tínhamos em mente a importância da rastreabilidade fardo a fardo da nossa pluma. Em 2011, começamos a desenhar o programa SBRHVI, que foi lançado para o mundo em 2016, mostrando que os laudos dos nossos laboratórios são confiáveis, padronizando a análise de fibra por instrumentos, no Brasil, e harmonizando os resultados aferidos"", diz Schenkel, referindo-se ao programa Standard Brasil HVI. Ele acredita que a certificação oficial será um grande passo para o algodão brasileiro, com resultados para todas as partes envolvidas nas transações comerciais com a commodity nacional.

Segundo Cid Alexandre Rozo, auditor federal agropecuário do Mapa, que juntamente com a também auditora federal, Tatiana Brito, conduziu o treinamento nos tópicos relativos aos processos no âmbito do ministério, o conteúdo foi dividido em conceito e prática. ""A capacitação foi importante para uniformizar as informações, assim como para facilitar o entendimento, pelos inspetores, sobre seu papel, responsabilidade e o que se espera da atuação deles, na certificação. Há uma série de procedimentos que precisam ser cumpridos, que precisam ser conhecidos e entendidos como chaves para a confiabilidade"", disse.

14.02.2023
Imprensa Abrapa
Catarina Guedes – Assessora de Imprensa
(71) 98881-8064

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