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Plano Safra 2021/2022 dobra recursos para práticas sustentáveis

23 de Junho de 2021

Linhas de financiamento contemplam produção de bioinsumos on farm


O incentivo a soluções tecnológicas sustentáveis e práticas conservacionistas de uso, manejo e proteção dos recursos naturais está entre as medidas do Plano Safra 2021/2022, anunciado na terça-feira (22) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).  O governo federal destinará R$ 251,22 bilhões para apoiar o próximo ciclo, sendo R$ 177,78 bilhões para custeio e comercialização e R$ 73,4 bilhões para investimentos – 29% a mais que no Plano anterior. Os financiamentos poderão ser contratados de 1º de julho de 2021 a 30 de junho de 2022.



O Programa para Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC), principal linha para financiamento de técnicas sustentáveis, foi reforçado.  Estão previstos R$ 5,05 bilhões, o dobro da temporada anterior, com taxa de juros de 5,5% e 7% ao ano, carência de até oito anos e prazo máximo de pagamento de 12 anos.



Uma das novidades do ABC é o estímulo à aquisição e construção de instalações para a implantação ou ampliação de unidades de produção de bioinsumos e biofertilizantes na propriedade rural, para uso próprio. A prática, crescente entre os cotonicultores, vem sendo incentivada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) em parceria com as associações estaduais. “Foi uma decisão muito acertada em função dos resultados técnicos positivos, alta viabilidade econômica e benefícios ambientais envolvidos”, avalia o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.



Ele destaca, também, o crescimento de 84% no volume de recursos destinados ao Programa de Construção de Armazéns (PCA). Estão previstos R$ 4,12 bilhões, com limite de R$ 25 milhões por beneficiário, juros entre 5,5% e 7% ao ano e prazo máximo de 12 anos com carência de 3 anos. O Moderfrota contará com R$ 7,53 bilhões e juros de 8,5% ao ano, enquanto o Moderagro terá R$ 1,89 bilhão, com taxa de juros de 7.5% ao ano.



O Plano Safra 2021/2022 destina R$ 1,35 bilhão, com juros de 7,5% ao ano, para o Proirriga, programa de financiamento da agricultura irrigada. Já o Inovagro, voltado para o financiamento de inovações tecnológicas nas propriedades rurais, terá R$ 2,6 bilhões. O pacote incentiva, ainda, projetos de implantação, melhoramento e manutenção de sistemas para a geração de energia renovável. O limite de crédito coletivo para projetos de geração de energia elétrica a partir de biogás e biometano será de até R$ 20 milhões.




Confira as linhas disponibilizadas:

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Embarques de algodão têm desempenho recorde em maio

23 de Junho de 2021

O volume recorde de exportações de algodão e as ações de promoção da pluma brasileira no mercado externo foram alguns dos temas abordados pelo Canal Agro Mais, em entrevista, com o presidente da Abrapa, na última sexta-feira (18). Júlio Busato contou que a China ultrapassou o mercado interno como principal consumidor da fibra brasileira, com 730 mil toneladas adquiridas, na temporada 20/21.


Assista: https://youtu.be/NXO22pnBAYU


Canal Agro Mais em 18.06.2021

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Brasil participa da China International Cotton Conference

21 de Junho de 2021

Gigante asiático é o principal destino das exportações brasileiras de algodão


Maior importador de algodão do mundo, a China é prioridade para os cotonicultores brasileiros. Para estreitar laços comerciais, o Brasil marcou presença na China International Cotton Conference (CICC), organizada pela China Cotton Association (CCA), nos dias 17 e 18 deste mês, em Suzhou. A participação foi promovida pela Abrapa em parceria com a ApexBrasil e a Anea, como parte do programa de  promoção internacional da fibra brasileira, o Cotton Brazil,


Embora ocupe o topo do ranking global de produtores de algodão, a China não atende sua demanda interna na totalidade pois é, também, o maior consumidor da fibra. De acordo com o Departamento de Agricultura Norte-Americano (USDA), a safra chinesa de 2020/2021 totaliza 6,4 milhões de toneladas, para uma demanda estimada de 8,6 milhões toneladas. Para cobrir o déficit, o gigante asiático acaba de anunciar cota extra de importação de 700 mil toneladas, que ainda não foram alocadas.


De olho nas oportunidades chinesas, a Abrapa montou um estande promocional em Suzhou, para divulgar informações e fazer networking com indústria têxtil, fiações, importadores e rede varejista de vestuário durante a CICC.  Além disso, dentro do bloco de discussões "Sustainable Development of the Global Cotton Industry Chain", na sexta-feira, foi realizada uma palestra sobre números da safra e projeções da produção brasileira de algodão. Outra novidade foi o lançamento do canal do Cotton Brazil na plataforma Wechat, com conteúdo específico para o público chinês.


"O diálogo comercial entre Brasil e China é prioritário em nossa pauta do mercado internacional do algodão e tende a se intensificar, pois nossos objetivos são complementares", destaca o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. O Brasil responde por 37% das importações chinesas da pluma e quer aumentar esta fatia.


O país asiático já é o principal cliente do algodão brasileiro, e os números só crescem. Entre 2011 e 2021, os embarques para a China aumentaram 792% –  o percentual pode ser maior, pois ainda restam dois meses para o encerramento do ano comercial. "Além da qualidade da nossa fibra estar em níveis crescentes, outro atrativo é que produzimos volume suficiente para exportar a pluma ao longo dos 12 meses do ano", explica Busato.


Nos últimos 60 dias, a Abrapa selou parceria comercial com duas importantes organizações do setor têxtil chinês. Tanto a China National Cotton Exchange (CNCE) como a China Cotton Association (CCA), promotora da conferência em Suzhou, assinaram Memorandos de Entendimento para aproximar o setor industrial chinês dos cotonicultores brasileiros.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

18 de Junho de 2021

ALGODÃO PELO MUNDO #24/2021


Algodão em NY - Semana tensa para commodities nas bolsas.  Começando na segunda, com algodão atingindo limite de baixa contaminado pelas quedas nos grãos em Chicago e depois influenciado por fatores macroeconômicos . O contrato Dez/21 fechou em 84,06 U$c/lp, queda de 4,7% nos últimos 7 dias.



- Preços - Ontem (17/6), o algodão brasileiro estava cotado a 97,25 U$c/lp (-100 pts) para embarque em Out-Nov/21.  O basis médio deste mês está em +962 pontos (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook).



- Baixistas - Esta semana o FED (Banco Central dos EUA) manteve as taxas de juros em 0%, mas sinalizou que as taxas começarão a subir antes do esperado por conta da inflação.  Com este movimento, o dólar se fortaleceu e por consequência pressionou as commodities.



- Baixistas 2 - O dólar mais forte reduz a demanda por commodities pois estas são precificadas na moeda americana.  Por isso, há uma relação inversa entre valor do dólar em relação à outras moedas e cotação das commodities.



- Baixistas 3 - Apesar das ameaças de uma tempestade tropical na região do Golfo do México e das previsões para o Texas serem de precipitações aquém do normal nos próximos dias, não há dúvidas que no momento a seca que atinge principalmente o Oeste do Texas é menor que há algumas semanas.



- Altistas 1 - Os números de exportação dos EUA e do Brasil seguem muito bem.  Faltando um mês e meio para o fim do ano comercial, o Brasil está próximo de superar 2,3 milhões de tons, enquanto os EUA seguem no ritmo de exportar 3,58 milhões de tons.



- Altistas 2 - O bom desempenho das exportações causará grande aperto no quadro de oferta e demanda dos dois países.



- Paquistão 1 - Nesta semana, a Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable passou pelo Paquistão, 3º maior importador do algodão brasileiro, com 12% de marketshare e evolução de 524% nas compras nos últimos 10 anos.



- Paquistão 2 - Lá, o cenário é otimista. "Operamos em capacidade total desde julho/20. Há 15 anos, não vejo tanto entusiasmo como agora", afirmou Adeel Tata, diretor de operações da TATA Pakistan, uma das maiores indústrias têxteis do país.



- Coréia do Sul - Bons ventos também na Coreia do Sul, outro país que recebeu webinar do Cotton Brazil nesta semana. A indústria coreana aumentou capacidade de produção e desde o último trimestre de 2020 a tendência é de alta, garantiu o presidente da Spinners and Weavers Association of Korea (SWAK), Joon Kim.



- China 1 - A Abrapa marca presença na China International Cotton Conference, evento da China Cotton Association/CCA realizado ontem (17) e hoje (18) em Suzhou, China.



- China 2 - Além de estande promocional e palestra sobre números de safra e projeções na programação oficial, o programa Cotton Brazil lançou seu canal na plataforma Wechat, com conteúdo específico para o público chinês.



- China 3 - A China tem estado bastante ausente do mercado nas ultimas semanas, uma vez que as novas quotas de importação ainda não foram alocadas.



- India - A Cotton Association of India reduziu esta semana a previsão de produção do país para 6,05 milhões de toneladas (USDA estimou 6,21) e aumentou o consumo para 5,53 milhões de toneladas (USDA estimou 5,12).



- Plantio - Os EUA já semearam 90% da área prevista (+19pp na semana). No Paquistão, o plantio já atingiu 80%.  Na Índia, plantio em áreas de sequeiro seguem avançando com a chegada das monsões, principalmente nos estados do Sul.



- Agenda - Na semana que vem, a Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable passa pelo Vietnã (22) e pela Indonesia (24). A série de webinars promovidos pelo Cotton Brazil é realizada em parceria com Anea e Apex.



- Colheita - A Abrapa informa o andamento da colheita da safra 2020/21 de algodão no Brasil até ontem (17/6): BA e TO (1,5%); MA (2%); MG (7%), MS (5%), SP (62%) e PR (80%). Total Brasil: 1% colhido.



- Exportações - O Brasil exportou 47,2 mil tons de algodão nas duas primeiras semanas do mês de junho. Volume bem próximo das 56,7 mil tons exportadas durante o mês inteiro de jun/20.



Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com



- Preços - Consulte tabela abaixo

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Paquistão e Coréia do Sul pretendem intensificar importações da pluma brasileira

18 de Junho de 2021

Intenção foi manifestada, esta semana, em webinars da Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable 


O reaquecimento do consumo tem deixado indústrias têxteis e fiações por todo o mundo otimistas. A notícia é positiva para aos cotonicultores brasileiros, que ouviram de empresários paquistaneses e sul-coreanos a intenção de ampliar a produção com a fibra nacional.



O diálogo com os dois países ocorreu, esta semana, durante a Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable, promovida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).



"Nossa indústria está rodando em capacidade total, desde julho do ano passado. Em 15 anos, não vi tanto entusiasmo como agora", afirmou Adeel Tata, diretor de operações da TATA Pakistan, uma das principais indústrias têxteis paquistanesas, durante o encontro virtual. Atualmente, o Paquistão é o terceiro maior comprador de algodão brasileiro, respondendo por 12% de marketshare.



O aumento na capacidade das indústrias têxteis paquistanesas, somado à diminuição da produção local de algodão, explica o incremento de 545% nas compras da fibra brasileira, nos últimos 10 anos. No acumulado do ciclo 2020/21 – até maio deste ano – o volume já atingiu 265,7 mil toneladas, contra 42,5 mil toneladas, na temporada 2009/10.



Pensando no futuro da parceria, o empresário Adeel Tata reforçou a importância de preços acessíveis e de uma visibilidade maior para a sustentabilidade da produção brasileira . "Em minha viagem ao Brasil, fiquei com ótima impressão, pois os agricultores têm reservas naturais dentro de suas propriedades. As áreas de preservação ambiental em meio às plantações são incríveis e me deixaram muito satisfeito", lembrou Tata.



A disposição em fortalecer a parceria com o Brasil também foi manifestada no webinar com empresários da Coréia do Sul.  "Desde o último trimestre do ano passado, a tendência é de alta", informou o presidente da Spinners and Weavers Association of Korea (SWAK), Joon Kim. Segundo ele, há meses a capacidade de fabricação de tecidos e vestuário tem se ampliado. "E ainda há demanda para ser atendida", reiterou.



As importações tendem a continuar, segundo Howard Yoo, da Di Dong Il. "Gostaríamos de manter a conexão e a colaboração com os cotonicultores brasileiros. Após a pandemia, queremos visitar o Brasil para conhecer, a fundo, a produção local". No ciclo 2019/20, o mercado sul-coreano importou 43,6 milhões de toneladas de algodão brasileiro. O volume se ampliou na atual temporada, já acumulando 70,6 milhões de toneladas.



O presidente da (Anea), Miguel Faus, manifestou otimismo com o que escutou dos potenciais compradores.   "Estamos com uma grande demanda em diversos produtos e esperamos que esse ritmo se mantenha pelos próximos anos", disse.



Os cotonicultores brasileiros garantiram que estão preparados para suprir a procura pela pluma nacional com qualidade e certificação. "Nos tornamos um grande exportador há apenas quatro anos e queremos crescer ainda mais. Para isso, buscamos rentabilidade e mercado, e esse contato direto com os importadores do nosso algodão é fundamental", avaliou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.



A expectativa de produção do algodão no Brasil, na temporada 2020/21, é de 2,35 milhões de toneladas e, apesar de uma queda na área de plantio nacional, será a terceira maior safra do país. Atualmente, o Brasil já absorve 23% da demanda global da indústria têxtil.

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Recorde de exportações de algodão no mês de maio foi tema do programa ao programa Agricultura BR do Canal do Boi

17 de Junho de 2021

O volume recorde de exportações de algodão no mês de maio foi o tema central de entrevista do presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, ao programa Agricultura BR do Canal do Boi, na última sexta-feira (11).  A rápida recuperação da demanda mundial surpreende positivamente o setor e projeta boas perspectivas para a próxima safra.

Assista: https://youtu.be/MIwabNVQa7w

 

 

Canal do Boi

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Sou de Algodão é modelo para países latino-americanos

16 de Junho de 2021

Estratégia de promoção da pluma brasileira no mercado interno foi apresentada pela Abrapa durante reunião da iniciativa +Algodão


A Abrapa apresentou o movimento Sou de Algodão aos países sócios da cooperação Sul-Sul Trilateral +Algodón, como exemplo de estratégia bem sucedida de promoção da pluma no mercado interno.  Lançada há 8 anos, a aliança reúne associações da Argentina, Bolívia, Brasil,  Colômbia, Equador, Paraguai , Peru e Haiti,  com o objetivo de trocar experiências e fortalecer o setor algodoeiro na região.  O projeto é coordenado, de forma conjunta, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE) e governos dos países sócios, com recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).



Em reunião online realizada nesta terça-feira (15), o diretor-executivo da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Marcio Portocarrero, contou que o Sou de Algodão foi lançado em 2016, motivado pelo crescente consumo de sintéticos no Brasil. Na ocasião, uma pesquisa de mercado identificou, entre outras coisas, a falta de informação do consumidor sobre o que veste. O resultado determinou a estratégia de promoção do algodão brasileiro: ressaltar os benefícios da fibra natural para o consumidor final e, assim, engajar a sociedade na valorização de um produto que entrega responsabilidade social e ambiental.



O movimento já conta com mais de 570 marcas parceiras de toda a cadeia do algodão, das fiações ao varejo, e contempla ações promocionais, de negócios e informacionais - desde campanhas de comunicação até projetos voltados à ampliação da competitividade e ações em universidade. "Queremos que o consumidor reconheça o valor do algodão brasileiro", resumiu Portocarrero. "Todos entendem que estimulando o consumo de algodão também ganharão, comercializando mais produtos de suas linhas de produção. É um investimento", afirmou.



Segundo ele, em um futuro próximo, o movimento deve evoluir para o conceito Sou de Algodão Brasileiro Responsável. "Assim, estaremos entregando um propósito de produzir melhor, de ter rastreabilidade de origem, maior valor agregado aos nossos produtos e uma marca de Feito no Brasil com responsabilidade", explicou.



Durante a reunião, a equipe do projeto +Algodão apresentou as iniciativas de comunicação para divulgação da iniciativa e visibilidade do setor algodoeiro latino-americano.  O trabalho vem sendo desenvolvido principalmente por meio da produção de conteúdo para redes sociais e ações em datas comemorativas, como o Dia Mundial do Algodão – celebrado em 8 de outubro.



Como a proximidade do encerramento da Cooperação Sul-Sul trilateral, previsto para 2024,  o diretor-executivo da Abrapa destacou a importância dos países parceiros construírem uma rede de relacionamentos para  troca de experiências, difusão de novas tecnologias e promoção e marketing da fibra produzida na região, no período pós-projeto. "Minha sugestão é que os produtores se organizem localmente em seus grêmios para que se fortaleçam. Estruturem suas associações para que possamos manter uma agenda conjunta permanente e cheguemos, um dia, a ter um projeto continental de

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Conforto e consciência: conheça o movimento Sou de Algodão

16 de Junho de 2021

​O Brasil é o maior fornecedor de algodão sustentável do mundo, mas pouco se sabe sobre sua cadeia produtiva e as vantagens socioambientais de vesti-lo


Não é novidade que os hábitos de consumo vêm sendo alterados e a preocupação em torno da sustentabilidade nos mais diversos mercados passou a ser obrigatória. A moda, contudo, ainda ganha destaque negativo no cenário de movimentações, principalmente por não conseguir fugir de dois fatos: é uma das indústrias mais poluentes (até mais do que navios e aviões) e também é apontada como a maior exploradora de trabalho escravo no mundo, como foi revelado por uma pesquisa realizada em 2018 pelo The Global Slavery Index. Na contramão dos fatos, surgiu em 2016, no Brasil, o movimento Sou de Algodão, que busca despertar uma consciência coletiva sobre a moda e o consumo responsável.



Júlio Busato, o presidente da Associação Brasileira dos Produtos de Algodão (Abrapa) e produtor, revela que, dos 3 milhões de toneladas da fibra produzida no Brasil, quase 80% apresentam o selo de Algodão Brasileiro Responsável (ABR), o que faz do país o maior fornecedor de algodão sustentável do mundo. O ABR é uma certificação dada aos produtores que cumprirem com 178 critérios sociais, ambientais e de segurança do trabalho exigidos pela Better Cotton Initiative (BCI). "Por meio do Sou de Algodão, queremos mostrar aos consumidores que essa é uma fibra natural que tem sustentabilidade em sua produção, o que podemos comprovar pelo selo ABR", afirma.



Atualmente o movimento conta com 468 empresas filiadas, que transmitem a informação aos consumidores por meio do selo estampado na etiqueta de suas roupas. Só em 2020, houve um aumento de 143% no número de adesões. No segmento de alto padrão nacional, por exemplo, seguindo a declaração "o novo luxo é ser sustentável", feita por David Wertheimer, herdeiro da Chanel, destacam-se as marcas Ginger, Martha Medeiros, Ângela Brito, Reinaldo Lourenço, João Pimenta e Fabiana Milazzo. Inclusive, o Sou de Algodão teve lançamento no São Paulo Fashion Week de 2016, o que lhe garantiu bastante visibilidade no ramo da moda.



O presidente da Abrapa explica que a maior atenção aos impactos ambientais por parte dos consumidores foi um potencializador para a expansão e aderência ao movimento. "Hoje existe a cobrança não só em nível nacional, mas também mundial, de comprar produtos que sejam ecologicamente corretos e tenham sustentabilidade. Quando alguém for adquirir uma camisa de algodão, queremos que tenha certeza de que ela foi produzida de uma forma responsável", explica Busato.



Além dessa responsabilidade ambiental, ele revela que a fibra passou a ser ainda mais valorizada em tempos de quarentena: "Ao ficar mais tempo em casa, as pessoas precisaram usar roupas mais aconchegantes e até hoje não se inventou nada com maior conforto do que uma camiseta de algodão". Por ser oca e 100 vezes mais fina em relação a um fio de cabelo, a fibra facilita a entrada e saída de ar e, consequentemente, a troca de calor com o meio ambiente, o que gera maior sensação de frescor, segundo Busato. Visto que é biodegradável, ou seja, evita a poluição de ecossistemas terrestres e marinhos, o algodão se encaixa perfeitamente nos requisitos dos consumidores.



"As adesões vão crescer muito mais, todos querem entrar porque realmente é uma vantagem", afirma Busato. Por se estruturar em um trabalho voluntário, o Sou de Algodão teve o custo absorvido pelos produtores, que desde o início entenderam a importância de seguir um caminho sustentável. "Nós demos isso ao mercado primeiro pela necessidade de organizar melhor a cadeia produtiva do algodão e, segundo, porque já víamos que os consumidores exigiriam isso com o passar do tempo."



Apesar de ainda existir uma forte competição com os tecidos sintéticos, o salto das adesões tem permitido ao movimento intensificar suas campanhas de divulgação por meio de influenciadores, com as próprias marcas parceiras e até instituições de ensino. Em outubro do ano passado, foi lançada a segunda edição de um desafio para estudantes das universidades brasileiras desenvolverem moda a partir de algodão visando a incentivar ainda mais o uso responsável dessa fibra natural.



A maior estratégia para fortalecer a visibilidade está no projeto que o movimento pretende lançar até o fim deste ano baseado em QR Codes informativos. "Nosso objetivo é instalar o ABR de ponta a ponta. Há 17 anos temos um sistema de rastreabilidade da Abrapa que registra onde cada fardo de algodão foi produzido, por qual produtor e quem foi beneficiado. Agora, queremos englobar nisso a indústria que faz o fio, quem confecciona o tecido, quem costura a roupa e onde ela é vendida", explica.



O projeto de fato saciará a sede de informação dos consumidores em relação à transparência. Por fim, para Busato, tudo converge no propósito de incentivar os consumidores a valorizarem como o algodão é produzido no Brasil e seus inúmeros benefícios ao meio ambiente.




Revista Versatille


por Laís Campos

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Maio bate recorde nas exportações brasileiras de algodão

14 de Junho de 2021

O mês de maio entra para a história das exportações brasileiras de algodão. Com 115.243 toneladas comercializadas, o país ampliou em 66% o volume registrado em maio de 2020. É o melhor desempenho para o mês em toda a história da cotonicultura brasileira, segundo a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão).



Os dados são do sistema de comércio exterior (Comex Stat) do Ministério da Economia e mostram ainda que no ciclo 2020/21 as exportações da fibra somam 2,235 milhões de toneladas. Mesmo ainda faltando dois meses para que o ano comercial se encerre, o desempenho até aqui já é 23% superior aos números da temporada 2019/20.


"Nossa previsão é de que embarcaremos 2,35 milhões de toneladas até julho", afirma Júlio Busato, presidente da Abrapa. Confirmando-se a previsão, o país terá ampliado em 20% as vendas ao exterior no ciclo atual em relação a 2019/20.


A China lidera o ranking dos maiores compradores do algodão brasileiro na temporada 2020/21, importando volumes ainda maiores que os realizados no ciclo 2019/20. Com a importação de 23,7 mil toneladas em maio, o país superou as 700 mil toneladas no ciclo 2020/21, ampliando em 22% o total registrado no período anterior. Assim, os chineses superam, inclusive, o consumo doméstico médio das indústrias têxteis brasileiras.


"Estamos fortalecendo nossas parcerias com entidades que representam o setor têxtil chinês exatamente para mantermos esse ritmo no nosso comércio exterior", diz Busato. Nos últimos 60 dias, a Abrapa firmou convênios com a China Cotton Association (CCA) e com a China National Cotton Exchange (CNCE).


O ranking dos dez maiores importadores do algodão brasileiro, no acumulado da temporada 2020/21, traz China (31%), Vietnã (17%) e Paquistão (12%) nos três primeiros lugares, seguidos por Bangladesh (11%), Turquia (11%), Indonésia (8%), Malásia (3%), Coréia do Sul (3%) e, finalmente, Tailândia e Índia (1%).


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Técnicos do Mapa visitam laboratório de análise de algodão em Goiânia

11 de Junho de 2021

Etapa faz parte do processo de criação de uma certificação oficial da fibra


Técnicos do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento  (Mapa) conheceram, esta semana, o laboratório da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa). A visita, coordenada pela Abrapa, é mais um passo em direção à implementação do Programa de Certificação de Conformidade Oficial do Algodão Brasileiro.



O gerente Laboratorial de Análises de Algodão da Agopa, Rhudson Santo Assolari Martins, recebeu a equipe do ministério e mostrou os procedimentos-padrão adotados por todos os laboratórios de análise de algodão por instrumentos de alto volume do tipo HVI cadastrados no programa Standard Brasil HVI (SBRHVI).  Atualmente, o laboratório da Agopa analisa amostras dos produtores de São Paulo, que já iniciaram a colheita da safra 2020/2021.



"Foi muito positivo, ficaram bem impressionados com todas as normas internas, procedimentos e cuidados. Acredito que a gente esteja  muito próximo de obter nosso certificado de conformidade", avalia o diretor-executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero. Participaram da visita técnica o Diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Mapa, Glauco Bertoldo, o Coordenador-geral de Qualidade Vegetal, Hugo Caruso, e o coordenador de Fiscalização da Qualidade Vegetal, Cid Alexandre Oliveira Rozo. Também acompanhou a diligência o gestor do programa SBRHVI da Abrapa, Edson Mizoguchi.



Nos próximos dias, a mesma equipe visitará a Fazenda Pamplona, do Grupo SLC, para acompanhar o processo que efetivamente precisa ser certificado pelo ministério: colheita do algodão, beneficiamento, emblocamento e retirada da amostra.  "Pretendemos obter a validação de todo esse trabalho, para que as análises do algodão brasileiro tenham a chancela do governo federal", destaca Portocarrero.



A certificação oficial será uma garantia de identidade, qualidade e segurança dos resultados das análises feitas pela rede de laboratórios privados, sob supervisão da Abrapa, através do programa SBRHVI. "Proporcionará ainda maior confiabilidade ao algodão brasileiro no mercado internacional", afirma Júlio Busato, presidente da Abrapa.

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