Voltar

Programa ABR tem primeiras fazendas certificadas na safra 2021/2022

Produtores cumpriram etapas, com base em diagnóstico e melhoria, permitindo chegar em condições de obter a certificação

06 de Maio de 2022

Trinta e duas fazendas localizadas na Bahia e oito em Goiás estão entre as primeiras propriedades certificadas na safra 2021/2022. As unidades participam do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), gerido pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa). O ABR atesta as boas práticas nas fazendas, considerando os pilares social, ambiental e econômico.

Para garantir a certificação, foram estabelecidos oito critérios: contrato de trabalho, proibição de trabalho infantil, proibição de trabalho análogo ao escravo, liberdade de associação sindical, proibição de discriminação de pessoas, meio ambiente, segurança do trabalho e saúde ocupacional, desempenho ambiental e boas práticas. Sendo que os itens referentes ao trabalho infantil e ao trabalho escravo, além de liberdade de associação sindical e proibição de discriminação de pessoas devem ter total conformidade. A auditagem, na safra 2021\2022, é feita por três empresas certificadoras – ABNT, Genesis Certificações e Bureau Veritas, que trabalham na conferência das conformidades requeridas. Ao todo, são 183 itens de verificação e certificação, desde segurança e bem-estar do trabalhador até boas práticas agrícolas. A constatação, durante a auditoria, de qualquer prática em desacordo com os 51 Critérios Mínimos de Produção (CMP's) de aprovação obrigatória, conforme acordado com a BCI, elimina a fazenda do processo de certificação. As fazendas participantes do programa ABR trabalham com evolução contínua: 1ª safra – 85% de aprovação dos critérios da Verificação para Certificação da Propriedade (VCP); na 2ª safra - 87% de aprovação dos critérios da VCP; na 3ª safra - 89% e a partir da 4ª safra em diante – 90% de aprovação dos critérios da VCP.

As unidades na Bahia foram auditadas pela empresa Genesis.  Segundo a auditora Luana Bonfim, até o momento, foi possível verificar que as unidades mantêm a porcentagem de conformidade alcançada em safras anteriores.  A exceção é a utilização do Sistema de Proteção contra Descargas. O requisito foi o que menos contemplou os níveis de conformidade exigidos, ficando em 6.87. É importante observar que caso a fazenda não seja aprovada pelo auditor, por apresentar inconformidades leves e passíveis de correção, é concedido um prazo para a adaptação às regras e uma nova visita da certificadora poderá ser agendada.

De acordo com os dados da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), até junho, quando termina a etapa de certificação, espera-se que sejam atingidos 87,5% da área. Se confirmado, o percentual será 5% maior do que o registrado na safra anterior. "Ficamos muito satisfeitos com os resultados alcançados até agora", revela a coordenadora de Sustentabilidade da Abapa, Bárbara Bonfim. Segundo ela, mesmo com algumas mudanças implantadas no programa, no ano passado, sobretudo, no que diz respeito à NR31, norma que regulamenta a Segurança e Saúde do Trabalho no campo, os índices de conformidade foram considerados "muito bons".

Nas demais fazendas produtoras, o processo de adesão está em curso. No Mato Grosso do Sul (MS), por exemplo, o trabalho de campo encerrou em 12 unidades e até o final do mês de maio as informações estarão compiladas. O dado positivo é que, em relação à safra de 2020\2021, ocorreu um acréscimo de propriedades participantes do processo. Dois auditores por fazenda realizaram a conferência dos quesitos para a obtenção do certificado. MS planeja contar com área total de 23.048,6 hectares certificados, representando 89% da produção de algodão do estado.

 

Atualização do ABR

A NR 31 estabelecida pela Portaria SEPRT 22.677, de 22/10/2020, que entrou em vigor no dia 27 de outubro de 2021 - exigiu a revisão dos itens de Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente do Trabalho, previstos no Critério 6 do protocolo ABR.  Entre as novidades, está a possibilidade de realização de treinamentos e capacitações à distância e a criação do Programa de Gerenciamento de Risco no Trabalho Rural (PGRTR), incluindo os requisitos legais de prevenção de acidentes do trabalho e a Gestão de Saúde Ocupacional previstos no Inventário de Riscos do PGRTR.

A nova redação também amplia a responsabilidade sobre gestão de máquinas, equipamentos e implementos - os itens relacionados ao uso foram adequados e passíveis de serem geridos no PGRTR. Estabelece, ainda, novos requisitos legais específicos com relação às áreas de vivência, instalações sanitárias, local para refeição, alojamento, lavanderia e área de lazer, entre outros.

 

Confira mais documentos recomendados para a consulta:

•Material ABR disponível online em www.abrapa.com.br que consiste no Termo de Adesão, Regulamento ABR, lista de Verificação para Diagnóstico da Propriedade (VDP), Plano de Correção de Não Conformidades (PCNC) e lista de Verificação para Certificação da Propriedade (VCP).

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Treinamento de incerteza de medição para laboratórios de análise reuniu profissionais da cadeia do algodão

Qualificação é um dos requisitos para a implantação de um sistema de gestão de qualidade baseada na norma NBR ISO IEC 17025

05 de Maio de 2022

Profissionais dos laboratórios credenciados no programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) participaram recentemente do treinamento de incerteza de medição de análise de algodão por instrumento, realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e pelo Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA). O curso, que se realizou na modalidade virtual, faz parte do terceiro pilar do SBRHVI e é um dos requisitos para a implantação de um sistema de gestão de qualidade baseado na norma NBR ISO IEC 17025.

Por conta da importância e da complexidade do tema, os organizadores realizarão a atividade em duas partes. Sendo que essa primeira, ocorrida no dia (26\04), serviu para o alinhamento dos conceitos e definições, familiarização com os termos, identificação dos componentes de incerteza de um ensaio de análise de algodão, além da importância e abordagem da NBR ISO IEC 17025. A condução dos trabalhos foi feita pelo engenheiro Cesar Leopoldo de Souza.

A segunda etapa está prevista para o mês de novembro, na forma presencial, nas dependências da Abrapa e com transmissão online. A temática da próxima edição do treinamento será o cálculo da incerteza de medição de análise de algodão por instrumento. Entre os tópicos a serem abordados,  estão o cálculo da incerteza de medição nas características micronaire, resistência e comprimento UHML, índice de conformidade, grau de reflexão e grau de amarelamento, com base no estudo de caso do CBRA.

 

Confira os laboratórios HVI que participaram do treinamento:

 


  1. AGOPA

  2. AMPASUL

  3. ABAPA

  4. AMIPA-MINAS COTTON

  5. UNICOTTON

  6. COOPERFIBRA

  7. PETROVINA

  8. KUHLMANN SORRISO

  9. KUHLMANN RONDONOPOLIS

  10. KUHLMANN CAMPO NOVO DO PARECIS

  11. KUHLMANN SAPEZAL

  12. KUHLMANN LUCAS DO RIO VERDE

  13. EMBRAPA (CONVIDADO)

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Grupo de trabalho é criado para a divulgação de pesquisas e iniciativas voltadas ao controle de pragas e doenças do algodão brasileiro

​Primeira reunião do GT discutiu, em âmbito nacional, os desafios a serem enfrentados pelo campo iniciando pelo monitoramento de pragas e doenças

04 de Maio de 2022

Com o objetivo de divulgar iniciativas e discutir desafios enfrentados pela cotonicultura brasileira, em âmbito nacional e externo, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e a Better Cotton reuniram pesquisadores, representantes de instituições, de governo e órgão público, em um fórum para responder com maior eficiência às demandas do setor produtivo algodoeiro. A atuação do grupo visa facilitar a integração entre as áreas para que uns conheçam a operação dos outros, estimulando a condução de trabalhos interinstitucionais focados nos principais desafios e com divulgação internacional.

Durante o primeiro encontro do GT, que se realizou virtualmente na quarta-feira (27), o tema foi o monitoramento das principais pragas e doenças das lavouras. Bahia e Mato Grosso apresentaram os respectivos sistemas de monitoramento agrícola e fitossanitário, em curso, nas lavouras da região e coube aos participantes apresentarem resumidamente suas linhas de pesquisa, as ações implantadas e os principais resultados alcançados.

O pesquisador da Embrapa, Júlio Bogiani, apresentou o Monitora Oeste, ferramenta desenvolvida com tecnologia de ponta para monitorar o território de problemas fitossanitários. O aplicativo foi uma demanda da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) junto à empresa com o intuito de gerar alertas do avanço da mancha de ramulária do algodoeiro sobre as lavouras do Oeste da Bahia. Os resultados, segundo Bogiani, se mostram eficientes para o controle de pragas. A ferramenta armazena e organiza informações sobre o tipo de doença na lavoura, onde ela ocorre com maior incidência (por municípios, por exemplo), entre outros dados, e auxilia na tomada de decisões dos produtores. O Monitora Oeste é de uso gratuito, basta se cadastrar no software e o usuário receberá no celular IOS ou Android notificações sobre as ocorrências da doença na região. De a cordo com Bogiani, as informações estão em constante atualização no sistema.

O Mato Grosso usa ferramenta semelhante para o acompanhamento das lavouras contra pragas. Os pesquisadores do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMamt), Guilherme Rolim, e Jacob Crossariol, apresentaram resultados positivos relativos ao monitoramento e controle do bicudo-do-algodoeiro. Os dados levam em consideração os estudos realizados desde a safra 2012/2013. Uma das ações para garantir a solução para o problema está na mobilização de equipes de monitoramento de armadilhas nas propriedades rurais, além da disponibilização de um corpo de pesquisadores voltados efetivamente ao combate à praga. O bicudo-do-algodoeiro é a principal doença da lavoura do algodão no Brasil e atualmente é responsável por perdas de produtividade de até 75%, quando o manejo não é realizado de maneira efetiva. "Fornecemos informações às equipes, realizamos pesquisas semanalmente e redigimos alertas de praga que são enviados via Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) e aplicativos de mensagens, para que assim possamos discutir estratégias para o manejo do bicudo", explica, acrescentando que o trabalho de verificação da resistência de outras pragas também é feito na região.

A próxima reunião do GT se realizará no mês de julho e a intenção é avançar nas discussões sobre a cultura algodoeira e o combate às doenças. As reuniões serão trimestrais e se estenderão até 2023, quando será publicado o Manual de Manejo Integrado de Pragas e Doenças do algodão brasileiro, atualizado. Ao todo, serão sete encontros virtuais com duração de duas horas, onde se pretende abordar temas como: variedades e resistência das pragas, uso de produtos biológicos, métodos de aplicação, registro de novos pesticidas e controle de pragas, ervas e doenças. O vice-presidente da Abrapa e coordenador do grupo de sustentabilidade da entidade, Alexandre Schenkel, destaca a importância das discussões sobre o tema para melhorar a competitividade do algodão brasileiro no mundo, mostrando os avanços da cotonicultura quando o tema é sustentabilidade. Segundo ele, é uma excelente oportunidade para promover o encontro da comunidade científica e técnica das diferentes regiões e com isso estimular a troca de experiências e de soluções tecnológicas.

O diretor executivo da Abrapa, Márcio Portocarrero, espera que o documento atualizado sobre Manejo Integrado possa servir de subsídio aos produtores do País. "O maior desafio de produzir algodão é manejar pragas e doenças que afetam as lavouras em um ambiente tropical".

Álvaro Moreira, Gerente Sênior de Programas e Parcerias com Grandes Fazendas da Better Cotton, destacou os dez anos de parceria estratégica com a Abrapa e os avanços e as necessidades no uso de boas práticas de manejo integrado de pragas e doenças. "Vamos ser parceiros para discutir os desafios e disseminar boas práticas em toda a cadeia têxtil, seja no Brasil, seja no exterior, conectando os produtores e parceiros à crescente demanda de toda a sociedade internacional por mais rigor em critérios de sustentabilidade".

 

Saiba mais sobre o que pretende o GT:

Fórum técnico capacitado, em âmbito nacional, para discutir a superação dos atuais desafios encontrados no campo;

Monitoramento das principais pragas e doenças da cotonicultura brasileira;

Publicação de um manual atualizado de manejo integrado de pragas e doenças do algodão brasileiro.

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Desafios do Agro: o que esperar do próximo governo

03 de Maio de 2022

Abrapa na Mídia

Os desafios do agro e o que esperar do próximo governo foram os assuntos abordados na entrevista concedida pelo presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato, ao canal Agro Mais.

 

Assista:

https://youtu.be/5KOL0kv3D7o

 

Agro Mais – 02.05.2022

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter