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Abrapa discute controle biológico em Reunião da Câmara Temática de Insumos

22 de Setembro de 2020

O incremento da produção e produtividade na atividade agrícola no país, em um cenário futuro, será medido em tecnologia por hectare. Essa é a aposta da Câmara Temática de Insumos Agropecuários que discutiu, entre outros temas, na tarde desta segunda-feira (21), o detalhamento do Programa Apoio à Inovação Tecnológica do Ministério da Agricultura, o andamento das tratativas para a Reforma Tributária, regulamentação da operação de drones, além das biofábricas de agentes biológicos para o controle de pragas apresentadas pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa).



"A Câmara de Insumos existe para discutir assuntos relevantes e que promovam a melhoria de toda a cadeia produtiva. E a aplicação de tecnologias precisa estar alinhada com a legislação, a realidade do produtor e a viabilidade da lavoura", disse o presidente da Câmara, Júlio Busato, afirmando que a troca de experiências e abordagem de alternativas têm como objetivo manter o nível de relacionamento, aprendizagens e alianças estratégicas para a construção de uma agenda que possa agregar valor aos produtos. "Controlar, dar tranquilidade, segurança sem atrapalhar a atividade, desburocratizar as ações para alcançar um produto de qualidade devem ser as premissas das discussões com relação aos insumos tecnológicos, biológicos ou químicos", garantiu.



Nesse sentido, a Abrapa trouxe o exemplo de algumas entidades associadas que possuem biofábricas de agentes biológicos para o controle de pragas nos estados de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. Segundo o representante da entidade, Fernando Rati, o setor de controle biológico apresentou 15% de crescimento em 2019 no Brasil e cresce, anualmente, 7% no mundo, em média. Até 2014, existiam 60 produtos biológicos registrados no país e, em 2019, o número passou de 260. "Sem dúvida é um setor que vem ganhando espaço e competitividade no Manejo Integrado de Pragas e Doenças das principais culturas agrícolas no Brasil e isso tem motivado os investimentos e estudos da Abrapa e o Instituto Brasileiro do Algodão", finalizou Rati.

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Abrapa divulga estimativas para a safra 2020/2021 em reunião da Câmara Setorial do Mapa

22 de Setembro de 2020

Com os preços da soja e do milho mais remuneradores, o produtor de algodão brasileiro decidiu plantar um pouco menos na safra 2020/2021. Serão 1,4 milhão de hectares, contra 1,6 milhão de hectares no ciclo anterior (-12%), com expectativa de produção de, aproximadamente, 2,5 milhão de toneladas de pluma, 13% menos que na safra 2019/2020, quando o país colheu 2,9 milhões de toneladas. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (21/09), durante a reunião da Câmara Setorial do Algodão e seus Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento (Mapa), que, além dos cotonicultores, representados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), também congrega os elos da indústria, exportação, dentre outros.



Para o presidente da Abrapa e da câmara setorial, Milton Garbugio, a rentabilidade foi o fator primordial para a redução de área de área de plantio. "O setor amargou um grande baque com a pandemia da Covid-19. Agora, estamos vendo a rápida recuperação do mercado, mas a decisão foi tomada dois meses atrás", explicou Garbugio. "Além da questão do preço da commodity, hoje em torno de US$0,65 por libra-peso, é preciso ter mercado para escoar a produção, tanto dentro quanto fora do Brasil. Os estoques mundiais deverão crescer em torno de 3% e, internamente, a previsão é de que tenhamos algo próximo de 422 mil toneladas de estoques de passagem, em 2020/2021. Não adianta produzir muito e não vender toda a produção", considerou.



Na comparação com o mesmo período do ano passado, a indústria têxtil brasileira encolheu 19,8%. Nesse período, a de vestuário diminuiu 36%, e as vendas no varejo foram 37,6% menores. De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, a retomada do consumo está se dando de forma acelerada, após o relaxamento nas medidas de contenção da Covid-19, com a reabertura, ainda que parcial, do comércio e do setor de serviços.



Apesar de benéfica e desejável para a economia, a rapidez da volta do consumo trouxe alguns problemas para o setor. Segundo a Abit, a indústria e o varejo não previam o ritmo da retomada, compassado tanto pela demanda reprimida, quanto pela injeção de recursos oriundos do auxilio emergencial concedido pelo Governo Federal para as famílias prejudicadas pela perda de emprego e renda, impostos pelas medidas de contenção do coronavírus.



Abastecimento garantido



"O mercado está reaquecendo e, nessa retomada, depois de 90 dias, há questões a ser consideradas, mas o fato é que não vai faltar algodão no Brasil. Precisamos estar coordenados nesse processo de retorno das atividades para ajustar o preço, o fornecimento, e a demanda do mercado. Acredito que vamos precisar de uns 120 dias para ajustar essas equações", afirmou Pimentel, dissociando a alta nos preços, que o consumidor final está percebendo no varejo, do valor do algodão, e afastando o temor de falta da matéria-prima.



A pandemia acarretou uma "queda profunda em abril", segundo Fernando Pimentel. Foram 71 mil postos de trabalhos formais perdidos, no momento em que setor ainda comemorava os novos mais de 11 mil empregos formais gerados em 2019. "Já em julho, entramos no terreno positivo na indústria têxtil. O mesmo não se pode dizer do setor de confecções', disse. O presidente da Abit destacou a importância de valorização do produto nacional, e citou como exemplo o movimento Sou de Algodão, criado pela Abrapa, para o incentivo do consumo da fibra no mercado interno.



Exportações




As exportações brasileiras, na safra 2019/2020, foram de dois milhões de toneladas de pluma, de acordo com o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Henrique Snitcovski. "De julho de 2020 até julho de 2021, esse número deverá ser ainda maior, pois não só exportaremos a safra 2020, como também parte do algodão que deveria ter sido embarcado nos meses de abril, maio e junho. Isso como consequência da pandemia, que obrigou o alongamento dos embarques.



O Brasil exportou 109 toneladas em agosto de 2020, primeiro mês


correspondente à safra 2020/2021, totalizando uma receita de US$ 153,13


milhões proveniente das exportações. O volume exportado em agosto/2020


é 141% maior que ao total do mesmo mês, em 2019. Os maiores importadores do algodão brasileiro, em ordem decrescente, Turquia, Indonésia, Vietnã, Paquistão, China e Bangladesh. A previsão de embarques de algodão para setembro é de aproximadamente 190 mil toneladas, segundo a Anea.



"O Brasil teve um aumento significativo em suas exportações, totalmente atrelado ao incremento da produção. Contudo, a participação do algodão brasileiro no mercado internacional também cresceu. Deixamos para traz a característica marcante que tínhamos de ser um exportador sazonal, que fornecia em apenas doze meses do ano, com 70% dos embarques no segundo semestre, para nos fazer disponíveis por um maior período, para os principais mercados importadores", afirmou Snitcovski. Segundo o presidente da Anea, essa mudança de posicionamento também alterou o mindset da indústria internacional, que teve de rever suas estratégias, passando a considerar maior participação da pluma brasileira em seus blends.



O porto de Santos, de acordo com a Anea, foi responsável por mais de 95% dos embarques de algodão do país. Os portos do chamado "arco Norte", que inclui o porto de Salvador, na Bahia, estão se desenvolvendo para execução da safra, principalmente, do Oeste da Bahia. De acordo com a Anea, a maioria das exportações de fibra por Santos têm a ver com a frequência de linhas de importações que o porto recebe, e, consequentemente, com a disponibilidade dos contêineres ocasionada por estas importações. Com a pandemia, e a consequente queda nas importações brasileiras, os exportadores de algodão sentiram a falta de contêineres para embarcar a pluma no começo da temporada, considerado entre os meses de julho e agosto de 2020. "Mas isso foi contornado", garante Snitcovski.



Carta



Durante a reunião, a Anea entregou ao presidente da Abrapa, Milton Garbugio, um documento em que solicita o apoio da associação dos produtores e da câmara setorial para a extensão do prazo de comprovação das exportações indiretas – quando o faturamento ocorre com fins específicos de exportação – dos atuais 180 dias para 360 dias, junto ao Conselho Nacional de Política Fazendária do Ministério da Economia, e que as associações estaduais deem suporte, através das respectivas Secretarias da Fazenda. O pedido se dá por conta da previsão de estoques de passagem acima da média histórica, causados pelo alongamento dos embarques em 2020. A câmara aprovou a demanda por unanimidade, e o pedido será encaminhado ao Mapa.


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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

18 de Setembro de 2020

ALGODÃO PELO MUNDO #36


Algodão em NY - Furacão Sally, relatório mensal de oferta e demanda dos EUA e grandes compras de algodão americano pela China impulsionaram o mercado esta semana.  O contrato dez/20 fechou ontem a 65,85 c/lp, com alta de 1,6% nos últimos 7 dias.


Altistas - O relatório mensal de oferta e demanda do USDA da última sexta-feira foi visto como altista, uma vez que trouxe, entre outros números, uma importante redução na produção dos EUA deste ano (- 1 milhão de fardos ou 218 mil tons) em relação à ultima estimativa do órgão.


Altistas 2 - Os Chineses parecem mesmo dispostos a fazer sua parte no acordo comercial com os EUA.  Ontem o USDA divulgou em seu relatório de vendas e exportações semanais números bastante expressivos.  As vendas líquidas de algodão americano na última semana foram de cerca de 118 mil toneladas, com 85% deste total para a China.


Baixistas - Apesar do relatório mensal de oferta e demanda do USDA diminuir a relação estoque/uso global projetada para o final de 20/21, esta continua ainda em níveis altos: 92%.


China 1 - Boas notícias do gigante Asiático.  No webinar da Ampa realizado esta semana, o trader Thomas Reinhardt, que reside na China, afirmou que a pandemia de Covid-19 no país já está ficando no retrovisor.  Lojas e restaurantes já voltaram ao normal e outros indicadores econômicos já estão muito melhores.  O governo Chinês está prevendo um crescimento positivo para o ano 2020 de 3.2%.


China 2 - Em relação ao mercado de algodão, Reinhardt informou que nas últimas semanas finalmente as coisas começaram a melhorar. A maioria das indústrias têxteis já estão confiantes que o pior já passou.


Xinjiang - Outra boa notícia para os industriais Chineses foi que governo americano recuou esta semana da decisão de proibir totalmente as importações de produtos têxteis feitos com algodão da região de Xinjiang (China), segundo informações da agência Reuters.   A proibição, segundo a agência, será focada agora somente em alguns produtos de cinco diferentes exportadores.


Basis 1 – Outro palestrante no webinar da  Ampa, o trader Bill Ballenden, mostrou com preocupação a grande queda do basis do algodão brasileiro na Ásia.  O Basis CFR Ásia é a diferença (em pontos de US$/lb) entre os preços do algodão de determinada origem colocado na Ásia em relação à cotação do algodão na bolsa de NY.


Basis 2 – Segundo dados apresentados, o algodão brasileiro semana passada, estava sendo vendido na Ásia com basis de 444 pontos acima de NY, enquanto algodão de origem americana (Tex SM) estava cotado a 1144 pontos acima, ou seja, 700 pontos a mais que o nosso.


Basis 3 – Ballenden afirmou que o algodão brasileiro está tendo dificuldade de competir com os EUA no mercado Chinês, atualmente, por conta do acordo comercial entre os dos países (geopolítica).  Mas afirmou que nosso país poderia competir internacionalmente sem ter que baixar tanto o preço (basis) se tivesse um marketing mais agressivo e maior transparência nos dados de HVI.


Cotton Brazil – Neste sentido, a Abrapa, a Apex Brasil e a ANEA estão executando o projeto Cotton Brazil, com o objetivo de promover o setor de forma estruturada e integrada no exterior – especialmente na Ásia, responsável pela maior fatia do nosso mercado.


Cotton Brazil 2 – O projeto Cotton Brazil envolve várias ações como branding do algodão Brasileiro, pesquisa com clientes, comunicação digital, ações de inteligência de mercado, relacionamento e marketing e ainda um escritório da Abrapa em Singapura.  Além disso, o projeto visa o fortalecimento de programas de qualidade (SBRHVI), sustentabilidade (ABR e BCI) e rastreabilidade (SAI).


Colheita - Batendo recorde sobre recorde nos três últimos ciclos, o Brasil concluiu a colheita de algodão da safra 2019/2020, atingindo a marca esperada de 2,9 milhões de ton de pluma, +5% que em 2018/2019, informou a Abrapa.


Safra 20/21- Na próxima segunda-feira durante reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão do MAPA, a Abrapa divulgará suas últimas estimativas de área, produção e produtividade para a safra 2020/2021.


Beneficiamento - A Abrapa informou o progresso do beneficiamento da safra 2019/20 de algodão no Brasil até ontem: Mato Grosso: 38%; Bahia: 58%; Goiás: 65%; Minas Gerais: 59%; Mato Grosso do Sul: 86%; Maranhão: 40%; Piauí: 68%; São Paulo: 100%; Tocantins: 58% e Paraná: 100%. Média Brasil: 45% beneficiado


Exportações - As exportações brasileiras de algodão em pluma totalizaram 38,5 mil ton na segunda semana de setembro.  No acumulado do mês (2 semanas) o total exportado foi 70,7 mil toneladas.


Preços - A tabela abaixo ⬇ mostra os últimos movimentos de


preços, índices e câmbio que impactam o mercado de algodão.


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Abrapa quer amplo engajamento no #WorldCottonDay

18 de Setembro de 2020

No próximo dia 7 de outubro, o mundo vai celebrar o Dia Mundial do Algodão, e os produtores da fibra no Brasil, engajados aos organizadores internacionais das ações para a comemoração da data, querem ter certeza de que a contribuição do algodão brasileiro para este dia estará à altura do grande player que o país se tornou nas últimas décadas. Na última quinta-feira (17/09), a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), apresentou ao diretor de comunicação do International Cotton Advisory Committee (ICAC), Mike McCue, as estratégias de engajamento para toda a cadeia produtiva e consumidores finais, para evidenciar as vantagens da matéria-prima que, mesmo após milênios em uso, continua sendo a mais importante fibra têxtil do mundo. Na oportunidade, McCue conheceu em detalhes o movimento Sou de Algodão e a atuação da Abrapa, em seus compromissos de qualidade, sustentabilidade, rastreabilidade e promoção do algodão brasileiro.



O Dia Mundial do Algodão (World Cotton Day) foi criado no ano passado, na sede da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, reunindo importantes instituições ligadas à fibra, como o ICAC, a FAO, a United Nations Conference of Trade and Development (UNCTAD) e o International Trade Center (ITC). Para este ano, todos os mais de 50 países membros do ICAC vão divulgar a hashtag #WorldCottonDay.


 


O esforço de organização e representação da cadeia produtiva, realizado pela Abrapa ao longo de 21 anos, foi apresentado pelo diretor executivo Marcio Portocarrero. "Trabalhamos buscando resultados em todos os 10 estados associados, atuando com tecnologia, rastreabilidade, sustentabilidade, qualidade e marketing promocional", enfatizou Portocarrero. Ele destacou que 99% da fibra brasileira são rastreados e que, em 2019, 36% do algodão licenciado pela Better Cotton Initiative (BCI) saíram das lavouras do Brasil.



Portocarrero afirma que a Abrapa vai "perseguir a excelência" para dar ao Brasil um destaque compatível com a sua posição de grande player global, segundo maior exportador do mundo, e quarto maior produtor de algodão. "Queremos ser referência mundial, engajando toda a cadeia, desde o setor produtivo até o consumidor final", salientou o diretor.



A gestora do movimento Sou de Algodão, Silmara Ferraresi, detalhou a estratégia, que, no país, vai além de um único dia. "Teremos uma semana inteira dedicada a promover o algodão, que vai de 4 a 10 de outubro. Vamos desenvolver ações para os diversos públicos. Queremos lembrar às pessoas de que o algodão faz parte da nossa vida, desde a hora que a gente acorda, e está presente mesmo quando não aparece, como nos alimentos, cosméticos e mesmo no dinheiro que a gente movimenta", afirmou Ferraresi. A ideia de "movimento", por sinal, segundo ela, será central na campanha que a Abrapa vai lançar, em breve, para esta semana especial.



A melhor que já vi



Dizendo-se positivamente impressionado com o planejamento da Abrapa para a data, e também com o movimento Sou de Algodão, o diretor de Comunicação do ICAC, Mike McCue, elogiou as ações no Brasil. "Incrível como vocês conseguiram se organizar e movimentar para dar a ênfase correta ao trabalho. Fazer com que as iniciativas cheguem às marcas por meio do movimento Sou de Algodão é a melhor forma de unificação de indústria, de uma ponta a outra, que eu já vi", afirmou. Ele disse ainda que o material é vasto e impressionante, com ideias muito boas. "Estou muito animado com os resultados que virão dessas ações".



O presidente executivo do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), Haroldo Cunha, também aprovou o plano de promoção do #WorldCottonDay. "Esse planejamento tem uma abordagem de comunicação com a sociedade como um todo, num programa muito bem elaborado, com alcance em diversos pontos, atuando em várias frentes. Será um projeto para fazer diferença no setor futuramente e com uma importância imensurável", comentou.


Presente à reunião, o ex-presidente da Abrapa e representante da instituição no ICAC, João Ribas Pessa, elogiou as ações. "O brasileiro precisa conhecer a importância do algodão para o país e o quanto o produto impacta em nossa vida. O modelo de produção proposto e incentivado pela Abrapa e seus parceiros é baseado em boas práticas sociais, econômicas e produtivas, porque o nosso algodão tem estrutura organizada, engajamento, sustentabilidade e responsabilidade. Podemos mostrar o algodão para outras cadeias porque nosso produto é referência, e o mundo precisa ver isso", concluiu.


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Brasil finaliza colheita de uma nova safra recorde de algodão

16 de Setembro de 2020











Batendo recorde sobre recorde nos três últimos ciclos, o Brasil concluiu a colheita de algodão da safra 2019/2020, atingindo a marca esperada de 2,9 milhões de toneladas de algodão em pluma, 5% a mais que em 2018/2019. Em torno de 700 a 750 mil toneladas da commodity vão abastecer a totalidade da demanda do mercado interno, e o excedente segue para exportação. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a cotonicultura brasileira – das mais produtivas do mundo – passa longe de qualquer risco de escassez, mesmo com a recuperação da indústria em função do reaquecimento do consumo varejista, após as medidas de reabertura do comércio nacional, nesta etapa da pandemia.



O beneficiamento do algodão, processo que separa a semente da fibra para que esta possa seguir para a indústria, também se dá em ritmo acelerado. "Cerca de 50% do total colhido já foi processado, sem possibilidade de entressafra para a indústria têxtil. Somos o quarto maior produtor mundial de algodão, fornecedores de pluma em 12 meses do ano", explica o presidente da Abrapa, Milton Garbugio. A associação contesta a atribuição do aumento no preço das roupas – que o consumidor final está percebendo nos pontos de venda – à valorização da commodity, baseada em uma suposta escassez da matéria-prima.



De acordo com a Abrapa, em relação ao preço, a suposta alta de que se queixam indústria têxtil e lojistas, se deve à variação cambial do real em relação ao dólar.  Pela tabela do Índice ESALQ, que é a referência para a comercialização do algodão no Brasil, em setembro de 2018, o agricultor vendia seu algodão por US$ 1,70 por quilo de pluma ou R$ 7,02/kg. Em setembro de 2019, o algodão era vendido por US$ 1,31 o quilo, ou R$ 4,76 por quilo de pluma.


"Hoje, o produtor comercializa por US$ 1,32 o quilo ou R$ 7,05 /quilo de pluma. Ou seja, praticamente o mesmo valor em reais praticado em setembro de 2018", contesta Garbugio.



Ainda segundo o presidente da Abrapa, atualmente, a rentabilidade do produtor de algodão está muito baixa.  Conforme levantamentos da Conab, os custos de produção do algodão giram em torno de R$ 7 por quilo de pluma produzida, muito próximos aos preços praticados no mercado.



"Nós produtores ficamos muito contentes em saber que a indústria nacional está se recuperando, e dependemos de que isto aconteça. Ficamos também felizes em ver que a procura por algodão está aquecida, ainda mais com o preço dos sintéticos mais alto, em função da variação cambial do real. Da nossa parte, o que podemos garantir é produzir cada vez mais e melhor", finalizou Garbugio, reforçando que o Brasil se prepara para iniciar o plantio da safra 2020/2021.






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Iorane, Ginger e Mateus Cardoso aderem ao Movimento Sou de Algodão

16 de Setembro de 2020

Ao todo, 30 marcas aderiram ao Movimento, que já conta com mais de 320 parceiros trabalhando com o algodão sustentável em suas peças


O Movimento Sou de Algodão, que visa estimular o consumo do algodão na indústria da moda no Brasil e o consumo consciente, anuncia as novas marcas que ingressaram na iniciativa em agosto deste ano. Entre os destaques estão: Iorane, Ginger e o estilista Mateus Cardoso.


Idealizada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o Movimento já conta com mais de 320 parceiros dos mais variados segmentos e almeja conquistar novas marcas que buscam uma moda consciente com o meio ambiente, que respeitem o trabalhador e que utilizam a fibra produzida seguindo os princípios da sustentabilidade.


Iorane é uma grife mineira fundada há 30 anos e é impulsionada pelo estilo contemporâneo e pelos modelos super femininos. Já Ginger, é a mais nova marca da atriz Marina Ruy Barbosa, que lançou recentemente a coleção cápsula com concepção moderna em parceria com a sócia Vanessa Ribeiro. E por fim o estilista, Mateus Cardoso, vencedor do 1º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, que já vestiu celebridades como Pabllo Vittar e Rico Dalasam.


"Estamos com mais de 320 marcas parceiras em 2020, o dobro de parceiros que tínhamos em dezembro de 2019, um marco histórico para o Movimento Sou de Algodão que nos enche de orgulho e nos faz acreditar que estamos no caminho certo. Juntos poderemos transformar a moda brasileira, impactando positivamente a vida de quem trabalha na indústria e daqueles que consomem produtos de marcas cada vez mais responsáveis", diz Milton Garbugio, produtor e presidente da Abrapa.


As demais marcas que também engajaram no Movimento Sou de Algodão em agosto deste ano, são: Ateliê Fofurices da Érika, Bigu Baby Shoes, Canarie, Candy Cotton, Candy Tree, Capivara Costura Artesanal, Day Off, Elian Malhas, Formacomposta, Habana, Kaiac, Libertart, Lingerie Vitória            , lternê Home, Madalla Wear, Manda K, Matrioska, Moradores de Rua e Seus Cães, Mundo Marcolina, Papaya Baby, Passarim, PraQnome, Quatorze08, Sapotis, Splendor, Suculentos e Suricato Clothing.


Sobre Sou de Algodão


 


É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialoga com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 30% de toda a produção mundial de algodão sustentável.


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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

11 de Setembro de 2020

ALGODÃO PELO MUNDO #35


Algodão em NY - As cotações de algodão na Bolsa de NY, nos últimos dias, oscilaram para baixo com a influência negativa dos mercados de ações dos EUA, mas depois se recuperaram para fechar os últimos 7 dias no positivo.  O contrato dez/20 fechou ontem a 64,81 c/lp, com alta de 0,8% no período.



Altistas  - Apesar das tensões em várias áreas, os EUA seguem exportando muito milho, soja e algodão para a China.  A fase 1 do acordo comercial segue vigente e os Chineses têm se esforçado para cumpri-lo apesar das dificuldades causadas pela recessão global.  Hoje, o governo americano divulgou o relatório semanal de vendas externas e exportações, com predomínio de compras pela China mais uma vez.



Altistas 2 - Hoje também, o USDA liberará o importante relatório mensal de oferta e demanda para o mês de setembro.  A expectativa média de mercado, segundo pesquisa da Bloomberg, é para uma safra americana um pouco menor, exportações mais elevadas e, consequentemente, estoques finais menores no país.



Baixistas - Apesar da provável revisão em relação aos números dos EUA, o relatório do USDA deve confirmar as expectativas de mais um ano de superávit global da fibra, com relação estoque/uso global de mais de 90%.  Isso se não tivermos surpresas novamente no relatório.



Xinjiang 1 - O governo americano anunciou que irá proibir produtos têxteis chineses produzidos com algodão cultivado na província de Xinjiang, que concentra 80% da produção Chinesa da fibra.   A proibição ocorre devido à suposta existência de trabalho forçado na região, tendo a etnia muçulmana Uighur como principal vítima.



Xinjiang 2 - As cadeias de suprimentos globais tornaram-se tão complexas que muitas empresas estão com dificuldades para verificar quanto de suas matérias-primas são provenientes da região.  Certamente, a demanda por algodão certificado e rastreado irá aumentar, representando ótima oportunidade para o Brasil, maior produtor de algodão sustentável certificado do mundo.



BCI - A Better Cotton Initiative (BCI) já havia anunciado, no início deste ano, a suspensão de todas as certificações na região de Xinjiang por conta das denúncias de violações de direitos humanos.  Importante lembrar que 75% de toda produção Brasileira é certificada BCI, respondendo por 36% de toda a produção mundial de algodão com esta importante certificação de sustentabilidade.



Índia – A Abrapa realizou, na manhã desta quinta-feira (10), uma reunião com o corpo diplomático do Brasil em Nova Delhi, junto com a Apex-Brasil e a Anea.  O encontro contou com a presença do embaixador no Brasil na Índia, André Correa do Lago, e do adido agrícola Dalci Bagolin, dentre outros, e é parte das ações do projeto Cotton Brazil que visa aumentar as exportações de algodão brasileiro.



Safra 20/21- O relatório de condição semanal desta quarta-feira mostrou níveis quase inalterados. A safra americana está classificada com 45% de boa a excelente, contra 44% na semana anterior.



Safra 20/21 2 - Chuvas intensas nos próximos dias são esperadas no Delta, Sudeste e Texas.  Elas estão chegando quando a safra está em fase de abertura dos capulhos, portanto podendo ser mais danosas do que benéficas.



Colheita - A Abrapa informou o progresso da colheita da safra 2019/20 de algodão no Brasil até ontem: Mato Grosso: 100%; Bahia: 90%; Goiás: 98%; Minas Gerais: 85%; Mato Grosso do Sul: 100%; Maranhão: 100%; Piauí: 100%; São Paulo: 100%; Tocantins: 90% e Paraná: 100%. Média Brasil: 99% colhido.



Beneficiamento - A Abrapa informou o progresso do beneficiamento da safra 2019/20 de algodão no Brasil até ontem: Mato Grosso: 36%; Bahia: 53%; Goiás: 62%; Minas Gerais: 53%; Mato Grosso do Sul: 78%; Maranhão: 40%; Piauí: 60%; São Paulo: 100%; Tocantins: 53% e Paraná: 100%. Média Brasil: 42% beneficiado.



Exportações - As exportações brasileiras de algodão em pluma totalizaram 32,2 mil tons, na primeira semana de setembro.  Considerando que foram somente 4 duas úteis nesta primeira semana, se mantida a média de embarques diários, podemos superar a marca recorde do ano passado de 164,6 mil toneladas em setembro.



Preços - A tabela abaixo ⬇ mostra os últimos movimentos de preços, índices e câmbio que impactam o mercado de algodão.


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Panorama do algodão brasileiro é apresentado para sindicato das indústrias de fiação e tecelagem de Minas Gerais

10 de Setembro de 2020

​O atual cenário do algodão, seus números e perspectivas foram apresentados hoje (10) pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), durante a reunião plenária do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem de Minas Gerais (SIFT-MG). Com o clima favorável para a colheita nas principais regiões, qualidade do algodão altamente satisfatória em todos os estados produtores, a Abrapa vem trabalhando fortemente na construção e divulgação da imagem do algodão no Brasil e no mundo, com o intuito de ter uma plataforma de rastreabilidade de ponta a ponta.



"O produtor está mais próximo da indústria brasileira e hoje o Brasil produz nos 12 meses do ano, o que também favorece as duas partes. Além disso, nosso algodão está em condições de competitividade com o mundo todo e com a qualidade adequada aos mercados mais exigentes", apontou o presidente da Abrapa, Milton Garbugio. Até o momento, 99% do algodão brasileiro foi colhido e 40% beneficiado. Cerca de 86% da safra 2019/20 e 40% da 2020/21 estão comercializados em contratos futuros. Em termos de área, o Brasil tem, atualmente, 1,624 milhão de hectares plantados, com expectativa de produção de 2,92 milhões de toneladas de pluma, volume 5% superior ao colhido na safra 2018/19 e estimativa de produtividade de 1.795 Kg de pluma/hectare.



Diante de tantos números, índices e desenvolvimento do setor, a Abrapa intensificou o trabalho de imagem e as perspectivas de mercado, abrindo o escritório comercial de Singapura em agosto de 2020, contando com o apoio da Apex-Brasil, para promover negócios comerciais nos grandes países consumidores asiáticos. "Alcançamos também o recorde no volume de algodão certificado pelo programa Algodão Brasileiro Responsável e lançamos o programa Algodão Brasileiro Responsável para Unidade de Beneficiamento de Algodão (ABR-UBA), com previsão de certificar 11% das usinas do Brasil na safra 2019/20", informou Garbugio, citando ainda o Programa de Qualidade SBRHVI com laboratório central em Brasília, estruturado em três pilares: banco de dados (rastreabilidade), treinamento/qualificação e monitoramento dos laboratórios de HVI que prestam serviços aos produtores, o Sistema Abrapa de Identificação (SAI) como programa de rastreabilidade e garantia de origem do algodão brasileiro e o Sou de Algodão como movimento de incentivo ao consumo do algodão com engajamento da cadeia têxtil, englobando mais de 320 marcas parceiras.



Em função dos últimos acontecimentos mundiais, o grande desafio do setor para este ano, segundo o presidente da Abrapa, são a baixa perspectiva de consumo da indústria brasileira decorrente dos reflexos da Covid-19 e os altos estoques finais brasileiros para 2020/21, em função da alta produção prevista para 2019/20, redução na demanda nacional e números de exportação ainda duvidosos para os próximos meses. "A procura de fio está grande e o estoque foi vendido. O algodão, este ano, está com uma qualidade excelente, a colheita feita em tempo seco, com beneficiamento com as algodoeiras rodando perfeitamente. Esperamos que o mercado volte a aquecer para que os impactos com a pandemia sejam minimizados."



Com relação ao mercado externo, as exportações brasileiras atingiram 1,95 milhão de toneladas na temporada 2019/20 e 98% do algodão brasileiro exportado teve como destino a Ásia. De acordo com Garbugio, houve um aumento de 49% nas exportações entre agosto/2019 a julho/2020 em relação ao mesmo período da temporada anterior. No primeiro mês da temporada 2020/21, o Brasil exportou 109 mil toneladas, volume 141% superior ao mesmo mês da temporada anterior. Turquia, Indonésia, Vietnã, Paquistão e China foram os maiores compradores do mês de agosto/2020.



O evento contou com a participação do presidente da SIFT-MG, Rogério Mascarenhas, o coordenador da SIFT-MG, Ciro Machado, do presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), Fernando Pimentel, além do diretor da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (ANEA), Miguel Faus e do diretor da corretora Souza Lima, Bernardo Souza.

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Abrapa quer dobrar participação de mercado do algodão brasileiro na Índia

10 de Setembro de 2020

Primeiro maior produtor mundial de algodão, terceiro em volume de exportações e sétimo maior importador global da pluma, a Índia é um dos mercados que estão no radar da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em termos de possibilidade de expansão da presença do produto nacional. A meta da entidade é, ainda neste ano comercial, dobrar o market share naquele país, que, hoje, é de 6%. Como parte da estratégia para isso, a Abrapa realizou na manhã desta quinta-feira (10) uma reunião com o corpo diplomático no Brasil em Nova Délhi, junto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).



O encontro contou com a presença do embaixador no Brasil na Índia, André Correa do Lago, e do adido agrícola Dalci Bagolin, dentre outros, e é parte das ações do projeto Cotton Brazil, empreendido pela Abrapa e Governo Federal (Apex-Brasil /MRE), com participação da Anea, que, dentre diversas iniciativas, contempla o primeiro escritório de representação do algodão brasileiro na Ásia, aberto na cidade de Singapura.



De acordo com o presidente da Abrapa, Milton Garbugio, a reunião foi a primeira de uma série que está sendo agendada com os representantes diplomáticos do do Brasil nos países-chave para as exportações da pluma nacional. "Queremos mostrar as etapas do projeto Cotton Brazil e alinhar nossas ações para que esta iniciativa seja bem-sucedida. Temos tudo para isso, qualidade, volume de produção, constância no fornecimento e certificação de sustentabilidade fardo a fardo. Precisamos mostrar isso para o mundo para ganhar mercado", afirmou Garbugio.  O projeto Cotton Brazil, de promoção da fibra brasileira no mercado Asiático, tem como meta tornar o país o primeiro do ranking global de exportações em 2030. Hoje o Brasil ocupa o segundo lugar, precedido pelos Estados Unidos.



Para o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, o fato de a Índia ser atualmente uma praça pouco representativa nas exportações brasileiras de algodão cria grandes oportunidades. "Temos alguns desafios. O primeiro, que já está sendo superado, é a sazonalidade. Tradicionalmente, o pico das exportações indianas coincide com o topo do período de embarques do Brasil. Agora, com a safra aqui em torno de três milhões de toneladas, estamos exportando o ano inteiro. Ou seja, somos fornecedores de doze meses", explicou.



Outra questão que está sendo trabalhada através do projeto Cotton Brazil é a qualidade percebida do algodão Brasileiro. "Embora, tecnicamente, em termos de características intrínsecas, quase não existem diferenças entre o algodão americano e o brasileiro, há uma grande distorção de imagem. Isso só se modifica com um trabalho de promoção arrojado", afirmou Duarte.



Belíssimo desafio



O espaço para crescimento de consumo da fibra nacional foi confirmado pelo embaixador do Brasil na Índia, André Correa do Lago. Segundo ele, apesar da grande queda no PIB do país no último trimestre – em função da Covid-19 –, em médio prazo, a população indiana, a segunda maior do planeta, vai precisar comprar. "Acredito que se a Índia avançar como pretende, tendo o algodão como primeira necessidade, e o mercado indiano aumentar de maneira brutal, sem a possibilidade de incremento de produção de forma proporcional a esse consumo, abre-se um espaço extraordinário de mercado para o Brasil. Será um belíssimo desafio e estamos com toda a equipe aqui à disposição", disse.



Dalci Bagolin, adido agrícola na Índia, ressaltou as especificidades do país, que precisam ser observadas nas relações comerciais, mas acredita que há boas oportunidades. "A Índia consegue abastecer o mercado interno em várias culturas, mas tem dificuldade muito grande em aumentar a produção de algodão. Por outro lado, é altamente protecionista e quer produzir roupas com autossuficiência em seu território. Existe também um grande número de pequenos produtores que dependem da cultura", ponderou. Tanto Bagolin quando o embaixador, se referiram às baixas produtividades e qualidade técnica indiana no cultivo da commodity.



Dentre os participantes da reunião, estavam o ex-presidente da Abrapa, Arlindo Moura, o presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Carlos Moresco, o presidente da Anea, Henrique Snitcovski, o coordenador de agronegócios da Apex-Brasil, Alberto Carlos Bicca, e o coordenador de Promoção de Imagem e Cultura exportadora do Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento, Aurélio Rocha.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

04 de Setembro de 2020

ALGODÃO PELO MUNDO #34


Algodão em NY - Esta semana o mercado oscilou acima e abaixo da marca dos 65 c/lp.  O contrato dez/20 chegou a bater a marca de 66,44 no início da semana, mas acabou fechando ontem a 64,28 c/lp, com baixa de 1,7% nos últimos 7 dias.


Altistas  - O clima no mercado foi de mais otimismo em relação ao comércio bilateral EUA-China esta semana. Na última, os dois lados se encontraram por teleconferência e deram à Fase 1 do acordo uma "nota de aprovação".  Assim, apesar das enormes tensões em diversas áreas entre os dois gigantes, o cumprimento dos termos do acordo parece ser interessante para ambos os países, por razões diferentes.


Altistas 2 - O mercado de algodão também reagiu positivamente no início deste mês após o USDA mostrar que as condições das lavouras de algodão do país estão um pouco piores.  Na média, o índice de lavouras em condições boas e excelentes caiu de 46% para 44% na última semana.


Baixistas - O maior fator de baixa esta semana foi o a queda no índice Dow Jones. O índice chegou a cair mais de 800 pontos em uma hora nesta quinta-feira.  A queda teve origem em uma suposta afirmação do Dr. Anthony Fauci (principal cientista dos EUA no combate ao coronavírus).   Ele teria dito que uma vacina contra COVID-19 em novembro era improvável, contrariando uma afirmação do presidente Trump esta semana.  O Dow caiu e o dólar subiu, o que acabou puxando para baixo o mercado de algodão.


Oferta e Demanda - O ICAC aumentou suas previsões de produção mundial 20/21 em 280 mil toneladas, para 25,1 milhões (USDA em 25,6). Por outro lado, a entidade estimou também um aumento no consumo global da fibra em 490 mil ton para 24,3 milhões (USDA em 24,6) e comércio internacional de algodão em 9,3 milhões de tons (USDA em 9,1).  Mesmo assim, os estoques mundiais seguem altos, estimados em 22,7 milhões (USDA em 22,8), com a relação estoque-uso global de 93%.


Oferta e Demanda 2 - Especulações em torno do relatório mensal de oferta e demanda do USDA (chamado de WASDE), que será divulgado na próxima sexta-feira (11/9) serão um dos focos na próxima semana.


Sustentabilidade - O salto de eficiência do algodão do Brasil e a parceria de sucesso entre a Abrapa e a Better Cotton Initiative (BCI) mereceram destaque no webinar promovido pela BCI, nesta quarta-feira (02/09).  Hoje o Brasil é o líder global em fibra sustentável, chancelada pela BCI, com participação de 36% no montante licenciado em todo o mundo em 2019.  Dos 2,9 milhões de toneladas de algodão que o Brasil produz 75% têm certificação internacional BCI.


India - Lideranças políticas e da cadeia de algodão indiana têm subido o tom contra o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).  A Associação de Algodão da Índia (CAI), diz que a estimativa de estoques da Índia feita pelo órgão americano é excessivamente baixista.  Segundo estimativa do USDA, em agosto, os estoques de algodão da Índia alcançaram 4,18 milhões de toneladas.  No entanto, a entidade indiana recentemente estimou os estoques do país em apenas 2,44 milhões de toneladas.


China - A China Cotton Association anunciou esta semana novas projeções para 2020/21. A entidade projeta uma safra maior: 5,92 milhões de tons (USDA em 5,77).  A CCA também estimou uma retomada no consumo, com números de 7,65 milhões de tons (USDA em 7,95), mas um pequeno aumento nas importações: 1,58 milhões de tons (USDA em 1,96).


Bangladesh - O governo de Bangladesh noticiou um aumento de cerca de 51% nas exportações de confecções nos primeiros 19 dias de agosto em comparação com o ano passado. De acordo com empresários locais o aumento, após a enorme crise deste ano, deve-se à reversão de pedidos que haviam sido cancelados e retomada de pedidos principalmente do mercado Europeu.


Colheita - A Abrapa informou o progresso da colheita da safra 2019/20 de algodão no Brasil até ontem: Mato Grosso: 99%; Bahia: 87%; Goiás: 95%; Minas Gerais: 80%; Mato Grosso do Sul: 99%; Maranhão: 95%; Piauí: 98%; São Paulo: 100%; Tocantins: 87% e Paraná: 100%. Média Brasil: 96% colhido


Beneficiamento - A Abrapa informou o progresso do beneficiamento da safra 2019/20 de algodão no Brasil até ontem: Mato Grosso: 28%; Bahia: 46%; Goiás: 43%; Minas Gerais: 45%; Mato Grosso do Sul: 69%; Maranhão: 35%; Piauí: 50%; São Paulo: 96%; Tocantins: 46% e Paraná: 100%. Média Brasil: 34% beneficiado.


Exportações - As exportações brasileiras de algodão em pluma totalizaram 109 mil ton em agosto.  Este número é animador para o início das exportações do ano comercial 20/21 (safra 19/21), visto que o número é mais que o dobro do número de ago/19, ano de exportações recordes.


Preços - A tabela abaixo ⬇ mostra os últimos movimentos de preços, índices e câmbio que impactam o mercado de algodão.


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