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Renner e Reserva farão rastreabilidade do algodão com a Abrapa

13 de Outubro de 2021

Abrapa na Mìdia


Renner e Reserva farão rastreabilidade do algodão com a Abrapa


Entidade lançou o programa SouABR em parceria com as duas empresas nesta quinta-feira


A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) lançou hoje, em parceria com a rede de vestuário Renner e a marca Reserva, o programa SouABR (sigla de Algodão Brasileiro Responsável), que apresentará aos consumidores informações sobre a origem certificada da pluma e sobre o processo de fabricação das peças de roupa disponíveis nas lojas.


A Reserva começa a distribuir hoje a primeira coleção que integra o programa, voltada ao público masculino, e a Renner entrará no projeto em 2022, com uma coleção para o segmento feminino. "A preferência por algodão certificado e rastreável demonstra um compromisso não apenas com a qualidade dos produtos, mas com a responsabilidade socioambiental e a transparência na indústria têxtil", disse, em nota, Fernando Sigal, diretor de produto da Reserva.


A checagem da rastreabilidade será feita por meio da leitura de um QR Code presente na etiqueta da roupa. Nele, o consumidor terá informações sobre a fazenda de onde saiu o algodão, a fiação onde ocorreu a transformação da pluma e a tecelagem ou malharia que desenvolveu o produto.


"A jornada para conseguir levar essa certificação até a palma da mão do consumidor é longa. Nosso cliente está mais exigente, e queremos entregar o que ele pede: responsabilidade e transparência" afirmou Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa.


Após um ano e meio de desenvolvimento, a associação afirma que o SouABR é o primeiro programa de rastreabilidade por blockchain da indústria têxtil do Brasil. "Essa tecnologia proporciona digitalização que torna a informação acessível e auditável em todas as etapas do processo, garantindo confiabilidade", acrescentou Flavio Redi, CEO da EcoTrace, empresa responsável pelo projeto tecnológico da iniciativa.


Criada em 2016, a certificação ABR possui 178 itens de verificação, distribuídos em oito critérios. Estão na lista, entre outros, dados sobre desempenho ambiental, boas práticas agronômicas, relações trabalhistas e ausência de situação análoga à escravidão.


Fazem parte da cadeia de fornecedores da Reserva que participam do SouABR as fiações Incofios e Fiação Fio Puro, as tecelagens RenauxView e Vicunha, a malharia Dalila Têxtil e as confecções ByCotton, EGM e Lavinorte. A partir de 2023, o programa de rastreabilidade estará disponível a toda a cadeia têxtil nacional.



https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/2021/10/07/renner-e-reserva-farao-rastreabilidade-do-algodao-com-a-abrapa.ghtml



Valor - Por Rikardy Tooge – 07.10.2021

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #40/2021

08 de Outubro de 2021

Destaque da semana – Esta semana, comemoramos o dia mundial do algodão em 07 de Outubro, data oficial estabelecida pela ONU.  Segundo o órgão, o algodão representa muito mais do que apenas uma commodity, pois sustenta 29 milhões de produtores e beneficia mais de 100 milhões de famílias em 75 países por 5 continentes.



- Algodão em NY – Mais uma semana de rally em NY, com o contrato Dez/21 fechando em 111.61 U$c/lp, alta de 5,5% nos últimos 7 dias.  Já o contrato Dez/22 fechou em 88,86 U$c/lp (+3,4%).



- Altistas 1 – Há um volume muito grande de vendas on-call (não fixadas pelas fiações).  Existem mais de 3 milhões de toneladas nesta situação. Isso gera uma pressão altista pois para fixar o preço, é preciso comprar um contrato.



-  Altistas 2 – Depois de um longo feriado, os mercados reabriram na China hoje (8/10) com limite de alta no algodão na bolsa ZCE, desde o primeiro minuto da abertura até o fechamento.



- Altistas 3 – Na China, os produtores têm aumentado a cada dia os pedidos por algodão em caroço. Acreditando em uma oferta menor e demanda maior, algodoeiras (compradoras) têm aceitado pagar patamares próximos ao equivalente a 160 U$c/lp.



-  Altistas 4 - O caos logístico global, com falta de contêineres, congestionamento de portos, restrições por conta da Covid e falta de mão de obra tem piorado a disponibilidade de algodão e contribuído com o rally de preços.



-  Altistas 5 - Sem dúvidas a grande presença de fundos especulando com a alta dos mercados têm impulsionado as altas recentes.



-  Baixistas 1 - A atual crise energética vivenciada pela Europa, Índia, Brasil e, principalmente, China é um risco real à produção industrial.



-  Baixistas 2 – Os atuais patamares de preços têm reduzido o apetite de algumas indústrias, devido à diminuição das margens das fiações.



-  Baixistas 3 – O governo Chinês vai realizar mais leilões da reserva e pode adotar medidas para reduzir a especulação com objetivo de reduzir preços.



- Dia Mundial do Algodão 1 - A Abrapa promoveu o Brazil Regional Forum no congresso da International Cotton Association (ICA), ontem (7) pela manhã. Na pauta, destaque para a sustentabilidade da produção brasileira e projeções para a safra de 2022.



- Dia Mundial do Algodão 2 - O painel, liderado pelo presidente Júlio Busato, reuniu produtores de Mato Grosso e Bahia, que juntos representam mais de 90% da produção brasileira.



- Dia Mundial do Algodão 3 - O vice-presidente Alexandre Schenkel representou a Abrapa em dois eventos internacionais em alusão à data comemorativa. Os dois webinars foram realizados em Bangladesh e na Índia.



- Dia Mundial do Algodão 4 - Também ontem, o diretor executivo, Márcio Portocarrero, palestrou em evento realizado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O tema foi a atuação institucional da Abrapa.



- SouABR 1 - Abrapa, a marca Reserva e as lojas Renner lançaram ontem o inédito Programa SouABR, primeira iniciativa de rastreabilidade, em larga escala, na cadeia têxtil brasileira. Pelo QR Code na etiqueta, o consumidor poderá acompanhar toda a jornada de produção e confecção da roupa.



- SouABR 2 - A primeira coleção será lançada em 7 de outubro pela Reserva, para o público masculino. A Renner entrará, a partir de 2022, com coleção feminina.



- Agenda 1 - A presença do Brasil no congresso da ICA, considerado o maior evento mundial do setor, continua hoje, com uma rodada de mercado com tradings que operam no Brasil.



- Agenda 2 - Na próxima terça (12/10) o USDA irá divulgar o relatório mensal de oferta e demanda de Outubro.



-  Colheita - A colheita de 2021 está finalizada no Brasil.



- Beneficiamento - Até ontem (07/10): BA e TO (73%); GO (95%), MA (50%); MG (88%), MS (99%), MT (55%), PI (91%) SP (100%) e PR (100%). Total Brasil: 62% beneficiado.



-  Exportações - O Brasil exportou 140,2 mil tons de algodão em setembro/21, os embarques subiram em comparação a agosto/21, quando o volume embarcado foram de apenas 50,7 mil toneladas. Em comparação a setembro/20, o volume embarcado é 11,7% menor.



- Safra Brasil 21/22 - A Conab divulgou ontem (07/out) o primeiro levantamento da safra 21/22. A expectativa inicial é de crescimento de 10,2% na área plantada (1,51 milhão de ha) e 13,7% na produção de pluma (2,67 milhões de toneladas). A estimativa é um pouco menor que a divulgada pela ABRAPA em setembro de 2021 (Área: +12,6% ; Produção: +20,3%).



- Preços - Consulte tabela abaixo -



Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com


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Aquecimento da demanda eleva cotação do algodão

08 de Outubro de 2021

Abrapa na Mìdia


Aquecimento da demanda eleva cotação do algodão


O aquecimento da demanda mundial por algodão e a disputa por frete são alguns dos fatores que levaram à alta da cotação da pluma nos últimos dias. Em entrevista ao programa Agro Noite, na última quinta-feira (6), o vice-presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, analisa o cenário internacional e o mercado de commodities.



Assista:


https://youtu.be/QYWx5Ljw2BQ



Canal Agro Mais – Agro Noite – 06.10.2021

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Dia Mundial do Algodão: o caminho da pluma do campo à indústria

08 de Outubro de 2021

Abrapa na Mídia


Dia Mundial do Algodão: o caminho da pluma do campo à indústria


Nesta quinta-feira (7/10), comemora-se o Dia Mundial do Algodão. O Brasil é o quarto maior país produtor e o segundo principal exportador da pluma no mundo. A  renda dos produtores este ano é estimada em R$ 26 bilhões pelo Ministério da Agricultura e as exportações devem superar os US$ 3 bilhões. A pluma é considerada uma "grande oportunidade para o futuro", na visão da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) .



Da lavoura ao tecido



No mundo, a produção de algodão é de quase 24,5 milhões de toneladas (safra 2020/2021), de acordo com estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). No Brasil, a Abrapa estima que, na safra 2020/2021, foram plantados 1,38 milhão de hectares e colhidos 2,33 milhões de toneladas, em um ano marcado por problemas climáticos na produção.



Por aqui, a pluma é cultivada, principalmente, na segunda safra, na sequência de culturas como a soja. Mato Grosso e Bahia são os principais produtores nacionais. É uma lavoura que exige cuidados de manejo, maquinário adequado e mão de obra qualificada. Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa, afirma que, em função da sua exigência de fertilidade, o solo só está apto para receber o algodoeiro quando a área já foi utilizada para agricultura por volta de 8 a 10 anos.



Após o plantio, a semente tem um ciclo de desenvolvimento que varia entre 130 e 180 dias. Nessa etapa, devem ser evitadas as pragas, em especial, o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), um besouro que já foi responsável por destruir grandes lavouras brasileiras.



Quando a fibra chega à indústria, passa também por uma série de processos, que implica em cuidados para manter a qualidade da matéria-prima, explica Marcos Aurélio Sousa Rodrigues, diretor-industrial da empresa Cataguases.



"O algodão chega na nossa empresa em plumas compactadas em fardos. Armazenamos e classificamos as qualidades das fibras de acordo com os dados que recebemos da lavoura e as testagens em nosso laboratório para montarmos receitas uniformes de algodão e manter a qualidade de acordo com nossos parâmetros internos", afirma o diretor.



Ele explica que são várias as etapas de fiação até chegar á tecelagem. Os fios são direcionados para etapa de preparação, em que serão produzidos os rolos de urdume para alimentação dos teares e também consumidos diretamente na forma de trama. No processo de engomagem, são aplicados produtos para aumentar a resistência do urdume para tecer.



Concluída a revisão do tecido em cru, inicia-se o processamento químico-físico do beneficiamento. Primeiro, são retiradas as impurezas que podem resultar do processo de engomagem e os tecidos passam por branqueamento químico, para possibilitar a coloração. Depois, os tecidos são coloridos por tingimento ou estampagem. Na terceira e última etapa,  passam por um conjunto de processos que fornecem ao material propriedades relacionadas ao seu acabamento.



Após uma revisão, os tecidos são classificados e encaminhados ao Centro de Distribuição. Segundo Rodrigues, de todo o algodão colhido, apenas cerca de 40% a 42% são considerados viáveis para a utilização nos processos têxteis destinados a virar tecido.



O diretor da Cataguases afirma que a produção atual da empresa é de aproximadamente 15 milhões de metros por ano e, que, apesar do foco no consumo interno, "20% da produção é direcionada à exportação".



Algodão (Foto: Assessoria de Imprensa - Dalila e Cataguases)


Segundo André Klein, representante da Dalila Têxtil, uma dificuldade de trabalhar com fios artesanais e reciclados, está em promover um tecido com bom acabamento, uma vez que eles possuem maior chance de barramento (Foto: Assessoria de Imprensa - Dalila e Cataguases)



Mercado consumidor


De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, do volume produzido na safra 2020/2021, 700 mil toneladas (30%) serão destinados ao mercado interno e o restante - 1,63 milhão de toneladas (70%) - será exportado, em especial, para a Ásia (cerca de 99%).



Para a nova safra 2021/2022, a expectativa é de aumento na área de plantio, que, para a entidade, pode chegar a 1,5 milhão de hectares, com uma colheita projetada em 2,8 milhões de toneladas.



"Não será o nosso recorde, que foi batido na safra 2019/2020, de 3 milhões de toneladas. Infelizmente, nesta safra que acabamos de colher, nós reduzimos a área de plantio em 17% e tivemos uma deficiência de chuvas no final do ciclo em Mato Grosso e Goiás, o que diminuiu a nossa produção", aponta Julio Busato.




Na safra 2019/2020, a colheita foi capaz de atender a demanda do mercado interno com apenas 23% de seu volume total, enquanto as exportações totalizaram cerca de 2,3 milhões de toneladas (76%), com uma receita de US$ 3,8 bilhões.



Busato afirma que, em 2019, antes do início da pandemia de Covid-19, o mundo consumia cerca de 25 milhões de toneladas de algodão, mas esse número aumentou para 27 milhões em 2021. Essa maior demanda levou a uma valorização da pluma, que passou de US$ 0,84/libra-peso para US$ 0,90/libra-peso no mercado internacional.



Além da maior demanda, André Klein, representante da Dalila Têxtil, empresa que processa até 500 toneladas de algodão por mês, afirma que a alta da cotação na Bolsa de Nova York também resulta da crise hídrica e das mudanças climáticas em todo o planeta: "A colheita torna-se mais cara, uma vez que depende da água (irrigação), tal como todo o processo de produção e transporte. Isso, consequentemente, afeta o valor do produto final".



Para Marcos Rodrigues, da Cataguases, "há uma forte tendência de crescimento no mercado têxtil nacional, porém, o algodão disputa espaço com importantes culturas agrícolas que estão em alta no mercado internacional, tais como a soja e o milho".



https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/Algodao/noticia/2021/10/dia-mundial-do-algodao-o-caminho-da-pluma-do-campo-industria.html



Revista Globo Rural – Por Arthur Almeida - 07.10.2021

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Perspectivas para 2022 pautam agenda da Abrapa com mercado mundial

Números da safra brasileira de algodão foram apresentados em diversos eventos internacionais esta semana

08 de Outubro de 2021

A Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) marcou o Dia Mundial do Algodão, celebrado ontem (7), com uma programação especial para o mercado internacional. Além de dois painéis exclusivos durante o Congresso da International Cotton Association (ICA), ocorrido em Liverpool (Reino Unido), a entidade participou de eventos setoriais em Bangladesh e Índia e de painel da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).



"O algodão brasileiro está em constante evolução. Crescemos em volume, mas principalmente em qualidade, e ofertamos hoje um produto cada vez mais  responsável. É importante mostrarmos todas essas conquistas para o mercado comprador", pontuou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.



O Brasil tem ampliado a produção, conseguindo atender a demanda doméstica com tranquilidade. O excedente é exportado e cerca de 99% das 2,4 milhões de toneladas embarcadas de julho de 2020 a agosto de 2021 tiveram o mercado asiático como destino. Esse volume credencia o País como o segundo maior exportador mundial.


Busato participou do Brazil Regional Forum promovido pela ICA, na manhã de quinta (7), com cotonicultores brasileiros de grande escala. "Temos aqui mais de 90% do nosso algodão, o que equivale a mais de um milhão de toneladas. É um fórum de grande representatividade", comentou.



Aurélio Pavinato, diretor-presidente da SLC Agrícola, lembrou da evolução vivida pelo segmento produtivo nas últimas décadas. "É preciso olhar o filme todo, e não apenas a foto. Quando a cultura foi para o Cerrado, o foco foi ampliar volumes e produtividade. De dez a cinco anos para cá, a prioridade tem sido melhorar a qualidade da pluma. Investimos em novas variedades de sementes e o resultado é que somos hoje um ótimo fornecedor de algodão premium", avaliou. No Brasil, 100% da colheita é mecanizada, o que resulta em um algodão sem contaminação em larga escala, diferencial para o mercado externo.



A sustentabilidade foi o aspecto mais destacado no fórum. O presidente da Abrapa informou que, em 2021, 81% de toda a produção brasileira foi certificada pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), tornando-se elegível também para a licenciamento mundial da Better Cotton Initiative (BCI). "Nosso programa começou em 2012 e, em menos de dez anos, ampliamos em mais de cinco vezes o número de propriedades e de fardos certificados", destacou .



"Nosso algodão é produzido em sequeiro, respeitando rígidas legislações ambiental, trabalhista e fundiária e é 100% rastreável, o que confere mais estabilidade e transparência para os compradores", citou Pedro Valente, diretor da Amaggi Agro. O executivo enfatizou a transparência da produção, uma demanda crescente nos mercados internacionais.



A safra 20/21 de algodão está estimada em 2,32 milhões de toneladas, das quais 99% já foram colhidas e 55% já foram beneficiadas. É um volume menor que o realizado no ciclo anterior, mas as projeções são otimistas. "Teremos o segundo melhor ano da cotonicultura nacional no ciclo 2022", destacou o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte.



A redução de área na temporada passada foi influenciada por questões climáticas. "Mais de 60% do nosso algodão é plantado no mesmo ano, após a cultura da soja, cujo ciclo atrasou no ano passado. Mesmo assim, conseguimos cumprir todos os contratos, porque sabemos trabalhar com margens financeiras que permitem mais investimento quando as condições climáticas não beneficiam as lavouras", explicou André Sucolotti, do grupo Nadiana. "Investimos muito para garantir a produção e a produtividade mesmo com restrições climáticas. Com isso, adquirimos a segurança necessária para as safras, porque pesquisamos e cuidamos bem do solo", complementou Eraí Maggi, acionista da Bom Futuro.



Para Pedro Valente, o perfil do produtor brasileiro ajuda a compreender essa situação. "O cotonicultor pensa a longo prazo. O brasileiro costuma comercializar de 70% a 75% da safra de algodão antecipadamente. Isso significa estabilidade para quem compra", disse. Arlindo Moura, presidente do Conselho de Administração do Grupo Santa Colomba, concorda. "Mais importante que o volume entregue é o cumprimento dos contratos acordados, e nesse item o Brasil é reconhecido internacionalmente", ressaltou.



Os desafios logísticos que o mundo enfrenta atualmente podem ter uma influência mais sutil sobre o escoamento da safra 2021/22, observou o presidente da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Fauss. "Os gargalos serão aliviados porque a carga a ser embarcada será um pouco menor. Esperamos que, na safra 2022/23, o déficit de contêineres já tenha se normalizado", previu.



Fauss também participou online de webinar da Bangladesh Cotton Association (BCA) na manhã de ontem (7), ao lado do vice-presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. "Bangladesh é o segundo maior cliente do algodão mundial e compra 11% da fibra produzida pelo Brasil. É um player fundamental para nós", afirmou Schenkel.



O dirigente da Abrapa também apresentou os números da safra brasileira em outro evento online realizado no Dia Mundial do Algodão (7) - desta vez, pela Confederação Indiana da Indústria Têxtil (CITI, na sigla em inglês). "Em 2022, teremos uma safra maior de algodão e com ainda mais qualidade. Mais de 80% da nossa fibra já é certificado pelo programa ABR, que o torna elegível para créditos BCI, além de ser totalmente sem contaminação", destacou o vice-presidente.



A Abrapa também marcou presença em evento virtual realizado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em comemoração ao Dia Mundial do Algodão. O diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, participou de pinel sobre a contribuição das associações para o fortalecimento da cotonicultura na América Latina e no Caribe.



Nesta sexta (08/10), ocorreu uma rodada de negócios reunindo representantes das principais tradings que operam com algodão do Brasil para o mundo, com a participação de produtores rurais e empresários do setor, dentro da programação do evento anual da ICA. A principal mensagem trazida pelos convidados foi a importância da rastreabilidade, para assegurar a sustentabilidade do produto brasileiro. Também foram abordadas dificuldades logísticas iminentes e a comercialização da próxima safra.

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Abrapa, Reserva e Renner lançam SouABR para entregar rastreabilidade do algodão brasileiro com certificação socioambiental

SouABR é o 1° programa de rastreabilidade por blockchain da indústria têxtil do Brasil e tem como objetivo dar transparência ao público sobre a peça de roupa que está consumindo

07 de Outubro de 2021

No Dia Mundial do Algodão, 7 de outubro, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), por meio do movimento Sou de Algodão, junto à carioca Reserva, do grupo AR&CO, e à Renner, lançam o inédito Programa SouABR (sigla para Algodão Brasileiro Responsável), que oferece informações sobre a origem certificada do algodão e o processo de produção da peça adquirida pelos consumidores brasileiros.



Em desenvolvimento há mais de um ano e meio, o principal objetivo do programa é oferecer transparência ao consumidor, e estimular escolhas mais conscientes, mostrando que o algodão presente naquela peça de roupa tem na origem, a certificação socioambiental Algodão Brasileiro Responsável, ABR, que entrega à indústria o comprometimento dos produtores com os três pilares da sustentabilidade: social, ambiental e econômico.



SouABR é a primeira iniciativa de rastreabilidade, em larga escala, na cadeia têxtil nacional. "Tudo isso armazenado graças ao blockchain, que garante a rastreabilidade do algodão desde a propriedade de origem, com a garantia da certificação ABR, passando por toda cadeia têxtil até o produto na loja. A tecnologia proporciona digitalização que torna a informação acessível e auditável em todas as etapas do processo, garantindo confiabilidade", explica Flavio Redi, CEO da EcoTrace, consultoria responsável pelo desenvolvimento da plataforma de T.I, especialista em rastreabilidade de commodities, com segurança e transparência para o mercado.



O caminho que o algodão certificado percorre começa na fazenda, onde a produção atende a um completo protocolo, que abrange desde o respeito ao meio ambiente e às leis trabalhistas, bem como zela pela eficiência econômica. A certificação ABR possui 178 itens de verificação distribuídos em 08 critérios: contrato de trabalho, proibição do trabalho infantil, proibição de trabalho análogo a escravo ou em condições degradantes ou indignas, liberdade de associação sindical, proibição de discriminação de pessoas, segurança, saúde ocupacional, meio ambiente do trabalho, desempenho ambiental e boas práticas.



"O histórico de sustentabilidade da cadeia do algodão iniciou em 2005, no Mato Grosso, e se expandiu para outros estados, em 2009. Em 2012 foi criado um protocolo único para todos os produtores brasileiros, o programa ABR, que, há 9 anos, atua em benchmarking com outra iniciativa reconhecida mundialmente: a Better Cotton Initiative (BCI). É uma jornada longa conseguir levar essa certificação até a palma da mão do consumidor, nos enche de orgulho! Nosso cliente está mais exigente e estamos buscando entregar o que ele pede: responsabilidade e transparência." explica Júlio Cézar Busato, presidente Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Abrapa.



Por meio da leitura do QR Code presente na etiqueta da roupa, o consumidor que compra esta peça na loja pode conhecer a fazenda onde o algodão com certificação socioambiental foi cultivado, a fiação que o transformou em fio, a tecelagem ou a malharia que desenvolveu o tecido ou a malha e a confecção que cortou e costurou. Todas as peças rastreáveis do programa SouABR usam, no mínimo, 70% de algodão, em sua composição, sendo que 100% dessa fibra natural presente no produto tem certificação socioambiental.



O que dizem as marcas parceiras do Programa Sou ABR


A primeira coleção será lançada em 7 de outubro pela Reserva para o público masculino. A Renner entrará, a partir de 2022, com coleção voltada para o segmento feminino.


 


"Quando se trata de sustentabilidade, é quase inevitável associá-la ao produto acabado. Mas ela começa muito antes, como, por exemplo, com a escolha da matéria-prima e, a partir daí, capilarizada para todo o processo produtivo. A preferência por algodão certificado e rastreável demonstra um compromisso não apenas com a qualidade dos produtos, mas com todo um cenário de responsabilidade socioambiental e transparência na indústria têxtil. Trabalhar em prol de um impacto cada vez mais positivo, garantindo relações de trabalho justas e produção responsável, é crucial para nos mantermos de pé como uma marca adequada ao nosso tempo", explica Fernando Sigal, Diretor de Produto da Reserva.



"Nossa jornada em moda responsável tem nos provocado a desenvolver uma série de iniciativas de inovação que busquem a evolução da indústria e sua cadeia de valor. Este projeto em parceria com a Abrapa e a Reserva mostra como é possível conciliar moda, sustentabilidade e tecnologia com o propósito de que essa indústria seja cada vez mais transparente. Estamos muito orgulhosos de fazer parte dessa construção pioneira, que permite dar maior transparência a todo o processo envolvido na produção das roupas, provando que antes mesmo de chegar no guarda-roupa das pessoas, as peças já têm sua própria história", afirma o gerente geral de Sustentabilidade da Lojas Renner, Eduardo Ferlauto.



A cadeia de fornecedores que participam do SouABR junto à Reserva são: Fiação Fio Puro e Incofios, na parte de fiações; as tecelagens RenauxView e Vicunha; Dalila Têxtil, com a malharia; ByCotton, EGM e Lavinorte, nas confecções. Em 2023, SouABR estará disponível a toda a cadeia têxtil nacional.




Sobre Sou de Algodão


É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 81% de toda a produção nacional.



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Abrapa, Reserva e Renner lançam SouABR

07 de Outubro de 2021

No Dia Mundial do Algodão, 7 de outubro, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), por meio do movimento Sou de Algodão, junto à carioca Reserva, do grupo AR&CO, e à Renner, lançam o inédito Programa SouABR (sigla para Algodão Brasileiro Responsável), que oferece informações sobre a origem certificada do algodão e o processo de produção da peça adquirida pelos consumidores brasileiros.



Em desenvolvimento há mais de um ano e meio, o principal objetivo do programa é oferecer transparência ao consumidor, e estimular escolhas mais conscientes, mostrando que o algodão presente naquela peça de roupa tem na origem, a certificação socioambiental Algodão Brasileiro Responsável, ABR, que entrega à indústria o comprometimento dos produtores com os três pilares da sustentabilidade: social, ambiental e econômico.



SouABR é a primeira iniciativa de rastreabilidade, em larga escala, na cadeia têxtil nacional. "Tudo isso armazenado graças ao blockchain, que garante a rastreabilidade do algodão desde a propriedade de origem, com a garantia da certificação ABR, passando por toda cadeia têxtil até o produto na loja. A tecnologia proporciona digitalização que torna a informação acessível e auditável em todas as etapas do processo, garantindo confiabilidade", explica Flavio Redi, CEO da EcoTrace, consultoria responsável pelo desenvolvimento da plataforma de T.I, especialista em rastreabilidade de commodities, com segurança e transparência para o mercado.



O caminho que o algodão certificado percorre começa na fazenda, onde a produção atende a um completo protocolo, que abrange desde o respeito ao meio ambiente e às leis trabalhistas, bem como zela pela eficiência econômica. A certificação ABR possui 178 itens de verificação distribuídos em 08 critérios: contrato de trabalho, proibição do trabalho infantil, proibição de trabalho análogo a escravo ou em condições degradantes ou indignas, liberdade de associação sindical, proibição de discriminação de pessoas, segurança, saúde ocupacional, meio ambiente do trabalho, desempenho ambiental e boas práticas.



"O histórico de sustentabilidade da cadeia do algodão iniciou em 2005, no Mato Grosso, e se expandiu para outros estados, em 2009. Em 2012 foi criado um protocolo único para todos os produtores brasileiros, o programa ABR, que, há 9 anos, atua em benchmarking com outra iniciativa reconhecida mundialmente: a Better Cotton Initiative (BCI). É uma jornada longa conseguir levar essa certificação até a palma da mão do consumidor, nos enche de orgulho! Nosso cliente está mais exigente e estamos buscando entregar o que ele pede: responsabilidade e transparência." explica Júlio Cézar Busato, presidente Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Abrapa.



Por meio da leitura do QR Code presente na etiqueta da roupa, o consumidor que compra esta peça na loja pode conhecer a fazenda onde o algodão com certificação socioambiental foi cultivado, a fiação que o transformou em fio, a tecelagem ou a malharia que desenvolveu o tecido ou a malha e a confecção que cortou e costurou. Todas as peças rastreáveis do programa SouABR usam, no mínimo, 70% de algodão, em sua composição, sendo que 100% dessa fibra natural presente no produto tem certificação socioambiental.



O que dizem as marcas parceiras do Programa Sou ABR 


A primeira coleção será lançada em 7 de outubro pela Reserva para o público masculino. A Renner entrará, a partir de 2022, com coleção voltada para o segmento feminino.


 


"Quando se trata de sustentabilidade, é quase inevitável associá-la ao produto acabado. Mas ela começa muito antes, como, por exemplo, com a escolha da matéria-prima e, a partir daí, capilarizada para todo o processo produtivo. A preferência por algodão certificado e rastreável demonstra um compromisso não apenas com a qualidade dos produtos, mas com todo um cenário de responsabilidade socioambiental e transparência na indústria têxtil. Trabalhar em prol de um impacto cada vez mais positivo, garantindo relações de trabalho justas e produção responsável, é crucial para nos mantermos de pé como uma marca adequada ao nosso tempo", explica Fernando Sigal, Diretor de Produto da Reserva.



"Nossa jornada em moda responsável tem nos provocado a desenvolver uma série de iniciativas de inovação que busquem a evolução da indústria e sua cadeia de valor. Este projeto em parceria com a Abrapa e a Reserva mostra como é possível conciliar moda, sustentabilidade e tecnologia com o propósito de que essa indústria seja cada vez mais transparente. Estamos muito orgulhosos de fazer parte dessa construção pioneira, que permite dar maior transparência a todo o processo envolvido na produção das roupas, provando que antes mesmo de chegar no guarda-roupa das pessoas, as peças já têm sua própria história", afirma o gerente geral de Sustentabilidade da Lojas Renner, Eduardo Ferlauto.



A cadeia de fornecedores que participam do SouABR junto à Reserva são: Fiação Fio Puro e Incofios, na parte de fiações; as tecelagens RenauxView e Vicunha; Dalila Têxtil, com a malharia; ByCotton, EGM e Lavinorte, nas confecções. Em 2023, SouABR estará disponível a toda a cadeia têxtil nacional.




Sobre Sou de Algodão 


É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 81% de toda a produção nacional.



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Presidente da Abrapa analisa o papel da tecnologia na produção de algodão no Brasil

06 de Outubro de 2021

Presidente da Abrapa analisa o papel da tecnologia na produção de algodão no Brasil


O JR Agro da última semana recebeu Júlio César Busato, presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), que tem um plano audacioso pela frente: transformar o Brasil no maior exportador do produto no mundo até 2030. Busato analisou o impacto do desenvolvimento de tecnologias focadas na cultura do algodão e revelou detalhes do certificado de sustentabilidade da Abrapa, que já alcança 80% da produção no país.


Assista: https://www.youtube.com/watch?v=P2cZdpIRtRI


Record News – JR Agro – 01.10.21

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Relatório Mensal de Safra Abrapa – Outubro/21

06 de Outubro de 2021

Produção do ciclo 20/21 deve fechar em 2,32 milhões de toneladas


Com 99.9% da safra 20/21 colhida até 30 de setembro, a Abrapa estima uma produção de 2,32 milhões de toneladas de pluma no ciclo encerrado no mês passado. O volume é 22,6% menor que o alcançado na temporada 19/20, devido à redução da área plantada l e dos desafios climáticos impostos desde a semeadura do algodão. Segundo relatório de safra publicado nesta quarta-feira (6) pela Abrapa, 55% to total colhido já foi beneficiado.


Leia o documento completo:


ABRAPA-Relatorio-de-Safra-Outubro21.06out2021

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Projeto Floresta+Agro: Abrapa é parceira da iniciativa

03 de Outubro de 2021

Abrapa na mídia


O Ministério do Meio Ambiente (MMA) conta com uma nova iniciativa dentro do Programa Nacional de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA). Trata-se da modalidade Floresta+ Agro, voltada para a remuneração de produtores rurais que conservam Áreas de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal. A Abrapa participa de um projeto-piloto. Para falar sobre essa ação e outros temas da cadeia do algodão, o Canal Terra Viva entrevistou o presidente da entidade, Júlio Cézar Busato.


Assista: https://youtu.be/UVAXjgxB9XE


Terra Viva – Terra Viva 2ª Edição – 02.11.2021

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