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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

04 de Dezembro de 2020

ALGODÃO PELO MUNDO #47


Algodão em NY - Preocupação com a oferta de algodão devido a problemas climáticos e forte demanda chinesa dão suporte aos preços. O contrato mar/21, após um período de altas, fechou nesta Quinta em 71,11 U$c/lp, com queda de 0,8% na semana.


Altistas 1 - O recorde histórico de exportações de algodão brasileiro em um mês foi batido em Novembro/20.  De acordo com o Ministério da Economia, os embarques da pluma atingiram 333,29 mil toneladas, gerando mais de R$ 500 milhões em receitas no mês.


Altistas 2 - No acumulado, o Brasil já exportou 842 mil toneladas esta safra (Ago-Out), 12% a mais que o mesmo período do ano passado.


Baixistas - O aumento dos casos de COVID-19 nos EUA e Europa causa preocupações.  Além disso, há ainda incertezas acerca da disponibilidade e distribuição de vacinas com constantes mudanças na previsão de vacinações.


China - Em mais um desdobramento da guerra comercial EUA-China, o governo americano disse na quarta-feira que irá mesmo banir importação de todos os produtos de algodão feitos pelo Corpo de Produção e Construção de Xinjiang (XPCC), citando preocupações de que a organização militar do noroeste da China seja responsável pelo uso generalizado de trabalho forçado.


China 2 - O XPCC é responsável por cerca de um terço da produção de algodão da China.  Especialistas da indústria têxtil acreditam que esta situação poderá inviabilizar as exportações de produtos têxteis da China para os EUA (2º maior importador do mundo, atrás da UE), devido à complexidade da segregação de matérias primas na indústria.


Colheita – A colheita evoluiu de 77% na semana passada para 84% esta semana, contra média de 5 anos de 79%.


Oferta e Demanda -  O ICAC divulgou seu relatório mensal de oferta e demanda global de algodão esta semana.  Apesar do órgão ter reduzido suas projeções de oferta e diminuído os estoques iniciais 2020/21, os estoques finais 2020/21 foram projetados em 89,2%, número muito próximo do divulgado pelo USDA.



Cotton Brazil – A Abrapa será co-realizadora do evento 2020 COTTON OUTLOOK FORUM, em Qingdao, China.  Este será o primeiro evento oficial após o lançamento do Cotton Brazil e conta com o apoio da Embaixada do Brasil na China e de dois grandes parceiros no país: a China National Cotton Exchange (CNCE) e a Beijing Cotton Outlook (BCO).


Cotton Brazil 2 – Finalizando a série de reuniões virtuais promovidas pela Abrapa, Anea e Apex Brasil com embaixadas brasileiras na Ásia, as entidades se reuniram esta semana para apresentar o projeto Cotton Brazil a diplomatas do Brasil na Turquia.  Participaram da reunião virtual o Embaixador do Brasil na Turquia Carlos Ceglia,  a Embaixadora do Brasil em Singapura, Eugênia Barthelmess, além de diplomatas e lideranças do setor.


Agenda 1 - No dia 08/12 (terça-feira), às 19h30 (Brasília), ocorrerá o evento virtual de lançamento oficial do Cotton Brazil, uma parceria Abrapa, Anea e Apex Brasil.  O Cotton Brazil é um projeto que pretende tornar o Brasil líder global nas exportações de algodão.


Agenda 2 - Na próxima quarta-feira (09/12) a Abrapa irá divulgar novas estimativas para a safra 2020/21 durante a reunião da Câmara Setorial de Algodão do Ministério da Agricultura.


Agenda 3 - No dia 10/12 (quinta) o USDA divulga seu último relatório mensal de oferta e demanda.


Beneficiamento - A Abrapa informou o progresso do beneficiamento da safra 2019/20 de algodão no Brasil até ontem: Mato Grosso: 91%; Bahia: 97%; Goiás: 95%; Minas Gerais: 97%; Mato Grosso do Sul: 100%; Maranhão: 65%; Piauí: 100%; São Paulo: 100%; Tocantins: 97% e Paraná: 100%. Média Brasil: 92% beneficiado


Preços - A tabela abaixo ⬇ mostra os últimos movimentos de preços, índices e câmbio que impactam o mercado de algodão.


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CTIA discute inovação e tendências de consumo na última reunião de 2020

01 de Dezembro de 2020

Em um ano marcado pelo imponderável de uma pandemia, com comércios e serviços fechando ou operando em regime especial, desde março, o crescimento de 5,6% no mercado de fertilizantes no Brasil comprova o que, nos campos do país, já se dizia há tempos: o agro não parou. Ao contrário, seguiu em ritmo crescente, aditivado pelo câmbio e pelos altos patamares de preços da commodities agrícolas, como soja e milho. Mesmo o algodão, cultivo cuja cadeia produtiva sofreu grande impacto negativo, com o fechamento das lojas, sinala positivamente para 2021, graças a estes dois fatores, que favorecem a rentabilidade do produtor. Estas conclusões – além de debates sobre tendências de mercado, inovação, com a entrada dos bioinsumos e novas tecnologias – pontuaram a 106ª reunião da Câmara Temática dos Insumos Agropecuários (CTIA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), realizada virtualmente na tarde desta segunda-feira (30/11).



O encontro reuniu cerca de 30 participantes, dentre produtores, Governo, representantes do setor de fertilizantes, máquinas e defensivos, sendo o último encontro do calendário da câmara, neste ano de 2020. A CTIA é presidida, atualmente, pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).



Embora o Brasil seja um dos maiores fornecedores globais de alimentos e fibras têxteis naturais, cerca de 80% dos insumos que utiliza em sua agricultura são importados, desde máquinas e fertilizantes, até os defensivos. Em defensivos, o país representa 20% do mercado global, e o setor movimentou, em 2019, US$12,4 bilhões. O alto custo destes insumos faz com que os agricultores persigam cada vez mais fortemente a boa performance em produtividade, fator definitivo para a competitividade da agricultura brasileira – tropical e mais suscetível ao ataque de pragas, além de não subsidiada – em confronto com os concorrentes pelo mercado.



Para o presidente da CTIA, e vice-presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, na busca pela alta produtividade, o agricultor brasileiro usa toda a tecnologia disponível "e até aquelas que ainda nem foram criadas". Ele exemplifica o avanço do país neste quesito, comparando o valor da cesta básica no Brasil nos anos de 1970 e atualmente. "Naquela época, a alimentação representava 45% do destino da renda das famílias. Hoje, este custo é de 14%. Só chegamos a este nível com tecnologia e com o aperfeiçoamento do trabalho dos agricultores em seus sistemas produtivos", disse Busato.



Inovação



As novas tecnologias dominaram boa parte das discussões na reunião, com foco para os bioinsumos – como bactérias, vírus, fungos e nematoides – que vêm ganhando espaço no manejo integrado de pragas e doenças do agro no Brasil. A Embrapa tem hoje cerca de 500 pesquisadores dedicados ao tema, que, segundo o representante da instituição, Ivan Cruz, "é uma realidade mundial". No portfólio da entidade, estão produtos para controle biológico, promotores de crescimento e bioativos. Muitas das biofábricas funcionam on farm, e a organização do setor, assim como a possível concentração dos biológicos nas mãos das multinacionais, que já dominam o mercado dos químicos, também estiveram em debate. Luís Eduardo Pacifice Rangel, diretor de Prospecção do Mapa, enfatizou o Programa Nacional de Bioinsumos, lançado pelo Ministério em maio deste ano, para aproveitar a grande biodiversidade brasileira ajudando o país a reduzir a dependência externa pelos insumos tradicionais.



Sobre as tendências para 2021, a expectativa apresentada pelas cadeias produtivas presentes foi de manutenção no crescimento de consumo, de adimplência do produtor, e de intenção de investimentos em máquinas, equipamentos, infraestrutura e recursos humanos para os próximos 12 meses. Os dados são da pesquisa apresentada pela Associação Brasileira da Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo). De acordo com o representante da entidade, Carlos Florence, "apesar da leve queda de 2% no indicador de vendas, 83% das respostas foram otimistas, contra 6% pessimistas e 11% neutras", revelou.


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Projeto Cotton Brazil chega à Turquia

01 de Dezembro de 2020

Quarto mercado mundial de algodão, a embaixada do Brasil na Turquia conheceu na manhã desta terça-feira (01) o projeto Cotton Brazil, idealizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), para divulgar a pluma nacional na Ásia. O Brasil tem 20% do market share na Turquia, colocando os turcos numa posição estratégica para o algodão brasileiro criar a Rota do Algodão. Para isso, no dia 19 de janeiro de 2021, às 14h, haverá um evento virtual direcionado aos compradores de algodão na Turquia no qual a Abrapa e seus parceiros apresentarão todo o potencial da pluma brasileira e as vantagens de estabelecer negócios diretamente com os produtores no Brasil.



"Nossa meta nesta etapa do projeto é conseguir o apoio diplomático das embaixadas do Brasil na Ásia para fortalecer a imagem do nosso algodão. Será um trabalho intenso e contínuo para apresentar a qualidade do nosso produto, ampliar mercados e obter novas perspectivas de negócios", frisou o presidente da Abrapa, Milton Garbugio, ressaltando que, por não ter subsídios, a produção de algodão no país requer um grande esforço e organização da cadeia produtiva.


A iniciativa do Cotton Brazil foi elogiada pelo embaixador do Brasil em Ancara, Carlos Ceglia. "O que vocês estão fazendo é um trabalho extraordinário e, certamente, trará resultados positivos. Apesar de a Turquia ser um país que preza muito pela cultura local, sempre há espaço para conhecer aspectos de outros países e o algodão brasileiro desperta o interesse do setor turco", enfatizou Ceglia, que participou do encontro acompanhado pelo ministro diplomata, responsável pelo setor de Promoção Comercial e de Economia, Márcio Gayoso.



Durante a reunião, o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, destacou que a associação pretende colocar o Brasil no primeiro lugar no ranking mundial de exportações de algodão até 2030, trabalho que vai exigir ações inovadoras. "Precisamos estreitar o contato com o mercado asiático, possibilitando novos negócios e, assim, aumentar a confiabilidade em nosso produto. Para isso, as embaixadas são excelentes canais de comunicação e aproximação de mercados", disse Duarte, que tem contado com o apoio da Embaixada do Brasil em Singapura, país sede do escritório da Abrapa na Ásia, e sempre presente nos encontros do projeto Cotton Brazil.



Também presente à reunião virtual, a embaixadora do Brasil em Singapura, Eugênia Barthelmess, ressaltou o esforço da associação. "É admirável o empenho para correção de percepção de imagem feito pela Abrapa. O algodão brasileiro se aprimorou muito como produto ao longo dos anos e os mercados compradores devem enxergar essa nova realidade", disse a embaixadora, acompanhada pelo ministro conselheiro Daniel Pinto, lembrando que o Brasil é o maior produtor de algodão licenciado pela Better Cotton Initiative (BCI) e já superou o desafio da sazonalidade.



Participaram ainda da reunião, o ex-presidente da Abrapa, Arlindo Moura, o presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Carlos Moresco, o presidente da Anea, Henrique Snitcovski, o diretor da Anea, Miguel Faus, além de representantes da Apex-Brasil e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento.


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