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Cotonicultura celebra ano de desafios e conquistas

Recorde de exportações e lançamento de programa inédito marcaram 2021

09 de Dezembro de 2021

A cadeia do algodão se reuniu, nesta quarta-feira (8), para comemorar mais um ano de desafios e conquistas para os cotonicultores brasileiros. O encontro, promovido pela Abrapa, contou com a presença dos principais parceiros e de entidades do setor têxtil e do agronegócio.



"Aprendemos muita coisa com a pandemia. Não há males que não tragam algo positivo", afirmou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.  Segundo ele, a força do setor vem da união e organização dos produtores, por meio das nove associações estaduais que integram a Abrapa. Todas foram visitadas pelo presidente da Abrapa  ao longo de 2021. "Isso me trouxe a certeza do potencial que cada região tem em termos de clima e de solo", frisou Busato.  "Quando você chega lá estão pai, mãe, filho, nora, filha, genro e até os netos. Isso é a nossa grande força e, com certeza, vai nos tornar, num curto período de tempo, o maior exportador, num espaço maior, o maior produtor mundial de algodão", destacou.



O secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, representou a ministra Tereza Cristina no evento e enalteceu o compromisso dos cotonicultores com a sustentabilidade. "O algodão brasileiro tem esse caminho. Somos o quarto maior produtor e o segundo maior exportador mundial, com 100% de rastreabilidade, que é o que o mundo pede a todos os nossos setores, e mais de 80% com a certificação ABR. São números avassaladores", salientou. "A Abrapa tem feito um excelente trabalho, representando o agro nacional", avaliou o secretário executivo.



O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza, também destacou que o algodão brasileiro é referência global e conquista cada vez mais mercados com sua qualidade e sustentabilidade. "Sabemos que o mundo olha o Brasil como uma potência agropecuária, mas também como uma potência ambiental e precisamos entender isso. É o que a Abrapa está fazendo", pontuou Souza. "Nosso papel, no Parlamento, é dar segurança jurídica. As leis precisam ser modernizadas, para acompanhar os costumes e os mercados, e reguladas", afirmou.



Ao final da cerimônia, o presidente da Abrapa agradeceu a dedicação e o esforço da diretoria colegiada em um ano de muito trabalho, ainda que remoto. Entre as realizações do setor, em 2021, estão o recorde histórico de exportações, com 2,4 milhões de toneladas de algodão embarcadas na temporada 20/21, encerrada em julho; a consolidação do Cotton Brazil, projeto de promoção da pluma brasileira no exterior em parceria com a Apex-Brasil e a Associação nacional dos Exportadores de Algodão (Anea); o lançamento do SouABR, iniciativa inédita de rastreabilidade completa da cadeia têxtil, da semente ao guarda-roupa; a comemoração de 5 anos do movimento Sou de Algodão, com adesão de 800 marcas parceiras na conscientização por uma moda responsável; o aprimoramento de sistemas e bancos de dados e o fortalecimento das relações dos cotonicultores com os stakeholders, entre outras conquistas .



Saiba mais:


 https://youtu.be/GDiDeRl79fs


https://youtu.be/nNNlCGI6Z0Y


https://youtu.be/RhLQSzDwkUg

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21/22: Produção brasileira de algodão deve crescer 16,5%

Presidente da Abrapa comenta previsão de safra no Agro+

09 de Dezembro de 2021

21/22: Produção brasileira de algodão deve crescer 16,5%



O Brasil deverá produzir 2 milhões e 700 mil toneladas de algodão em pluma na safra 2021/22, alta de 16,5% em relação à temporada anterior. Em entrevista ao Agro+, o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, comenta as perspectivas divulgadas na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).



Assista:


https://youtu.be/DJlyUEfpq-I



Canal Agro+ - Agro Notícias - 08.12.2021

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Com aumento da área plantada, produção brasileira de algodão deve crescer 16,5% na safra 21/22

​Dados foram apresentados em reunião da Câmara Setorial nesta quarta-feira (8)

08 de Dezembro de 2021

Com aumento da área plantada, produção brasileira de algodão deve crescer 16,5% na safra 21/22 



A área plantada brasileira de algodão deverá alcançar 1,55 milhão de hectares na safra 21/22, um crescimento de 13,5% em relação ao ciclo anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (8) pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (CSAD/Mapa).



Com a recuperação da área, a produção da pluma deverá voltar a subir em 2022 no Brasil. O volume projetado é de 2,71 milhões de toneladas, um aumento de 16,5% sobre a safra 20/21, que foi revisada para 2,33 milhões de toneladas pela Associação. Destaque para os estados do Mato Grosso e Bahia, com previsão de 1,88 milhão de toneladas e 563 mil toneladas, respectivamente. O levantamento foi feito na primeira semana de dezembro pela Abrapa, em parceria com as associações estaduais.



"Para a safra do ano que vem está tudo caminhando muito bem, estamos plantando, nossos insumos foram comprados e já vendemos 60% do algodão a bons preços", avaliou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. O que preocupa os cotonicultores são as incertezas quanto à temporada 22/23. "É uma interrogação. Os custos dos insumos aumentaram muito e o preço do algodão é uma incógnita, por isso não podemos travar contratos", explicou Busato.



Para a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) é prematuro prever o comportamento do setor já em 2022. "Sem dúvida nenhuma, o aumento da taxa de juros e a redução do poder aquisitivo da população atrapalham bastante", afirmou o presidente da entidade, Fernando Pimentel. "Hoje estamos com uma expectativa de crescimento de 1,6%, o que significa estabilidade. É um horizonte favorável, mas sujeito a revisões recorrentes", ponderou.  Caso a projeção se confirme, a indústria têxtil nacional consumirá cerca de 800 mil toneladas de algodão.



As previsões para vendas externas também são positivas, de acordo com a  Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). "Com o clima e o preço ajudando, esperamos chegar a uma produção perto da registrada no ano passado, que foi de 3 milhões toneladas. Se isso ocorrer, os embarques também vão voltar ao patamar anterior", pontuou o presidente da Anea, Miguel Faus. Segundo estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as exportações brasileiras de algodão devem totalizar 1,764 milhão na temporada 21/22, iniciada em agosto.




Fechamento da temporada 20/21 



A cadeia do algodão também aproveitou a última reunião do ano da Câmara Setorial para fazer um balanço da temporada 20/21. Até o dia 2 de dezembro, 100% da safra já havia sido colhida e 96%, beneficiada. A produtividade registrada foi de 1.707 Kg/hectare, 5,3% abaixo da alcançada na temporada 19/20. "Infelizmente, reduzimos a área e tivemos alguns problemas de clima, mas superamos com muito trabalho e tecnologia", afirmou o presidente da Abrapa.



A boa notícia da temporada recém encerrada ficou por conta do recorde de adesão à certificação Algodão Brasileiro Responsável (ABR): 84,2% da  pluma produzida na safra 2020/2021, , o equivalente a 1,96 milhão de toneladas, recebeu a certificação ABR e licenciamento pela Better pela adoção de boas práticas socioambientais. "A média de produtividade das fazendas certificadas foi 6% maior que a média brasileira, demonstrando os ganhos de eficiência produtiva nas propriedades ABR", pontua o Relatório de Sustentabilidade da Abrapa, também divulgado nesta quarta-feira (8).



A cadeia têxtil, embora não tenho recuperado os indicadores pré-pandemia, fez um balanço positivo de 2021. "Estamos terminando com geração de empregos e com crescimento, mas ainda atrás dos níveis de produção de 2019", afirmou Fernando Pimentel.



Quanto às exportações de algodão, a temporada 20/21, encerrada em julho, registrou recorde de embarques. O ciclo atual, porém, apresenta queda em relação ao período anterior devido ao recuo na safra 20/21 e outros fatores. "Chegamos até o final de novembro com 620 mil toneladas exportadas, um pouco em função da crise dos contêiners e de alguns dias de greve dos caminhoneiros. Com isso, revimos a projeção de embarques para este ciclo de 1,75 milhão para 1,675 milhão de toneladas ", informou o presidente da Anea.



No encerramento da reunião da Câmara Setorial, a Abrapa apresentou a atualização da plataforma Cotton BI, que disponibiliza números e indicadores atualizados do setor subsidiar o planejamento e a tomada de decisões de todos os elos da cadeia do algodão (https://cottonbi.com.br).



Confira a íntegra dos relatórios Abrapa de safra e sustentabilidade de dezembro:


Relatorio_safra_Abrapa.09Dez2021.pdf


Relatório de Sustentabilidade - Dezembro21.pdf

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Produtores de algodão intensificam diálogo com o Irã

Embaixador Hossein Gharibi participou de reunião na sede da Abrapa

07 de Dezembro de 2021

Os cotonicultores brasileiros deram mais um passo em direção ao mercado iraniano. As relações comerciais entre os dois países foram tema de reunião entre dirigentes da Abrapa e o embaixador do Irã no Brasil, Hossein Gharibi, nesta terça-feira (7), na sede da entidade, em Brasília.



Atualmente, não há exportação direta de algodão brasileiro para o país asiático, mas há potencial para a parceria. "O Brasil tem acessado este mercado de maneira indireta, através de outros países que acabam reexportando para o Irã. Nosso objetivo é estabelecer um link direto de exportação para lá", afirma o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte.



Segundo ele, as negociações podem envolver a compra de fertilizantes do Irã, especialmente ureia. Desde 2019, o país é um relevante fornecedor brasileiro do produto. "É um insumo muito importante para as culturas do algodão e do milho no Brasil", ressalta Duarte. Também participaram da reunião desta terça-feira o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero e, de forma remota, o presidente da entidade, Júlio Cézar Busato.



A aproximação entre os dois países teve início no dia 24 de novembro, em um webinar promovido pelo programa Cotton Brazil com empresas têxteis iranianas e a Embaixada do Brasil em Teerã. O mercado têxtil iraniano está em expansão, e a estimativa é de que as compras externas sejam da ordem de 120 mil toneladas de pluma por ano, o que posiciona o país entre os dez maiores importadores de algodão do mundo.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #48/2021

03 de Dezembro de 2021

- Destaque da Semana – O impacto do aparecimento da variante Omnicron foi o grande fato novo desta semana.  Enquanto muitos estão em pânico, o banco JP Morgan tem uma tese positiva sobre a nova variante.  Na Ásia, a China suspende leilões e evento Cotton Brazil reúne a indústria têxtil na Tailândia.


- Algodão em NY – Resultado amargo na semana.  O contrato Mar/22 fechou ontem (Quinta) a 103,70 U$c/lp (-9,9%). Referência para a safra 2021/22, o contrato Dez/22 fechou a 86,58 U$c/lp (-5.7%).


- Preços - Ontem (02/12), o algodão brasileiro estava cotado a 120,25 U$c/lp (queda de 1.150 pts com relação à semana passada) para embarque em Jan-Fev/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook).


- Baixistas 1 – Incertezas em torno da variante Omicron da COVID-19 são a preocupação do mundo no momento.  Pouco se sabe ainda sobre seu verdadeiro impacto.


- Baixistas 2 - O presidente do Banco Central norte-americano, Jerome Powell demonstrou esta semana preocupação com a inflação. Segundo ele, a solução é acelerar a redução dos estímulos à economia. Os mercados reagiram mal à esta declaração.


- Baixistas 3 – De acordo com o último relatório, a colheita americana está 85% finalizada.  O período de colheita por lá é historicamente um momento de pressão baixista nos preços.


- Altistas 1 - Estrategistas do banco JP Morgan elaboraram uma tese esta semana que embora seja provável que a Omicron seja mais transmissível, também pode ser menos mortal.  Assim, segundo eles, esta mutação do vírus pode acelerar a evolução de uma pandemia mortal para uma gripe sazonal.


- Altistas 2 - Esta semana o ICAC divulgou seu relatório mensal de oferta de demanda.  Apesar de expressarem preocupação com a nova variante, o órgão afirmou que acredita em preços altos para a temporada 2021/22.


- China 1 - O governo Chinês suspendeu os leilões de algodão da reserva estatal a partir de 01/Dez.  A segunda rodada de vendas de algodão da reserva foi iniciada em 10/Nov e o plano era leiloar 600 mil toneladas.


- China 2 - A queda nos preços internacionais, aumentando a competitividade do algodão importado, foi a motivação para a suspensão dos leilões.  O governo afirmou que pode voltar a intervir caso haja necessidade.


- Tailândia 1 - O Brasil está batendo em nossa porta na hora certa”, afirmou o presidente da Comissão de Têxteis da Confederação das Indústrias na Tailândia, Somsak Srisupornwanich, no Cotton Brazil Outlook 2022 Thailand realizado na quarta-feira em Bangkok.


- Tailândia 2 - O primeiro evento do Cotton Brazil no país foi prestigiado pela indústria têxtil tailandesa. O projeto Cotton Brazil (Abrapa, Anea e Apex Brasil) teve parceria da embaixada brasileira e da Câmara de Comércio Brasil-Tailândia.


- Agenda 1 – Na segunda, 6, a Abrapa realiza uma live sobre a revisão dos itens de segurança, saúde ocupacional e meio ambiente do trabalho na certificação ABR para o ciclo 2021/22. Para participar: https://bit.ly/LiveAbrapaABR.


- Agenda 2 – No dia 09/Dez o USDA divulgará seu último relatório mensal de oferta e demanda do ano.


- Agenda 3 – A Abrapa se reúne com os novos adidos agrícolas que servirão nos grandes mercados de algodão.  A reunião será em Brasília no dia 10/Dez.


- Beneficiamento 2021 - Até ontem (02/12): BA e TO (94%); MA (76%); MT (97%). Os demais estados já atingiram 100%. Total Brasil: 96% beneficiado.


-  Exportações 1 - O Brasil exportou 166,3 mil tons de algodão em Nov/21. O volume embarcado é 47% inferior quando comparado ao embarcado em Nov/20.


-  Exportações 2 - De Ago/21 a Nov/21, o Brasil exportou 560 mil tons de algodão. O volume embarcado nesse 1o quadrimestre do ano comercial 2021/22 é 33% menor ao registrado no mesmo período de 2020.


-  Semeadura 2021/22 - O plantio da nova safra já começou em quatro estados: BA (12%); GO (17%); MS (4%); PR (70%). Total Brasil: 2,9% plantado.


-  Safra 2021/22 - Em seu último levantamento, a Abrapa estima a área plantada em 1,53 milhão de ha (+12,6%) e produção de 2,79 milhões de tons de pluma (+20,3%).


- Preços - Consulte tabela abaixo


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com


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Algodão: análise e projeções do setor

Entrevista ao canal Terraviva

03 de Dezembro de 2021

Abrapa na Mídia

Algodão: análise e projeções do setor

 

Em entrevista ao Jornal Terraviva 2ª edição, o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, faz um balanço do ano e fala sobre as perspectivas para a cotonicultura brasileira. Segundo Busato, o crescimento da demanda proporciona uma grande oportunidade para a safra 21/22, cujo plantio está começando agora.

Assista:

https://www.youtube.com/watch?v=Ohxdmpu6Hlw

 

Terraviva – Jornal Terraviva 2ª Edição – 01.12.2021

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Cotonicultores intensificam relações com indústria chinesa

Entrevista de Júlio Busato ao programa Bem da Terra

03 de Dezembro de 2021

Abrapa na Mídia


Cotonicultores intensificam relações com indústria chinesa


O acordo fechado recentemente entre a Abrapa e a Beijing Cotton Outlook Consulting Co. (BCO) e a aproximação com o Irã foram alguns dos temas abordados pelo programa Bem da Terra em entrevista com o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. Também entraram em pauta as perspectivas para a safra 21/22 e as ações de promoção do algodão brasileiro nos mercados interno e externo.


Assista:


https://www.youtube.com/watch?v=Z-I--ay-yf8


Terraviva – Bem da Terra – 02.12.2021

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Tailândia abre portas para o algodão brasileiro

​Evento realizado ontem em Bangkok sela intenção de ampliar comércio da pluma

02 de Dezembro de 2021

Tailândia abre portas para o algodão brasileiro 



O Brasil está batendo na porta da Tailândia na hora certa. A afirmação foi feita pelo presidente da Comissão de Têxteis da Confederação das Indústrias na Tailândia, Somsak Srisupornwanich, durante o Cotton Brazil Outlook 2022 – Thailand. O primeiro evento realizado pela Abrapa no país asiático ocorreu na manhã desta quarta-feira (01), em Bangkok, e selou o interesse de cotonicultores brasileiros e da indústria têxtil tailandesa em ampliarem o comércio entre os dois países.



A iniciativa contou com a parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) e da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), além do apoio da Embaixada do Brasil em Bangkok e da Câmara de Comércio Brasil-Tailândia. Em jogo, um mercado que movimentou US$ 34 milhões somente na última temporada (2020/21), quando nove estados brasileiros embarcaram 21,4 mil toneladas de pluma para a Tailândia.



Com aproximadamente 4.700 unidades fabris que produzem fios, tecidos e confecções, o País experimenta uma recuperação no setor após os impactos sentidos com a pandemia da Covid-19. "Este é um excelente momento, pois nossa indústria têxtil está aumentando a produção e buscando fornecedores. O Brasil está batendo na nossa porta na hora certa. Agora, basta criarmos um relacionamento mais perene, de confiança", disse Srisupornwanich.



"Hoje é o início de um capítulo muito importante na relação comercial entre nossos países, que tem tudo para se fortalecer ainda mais", reiterou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. A intenção da entidade é seguir ampliando o market share do algodão brasileiro nas importações da Tailândia. Há três anos, o percentual era de 10%, tendo passado para 16% na safra 2020/21.


"A Tailândia se firmou como um mercado importante para o Brasil e já é o nono maior importador do algodão produzido no País", observou o embaixador do Brasil em Bangkok, José Borges. "Graças ao investimento em pesquisa e tecnologia, a cotonicultura brasileira alcançou níveis inéditos de qualidade, sustentabilidade e rastreabilidade. Hoje, temos pluma disponível ao mercado externo durante o ano todo", complementou o embaixador.



Stanley Kang, representante da Tuntex Textile Co. Ltd. e presidente Junta das Câmaras de Comércio Internacional da Tailândia (da Joint Foreign Chambers of Commerce in Thailand), ressaltou a importância dos indicadores de qualidade e sustentabilidade apresentados durante o evento. "Investimos bastante em inovação tecnológica em nosso parque fabril para podermos entregar produtos de alto nível, conforme pede o comprador internacional. Esse é um mercado que prima por qualidade e sustentabilidade, e vimos hoje que o produto brasileiro está cada vez mais verde", afirmou.



Outro ponto favorável ao algodão produzido no Brasil é o fato de que 100% da colheita é mecanizada, o que torna a pluma livre de contaminação. Além disso, 81% da safra 2020/21 foi certificada pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que atua em benchmarking com a Better Cotton Initiative (BCI).



Por outro lado, a posição estratégica da Tailândia é atrativa para os cotonicultores brasileiros. "Por estar na área central de entrada para o continente asiático, o País é o principal elo com a região. Com boa qualidade de vida e um mercado pujante, várias empresas multinacionais têm optado por instalar aqui seus braços na Ásia", pontuou o presidente da Câmara de Comércio Brasil-Tailândia, Marcelo Souza.



Os dados da safra atual e as previsões para o ciclo 2021/22 foram apresentados no Cotton Brazil Outlook 2022 - Thailand pelo diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, que coordena o escritório da entidade em Singapura. A projeção é de que em 2022 sejam produzidos 2,8 milhões de toneladas da pluma. O Brasil é o quarto maior produtor e o segundo maior exportador mundial de algodão.

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Abrapa participa de fórum sobre desafios do agro pós COP 26

Cotonicultores são exemplo de compromisso com práticas responsáveis

01 de Dezembro de 2021

Abrapa participa de fórum sobre desafios do agro pós COP 26


O Fórum Planeta Campo reuniu nesta terça-feira (9), em São Paulo, lideranças, pesquisadores e executivos, para debater os desafios do setor agropecuário frente aos compromissos assumidos pelo Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas – COP 26. Durante o evento, foram apresentadas oportunidades e práticas que demonstram o protagonismo e as soluções da produção nacional com foco em sustentabilidade, como as iniciativas dos produtores brasileiros de algodão.


A cotonicultura foi um dos casos apresentados em Glasgow como exemplo do comprometimento do agro nacional com práticas responsáveis. "A Conferência do Clima foi uma vitrine para o Brasil em relação a políticas de meio ambiente e políticas de uma agricultura sustentável", avaliou o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, chefe da delegação brasileira na COP 26, na abertura do Fórum Planeta Campo. "Com certeza, contribuiu para que o mundo enxergasse o Brasil de uma outra forma", afirmou.


A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, também acredita que as discussões da COP 26 foram importantes para mostrar que o agro brasileiro tem um papel fundamental na agenda climática nacional e global. "A agropecuária é parte da solução do problema e tem que ser encarada dessa forma por quem desejar reduzir os impactos do aquecimento", disse na abertura do Planeta Campo. "Poucos países têm projetos de redução das emissões no nosso setor. Além disso, temos uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo", completou.


O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busatoparticipou do painel "Baixo carbono: o protagonismo da agricultura" e elogiou a atuação dos dois ministérios. "A questão ambiental está sendo conduzida não dentro de um sistema punitivo, mas no sentido de criar condições econômicas para que aquelas pessoas que precisam tirar seu sustento da terra consigam fazer isso sem desmatamento ilegal, sem queimadas, sem esse tipo de coisa de que somos acusados o tempo todo", pontuou.


Destacou, ainda, que o sistema de produção brasileiro é um dos mais eficientes do mundo. No caso específico da cotonicultura, a sustentabilidade é atestada pela certificação Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e demonstrada aos consumidores brasileiros e aos países importadores por meio dos programas Sou de Algodão e Cotton Brazil, respectivamente.


"O ABR já tem 10 anos, e para ter a certificação, auditada por empresa independente, o produtor tem que cumprir com 178 itens nas áreas econômica, social e ambiental, que inclui o Código Florestal. É o programa de sustentabilidade mais completo a nível mundial", afirmou Busato. "Precisamos colocar os números na mesa e mostrar, aqui dentro e lá fora, quem nós somos e o que fazemos. Temos que nos unir e, juntos, jogar melhor este jogo", frisou.


O painel contou, ainda, com a participação de Álvaro Dill, diretor de RH e Sustentabilidade da SLC Agrícola, Fernando Cadore, presidente da Aprosoja-MT, e Mariane Crespolini, diretora do departamento de produção sustentável e irrigação do Mapa.


Outros temas em debate no Fórum Planeta Campo foram "COP 26: os compromissos do agro"; "Pecuária sustentável na prática" e "Transformação social por meio da sustentabilidade". O evento foi promovido pelo Canal Rural, com patrocínio das empresas JBS e UPL e apoio da SLC Agrícola.


Assista: https://www.youtube.com/watch?v=tgUCY4scNno

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