Voltar

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

04 de Dezembro de 2020

ALGODÃO PELO MUNDO #47


Algodão em NY - Preocupação com a oferta de algodão devido a problemas climáticos e forte demanda chinesa dão suporte aos preços. O contrato mar/21, após um período de altas, fechou nesta Quinta em 71,11 U$c/lp, com queda de 0,8% na semana.


Altistas 1 - O recorde histórico de exportações de algodão brasileiro em um mês foi batido em Novembro/20.  De acordo com o Ministério da Economia, os embarques da pluma atingiram 333,29 mil toneladas, gerando mais de R$ 500 milhões em receitas no mês.


Altistas 2 - No acumulado, o Brasil já exportou 842 mil toneladas esta safra (Ago-Out), 12% a mais que o mesmo período do ano passado.


Baixistas - O aumento dos casos de COVID-19 nos EUA e Europa causa preocupações.  Além disso, há ainda incertezas acerca da disponibilidade e distribuição de vacinas com constantes mudanças na previsão de vacinações.


China - Em mais um desdobramento da guerra comercial EUA-China, o governo americano disse na quarta-feira que irá mesmo banir importação de todos os produtos de algodão feitos pelo Corpo de Produção e Construção de Xinjiang (XPCC), citando preocupações de que a organização militar do noroeste da China seja responsável pelo uso generalizado de trabalho forçado.


China 2 - O XPCC é responsável por cerca de um terço da produção de algodão da China.  Especialistas da indústria têxtil acreditam que esta situação poderá inviabilizar as exportações de produtos têxteis da China para os EUA (2º maior importador do mundo, atrás da UE), devido à complexidade da segregação de matérias primas na indústria.


Colheita – A colheita evoluiu de 77% na semana passada para 84% esta semana, contra média de 5 anos de 79%.


Oferta e Demanda -  O ICAC divulgou seu relatório mensal de oferta e demanda global de algodão esta semana.  Apesar do órgão ter reduzido suas projeções de oferta e diminuído os estoques iniciais 2020/21, os estoques finais 2020/21 foram projetados em 89,2%, número muito próximo do divulgado pelo USDA.



Cotton Brazil – A Abrapa será co-realizadora do evento 2020 COTTON OUTLOOK FORUM, em Qingdao, China.  Este será o primeiro evento oficial após o lançamento do Cotton Brazil e conta com o apoio da Embaixada do Brasil na China e de dois grandes parceiros no país: a China National Cotton Exchange (CNCE) e a Beijing Cotton Outlook (BCO).


Cotton Brazil 2 – Finalizando a série de reuniões virtuais promovidas pela Abrapa, Anea e Apex Brasil com embaixadas brasileiras na Ásia, as entidades se reuniram esta semana para apresentar o projeto Cotton Brazil a diplomatas do Brasil na Turquia.  Participaram da reunião virtual o Embaixador do Brasil na Turquia Carlos Ceglia,  a Embaixadora do Brasil em Singapura, Eugênia Barthelmess, além de diplomatas e lideranças do setor.


Agenda 1 - No dia 08/12 (terça-feira), às 19h30 (Brasília), ocorrerá o evento virtual de lançamento oficial do Cotton Brazil, uma parceria Abrapa, Anea e Apex Brasil.  O Cotton Brazil é um projeto que pretende tornar o Brasil líder global nas exportações de algodão.


Agenda 2 - Na próxima quarta-feira (09/12) a Abrapa irá divulgar novas estimativas para a safra 2020/21 durante a reunião da Câmara Setorial de Algodão do Ministério da Agricultura.


Agenda 3 - No dia 10/12 (quinta) o USDA divulga seu último relatório mensal de oferta e demanda.


Beneficiamento - A Abrapa informou o progresso do beneficiamento da safra 2019/20 de algodão no Brasil até ontem: Mato Grosso: 91%; Bahia: 97%; Goiás: 95%; Minas Gerais: 97%; Mato Grosso do Sul: 100%; Maranhão: 65%; Piauí: 100%; São Paulo: 100%; Tocantins: 97% e Paraná: 100%. Média Brasil: 92% beneficiado


Preços - A tabela abaixo ⬇ mostra os últimos movimentos de preços, índices e câmbio que impactam o mercado de algodão.


WhatsApp Image 2020-12-04 at 09.29.21.jpeg

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

CTIA discute inovação e tendências de consumo na última reunião de 2020

01 de Dezembro de 2020

Em um ano marcado pelo imponderável de uma pandemia, com comércios e serviços fechando ou operando em regime especial, desde março, o crescimento de 5,6% no mercado de fertilizantes no Brasil comprova o que, nos campos do país, já se dizia há tempos: o agro não parou. Ao contrário, seguiu em ritmo crescente, aditivado pelo câmbio e pelos altos patamares de preços da commodities agrícolas, como soja e milho. Mesmo o algodão, cultivo cuja cadeia produtiva sofreu grande impacto negativo, com o fechamento das lojas, sinala positivamente para 2021, graças a estes dois fatores, que favorecem a rentabilidade do produtor. Estas conclusões – além de debates sobre tendências de mercado, inovação, com a entrada dos bioinsumos e novas tecnologias – pontuaram a 106ª reunião da Câmara Temática dos Insumos Agropecuários (CTIA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), realizada virtualmente na tarde desta segunda-feira (30/11).



O encontro reuniu cerca de 30 participantes, dentre produtores, Governo, representantes do setor de fertilizantes, máquinas e defensivos, sendo o último encontro do calendário da câmara, neste ano de 2020. A CTIA é presidida, atualmente, pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).



Embora o Brasil seja um dos maiores fornecedores globais de alimentos e fibras têxteis naturais, cerca de 80% dos insumos que utiliza em sua agricultura são importados, desde máquinas e fertilizantes, até os defensivos. Em defensivos, o país representa 20% do mercado global, e o setor movimentou, em 2019, US$12,4 bilhões. O alto custo destes insumos faz com que os agricultores persigam cada vez mais fortemente a boa performance em produtividade, fator definitivo para a competitividade da agricultura brasileira – tropical e mais suscetível ao ataque de pragas, além de não subsidiada – em confronto com os concorrentes pelo mercado.



Para o presidente da CTIA, e vice-presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, na busca pela alta produtividade, o agricultor brasileiro usa toda a tecnologia disponível "e até aquelas que ainda nem foram criadas". Ele exemplifica o avanço do país neste quesito, comparando o valor da cesta básica no Brasil nos anos de 1970 e atualmente. "Naquela época, a alimentação representava 45% do destino da renda das famílias. Hoje, este custo é de 14%. Só chegamos a este nível com tecnologia e com o aperfeiçoamento do trabalho dos agricultores em seus sistemas produtivos", disse Busato.



Inovação



As novas tecnologias dominaram boa parte das discussões na reunião, com foco para os bioinsumos – como bactérias, vírus, fungos e nematoides – que vêm ganhando espaço no manejo integrado de pragas e doenças do agro no Brasil. A Embrapa tem hoje cerca de 500 pesquisadores dedicados ao tema, que, segundo o representante da instituição, Ivan Cruz, "é uma realidade mundial". No portfólio da entidade, estão produtos para controle biológico, promotores de crescimento e bioativos. Muitas das biofábricas funcionam on farm, e a organização do setor, assim como a possível concentração dos biológicos nas mãos das multinacionais, que já dominam o mercado dos químicos, também estiveram em debate. Luís Eduardo Pacifice Rangel, diretor de Prospecção do Mapa, enfatizou o Programa Nacional de Bioinsumos, lançado pelo Ministério em maio deste ano, para aproveitar a grande biodiversidade brasileira ajudando o país a reduzir a dependência externa pelos insumos tradicionais.



Sobre as tendências para 2021, a expectativa apresentada pelas cadeias produtivas presentes foi de manutenção no crescimento de consumo, de adimplência do produtor, e de intenção de investimentos em máquinas, equipamentos, infraestrutura e recursos humanos para os próximos 12 meses. Os dados são da pesquisa apresentada pela Associação Brasileira da Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo). De acordo com o representante da entidade, Carlos Florence, "apesar da leve queda de 2% no indicador de vendas, 83% das respostas foram otimistas, contra 6% pessimistas e 11% neutras", revelou.


Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Projeto Cotton Brazil chega à Turquia

01 de Dezembro de 2020

Quarto mercado mundial de algodão, a embaixada do Brasil na Turquia conheceu na manhã desta terça-feira (01) o projeto Cotton Brazil, idealizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), para divulgar a pluma nacional na Ásia. O Brasil tem 20% do market share na Turquia, colocando os turcos numa posição estratégica para o algodão brasileiro criar a Rota do Algodão. Para isso, no dia 19 de janeiro de 2021, às 14h, haverá um evento virtual direcionado aos compradores de algodão na Turquia no qual a Abrapa e seus parceiros apresentarão todo o potencial da pluma brasileira e as vantagens de estabelecer negócios diretamente com os produtores no Brasil.



"Nossa meta nesta etapa do projeto é conseguir o apoio diplomático das embaixadas do Brasil na Ásia para fortalecer a imagem do nosso algodão. Será um trabalho intenso e contínuo para apresentar a qualidade do nosso produto, ampliar mercados e obter novas perspectivas de negócios", frisou o presidente da Abrapa, Milton Garbugio, ressaltando que, por não ter subsídios, a produção de algodão no país requer um grande esforço e organização da cadeia produtiva.


A iniciativa do Cotton Brazil foi elogiada pelo embaixador do Brasil em Ancara, Carlos Ceglia. "O que vocês estão fazendo é um trabalho extraordinário e, certamente, trará resultados positivos. Apesar de a Turquia ser um país que preza muito pela cultura local, sempre há espaço para conhecer aspectos de outros países e o algodão brasileiro desperta o interesse do setor turco", enfatizou Ceglia, que participou do encontro acompanhado pelo ministro diplomata, responsável pelo setor de Promoção Comercial e de Economia, Márcio Gayoso.



Durante a reunião, o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, destacou que a associação pretende colocar o Brasil no primeiro lugar no ranking mundial de exportações de algodão até 2030, trabalho que vai exigir ações inovadoras. "Precisamos estreitar o contato com o mercado asiático, possibilitando novos negócios e, assim, aumentar a confiabilidade em nosso produto. Para isso, as embaixadas são excelentes canais de comunicação e aproximação de mercados", disse Duarte, que tem contado com o apoio da Embaixada do Brasil em Singapura, país sede do escritório da Abrapa na Ásia, e sempre presente nos encontros do projeto Cotton Brazil.



Também presente à reunião virtual, a embaixadora do Brasil em Singapura, Eugênia Barthelmess, ressaltou o esforço da associação. "É admirável o empenho para correção de percepção de imagem feito pela Abrapa. O algodão brasileiro se aprimorou muito como produto ao longo dos anos e os mercados compradores devem enxergar essa nova realidade", disse a embaixadora, acompanhada pelo ministro conselheiro Daniel Pinto, lembrando que o Brasil é o maior produtor de algodão licenciado pela Better Cotton Initiative (BCI) e já superou o desafio da sazonalidade.



Participaram ainda da reunião, o ex-presidente da Abrapa, Arlindo Moura, o presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Carlos Moresco, o presidente da Anea, Henrique Snitcovski, o diretor da Anea, Miguel Faus, além de representantes da Apex-Brasil e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento.


Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

27 de Novembro de 2020

ALGODÃO PELO MUNDO #46


Algodão em NY - Semana curta devido ao feriado de Ação de Graças nos EUA.  Mesmo assim, o mercado operou em alta.  O contrato mar/21 em NY fechou na véspera de feriado (Quarta) em 72,36 U$c/lp, com alta de 0,96% na semana.


 Altistas 1 - As fiações chinesas continuam operando em alta capacidade segundo dados locais.  Como consequência, importações estão em alta. A alfândega chinesa anunciou que em out/2020 a importação de algodão foi de 210 mil toneladas. A China já superou os números para ao mesmo período (Jan-Out) de 2019.


Altistas 2 - Com a safra americana no fim, o clima na América do Sul entrou no radar do mercado e a baixa umidade tem afetado o mercado de grãos, que acabam dando suporte também ao algodão.


Altistas 3 – A redução das incertezas acerca da sucessão presidencial americana, com o Presidente Trump permitindo o início da transição, provocou alta no mercado financeiro, que contagiou também os mercados de commodities.


Baixistas -  Com o USDA apontando que a safra de 2020 está se aproximando de 80% da colheita (fechou em 77% semana passada), há maior pressão de venda por parte produtores americanos com o mercado acima de 70 U$c/lp.


 Vacina – Notícias positivas sobre mais uma vacina contra COVID-19 causaram muito otimismo no início da semana. Entretanto, os desenvolvedores da vacina, Oxford University e AstraZeneca, admitiram depois que ocorreram erros nos testes.  A doença continua preocupando os mercados.


China - Segundo a CNCE, até 23/nov, 65% do algodão de Xinjiang, que representa 90% da produção do país, já tinha sido colhido.


Índia - O principal produtor mundial tem aproveitado o bom momento da China e exportado volumes significativos de fio de algodão para lá. Enquanto isso, a safra local vai chegando ao fim com expectativa de redução de 15% em relação à previsão inicial devido a problemas climáticos.


Cotton Brazil  – Com o objetivo de promover o algodão brasileiro no seu mais importante mercado internacional, a Abrapa, com apoio da Apex Brasil e da Anea, está acertando os últimos detalhes de uma importante parceria estratégica com a China National Cotton Exchange (CNCE) e sua afiliada Beijing Cotton Outlook (BCO), que envolverá eventos, ações promocionais e intercâmbio técnico entre os dois países.


Beneficiamento - A Abrapa informou o progresso do beneficiamento da safra 2019/20 de algodão no Brasil até ontem: Mato Grosso: 88%; Bahia: 95%; Goiás: 93%; Minas Gerais: 95%; Mato Grosso do Sul: 100%; Maranhão: 62%; Piauí: 99%; São Paulo: 100%; Tocantins: 95% e Paraná: 100%. Média Brasil: 89% beneficiado


Exportações - O Brasil exportou 249,3 mil toneladas de algodão nas duas primeiras semanas de nov/20.  Este será o maior mês de novembro da história.  A marca anterior é 256 mil toneladas em nov/19.


Preços - A tabela abaixo ⬇ mostra os últimos movimentos de preços, índices e câmbio que impactam o mercado de algodão.


WhatsApp Image 2020-11-27 at 09.32.48.jpeg

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Nova coleção de Ronaldo Silvestre é destaque no Brasil Eco Fashion Week

26 de Novembro de 2020

Patrocinado pelo Movimento Sou de Algodão, estilista apresentou coleção intitulada Desconstruir, que ressaltou detalhes artesanalmente produzidos e destacou-se pela moda autoral


O estilista Ronaldo Silvestre apresentou no Brasil Eco Fashion Week sua nova coleção intitulada Desconstruir, inspirada em sua trajetória e valores pessoais. As peças, desenvolvidas com o patrocínio do Movimento Sou de Algodão, se destacaram pela moda autoral nos processos criativos no design sustentável de tecidos e formas. Os looks foram exibidos digitalmente durante o evento, no dia 26 de novembro.



Ao todo, foram 10 peças desfiladas que chamaram atenção pela ideia de trabalhar o look como uma segunda pele. A linha conta com vestidos, camisetas, calças e casacos de paleta de cores azuis e pretos com detalhes bordados mão, que ressaltam a originalidade das criações em denim.



Segundo Silvestre, a nova coleção envolveu o trabalho das costureiras, bordadeiras e alunas do Instituto de Igualdade, Transformação e Inovação Social, do qual é fundador e presidente. A atividade artesanal leva traços autênticos da essência da moda brasileira para todas peças do desfile.



"A cada nova coleção, um novo desafio, que no final sempre revela pouco da minha vida, dos meus valores e dos meus processos criativos, que envolvem a sustentabilidade dos tecidos, do corte e da modelagem. Envolver também o Instituto ITI continua como destaque nos desfiles, já que a artesania em detalhes não pode faltar", afirma o estilista.



A manipulação têxtil e as coleções sustentáveis são elementos norteadores para Ronaldo, que atua desde XX. Durante os anos, se destacou por se debruçar sobre os tecidos e matérias-primas criando vazados, jogos de lisos e transparências, volumes e texturas.



"Nas coleções procuro transmitir as metáforas da minha vida e as minhas percepções sobre o mundo. As peças misturam estilos funcionais, delicados e exuberantes, manualmente produzidas pelas alunas do Instituto, criando roupas únicas e atemporais", comenta.



"Estamos felizes em poder apoiar, novamente, o Ronaldo Silvestre. Suas coleções, além de inspiradoras, usam a moda como uma agente transformador de vida e atende mulheres em situação de vulnerabilidade social, através da capacitação com cursos de qualificação profissional e geração de renda nas áreas de costura, bordado e artesanato sustentável. Os resultados comprovam o sucesso do projeto em todos os desfiles", finaliza Milton Garbugio, produtor e presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).



Sobre Sou de Algodão


É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialoga com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 36% de toda a produção mundial de algodão sustentável.



Siga Sou de Algodão:


Site: www.soudealgodao.com.br


Facebook: soudealgodao


Instagram: @soudealgodao


Youtube: Sou de Algodão

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Movimento Sou de Algodão, Casa de Criadores e Célula Preta lançam campanha ‘Sou Potência’

23 de Novembro de 2020

A parceria conta com coleção de estampas exclusivas que enaltecem a voz negra; as camisetas foram desenvolvidas pelos estilistas do line-up da CdC


O Movimento Sou de Algodão, que visa estimular o consumo sustentável na indústria da moda, e a Casa de Criadores acabam de lançar a parceria com o coletivo Célula Preta. Intitulada 'Sou Potência', os estilistas desenvolveram camisetas com estampas exclusivas que retratam e manifestam a força da voz negra. A coleção será lançada na plataforma (2)collab.



Como parte da ação, no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, 100 camisetas com as  estampas foram enviadas para jornalistas, influenciadores e celebridades negras. O propósito de toda ativação é promover atividades para maior inclusão de profissionais negros no mercado da moda brasileira, abrindo espaço para pluralidade racial, garantindo representatividade e visibilidade.



"Não se trata de uma ação isolada e restrita ao mês de novembro. Mas sim, de avançarmos em um trabalho de longo prazo, dialogando com outras marcas parceiras. O Movimento tem como objetivo contar histórias inspiradoras por meio da moda e, conhecendo o trabalho dos estilistas, não pensamos duas vezes para desenvolver a campanha e lançá-la durante a Casa de Criadores", diz Milton Garbugio, produtor e presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão.



A Célula Preta — formada por Jal Vieira, Diego Gama, Dendezeiro, Fábio Costa (NotEqual) e Weider Silveiro — foi criada diante os protestos antirracistas que aconteceram no Brasil e no mundo, e tem como frente planejar formas de inclusão e valorização de profissionais negros, dentro e fora de eventos de moda. Além de apoiador do grupo, o Movimento Sou de Algodão também é patrocinador nesta edição da CdC.



"A ideia é impactar a indústria em geral, discutir a mudança e a necessidade dela. Para além da Casa de Criadores, o coletivo está atuando e ganhando espaço em outras frentes. A parceria e a coleção estão incríveis. Queremos aumentar não só o alcance da nossa voz, mas estendendo também o acesso e visibilidade", comenta Dendezeiro.



As camisetas que fazem parte da coleção estarão disponíveis para venda partir de dezembro na plataforma (2)collab. O lucro será 100% revertido para o grupo.


Temas das camisetas:





  • Jal Vieira – "Minha Voz Move o Mundo" – reforça a potência da voz do povo preto.

  • Diego Gama – "Brechas" – convida o público a olhar para as plantas como forma de inspiração e autoconhecimento encontrando nas rachaduras uma oportunidade para crescer, florescer e se fortalecer.

  • Dendezeiro em parceria com o Dugueto – "PALOSYDADE" – é uma expressão linguística adaptada da palavra "paloso" que significa "estiloso". Portanto, a Palosydade representa o estilo em movimento constante, uma expressão que visa contextualizar a criatividade das periferias e fomentar a diversidade cultural.

  • NotEqual – transcrição gráfica da palavra "potência" de maneira abstrata, onde é possível ver a expansão do som e o seu registro fonético.

  • Weider Silveiro – "The real beauty is black" com o objetivo de empoderar e ressaltar a beleza negra.



Site para compra a partir de dezembro: www.2collab.com.br


Casa de Criadores: https://casadecriadores.com.br/


 


Sobre Sou de Algodão


É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialoga com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 36% de toda a produção mundial de algodão sustentável.



Siga Sou de Algodão:


Site: www.soudealgodao.com.br


Facebook: soudealgodao


Instagram: @soudealgodao


Youtube: Sou de Algodão



Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

20 de Novembro de 2020

​​ALGODÃO PELO MUNDO #45


Algodão em NY - Com o mês de Dezembro se aproximando, a rolagem de contratos tem tomado a atenção dos traders. Notícias ora sobre perspectiva de vacina, ora sobre aumento de casos nos EUA e Europa, além da conturbada sucessão presidencial no país americano foram foco do noticiário. O contrato dez/20 em NY fechou ontem a 69,32 U$c/lp, com alta de 1,2% nos últimos 7 dias.


Altistas - Dados da consultoria Chinesa Yong An Futures divulgados esta semana mostram que as fiações do país continuam operando com alta taxa de utilização.


Altistas 2 - Notícias positivas sobre as vacinas COVID-19 e as estratégias de distribuição começando no final do ano têm sido muito positivas.


Baixistas -  No entanto, os casos nos EUA e Europa estão aumentando diariamente, fazendo com que vários países e estados americanos adotem medidas restritivas.


Colheita – A colheita evoluiu de 61% na semana passada para 69% esta semana, contra média de 5 anos de 66%.


Paquistão -  Os primeiros números de safra do Paquistão divulgados pela Pakistan Cotton Ginners' Association (PCGA) mostram uma redução de 40% da safra do país em relação ao ano passado.


Paquistão 2 -  Na safra passada o país produziu 1,35 milhões de toneladas de pluma e a expectativa inicial era de uma redução de apenas 10% nesta safra. Isso significa que o país deverá importar bem mais que as 830 mil toneladas previstas inicialmente.


China - A colheita na principal região produtora Chinesa, Xinjiang, que responde por 90% da produção local, está entrando em fase final. A produção do país deve se aproximar de 6 milhões de toneladas, quase um quarto da safra global.


Austrália - O país conhecido pelo algodão de alta qualidade continua sofrendo boicote "informal" da China.  Sérias tensões diplomáticas entre os dois países têm motivado o fechamento do mercado Chinês para o algodão Australiano.


Cotton Brazil – Esta semana o projeto Cotton Brazil se reuniu com empresários da principal entidade de industriais têxteis do Vietnã, VCOSA.  As reuniões contaram com apoio da Embaixada do Brasil no Vietnã.


Vietnã - O Vietnã é o segundo maior importador de algodão do Brasil e o terceiro maior importador do mundo, com expectativa de importar este ano comercial 1,5 milhões de toneladas da fibra.


Beneficiamento - A Abrapa informou o progresso do beneficiamento da safra 2019/20 de algodão no Brasil até ontem: Mato Grosso: 85%; Bahia: 93%; Goiás: 91%; Minas Gerais: 93%; Mato Grosso do Sul: 100%; Maranhão: 60%; Piauí: 98%; São Paulo: 100%; Tocantins: 93% e Paraná: 100%. Média Brasil: 87% beneficiado.


Exportações - O Brasil exportou 196 mil toneladas de algodão nas duas primeiras semanas de em nov/20.  Este deve ser o maior mês de Novembro da história, superando com folga a marca de 256 mil toneladas do ano passado.


Preços - A tabela abaixo ⬇ mostra os últimos movimentos de preços, índices e câmbio que impactam o mercado de algodão.


WhatsApp Image 2020-11-20 at 10.59.58.jpeg

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Entidades debatem regulamentação da produção de bioinsumos on farm

18 de Novembro de 2020

A eficiência, a segurança e a regulamentação da produção de insumos biológicos em propriedades rurais esteve em discussão na tarde desta terça-feira (17), em seminário realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), e Grupo Associado de Agricultura Sustentável (GAAS).


De acordo com os especialistas, a utilização dos bioinsumos de origem animal, vegetal ou microbiana possui histórico de mais de meio século. Seu uso tem crescido nas fazendas e, apesar do produtor brasileiro atuar com profissionalismo e responsabilidade social e ambiental, há a necessidade de ordenamento no uso dos produtos, evitando riscos para as lavouras e consumidores.


Segundo o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli, a produção de bioinsumos é um caminho em franca ascensão e, exatamente por isso, requer regulamentação para garantir, inclusive, segurança jurídica na produção e uso on farm.


"Esse crescimento tende a ser um divisor de águas na agricultura brasileira, mas precisa ser tratado com atenção, cuidado e profissionalismo", avaliou. "Isso vai permitir definição de protocolos, treinamentos e certificações que priorizam a eficiência e a qualidade", defendeu Arioli, acrescentando que o objetivo da CNA é promover ainda mais ganhos de produtividade para a agricultura brasileira.


Ampliar a eficiência e garantir a segurança também foi o discurso do diretor executivo da Aprosoja, Fabrício Rosa, durante o primeiro painel. "Temos que aprimorar a regulamentação, fornecendo meios seguros para que os produtores possam realizar essa atividade na própria fazenda", pontuou. Ainda durante o primeiro painel, o presidente do GAAS, Rogério Vian, lembrou que representantes da indústria de defensivos agrícolas, pesquisadores, governo, agricultura orgânica e convencional devem buscar um denominador comum para a questão da regulamentação.


"Não se pode manipular produtos de forma experimental, até encontrar o modelo ideal. Regulamentar é condição básica para o crescimento da atividade com sustentabilidade econômica, beneficiando o produtor, mas com ganhos reais para o meio ambiente e sociedade. E tudo isso de maneira acessível e viável, já que existe um cenário favorável para o uso de bioinsumos no Brasil, que tem um mercado consumidor cada vez mais ávido por produtos saudáveis", disse Vian.


Bioprospecção


Como garantir segurança e eficiência na produção on farm é a questão. Para a cultura do algodão, habituada aos processos de regulamentação e certificações, a produção com eficiência e as pesquisas dos bioinsumos precisam ser desenvolvidas em sintonia. O diretor executivo do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt), Álvaro Salles, apresentou a estrutura de produção utilizada pelo Instituto, o Laboratório de Bioprospecção, observando todos os critérios sanitários de segurança e qualidade. "A ciência nos conduz para o caminho da eficiência e segurança na produção on farm, quando o trabalho é feito com critério e responsabilidade, com laboratórios preparados e pessoal treinado", afirmou.


Na opinião dos especialistas, a regulamentação deve observar aspectos como cadastro de propriedades, responsável técnico pela produção, além de utilização de microorganismos conhecidos com especificação de referência na lista oficial do Mapa, e treinamento adequado para os operadores. "O importante é que as ações estabelecidas levem à rastreabilidade, fiscalização, segurança e qualidade na produção", finalizou Salles.


O evento contou com a participação do presidente do Instituto Brasil Orgânico (IBO), Rogério Dias, do secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Guilherme Leal, do diretor  do departamento de Sanidade Vegetal do Mapa, Carlos Goulart, e representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da CropLife Brasil.


Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

13 de Novembro de 2020

​ALGODÃO PELO MUNDO #44


Algodão em NY - Prevaleceram as notícias baixistas e o contrato dez/20 em NY fechou ontem a 68,48 centavos de dólar por libra-peso (U$c/lp), com queda de 2,3% nos últimos sete dias.



Altistas - Na segunda, boas notícias sobre os testes de uma vacina contra COVID-19 e (mais) uma tempestade tropical nos EUA levaram o mercado para cima.  A alta não se sustentou após o furacão desviar sua rota para a Florida, ao invés das regiões produtoras do Sul dos EUA.



Altistas 2 - Hoje o USDA divulgou o relatório de exportações semanal.  As exportações continuam em ritmo forte, com 65 mil toneladas. As vendas também foram muito boas.  No acumulado, os EUA já comercializaram quase 70% dos 14,6 milhões de fardos projetados para o ano comercial de 2020/21.



Baixistas - Na última terça-feira, o USDA de maneira surpreendente, aumentou a previsão da safra de 2020/2021 (que está sendo colhida) dos EUA em seu relatório mensal de oferta e demanda. O mercado esperava que o USDA reduzisse a precisão de safra, devido ao clima adverso que afetou o Texas, o Delta e o Sudeste dos EUA.



Baixistas 2 - Potenciais lockdowns na Europa e EUA, devido ao aumento de casos de COVID-19.



Colheita americana – A colheita evoluiu, de 52% na semana passada, para 61% esta semana, contra a média dos últimos cinco anos, que foi de 57%.



China - A Beijing Cotton Outlook (BCO) divulgou hoje uma pesquisa sobre a indústria têxtil da China em outubro.  Os resultados mostraram que as taxas operacionais das fiações aumentaram acentuadamente no mês passado: a maioria dos entrevistados citou uma taxa acima de 90% da capacidade.



China 2 - Quase metade das fiações chinesas, entrevistadas pela BCO, disseram que seu consumo de algodão quase dobrou em relação a setembro, e 64% relataram um aumento em novos pedidos.



Turquia - A grande notícia foi a valorização da moeda turca (Lira). Após alcançar uma mínima de 8,50/US$, a moeda se valorizou 10% nos últimos dias, após troca de comando do banco central e renúncia do ministro da economia.



Turquia - Com a moeda mais valorizada, o mercado se movimentou, com vendedores de algodão doméstico aceitando valores mais baixos e as indústrias se voltando também para algodão importado.



Cotton Brazil – Nesta semana o projeto Cotton Brazil se reuniu com empresários das principais entidades do setor têxtil no Paquistão (APTMA) e na Coréia do Sul (SWAK).  As reuniões contaram com apoio das Embaixadas do Brasil nos respectivos países.  Tanto no Paquistão, quanto na Coréia do Sul, foram discutidas e acordadas ações para ampliar o comércio de algodão entre estes países e o Brasil.



Indonésia – Também nesta semana, a Abrapa participou do Fórum América Latina – Indonésia, promovido pelo Governo da Indonésia.  Na oportunidade, foi feita uma apresentação para empresários em Jakarta sobre qualidade, sustentabilidade e rastreabilidade do algodão brasileiro.


 


Beneficiamento - A Abrapa informou o progresso do beneficiamento da safra 2019/2020 de algodão no Brasil até ontem: Mato Grosso: 80%; Bahia: 92%; Goiás: 89%; Minas Gerais: 91%; Mato Grosso do Sul: 100%; Maranhão: 57%; Piauí: 97%; São Paulo: 100%; Tocantins: 92% e Paraná: 100%. Média Brasil: 83% beneficiado



Exportações - O Brasil exportou o expressivo volume de 108 mil toneladas de algodão na primeira semana de em Nov/20.  A expectativa é que, este mês, as exportações ultrapassem 300 mil toneladas.



Preços - A tabela abaixo mostra os últimos movimentos de preços, índices e câmbio que impactam o mercado de algodão.


WhatsApp Image 2020-11-13 at 12.53.42.jpeg

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

A convite da Abrapa, cadeia têxtil debate entraves do câmbio e imprevisibilidade de planejamento

13 de Novembro de 2020

Uma reunião inédita, colocou na mesma "sala" virtual, alguns das maiores marcas da indústria têxtil e do varejo nacional, e representantes de toda a cadeia produtiva têxtil e de confecções, a convite da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na manhã desta sexta-feira (13/11). Aproximadamente, 70 pessoas participaram do encontro, que teve por objetivo esclarecer dúvidas, e pôr fim a rumores de que haveria um déficit de pluma no mercado, que, além de dificultar as operações na indústria, está acarretando preços mais altos para o consumidor final. As queixas veiculadas em diversos veículos de imprensa são acerca de um suposto desabastecimento de algodão, e de aumentos de preços, após o afrouxamento das medidas de combate ao coronavírus no Brasil, a partir de setembro.



Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), e Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) foram algumas das entidades presentes, que ajudaram a mobilizar as empresas e marcas, muitas das quais parceiras do movimento Sou de Algodão, para discutir a safra 2019/2020, em relação a preços, disponibilidade de algodão no mercado, logística e perspectivas futuras.



A Abrapa explicou as relações entre a oferta e a demanda de algodão, com os principais indicadores atuais e a previsão. A safra 2019/2020, que está sendo comercializada, totaliza, segundo a Conab, três milhões de toneladas. A exportação do ciclo 2020/2021 – ainda não finalizada – representou, entre agosto e outubro deste ano, cerca de 509 mil toneladas de pluma, e o previsto é que seja concluída com dois milhões de toneladas, o que gera estoques finais da ordem de 776, mil toneladas.



"Considerando que a indústria têxtil brasileira, antes da pandemia, consumia em torno de 750 mil toneladas da matéria-prima, o que podemos dizer é que não há qualquer chance de faltar algodão ou necessidade de importar pluma", explicou o diretor-executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, em sua apresentação.



Mas as queixas da indústria sobre desabastecimento, esclarecidas na reunião, têm a ver com a falta de estoques de fios de algodão e tecidos – planos e malhas – para dar conta do aumento acelerado do consumo, quando o comércio novamente abriu as portas.



De acordo com Sergio Benevides, coordenador do comitê de algodão da Abit, "a indústria precisa fazer o seu dever de casa, planejando comprar algodão com antecedência. Diante da impossibilidade de prever o câmbio, nosso único caminho é comprar das tradings. Quem não se planejar, vai ficar sujeito a comprar no mercado spot, pagando o preço do dia. Tudo é uma questão de se preparar. Algodão sempre vai haver", afirmou.



O consenso entre os presentes é de que a indústria, em geral, pratica o chamado "da mão para a boca", com estoques reduzidos e fornecimento baseado no suprimento da demanda de curto prazo. "O Brasil tem o algodão mais barato do mundo, em função do nosso basis. A questão é o câmbio que subiu muito", pontuou o industrial Ivan Bezerra de Menezes.



Para o presidente da Abrapa, Milton Garbugio, os produtores sequer têm ganho real com o patamar atual de preços, na comparação entre dólar e real por quilo.


"Para fabricar uma camiseta, consome-se entre 100 a 150 gramas de algodão. Já para uma calça jeans, 450 gramas. Portanto, o que está onerando o custo não é o algodão. Uma camiseta sai, contando só o algodão, a R$1,91, e uma calça jeans custa, em termos da matéria-prima, R$3,57. Não dá para culpar os preços da commodity quando a gente vê esta relação", ponderou Garbugio.



"Ficou claro que o problema não é a oferta de pluma e, sim, a questão cambial e a falta de planejamento das fiações, em função da imprevisibilidade da Covid-19. Afinal, ninguém faz roupa de capulho de algodão. Primeiro, se faz o fio, depois, o tecido e, por fim, a roupa. Colhemos sucessivas safras recordes, teremos estoques de passagem e, definitivamente, algodão não vai faltar. O câmbio não somos nós, produtores, que definimos. Se as indústrias estão sofrendo com a situação cambial do país, com o dólar alto, os produtores também estão tendo o mesmo problema, pois 70% do custo de produção do algodão nas lavouras têm os insumos cotados em dólar", finalizou Marcio Portocarrero.


Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter