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Transparência do algodão brasileiro agrada industriais bengalis

​Missão da Abrapa em Bangladesh identifica oportunidade para ampliar participação brasileira junto ao segundo maior importador mundial de algodão

15 de Junho de 2022

Transparência, confiança e produto com ótima qualidade. Sobre esse tripé, estrutura-se a promissora relação comercial entre produtores brasileiros de algodão e indústrias têxteis de Bangladesh. A boa receptividade à comitiva de cotonicultores e exportadores brasileiros apenas reflete o potencial de crescimento da presença brasileira no mercado têxtil bengali – cujo dinamismo posiciona o país como segundo maior importador mundial de algodão.

A comitiva brasileira integra a Missão Vendedores, intercâmbio comercial organizado pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

O objetivo é desenvolver novas oportunidades de negócios entre brasileiros e bengalis por meio de reuniões de negócios, evento técnico e visitas a fiações e tecelagens de Bangladesh. Quinto maior importador da pluma brasileira, o país absorveu 270 mil toneladas no ano passado. No atual ano comercial (agosto de 2021 a maio de 2022) as exportações para este mercado somaram 184,0 mil toneladas.

Sharifa Parveen, diretora do DBL Group, afirmou que o algodão brasileiro é uma das opções de melhor qualidade no mundo. "É fácil comprar o algodão do Brasil, existe transparência. Além disso, temos mais confiança nos negócios vendo esses números que foram apresentados", afirmou Parveen , durante o Cotton Brazil Outlook – evento promovido pela Abrapa,  em 14 de junho, em Dhaka.

"Investimos permanentemente em qualidade, sustentabilidade e rastreabilidade e sabemos que vamos evoluir ainda mais, nos próximos cinco anos. Nossa meta é ampliar o market share brasileiro de 14% nas importações bengali de algodão", revela o presidente da Abrapa, Júlio Busato.

Uma meta viável ao que tudo indica. De acordo com o diretor executivo da Argon Spinning Ltda., Ranjan Chaudary, há alguns anos era difícil usar a fibra brasileira como matéria-prima, mas o cenário mudou rapidamente. "Havia problemas de qualidade que hoje não existem mais. Atualmente, são os nossos clientes que pedem pelo algodão brasileiro, que ainda tem a vantagem de ser livre de contaminação", comentou.

Presidente em exercício da Bangladesh Textile Manufacturing Association (BTMA), Fazlul Haque recebeu o presidente da Abrapa e abriu as portas para futuras colaborações. "Há uma grande oportunidade de ampliarmos os negócios com o Brasil. A BTMA pode ser parceira na promoção do algodão brasileiro em Bangladesh, maximizando as relações comerciais", declarou. O apoio é significativo. A BTMA é a principal entidade representativa da indústria têxtil bengali. Reúne 1.750 membros, sendo 500 fiações, 950 fábricas manufatureiras e 300 indústrias de tingimento e finalização.

Um fator que agrada os empresários visitados pela Missão Vendedores é a transparência dos dados. "Nosso sistema de rastreabilidade realmente abre os indicadores de qualidade para os compradores, algo que nem todos países fazem. Além disso, em breve teremos um canal específico para esclarecer dúvidas técnicas sobre a fibra brasileira", afirmou Busato, durante o Cotton Brazil Outlook.

Uma preocupação identificada, durante as visitas e o evento em Bangladesh, foi o aumento de preços do produto devido à crise mundial de fertilizantes. Afinal, houve aumento de 50% no preço dos insumos para a próxima safra. "Na temporada atual, já estamos utilizando nossa 'poupança' de fertilizantes – produtos que havíamos comprado antes da crise eclodir. Mas acreditamos que a situação seja momentânea", destacou o presidente da Abrapa.

Visitas técnicas. A agenda de visitas da Missão Vendedores em Bangladesh foi organizada pela Embaixada do Brasil no país. Em todos os compromissos, a comitiva foi acompanhada por Sabine Nadja Popoff, executiva responsável pela embaixada durante a transição de embaixadores. O grupo brasileiro foi recebido pelo Ministro de Têxteis e Juta, Golam Dastagir Gazi, e também pela Bangladesh Garments Manufacturers and Exporters Association (BGMEA), entidade representativa das confecções.

Entre as fábricas visitadas, importantes players importadores do algodão brasileiro, como a Badsha Textiles e a Square Textiles, grupo com quatro indústrias de fios e vestuário que emprega 800 mil pessoas. Também foi visitada a Beximco Textile, planta de mais de 120 hectares que trabalha com tecido reciclado, confeccionando do fio às roupas finalizadas. A Beximco produz sua marca própria e em larga escala para marcas internacionais.

Cotton Brazil. A missão comercial da Abrapa na Ásia é uma das iniciativas do programa Cotton Brazil, desenvolvido em parceria com Anea e Apex-Brasil. O objetivo é promover o algodão brasileiro no mercado internacional e desenvolver mercados. O foco prioritário é a Ásia, região que concentra 99% das exportações brasileiras.

"Atualmente, respondemos por 23% do mercado no ciclo 2020/21 e temos potencial firme de crescimento nos próximos anos. Em nossas missões comerciais, verificamos o quanto os países estão abertos a isso", observou Busato.

Indonésia, Tailândia e Bangladesh, países visitados em junho pela Missão Vendedores, representam 21% do volume total de algodão brasileiro embarcado para a Ásia na safra 2020/21, cerca de 498,5 mil toneladas. Já no ciclo atual (de agosto/21 a maio/22), respondem por 21% e por um volume embarcado de 313 mil toneladas do produto.

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Salas Temáticas do 13º CBA terão palestras focadas na ciência, pesquisa e inovação da fibra

​Os painéis se realizarão sempre na parte da tarde, nos horários das 14h15 às 15h45 e 16h30 às 18h

15 de Junho de 2022

​O 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) inclui 24 painéis que serão apresentados em salas temáticas nos dias 16 e 17 de agosto, no Centro de Convenções de Salvador. As palestras se realizarão sempre na parte da tarde, nos horários das 14h15 às 15h45 e 16h30 às 18h. Na programação, estão temas relevantes sobre os mais diversos aspectos do mercado de algodão, passando por sustentabilidade e meio ambiente, serviços, tecnologia e inovação. São mais de 70 palestrantes brasileiros e internacionais, com experiência e que acompanham as tendências e políticas para a cotonicultura. Pela manhã, nos mesmos dias, ocorrerão as reuniões Plenárias com foco no mercado brasileiro e mundial de algodão. Paralelamente às palestras, se realizará a feira do setor e, no último dia do evento, 18, diversos workshops. A programação completa está disponível no site do CBA:  http://congressodoalgodao.com.br/. Não haverá transmissão online. O evento acontece apenas na versão presencial e por meio de inscrições antecipadas.

O CBA reúne especialistas, produtores, pesquisadores e empresas brasileiras e internacionais para discutir temas relacionados ao algodão. É organizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e tem o apoio de várias instituições e empresas que se preocupam com a expansão da produção da fibra com sustentabilidade. Nas salas temáticas do dia 16, o foco será em palestras que tratam do cultivo da fibra, avanços no manejo e perspectivas no controle biológico de pragas nas lavouras, entre outros temas.

Para abordar os "Avanços no manejo da ramulária e mancha-alvo", estão confirmadas as presenças de Alderi Araújo, pesquisador da Embrapa, do agrônomo Guilherme Ohl e de Julio Bogiani, pesquisador da Embrapa Territorial. Eles farão a explanação do que é feito hoje e abordarão os avanços e desafios a serem superados no cultivo da fibra.

Também na terça-feira, na palestra sobre "Ambiente de produção como estratégia para aumentar a eficiência produtiva", Severo Amoreli Filho, da Fazenda São Francisco, Renato Roscoe, e o engenheiro agrônomo Leandro Zancanaro, formado pela Universidade Federal de Santa Maria, discorrerão sobre os aspectos do ambiente de produção, especialmente os solos e seus aspectos físicos e químicos, importantes para as lavouras e o desenvolvimento da agricultura. "Ao manejarmos adequadamente o solo é possível assegurar a produtividade em níveis quantitativos e que regule adequadamente os fatores de produção, de modo que a produtividade não sofra oscilações. Se temos solos equilibrados, a produtividade tende a ser maior, mais estável e os estresses são minimizados", destaca o coordenador do painel e integrante da comissão científica, Fernando Lamas, ao falar sobre o foco da ST.

Como entender a "Fisiologia do algodoeiro para mitigar os efeitos dos estresses" é a temática da palestra que reunirá os professores Raja Reddy, Dimitra Loka e Juan Raphael, especialistas internacionais, que trarão suas experiências científicas sobre os efeitos de altas temperaturas, teor em CO2 do ar, escassez de água em diversos aspectos da fisiologia do algodoeiro. "O planejamento de trazermos especialistas internacionais tem o objetivo de discutir a influência do estresse sobre o algodoeiro", destaca a coordenadora da ST, Liv Severino.

Guilherme Rolim, do Instituto Mato-Grossense do Algodão, José Miranda, pesquisador da Embrapa Algodão, e os engenheiros agrônomos Rodrigo Oliveira, Grupo SLC Agrícola, e Cézar Busato, do Grupo Busato, discorrerão em suas manifestações sobre "O que há de novo no manejo do bicudo-do-algodoeiro?".   Para o coordenador da ST, Paulo Degrande, será uma oportunidade de apresentar e discutir os recentes avanços nos serviços, processos e produtos para o manejo do bicudo-do-algodoeiro." Baseada em casos de sucessos regionalizados pelo País, a sala temática abordará estes assuntos em profundidade para disseminar informações e operações que continuem fortalecendo as boas práticas agrícolas no processo de produção do algodão", ressalta. Durante o painel, também será possível realizar um paralelo com modelos internacionais de redução de danos pela praga.

Na sala temática sobre "Como melhorar a qualidade HVI da fibra brasileira-enfoque na distribuição do comprimento", João Paulo Saraiva Morais, pesquisador da Embrapa Algodão, discorrerá sobre como as fibras curtas são prejudiciais no processo de fiação, e quais são os melhores parâmetros analíticos para avaliar o conteúdo em fibras curtas. Com Jean Louis Belot, pesquisador do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt) e Márcio Silveira, do Grupo SLC Agrícola, as discussões abordarão o que precisaria ser feito no campo ou nas algodoeiras para poder reduzir esse parâmetro. A temática da sala visa entender melhor o que é o conteúdo em fibras curtas do algodão, sua origem e o que precisaria ser feito para reduzi-lo o mais que possível na produção brasileira.

"Ciência, pesquisa e inovação: incentivar hoje para assegurar o futuro" traz o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, Silvio Crestana, da Embrapa Instrumentação, Evaldo Vilela, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), e Aurélio Pavinato, presidente do grupo SLC, para abordar o futuro da cotonicultura e a importância da pesquisa e da inovação na consolidação da cadeia produtiva do algodão.

Para falar sobre sustentabilidade, Marcio Portocarrero, diretor Executivo da Abrapa, e Fernando Silveira Camargo discorrerão sobre o tema "Brasil é realmente o grande player quando o tema é sustentabilidade?".

 "Os avanços e as perspectivas para o controle biológico de pragas no algodoeiro" será tema das palestras de Eduardo Barros, integrante da Comissão Científica, Lucia Vivan, da Fundação MT, Jorge Torres, Ufrpe, e Marcio Goussain. Frequentemente, o controle biológico é visto como a única opção viável, de modo a desenvolver métodos de controle de pragas que representem menor risco para os seres humanos e o meio ambiente. É com esse enfoque que as discussões transcorrerão nesta sala temática.

Marcio Souza, integrante da Comissão Científica, Valdinei Sofiatti, pesquisador na Embrapa Algodão, Edson Andrade Júnior, do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt), e Wanderley Oishi, engenheiro agrônomo formado pela ESALQ\USP, discorrerão sobre o tema "Novidades em manejo da soqueira e da tiguera do algodoeiro".

"Cultivo intensivo e indicadores de sustentabilidade" será tema da sala conduzida por Marquel Holzschuh, da SLC Agrícola, com palestras de Ciro Rosolem, da Faculdade de Ciências Agronômicas, Cássio Tormena, da Universidade Estadual de Maringá, e Ieda Mendes, pesquisadora da Embrapa Cerrados.

Para falar sobre a "Análise da viabilidade técnica e econômica das biotecnologias", o CBA traz para a sala temática Rafael Pitta, integrante da Comissão Científica, Patrick Dourado, da Bayer e Jacob Crosariol Netto, do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt).

Nelson Dias Suassuna, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Jean Belot, integrante da Comissão Científica e coordenador da ST, e Rafael Tassinari Resende, da Universidade Federal de Goiás, abordarão o tema "Uma análise sobre a genética e o posicionamento em campo das variedades de algodão". Para Belot, a oferta de variedades novas para o cotonicultor é fundamental para assegurar o crescimento dessa cultura. "Precisamos conhecer melhor as suas características agronômicas e tecnológicas, e as recomendações de uso a fim de poder expressar o seu potencial a campo", ressalta.

Segundo Belot, o CBA será uma oportunidade de os congressistas acompanharem as tendências e as políticas para a cotonicultura global.  A variedade dos temas abordados durante as reuniões técnicas do evento se deve à diversidade do público, formado por produtores de algodão, estudantes, pesquisadores, técnicos de fazenda, fornecedores de insumos, indústria, entre outros.

"A partir de uma pesquisa detalhada feita em 2020 e 2021, a Comissão Científica do 13º CBA priorizou os temas a serem abordados nesta edição", diz Belot. "Graças à escolha criteriosa dos assuntos e dos palestrantes de cada sala temática, esperamos que cada congressista receba informações confiáveis e atualizadas em sua área de interesse".

 

Confira a programação das salas temáticas, do dia 16/08/2022 no link: http://congressodoalgodao.com.br/programacao-2022/#tematicas

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Colheita da safra 2021/22 de algodão alcança 2,6% da área

São Paulo e Paraná lideram o ritmo dos trabalhos

15 de Junho de 2022

​A colheita da safra 2021/22 de algodão atingiu 2,6% da área prevista, aponta o mais recente boletim de acompanhamento da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

Entre os principais estados produtores, os percentuais são: BA (5%); GO (3,7%); MS: (3,6%); MG (4,5%) PR (90%); SP (53%). Em MT, os primeiros talhões foram colhidos para regulagem das máquinas. MA e PI iniciam a colheita nesta semana.

 

Leia: Colheita da safra 2021/22 de algodão alcança 2,6% da área - Notícia - Datagro

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Confiança no algodão brasileiro marca comércio com a Indonésia

15 de Junho de 2022

A Missão Vendedores, organizada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), fechou a etapa na Indonésia com saldo positivo. Satisfeitos com produto e preço, os industriais indonésios projetam ampliar as relações comerciais com os brasileiros.

Para isso, basta que os cotonicultores sigam investindo na melhoria dos indicadores de qualidade e na rastreabilidade do produto. "Ao longo dos anos, o algodão brasileiro melhorou muito, atingindo qualidade próxima ou até melhor que a dos Estados Unidos", atestou o CEO da Indorama Technology, Anupan Agrawal.

A empresa é uma fiação de algodão, poliéster e mistos, que utiliza algodão brasileiro, há dez anos. Indorama foi visitada pela comitiva brasileira de produtores e exportadores entre os dias 6 e 8 de junho para a troca de experiências que pauta a inciativa da Abrapa. A companhia está expandindo a indústria na Indonésia e abrindo fábrica na Turquia para trabalhar apenas com fiação de algodão.

Outro ponto positivo citado por Agrawal é o fato de que a fibra brasileira é livre de contaminação. "Além disso, os dados de HVI informados pelo Brasil são confiáveis. Há cerca de três anos, recebo a lista e já envio diretamente para a fábrica fazer o blend, sem reteste. É um relacionamento de confiança que vem sendo construído entre as partes".

Essa confiança ajuda a explicar os bons números do comércio de algodão entre Brasil e Indonésia. Em 2021, o País exportou 207 mil toneladas de algodão para a Indonésia, que é o sexto maior mercado da pluma brasileira e o país com o segundo melhor market share da pluma brasileira (41%). Neste ano comercial (de agosto de 2021 a abril de 2022), já foram embarcadas para as indústrias indonésias 133,2 mil toneladas da fibra nacional.

Sexto maior importador de algodão no mundo (foram 501 mil toneladas na safra 2020/21), a Indonésia não tem previsão de ver sua produção própria se ampliar. "Em janeiro de 2023, nosso consumo de algodão está projetado em 60 mil toneladas", antecipa Anupan Agrawal.

A Asian Cotton Industry foi outra indústria visitada pela comitiva da Abrapa. A fábrica trabalha preferencialmente com 100% de algodão brasileiro em sua fiação - desde o início das atividades – importando de outros países somente quando não há disponibilidade de embarques. Mais de 80% da produção é destinada ao mercado japonês. "Notamos a melhoria contínua nos índices de qualidade e somos fãs do algodão brasileiro", afirmou Tomy Tjandradinata, um dos proprietários da indústria.

A outra visita feita pelos brasileiros foi à Kewalrama, que produz fios para persianas, cortinas e produtos de uso industrial, e está na Indonésia com duas unidades.

A agenda foi finalizada com reunião na Embaixada do Brasil em Jacarta, com o ministro conselheiro Daniel Ferreira e o adido agrícola Bruno Breitenbach. "A participação das embaixadas na divulgação do algodão brasileiro tem sido surpreendente. É importante mostrar que os cotonicultores operam em sua maioria em estruturas familiares, mas profissionalizadas e altamente tecnificadas", ponderou o presidente da Abrapa, Júlio Busato.

A missão comercial da Abrapa e Anea na Ásia integra o programa Cotton Brazil, desenvolvido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). O objetivo é promover o algodão brasileiro no mercado internacional e desenvolver mercados principalmente na Ásia – região que concentra 99% das exportações brasileiras.

"Atualmente, somos o segundo maior exportador mundial de algodão, respondendo por 23% do mercado no ciclo 2020/2021. Mas temos potencial firme de crescimento nos próximos anos e nessas missões comerciais verificamos o quanto os países estão abertos a isso", observou o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte. Ele informa que um dos objetivos da iniciativa é a troca de informações técnicas para que os produtores possam identificar as necessidades dos clientes e que tipo de investimentos ou ajustes são necessários para a ampliação do comércio externo.

A Missão Vendedores passa também pela Tailândia e por Bangladesh. Os três países, juntos, representam 21% do total embarcado para a Ásia na safra 2020/2021, cerca de 498,5 mil toneladas da fibra. Já no ciclo atual (de agosto/2021 a abril/2022), respondem por 21% e por um volume embarcado de 313 mil toneladas de algodão brasileiro. O intercâmbio está em curso desde o dia 4 e continua até o dia 15 de junho.

 

Leia: Confiança no algodão brasileiro marca comércio com a Indonésia – Portal Campo e Negócios (campoenegocios.com.br)

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Abrapa e CBRA estarão em recesso nos dias 16/06 e 17/06/2022 - Corpus Christi

15 de Junho de 2022

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) estarão em recesso nos dias 16/06 (quinta-feira) e 17/06 (sexta-feira), em função do feriado de Corpus Christi. As atividades serão retomadas em 20 de junho (segunda-feira), no horário normal de funcionamento.

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Indústria têxtil tailandesa quer algodão brasileiro para crescer mais

​Em missão comercial pela Tailândia, produtores brasileiros de algodão identificam oportunidades para apoiar a retomada da produção têxtil no país

14 de Junho de 2022

Ensaiando uma retomada, no segundo semestre, após se recuperar dos impactos da pandemia de Covid-19 nos anos anteriores, a indústria têxtil da Tailândia tem focado no algodão como principal insumo. E o Brasil figura como um importante player para fornecer um produto de qualidade, rastreável e cultivado de forma responsável.

Essa foi a mensagem central recebida pelo grupo de cotonicultores e exportadores brasileiros durante passagem pelo país, no início de junho. A programação pela Tailândia integra a missão comercial da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), realizada em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Nacional de Exportações de Algodão (Anea) e que incluiu visitas técnicas a indústrias, reuniões com empresários e um evento setorial.

Chamado de "Missão Vendedores", o intercâmbio começou com uma visita à Thai Rung Textile, maior compradora do algodão brasileiro na Tailândia. Foi a oportunidade para os produtores conhecerem mais sobre o processo fabril da empresa, identificando oportunidades para aperfeiçoar o algodão exportado para os tailandeses.2614

"Essa busca por melhoria contínua está no sangue da cotonicultura brasileira. A partir da década de 1990, ocorreu uma união maior entre produtores rurais e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), além de outras instituições de pesquisa. O resultado foi um algodão com qualidade superior que hoje abastece boa parte do mundo", lembrou o presidente da Abrapa, Júlio Busato.

Atualmente, além de ser o quarto maior produtor mundial de pluma, o Brasil é o segundo maior exportador no globo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. "Tecnologia associada a um clima com chuvas regulares e em bom volume nos permite produzir o dobro de pluma na mesma área em comparação com os Estados Unidos, por exemplo", informa Busato.

A evolução do algodão brasileiro também foi percebida pelo mercado tailandês. Ente os países considerados prioritários pela Abrapa, a Tailândia é oitavo maior importador mundial de algodão, com 130 mil toneladas na safra 2020/21. Desse total, o Brasil respondeu por 16% com o embarque de 21 mil toneladas de pluma.

Para ampliar o market share brasileiro no mercado tailandês, o caminho das pedras foi dado durante a Missão Vendedores. "Basta continuar investindo na melhoria do índice de fibras curtas nas próximas safras e comunicar mais sobre a qualidade do algodão brasileiro", sugeriu Vitoon Sirikietsoong, um dos industriais que participou do Cotton Brazil Outlook, evento realizado na sexta (10/6), em Bangcoc.

Durante o evento, ficou perceptível para os brasileiros que a indústria têxtil tailandesa vive agora um período de busca por mais eficiência, recuperando-se dos impactos pós-pandemia. O algodão tende a ser favorecido, pois o consumidor sinaliza preferir tecidos com essa fibra natural.

Um dos destaques durante o Cotton Brazil Outlook foi a revelação de que, a partir da próxima safra, o algodão brasileiro terá a certificação oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). "Dados de origem da amostra e indicadores de qualidade serão certificados pelo governo brasileiro, assim como ocorre nos Estados Unidos", antecipou o presidente da Abrapa.

Chamou atenção dos participantes o fato de que o algodão brasileiro é o primeiro a ter rastreabilidade de ponta a ponta, opção ainda não existente para os produtos cultivados nos Estados Unidos e Austrália.

A missão comercial da Abrapa, APEX-Brasil e Anea na Ásia integra o programa Cotton Brazil, desenvolvido em parceria entre as três organizações. O objetivo é promover o algodão brasileiro no mercado internacional e desenvolver mercados principalmente na Ásia – região que concentra 99% das exportações brasileiras.

"Atualmente, respondemos por 23% do mercado no ciclo 2020/21 e temos potencial firme de crescimento nos próximos anos. Em nossas missões comerciais verificamos o quanto os países estão abertos a isso", observou Busato.

A Missão Vendedores segue até amanhã (15) passando por Bangladesh, tendo começado pela Indonésia. Os três países, juntos, representam 21% do total embarcado para a Ásia na safra 2020/21, cerca de 498,5 mil toneladas da fibra. Já no ciclo atual (de agosto/21 a abril/22), respondem por 21% e por um volume embarcado de 313 mil toneladas de algodão brasileiro.

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Confiança no algodão brasileiro marca comércio com a Indonésia

​Industriais indonésios visitados pela Abrapa mostram preferência pela fibra brasileira e estão abertos a ampliar negócio com os brasileiros

13 de Junho de 2022

A Missão Vendedores, organizada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), fechou a etapa na Indonésia com saldo positivo. Satisfeitos com produto e preço, os industriais indonésios projetam ampliar as relações comerciais com os brasileiros.

Para isso, basta que os cotonicultores sigam investindo na melhoria dos indicadores de qualidade e na rastreabilidade do produto. "Ao longo dos anos, o algodão brasileiro melhorou muito, atingindo qualidade próxima ou até melhor que a dos Estados Unidos", atestou o CEO da Indorama Technology, Anupan Agrawal.

A empresa é uma fiação de algodão, poliéster e mistos, que utiliza algodão brasileiro, há dez anos. Indorama foi visitada pela comitiva brasileira de produtores e exportadores entre os dias 6 e 8 de junho para a troca de experiências que pauta a inciativa da Abrapa. A companhia está expandindo a indústria na Indonésia e abrindo fábrica na Turquia para trabalhar apenas com fiação de algodão.

Outro ponto positivo citado por Agrawal é o fato de que a fibra brasileira é livre de contaminação. "Além disso, os dados de HVI informados pelo Brasil são confiáveis. Há cerca de três anos, recebo a lista e já envio diretamente para a fábrica fazer o blend, sem reteste. É um relacionamento de confiança que vem sendo construído entre as partes".

Essa confiança ajuda a explicar os bons números do comércio de algodão entre Brasil e Indonésia. Em 2021, o País exportou 207 mil toneladas de algodão para a Indonésia, que é o sexto maior mercado da pluma brasileira e o país com o segundo melhor market share da pluma brasileira (41%). Neste ano comercial (de agosto de 2021 a abril de 2022), já foram embarcadas para as indústrias indonésias 133,2 mil toneladas da fibra nacional.

Sexto maior importador de algodão no mundo (foram 501 mil toneladas na safra 2020/21), a Indonésia não tem previsão de ver sua produção própria se ampliar. "Em janeiro de 2023, nosso consumo de algodão está projetado em 60 mil toneladas", antecipa Anupan Agrawal.

A Asian Cotton Industry foi outra indústria visitada pela comitiva da Abrapa. A fábrica trabalha preferencialmente com 100% de algodão brasileiro em sua fiação - desde o início das atividades – importando de outros países somente quando não há disponibilidade de embarques. Mais de 80% da produção é destinada ao mercado japonês. "Notamos a melhoria contínua nos índices de qualidade e somos fãs do algodão brasileiro", afirmou Tomy Tjandradinata, um dos proprietários da indústria.

A outra visita feita pelos brasileiros foi à Kewalrama, que produz fios para persianas, cortinas e produtos de uso industrial, e está na Indonésia com duas unidades.

A agenda foi finalizada com reunião na Embaixada do Brasil em Jacarta, com o ministro conselheiro Daniel Ferreira e o adido agrícola Bruno Breitenbach. "A participação das embaixadas na divulgação do algodão brasileiro tem sido surpreendente. É importante mostrar que os cotonicultores operam em sua maioria em estruturas familiares, mas profissionalizadas e altamente tecnificadas", ponderou o presidente da Abrapa, Júlio Busato.

A missão comercial da Abrapa e Anea na Ásia integra o programa Cotton Brazil, desenvolvido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). O objetivo é promover o algodão brasileiro no mercado internacional e desenvolver mercados principalmente na Ásia – região que concentra 99% das exportações brasileiras.

"Atualmente, somos o segundo maior exportador mundial de algodão, respondendo por 23% do mercado no ciclo 2020/2021. Mas temos potencial firme de crescimento nos próximos anos e nessas missões comerciais verificamos o quanto os países estão abertos a isso", observou o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte. Ele informa que um dos objetivos da iniciativa é a troca de informações técnicas para que os produtores possam identificar as necessidades dos clientes e que tipo de investimentos ou ajustes são necessários para a ampliação do comércio externo.

A Missão Vendedores passa também pela Tailândia e por Bangladesh. Os três países, juntos, representam 21% do total embarcado para a Ásia na safra 2020/2021, cerca de 498,5 mil toneladas da fibra. Já no ciclo atual (de agosto/2021 a abril/2022), respondem por 21% e por um volume embarcado de 313 mil toneladas de algodão brasileiro. O intercâmbio está em curso e continua até o dia 15 de junho.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #23/2022

10 de Junho de 2022

- Destaque da Semana – Os fundamentos falaram mais alto que a macroeconomia esta semana, com as cotações de algodão indo no sentido inverso à queda no mercado financeiro.


-Algodão em NY – O contrato Jul/22 fechou ontem a 146,51 U$c/lp (+5,32%). Referência para a safra 2021/22, o contrato Dez/22 era cotado a 124,93 U$c/lp (+4,02%) e o Dez/23 a 96,43 U$c/lp (+1,99%) para a safra 2022/23.


- Preços - Ontem, o algodão brasileiro estava cotado a 160,75 U$c/lp (+225 pts) para embarque em Jun-Jul/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22: 140,50 U$c/lp (+25 pts).


- Altistas 1 - Commodities subiram esta semana com novas imagens de satélite mostrando a Rússia bloqueando exportações de grãos da Ucrânia.


- Altistas 2 - Imagens de satélite já haviam mostrado indícios de roubo e desvio de cargas de grãos Ucranianos para portos controlados pelos Russos.


- Altistas 3 - Com compras significativas da China e do Vietnã, as vendas líquidas semanais de algodão dos EUA totalizaram 363 mil de fardos, altas para esta época do ano.


- Altistas 4 - Apesar das chuvas recentes no oeste do Texas, a previsão é de que o clima ficará muito quente novamente a partir deste final de semana.


- Baixistas 1 – Os mercados financeiros globais caíram nesta semana com expectativa de deterioração dos números de inflação nos EUA, que serão divulgados nesta sexta.


- Baixistas 2 – As medidas restritivas chinesas parecem não ter fim. Xangai fechará oito distritos neste fim de semana para teste em massa de Covid-19, impactando 15,3 milhões de habitantes.


- Baixistas 3 – O Banco Mundial informou nesta semana que "a guerra na Ucrânia, os lockdowns na China, os gargalos logísticos e o risco de estagflação estão freando o crescimento".


- Safra 2022/23 - Os EUA já estão com 84% da área plantada. Este número é bem acima dos 70% da safra passada e dos 75% da média dos últimos cinco anos.


- Cotton Brazil 1 - Após a primeira etapa na Indonésia, a comitiva da Abrapa e da Anea (exportadores) prossegue com a Missão Vendedores agora na Tailândia.


- Cotton Brazil 2 - Além de visitas a fiações e reuniões de negócios com indústrias têxteis locais, a Abrapa promoveu um evento em Bangcoc mostrando ao mercado tailandês os principais avanços de qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade do algodão brasileiro.


- Bangladesh - No domingo, a delegação segue para Bangladesh, 2º maior importador global de algodão e um dos mercados em maior crescimento do mundo, mas ainda com pouca participação do algodão Brasileiro.


- Austrália - Fortes chuvas afetam a produção de algodão em um importante estado australiano (Nova Gales do Sul). Relatos indicam que em algumas áreas a colheita chega a acumular atraso de dois meses.


- Índia - No maior produtor do mundo, o início das chuvas de monções atrasou e está abaixo do esperado. Meteorologistas preveem melhoras nas chuvas a partir da semana que vem.


- Agenda - Hoje, 10, o USDA divulgará seu relatório de oferta e demanda de Junho.


- Safra 2022 1 - Em seu 9° levantamento de safra, a Conab estima produção de 2,81 milhões tons de algodão no ciclo 2021/22 – uma alta de 19,3% em relação a 2020/21. A projeção de acréscimo de 16,8% na área, chegando a 1,6 milhão de hectares.


- Safra 2022 2 - Mesmo com revisão negativa na produtividade (-4,25%), o Imea elevou a estimativa de produção de pluma em MT para 2,023 milhões tons (+0,28% sobre maio). Motivo: revisão positiva na área plantada (+5,23% ante maio e +22,2% sobre safra passada).


- Colheita 2021/22 - Até ontem (09/06): BA (5%); GO (3,7%); MS: (3,6%); MG (4,5%) PR (90%); SP (53%). Total Brasil: 2,6% colhido. Em MT, os primeiros talhões foram colhidos para regulagem das máquinas. MA e PI iniciam a colheita na próxima semana.


- Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


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Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Anuário Brasileiro do Algodão mostra evolução da cadeia produtiva

A Abrapa é citada em várias matérias ao longo da publicação

08 de Junho de 2022

Os avanços da cotonicultura brasileira, liderados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), junto às estaduais e aos produtores podem ser conferidos na edição 2022 do Anuário Brasileiro do Algodão. A publicação é uma iniciativa da Editora Gazeta e está disponível online.  São informações sobre produção, mercado, melhorias tecnológicas e sustentáveis, e que movimentam toda a cadeia algodoeira.

Entre os destaques, o anuário traz matéria sobre a rastreabilidade e o acompanhamento completo, desde o plantio do algodão certificado ABR (Algodão Brasileiro Responsável), até o produto na loja. Isso é possível graças ao blockchain, tecnologia que torna a informação acessível e auditável, em todas as etapas do processo. O projeto-piloto do programa SouABR se realiza em parceria com a Renner e a Reserva, numa iniciativa da Abrapa.

As perspectivas para a safra 2021/2022 também foram abordadas na publicação, que utilizou dados divulgados pela Abrapa, e que apontavam crescimento de 19,6%, o que atingiria um volume de 2,82 milhões de toneladas de pluma. Sobre o mercado, a previsão dos EUA para um consumo de algodão maior do que a produção, mas com possível redução no ciclo 2022/2023 por questões econômicas, igualmente mereceu destaque.

A produção sustentável, em que mais de 80% dos produtores de algodão têm certificação ABR, foi citada na publicação. A certificação atesta as boas práticas nas fazendas, considerando os pilares social, ambiental e econômico. As missões à Ásia, continente responsável pela maior parte das importações de algodão do Brasil, foram enfatizadas pela necessidade de promover globalmente a fibra brasileira, assim como o Congresso Brasileiro do Algodão, que se realizará entre os dias 16 e 18 de agosto, em Salvador, e que reunirá lideranças, produtores, pesquisadores e empresários do setor em ciclos de palestras para discutir assuntos da atualidade no mercado da pluma. O tema da 13ª edição do CBA será: "Algodão brasileiro – desafios e perspectivas no novo cenário mundial".

O anuário, em português e inglês, está disponível para os que acompanham a evolução da cotonicultura brasileira.

 

Leia em: https://www.editoragazeta.com.br/sitewp/wp-content/uploads/2022/06/ALGODAO_2022.pdf

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