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Algodão: com recuperação de área plantada, produção deve voltar a subir

28 de Setembro de 2021

A área plantada de algodão, no Brasil,  deverá alcançar 1,5 milhão de hectares na safra 2021/2022, um aumento de 12,6% com relação ao ciclo anterior, que totalizou 1,36 milhão de hectares. Com a recuperação da área, a produção projetada da pluma é de  2,79 milhões de toneladas, um aumento de 20,3% sobre a safra 2019/20. O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, comentou os  dados do primeiro levantamento da safra 2021/2022 no programa Mercado e Companhia desta segunda-feira (27), no Canal Rural.


Assista:


https://www.canalrural.com.br/programas/informacao/mercado-e-cia/algodao-producao-deve-voltar-a-subir/


Canal Rural – Mercado e Companhia - 27.09.2021

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Opinião: Nova certificação vai equiparar algodão brasileiro ao americano

28 de Setembro de 2021


Nova certificação vai equiparar algodão brasileiro ao americano


Pluma brasileira costuma a ser cotada 500 pontos abaixo da americana, mas novo selo coloca o algodão nacional no patamar dos melhores do mundo



JÚLIO CÉZAR BUSATO*



No dia 1º de setembro, entrou em vigor a Portaria 375 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que estabelece os requisitos e critérios para a certificação voluntária dos produtos de origem vegetal destinados à exportação. O documento visa garantir a qualidade e a segurança desses produtos e fortalecer a comercialização de diversas cadeias produtivas.



Para os cotonicultores, é uma grande conquista. As normas abrem caminho para um passo há muito esperado: a implementação do Programa de Certificação de Conformidade Oficial do Algodão Brasileiro, uma espécie de visto que atestará a qualidade da pluma nacional, nos moldes do Green Class Card emitido pelo governo dos Estados Unidos.



A chancela do governo brasileiro à pluma nacional nos colocará em pé de igualdade com os produtores norte-americanos, nossos maiores concorrentes no crescente mercado global de algodão. A certificação oficial será uma garantia, para os compradores internacionais, da origem da nossa fibra e da confiabilidade das análises de qualidade, feitas sob supervisão da Abrapa através do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI).



O modelo a ser adotado é o de auto-controle. A Abrapa, em parceria com o Mapa, oferecerá um treinamento para os responsáveis técnicos indicados pelas usinas de beneficiamento de algodão, para que possam atuar como inspetores credenciados. Esses profissionais estarão habilitados para acompanhar o processo de retirada das amostras de cada fardo. Além das usinas, há passos a serem cumpridos no laboratório e na checagem dos equipamentos de análise pelo SBRHVI. Só então o documento de conformidade será emitido pelo Ministério da Agricultura via web service.



Todo o processo será coordenado pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Mapa, responsável pela emissão do Certificado de Conformidade de Produto de Origem Vegetal que acompanhará cada fardo de algodão até o seu destino final.



A viabilidade do modelo de auto-controle é resultado de anos de trabalho da Abrapa e das associações estaduais, na construção de sólidos programas de rastreabilidade e qualidade e na conscientização dos produtores sobre a importância de adesão aos protocolos. Temos orgulho em dizer que 100% da pluma que exportamos é rastreada pelo Sistema Abrapa de Identificação (SAI) e 90% dos cotonicultores brasileiros fazem parte do SBRHVI. Estamos aptos a implementar, com a eficiência e segurança necessárias, o sistema de auto-controle para emissão do certificado oficial de conformidade do algodão brasileiro.



Nossa meta é adotar a certificação voluntária na safra 2021/2022, que começa a ser cultivada em outubro. O algodão brasileiro já é certificado sob o ponto de vista ambiental, social e econômico, dentro das fazendas produtoras e das unidades de beneficiamento. Com o selo oficial, passaremos a ter um produto 100% certificado, o que fortalecerá a relação de confiança com os mercados e valorizará nosso produto.



Hoje, mesmo com indicadores médios de qualidade superiores aos dos Estados Unidos, o algodão brasileiro ainda é subvalorizado no mercado asiático, cotado de 400 a 500 pontos abaixo do produto americano. Em 2020, a indústria asiática pagou, em média, 11% a mais pelo algodão Green Class dos EUA. A diferença equivale a US$ 127,97 por hectare. Isso significa que estamos deixando de ganhar R$ 1,16 bilhão por ano.



A certificação, por parte do governo federal, permitirá a consolidação da boa imagem do algodão brasileiro no mercado internacional e garantirá a credibilidade necessária para que nossa pluma seja reconhecida e valorizada como uma das melhores do mundo.



*Júlio Cézar Busato é presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa)



Revista Globo Rural online – Vozes do Agro – 28.09.2021


https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Opiniao/Vozes-do-Agro/noticia/2021/09/nova-certificacao-vai-equiparar-algodao-brasileiro-ao-americano.html

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Brasil está entre os maiores produtores e exportadores de algodão do mundo Resumo

28 de Setembro de 2021

O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, foi o convidado do podcast 4.0 no Campo da última segunda-feira (27). A evolução da cotonicultura brasileira na última década, o comprometimento dos produtores com a sustentabilidade e as iniciativas para o acesso a novos mercados foram alguns dos temas abordados.


Confira a íntegra da entrevista: https://open.spotify.com/show/2IdcXCEBhs6Gxho0fRDzZF


LivresCast - Podcast 4.0 no Campo – 27.09.2021

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Área plantada de algodão deve alcançar 1,53 milhões de hectares

28 de Setembro de 2021

Abrapa na Mídia


Área plantada de algodão deve alcançar 1,53 milhões de hectares


A área plantada brasileira de algodão deverá chegar a 1,53 milhão de hectares na safra 21/22, um aumento de 12,6% em relação ao ciclo anterior, que totalizou 1,36 milhão de hectares. Os dados estão no primeiro levantamento da safra 21/22 da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (abrapa). Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa, comentou o assunto em entrevista ao Canal Agro Mais, no último dia 27.


Confira:


https://www.youtube.com/watch?v=EdOFgIWIEzY


Canal Agro Mais – Programa Agro Noite - 27.09.2021

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Produção de algodão deve crescer 20,3% na safra 21/22

Estudo da Abrapa aponta que o aumento será resultado da recuperação de área plantada e produtividade, depois de um ciclo prejudicado pelo clima

24 de Setembro de 2021

A área plantada de algodão deve totalizar 1,53 milhão de hectares na safra 2021/2022. Embora seja inferior ao período pré-pandemia, representa um crescimento de 12,6% em comparação com o ciclo anterior (1,36 milhão de hectares). A informação é da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que divulgou os primeiros dados relativos ao novo ciclo agrícola, que, segundo a entidade, são um indicativo de reaquecimento do setor.



Com a recuperação da área plantada, a produção de pluma deverá voltar a subir. Após recuo na temporada 20/21 - estimada em 2,32 milhões de toneladas -, o volume projetado para 2021/2022 é de 2,79 milhões de toneladas, um aumento de 20,3%.


"Infelizmente, durante o planejamento da safra 20/21, os preços internacionais do algodão estavam abaixo de custo e a decisão mais lógica era não plantar, mas, em breve, voltaremos à produção de 3 milhões de toneladas que tivemos na safra 19/20", avalia o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.


Devido aos problemas climáticos desde a fase de semadura da safra passada, a produtividade média estimada do ciclo 20/21 foi de 1.708 Kg/hectare, 5,2% inferior à alcançada na temporada 19/20. Os melhores desempenhos foram registrados no Piauí (2048 Kg/ha), Mato Grosso do Sul (1979 kg/ha), Bahia (1938 kg/ha) e Maranhão (1816 kg/ha).


Mas Busato afirma: "Estamos animados com a qualidade da pluma colhida agora e com a retomada da área plantada e da produção na próxima safra". Até o dia 16 de setembro, a colheita tinha chegado a 99% da safra 20/21 e o beneficiamento a 44% do total.


Globo Rural online – 23.09.2021

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Brasil fecha safra de algodão 20/21

24 de Setembro de 2021

A safra de algodão 2020/21 está oficialmente encerrada no Brasil. O planeamento para o ciclo 21/22 já começou, com boas oportunidades de venda e perspectiva de retomar patamares de produção próximos das 3 milhões de toneladas da safra 19/20.  Para falar desses e outros temas, o programa Realidade da Safra entrevistou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.



Assista: https://www.youtube.com/watch?v=Ga2opKv7gHM&t=1s


Notícias Agrícolas - Realidade da Safra - 23.09.2021

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Escassez de contêiners preocupa cadeia do algodão

​Tema foi tratado em reunião ordinária da Câmara Setorial, nesta quinta-feira (23)

24 de Setembro de 2021

A escassez de contêineres e seus impactos nas exportações brasileiras foi um dos temas centrais da 64ª Reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, realizada nesta quinta-feira (23) de forma virtual. O gargalo logístico global vêm se refletindo no atraso dos embarques da pluma e a previsão é de agravamento da situação.



Miguel Faus, presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), definiu o cenário atual como caótico. "A situação está complicada e não vemos solução no curto ou médio prazo. A consequência, para o nosso negócio, é o ritmo mais lento de exportação que vamos observar nos próximos meses", avaliou. Segundo ele, a previsão, para a temporada comercial 21/22, é de embarques da ordem de 1,8 milhão de toneladas, mas o número pode ser revisto para baixo, em função das circunstâncias.



As dificuldades logísticas também se refletem na redução geral do Basis. "O custo e o tempo de levar o algodão da origem até o destino aumentou, e isso tem que se refletir de alguma forma nos basis. Existe uma pressão de ambos os lados e o mercado vai se ajustando de alguma forma", ponderou.



Representando a Associação Mato Grossense dos Produtores de Algodão (AMPA), o economista e consultor de logística Luiz Antonio Pagot informou as medidas que vem sendo tomadas desde outubro de 2020, na busca de soluções para o gargalo nos portos – entre elas, a criação de um grupo de trabalho no âmbito do Instituto Pensar Agro (IPA) e a articulação com o Congresso e o governo federal. "O que se pode constatar é que a situação se agrava. Além da falta de contêiners, tem o problema da falta de escala de navios", alertou.



Pagot lembrou que o quadro atual é resultado de questões conjunturais, como problemas no Canal de Suez e nos portos asiáticos e a priorização de embarques para o Hemisfério Norte. "Nos últimos 120 dias, os armadores começaram a fazer um enxugamento de contêineres na América do Sul e direcionando para a China, tendo em vista o extraordinário preço que alcançou o frete", relatou. Na última semana, o frete do contêiner da China para os Estados Unidos, que custa normalmente US$ 2 mil, chegou a U$ 26 mil, influenciado pelas grandes compras americanas para o Natal. "Vamos intensificar as ações e trabalhar com o governo para estabelecermos um plano de contingência. Sabemos que há uma crise mundial, mas temos a consciência de que estão privilegiando outros mercados", ressaltou.


 


Temporada 20/21 de exportações 



Durante a reunião, o diretor de assuntos internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, fez um balanço do ano comercial 20/21Entre agosto de 2020 e julho de 2021, o Brasil exportou 2,4 milhões de toneladas de algodão, 23% a mais do que no ciclo anterior, concretizando um novo recorde de embarques. A China foi o principal destino da fibra brasileira, responsável por 30% do total exportado, seguida de Vietnã (17%) e Paquistão (12%). 


"Em todos os mercados o Brasil tem apresentado crescimento importante nos últimos anos devido ao aumento das produção e da eficiência nas exportações", ressaltou.


Nos últimos 10 anos, as exportações brasileiras de algodão têm crescido 19% ao ano, enquanto a média mundial é de 3,3%. Na temporada 20/21, a participação do Brasil no mercado internacional da pluma foi de 23%, atrás apenas dos EUA, com 34%. "Vamos ser os maiores exportadores de algodão num curto espaço de tempo e, no longo prazo, seremos o maior produtor mundial pelo potencial e pelos agricultores que temos", afirmou o presidente da Abrapa, Júlio Busato.


Relatório de Safra 


As associações estaduais, vinculadas à Abrapa, apresentaram os dados finais da safra 20/21, praticamente encerrada. Com 99% da safra 20/21 colhida e 44% beneficiada até o dia 16 deste mês, a produção foi atualizada para 2,32 milhões de toneladas. Devido aos desafios climáticos impostos desde a semeadura do algodão, a produtividade estimada do ciclo que está terminando é de 1.708 Kg/hectare, 5,2% inferior à alcançada na temporada 2019/2020. O melhor desempenho foi registrado no Piauí, com 2048 Kg/ha, seguido de Mato Grosso do Sul (com o recorde histórico de 1979 kg/ha), Bahia (1938 kg/ha) e Maranhão (1816 kg/ha)


Para a próxima safra, a Abrapa prevê uma área plantada de 1,53 milhão de hectares - aumento de 12,6% em relação ao ciclo anterior, que totalizou 1,36 milhão de hectares. "Voltamos a um milhão e meio de hectares e tomara que seja ainda um pouco melhor. Vamos torcer para que venha a chuva no Mato Grosso e tenhamos mais área de algodão lá", disse Júlio Busato. Com a recuperação da área, a produção de pluma deverá voltará a subir. Após recuo na temporada 20/21, o volume projetado para a safra 21/22 é de 2,79 milhões de toneladas.


A próxima reunião da Câmara Setorial está marcada para 8 de dezembro. O colegiado, presidido pela Abrapa, reúne todos os elos da cadeia têxtil.



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Produção de algodão deve crescer 20,3% na safra 21/22

Aumento se deve à recuperação da área plantada e produtividades, segundo levantamento da Abrapa

23 de Setembro de 2021

Produção de algodão deve crescer 20,3% na safra 21/22



A área plantada brasileira de algodão deverá alcançar 1,53 milhão de hectares na safra 21/22, um aumento de 12,6% com relação ao ciclo anterior, que totalizou 1,36 mlhão de hectares. Os dados estão no primeiro levantamento da safra 21/22 da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa). Embora ainda inferior ao semeado na pré-pandemia, as informações coletadas este mês junto às associações estaduais indicam o reaquecimento do setor.



Com a recuperação da área, a produção de pluma deverá voltar a subir. Após recuo na temporada 20/21, o volume projetado é de 2,79 milhões de toneladas – um aumento de 20,3% sobre a safra anterior, revisada para 2,32 milhões de toneladas.





"Estamos animados com a qualidade da pluma colhida agora e com a retomada da área plantada e da produção na próxima safra", afirma o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. "Infelizmente, durante o planejamento da safra 2020/21 os preços internacionais do algodão estavam abaixo de custo e a decisão mais lógica era não plantar, mas em breve voltaremos à produção de 3 milhões de toneladas  que tivemos na safra 19/20", avalia.



Até o dia 16 deste mês, 99% da safra 20/21 já havia sido colhida e 44%, beneficiada. Devido aos desafios climáticos impostos desde a semeadura do algodão, a produtividade estimada do ciclo que está terminando é de 1.708 Kg/hectare, 5,2% inferior à alcançada na temporada 2019/2020. O melhor desempenho foi registrado no Piauí, com 2048 Kg/ha, seguido de Mato Grosso do Sul (1979 kg/ha), Bahia (1938 kg/ha) e Maranhão (1816 kg/ha)



Confira a íntegra do relatório aqui: Perspectivas-Safra-21-22 22set2021.pdf


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Certificação oficial do algodão brasileiro entra na reta final

Proposta de implementação do programa foi apresentada à ministra Teresa Cristina

21 de Setembro de 2021

O Programa de Certificação de Conformidade Oficial do Algodão Brasileiro deu mais um passo nesta segunda-feira (20). Em audiência com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Teresa Cristina, a Abrapa apresentou propostas para a implementação da Portaria 375, que estabelece a os requisitos e critérios para a Certificação Voluntária. A norma entrou em vigor no dia 1º deste mês.


O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, levou sugestões para três questões previstas na portaria: a taxa a ser recolhida para o Mapa pelos proprietários de algodoeiras, visando a obtenção do Certificado de conformidade; o treinamento para os auditores fiscais do ministério da agricultura; e o programa de qualificação para que os funcionários das algodoeiras possam ser credenciados para atuarem como auditores do processo de coleta de amostras dos fardos de algodão.


“Esta é a última etapa para que tenhamos a certificação oficial da qualidade do nosso algodão”, comemorou Busato. “Queremos agradecer muito o apoio e o empenho da ministra, é um grande passo que estamos dado para que a pluma brasileira seja, cada vez mais, reconhecida e valorizada pelo mercado”, afirmou.


A expectativa é de que o Programa de Certificação Oficial seja implementado na safra 2021/2022, que começa a ser plantada agora. Coordenada pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal – Dipov do ministério da Agricultura, a certificação atestará que a amostra de algodão utilizada para análise de qualidade da fibra foi retirada de acordo com os protocolos estabelecidos e corresponde ao fardo que será comercializado, agregando confiabilidade ao processo.



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Estratégia para mercado de algodão aproxima China e Brasil

Abrapa e CNCE promovem evento para fortalecer a cooperação entre os dois países

20 de Setembro de 2021

De um lado da mesa, o maior comprador de algodão no mundo. Do outro, o país que já se consolidou no posto de segundo maior exportador global e tem potencial firme para assumir a liderança nos próximos anos. Com objetivos complementares, China e Brasil deram mais um passo, na última sexta-feira (17), para ampliar a parceria entre cotonicultores brasileiros e indústrias têxteis chinesas.



Durante o webinar "Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable", industriais chineses apresentaram dúvidas e sugestões sobre como o algodão brasileiro pode ampliar sua presença no mercado local. O evento foi promovido pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), com apoio da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea) e parceria com a China National Cotton Exchange (CNCE) e a Embaixada do Brasil em Pequim.



Representante de mais de 5 mil compradores chineses de algodão, a CNCE foi criada em 1997 pelo governo central chinês e, atualmente, é a maior plataforma de negócios de algodão da China. Reúne mais de 4.300 fiações, responsáveis por 90% do consumo chinês da pluma, além de 90% dos comerciantes domésticos de algodão.


Yang Baofu, diretor da CNCE, atestou a qualidade da fibra brasileira e o interesse chinês em manter a cooperação com os brasileiros. "A Abrapa tem elevado a qualidade do produto, garantindo principalmente um algodão sem contaminação, que é aplaudido na China. Nós temos a mesma missão: criar um futuro melhor para o algodão da China e do Brasil", afirmou durante o webinar.



O Cotton Harvest foi o quarto grande evento promovido pela Abrapa na China somente este ano. "Já definimos com a CNCE que seremos co-organizadores de dois grandes congressos do setor têxtil na China em 2022. A prova da determinação e da vontade do produtor brasileiro em ser cada vez mais parceiro da indústria têxtil chinesa é que vamos construir com a alfândega chinesa e com apoio da CNCE as melhores práticas de classificação de algodão", antecipou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.




Mercado em expansão



Embora seja o segundo maior produtor mundial da fibra, a China não consegue suprir sua demanda interna na totalidade. De acordo com o Departamento de Agricultura Americano (USDA), a produção chinesa foi de 6,4 milhões de toneladas na safra 2020/2021, para um consumo estimado de 8,7 milhões tons. Para a safra 2021/2022, a produção prevista é de 5,8 milhões tons (-9,3%), com projeção de que a indústria precise de 8,9 milhões tons (+2,5%). A estimativa é de que as importações chinesas superem 2 milhões de toneladas pelo segundo ano consecutivo.



Na temporada de exportações encerrada em julho, a China ultrapassou o mercado brasileiro como principal cliente da fibra produzida no país, com inéditas 720,7 mil toneladas adquiridas. Embora a previsão para o ano comercial 2021/22 seja de recuo nos embarques totais, em razão da produção menor, a perspectiva é de que a China continue absorvendo um terço das exportações brasileiras de algodão.



"Nossos números indicam que o Brasil continuará crescendo na produção e na exportação, e esse crescimento será conseguido a partir de ganhos de produtividade. Esse é apenas um dos motivos que posiciona nosso país como um provedor confiável de um produto de qualidade, em quantidade e sustentável", reiterou o embaixador do Brasil em Pequim, Paulo Estivallet de Mesquita.



Logística



A logística será um importante fator no cenário futuro, alertou o presidente da Anea, Miguel Faus. "Não somente no Brasil, mas no mundo, pois em escala global já estamos enfrentando gargalos sérios que estão impactando em todas as atividades comerciais", observou.



A questão também preocupa a indústria chinesa. Nicole Wang, gerente geral da China National Cotton Group Corp (CNCGC), foi uma das representantes do mercado têxtil chinês a participar da mesa redonda com a Abrapa e CNCE. "Nos perguntamos se o porto de Manaus não poderia ser uma opção relevante para nos ajudar a reduzir a tensão no Porto de Santos, que responde atualmente por 97% dos embarques de algodão. Sabemos que logística não é uma questão gerenciada pelo produtor, mas é um ponto crucial para nós", afirmou Nicole.



Embora haja projetos e investimentos em curso nos portos do chamado "Arco-Norte", Fauss informou que o frete interno para Santos ainda é mais barato, por isso esse Porto deve manter seu protagonismo nos próximos anos. "Existe um esforço da iniciativa privada para ampliar as opções, mas para o algodão produzido em Mato Grosso, que é o estado que mais cultiva no Brasil, Santos ainda é a melhor alternativa, e isso não deve mudar em médio prazo", explicou.



Rastreabilidade



A Abrapa aproveitou a oportunidade para apresentar a nova etiqueta SAI, que identificará os fardos de algodão da safra 2021/22.  A partir da leitura do QR Code de cada etiqueta será possível acessar, pelo celular, todas as informações sobre o produto - desde onde foi produzido até as características intrínsecas e certificações.



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