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Abrapa realiza treinamento sobre cálculo da incerteza de medição de análise de algodão por instrumento

A capacitação integrou o terceiro pilar do programa SBRHVI – Orientação técnica aos laboratórios e foi ministrado pelo instrutor Cesar Leopoldo de Souza

29 de Novembro de 2022

Entre os dias 22 e 25 de novembro, 29 profissionais participaram do último treinamento realizado em 2022 para a implantação de um sistema de gestão de qualidade com foco na ISO17025 para atestar a competência técnica de um laboratório. A capacitação se realizou de maneira presencial, na sede da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em Brasília, e de modo virtual.


Os participantes obtiveram informações em detalhes necessárias para o cálculo da incerteza de medição das análises do algodão. O grupo integra representantes de laboratórios vinculados ao Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI). Para Edson Mizoguchi, gestor do Programa de Qualidade da Abrapa, o curso teve como objetivo principal reforçar o aprimoramento técnico e a padronização dos itens essenciais para o cálculo de incerteza de medição. Segundo ele, para se chegar no resultado da incerteza é preciso ter conhecimento de estatística e experiência nas análises HVI. "Não há como realizar o cálculo sem isso. Finalizamos o treinamento com as seis principais características mapeadas (micronaire, comprimento, resistência, uniformidade, grau de reflexão e grau de amarelamento) e realizado o cálculo completo do micronaire. Com o desenvolvimento de ações como esta, o setor trabalha para aumentar a confiabilidade dos resultados apresentados pelos laboratórios brasileiros", disse. O treinamento integrou o terceiro pilar do programa SBRHVI – Orientação técnica aos laboratórios e foi ministrado pelo instrutor Cesar Leopoldo de Souza.



Objetivos do treinamento:




  • Calcular a incerteza de medição nas características micronaire, resistência, comprimento UHML, índice de uniformidade, grau de reflexão e grau de amarelamento com base no estudo de caso do Centro Brasileiro de Análise de Referência de Algodão (CBRA);

  • Analisar criticamente os dados obtidos;

  • Padronizar a metodologia do cálculo de incerteza.

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Brasil se prepara para ser o maior exportador global de algodão

29 de Novembro de 2022

Brasil é o único grande produtor de algodão do mundo que pode dobrar as exportações de forma sustentável, com aumento da produtividade e da rastreabilidade total da fibra. Produtores trabalham por lavouras com alta tecnologia em todo o ciclo produtivo.


"Quando minha família começou a plantar algodão, há 38 anos, ele era uma culturazinha", diz o agricultor Walter Horita, 59 anos, à frente do Grupo Horita, um dos mais tradicionais produtores do oeste da Bahia. Hoje, a realidade é outra: nos próximos meses, o grupo vai começar o plantio da safra 2022/23 em uma área de 40 mil hectares destinada à fibra.


O grupo cultiva 112 mil hectares de lavouras, entre primeira e segunda safras, incluindo 60 mil hectares de soja e 12 mil hectares de milho. O crescimento do negócio de algodão dos Horita é um retrato do que aconteceu no resto do país. Em uma década, a partir dos anos 2000, acotonicultura passou de produção familiar para a empresarial.


O Brasil, que se tornou o segundo maior exportador mundial, quer ir além e ser o número um no mundo. "Isso vai acontecer – e a Ásia é o grande mercado", afirma Horita. A estimativa de consultores é que a posição de liderança vai se consolidar em dez anos, com potencial de 4 milhões de toneladas exportadas.


Em 2021, o país exportou 2,1 milhões de toneladas de algodão e têxteis de algodão – que representa uma pequena parte – por US$ 3,7 bilhões, de acordo com o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), organizado pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária).


A marca de 2 milhões de toneladas foi alcançada em 2020; a de 1 milhão, em 2012, volume que se firmou de fato somente a partir de 2018. Neste ano, os dados até julho mostram 909,6 mil toneladas embarcadas por US$ 2 bilhões. "Lá atrás, a gente exportava algodão durante seis meses, hoje exportamos o ano todo. Isso fez a diferença para os compradores. Além do crescimento da produção, a certeza da oferta abriu mercado", diz Horita.


Escala e volume revolucionaram o cenário da fibra no Brasil e dão fôlego para novos voos. Em meados de agosto, um público de 2.500 pessoas estava pouco interessado na bela paisagem da praia da Boca do Rio, endereço do centro de convenções de Salvador (BA), onde aconteceu o 13o Congresso Brasileiro do Algodão, evento promovido pela Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão).


Uma legião de agrônomos, técnicos, acadêmicos, consultores e grandes produtores compareceram, entre eles o Grupo Horita e a SLC Agrícola, que pertence à família gaúcha Logemann e que atualmente é considerado o maior produtor de algodão do Brasil. Não por acaso, onde o CEO da companhia, o engenheiro agrônomo Aurélio Pavinato, parava, uma roda de curiosos se formava para escutá-lo.


"O sucesso nos anos 1960 era tirar o Brasil de país importador para país produtor. Agora, o que queremos para daqui a 30 ou 40 anos?", pergunta Pavinato.


Na safra encerrada, a SLC cultivou 177 mil hectares de algodão, entre primeiro e segundo ciclo de plantio. A área total cultivada foi de 672 mil hectares, incluindo soja e milho. Com uma generosa contribuição do algodão, em 2021 a receita líquida da empresa foi de R$ 4,6 bilhões, valor 24,5% acima de 2020.



ROTA DO ALGODÃO


O professor do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) Marcos Jank, coordenador do centro Insper Agro Global, diz que é preciso olhar quais são os desafios da cadeia, tomando como realidade uma demanda firme por algodão não somente da China, o atual maior comprador da fibra brasileira e maior fabricante de têxteis do mundo, mas de todo o sudeste asiático, principalmente a demanda de países como a Tailândia, o Vietnã e a Indonésia, com fortíssimas indústrias têxteis. E também olhar para o sul asiático, recomenda Jank, onde está a Índia, que de fato tem a segunda maior indústria têxtil do mundo, atrás apenas da China.


"Hoje, mais de 70% da produção brasileira de algodão é exportada, e mais de 95% vai para a Ásia", afirma Jank. "Mas você não pode ser um gigante do algodão se não estiver fisicamente presente, junto com o seu cliente."


O professor, que trabalhou na Ásia entre 2015 e 2019, e que estuda geopolítica há mais de duas décadas, foi um dos influenciadores para que a Abrapa abrisse um escritório permanente em Singapura, em 2020, quando a associação de produtores também iniciou o projeto Cotton Brazil, destinado à promoção da fibra, juntamente com a Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores.


Essa proximidade com os compradores asiáticos foi reforçada com uma agenda de missões da Abrapa, que já vinham desde 2015. "O trabalho é de formiguinha, mas começamos", diz Júlio Busato, atual presidente da entidade. Neste ano, já aconteceram duas missões de produtores brasileiros, uma que incluiu Indonésia, Bangladesh e Tailândia, e outra para o Paquistão e a Turquia.


"Visitamos empresas, mostrando a elas que o produtor brasileiro sabe produzir e preservar", afirma. No início de agosto, foi a vez de o Brasil receber a mais recente missão de compradores. Estiveram no país 21 empresários de cinco países asiáticos – Turquia, Vietnã, Paquistão, Coreia do Sul e Bangladesh –, mais o México.


O grupo de países responde por 60% das importações globais de algodão. "O bloco dos asiáticos compra 900 mil toneladas de fibra por ano, metade do que vamos exportar nesta safra, que deve ficar um pouquinho abaixo da anterior por causa da seca. Mas que recuperaremos em 2022/23", diz Busato.


O mercado exportador global é da ordem de 10 milhões de toneladas de pluma de algodão, com os Estados Unidos donos de 3 milhões de toneladas das vendas no mundo, seguidos por Brasil, Índia, Austrália e Benin. As exportações globais movimentam cerca de US$ 12 bilhões, por ano.


Atualmente, o mundo produz entre 26 e 27 milhões de toneladas de fibra de algodão, por safra. A boa notícia para os cotonicultores brasileiros é que dos maiores países produtores, entre eles Índia, China, EUA e Paquistão, o Brasil é o que tem as melhores condições para aumentar a produção doméstica. Walter Horita diz que esse movimento é apenas uma questão de mercado.


"O algodão é uma cultura de médias e grandes propriedades, por causa da estrutura de capital necessária e das exigências da produção, em termos de tratos culturais, gestão e comercialização", afirma. "Com esses três atributos, podemos ocupar qualquer espaço de demanda no mundo. Para dobrar as exportações, basta o mundo demandar."


Horita dá como exemplo a produtividade dos norte-americanos, muito abaixo da brasileira. Segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), ela foi de 950 quilos por hectare nas últimas três safras.


No Brasil, para o mesmo período, a produtividade foi de 1.721 quilos por hectare, com base nos dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). No mundo, ela foi de 769 quilos por hectare. Pavinato, da SLC, viu as lavouras do grupo registrarem uma produtividade de 1.739 quilos por hectare nesse período, com uma das fazendas mais produtivas do grupo batendo em 1.989 quilos.


Ele afirma que as tecnologias devem ajudar o produtor cada vez mais, e que a sustentabilidade vai ser uma moeda. "Vamos melhorar muito nossa mecanização e a automação das lavouras", diz ele. "Nós já produzimos muito bem, mas ainda tem espaços (para crescer)."


Nessa seara do crescimento há um frisson no setor. Isso porque, em ganhos de produtividade, o Brasil libera no mundo, com taxas acima de 3%, enquanto a China e a Índia estão em uma faixa de 2% ao ano e os EUA com menos de 1% ao ano. "O agro é um investimento seguro no Brasil", diz Jank. "Ao crescimento do uso de tecnologias e de inovações dos grandes produtores de algodão, deve ser adicionado o crescimento da área cultivada, principalmente em áreas de pastagens que hoje se encontram degradadas e devem ir para a agricultura."


Para Jank, essa recuperação de áreas soa como música aos ouvidos do mundo, porque mostra um país voltado para a preservação ao poupar áreas nativas. "Temos 75 milhões de hectares agrícolas no país e 160 milhões de hectares de pastos. Possivelmente, dos 50 milhões de hectares de pastos hoje degradados, 20 milhões virão para a agricultura – e o algodão deve fazer parte desse avanço", diz afirma. "Estados Unidos e Austrália, nossos maiores concorrentes em termos de preço e percepção de qualidade de fibra, jamais conseguirão fazer o mesmo" (Forbes)



Leia mais: Brasil se prepara para ser o maior exportador global de algodão – Portal Campo e Negócios (campoenegocios.com.br)


Mídia: Campo & Negócios – 28/11/2022

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Cotton Brazil continua promovendo parcerias estratégicas na Ásia com foco em qualidade e sustentabilidade

​A Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) realizou eventos do Cotton Brazil Outlook, no Vietnã: em Hanói, no dia 22 de novembro e em Ho Chi Minh City, no dia 25.

28 de Novembro de 2022

Vietnã - Cotton Brazil, programa internacional de desenvolvimento de mercado para algodão brasileiro promovido pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com Anea e ApexBrasil, realizou edições do Cotton Brazil Outlook, em Hanói, Vietnã, no dia 22 de novembro e em Ho Chi Minh City, no dia 25. Os eventos fazem parte da Missão comercial no país, formada por uma delegação de cotonicultores brasileiros,  que realizou visitas e reuniões com indústrias têxteis e organizações setoriais vietnamitas. A agenda dos eventos concentrou-se na promoção do algodão brasileiro exportado como sendo confiável, sustentável, rastreável e de alta qualidade.


A indústria global de algodão está enfrentando escassez de oferta, com o mercado asiático sendo impactado em todos os níveis, desde produtores até comerciantes. Países asiáticos como o Vietnã exigem algodão importado para suprir a indústria têxtil local. Esse aumento na demanda por algodão importado de alta qualidade abriu caminho para a ascensão do Brasil como um importante player na indústria da pluma; sendo o quarto maior produtor da fibra e o segundo maior exportador, globalmente.


Nos últimos 4 anos, o Brasil mais que dobrou sua produção de algodão com 1,3 milhão de toneladas na safra 2015/2016 aumentando para aproximadamente 3 milhões de toneladas na safra 2019/2020. Isso foi alcançado principalmente por meio do aproveitamento da tecnologia agrícola de ponta e da adoção da prática agrícola sem irrigação, presente em mais de 90% das fazendas brasileiras de algodão. Na safra 2021/2022, a potência agrícola forneceu 275 mil toneladas ao Vietnã.


O Vietnã é o 2º maior importador de algodão brasileiro e o 3º maior importador de pluma, globalmente. A indústria têxtil do Vietnã representa quase 13% das exportações totais brasileiras e está avaliada em US$ 38,9 bilhões. O algodão brasileiro detém, hoje, uma participação de 19%, neste mercado. Prevê-se que essa participação aumente, com o compromisso do Brasil em entender as necessidades e preocupações do mercado vietnamita.


A oferta brasileira de algodão deve voltar a crescer este ano, com a Abrapa estimando que a área cultivada será superior a 1,6 milhão de hectares – um aumento de 15% - em relação ao ano anterior. Com o aumento da área plantada, a Abrapa prevê um crescimento de 20%, na safra 2022/2023, com uma produção de quase 2,5 milhões de toneladas, marcando a segunda melhor safra do algodão brasileiro da história. O Brasil embarcou 1,519 milhão de toneladas no período de agosto de 2021 a abril de 2022, gerando uma receita de US$ 2,827 bilhões de dólares. O país projeta embarques totais de 1,8 milhão de toneladas para o próximo ciclo, com previsão de 2,2 milhões de toneladas para o período de 2023 a 2024.


O alto volume de algodão produzido e exportado pelo país é consistentemente de alto padrão, ao mesmo tempo em que é sustentável. O algodão brasileiro é certificado pelo programa ABR (Algodão Brasileiro Responsável) e licenciado pela Better Cotton Initiative (BCI), um grupo sem fins lucrativos que promove práticas agrícolas sustentáveis para a  produção de algodão, globalmente. Para promover o controle de qualidade em toda a cadeia de abastecimento da indústria, o algodão brasileiro também é monitorado pelo programa de controle de qualidade do algodão da Abrapa, chamado Standard Brasil HVI (SBRHVI), que realiza testes de laboratórios de classificação de algodão parceiros em todo o país e possui uma taxa de confiabilidade de teste de 97%. Além disso, a Abrapa também desenvolveu um sistema de identificação de fardos de algodão (SAI) em que a tecnologia QR code é colocada nas etiquetas dos fardos para fornecer acesso rápido aos dados de qualidade, origem, classificação HVI e certificações socioambientais; garantindo a rastreabilidade dos fardos de algodão.


Lançada no final de 2020, a missão global de Cotton Brazil é promover o comércio de algodão do Brasil para os mercados internacionais e oferecer à indústria têxtil global uma produção e fornecimento de algodão confiável e de alta qualidade. Cotton Brazil busca fortalecer os programas de sustentabilidade, qualidade e rastreabilidade e atender às mudanças nas demandas dos consumidores B2B internacionais.


Durante o evento, quatro pilares principais foram explorados:


• Qualidade e Produção –reforçou a confiabilidade do programa de controle de qualidade do algodão brasileiro e quais são os principais indicadores de HVI, da safra atual.


• Sustentabilidade – destacou o programa de certificação ABR (Algodão Brasileiro Responsável) e seu compromisso em garantir que a cotonicultura realiza uma produção socialmente responsável e ambientalmente sustentável.


• Rastreabilidade – evidenciou a transparência, confiabilidade e funcionalidades da plataforma de rastreabilidade


• Exportações –explorou os principais desafios da oferta global e alternativas para atender a demanda de produção e abastecimento.


"Acreditamos na utilização da mais recente tecnologia disponível na agricultura reduzir os efeitos ambientais nocivos. Ao nos concentrarmos em nossos quatro pilares principais, podemos criar uma indústria de algodão sustentável, sem comprometer a qualidade e a demanda. Com esses eventos, esperamos fortalecer nosso relacionamento com nossos principais parceiros no Vietnã, mostrando nosso compromisso em entender os desafios de seu mercado e como podemos superá-los para criar um futuro sustentável juntos" destacou Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa.


No futuro, o programa visa aumentar ainda mais a participação do Brasil nos principais mercados compradores de algodão, com planos em andamento para aumentar a capacidade de produção para atender às crescentes demandas do mercado asiático. Por meio de suas atuais e futuras parcerias estratégicas e ativações de eventos, o programa continuará a conscientizar o mercado sobre a qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade do algodão brasileiro.



Sobre Cotton Brazil


Cotton Brazil é uma iniciativa liderada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA) com o apoio da APEX (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e da ANEA (Associação Nacional dos Exportadores de Algodão) com o objetivo de promover o algodão brasileiro no mercado internacional.


https://cottonbrazil.com/

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Pesquisadores da Rede Bicudo Brasil se reúnem para discutir a metodologia dos ensaios para a safra 2022/23

​Encontro se realizou na sexta-feira, 25, virtualmente

28 de Novembro de 2022

Com o objetivo de avaliar a eficácia dos pesticidas usados pelo produtor para controle do bicudo-do-algodoeiro em diferentes regiões brasileiras, pesquisadores, técnicos, instituições e representantes da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participaram de encontro virtual, na sexta-feira (25). Na oportunidade, o grupo debateu sobre os alteração de produtos e padronização da coleta dos dados dos ensaios. Os testes de campo estão previstos para a safra 22\23 e auxiliam na tomada de decisão do produtor para o manejo da principal praga do algodoeiro no campo.


Antes do início da nova safra, o grupo aproveitou para aprimorar a metodologia a ser aplicada nos ensaios de campo. Foram discutidas questões referentes, por exemplo, ao número de aplicações nas lavouras e o espaçamento da pulverização (realizar cinco pulverizações sequenciais, no mínimo, espaçadas de cinco dias (±um dia) uma da outra (não exceder o intervalo); a época da aplicação, como a necessidade de a primeira aplicação na cultura estar com 2% a 3% de botões florais atacados pelo bicudo-do-algodoeiro (é importante considerar a alimentação, oviposição, mais a presença do adulto), determinando o início do ensaio. Os inseticidas deverão ser aplicados com equipamento de pressão constante, dotado de barra de pulverização com pontas de pulverização do tipo cone vazio. Obedecer a uma faixa de diluição de 65-80 litros de calda por hectare (Alto Volume) ou 8 a 10 litros de calda por hectare (Baixo Volume Oleoso). Todos os tratamentos e respectivas repetições devem ser aplicados no mesmo "momento" e as caldas não podem "repousar" por mais de duas horas. Coleta de botões caídos – medida facultativa.


Os pesquisadores também destacaram a necessidade de se observar os intervalos: ao menos cinco pulverizações sequenciais espaçadas de cinco dias uma da outra (sem exceder o intervalo). É importante ainda realizar avaliações nas plantas, a cada três e cinco dias, iniciando-as após a segunda pulverização (três e cinco dias após a segunda aplicação), contabilizando-se o número de botões danificados pela praga. Paralelamente, durante a condução de todo o experimento, é importante fazer coleta periódica de todos os botões florais e maçãs novas caídos das plantas, nas quatro entrelinhas centrais da parcela, sendo divididos em sadios e atacados, permitindo o cálculo da porcentagem de estruturas caídas atacadas. Este método de avaliações serve de auxílio para interpretar as eficiências dos inseticidas, obtidas pelas avaliações na planta. Além disto, como há a coleta periódica das estruturas caídas em trinta por cento da área do experimento, o método contribui para se trabalhar com menores infestações da praga em toda a área experimental, já que uma parte dos botões caídos e maçãs novas caídos e atacados da área são retirados e eliminados, após a avaliações. Além disso, os botões atacados caídos sobre o solo podem ajudar a obter insetos adultos para biotestes, no laboratório.


 

Produção: não há necessidade de se avaliar os dados de produção por se tratar de uma praga capaz de provocar grandes danos ao algodoeiro, fatos amplamente referidos na literatura. Bem como, trata-se de um ensaio de curta duração, cujo objetivo é avaliar o efeito dos inseticidas no controle do inseto.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

​ALGODÃO PELO MUNDO #47/2022

25 de Novembro de 2022

-  Destaque da Semana – Semana curta devido ao feriado nos EUA.  Missão Vendedores, do Cotton Brazil, está no Vietnã esta semana.



- Algodão em NY 1 – O contrato Mar/23 fechou cotado a 82,90 U$c/lp (-2,80%) em 23/nov.



- Algodão em NY 2 - Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 77,93 U$c/lp (-1,57%) e o Dez/24 a 75,93 (-1,26%) para a safra 2023/24.



- Preços (23/11), o algodão brasileiro estava cotado a 102,25 U$c/lp (-450 pts) para embarque em Dez22/Jan23 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para embarque em Out-Nov/23 a referência do preço fechou em 96,75 U$c/lp (-175 pts).



- Altistas 1 – Considerando a relação de preços entre as commodities, estudo da Olam Agri mostra que a área de algodão dos EUA em 2023/24 pode ser uma das menores em várias décadas.



- Baixistas 1  A demanda continua preocupante. Relatos e evidências são cada vez mais frequentes da ausência de pedidos em vários elos da cadeia e consequente redução do consumo de algodão.



- Vietnã 1 - Nesta sexta-feira, um evento para 70 clientes e agentes de algodão na maior cidade do Vietnã, Ho Chi Minh City, encerra a Missão Vendedores, do Cotton Brazil, no país asiático.



- Vietnã 2 - O Vietnã é uma potência industrial emergente, segundo maior exportador global de têxteis (US$ 39 bi em exportações), somente atrás da China. Também é o terceiro maior importador global de algodão, com um volume anual próximo de 1,5 milhão de toneladas.



- Vietnã 3 - O país também é o mercado importador de algodão que mais cresce no mundo, com crescimento anual médio de importação de algodão de 11,5% nos últimos 10 anos.



- Vietnã 4 - Este crescimento se deve à abertura do país ao investimento estrangeiro que se iniciou no final dos anos 1980 e hoje representa a maioria do investimento industrial no país.



- Vietnã 5 - A participação estatal no setor, que era 100% no início da industrialização do país, vem diminuindo a cada ano.



- Vietnã 6 - A estatal Vinatex, que tem participação acionária em mais de 120 empresas em todos os elos da cadeia têxtil, fatura US$ 4 bi e representa em torno de 10% da capacidade de fiação instalada no país.



- Vietnã 7 - De acordo com estatísticas do país, hoje em torno de 60% das fiações são de capital estrangeiro no país (maioria chinesa e coreana), que segue agressivo na atração de novas indústrias.



- Vietnã 8 - De acordo com a principal entidade do setor (VITAS), existem mais de 16 mil empresas na área têxtil no país, que geram em torno de 3 milhões de empregos.



- Vietnã 9 - O setor incentiva os acordos de livre comércio (já há 15 assinados) e tem esperança de assinar um com o Mercosul em breve.



- Vietnã 10 - A missão ao Vietnã, composta por produtores e tradings de algodão, esteve em Hanoi e Ho Chi Min City. Realizou dois grandes eventos com clientes.



- Vietnã 11 - Além disso, fez visitas a fiações, reuniões com empresários, dirigentes da estatal do setor têxtil (Vinatex), associações empresariais, Embaixador do Brasil em Hanói, Centro de Tecnologia Têxtil e Ministério de Indústria e Comércio do país.



- Vietnã 12 - Abaixo segue um resumo das principais discussões no país:



a) A indústria têxtil do país passa por um momento delicado.  Fiações operam em média com 40% de capacidade ociosa, sendo que algumas indústrias focadas na exportação de fios para a China, no norte do país encontram-se fechadas devido à ausência de demanda e margens negativas.



b) O setor de fiações começou a ser afetado no 1º semestre e o setor de confecções só começou a sentir os impactos da desaceleração nos últimos dois meses.  Guerrainflação e desaceleração econômica estão entre os fatores citados para a redução da demanda vinda dos seus principais mercados de produtos têxteis: EUA e Europa.



c) Segundo o governo local, no acumulado do ano, as exportações de têxteis do país ainda são maiores que no mesmo período do ano passado, mas alertam que a desaceleração começou a ser sentida somente neste bimestre.



d) Há, entretanto, uma confiança que no primeiro semestre de 2023 a economia irá se recuperar e a indústria do país voltará a crescer em ritmo acelerado.



e) A confiança no país continua grande, uma vez que as indústrias estão capitalizadas com lucros recentes e continuam investindo.  Além disso, o país continua atraindo investimentos industriais estrangeiros e o desenvolvimento de novas áreas industriais no país segue em ritmo acelerado, apesar do momento delicado.



f) Política de atração de investimentos do país, mão de obra barata, moeda desvalorizada e deslocamento de indústrias da China são os fatores que devem continuar impulsionando o crescimento do país.



g) O Brasil foi recentemente ultrapassado pela Austrália nas exportações de algodão ao Vietnã.  Com o boicote da China ao algodão da Austrália, o produto da Oceania tem sido oferecido a custos menores que o brasileiro e com menor prazo de entrega.



h) Apesar do Brasil já ser a terceira maior origem de algodão importado pelo país, ainda há muito desconhecimento sobre o produto brasileiro e seus atributos.



i) A grande maioria das lideranças do setor que conversamos não sabiam, por exemplo, que o Brasil faz análise de HVI fardo a fardo e disponibiliza os dados para checagem no site da Abrapa.



j) As principais reclamações sobre o algodão do Brasil se referem a preço e tempo de entrega (transit time).  Reconhecem o enorme ganho de qualidade do algodão do Brasil nos últimos 10 anos e elogiam a qualidade.



k) Alguns industriais relacionam o algodão do Brasil com caramelização e/ou pegajosidade.  Por fim, foi solicitado que o algodão do Brasil seja enfardado com fitas plásticas e não arames de aço, devido ao perigo de incêndios.



- Colheita - Nos EUA, 79% do algodão já foi colhido, enquanto a China está no pico da colheita desde outubro. O norte de Xinjiang está quase finalizado e a maior parte do sul da província já colheu metade da safra mecanicamente.



- Agenda 1 - Na segunda (28), em Singapura, a Apex Brasil e a Embaixada do Brasil em Singapura realizarão o Agritalks Brasil Singapura.  O presidente da Abrapa, Júlio Busato, será um dos palestrantes.



- Agenda 2 - Na terçca (29), será realizado em Jacarta (Indonésia) o evento Cotton Brazil Outlook, com clientes do algodão brasileiro no país.



- Beneficiamento 2021/22 - Até ontem (24/11):  BA (94%); GO (99%); MA (65%) MS (98%); MT (97%); MG (99%); SP (100%); PI (100%); PR (100%). Total Brasil: 96% beneficiado.



Semeadura 2022/23 - Até ontem (24/11) já foram semeados 8% (SP), 8% (GO) e 0,4% (MS).Com o fim do Vazio Sanitário no último dia 20/11 em MG, o plantio da safra 22/23 já iniciou em todo o estado.



- Exportações - Ritmo de exportação segue forte. O Brasil exportou 183,2 mil tons de algodão nas três primeiras semanas de novembro/22. O volume já supera em 10% o total embarcado em novembro/22 (166,4 mil ton).



Preços - Consulte tabela abaixo ⬇



Boletim Algodao pelo Mundo 47.jpeg



Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Encontro reúne lideranças do agro para discutir 2023

O diretor Executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, destacou a importância do evento que tratou do futuro e dos novos desafios do setor

22 de Novembro de 2022

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou das discussões sobre o futuro do agro e as perspectivas diante do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva, que assume em 1º de janeiro de 2023. O encontro, que reuniu parlamentares, lideranças e representantes do setor, se realizou nesta terça-feira, dia 22, em Brasília, numa iniciativa do Instituto Pensar Agropecuária (IPA) e Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).


Na pauta, as expectativas para 2023 e a atração de novos parlamentares na reestruturação da Frente Parlamentar da Agropecuária.  O diretor Executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, destacou a importância do encontro que focou nas discussões sobre o futuro do setor que está muito bem estruturado e maduro para os novos desafios.


Entre os participantes, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, e os ex-ministros Roberto Rodrigues, e Tereza Cristina. Os trabalhos foram abertos pelo presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, e pelo presidente do IPA, Nilson Leitão. O encontro foi uma oportunidade de networking com entidades associadas, além de acesso a importantes figuras na condução dos trabalhos da FPA em 2023.

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China principal destino

22 de Novembro de 2022

O Brasil exportou 507,7 mil toneladas no acumulado de agosto a outubro de 2022, totalizando uma receita de US$ 1,045 bilhão, aumento de 55% sobre o recebido no mesmo período de 2021.  A China foi o principal destino das vendas brasileiras (209,3 mil toneladas) e representou 41% das exportações acumuladas. A participação chinesa nesse início de ano comercial é 10 pontos percentuais maior no total embarcado, se comparado à igual período de 2021.


As estimativas para a safra 2022/23 foram atualizadas pela Abrapa, em outubro. De acordo com o levantamento, a área plantada de algodão deverá subir 1,3%, e é estimada em 1,658 milhão de hectare. A produção é projetada em 2,95 milhões de toneladas, uma variação de 18% ante a safra 2021/22.



Leia o relatório na íntegra: Relatorio_safra_Abrapa.Nov2022_.pdf



Safra Global 2022/2023


No mês de novembro de 2022, o USDA reduziu as estimativas de produção, consumo, importações e estoques finais projetados para a safra 2022/23. Com relação à produção global de algodão, a projeção caiu de 25,7 milhões de toneladas (outubro) para 25,3 milhões de toneladas, em novembro. A demanda, que apontava uma queda de 1,5%, foi elevada para 2,1%.


Assim como o ICAC, o USDA aponta um leve aumento dos estoques finais na safra 2022/23, com a produção global superando a demanda em 300 mil toneladas.



Leia mais: Algodão: China principal destino - A GRANJA - Total Agro (agranjatotalagro.com.br)


Mídia: A Granja - Total Agro – 21/11/2022

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Relatório de Safra – novembro de 2022

22 de Novembro de 2022

O Brasil exportou 507,7 mil toneladas no acumulado de agosto a outubro de 2022, totalizando uma receita de US$ 1,045 bilhão, aumento de 55% sobre o recebido no mesmo período de 2021.  A China foi o principal destino das vendas brasileiras (209,3 mil toneladas) e representou 41% das exportações acumuladas. A participação chinesa nesse início de ano comercial é 10 pontos percentuais maior no total embarcado, se comparado à igual período de 2021.


As estimativas para a safra 2022/23 foram atualizadas pela Abrapa, em outubro. De acordo com o levantamento, a área plantada de algodão deverá subir 1,3%, e é estimada em 1,658 milhão de hectare. A produção é projetada em 2,95 milhões de toneladas, uma variação de 18% ante a safra 2021/22.


Safra Global 2022/2023


No mês de novembro de 2022, o USDA reduziu as estimativas de produção, consumo, importações e estoques finais projetados para a safra 2022/23. Com relação à produção global de algodão, a projeção caiu de 25,7 milhões de toneladas (outubro) para 25,3 milhões de toneladas, em novembro. A demanda, que apontava uma queda de 1,5%, foi elevada para 2,1%.


Assim como o ICAC, o USDA aponta um leve aumento dos estoques finais na safra 2022/23, com a produção global superando a demanda em 300 mil toneladas.


Leia o relatório na íntegra: Relatorio_safra_Abrapa.Nov2022_.pdf


 


Leia mais: Algodão: Relatório de Safra – novembro 2022 | MAIS SOJA - Pensou Soja, Pensou Mais Soja


Mídia: Mais Soja – 21/11/2022

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Cotonicultores brasileiros estão em missão de negócios na Ásia

​Iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão visa intensificar as relações comerciais

22 de Novembro de 2022

Entre os dias 20 e 30 de novembro, uma missão da cotonicultura brasileira visitará o Vietnã, Singapura e Indonésia. O objetivo da viagem é mostrar aos compradores internacionais que o algodão brasileiro é produzido com responsabilidade ambiental, social e econômica. Além disso, o setor quer apresentar em detalhes o programa de rastreabilidade e dar transparência ao processo que informa os compradores sobre quando e por quem o algodão foi produzido. A missão integra o programa Cotton Brazil, gerido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e a Apex-Brasil.


"Se quisermos alcançar o primeiro lugar em exportações, temos de conquistar mercados. É o que estamos fazendo. Certamente, eles serão difusores da nossa cultura com seus pares", disse o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, que lidera o grupo. Para Busato, iniciativas como esta são uma maneira de promover a fibra globalmente. É um trabalho permanente, em parceria com as associadas e os produtores, para aumentar as vendas da pluma.


O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, os cotonicultores venderam para o mercado externo 1,68 milhão de toneladas no acumulado do ano comercial 2021/22, totalizando uma receita de 3,208 bilhões de dólares. A China foi o principal destino das exportações brasileiras (455 mil toneladas) e representou 27% das vendas. Na sequência do ranking de maiores importadores do algodão brasileiro estão Vietnã (275 mil toneladas), Turquia (227) e Bangladesh (206).  Indonésia ocupa a sexta posição, com 155 mil toneladas importadas.



Futuro sustentável


No dia 28, a Abrapa participará do Agritalks, promovido pela Apex, para discutir políticas governamentais de apoio a um futuro sustentável, cadeias sustentáveis de suprimentos alimentares, perspectivas do setor privado, entre outros assuntos.


O presidente da Abrapa fará palestra sobre o tema:  Fibras naturais e Moda Sustentável – Perspectivas. O evento é voltado a executivos e grandes empresários dos setores financeiro, tradings de commodities, alimentos, vestuário, energia, carbono, bolsas e fundos, altos funcionários dos ministérios de Meio Ambiente, MTI (Comércio e Indústria), MFA (Relações Exteriores), Agências Governamentais (Enterprise Singapore, EDB, SFA), Entidades (SBF, Câmaras de Comércio), Fundos Soberanos (GIC, Temasek), executivos (CEOs) de empresas brasileiras do ramo agroalimentar, em Singapura. A missão retorna ao Brasil dia 1º de dezembro.



Leia mais: Cotonicultores brasileiros estão em missão de negócios na Ásia - Diplomacia Business


Mídia: Diplomacia Business – 21/11/2022

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Case de fazenda certificada ABR, com compensação financeira ambiental, é apresentado na COP 27

Em sua palestra, Dilli falou sobre a compensação financeira pela conservação de ecossistemas e da biodiversidade, apresentou o case da SLC – Agrícola, que adota práticas responsáveis de cultivo, com ênfase no algodão certificado

22 de Novembro de 2022

O programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), gerido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), foi apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas – COP 27, como exemplo do comprometimento dos produtores brasileiros com a sustentabilidade ambiental, social e econômica.


Representada pelo diretor de Sustentabilidade da SLC – Agrícola, Álvaro Luiz Dilli, a explanação foi durante o painel sobre Agricultura e Serviços Ambientais, realizado no dia 15 de novembro, no Pavilhão Brasil, em Sharm El Sheikh, no Egito. A ação integra o programa Cotton Brazil, executado pela Abrapa, com apoio da Apex-Brasil, da Associação Nacional dos Exportadores (Anea) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).


Em entrevista para o Planeta Campo, o executivo reforçou as características do setor.  "O algodão brasileiro é certificado, rastreavel do campo até o mercado, até a loja. Isso é um processo longo e que vai demonstrar ao mundo que produzimos um algodão de qualidade, reconhecido no mundo todo", disse.


Em sua palestra, Dilli falou sobre a compensação financeira pela conservação de ecossistemas e da biodiversidade, apresentou o case da SLC – Agrícola, que adota práticas responsáveis de cultivo, com ênfase no algodão certificado. Enfatizou o comprometimento da empresa que mantém contrato de compensação financeira pela manutenção de uma área de 1.358 hectares de vegetação nativa na Fazenda Perdizes, em Mato Grosso. Essa é a maior área individual e a primeira localizada no bioma amazônico a aderir ao mecanismo CONSERV, idealizado pelo IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e executado em parceria com o EDF (Environmental Defense Fund) e com o Woodwell Climate Research Center.


Por meio do CONSERV, projeto lançado em 2020, os produtores rurais recebem compensação pela conservação de áreas de vegetação que excedem a reserva exigida pelo Código Florestal. A adesão da SLC – Agrícola se soma à aprovação da Política de Desmatamento Zero, na qual formalizou o compromisso em não converter áreas com vegetação nativa para o uso agrícola, mesmo aquelas elegíveis nos respectivos processos de licenciamento ambiental.


Anterior a isso, o executivo apresentou o ABR, executado em parceria com as empresas estaduais e os produtores, e que certificou 86 % da produção brasileira na safra 2021/22. O País é o maior fornecedor de algodão com licenciamento BCI, com uma fatia de 42% do mercado global de Better Cotton (BC) e, desde 2013, o programa atua em benchmarking com a BC. O rigoroso protocolo abrange 183 quesitos que vão desde boas práticas agrícolas até garantias de saúde, segurança e bem-estar do trabalhador.



Leia mais: Case De Fazenda Certificada Abr, Com Compensação Financeira Ambiental, É Apresentado Na Cop 27 | Planeta Campo


Mídia: Planeta Campo – 21/11/2022

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