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13º CBA reuniu a cadeia algodoeira no Centro de Convenções de Salvador

​Produtores, congressistas, palestrantes e prestadores de serviços movimentaram a economia da capital baiana

19 de Agosto de 2022

Durante três dias, entre 16 e 18 de agosto, produtores, pesquisadores, profissionais do campo e indústrias se reuniram no maior encontro da cotonicultura brasileira – o 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), em Salvador (BA). Foram dias de discussões sobre as principais demandas do setor, temas da atualidade no mercado da pluma, tendências, pesquisa, uso da tecnologia e da inovação para melhor gerir as fazendas. Ao todo, 2.477 congressistas circularam e acompanharam os debates pelas 24 salas temáticas, cinco workshops e seis plenárias nas dependências do Centro de Convenções da capital baiana.  Pelo menos 115 palestrantes trouxeram suas experiências para uma plateia atenta às novidades e inovações. Mas o Congresso movimentou muito mais, toda uma cadeia de prestação de serviços, de 3,5 mil pessoas envolvidas para que tudo funcionasse. Ao todo, foram 51 patrocinadores e 176 trabalhos científicos inscritos.


"Focamos em uma programação diversificada que atendesse aos interesses da cotonicultura. Foi um grande e excelente Congresso e isso só foi possível graças ao trabalho dos organizadores, comissão científica e, é claro, dos congressistas que participaram ativamente das atividades", disse Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa, entidade promotora do evento. Foi um debate assertivo sobre os desafios e oportunidades para o setor e teve como tema "Algodão brasileiro – desafios e perspectivas no novo cenário mundial". Pela segunda vez, o evento se realizou na Bahia, segundo maior produtor nacional da pluma.


 


Exposição


Quem circulou pelo Centro de Convenções pode conferir os estandes de empresas ligadas ao agro, no espaço destinado à exposição. Nesse mesmo local, a Abrapa ocupou uma área de cerca de 150 metros quadrados, subdivididos em quatro pilares de atuação do setor: sustentabilidade, qualidade, rastreabilidade e promoção. No local, o visitante conheceu em detalhes os programas e ações, geridos pela Associação, em favor da cotonicultura brasileira. Foi possível conhecer o que é o programa SBRHVI – Standard Brasil HVI, que tem por objetivo garantir o resultado de origem, dar credibilidade e transparência para os resultados de análise de HVI da fibra realizados pelos laboratórios de classificação que operam no País. Verificar quantos e quais são os laboratórios participantes, a quantidade de equipamentos instalada, além dos números e percentuais relativos aos índices de confiabilidade.  Conferir os principais números da cotonicultura brasileira, como o que mostra que 63% do algodão do País é produzido em segunda safra; 93% em sequeiro, 42% da pluma é licenciada BCI (Better Cotton) e 84% têm certificação ABR – Algodão Brasileiro Responsável. O Brasil é o único no mundo que certifica as unidades de beneficiamento (algodoeiras), são 266 usinas no país, quase 30% foram certificadas em 2021.


 


Rastreabilidade e Promoção do algodão


Os que quiseram saber mais e entender como se dá a rastreabilidade do algodão, encontrou informações no espaço do SAI – Sistema Abrapa de Identificação. Nele, foi possível acessar o QR Code e saber detalhes sobre a algodoeira, o fardo, análise de HVI, dados de certificação, origem da produção, entre outros dados. Informações imprescindíveis e que atendem o mercado global.


Outo importante espaço foi destinado à promoção da fibra, local em que os congressistas, produtores, pesquisadores, palestrantes, representantes da indústria têxtil e de fiação, puderam conferir as ações de divulgação do algodão brasileiro no mercado doméstico e internacional. Os programas Sou de Algodão e o Cotton Brazil, respectivamente, ações de promoção que ajudam e foram essenciais para impulsionar a fibra, puderam ser conhecidos em detalhes.

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Metaverso e interações humanas no palco do 13º Congresso Brasileiro do Algodão

Último dia do CBA trouxe possibilidade negócios disruptivos em um futuro próximo

19 de Agosto de 2022

O fator humano no foco de novos negócios, a possibilidade de desenhar sistemas, criar mundos, experimentar modelos disruptivos e altamente inovadores em cenários virtuais. Essas perspectivas fazem parte de uma realidade chamada Metaverso, terminologia utilizada para indicar um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. O tema foi apresentado nesta quinta-feira (18), sob uma perspectiva muito particular e intrigante do professor Dante Freitas, no último dia do 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), no Centro de Convenções de Salvador (BA).


Mostrando dois lados, o da tecnologia e o fator humano como protagonista de uma nova era, Dante foi categórico ao dizer que o Metaverso é inevitável e que vai mudar significativamente o modo digital e a experiência humana. O especialista explicou que a tecnologia é uma realidade, mas é preciso entender como o ser humano vai se apropriar e fazer uso dela. "A nova era da internet não é sobre software, nem sobre hardware é sobre o humanware. É uma mescla de tecnologia nativa humana, um software supremo onde é possível reunir o máximo de tecnologia, passando de uma fase pautada no produto e no serviço, para a experiência, permitindo melhorar o negócio e trazer possibilidades de interações. Como uma página em branco, onde no lugar do pincel, um pixel".


Dante trouxe para o encontro a informação de que apenas 11% da área produtiva do país tem cobertura 4G. De acordo com ele, se o Brasil quer acompanhar as transformações digitais, é preciso um trabalho coletivo para reverter esse númeroO congressista informou que o e-commerce evoluirá para o comércio dentro do metaverso. De acordo com ele, 50 bilhões de dólares já foram gastos em bem virtuais, quase o dobro do valor gasto na compra de música.


Dante Freitas é empreendedor, fundador do Gravidade Zero, Stape Music, Loomi, Plataforma Acaso e Plataforma IKONE Global Social League. Foi STARTSE Business Partner. Atualmente também professor da SingularityU Brasil. Co-empreendedor da HSM Expo 2020/2021.


O Congresso do Brasileiro do Algodão é realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

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Busca por maior eficiência no uso da adubação atrai público para workshop no último dia do 13º CBA

Workshop foi coordenado pela pesquisadora da Embrapa Ana Luíza Borin

18 de Agosto de 2022

O último dia do 13º Congresso Brasileiro do Algodão foi marcado pela realização de workshops que trataram de diferentes temas relativos à cotonicultura. Um dos mais concorridos abordou o tema Adubação de sistemas de produção como ferramenta para aumento de eficiência produtiva.


O workshop foi coordenado pela pesquisadora da Embrapa Ana Luíza Borin, membro do Comitê Científico do CBA e especialista em fertilidade química do solo, nutrição de plantas e adubação de sistemas de produção.


O minicurso contou ainda com a participação de José Francisco da Cunha, engenheiro agrônomo da Esalq; e José João Gomes e Luiz Brizola, do grupo Amaggi; Marquel Holzschuh, da SLC Agrícola, e dos pesquisadores da Embrapa Álvaro Vilela de Resende e Adilson de Oliveira Júnior.


O objetivo da atividade foi apresentar e exercitar estratégias para melhorar a eficiência da recomendação de adubação, com foco em sistemas de produção. “Com o valor dos fertilizantes cada dia maior, todos estão interessados em buscar formas de fazer aplicação mais eficiente”, afirmou a coordenadora do workshop.


Dentro dessa proposta, os objetivos específicos foram interpretar análises de solo, com modelos de produção distintos; utilizar o balanço de nutrientes como ferramenta de recomendação e identificar as fontes de melhor custo/benefício por região; decidir sobre a redução e consumo da reserva do solo, buscando a máxima eficiência produtiva e economia de fertilizantes. E ainda, definir a melhor época para aplicação de fertilizantes, considerando aspectos técnicos e de logística operacional.


O trabalho foi dividido entre três blocos. O primeiro constou do conteúdo teórico, com os especialistas apresentando diferentes enfoques do tema. Em seguida, os inscritos no workshop, separados em grupos, participaram de uma dinâmica, na qual desenvolveram um plano de adubação. Na parte final da atividade, dois grupos foram escolhidos para apresentar seus planos, que serão analisados pelos pesquisadores.

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Trabalhos Científicos foram premiados no 13ª CBA

​A honraria foi concedida no último dia do evento que se encerra nesta quinta-feira (18), em Salvador (BA)

18 de Agosto de 2022

A organização do 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) premiou nesta quinta-feira (18), os vencedores da premiação científica, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), organizadora do evento. A cerimônia foi logo após as plenárias da manhã.


Foram agraciados com a premiação: Luana Aparecida Estevan Ribeiro, estudante de graduação, com o trabalho "Inoculação cruzada de isolados de corynespora cassicola em soja e algodão"; na categoria estudante de pós-graduação, a agraciada foi Victoria Oasis Regina Lessa Matos, com o trabalho "Levantamento e identificação de fungos associados ao complexo de manchas foliares do algodoeiro e controle in vidro de alternaria SPP e cercospora SPP a três diferentes triazois; o professor Sérgio Hermínio Brommonschenkel, venceu na categoria professor orientador.


Os premiados nas áreas temáticas foram: Sidnei Douglas Cavalieri, na área de Matologia e Distruição de Soqueiras (sétimo lugar); Fernanda Kelly da Silva Zilles (sexto), na área de Controle de Pragas – Entomologia e Biotecnologia; Adriano de Oliveira Silva, ficou em quinto lugar, na área de Agricultura Digital – Agricultura de Precisão e Inteligência Artificial; o quarto lugar foi para Poliana Regina Carloni, na categoria Melhoramento Vegetal e Biotecnologia. Na área de Fisiologia Fitotécnica, Nutrição de Plantas e Sistemas, o vencedor foi Felipe Dalazen Bertol (terceiro lugar); já o segundo lugar ficou com Renildon Mion, na área de Colheita, Beneficiamento, Qualidade de Fibra e do Caroço. O primeiro lugar foi para Mariana Aparecida da Silva, na área de Fitopatologia.


Os prêmios foram de custeio de bolsas para pesquisa, no valor de R$ 10 mil, a passagens áreas, hospedagem e alimentação pagas pela Abrapa para participar do Cotton Beltwide Confrerence; além de Kindle e Tablete. Luana, falou em nome de todos os agraciados, agradecendo o incentivo à pesquisa e inovação proporcionado pela Abrapa. "É gratificante participar e ser agraciada com esse incentivo", disse.


Os trabalhos foram apresentados no evento nacional do algodão e avaliados pela Comissão Científica e julgadora do 13º CBA, constituída por acadêmicos e técnicos nomeados pela Abrapa. Os interessados fizeram a submissão dos estudos diretamente no sistema de inscrição, mas para isso precisaram estar inscritos no evento. Aso todo, foram 176 trabalhos, divididos em oito áreas temáticas.


O objetivo é incentivar equipes a desenvolver linhas de pesquisas inovadoras para o setor do agronegócio da cotonicultura que abordem temas, igualmente, inéditos, criativos e com proposição de soluções para problemas enfrentados pela cadeia produtiva do algodão. O presidente da Abrapa, Júlio Busato, destacou a importância de incentivar a pesquisa e a inovação e agradeceu a todos os integrantes da Comissão Científica pelo trabalho desenvolvido no Congresso e, especialmente, voltado para o reconhecimento da pesquisa e inovação. "Agradeço a dedicação de cada. Vocês foram os responsáveis por todas as discussões que ocorreram no Congresso Brasileiro do Algodão", destacou.

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13º CBA discute a gestão disruptiva e inovação

​Plenária se realizou nesta quinta-feira, 18, no Centro de Convenções de Salvador, onde ocorre o evento

18 de Agosto de 2022

Head de Inovação da StartSe, uma das maiores escola de negócios do Brasil e presente com escritórios nos polos tecnológicos do mundo, como Israel, Vale do Silício e China, Cristiano Kruel, marcou presença no CBA, na plenária cinco, do dia 18, entre 9h e 10h30. Ele falou sobre o que mais o seduz: a gestão disruptiva. O foco foi nos desafios e perspectivas da disrupção e inovação e o que isso impacta nos negócios do dia a dia do Agro. Um assunto que está cada vez mais presente nas conversas sobre o ecossistema do setor: disrupção é aquilo que acelera a obsolescência e inovação o que se torna um imperativo nos negócios, todos os negócios. Segundo Kruel, a intenção é entender como aumentar a habilidade de perceber, decodificar e se antecipar aos riscos e benefícios das mudanças.


Em sua fala, Kruel provocou os presentes: "As mudanças na forma como vivemos e trabalhamos hoje estão mais aceleradas que nos tempos dos nossos avós? Estamos sendo forçados a reaprender a criar e gerir negócios?" Além disso, Kruel apresentou dados e deu exemplos do novo modelo de negócios e a velocidade que as empresas tradicionais precisam adotar para acompanhar toda a evolução da tecnologia. Explicou ainda sobre tecnologia, inteligência artificial, inovação e interagiu com os participantes motivando-os para pensar estratégias de negócios.


Para ele, o desafio está em olhar criticamente para os negócios, de modo a simplificar a cadeia, numa referência à cotonicultura. "É preciso desenvolver e entregar possibilidades. A disrupção está em conhecer coisas novas e aprender o que os outros não aprenderam, isso é inovar", afirmou Kruel, acrescentando que o impacto dessas transformações causadas pelas tecnologias se dá na gestão. "As rupturas estão mudando a forma das pessoas e empresas trabalhar, fazer negócios e ganhar dinheiro", observou.


No entendimento dele, se as empresas não mudarem o jeito de inovar, correm o risco de ficarem obsoletas. Todas as profissões terão que enfrentar grandes mudanças, pois agora a velocidade das coisas está diferente, existe uma completa transformação no mercado, em todas as áreas. A lógica dos negócios hoje é diferente. O Covid-19 acelerou o processo de disrupção, e a noção de tempo e espaço é fundamental, pois existe uma nova dinâmica de conhecimento, onde todos os setores estão passando por mudanças.

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Integração de sistemas agrícolas é o caminho para aumentar a produtividade nas lavouras

​Assunto foi tema de encontro agrícola nesta quarta-feira (18), em Salvador

18 de Agosto de 2022

O segundo maior produtor de algodão do País, a Bahia recebe até quinta-feira (18), o principal encontro nacional da cadeia produtiva da fibra, o 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A cada dois anos, reúne os principais entusiastas, produtores, marcas e entidades de pesquisa do setor algodoeiro. Em um dos painéis que aconteceram nesta quarta-feira (17), simultaneamente, o foco foi para a integração de sistemas como alternativa para as plantações de algodão. O evento ocorre no Centro de Convenções de Salvador.


A adoção de sistemas integrados de produção vem sendo defendida por pesquisadores como alternativa viável para recuperar a fertilidade do solo, trazendo como benefícios diretos o aumento da capacidade de suporte das pastagens e da produção de forragem e grãos.


De acordo com a análise do palestrante Julio Salton, pesquisador da Embrapa com mestrado e doutorado em Ciência do Solo, diversificar os sistemas possui motivações econômicas, operacionais, agronômicas e ambientais. Para ele, os sistemas de produção devem ser sustentáveis, diversificados e que exista uma sinergia entre as culturas.


O presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Luiz Carlos Bergamaschi trouxe sua experiência do oeste baiano, região que abriga o segundo maior PIB Agrícola do País para o 13º CBA. "Com o passar do tempo, nós entendemos que fatores químicos, físicos e biológicos determinam a garantia da produtividade e a integração de sistemas agrícolas otimiza recursos.


Bergamaschi ressalta que os sistemas produtivos devem harmonizar com a natureza. "Integrar sistemas agrícolas ajuda a aumentar a produtividade, preserva o solo, otimiza recursos. Devemos usar a natureza ao nosso favor. Menos máquina, menos defensivo e menos problema nas lavouras".


A sala temática coordenada pelo engenheiro agrônomo e consultor Táimon Semler, contou ainda com a participação de Alexandre Cunha de Barcelos Ferreira, pesquisador da Embrapa com mestrado e doutorado em Fitotecnia.

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Gestão operacional das fazendas: tecnologia e uso da informação caminham juntas

O grande desafio dos produtores está em minimizar custos e maximizar a produtividade das fazendas fazendo bom uso das ferramentas disponíveis no mercado

18 de Agosto de 2022

Os avanços na gestão operacional das fazendas foi o tema do debate desta quarta-feira em uma das salas temáticas do 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) que se encerra nesta quinta-feira (19), em Salvador.


Os painelistas Luis Alberto Moraes Novaes, engenheiro agrônomo pela ESALQ, o Leocyr Lazarete Junior, diretor de operações agrícolas do Grupo Masutti, e o engenheiro agrícola formado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Paulo Herrmann, acreditam que a gestão operacional das propriedades rurais evoluiu muito, as máquinas ganharam um incremento grande de tecnologia e as pessoas precisaram se preparar para usar este aparato tecnológico, que inclui GPS, piloto automático, monitoramento por imagens de satélite, aplicativos georreferenciados, entre outros.


Mas, a tecnologia sozinha não é capaz de gerar resultados se não houver a gestão correta do negócio. "A gente vive gestão para construir resultados", acredita o produtor do Grupo MN Agro, Luis Alberto, que pertence a quinta geração da família no comando da Fazenda Santo Antônio, no Mato Grosso do Sul. Para ele, a gestão operacional consiste em alguns pontos fundamentais para o sucesso do negócio, tais como, conhecer o ambiente de produção e suas limitações, monitoramento do clima, dimensionamento e gestão do pátio de máquinas, monitoramento das etapas de produção e de perdas na colheita.


"Hoje o que faz a diferença é a gestão operacional, conjuntamente com o planejamento estratégico. Dimensionar o uso de máquinas e otimizar a utilização delas, assim como fazer o adequado planejamento do cultivo, além de gerir pessoas", concorda Fernando Lamas, da Comissão Científica e coordenador da sala.


Paulo Herrmann trouxe a visão da indústria e fez um contraponto a do produtor, destacando que a tecnologia não é o fator mais importante na produção e sim o uso eficiente dela por profissionais experientes e especializados. "Precisamos automatizar os processos porque senão não tem como expandir, mas o grande desafio está no uso, na gestão eficiente do equipamento, pois tecnologia em máquina que não é usada vira enfeite para fazer ciúmes ao vizinho", brinca.

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Sala temática do 13º Congresso do Algodão discute melhor estratégia para manejo de plantas daninhas

18 de Agosto de 2022

Na tarde desta quarta-feira (17), os participantes do 13º Congresso Brasileiro do Algodão, que acontece em Salvador, puderam conferir uma palestra sobre a melhor estratégia de manejo para plantas daninhas resistentes a herbicidas. A Sala Temática teve como coordenador o pesquisador do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt), responsável pelo Departamento de Proteção de Plantas. O CBA está sendo realizado no Centro de Convenções de Salvador e será encerrado nesta quinta-feira (18).


A discussão contou com apresentações do professor Anderson Luís Cavenaghi, da Univag (MS), do pesquisador e consultor Autieres Faria e do professor Rubem Oliveira, da Universidade de Maringá.  Cavenaghi fez uma palestra sobre Levantamento de plantas daninhas resistentes no sistema algodoeiro.  Segundo o professor, a Conyza spp, a Eleusine indica e a Amaranthus spp estão entre principais plantas daninhas que prejudicam a cultura.


“Essas são algumas plantas que os manejos normalmente utilizados não controlam, muitas vezes pela presença de resistência aos herbicidas”, explica. Para prevenir o surgimento dessas plantas no algodão, ele sugere algumas práticas. “O ideal é tentar investigar o que está acontecendo, coletando amostras e enviando para instituições de monitoramento de resistência para que seja possível confirmar e estudar a possibilidade de alteração dos mecanismos de ação utilizados na área”, afirmou.


O professor Rubem Oliveira fez palestra sobre Manejo de plantas daninhas resistentes ou de difícil controle. “Não deixar para o algodão os problemas que podem ser resolvidos na soja e não para a soja os problemas que você pode resolver na dessecação”, enfatizou Oliveira. Destacou ainda que, para evitar os prejuízos das plantas daninhas, uma combinação de estratégia é melhor que um herbicida perfeito, “porque uma hora ele vai gerar resistência”.


Por sua vez, o pesquisador Autieres Faria falou sobre Falha no controle: resistência ou deficiência na tecnologia de aplicação?. “A cada ano vemos o custo do manejo aumentando no Brasil. A cada ano, fazemos mais aplicação de herbicidas. Mas cadê nosso histórico de plantas daninhas?”, questionou Faria.


Ele chamou atenção para o fato de que, em geral, o problema da planta daninha só é percebido quando já está muito acentuado. “Outro problema é que não adianta fazer nosso controle se o vizinho não faz. A planta daninha hoje no país é um indicador de biodeficiência técnica operacional”, pontuou o pesquisador.

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Da produção ao consumidor final, como o uso da tecnologia modernizou a cadeia algodoeira

Portocarrero detalhou os programas e ações, geridos pela Abrapa, em favor da cotonicultura brasileira

18 de Agosto de 2022

O consumidor está cada vez mais exigente e quer saber de onde vem a matéria-prima das roupas que usa e como foi transformada em uma peça. Com base em exemplos realizados no Brasil, os palestrantes mostraram como o uso da tecnologia e a organização da cadeia têxtil permitem levar essas informações ao consumidor. Para discutir o tema "Da produção ao consumidor final, é possível entregar rastreabilidade completa?" foram convidados Alexandre Carvalho, gestor de Tecnologia da Bom Futuro Agrícola Ltda, o diretor Executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, e a assessora da presidência da Abrapa, Silmara Ferraresi.  Eles foram os painelistas da Sala Temática 1, do dia 17, quarta-feira.


Carvalho trouxe a experiência da Bom Futuro e apresentou aos congressistas as soluções usadas no ambiente agrícola. Focou no uso da solução RFID, mostrou os ganhos e o que pode ser melhorado na gestão com a tecnologia. Segundo ele, a solução é usada na colheita do algodão, auxilia ainda na leitura dos lotes nos rolos de algodão, por exemplo, na leitura à distância e rápida, agilizando os processos e, mais do que isso, promove assertividade, além de possibilitar a geo localização. “A tecnologia é bem-vinda se traz resultados para o negócio”, afirmou.


Marcio Portocarrero, por sua vez, discorreu sobre os programas e ações, geridos pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em favor da cotonicultura brasileira. Trouxe os exemplos implementados pela Abrapa, por meio dos programas ABR-Algodão Brasileiro Responsável, certificação brasileira para unidades produtivas de algodão; ABR-UBA (voltado às unidades de beneficiamento). Portocarrero discorreu sobre a certificação de conformidade oficial do algodão brasileiro, dada às algodoeiras da Fazenda Pamplona, do Grupo SLC Agrícola, e da GM, do Grupo Moresco, ao laboratório de HVI do estado de Goiás e para o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), localizado em Brasília.


A SLC e a GM fazem parte do projeto-piloto de certificação e que consistiu na inspeção das facas, retirada de amostras, conforme a IN24, e malas com lacre para envio ao laboratório, por exemplo. Para o diretor, a certificação de conformidade é um grande passo da cotonicultura no cumprimento da missão de criar um ambiente favorável ao crescimento do setor. “Temos o nosso card brasileiro”, destacou, acrescentando que a Abrapa e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento trabalharam juntos, no projeto-piloto, na safra 2021/202, para a estruturação e implantação da certificação de conformidade oficial do algodão brasileiro. Observou, no entanto, que isso não se faz sem um programa de rastreabilidade maduro e eficiente e a Abrapa aposta diariamente na tecnologia e na inovação como pilares para o aprimoramento e modernização do setor.


Para mostrar como isso é possível, a assessora da presidência da Abrapa, Silmara Ferraresi, apresentou a experiência da associação na execução de ações e programas que resultaram na sonhada rastreabilidade da fibra da lavoura até a etiqueta. É um trabalho permanente para agregar valor ao algodão brasileiro. “Queremos que cada vez mais pessoas tenham informações sobre o que fazemos”, disse, ao acrescentar que, ainda neste ano, a Abrapa lançará plataforma para consulta da rastreabilidade em lotes para o cliente.


Silmara explicou, em detalhes, aos congressistas como é feita a rastreabilidade da pluma, de onde vêm os dados do fardo, da algodoeira, que é possível identificar a localização, entre outras informações, como os dados de produção, origem, quem é o produtor e se tem a certificação ABR. A rastreabilidade avançou e foi possível firmar parcerias com a indústria da moda, desafio perseguido com o objetivo de fazer peças responsáveis ambientalmente. Hoje, a rastreabilidade da semente ao guarda-roupa, por meio do SouABR, é realidade. Renner e Reserva são parceiras na entrega da rastreabilidade do algodão brasileiro com certificação socioambiental. Isso é possível por meio do blockchain. 


Carlos Alberto Moresco, integrante da Comissão Científica e que coordenou as discussões, considerou o debate sobre o tema essencial na atual conjuntura global. "Cada vez mais o consumidor exige do mercado informações. A Abrapa iniciou a oferta ao mercado nacional da rastreabilidade completa, da semente até a prateleira da loja. É um trabalho interessante e que atenderá também o mercado internacional", destaca.

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Especialistas analisam oportunidades do mercado de carbono para o algodão

​O Brasil precisa evoluir no tema e se adequar às metodologias internacionais

18 de Agosto de 2022

As emissões globais de Gases de Efeito Estufa (GEE) cresceram 53% nos últimos 30 anos e o CO2 representa 74% das emissões, apesar de menos nocivo que os demais. Por isso há uma preocupação de governos, especialmente europeus, com as mudanças climáticas. No âmbito internacional, China, EUA, Índia e Europa representaram a metade das emissões globais em 2019 e os dez maiores países são 65% do total. China, inclusive, possui o maior valor de emissões totais e EUA, o maior valor per capita. O Brasil é considerado o 7º maior, com 2,9% das emissões. Em termos agropecuários, os indianos e chineses são os maiores emissores, seguidos pelos brasileiros em terceiro lugar na classificação.


Esse foi o panorama apresentado pelo vice-presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, para responder à questão O mercado de carbono é uma oportunidade para o algodão brasileiro?”. Especialistas afirmam que o Brasil ainda precisa evoluir no tema e se adequar às metodologias aceitas internacionalmente. Nesse sentido, o Governo Federal está analisando a implementação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) para regular a compra e venda de créditos de carbono no País. E o Ministério do Meio Ambiente já estabeleceu procedimentos para a elaboração dos Planos Setoriais de Mitigação das Mudanças Climáticas e o Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa para atingir a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), compromisso do Brasil na COP 21. “Hoje o consumidor se preocupa com as formas de produção e os rastros que o produto vai deixar no meio ambiente para as futuras gerações. Por isso, a pegada de carbono vai ser o fator de impacto no momento da compra”, completou Schenkel.


Mas tudo isso precisa estar interligado com boas práticas agrícolas e manejo de solo. Para Cimélio Bayer, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), as técnicas de conservação do solo vão se refletir na produtividade das culturas e determinar o acúmulo de carbono. "O produtor que tiver assistência técnica em relação a isso conseguirá aumentar a produtividade. Se possuir amostragem do solo e construir uma boa linha base com plantio direto, vai comercializar esses créditos de carbono, obtendo ganhos em função da melhoria do manejo porque é com a qualidade do solo que se ganha dinheiro", afirmou Bayer. Para ele, o ganho maior é agronômico e a rentabilidade é consequência que pode se transformar numa oportunidade de agregar valor aos produtos agrícolas.


Encerrando a programação da sala temática, o diretor de Negócios de Carbono da Bayer, Fábio Passos, apresentou cases de fazendas com oportunidades e ações concretas rumo ao mercado de carbono. Durante sua palestra, Passos apresentou o programa PRO Carbono da Bayer, projeto que estimula sistemas de produção na agricultura que contribuam para a redução das emissões com metodologia adequada ao clima tropical. “Trazendo para a cotonicultura, para ter um algodão melhor do que o australiano, não basta olhar a quantidade de carbono que será gerado na lavoura, mas sim o sistema de produção a ser adotado para transformar minha produção que, consequentemente, vai gerar mais créditos de carbono”, detalhou o especialista. Para isso, a Bayer faz parcerias com agricultores de todo o país e elabora planos de manejo com práticas mais sustentáveis. Segundo Passos, mais de 90% das empresas listadas em bolsas de valores têm compromisso com a redução de emissão de carbono, seguindo tendências de consumo cuja preocupação tem como pilar as questões ambientais e de sustentabilidade.

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