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Começa temporada de emissão de etiquetas SAI – safra 2021/2022

28 de Fevereiro de 2022

O Sistema Abrapa de Identificação (SAI) está aberto, a partir de 01.03.2022, para emissão de etiquetas para a safra 2021/2022. Implementado em 2004 pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Abrapa, o SAI permite o rastreamento da origem e da qualidade da fibra através da etiqueta aplicada nos fardos de algodão beneficiado, conferindo confiabilidade ao produto brasileiro.

Cada etiqueta possui uma sequência numérica de código de barras, que individualiza fardo por fardo, composta de 20 dígitos. Os dois iniciais,(00) identificam o tipo de código EAN/UCC, seguidos do dígito de extensão, que indica se a Unidade de Beneficiamento de Algodão (UBA) é matriz ou filial (0 a 9). Os 6 próximos números são o código GS1 da UBA. Logo após, vem a identificação da prensa. Os 6 dígitos seguintes são a numeração do fardo e o final é o verificador. Com essa composição, tem-se a garantia de individualização dos fardos, uma espécie de "certidão de nascimento".

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Para aumentar a transparência e a acessibilidade aos dados de rastreabilidade, desde a safra passada, as etiquetas ganharam um QR Code, que direciona para a página de consulta do portal Abrapa. O sistema permite que as informações sejam acessadas de qualquer celular.

Não perca tempo. Solicite já as etiquetas de identificação por meio do Sistema Abrapa de Identificação (SAI).  E não se preocupe: aquelas emitidas em safras anteriores e que ainda não foram utilizadas não perderão a validade. Em caso de dúvidas ou dificuldades, entre em contato com a Abrapa:

sai@abrapa.com.br

atendimento.sistemas@abrapa.com.br

Cel: 61 9 9809-7748

Cel: 61 9 9975-8527

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Abrapa e Anea apresentaram panorama mundial do setor à indústria têxtil

​Entidades participaram de reunião do Conselho de Administração da Abit

25 de Fevereiro de 2022

O panorama atual e as perspectivas do mercado mundial de algodão foram tema da reunião mensal do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), realizada nesta quinta-feira (24).  O cenário foi apresentado pelo presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, e pelo diretor da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Henrique Snitcovski.

O presidente da Abit, Fernando Pimentel, lembrou que o Brasil é hoje o quarto maior produtor e o segundo maior exportador mundial da fibra e elogiou o trabalho dos produtores brasileiros. "A cotonicultura tem feito um trabalho excepcional em termos de tecnologia, evolução da produtividade, e na conquista do mercado mundial", afirmou. Pontuou, no entanto, a preocupação da indústria têxtil com a alta nos preços mundiais da pluma e com o fornecimento.

Após apresentar um rápido histórico da produção de algodão no Brasil, Júlio Cézar Busato frisou que os produtores compartilham da mesma preocupação quanto ao vai e vem da cotação. "O sobe e desce não nos interessa. Gostaríamos de ter uma situação mais estável, para podermos nos programar melhor, mas o preço do algodão é formado através da demanda e da oferta, na Bolsa de Nova York", destacou o presidente da Abrapa, diretamente de Dubai, onde lidera uma missão de vendedores.

Ao longo dos anos, os cotonicultores brasileiros foram ganhando credibilidade no mercado mundial por cumprirem com seus contratos e, hoje, comercializam cerca de 70% da safra ainda durante o plantio. Segundo Busato, os contratos antecipados garantem a continuidade do cultivo. "Não podemos correr o risco de não conseguir plantar a próxima safra porque os preços caíram entre o plantio e a colheita. Devemos manter nossa área plantada ou até aumentar,  dependendo da rentabilidade da cultura. Não podemos perder o mercado que já conquistamos", ponderou.  Assegurou, no entanto, que não há risco de falta de algodão para a indústria têxtil nacional, pois o Brasil produz três vezes mais do que consome. "Dobramos a produção nos últimos 5 anos e podemos faze isso de novo", afirmou.

O diretor da Anea apresentou dados do USDA/ WASDE sobre os principais produtores, exportadores e consumidores mundiais de algodão, destacando a ampliação da participação brasileira no mercado global e o potencial do país se tornar, em breve, o terceiro maior produtor do planeta. "O Brasil tem sido um player relevante, nos últimos dois anos se consolidou como segundo maior exportador do mundo, com 25% do comércio internacional de algodão", avaliou Henrique Snitcovski. "Deixamos de ser figurantes e passamos a ser protagonistas neste mercado, e o mundo passou a olhar mais para o Brasil", completou.

Assim como Busato, o dirigente da Anea destacou que o mercado doméstico continua sendo o mais importante para o algodão brasileiro, mas alertou para a necessidade de um maior planejamento por parte da indústria nacional: "É importante olhar pra as perspectivas do setor e se programar de maneira antecipada, junto com o mercado internacional".

Entre os desafios para a cotonicultura nacional, Snitcovski apontou o risco de perder área para o milho, caso os preços caiam muito. Também mencionou o custo dos insumos, os gargalos logísticos e a relação de preço entre algodão e fibras sintéticas. Por outro lado, lembrou que a forte agenda de marketing no mercado internacional e a regularidade de fornecimento representam oportunidades para a produção brasileira de algodão.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #08/2022

25 de Fevereiro de 2022

- Destaque 1 – Números do Outlook do USDA apontando estoques globais de algodão mais apertados em 22/23 ficaram totalmente em segundo plano com o início da guerra na Ucrânia.


- Destaque 2 – Infelizmente, a guerra que ocupa nossa atenção agora não é comercial. O conflito armado no leste Europeu traz enormes riscos à economia global, que ainda está se recuperando da pandemia de Covid-19.


- Destaque 3 – Nações aliadas da OTAN já iniciaram as sanções contra a Rússia. Entretanto, commodities não foram alvo. Evitando este tipo de sanção e liberando reservas estratégicas de petróleo, os EUA e seus aliados esperam reduzir os impactos do conflito em suas economias.


- Destaque 4 – Mesmo sem sanções (ainda?), produção e comércio de commodities (e fertilizantes) são normalmente afetados em situações de guerra.  Portos e ferrovias na Ucrânia já estão fechados, gerando pânico no mercado de cereais.


- Destaque 5 – Bancos recomendam compra de papéis atrelados a commodities. A curto prazo, as cotações de algodão podem se beneficiar, mas a elevação no custo de energia deve aumentar custos industriais, inflação e, consequentemente, impactar negativamente o consumo da fibra.


- Destaque 6 – Importante lembrar que com o cenário se agravando, fundos com grandes posições compradas (long) podem reavaliar suas aquisições. O cenário é delicado e deve ser acompanhado de perto.


- Algodão em NY – O contrato Mar/22 fechou ontem a 122,59 U$c/lp (+0,5%). Referência para a safra 2021/22, o contrato Dez/22, continua acima de 1 dólar ( 101,27 U$c/lp ), mas fechou em queda (-1,02%).


- Preços - Ontem (24/2), o algodão brasileiro estava cotado a 140,25 U$c/lp (+175) para embarque em Mar-Abr/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22 o indicador era cotado a 118,0 U$c/lp (•25 pts).


- Projeçōes 22/23 - 1 - O USDA divulgou suas primeiras estimativas para 2022/23 durante o Agricultural Outlook Forum esta semana. Apesar do aumento na produção global (27 mm de tons, +3,2%), o

consumo deve continuar sendo maior (27,5 mm de tons, +1,7%).  Assim, os estoques finais serão menores no próximo período (17,8 mm de tons, -3,1%).


- Projeçōes 22/23 - 2 - Os estoques finais projetados para 2022/23 serão os menores desde o período pré-pandemia e a relação estoque-uso projetada é de 65% (menos 3 p.p.)


- Projeçōes 22/23 - 3 - Os desdobramentos da atual guerra e demais riscos geopolíticos, além de fatores climáticos ainda não foram incorporados na análise do órgão americano.


- Paquistão - Esta semana, foi realizado em Dubai o evento Cotton Brazil Outlook 2022  para clientes do Paquistão. O evento foi muito bem avaliado pelos mais de 100 empresários Paquistaneses participantes. Houve muito interesse de estreitar os laços comerciais com o Brasil.


- Paquistão 2 - O evento, que ocorreu nos dias 23 e 24/2, foi realizado pelo programa Cotton Brazil, parceira entre Abrapa, Anea e Apex Brasil. O público-alvo foi a indústria têxtil do Paquistão, 3º maior consumidor e 4º maior importador mundial de algodão.


- Agenda - Abrapa, Anea e Apex Brasil seguem com a Missão Vendedores agora na Turquia. Além de reunião de negócios e visitas a indústrias têxteis, será realizado o evento Cotton Brazil Outlook 2022 nas cidades de Gaziantep (28) e Kahranmarash (1º).


- ABR - Está aberta a temporada de adesão ao programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) para a safra 2021/ 22. A certificação é renovada anualmente. O ABR atua em benchmark com a Better Cotton (BCI).


-  Exportações - O Brasil exportou 112,6 mil tons de algodão nas três primeiras semanas de fev/22. A média diária de embarque é 38,5% inferior quando comparado com fev/21.


-  Semeadura 2021/22 - Até ontem (24/2) 99,8% da área já havia sido semeada no Brasil. Restam ainda os últimos talhões a serem plantados em MG e GO.


- Preços - Consulte tabela abaixo ⬇



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Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Abrapa e CBRA não terão expediente nos dias 28 de fevereiro, 01 e 02 de março

25 de Fevereiro de 2022

Abrapa e CBRA não terão expediente nos dias 28 de fevereiro, 01 e 02 de março.

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Câmara Temática de Insumos faz recomendações para evitar nova crise de abastecimento

Documento foi elaborado a pedido da ministra Tereza Cristina

24 de Fevereiro de 2022

A Câmara Temática de Insumos Agropecuários, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), encaminhou à ministra Tereza Cristina um relatório com recomendações pra enfrentamento da crise de insumos. O documento foi apresentado em reunião ordinária do colegiado, nesta terça-feira (22). Presidida pelo cotonicultor Arlindo Moura, ex-presidente e atual conselheiro da Abrapa, a Câmara tem por finalidade propor, apoiar e acompanhar ações para o desenvolvimento das atividades das cadeias produtivas do agronegócio brasileiro.

A produção agrícola brasileira depende, fundamentalmente de insumos importados. Estima-se que cerca de 85% dos fertilizantes e de 90% dos defensivos sejam fornecidos por outros países. Potencializada pela pandemia de COVID-19 e de outros fatores políticos nos principais países fornecedores desses insumos para o Brasil, a crise logística e energética internacional provocou uma disparada no preço dos insumos na largada da safra 21/ 22.

Visando identificar as causas, mitigar riscos e evitar maiores consequências à agropecuária nacional, a ministra Tereza Cristina criou um Grupo Temático no âmbito da Câmara Temática de Insumos Agropecuários. O tema foi analisado durante mais de 70 dias por representantes da indústria, produtores rurais e demais elos da cadeia de insumos e resultou em algumas recomendações ao Mapa.

Fortalecer e avançar na chamada diplomacia de insumos é uma das prioridades identificadas. Em outras palavras, o GT propõe um maior estreitamento das relações diplomáticas brasileiras com os principais fornecedores de insumos e a diversificação de parceiros comerciais, para garantir o fornecimento no curto, médio e longo prazos.

Outra recomendação diz respeito à vigilância ativa dos gargalos logísticos observados no fluxo de navios a granel e no transporte de contenedores desde o ano passado. Durante a reunião de hoje, diversas integrantes da Câmara manifestaram preocupação com relação à infraestrutura logística internacional e receio de uma nova crise. O tema foi apontado por Clorialdo Roberto Levrero, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), como um dos principais desafios para 2022, junto à regularização da entrega de matérias-primas e á reversão do aumento da carga tributária promovida pelos governos estaduais nos últimos dois anos.

Como ações de curto prazo, o GT sugere ajustes pontuais em procedimentos regulatórios, agilidade no desembaraço aduaneiro e nos pontos de estrangulamento logístico e a manutenção das boas práticas comerciais entre produtores e fornecedores, incluindo a diluição das demandas ao longo dos períodos que antecedem as campanhas de plantio.

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Programa ABR está aberto para adesões na safra 2021/2022

​Certificação socioambiental é renovada a cada safra nas unidades produtivas

24 de Fevereiro de 2022

Começou a temporada de adesão ao programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) para a safra 2021/ 2022. Executado pela Abrapa em benchmark com a Better Cotton (BCI), o ABR atesta o compromisso das unidades produtivas com a sustentabilidade. A certificação é renovada anualmente, com assessoria técnica das associações estaduais. No atual ciclo, participam do programa Ampa, Ampasul, Abapa, Agopa, Amipa, Appa, Apipa e Amapa.

O ABR promove a gestão sustentável das fazendas por meio da evolução progressiva de boas práticas sociais, ambientais e econômicas. Na atual temporada, o protocolo de certificação foi atualizado, de forma a atender à renovação do benchmark com a Better Cotton e à nova redação da Norma Regulamentadora - NR 31, que estabelece os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho rural.

A renovação da parceria com a BCI ampliou o incentivo a boas práticas agrícolas, como o compromisso do uso eficiente de defensivos e de técnicas de manejo para manter e melhorar a estrutura e a fertilidade do solo. Também foi incluída a responsabilidade de utilização da plataforma digital e manutenção dos recibos de vendas e transações de Better Cotton.

Já a nova redação da NR 31 - estabelecida pela Portaria SEPRT 22.677, de 22/10/2020, que entrou em vigor no dia 27 de outubro de 2021 - exigiu a revisão dos itens de Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente do Trabalho, previstos no Critério 6 do protocolo ABR.  Entre as novidades, está a possibilidade de realização de treinamentos e capacitações à distância e a criação do Programa de Gerenciamento de Risco no Trabalho Rural (PGRTR), incluindo os requisitos legais de prevenção de acidentes do trabalho e a Gestão de Saúde Ocupacional previstos no Inventário de Riscos do PGRTR.

A revisão também amplia a responsabilidade sobre gestão de máquinas, equipamentos e implementos - os itens relacionados ao uso foram adequados e passíveis de serem geridos no PGRTR. Estabelece, ainda, novos requisitos legais específicos com relação às áreas de vivência, instalações sanitárias, local para refeição, alojamento, lavanderia e área de lazer, entre outros.

Com as atualizações,  a lista de Verificação Diagnóstico da Propriedade (VDP) passa a ter 201 itens e a lista de Verificação para Certificação da Propriedade (VCP), 183 itens, organizados nos mesmos 8 critérios:


  • Critério 1. Contrato de Trabalho

  • Critério 2. Proibição de Trabalho Infantil

  • Critério 3. Proibição de Trabalho Análogo a Escravo

  • Critério 4. Liberdade de Associação Sindical

  • Critério 5. Proibição de Discriminação de Pessoas

  • Critério 6. Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente do Trabalho (NR31)

  • Critério 7. Desempenho Ambiental

  • Critério 8. Boas Práticas Agrícolas


Os critérios 2, 3, 4 e 5 passam a ser de conformidade obrigatória. Além disso, tanto na VDP quanto na VCP, há 51 Critérios Mínimos de Produção (CMP's) de aprovação obrigatória, conforme acordado com a BCI.

A evolução obrigatória e contínua permanece a mesma:

1ª safra – 85% da VCP para certificação

2ª safra 87% da VCP

3ª safra - 89% da VCP

4ª safra em diante – 90% da VCP

São documentos do programa ABR, na safra 2021/2022:

1.Regulamento

2.Termo de adesão

3.VDP

4.VCP

5.Modelo de certificado

6.Modelo de selo

Todas as unidades produtivas/produtores que aderem ao programa ABR, passam pelo processo de auditoria externa conduzido por um órgão certificador independente, reconhecido internacionalmente. Na safra 21/22, as certificadoras de terceira parte são ABNT,  Gênesis e Bureau Veritas. Em razão dos cuidados sanitários impostos pela pandemia de Covid19, foi definida a seguinte regra:

Fazendas de primeira e segunda safra de auditoria - certificação presencial;

A partir da terceira safra - certificação presencial, por sorteio, em 30% das unidades produtivas e virtual nas demais.

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Cotonicultores brasileiros buscam expansão de mercado no Paquistão e Turquia

​Missão Vendedores, realizada pelo programa Cotton Brazil, da Abrapa, pretende ampliar ainda mais os negócios com os dois países, que já têm o Brasil como segundo maior fornecedor da pluma

22 de Fevereiro de 2022

Começou segunda-feira (21/02) a Missão Vendedores, iniciativa de promoção e desenvolvimento de mercado realizada pelo programa Cotton Brazil, da Associação Brasileira de Produtores de Algodão, Abrapa. Uma comitiva com cotonicultores brasileiros prospecta a indústria têxtil da Turquia e do Paquistão para fortalecer a presença e o relacionamento entre os dois países.

A missão é uma das atividades do Cotton Brazil, programa criado pela Abrapa para ampliar a participação do algodão brasileiro no mercado global. Assim como o programa, o intercâmbio comercial é realizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea).

Missão Vendedores inicia pela Expo 2020, em Dubai, com foco na indústria têxtil paquistanesa. O Paquistão é o quinto maior consumidor mundial de algodão, tendo importado aproximadamente 1,2 milhão de toneladas no ano comercial 2020/21. É o terceiro maior importador da pluma brasileira, com 12% de market share e um volume superior a 280 mil tons importadas no último ciclo comercial.

Para mostrar como o Brasil pode ampliar ainda mais o fornecimento ao Paquistão, a Abrapa realiza nos dias 23 e 24 de fevereiro o Cotton Brazil Outlook 2022, em Dubai. O evento, presencial, terá palestra com apresentação de dados sobre o mercado de algodão brasileiro e também roda de negócios e networking entre brasileiros e paquistaneses. Mais de 100 indústrias com sede no Paquistão já confirmaram presença no evento.

Além disso, a comitiva brasileira representará o agro brasileiro em uma série de agendas setoriais na Expo 2020, como o AgriTalks, promovido pela Apex-Brasil, em 23 de fevereiro.

Após Dubai, a Missão Vendedores parte para uma agenda de negócios nas cidades turcas de Gaziantep, Kahranmarash e Istambul, incluindo visita a indústrias têxteis e reuniões com empresários locais. Na programação, destaque para a realização de mais duas edições do evento Cotton Brazil Outlook 2022.

Assim como o Paquistão, a Turquia é um parceiro relevante para o comércio externo de algodão do Brasil. No ano comercial 2020/21, o país foi o quarto maior importador de pluma brasileira. As importações somaram 279 mil toneladas, o que correspondeu a 12% do volume embarcado pelo Brasil. Na temporada atual (2021/22), já foram compradas 119 mil toneladas, e a expectativa da Missão Vendedores é de que esse volume se amplie após os contatos que serão realizados in loco.

O Brasil é atualmente o segundo maior fornecedor de algodão tanto para a Turquia como para o Paquistão, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Saiba Mais. A Missão Vendedores é promovida pela Abrapa, desde 2015, e visa aproximar cotonicultores nacionais do mercado comprador, num intercâmbio de informações e promoção de networking. Além de rodas de negócios, a iniciativa sempre inclui visitas às fábricas locais para que os produtores conheçam os modelos de negócio dos países compradores e também as demandas técnicas das fiações.

Esta é primeira edição a ser organizada após a pandemia de Covid-19 e também depois do lançamento do programa Cotton Brazil, responsável pela promoção e prospecção de mercados para o algodão brasileiro. O programa é realizado em parceria com Apex-Brasil e Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), além de receber apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

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Abrapa integra missão do Mapa ao Irã

Com ministra Tereza Cristina, entidades e empresas do agro foram conhecer oportunidades de negócios

21 de Fevereiro de 2022

A Abrapa integrou a missão oficial do governo brasileiro ao Irã, realizada na última sexta-feira (18) e sábado (19). A delegação, liderada pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, contou com entidades e empresas de diversos setores da agropecuária, como Aprosoja /MT, ABIEC, ABPA, BR foods – Frango, Friboi, JBS e OCB.

A viagem teve como objetivo conhecer melhor o mercado iraniano e avaliar as possibilidades de negócios entre os dois países. A Abrapa esteve representada pelo vice-presidente, Alexandre Schenkel, e pelo diretor de Relações Internacionais, Marcelo Duarte. Ambos participaram de um fórum com empresários iranianos e de reunião ampliada do Ministério da Agricultura do Irã, além de sessões B2B entre empresas dos dois países.

Schenkel aproveitou a oportunidade para apresentar um panorama da cotonicultura brasileira. Lembrou que o Brasil já foi grande importador de algodão e se tornou exportador há poucos anos, mas já ocupa a posição de segundo maior fornecedor mundial da fibra. "Apesar de sermos jovens como exportadores, construímos laços de confiança com os mercados que fomos conquistando", destacou.

Atualmente, não há exportação direta de algodão do Brasil para o Irã, mas há potencial para a parceria. O mercado têxtil iraniano está em expansão e hoje a estimativa é de que as importações sejam de 120 mil toneladas da pluma por ano, o que posiciona o país entre os dez maiores importadores de algodão no mundo.

Por outro lado, desde 2019 o Irã é um importante fornecedor de uréia, insumo usado na fabricação de fertilizantes. Entre as possibilidades para ampliar o comércio bilateral está a chamada operação de barter (permuta) entre uréia e algodão.  "O Irã sofre sanções internacionais. Portanto, é importante analisar cuidadosamente para que as operações, uma vez iniciadas, sigam todas as regras de compliance", avalia o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte. "Vamos trabalhar junto ao Ministério da Agricultura, para que as exportações aconteçam dentro das regras vigentes do comércio global", explica.

O diálogo entre a Abrapa e o Irã teve início em novembro de 2021, em uma reunião virtual com a Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), a Embaixada do Brasil em Teerã e empresas têxteis iranianas.

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Empreendedoras apostam no algodão para criar de forma sustentável

Movimento Sou de Algodão é destaque no projeto Um Só Planeta/ PEGN

21 de Fevereiro de 2022

Abrapa na Mídia

 

Empreendedoras apostam no algodão para criar de forma sustentável

 

O comércio da fibra gerou receita de R$ 18,9 bilhões na temporada 2020/2021, segundo a Abrapa

 

O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de algodão. O país ocupa o quinto lugar no ranking, atrás de China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. Entre agosto de 2020 e julho de 2021, o país exportou 2,4 milhões de toneladas da fibra natural, um recorde. O comércio da matéria-prima gerou receita de US$ 3,7 bilhões (R$ 18,9 bilhões) na temporada 2020/2021, de acordo com a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão). Além das grandes fábricas têxteis espalhadas pelo país, o algodão também é insumo para pequenas empreendedoras que encontraram nele uma forma de aflorar a criatividade e produzir de forma mais consciente e sustentável.

 

Suzana Romero já tinha experiência com a indústria têxtil, setor em que toda a sua família materna trabalhou. Mesmo com a formação em moda e os 15 anos de vivência no segmento no currículo, ela só foi encontrar a inspiração para a sua marca, Dacorda, em outro continente. Enquanto morava na Austrália, ela realizou um curso e, em uma das aulas, estudou sobre manipulação de materiais têxteis. Foi ali que começou a fazer experimentações com cordas, itens fundamentais no seu trabalho atual, iniciado em 2017, quando retornou ao Brasil. “Quando comecei a estudar moda, não existia isso de sustentabilidade. Quis criar o oposto do que eu vi antes, não queria jogar nada fora e queria trabalhar com resíduos”, conta. Com o material, ela cria, ao lado da mãe, itens de decoração e acessórios.

 

A arquiteta Nádia Doncatto deixou de atuar integralmente na profissão quando teve filhos, passando a pegar projetos esporadicamente. Moradora da região da Serra Gaúcha, ela tinha vontade de fazer algo diferente e encontrou no tricô gigante uma inspiração. “Eu queria trabalhar com algo que olhassem e se apaixonassem, trazendo movimento para a minha vida profissional”, relembra. Ao lado da sócia Andressa Merlin, percorreu as malharias da região para encontrar uma forma viável de produzir os itens, já que a lã era difícil de manusear e manter. O algodão foi a resposta para a criação da Hygme, há cinco anos. Como enchimento, as sócias decidiram usar fibra de poliéster, proveniente da reciclagem de garrafas PET.

 

À frente da Liga Transforma, coletivo com foco em moda sustentável criado durante a faculdade, a empreendedora Lourrani Baas faz a criação de peças com retalhos de tecidos. O projeto beneficia mulheres em situação de vulnerabilidade, que recebem suporte e qualificação profissional para atuar na área. “Além de ajudar o planeta, os nossos produtos são autorais, com informação de moda. Estamos vivendo a época da regeneração da moda, precisamos rever os processos para impulsionar a produção consciente e sustentável”, afirma.

 

As três microempreendedoras encontraram no algodão a forma de tirar seus planos do papel e caminhar com as próprias pernas. Além da questão da sustentabilidade, a matéria-prima promove um toque mais agradável e confortável ao corpo, um fator importante para a confecção de roupas e objetos de decoração que entram em contato com a pele. Elas também ressaltam a importância de promover o crescimento da cadeia de produção da fibra natural, da plantação até a chegada ao consumidor final. “O algodão é fincar as raízes no que importa. Espero que a gente consiga alavancar o sustentável, o limpo e o consciente por meio dele”, pontua Baas.

 

Adeptas da economia circular, elas desenvolvem iniciativas para diminuir o impacto que deixam no planeta com seus produtos. Romero, por exemplo, trabalha com logística reversa, desmanchando os itens antigos e transformando em novos, investindo na vida útil da matéria-prima. Os restos das linhas das cordas não usadas também são guardados e transformados em enchimento para bonecas e, mais recentemente, em papéis artesanais que serão utilizados como embalagem.

 

Desde 2016, o Brasil conta com o Movimento Sou de Algodão, iniciativa criada pela Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) para promover a moda e o consumo responsável. Tendo como embaixadores os estilistas renomados Alexandre Herchcovitch, Martha Medeiros e Paulo Borges, o movimento formou uma cadeia para valorizar os profissionais que vivem do algodão. “Começamos a nos juntar para demonstrar como a fibra é essencial na moda, como em produtos de cama, mesa e banho, passando pelo jeans até chegar à camiseta. Além disso, a parceria ajuda a levar informação ao consumidor sobre a origem de suas roupas e a estimular o uso do algodão responsável”, afirmou Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa.

 

Entre os 830 parceiros da iniciativa, 673 são marcas de pequeno porte (microempresas e MEIs), sendo a maioria (561) confecções. Busato aponta que a presença de pequenos empreendedores no movimento demonstra o potencial das interações para a geração de novos negócios. “O algodão é muito importante na nossa economia, movimenta grandes indústrias e é fundamental para centenas de microempreendedores individuais que encontraram uma forma de sobreviver à crise econômica que vivemos”, finaliza.

 

Para participar do movimento, os produtos precisam ter, no mínimo, 70% de algodão na composição. Uma vez parte da iniciativa, as marcas ganham espaço no do site Sou de Algodão, com divulgação de seus produtos.

 

PEGN – por Rebecca Silva – 21.02.2022

https://revistapegn.globo.com/Um-So-Planeta/noticia/2022/02/empreendedoras-apostam-no-algodao-para-criar-de-forma-sustentavel.html

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Sou de Algodão Conecta promove terceiro webinar para marcas parceiras

Com participação da apoiadora institucional Ecomaterioteca, o tema 'tecidos responsáveis' foi escolhido, pensando na demanda dos consumidores pela busca de produtos mais sustentáveis

18 de Fevereiro de 2022

O terceiro webinar Sou de Algodão Conecta, promovido pelo Movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), aconteceu ontem (17/02), por meio da plataforma Zoom, exclusivamente para marcas parceiras, com a temática abrangendo a demanda das empresas  por tecidos responsáveis e produtos mais sustentáveis.

 

A apresentação foi realizada pela Ecomaterioteca, um acervo itinerante no qual são reunidos, catalogados e classificados materiais têxteis, com a intenção de fomentar práticas sistêmicas de produção de vestuário e acessórios de moda. O foco foi o registro do aumento na procura do consumidor por mais sustentabilidade nas roupas. Nesse cenário, o encontro reforçou a importância de que a cadeia têxtil incorpore práticas responsáveis em seus processos e produtos. Com o intuito de auxiliar marcas e a indústria na escolha de matérias-primas e incentivar uma moda mais consciente, o projeto organizou uma biblioteca de tecidos de origem responsável.

 

A apoiadora institucional do movimento compartilhou sua expertise no desenvolvimento de um critério para organizar os tipos de tecidos. Em 2016, perceberam que muitos designers gostariam de criar produtos utilizando materiais sustentáveis, mas não eram conhecidos e não estavam catalogados. Pensando em transformar a indústria da moda, a Ecomaterioteca criou um sistema para catalogar e classificar as matérias-primas, tornando-se um apoio para os criadores.

 

O webinar foi apresentado por Gabriela Leite Marcondes Schott, CEO da Ecomaterioteca e designer de moda, que iniciou sua participação, declarando que, como premissa, todos os tecidos que fazem parte do acervo, precisam ser fabricados e comercializados no Brasil. Denise Frade, diretora criativa da Ecomaterioteca e colaboradora do blog Sou de Algodão, também participou da conversa e comentou que, quando lançaram a iniciativa no Museu da Moda, em 2016, as pessoas ficaram impressionadas com a grande diversidade de tecidos responsáveis, que podem ser maleáveis e coloridos. "Foi a partir desse momento que entendemos a necessidade de as pessoas conhecerem todos os tipos de tecidos", reforça.

 

Elas explicaram que as indústrias começaram a procurá-las para entender o que elas próprias fabricavam, se eram tecidos ecológicos ou sustentáveis, por exemplo, e, por isso, passaram a trocar ideias e experiências, além de orientações, para poderem definir os critérios do catálogo.

 

Gestão mais sustentável

Pensando sobre uma gestão em que as marcas precisam entregar mais responsabilidade aos consumidores, Denise afirma que é possível criar coleções sem gerar resíduos. "A indústria de confecção precisa dispor de processos produtivos mais eficientes e limpos, além de modelos mais inovadores para atender as demandas de maneira mais competitiva e sustentável a longo prazo", finaliza. Para poder entregar essas questões, as representantes da Ecomaterioteca afirmam que é possível começar fazendo pequenas mudanças, com metas alcançáveis e tangíveis.

 

De acordo com a proposta apresentada, é importante começar com os seguintes passos: ter propósito, conhecer o mercado e escolher um nicho para empreender, tendo diferentes modelos de negócios; pesquisa e seleção de matérias-primas e fornecedores da indústria nacional; processo produtivo eco-eficiente, priorizando a abordagem sobre modelagem, corte sem desperdícios e costura alternativa; terceirização e rastreabilidade do processo produtivo; gestão dos resíduos têxteis terminais; processo criativo com design de superfície têxtil; comunicação de valor, identidade, propósito e posicionamento da marca.

 

Outro ponto abordado durante o  webinar Sou de Algodão Conecta foi de que é possível saber como as pessoas vão consumir a moda. "Nós temos que pensar que as pessoas buscam por um impacto positivo, representatividade, transparência, consciência, causa, valor e sustentabilidade e responsabilidade. As marcas deveriam se alinhar com os valores pró-sustentabilidade e contar histórias verdadeiras", reforça Gabriela.

 

Segundo a CEO da Ecomaterioteca, atualmente são mais de 800 amostras de artigos diferentes, entre tecidos, fios, embalagens, botões, etiquetas, que são catalogadas e classificadas entre biodegradáveis, ecológicos, orgânicos e sustentáveis de mais de 40 indústrias têxteis nacionais parceiras. "Essas empresas podem transitar em mais de uma categoria de tecido, podendo estar em todas as nossas classificações. Colocamos os selos e certificados, entregando transparência, rastreabilidade e comprovação que a tecnologia foi corretamente aplicada", explica Gabriela.

 

Tipos de tecidos 

Conforme estipulado pela Ecomaterioteca, os tecidos responsáveis são classificados em quatro categorias: biodegradáveis, são feitos de matérias-primas que se decompõem em menos de três anos após o descarte correto, como a poliamida biodegradável, por exemplo; o ecológico, que tem fios produzidos com o menor impacto ambiental, como baixa economia de água e energia, menor uso de matéria-prima virgem e consumo de produtos químicos; os tecidos sustentáveis, que são derivados de materiais reciclados, sem uso de água e zero emissão de carbono, por exemplo, como os que vêm da garrafa PET; orgânico, no qual é necessário ser produzido com fios naturais e saudáveis de manejo responsável; e, por último, existem os tecidos biotêxtil, que é feito a partir de células vivas ou microrganismos como colônias de bactérias e fungos.

 

A Ecomaterioteca 

O principal objetivo é democratizar o conhecimento, a pesquisa e a inovação em sustentabilidade. Os serviços disponibilizados são consultoria, mentoria, curadoria têxtil, oficinas, cursos, palestras e venda de kits para teste. "Estamos alinhados com as políticas da ONU em sua agenda para 2030, pois suas ações caminham para levar a sociedade ao consumo mais consciente e responsável, ao reaproveitamento e à reciclagem dos resíduos, promovendo o bem-estar para todos, na medida em que isso se reflete na gestão dos recursos do planeta", explica Gabriela.

 

Sou de Algodão Conecta

Além de demonstrar a versatilidade da fibra, o movimento é um ambiente propício para novos negócios e aprendizados. Com este objetivo, foi lançado em agosto de 2021, o Sou de Algodão Conecta, uma iniciativa para integrar, nivelar o conhecimento sobre o algodão e a responsabilidade  da cadeia, e promover a colaboração.

 

Sobre Sou de Algodão

É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, com 85% da produção com a certificação ABR.

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