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Algodão: plantio atinge 74% da área estimada no País, diz Abrapa

Matéria do Estadão Conteúdo, publicada pela revista Globo Rural

31 de Janeiro de 2022

Algodão: plantio atinge 74% da área estimada no País, diz Abrapa

A associação prevê cultivo de 1,547 milhão de hectares na safra 2021/22

 

O plantio de algodão da safra 2021/22 atingiu 74% da área prevista até quinta-feira passada (27), informou a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em relatório semanal. A semeadura avançou 12 pontos porcentuais em relação à semana anterior.

 

A implantação das lavouras da fibra está ocorrendo em seis Estados: Bahia (84%), Goiás (86%), Maranhão (86%), Minas Gerais (85%), Mato Grosso (69%) e São Paulo (90%). No Paraná, no Piauí e em Mato Grosso do Sul, o plantio foi concluído.

 

A associação prevê cultivo de 1,547 milhão de hectares com algodão na safra 2021/22, alta de 13,5% em relação à temporada anterior. A estimativa para a produção nacional é de 2,71 milhões de toneladas, volume 16,5%% superior ao colhido na temporada 2020/21.

 

A Abrapa informou também que o Brasil exportou 162,6 mil toneladas de algodão nas três primeiras semanas de janeiro. A média diária de embarques está abaixo ante igual período do ano passado.

 

https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/Algodao/noticia/2022/01/algodao-plantio-atinge-74-da-area-estimada-no-pais-diz-abrapa.html

Revista Globo Rural – por Estadão Conteúdo – 31.01.2022

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #04/2022

28 de Janeiro de 2022

Pesar - Um dos precursores do trabalho de promoção internacional do algodão brasileiro nos deixou nesta semana. A Abrapa e diversas entidades do mundo do algodão expressaram seu pesar pelo falecimento de Andrew Macdonald, na quarta-feira (26). Macdonald, que ainda estava ativo em diversos órgãos, inclusive representando o Brasil, foi presidente da International Cotton Association (ICA), coordenou diversas missões internacionais do algodão brasileiro e dentre os reconhecimentos em vida que ele mais se orgulhava estavam a condecoração da Ordem do Império Britânico (OBE) concedida pela rainha da Inglaterra e o título de “Personalidade do Algodão”, agraciado pela Abrapa em 2003. Descanse em paz, Andrew.


- Destaque da Semana – O mercado recuou um pouco esta semana, puxado pelo mercado financeiro internacional. A partir de hoje até a manhã do dia 7/Fev, os mercados estarão fechados na China durante as celebrações do ano novo Chinês.


- Algodão em NY – O contrato Mar/22 fechou ontem (Quinta) a 121,65 U$c/lp (-1%). Referência para a safra 2021/22, o contrato Dez/22 fechou a 98,83 U$c/lp (-0,2%).


- Preços - Ontem (27/01), o algodão brasileiro estava cotado a 139,50 U$c/lp (queda de 150 pts) para embarque em Fev-Mar/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22, o indicador era cotado a 114,25 U$c/lp (alta de 50 pts).


- Altistas 1 – O número de contratos a fixar pelas fiações continua muito alto (12 milhões de fardos precisam ser fixados até meados de Junho).


- Altistas 2 – O relatório semanal de vendas de exportação dos EUA mostrou mais uma vez vendas fortes e embarques fracos. As vendas (de mais de 500 mil fardos) foram 300% do ritmo semanal necessário para cumprir as estimativas, enquanto os embarques (202 mil fardos) ficaram em 50% do volume semanal necessário.


- Baixistas 1 – O FMI divulgou seu World Economic Outlook de janeiro, indicando que o crescimento global deve desacelerar de 5,9% em 2021 para 4,4% em 2022 e ser ainda mais baixo em 2023: 3,8%.


- Baixistas 2 - Os gargalos logísticos estão distorcendo o quadro de oferta e demanda, uma vez que enquanto falta algodão no destino, existem estoques disponíveis na origem. Essa distorção tende a se ampliar mais com a entrada das safras 2022 do hemisfério sul (Brasil e Austrália).


- Paquistão - Atenta à baixa produtividade na safra de algodão, a All Pakistan Textile Mills Association (APTMA) está em pé de guerra com o governo local. Os órgãos públicos estariam dificultando a liberação de variedades de alto rendimento, por serem produzidas por empresas privadas.


- China 1 - A China Cotton Association (CCA) divulgou sua pesquisa de intenções de plantio 2022/23 em 11 províncias, que colocou a área de algodão em 2,87 milhões de ha (queda de 0,4%).


- China 2 - O Brasil liderou o fornecimento de algodão à China em dezembro, contribuindo com 64% do total importado pelo gigante Asiático no mês.


- China 3 - No fechamento de 2021, entretanto, o Brasil ficou em 2o lugar entre os fornecedores de algodão para a China, com 30% do total. Em 1o lugar ficaram os EUA, com 38,7% do total importado pelo gigante Asiático.


- Índia 1 - A indústria têxtil indiana corre contra o tempo para convencer o governo a incluir a suspensão de imposto sobre algodão importado no orçamento federal a ser publicado em 1º de fevereiro.


- Índia 2 - A Índia aparece novamente como o segundo maior comprador de algodão americano nesta semana, com 64 mil fardos. Na semana passada, mencionamos que produtores Indianos estavam inseguros com o real tamanho da safra atual do país.


- África 1 - O case bem sucedido de melhoria na qualidade do algodão brasileiro foi um dos temas apresentados nesta quarta pela Abrapa a 15 países africanos em evento da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE).


- África 2 - Desde 2009, a Abrapa coopera com o continente africano, levando a experiência brasileira para impulsionar o desenvolvimento do setor algodoeiro em Benin, Burquina Faso, Chade e Mali.


- Agenda - Na próxima Terça-feira, 01/Fev iniciará o ano novo Chinês. Este será o ano do Tigre no extremo Oriente. Feriado geral no país semana que vem.


- Exportações - O Brasil exportou 162,6 mil tons de algodão nas três primeiras semanas de jan/22.


-  Semeadura 2021/22 - Até ontem (27/01): BA (84%); GO (86%); MA (86%); MG (85%); MS: (100%); MT: (69%); PI (100%); PR (100%); SP (90%). Total Brasil: 74% plantado.


- Preços - Consulte tabela abaixo

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Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Abrapa analisa produção e mercado do algodão

Entrevista ao canal Terraviva

28 de Janeiro de 2022

Abrapa analisa produção e mercado do algodão



O cenário internacional de oferta e demanda de algodão foi tema de entrevista do presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, ao programa Agro Manhã, transmitido simultaneamente pelos canais Terraviva e Agro Mais. Busato ressaltou que o consumo mundial estimado para este ano é de 27 milhões de toneladas da pluma, contra uma expectativa de produção de 26,3 milhões, o que se traduz em uma grande oportunidade para os cotonicultores brasileiros.



Assista: https://youtu.be/m3OsRQ0X7bo


Terraviva - Agro Manhã - 18.01.22

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Workshop de boas práticas reúne laboratórios e técnicos do Mapa

Curso oferecido pela Abrapa foi ministrado pelo ICA Bremen

28 de Janeiro de 2022


Workshop de boas práticas reúne laboratórios e técnicos do Mapa



A Abrapa promoveu, esta semana, mais um curso de aprimoramento técnico para os laboratórios responsáveis pela análise de qualidade da fibra brasileira. O Workshop de Boas Práticas de Análise de Algodão 2022 foi ministrado pelo Centro Global de Testagem e Pesquisa do Algodão (ICA Bremen), instituição de referência mundial que congrega o Faserinstitut Bremen, o Bremen Fibre Institute (FIBRE) e o Bremer Baumwollboerse (BBB).




De acordo com Edson Mizoguchi, gestor do Programa de Qualidade da Abrapa Standard Brasil HVI (SBRHVI), o curso foi uma oportunidade para reforçar o aprimoramento técnico e a padronização dos itens essenciais para o bom monitoramento, manutenção e controle das centrais de climatização dos laboratórios. Também permitiu a atualização sobre as melhores práticas internacionais.




O workshop foi ministrado pelo consultor Axel Drieling, que participou da estruturação do programa SBRHVI. “A atualização permanente é importante porque os requisitos e as oportunidades no trabalho do laboratório mudam ao longo dos anos. É importante que todos os laboratórios trabalhem em conjunto e identifiquem e implementem os desenvolvimentos necessários”, ressalta Drieling.




A orientação contínua aos laboratórios é um dos pilares do programa SBRHVI e garante a qualidade das análises de classificação do algodão pelo padrão internacional por instrumentos de alto volume do tipo HVI, aceitas comercialmente no mundo todo. Os resultados, além de influenciar no preço, são fundamentais para toda a cadeia, da produção à indústria. Por isso, o trabalho dos laboratórios é monitorado e orientado de perto pelo Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) da Abrapa, com a promoção de cursos periódicos como o realizado esta semana.




O Workshop de Boas Práticas contou com a participação de 35 profissionais que atuam na rede de laboratórios credenciados ao SBRHVI. Também estiveram presentes 15 Fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e 2 pesquisadores da Embrapa, como parte do Treinamento para auditores fiscais federais agropecuários em qualidade de fibra de algodão - capacitação para o Programa de Certificação Voluntária da Cadeia de Algodão, em fase de implementação. “Foi um passo muito importante para a certificação do algodão brasileiro. Quanto mais gente com conhecimento, melhor será para a valorização da nossa pluma”, avalia Mizoguchi.




O diretor da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov/DAS) do Mapa, Glauco Bertoldo, acredita que o treinamento foi muito importante, pois levou aos Auditores Fiscais Federais Agropecuários o conhecimento necessário para validação do sistema de autocontrole.  “Com essa validação, será possível o Mapa certificar o algodão brasileiro e agregar mais credibilidade a esse produto que, reconhecidamente, possui excelente qualidade”, afirma.

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Abrapa compartilha experiência brasileira com países africanos

​Iniciativa é coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação

26 de Janeiro de 2022

A experiência brasileira de desenvolvimento da cotonicultura a partir da utilização de alta tecnologia e da busca constante de melhoria da qualidade da fibra é um exemplo para os países africanos. O compartilhamento deste know how é um dos objetivos do seminário "Integração Africana para o Melhoramento Genético Sustentável do Algodão", promovido pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE).


O evento online, iniciado nesta quarta-feira (26), reúne representantes da ABC, de instituições brasileiras do setor público e privado e dos 15 países parceiros da cooperação técnica do Brasil na África. A Abrapa participou da abertura do evento.  Desde 2009, a entidade apóia a iniciativa de cooperação com o continente africano, levando sua experiência na promoção do associativismo e do cooperativismo, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento do setor algodoeiro nos países do C4 - Benin, Burquina Faso, Chade e Mali.


"Entendemos que os pequenos e médios cotonicultores somente poderão ser competitivos se estiverem organizados em associações que os representem nos assuntos que demandam ação política junto aos poderes constituídos e, ao mesmo tempo, coordenando ações de promoção comercial e de difusão de novas tecnologias", afirmou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, na abertura do seminário.


Ele lembrou que a retomada do cultivo do algodão no Brasil ocorreu nos últimos 20 anos. Com o apoio da Embrapa e de empresas de pesquisa privadas, foi possível introduzir variedades transgênicas que possibilitaram resistência a pragas, maior produtividade por área e melhor qualidade de fibra.  "Entendemos que dessa forma, nos preparamos para ocupar o posto de um dos maiores produtores e exportadores de algodão do mundo e esperamos que a nossa colaboração no projeto de Cooperação possa servir de modelo a ser seguido pelos países que fazem parte da iniciativa", concluiu.


O Programa Brasileiro de Apoio ao Fortalecimento da Cotonicultura em países em desenvolvimento da África, coordenado pela ABC com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), é executado em parceria técnica com instituições nacionais públicas e privadas de excelência no setor do algodão.

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ALGODÃO PELO MUNDO #03/22

21 de Janeiro de 2022

- Destaque da Semana – Subindo desde o Natal, as cotações de algodão atingiram novas máximas esta semana e já superaram o patamar pré-Omicron. Até ontem, com apenas 20 dias do ano, as cotações de algodão já haviam subido 10%.


- Algodão em NY – O contrato Mar/22 fechou ontem (Quinta) a 122,87 U$c/lp (+5,2%). Referência para a safra 2021/22, o contrato Dez/22 fechou a 99,01 U$c/lp (+3,5%).


- Preços - Ontem (20/01), o algodão brasileiro estava cotado a 141,00 U$c/lp (alta de 650 pts na semana) para embarque em Fev-Mar/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook).


- Altistas 1 – O principal aspecto não relacionado ao mercado de algodão que vem impactando os preços das commodities é a inflação. Fundos vêem as commodities como porto seguro em períodos inflacionários.


- Altistas 2 – Na bolsa americana (NY ICE), o número de fardos certificados para entrega física (um indicador importante de mercado) está baixo, já que as empresas estão focadas nas exportações do primeiro bimestre. Exportadores querem evitar a rolagem de entregas devido à inversão do mercado.


- Altistas 3 – O número de contratos a fixar pelas fiações continua muito alto (12,2 milhões de fardos precisam ser fixados até Junho). Segundo analistas, este número é o maior da história para esta época do ano. Para fixar, as indústrias precisam comprar contratos, o que gera pressão altista no mercado.


- Baixistas 1 – Nas relações EUA-China, o presidente americano Joe Biden disse esta semana que não está pronto para suspender as tarifas que seu antecessor impôs às importações chinesas, apesar dos pedidos de empresas dos EUA.


- Baixistas 2 - É precioso continuar acompanhando os desdobramentos da Covid-19, que ainda não ficou no retrovisor, infelizmente.


- China 1 – As importações de algodão pela China em Dez/21 totalizaram 140 mil tons (+47% em relação a nov).   O total de agosto a dezembro atingiu 457 mil tons e caiu 59% em relação à temporada passada para o mesmo período.


- China 2 – As importações de fios de algodão da China também totalizaram 140 mil tons em Dez/21 (-8% que nov). O total de agosto a dezembro somou 805 mil tons, uma queda de 7% em relação ao mesmo período de 2020.


- Índia - Na Índia, a indústria têxtil está preocupada com desabastecimento devido à safra menor. As fiações estão importando algodão para entrega em abril-maio-junho, assumindo que o governo removerá a taxa de 10% sobre a importação.


- Austrália - Chuvas na Austrália têm animado os produtores por lá. Além de permitir o aumento da área projetada para esta safra, a precipitação está enchendo açudes e bacias. As projeções para a próxima safra (21/22) Australiana variam entre 1,1 e 1,2 milhões de toneladas, 100% para exportação.


- Agenda - Hoje pela manhã, o USDA divulgará suas vendas e exportações semanais. Esse relatório foi adiado até sexta-feira devido ao feriado de Martin Luther King Day. Analistas esperam ver bons dados de vendas e embarques.


-  Exportações - De acordo com dados do Ministério da Economia, o Brasil exportou 123,6 mil tons de algodão na primeira quinzena de jan/22. A média diária de embarque é 9,75% inferior a jan/21.


- Semeadura 2021/22 - Até ontem (20/01): BA (84%); GO (84%); MA (67%); MG (85%); MS: (98%); MT: (40%); PI (81%); PR (100%); SP (81%). Total Brasil: 52% plantado.


- Preços - Consulte tabela abaixo ⬇

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Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Webinar debate Brasil como potência agroambiental

ABR é apresentado como exemplo de sustentabilidade do agro brasileiro

21 de Janeiro de 2022

Webinar debate Brasil como potência agroambiental



O Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) é um exemplo do comprometimento dos agricultores brasileiros com a sustentabilidade. A iniciativa foi apresentada pelo presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, no webinar "O Brasil como Potência Agroambiental", realizado nesta sexta-feira (21) pela revista A Granja,  O debate contou com a participação de Samanta Pineda, especialista em direito socioambiental, e Bernardo Pires, gerente de Sustentabilidade da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).



Busato contou que há 17 anos os cotonicultores contam com o Sistema Abrapa de Informações (SAI), que permite saber onde e por quem cada fardo de algodão brasileiro foi produzido e beneficiado. A rastreabilidade possibilitou a implementação do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que completa 10 anos.  "A ideia da Abrapa, junto com as associações estaduais, era que os produtores estivessem legalizados tanto ambientalmente quanto na parte trabalhista", lembrou.



Para obter a certificação ABR, cada fazenda deve atender a 178 itens nos pilares social, ambiental e econômico, o que implica no cumprimento de 100% da legislação trabalhista, das normas da OIT e do Código Florestal brasileiro. "Temos o programa de sustentabilidade mais completo do mundo, porque só o Brasil tem um código florestal", afirmou o presidente da Abrapa. Hoje, 84% de todo o algodão nacional tem o selo ABR.



"O agro nacional é permanentemente atacado e isso tem um viés econômico. O que temos que fazer é ir lá e mostrar o que estamos fazendo de bom e temos muito para mostrar. Estamos produzindo e preservando o país", ponderou Busato.  A advogada Samanta Pineda também enxerga as críticas internacionais como barreiras comerciais à produção agrícola brasileira. "A forma de proteção comercial que o mundo tem contra esta potência que é o Brasil é atacar algumas coisas, mas escolheram o lado errado porque também somos uma potência ambiental", avaliou.



A especialista em Direito Socioambiental ressaltou, ainda, que nenhuma lei do mundo prevê Áreas de Preservação Permanente (APPs) e reservas legais, que chegam a 80% da propriedade em algumas regiões brasileiras. "Não existe, em nenhum outro lugar, um ônus para o produtor rural igual ao nosso. O Código Florestal é a lei mais rígida do planeta em termos de obrigações ambientais", salientou. "O Brasil é a solução tanto para a segurança alimentar do planeta quanto para as mudanças climáticas", concluiu.



O gerente de Sustentabilidade da Abiove, Bernando Pires, mostrou que mitos sobre o agro brasileiro – como a afirmação de que a soja está acabando com a Amazônia - podem ser facilmente contestados com dados. Segundo ele, a cultura ocupa 6 milhões de um total de 420 milhões de hectares, o equivalente a 1,3%. Além disso, toda a produção agrícola do país representa apenas 8% do território nacional e 98% estão em áreas que atendem integralmente ao estabelecido no Código Florestal. "O Brasil mostra para o mundo que é possível produzir e preservar", afirmou no encerramento do debate.



A gravação do webinar está disponível em  https://youtu.be/rqyH9QREeYo

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Produzir e preservar é possível e a cotonicultura pode provar

Artigo do presidente da Abrapa para a Revista Globo Rural de dezembro

20 de Janeiro de 2022

Abrapa na Mídia


Produzir e preservar é possível e a cotonicultura pode provar

A iniciativa Floresta + Agro irá mostrar o protagonismo dos produtores de algodão na proteção de áreas de conservação ambiental


JÚLIO CÉZAR BUSATO*


A produção brasileira de algodão foi apresentada na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas - COP26 como exemplo de comprometimento do agro nacional com a preservação ambiental e a sustentabilidade. Não por acaso, nossa cotonicultura é referência mundial no processo de certificação da fibra, trazendo segurança e as melhores técnicas e práticas para o desenvolvimento da cultura.


O Brasil lidera o ranking global de produção de algodão sustentável desde 2013. Na safra 19/20, 38% da pluma licenciada pela Better Cotton consumida no mundo saiu de lavouras brasileiras. O índice deve se manter na safra 20/21, com a adesão maciça dos produtores ao programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que atua em benchmarking com a Better Cotton Initiative (BCI).


O ABR tem como arcabouço as legislações trabalhista e ambiental brasileiras, consideradas das mais completas e exigentes do mundo. Para obter a certificação, cada fazenda deve cumprir 178 itens nos pilares social, ambiental e econômico. A certificação implica, ainda, no cumprimento de 100% do Código Florestal, uma legislação que só existe no Brasil. Isso torna o ABR o programa de sustentabilidade mais completo em nível mundial. Vale ressaltar que, nas propriedades produtoras de algodão no Cerrado, a preservação da mata nativa até mesmo excede os 35% determinados por lei nas chamadas Reservas Legais (RL).


Ao incluírem o custo ambiental em seu planejamento produtivo, os cotonicultores brasileiros incorporaram a consciência ambiental à cultura organizacional para gestão das atividades nas fazendas. Após 10 anos de muito trabalho e investimentos, temos orgulho em dizer que 81% do algodão produzido no Brasil em 2021 têm o selo ABR.


Esse esforço agora será reconhecido por meio do recém lançado Floresta + Agro, uma iniciativa inédita de união entre Ministério do Meio Ambiente, agricultores e empresas do setor, que visa fomentar e consolidar o mercado de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). O programa cria o ambiente legal para que as empresas possam reconhecer o papel dos produtores rurais na melhoria, recuperação, monitoramento e conservação da vegetação nativa em suas propriedades, em todos os biomas.


Tais atividades englobam vigilância, proteção e monitoramento territorial, combate e prevenção de incêndios, conservação do solo, da água e da biodiversidade, entre outras. O pagamento pode ser direto ou indireto, monetário ou não. Mais do que remunerar e incentivar tais ações, o Floresta + Agro permitirá mostrar ao mundo e ao próprio Brasil o que os produtores estão fazendo em termos de preservação ambiental. Por seu consolidado comprometimento com a sustentabilidade e pelo enorme ativo ambiental de suas lavouras, o algodão sai na frente neste processo.


Está em vias de ser assinado um memorando de entendimento entre MMA, Abrapa, Bayer, John Deere e Fendt que representará o lançamento do Floresta + Algodão - mais um passo para a implementação de uma economia verde no Brasil. O acordo prevê incentivos por serviços ambientais das atividades de monitoramento, conservação e recuperação da vegetação nativa, realizados pelos produtores de algodão nas áreas de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente.


Produzir e preservar é possível e isso precisa ser reconhecido pela sociedade brasileira e pela comunidade internacional.


*Júlio Cézar Busato é presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa)



https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Opiniao/Vozes-do-Agro/noticia/2021/12/produzir-e-preservar-e-possivel-e-cotonicultura-pode-provar.html


Revista Globo Rural – Vozes do Agro – 21.12.2021

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Vozes do Agro: Pandemia expõe gargalos na logística marítima internacional

​Artigo do presidente da Abrapa para a Revista Globo Rural

19 de Janeiro de 2022

Pandemia expõe gargalos na logística marítima internacional


Setor cotonicultor apresentou sugestões ao governo federal para desenvolver a indústria portuária no Brasil


JÚLIO CÉZAR BUSATO*


O reaquecimento da demanda mundial - resultado dos pacotes de resgate de diversos governos e da vacinação em massa - é, sem dúvida, uma excelente notícia para a economia global. Por outro lado, traz problemas conjunturais e expõe gargalos estruturais na logística internacional de trânsito de mercadorias.


O que vemos, hoje, é uma escassez de contêineres, com escalada sem precedente nos custos dos fretes e enormes filas em portos ao redor do planeta, comprometendo o fluxo de importações e exportações. O atual cenário marítimo-portuário impõe desafios ao agronegócio brasileiro, de uma forma geral, e à cotonicultura em particular.


Além do aumento do valor dos contêineres do Brasil para os mercados asiáticos, principal destino do algodão brasileiro, são constantes as rolagens de datas de embarque e o cancelamento de bookings. Só saberemos o custo exato desta situação para a cadeia do algodão no final da safra.


Até o momento, segundo estimativas da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), de 50 a 100 mil toneladas que seriam embarcadas no segundo semestre de 2021 foram transferidas para o primeiro semestre de 2022. O atraso nos embarques implica em custos adicionais de financiamento, armazenagem, seguro, etc.


Na prática, a média diária de embarques em outubro foi cerca de 20% inferior á registrada no mesmo período em 2020. O volume equivale ao recuo da produção na safra 20/21, que totalizou 2,32 milhões de toneladas contra 3 milhões de toneladas no ciclo anterior. As tradings que já tinham frete contratado estão conseguindo escoar um volume importante e acreditamos que todo o algodão comercializado será efetivamente embarcado, ainda que em um prazo maior.


A escassez mundial de contêineres e navios não é um problema novo e resulta, principalmente, da alta concentração das empresas marítimas. A pandemia de Covid-19 potencializou e expôs o gargalo logístico internacional, com descompasso entre oferta e demanda e natural priorização de rotas mais atraentes, como Ásia, Estados Unidos e Europa. As necessárias medidas sanitárias contra a Covid-19 contribuíram para o agravamento da situação – exemplo disso é o fechamento parcial dos portos chineses de Yantian Ningbo-Zhousha, devido a casos de covid entre os trabalhadores portuários.


Sem dúvida passamos por momentos piores, quando, no auge da pandemia, não tínhamos para quem exportar. Se hoje nos confrontamos com alguma dificuldade logística, é porque conquistamos o posto de segundo maior exportador de algodão do planeta, graças ao comprometimento dos cotonicultores brasileiros com qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade e nossos esforços de promoção da pluma brasileira no exterior.


O pior já passou e superaremos mais este desafio. O quadro conjuntural, no entanto, reaviva o debate sobre a necessidade de medidas estruturais que assegurem a competitividade do agro brasileiro e nossa participação no comércio global. Nesse sentido o setor, representado pelo Instituto Pensar Agropecuária (IPA) e pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), apresentou algumas sugestões ao governo federal, tais como aplicar as ferramentas da Lei dos Portos e aprovar Projeto de Lei de incentivo à navegação de cabotagem; equilibrar melhor o crescimento da agropecuária com a oferta de terminais ao longo da costa brasileira e com adequada estrutura de transporte interno; desenvolver a indústria portuária no Brasil e investir em portos para receber navios de grande porte. Ainda que não seja possível prever ou evitar novas crises, tais ações amenizariam os impactos de um novo colapso do transporte marítimo global na economia nacional.


*Júlio Cézar Busato é presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).


https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Opiniao/Vozes-do-Agro/noticia/2021/11/pandemia-expoe-gargalos-na-logistica-maritima-internacional.html


Revista Globo Rural – Vozes do Agro – 24.11.2021

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Agro News Especial/Algodão: Preços internos devem se manter sustentados ao longo do ano

​Reportagem publicada no site Broadcast Agro

19 de Janeiro de 2022

Agro News Especial/Algodão: Preços internos devem se manter sustentados ao longo do ano


Os preços pagos pelo algodão brasileiro devem seguir firmes ao longo deste ano, segundo fontes do setor ouvidas pelo Broadcast Agro. A perspectiva

considera a manutenção de cotações sustentadas no mercado internacional, o dólar valorizado ante o real e a elevada paridade de exportação da fibra brasileira. A demanda firme também dá suporte aos preços, com aumento no consumo doméstico e expectativa de alta nas exportações, que tendem a absorver a maior oferta disponível.


"O cenário é de pelo menos manutenção dos preços atuais. As cotações internacionais estão sustentadas, os prêmios estão elevados nas principais praças produtoras e o mercado global está forte. O Brasil vai acompanhar essa tendência", disse o analista de inteligência de Mercado da consultoria StoneX, Marcelo Di Bonifácio Filho.Para ele, os preços físicos da pluma no País podem subir ainda mais, caso o dólar amplie sua valorização ante o real. "Em ano de eleições, o cenário cambial é incerto, mas é provável que o dólar continue pelo menos sustentado ante o real. A moeda desvalorizada é positiva para as exportações da pluma e para a paridade de exportação, que influenciam nas cotações internas", apontou.


A mesma leitura é feita pelo Itaú BBA. "No Brasil, as cotações também devem seguir firmes, puxadas pelas elevadas cotações internacionais, taxa de câmbio enfraquecida e pelo já elevado volume previamente comercializado da pluma", comentaram analistas do banco em relatório divulgado nesta quarta-feira. A instituição financeira pondera, entretanto, que altas maiores na cotação da fibra tendem a ser limitadas pela fragilidade do mercado doméstico.


Em 2021, o indicador de preço do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), com pagamento em oito dias, acumulou alta de 69%. O destaque no ano foi a quebra consecutiva dos recordes das cotações da pluma. Ontem, o indicador atingiu novamente o maior nível dos últimos 25 anos - desde o início da série histórica de preços do Cepea -, encerrando a R$ 6,6924 por libra-peso. O indicador subiu 2,23% ante o dia anterior, avançou 3,8% na semana e, no mês, há alta de 4,43%. Analistas do Cepea destacam, em comentário semanal, que o indicador já renovou por cinco vezes a máxima nominal nestes primeiros dias de 2022. A média do indicador na parcial de janeiro está 2,6% acima da paridade de exportação. Segundo eles, o maior consumo, a produção inferior e os menores estoques de passagem mundial e nacional devem dar suporte à cotação do algodão em pluma no início deste ano. "Além disso, diante dos atuais patamares dos preços internacionais, da elevada paridade de exportação e o fato de que boa parte da safra 2020/21 já está comprometida, os valores domésticos devem continuar firmes e/ou em alta também na entressafra", avaliam os analistas do Cepea.


Do lado da demanda, os fundamentos também são altistas para os preços locais. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima aumento de 25 mil toneladas no consumo local da pluma no País, de 750 mil toneladas. "Trata-se de uma leve alta, acompanhando a recuperação da economia brasileira, que tende a não ser tão forte", disse o analista da StoneX. As exportações brasileiras devem aumentar ante o ano anterior, influenciadas pela previsão de maior produção local. O crescimento dos embarques, contudo, continua limitado por questões logísticas internacionais, como a escassez de contêineres para exportação e o elevado custo do frete marítimo. A Conab projeta exportação brasileira de algodão de 2 milhões de toneladas na safra 2021/22. "Há espaço para a exportação ser melhor que na temporada anterior em virtude da safra cerca de 11% superior", afirmou Bonifácio Filho. A Ásia tende a seguir como o principal mercado para a pluma brasileira.


Nem a previsão de aumento na oferta brasileira deve frear a sustentação das cotações, já que o maior volume disponível está sendo absorvido pelo mercado nacional e internacional. A Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) estima que o Brasil deve produzir de 2,71 milhões a 2,8 milhões de toneladas de algodão na safra 2021/22, que será colhida neste ano, pelo menos 16,5% a mais do que na temporada anterior. Números da comercialização antecipada da temporada corroboram as perspectivas de demanda aquecida. Segundo dados da Abrapa, 61% da safra, que começa a

ser colhida em meados de julho, já está vendida. "Grande parte já está travada e devemos entrar na colheita com 90% da safra comercializada em meio aos bons níveis de preços. Isso dá tranquilidade ao produtor cobrir o seu custo de produção", observou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.


Este cenário de preços firmes, contudo, deve seguir apertando as margens da indústria, que enfrenta dificuldades no repasse do aumento do valor da commodity ao produto final em meio à conjuntura nacional de desemprego e crise econômica. "Há uma inflação geral de custos, de máquinas, energia, mão de obra, matéria-prima que limita a rentabilidade da indústria têxtil. O setor tende a acompanhar o nível de atividade econômica da indústria geral, de recuperação, mas estas variáveis devem ser acompanhadas", comentou Bonifácio Filho.


Já para os produtores, a expectativa é de boa rentabilidade na safra 2021/22, com os preços atrativos compensando o incremento no custo produtivo, segundo o presidente da Abrapa. "Acreditamos que será mais um ano de preços firmes, talvez não nos patamares atuais, mas próximos, se a demanda mundial por algodão se manter nos níveis atuais", disse Busato.


Na avaliação de Busato, o custo para produzir a pluma da safra 2021/22, que está sendo plantada, foi superior ao da anterior, mas ainda com adubos e defensivos sendo travados em patamares mais favoráveis que os atuais ao produtor. "Esta safra não será muito mais cara, em virtude das compras de insumos bem antecipadas pelos produtores, aproveitando oportunidades de mercado e preços menores. Os insumos já estão sendo entregues nas propriedades", observou Busato. O analista da Stonex corrobora: "Para esta safra, que está sendo plantada, o impacto da alta de adubos e fertilizantes tende a não ser muito expressivo porque os insumos foram comprados antecipadamente para entrega neste início do ano."


Safra 21/22 - Motivados pela boa lucratividade da cultura e pelos fundamentos consistentes de demanda, os cotonicultores brasileiras tendem a semear área 13,5% maior na safra atual, de 1,547 milhão de hectares. A Abrapa estima que mais de um terço, 35%, da área estimada foi implantada, mesmo com excesso de chuvas que atrasaram o plantio em algumas regiões. "A Bahia praticamente encerrou a semeadura, exceto em áreas irrigadas. Mato Grosso, principal produtor nacional, tende a iniciar o plantio de algodão segunda safra na próxima semana, à medida que a soja é colhida", explicou o presidente da Abrapa.


As chuvas volumosas e fortes que foram reportadas no Nordeste do Brasil refletem em menor potencial de rendimento na Bahia, segundo Busato. Esse provável recuo de produtividade, contudo, tende a ser compensado pelo aumento na colheita mato-grossense. "A Bahia representa 25% do total produzido no País. Essa perda de potencial é compensada, mas ainda há condições de o Estado ter uma boa safra", comentou.


No geral, as expectativas com a safra nacional são boas, com condições favoráveis ao plantio em janela adequada em Mato Grosso, onde as chuvas se anteciparam e ocorreram ao longo de dezembro e janeiro, conforme Busato. "Agora, os fatores climáticos, especialmente a partir de abril, são importantes e podem refletir na colheita. Estamos otimistas, pois a previsão aponta para redução das chuvas a partir da próxima semana", acrescentou Busato.


A consultoria StoneX também vê um cenário positivo para a atual safra com a colheita da soja no período ideal em Mato Grosso e condições favoráveis ao plantio de algodão. "Os problemas que ocorreram na temporada passada, com atraso na janela da soja e estiagem no desenvolvimento do algodão, que comprometeram a produção brasileira, não devem se repetir neste ano", pontuou Bonifácio Filho.


Broadcast Agro – por Isadora Duarte – 12.01.2021

http://www.broadcast.com.br/cadernos/agro/?id=L25PdlNJWjFTWFdyRGJLR1ZkZEphdz09

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