O Manejo Integrado de Pragas e Doenças nas lavouras foi tema de evento realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e a Better Cotton (BCI) que se reuniram com pesquisadores, representantes de empresas e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em um fórum virtual na última quinta-feira, 28.
Foi a segunda reunião do grupo com vistas a compartilhar experiências referentes ao controle genético como ferramenta no manejo integrado de pragas e doenças nas lavouras de algodão do País. Representantes da Basf, Bayer e Corteva, além do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt) fizeram um relato das tecnologias usadas para auxiliar no manejo integrado de pragas, proporcionando redução de uso de químicos específicos nas lavouras.
A Basf mostrou as melhorias no combate de doenças, como a Ramulária (Ramulária aréola), vista como uma das mais agressivas para o cultivo do algodão, e de lagartas, nematóides e plantas daninhas. O investimento da empresa em genética e biotecnologia é a ferramenta para que se consiga o manejo racional que a cultura exige. O desafio das empresas é melhorar as soluções de combate a pragas e doenças atendendo os produtores que têm custos elevados de produção.
A Bayer também foca no melhoramento genético como forma de otimizar o uso de insumos nas plantações e a Corteva, embora não tenha grande atuação na cultura algodoeira, anunciou que trabalha no desenvolvimento de materiais para a lavoura de algodão para os próximos anos e pretende estar mais presente auxiliando o produtor. Para Rafael Galbieri, fitopatologista do IMamt, o desafio permanente é o monitoramento das doenças na cultura. "É um trabalho permanente de auxílio e controle eficiente e sustentável", disse.
Próxima reunião de manejo em outubro
A próxima reunião do GT se realizará, no mês de outubro, e a intenção é avançar com o tema da atualização de produtos biológicos no manejo das lavouras. As reuniões são trimestrais e se estenderão até 2023, quando será publicado o Manual de Manejo Integrado de Pragas e Doenças do algodão brasileiro, atualizado. Ao todo, serão sete encontros virtuais com duração de duas horas, onde se pretende abordar temas como: variedades e resistência das pragas, uso de produtos biológicos, métodos de aplicação, registro de novos pesticidas e controle de pragas, ervas e doenças.
O diretor Executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, ressalta a importância das contextualizações do mercado e das discussões sobre o tema para melhorar a competitividade do algodão brasileiro. Segundo ele, é uma oportunidade de mostrar os avanços da cotonicultura quando o tema é sustentabilidade. A expectativa de Portocarrero é de que o documento atualizado sobre o manejo itegrado possa servir de subsídio aos produtores do País. João Rocha, da BCI, destacou a importância dos debates para a BCI conhecer mais sobre a cultura no País e divulgar as boas práticas na cadeia.
Fonte: Abrapa
Mídia: Vida Rural MT – 04/08/2022