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Blockchain e sustentabilidade: as tendências do mercado da moda

29 de Abril de 2022

Os tempos de não pensar em uma indústria da moda mais responsável ficaram para trás. Agora, consumidores e investidores pressionam startups e grandes empresas do segmento a seguir a Agenda ESG.

 

Leia:

https://app.startse.com/artigos/inovacao-na-moda-sustentabilidade

 

StartSe – 28.04.2022

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Bureau Veritas certifica fazendas de algodão com critérios de responsabilidade socioambiental

29 de Abril de 2022

O Bureau Veritas, líder mundial em Teste, Inspeção e Certificação (TIC), certifica fazendas de algodão participantes do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), garantindo boas práticas agrícolas, principalmente em relação a segurança e saúde dos trabalhadores rurais. A certificação integra o programa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e avalia critérios como cumprimento das normas trabalhistas, cuidado ambiental e conformidade técnica, fomentando uma gestão mais sustentável de fazendas brasileiras.

 

Leia:

https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/algodao/315717-bureau-veritas-certifica-fazendas-de-algodao-com-criterios-de-responsabilidade-socioambiental.html#.YmsPLtrMLIU

 

Notícias Agrícolas – 28.04.2022

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #15/2022

29 de Abril de 2022

- Destaque da Semana – Mesmo com guerra, desaceleração econômica, China sofrendo para zerar a Covid, bastou uma notícia altista vinda da Índia para o mercado bater limite de alta dois dias seguidos.


- Algodão em NY – O contrato Jul/22 fechou ontem a 147,68 U$c/lp (+7,1%). Referência para a safra 2021/22, o contrato Dez/22 era cotado a 125,0 U$c/lp (+4,01%) e o Dez/23 a 93,46 U$c/lp (+1,29%) para a safra 2022/23.


- Preços - Ontem (28/04), o algodão brasileiro estava cotado a 160,25 U$c/lp (+ 175 pts) para embarque em Mai-Jun/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22: 140,25 U$c/lp (+200 pts).


- Altistas 1 - A notícia mais altista da semana foi a possibilidade da Índia proibir temporariamente a exportação de algodão. O Ministro de Têxteis do país afirmou que estuda a medida como mais uma forma para reduzir os preços internos da fibra.


- Altistas 2 - Segundo o ministro indiano, é uma medida extrema para uma situação excepcional, mas, se necessário for, será adotada.


- Altistas 3 - Em tempos de commodities em alta, a restrição de exportações está sendo adotada em alguns países para reduzir os preços domésticos. Na Indonésia, país vizinho de Singapura que responde por 1/3 do comércio global de óleo de palma, as exportações estão suspensas até segunda ordem.


- Altistas 4 - A seca no Oeste do Texas continua grave, sem sinais de alívio.


- Altistas 5 - No curto prazo, o mercado segue muito impulsionado pelo alto número de compras a fixar pelas fiações no vencimento Jul/22. Com muito mais compradores que vendedores no mercado futuro, os preços continuam subindo.


- Baixistas 1 – O PIB norte-americano para o primeiro trimestre reduziu 1,4%. O FMI já havia revisado seus números, que agora apontam desaceleração econômica global em 2022.


- Baixistas 2 – A situação da Covid-19 na China continua preocupante. Xangai segue em lockdown. Na capital, Pequim, o governo intensifica os testes em massa e baixa restrições. O número de casos diários é baixo (49 ontem), mas a política é de “Covid-zero”.


- Plantio - Os EUA já plantaram 12% da área prevista, +2% em relação à semana anterior. Na China e no Paquistão, algumas áreas deverão ser replantadas por problemas climáticos. Na Índia, o plantio começou nas áreas irrigadas do Norte.


- China 1 - As importações Chinesas de algodão em Março/22 somaram 204 mil tons, aumento de 10% em relação ao mês anterior, mas 49% menor que mar/21.  Os EUA foram a principal origem, seguidos pelo Brasil.


- China 2 - Além da queda nas importações, o aumento dos estoques nos portos preocupa, informa a consultoria Cotlook, já que a demanda tem sido menor que o volume de desembarques. Isso porque o algodão importado está custando mais que o doméstico.


- Egito - Anos de queda na produção e na qualidade da fibra levaram o governo do Egito a assumir a gestão do mercado de algodão. A safra 2022/23 somará 97 mil ha (14% superior à registrada em 2021/22), com previsão de 320 mil fardos a serem produzidos.


- Exportações - O Brasil exportou 92,8 mil tons de algodão até 25 de abr/22. A média diária de embarque é 25% inferior se comparada a abr/21.


-  Safra 2022 1 - A colheita do algodão da safra 2021/22 já começou no Brasil. Os primeiros talhões colhidos estão localizados no Paraná (20%) e em São Paulo (11,5%).


- Safra 2022 2 - Nesses dois estados, o algodão é cultivado antes das demais regiões produtoras devido ao clima. A área plantada no Paraná é de 1.200 ha, enquanto em São Paulo são 8.940 ha.


- Preços - Consulte tabela abaixo ⬇

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Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Abrapa participa, em Bremen, de treinamento para inspetores que analisam a qualidade da fibra

Objetivo é reforçar o aprimoramento técnico para o bom funcionamento, manutenção e controle das inspeções sobre o algodão

28 de Abril de 2022

Técnicos da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participaram em Bremen, na Alemanha, de um treinamento sobre as melhores práticas para a manutenção da qualidade da fibra. A atividade compreendeu visita as corretoras de algodão, ao ICA Bremen e suas instituições, além do laboratório de arbitragem.

"A orientação contínua aos profissionais que trabalham nos laboratórios garante a qualidade das análises de algodão feitas no Brasil. Há mercado para fibras de todos os tipos, mas a indústria precisa saber exatamente o que está comprando, por isso a padronização e a confiabilidade das análises são tão importantes", afirma o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.

O curso ficou a cargo de Axel Drieling, do ICA Bremen, ligado ao Centro Global de Testagem e Pesquisa do Algodão, instituição de referência mundial para a qualidade. "Como país produtor e exportador de algodão é importante a qualificação para que sejam fornecidos resultados mais precisos pelos laboratórios no momento das análises", ressalta o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte.

O instituto alemão oferece treinamentos, consultorias, pesquisas e avaliações. Trabalha com metrologia do algodão, boas práticas e é responsável pelos ensaios interlaboratoriais com a pluma ao redor do mundo. A instituição atua também como mediadora em casos de disputa sobre a fibra vendida ao comprador e a palavra deles é a final, nesse tipo de arbitragem.

Para o gestor do programa de qualidade da Abrapa, que também integrou o grupo brasileiro, Edson Mizoguchi, o curso teve como objetivo principal reforçar o aprimoramento técnico dos inspetores para o bom controle dos laboratórios e a atualizá-los sobre as melhores práticas internacionais. "Aumentar a confiabilidade dos resultados apresentados pelos laboratórios de HVI para melhor posicionar a fibra brasileira no mercado nacional e internacional é o objetivo", destacou Mizoguchi. O evento mobilizou profissionais envolvidos diretamente na fiscalização e controle do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Abrapa, nos dias 19 a 22 de abril.

"Os treinamentos realizados em parceria com a Embrapa e a Abrapa estão auxiliando o desenvolvimento do processo de certificação pelo Mapa. Queremos garantir que a qualidade da fibra seja a mesma, tanto para o mercado doméstico, como o internacional. Desse modo, agregamos valor ao produto", afirma o coordenador geral de Qualidade Vegetal, do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Mapa, Hugo Caruso.

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Colheita da safra 2021/2022 de algodão começa no Paraná e em São Paulo

27 de Abril de 2022

A colheita da safra de algodão 2021\2022 no Brasil começou. O ritmo se intensifica no mês de junho, no entanto, produtores do Paraná e de São Paulo iniciaram os trabalhos. Nos respectivos estados, o algodão é cultivado antes das demais regiões produtoras, em função do clima.

 

Veja:

https://campoenegocios.com.br/colheita-da-safra-20212022-de-algodao-comeca-no-parana-e-em-sao-paulo/

 

Campo e Negócios – 26.04.2022

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Colheita da safra 2021/2022 de algodão começa no Paraná e em São Paulo

​Produtor paranaense colheu o primeiro “rolinho” plantado na safra

26 de Abril de 2022

A colheita da safra de algodão 2021/2022 no Brasil começou. O ritmo se intensifica no mês de junho, no entanto, produtores do Paraná e de São Paulo iniciaram os trabalhos. Nos respectivos estados, o algodão é cultivado antes das demais regiões produtoras, em função do clima. A semeadura se inicia em novembro e por isso a colheita ocorre nesta época. A área plantada no Paraná é de 1.200 hectares, enquanto em São Paulo são 8.940 hectares, na safra 2021\2022. Quarto maior produtor mundial da fibra, o Brasil finaliza o período de colheita em setembro.

Segundo o presidente da Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar), Almir Montecelli, a expectativa é positiva e os produtores da região deverão atingir a projeção de colher 1.200 hectares plantados. "Até o momento, o trabalho transcorre normalmente e com estimativas de bons resultados, como na qualidade da fibra", destaca Montecelli.

Jarbas Sylos Reis Neto, cotonicultor paranaense que optou pela cultura do algodão, há pelo menos três anos, comemora a evolução da lavoura. "Estamos na quarta safra. Trabalhamos com o manejo, mudamos o período de plantio, em virtude do clima, e temos o constante acompanhamento da cooperativa nos auxiliando. É uma lavoura que requer cuidados. Fomos surpreendidos positivamente com o preço que deixou a fibra bastante competitivo", ressalta o produtor que colheu o primeiro "rolinho" plantado na safra 2021\2022, no Paraná.

Em São Paulo, a colheita começou faz duas semanas e o beneficiamento também, segundo o presidente da Associação Paulista dos Produtores de Algodão (Appa), Thomas Derks. "Ainda é muito cedo para mensurar quanto o clima impactará na colheita. A chuva registrada no mês de março deverá prejudicar a qualidade e a produtividade, mas como estamos iniciando o processo é preciso aguardar."

Para esta safra, a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), projeta um volume produzido de 2,82 milhões de toneladas de pluma. Se confirmada, a previsão será 19,6% superior à quantidade colhida na safra 2020\2021, devido, principalmente, à recuperação de 15,2% na área plantada, que chegou a 1,579 milhão de hectares, e da alta produtividade.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #14/2022

22 de Abril de 2022

- Destaque da Semana – Depois de registrar máximas do contrato na última sexta, a semana foi de correções. Relatório do FMI mostra desaceleração global. Seca continua grave nos EUA.


- Algodão em NY – O contrato Jul/22 fechou ontem a 137,9 U$c/lp (-2,1%). O contrato Dez/22 fechou em 120,2 U$c/lp (-1,7%), enquanto Dez/23: 92,3 U$c/lp (-0,4%)


- Preços - Ontem (21/04), o algodão brasileiro estava cotado a 158,5 U$c/lp (-275 pts) para embarque em Mai-Jun/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22, o indicador era 138,25 U$c/lp (-100 pts).


- Altistas 1 - Previsão para os próximos cinco dias no oeste do Texas é de baixa probabilidade de chuvas. A projeção dos próximos 14 dias mantém o cenário de precipitação abaixo do normal e temperatura alta nos EUA.


- Altistas 2 - A seca, no entanto, não se restringe ao Texas. De acordo com o USDA, cerca de 55% da área produtora de algodão nos EUA está em locais com situação de seca.


- Baixistas 1 – O FMI divulgou novas projeções de crescimento global esta semana. Segundo o órgão, a situação da economia mundial piorou desde o último relatório do órgão, em janeiro. A previsão é de crescimento de 3,6% este ano, -0,8% do que a estimativa anterior.


- Baixistas 2 – Segundo a consultoria Cotlook, a relação de troca entre algodão e fios de algodão continua desfavorável às fiações.


- Plantio 1 - No Paquistão, apesar da escassez de água em algumas regiões, o plantio segue em bom ritmo. Na China, onde o plantio deve terminar nas próximas semanas, o algodão está emergindo bem.


- Plantio 2 - Nos EUA, 10% da área está semeada (+2% em uma semana). Na safra passada, o número era um pouco maior (11%), mas está acima da média de cinco anos (9%).


- Índia - A suspensão do imposto sobre importação de algodão até 30 de setembro impactou o mercado de fiações na Índia. Números divulgados ontem mostram a Índia como maior compradora de algodão dos EUA na semana.


- China – A China Cotton Association divulgou que o consumo de algodão em 21/22 na China deve ser 290 mil toneladas menor do que a previsão feita no mês passado pela associação.


- Qualidade 1 – Em sequência às ações de implementação do Programa Oficial de Certificação de Qualidade do Algodão Brasileiro, auditores fiscais federais agropecuários do Mapa e técnicos da Abrapa estiveram esta semana em treinamento no ICA Bremen, na Alemanha.


- Qualidade 2 – O ICA Bremen é o centro global de testagem, pesquisas de qualidade e certificação de laboratórios de algodão. O laboratório central da Abrapa já é certificado pelo ICA Bremen.


- Qualidade 3 – A Abrapa é a entidade acreditada pelo Mapa para o programa oficial de certificação de qualidade, que começará em fase piloto na safra 2022.


- Qualidade 4 – O objetivo da Abrapa e do Mapa é agregar valor ao algodão brasileiro, implementando melhorias no processo de classificação instrumental e fornecendo certificados oficiais aos clientes internacionais.


- Exportações 1 - O Brasil exportou 70,3 mil tons de algodão nas três primeiras semanas de abr/22. A média diária de embarque é 20,6% inferior quando comparada a abr/21.


- Exportações 2 - A Anea mantém a estimativa de exportação de 2,05 milhões de tons de pluma de algodão para 2022 (ano civil). Alta de 1,7% com relação a 2021 (publicação abril/22).


- Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


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Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Mais da metade do algodão brasileiro, na safra 2020\2021, está na faixa premium para o índice micronaire

O acompanhamento da cadeia é realizado por meio do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) que tem a qualidade como foco, padronizando a classificação instrumental do algodão

21 de Abril de 2022

 Elevar a qualidade e o padrão do algodão do Brasil é um compromisso contínuo dos cotonicultores. Balanço da qualidade do produto, no ano safra 2020\2021, aponta evolução em alguns parâmetros da fibra, como resistência, cor (brilho), comprimento (fibras curtas) e o índice micronaire (componentes de finura e maturidade).  A análise foi realizada em 11 laboratórios e 66 máquinas nas regiões produtoras e mostra que 95% do algodão produzido no País está de acordo com as exigências do mercado, desse total 56,6% estão na faixa premium micronaire.

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O acompanhamento da cadeia é realizado por meio do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) que tem a qualidade como foco, padronizando a classificação instrumental do algodão, informatizando o acesso aos dados de classificação.

 

No período, foram monitorados 11.993.790 fardos de algodão provenientes de cinco regiões produtoras: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais e Goiás. Desse total, 9.808.336 análises (81,8%) constam no sistema de identificação da Abrapa com todas as informações, entregando transparência, credibilidade e confiabilidade. "Os dados atestam o crescimento da qualidade da fibra brasileira na safra 2020\2021. O desafio, no entanto, é termos a máxima adesão dos produtores ao SBRHVI que visa garantir a qualidade das análises de algodão realizadas por laboratórios de classificação no País. Essa transparência, certamente, valorizará ainda mais a fibra produzida no Brasil", destaca o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.

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As análises apontaram que 95% do algodão brasileiro apresentou o índice de micronaire na faixa de 3,50 a 4,90, sendo que 56% ficaram na faixa premium (3,5 a 4,2), característica que determina a boa qualidade do produto e melhor valor de mercado,  83% apresentaram uma resistência superior a 28 gramas por tex; 84% com comprimento UHML superior a 1,11 polegada; 81% com índice de uniformidade superior a 80%; 72% com índice de fibra curta menor que 10%; 98% com grau de reflexão superior a 75% e 81% com grau de amarelamento menor que 9%.

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Apesar dos fatores climáticas terem prejudicado a safra 2020/21 (permanência de "La Niña" até abril de 2021 e ondas de frio em maio e junho), o algodão brasileiro apresentou resultados positivos considerando a série histórica de cinco safras. Além disso, 96,5% do algodão brasileiro, na safra 2020/21, apresentou um CG (HVI) nos tipos 11, 21,31,41 e 51 (padrões de cor do tipo Branco).

 

04 apesar dos fatores.pngO desafio é agregar e avançar no programa Standard

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Brasil HVI (SBRHVI) para que as próximas safras manifestem todas as características e exigências desejadas pelo mercado.

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Programa permite rastrear algodão da fazenda à vitrine da loja

Dados de produção podem ser acompanhados por meio de QR Code na etiqueta da roupa. Programa da Abrapa é pioneiro no país

20 de Abril de 2022

Abrapa na mídia

O apoio das varejistas Reserva e Renner e o uso de blockchain, tecnologia de dados criptografados, foram essenciais para a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e o Movimento Sou Algodão atraírem, além de produtores e algodoeiros já certificados com o selo SouABR (Algodão Brasileiro Responsável), fiações, tecelagens, confecções e lojas para o primeiro programa de rastreabilidade da indústria têxtil brasileira.

O projeto permite ao consumidor fazer uma verdadeira radiografia de uma peça de roupa. Pela etiqueta do vestuário certificado, pode-se conhecer desde a fazenda em que o algodão foi cultivado, passando pela fiação, a tecelagem ou malharia que desenvolveu o tecido até a empresa que o confeccionou. Todas as peças rastreáveis têm no mínimo 70% de algodão em sua composição e possuem certificação socioambiental.

 

— Quando vestir uma camisa assim produzida, o consumidor fará parte dessa história de sustentabilidade e rastreabilidade — diz o presidente da Abrapa, Júlio Busato, ressaltando que esse é o primeiro programa do tipo em nível mundial e que, a partir deste mês, está disponível para todas as marcas nacionais interessadas em aderir.

Há dez anos, a Abrapa instituiu o selo SouABR, certificando que o fazendeiro segue os padrões de sustentabilidade exigidos pela instituição, ao se enquadrar em 183 itens do questionário montado pela entidade com base na NR31, que estabelece regras relacionadas à saúde e segurança no trabalho na agricultura.

O selo também se baseia em iniciativas como a Better Cotton Initiative (BCI), organização sem fins lucrativos, criada em 2005, e com sede na Suíça.

Dados auditáveis

De acordo com a Abrapa, até agora, não era possível garantir que uma roupa havia sido feita com o algodão certificado. Uma plataforma desenvolvida ao longo de 15 meses e a adesão das duas marcas tornaram possível assegurar que somente o algodão atestado foi usado em todas as etapas do processo de produção. A fase piloto, encerrada neste mês, foi iniciada em outubro de 2021 com o lançamento da coleção de 25 mil camisetas rastreáveis pela Reserva.

A certificação da fazendo ao varejo é assegurada pelo uso do blockchain. A roupa chega à vitrine com o QR Code na etiqueta pelo qual se rastreiam todos os passos da produção. As informações sobre o caminho percorrido pelo algodão ficam digitalizadas, acessíveis e auditáveis.

Segundo Busato, o processo não permite, por exemplo, a mistura de fios com e sem selo, bem como de tecidos com e sem certificação. Atualmente, a Abrapa tem 900 marcas parceiras e Busato diz que pretende chegar a 1.200 até o fim do ano.

 

— Estamos abrindo o programa para nossas parceiras. Elas é que vão exigir isso (sustentabilidade e rastreabilidade) do mercado (de fornecedores). Por isso é que o programa vai funcionar — avalia.

 

Na fase inicial do projeto-piloto, Reserva e Renner tiveram esse papel em relação a seus próprios fornecedores, convocando-os a se engajarem no processo. Alan Abreu, coordenador do comitê de diversidade do Grupo AR&C e especialista em sustentabilidade da Reserva, conta que a varejista já buscava transparência no processo quando fechou parceria com a Abrapa.

 

— Era uma forma de desenvolvermos mais nossa cadeia de fornecimento e conseguir levar essas informações com mais transparência para os clientes.

 

A empresa possui 60 lojas próprias e 62 franqueadas, além de mais dez Reserva Mini e duas Reserva Go.

 

— Antes mesmo de chegar ao guarda-roupa das pessoas, as peças já têm sua própria história — afirma o gerente geral de sustentabilidade da Renner, Eduardo Ferlauto.

 

A previsão é que a empresa lance neste semestre uma coleção reduzida de jeans feminino feito inteiramente com algodão rastreável. A rede tem 404 unidades no país.

 

Blockchain registra 'DNA' da produção

A tecnologia blockchain que permite a rastreabilidade do processo produtivo do algodão funciona como um banco de dados seguro e criptografado, onde os registros são permanentes e imutáveis. A integração e a tradução desses dados são possíveis apenas ao acessar a plataforma de interface ao consumidor, com informações do programa SouABR, da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

 

— Por oferecer segurança e autenticidade das informações, escolhemos essa tecnologia para entregar ao consumidor a transparência e a veracidade dos dados de rastreabilidade do algodão certificado — afirma Manami Kawaguchi Torres, gestora de relações institucionais do Movimento Sou de Algodão e consultora da Markestrat.

 

As empresas da cadeia produtiva de algodão investiram em conexão de APIs, que são adaptações capazes de permitir a conexão e comunicação dos dados requeridos ao sistema blockchain, e em adequações de processos.

 

De acordo com a Abrapa, cada parceiro envolveu fornecedores de suas soluções internas de controle de produção para desenvolver essas APIs.

 

Segundo o CEO da Dalila Têxtil, André Klein, a tecelagem parceira da Reserva gastou cerca de R$ 30 mil nas mudanças de processos internos e em TI, para se adaptar ao blockchain. Já para a Abrapa, o custo do projeto se restringiu às viagens feitas às empresas e ao gasto com tecnologia com o blockchain, conta, sem revelar valores, o presidente da entidade, Julio Busato.

 

Ele diz que 85% da produção de algodão nacional já possui o selo SouABR. Por isso, diz, não haverá escassez de produto certificado para as empresas que quiserem aderir ao programa.

 

— Acredito que abra mais mercados, porque se as pessoas querem tanto sustentabilidade e rastreabilidade, agora há um programa que faz isso de ponta a ponta, desde a semente até o cabide da loja.

 

Cerca de 70% da produção são exportadas, quase tudo para a Ásia. No ciclo 2021/22, a previsão é de alta de 19% dos embarques.

Requisitos para obter o selo SouABR


  • Não praticar, não solicitar e não permitir o uso de mão de obra infantil.

  • Não se valer de falsas promessas, ameaças, coerção, abuso ou ilusões sobre condições de trabalho, localização da fazenda, descontos salariais, entre outros.

  • Não submeter empregados a trabalho forçado, jornada exaustiva e condições indignas ou degradantes de trabalho (sem acesso a água potável, por exemplo).

  • Garantir equipamentos de proteção individuais e capacitação do empregado para suas atividades, incluindo cursos de ao menos 20 horas para trabalhadores com exposição direta a agrotóxicos.

  • Ter plano de recuperação de áreas degradadas e planejamento de controle de práticas de manejo da água sem impacto a lençol freático ou cursos d'água.

  • Implementar técnicas para manter qualidade física, química e biológica do solo.


20/04/2022 - O Globo

Cláudio Marques

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Grandes varejistas e estilistas do SPFW são os novos parceiros do Movimento Sou de Algodão

​A busca, cada vez maior, pela produção de peças com a fibra natural está ganhando espaço no mercado da moda

20 de Abril de 2022

O consumidor está procurando por roupas produzidas com responsabilidade, transparência e de marcas que sejam conscientes. Essas são as premissas do Movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que valoriza a fibra natural, confortável, estilosa e versátil. O movimento conta com a participação de empresas de moda, estilistas, artesãos, fiações, tecelagens e malharias como parceiros e teve a adesão, no último mês, de 40 novos parceiros, totalizando 905 marcas. Os destaques em março foram Pernambucanas, Malwee Kids, Carinhoso e Enfim, que fazem parte do Grupo Malwee, e Ateliê Mão de Mãe e Meninos Rei, estilistas que iniciaram carreira na São Paulo Fashion Week, por meio do Projeto Sankofa, e estão no line-up oficial do evento.

Os grandes nomes das semanas de moda sempre fizeram parte do Sou de Algodão, assim como os próprios eventos. “Quando criamos o movimento, queríamos alcançar as pessoas que influenciam e levam a nossa fibra para o consumidor, para o setor têxtil e para os produtores de moda. Por isso, fizemos o nosso lançamento no São Paulo Fashion Week, em 2016, com embaixadores como Paulo Borges, Alexandre Herchcovitch e Martha Medeiros, que nos ajudaram a conectar o algodão ao universo afetivo do público”, explica Júlio Cézar Busato, produtor e presidente da Abrapa.

A parceria se torna essencial, para esse grupo, porque as marcas parceiras se unem com o propósito de promover a moda responsável e o consumo consciente, e passam essa mensagem ao consumidor. Além disso, elas podem conhecer outras empresas parceiras do movimento, como tecelagens, malharias, fiações, outras confecções e até mesmo artesãos para fabricarem acessórios que contam histórias.

Os estilistas ganham visibilidade dentro do movimento, e também podem ser convidados para desenvolver looks para ações do Movimento Sou de Algodão. Esse é o caso do editorial de moda exclusivo com modelos trans e travestis, realizado em junho de 2021, com looks desenhados pelos estilistas das marcas Assumpta e Ateliê Fomenta, além de Dário Mittmann, Mateus Cardoso, Rodrigo Evangelista e Patrick Langkammer, todos lançados no 1º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores.

Já a alta procura pelo algodão vinda de grandes varejistas, como Pernambucanas e Malwee, se explica pelos atributos da fibra, que é confortável, suave, natural e responsável. As duas possuem as ideias alinhadas com o movimento e com a Abrapa, que englobam boas práticas ambientais, sociais e econômicas. Além disso, as empresas trabalham com a fibra em suas confecções: a Malwee utiliza 76% da matéria-prima na produção de roupas, e a Pernambucanas em peças jeans.

Pequenas ou grandes empresas, todas se transformam em apenas uma, já que o Sou de Algodão atrai, agrega valor e envolve marcas de todos os tamanhos, unidas pela fibra. Para conferir todas as marcas que se juntaram ao Movimento, até agora, é só acessar o site.

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