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Abrapa lança Plataforma de Business Intelligence (BI) do programa Cotton Brazil

21 de Dezembro de 2020

​Desde a última sexta-feira, 18, mais de dois bilhões de dados do algodão brasileiro e mundial estão disponíveis na plataforma BI do Cotton Brazil, projeto idealizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea). O primeiro evento internacional utilizando a plataforma foi o 2020 Cotton Outlook Forum, em Qingdao, realizado pela China National Cotton Exchange e co-realizado pela Abrapa. Mais de 300 indústrias chinesas estiveram presentes na ocasião.


Desde a última sexta-feira, 18, mais de dois bilhões de dados do algodão brasileiro e mundial estão disponíveis na plataforma BI do Cotton Brazil, projeto idealizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea). O primeiro evento internacional utilizando a plataforma foi o 2020 Cotton Outlook Forum, em Qingdao, realizado pela China National Cotton Exchange e co-realizado pela Abrapa. Mais de 300 indústrias chinesas estiveram presentes na ocasião.



A plataforma é uma ferramenta de inteligência de mercado que trabalha com big data e foi criada para ajudar a alavancar as exportações da pluma do Brasil através da coleta, processamento, organização e análise de um grande volume de dados sobre produção, preços, comercialização, consumo de algodão no Brasil e no mundo. Ela foi concebida com o objetivo de contribuir com as ações comerciais e promocionais do algodão brasileiro mostrando, por exemplo, o market share do Brasil e de seus concorrentes em cada país importador. Para explorar as possibilidades do sistema, o interessado só precisa acessar https://cottonbi.com.br, se cadastrar e navegar por um completo leque de informações sobre a pluma brasileira.


O diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, que apresentou o programa Cotton Brazil aos Chineses, falou dos diferenciais da nova plataforma. “Nas últimas três safras, o Brasil dobrou a produção de algodão; ocupou o quarto lugar como maior produtor da fibra no mundo, e conquistou o posto de segundo maior exportador. Nossa meta é continuar aumentando a participação do algodão brasileiro no mercado externo tanto em termos de volume vendido quanto de valorização do produto. Para isso, além de focarmos nos nossos quatro pilares (qualidade, sustentabilidade, rastreabilidade e promoção), precisamos ter informações confiáveis, precisas e atualizadas sobre os mercados onde atuamos”, enfatizou Duarte.



Este é o primeiro evento oficial, após o lançamento do Cotton Brazil, no último dia 8 de dezembro, e conta com o apoio da Embaixada do Brasil na China e de dois grandes parceiros no país, a China National Cotton Exchange (CNCE) e a Beijing Cotton Outlook (BCO). O objetivo maior da iniciativa é alçar o país ao topo do ranking da exportação mundial de algodão até 2030, e a Ásia é um continente estratégico. No total, o projeto vai abranger nove países asiáticos, China, Bangladesh, Vietnã, Turquia, Paquistão, Indonésia, Índia, Tailândia e Coreia do Sul.


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Júlio Cézar Busato é aclamado presidente da Abrapa para biênio 2021/2022

17 de Dezembro de 2020

Em Assembleia Geral Extraordinária realizada nesta quarta-feira (16), a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) deu posse à nova diretoria que vai gerir a entidade pelos próximos dois anos. O novo presidente sucede a Milton Garbugio, a partir do dia 1º de janeiro. Desde a criação da Abrapa, em 1999, as eleições da presidência da associação seguem uma linha sucessória pré-estabelecida na composição da diretoria, que permite saber, com antecedência e por longo prazo, os próximos presidentes. Em sua plataforma de gestão, Busato elencou cinco frentes prioritárias de trabalho: qualidade, rastreabilidade/dados, sustentabilidade, promoção e relações institucionais.



"Minha missão será a mesma de todos os presidentes que já passaram pela Abrapa, entregar, no último dia do biênio, uma associação melhor e maior do que eu recebi. A Abrapa é hoje uma entidade de representação de classe modelo para todas as cadeias do agro, e é essa disposição de fazer sempre o melhor que nos faz referência em organização, qualidade e força", afirmou Busato.



Dentre os desafios de dar o que ele chama de "um passo à frente em inovação", Busato definiu o avanço no programa Standard Brazil HVI, que trata da qualidade nos resultados de análise instrumental de fibra por HVI (High Volume Instrument). A meta é criar uma espécie de "visto" para o algodão brasileiro exportado, de modo que ele tenha, de antemão, a credibilidade do mercado. "O nome ainda é provisório, mas estamos chamando de Blue Card, uma iniciativa a ser implementada com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que, através de um certificado, ateste a rastreabilidade e a qualidade da fibra produzida no país, por meio de um programa de autocontrole", explicou.



Também na linha da inovação, na área da rastreabilidade, na qual, atualmente, a Abrapa já tem uma estrutura que permite aos compradores e vendedores da pluma brasileira saber, através de um código de barras, o passo a passo do produto – de que fazenda veio, onde foi beneficiado, resultados de análise de HVI, etc – entre uma série de avanços, uma das metas mais arrojadas é lançar uma plataforma que permita a total rastreabilidade da cadeia de fornecedores. "Este é um projeto que já vem sendo desenvolvido, com a participação de duas grandes marcas do varejo nacional. Além da rastreabilidade total do processo produtivo, também será possível rastrear a sustentabilidade, atestada pelo programa ABR", adiantou Busato. A plataforma apresentada pelo novo presidente indicou a continuidade, expansão e avanço em todos os programas da Abrapa, como o movimento Sou de Algodão e o Cotton Brazil. Também há inovações no Congresso Brasileiro do Algodão (13º CBA), que, neste ano, acontece na Bahia.



"Júlio, além de um excelente produtor, é uma pessoa competente, criativa e inquieta. Tenho certeza de que fará uma grande gestão, rumo à meta de todos nós, que é levar o algodão do Brasil ao topo", afirmou Milton Garbugio. "Este ano não teremos o nosso tradicional evento de posse, por conta da pandemia, mas, com certeza, em breve teremos muitas ocasiões de comemorar juntos", concluiu.



 Mini Bio



Júlio Cézar Busato nasceu em Casca, no Rio Grande do Sul, há 59 anos. É descendente de uma longa linhagem de agricultores, o que inspirou sua formação de Engenheiro Agronômo, graduado pela Universidade de Passo Fundo/RS. Em 1987, mudou-se para a Bahia onde, com a família, fundou a Fazenda Busato/Grupo Busato, que produz, além do algodão, soja e milho, nos municípios de São Desidério, Serra do Ramalho e Jaborandi. É uma liderança de classe atuante e reconhecida no Brasil: foi presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), do Programa de Desenvolvimento do Agronegócio (Prodeagro) e do Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro). Desde 2011, quando começou a se dedicar à representação de classe, teve e tem assento em diversos fóruns, conselhos e câmaras do setor agrícola. Dentre estes, foi vice-presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), preside a Câmara Temática de Insumos Agropecuários (CTIA/Mapa), e, a partir de 01 de janeiro de 2021, presidirá a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), da qual é vice-presidente, para o biênio 2021/2022.

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CBA conquista o Prêmio Caio pela segunda vez

16 de Dezembro de 2020

O 12º CBA foi eleito como o Melhor Congresso Nacional pelo Oscar dos eventos brasileiros, o Prêmio Caio. O maior encontro da cadeia produtiva do algodão leva para casa, pela segunda vez, o troféu, que reconhece valor o trabalho de empresas e profissionais da indústria brasileira de eventos e turismo.  A disputa foi acirrada: concorreram ao famoso jacaré dourado 363 cases, 69 empresas, em 41 categorias. O CBA levou o ouro na categoria Congresso Nacional.


Para construir o 12º CBA, a Abrapa contou com mais de 1000 pessoas envolvidas em todo o processo. Toda a coordenação e concepção é fruto da parceria entre a Abrapa e a Comunicato Eventos. “Juntos, construímos, em dois anos de muito trabalho, uma experiência única para nossos congressistas, levando o melhor da pesquisa, tecnologia e networking, sendo referência para o agronegócio do Brasil”, celebrou Milton Garbugio, presidente do Congresso na premiada edição.

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BIOINSUMOS: Comunicado à sociedade e ao mercado

16 de Dezembro de 2020

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o Grupo Associado de Agricultura Sustentável (Gaas), a  Aprosoja Brasil e a CNA divulgaram, nesta quarta-feira (16), um comunicado aberto à sociedade e ao mercado, em defesa da produção "on farm" dos chamados bioinsumos. Esta classe de defensivos agrícolas naturais é aceitável, inclusive, na agricultura orgânica, e representa alternativas a mais para fortalecer o manejo integrado de pragas implementado pelos produtores agrícolas,  além de uma possibilidade de redução de custos com produtos químicos. A carta é um manifesto contra notícias falaciosas acerca da fabricação de bioinsumos pelos próprios agricultores e a necessidade de registro para a liberação. Veja no link o documento na íntegra. ​


Comunicado - Bioinsumos - assinatura - V2 (1).pdf

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Consumo interno com perspectiva de alta foi destaque da reunião da Câmara Setorial do Algodão

16 de Dezembro de 2020

O consumo industrial de algodão no Brasil, estimado para a próxima safra em 720 mil toneladas, em um momento em que a expectativa dos cotonicultores brasileiros é de retração de área da ordem de 16%, deu o tom de otimismo na última das quatro reuniões anuais da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O encontro aconteceu, virtualmente, na manhã desta quarta-feira (16), com representantes dos diversos elos das cadeias de produção de algodão e da indústria, além do Governo, entidades de pesquisa, dentre outros. Mais de 60 pessoas participaram da videoconferência. A câmara é presidida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).


O volume anunciado pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, supera em muito o trabalhado pelos setores, nos últimos meses. Segundo ele, ainda há defasagem de preços, mas o cenário para 2021 é promissor. "O passado, realmente, passou. Agora é hora de olhar o momento atual e para a perspectiva do futuro, porque tivemos entre 90 e 100 dias de paralisação dos negócios. Com essa estimativa de consumo, certamente, vamos recompor postos de trabalho e recuperar as perdas em 2021", afirmou. A alavanca desta recuperação, segundo a Abit, foi a injeção de recursos na economia, com o auxílio emergencial, implementado por conta da pandemia da Covid-19.


O presidente da Abrapa, Milton Garbugio, que comandou a câmara nos últimos dois anos, celebrou a informação. "Trata-se de uma grande recuperação, diante de tantos problemas enfrentados pela cultura neste ano de 2020. Isso anima os produtores para 2021", disse.  "Em função desse ano atípico, nossas 10 associadas apresentaram uma redução, em média, de 16% na previsão de área plantada e de 17% na produção de algodão. Mas essa perspectiva de aumento do consumo industrial da pluma indica que, em mais uma safra, podemos retornar aos patamares normais de área e produção", pontuou Garbugio.


Para a safra 2020/2021, a expectativa da câmara, que também é composta por representantes de cada uma das dez associações estaduais da Abrapa, é de 1,35 milhão de hectares plantados com a cultura, com produção em torno de 2,4 milhões de toneladas. Até o momento, a produtividade média esperada é de 1.770 quilos de pluma por hectare.


 


Exportações


No âmbito do mercado internacional, o diretor da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Faus, destacou que, nesta safra, foram exportadas 920 mil toneladas até o final de novembro, mês de recorde histórico. Foram 330 mil toneladas, para a China, Vietnã, Indonésia, Turquia e Paquistão. "Seguindo neste ritmo, a previsão que temos, na Anea, é exportar, neste ciclo, cerca de 2,2 milhões até junho do ano que vem, mantendo o fortalecimento das exportações para este mês de dezembro", avaliou. De acordo com Faus, os preços já estão "um pouco acima dos praticados antes da pandemia. Isso foi possível, graças à abertura dos mercados, com a reativação da economia e um aumento do consumo como um todo", disse o diretor da Anea.


Sobre o Projeto Cotton Brazil – iniciativa de promoção internacional que reúne Abrapa, Apex, com apoio da Anea – lançado oficialmente no dia 8 de dezembro, o diretor avaliou positivamente a repercussão das ações junto ao mercado asiático. "É importante falar para o mundo o quanto sabemos trabalhar com profissionalismo e objetividade, porque o nosso cliente quer ver precisão e consistência no projeto e no produto", afirmou Faus, lembrando que, na segunda fase, o Cotton Brazil realizará eventos específicos para cada um dos nove mercados de destino na Ásia.


Defensivos Prioritários


Outro ponto de destaque da reunião foram os resultados positivos alcançados no registro de produtos prioritários para proteção das lavouras de algodão. Novos registros de defensivos são um dos mais importantes focos de atenção da Abrapa, uma vez que, com mais produtos no mercado, aumenta a competição entre os fornecedores desses insumos, que representam cerca de 40% do custo total na produção do algodão. Segundo informado, ao longo dos últimos anos, foram aprovados 62 produtos prioritários para a cultura do algodão.


"Apesar disso, o tempo de registro de uma nova molécula para o Brasil é longo, em torno de oito anos para liberação, o que coloca a cotonicultura brasileira em desvantagem em relação a outros países do continente americano e europeu", explicou o consultor técnico da Abrapa, Edvandro Seron.


Também participaram da reunião, a diretora substituta do Departamento de Apoio à Inovação para a Agropecuária (Diagro), da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação (SDI) do Ministério da Agricultura (MAPA), Sibele Silva, e o Chefe Geral da Embrapa Algodão, Alderi Araújo.

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A longa estrada de sucesso do algodão brasileiro, em edição especial da Cotton Outlook sobre os 20 anos da ANEA Resumo

14 de Dezembro de 2020

A revista inglesa Cotton Outlook, a maior e mais respeitada publicação jornalística sobre algodão do mundo, lançou nesta segunda-feira (14) uma edição especial, realizada em parceria com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), em celebração aos 20 anos desta. A Abrapa foi convidada a participar, com três artigos especiais. O primeiro deles, assinado pelo presidente Milton Garbugio, fala sobre a história da retomada do cultivo da fibra no país, após os anos 2000, e a longa estrada dos três milhões de toneladas. O segundo trata do grande diferencial de sustentabilidade do algodão brasileiro, que foi a base desta história de sucesso. Por último, mas, definitivamente, não menos importante, o papel da pesquisa e do desenvolvimento científico para que o algodão brasileiro alcançasse uma das maiores produtividades do planeta, e a liderança neste índice em lavouras em regime de sequeiro. Clique no link e acesse as edições em português e em inglês.


ANEA2020 Portugese.pdf

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Carta aberta contra aumento de carga tributária

11 de Dezembro de 2020

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, uma entidade que congrega 99% dos cotonicultores Brasileiros, assim como as suas dez associações estaduais, unem-se à Aprosoja, à Fiesp e a outras instituições representantes do agro no repúdio à decisão do Governo de São Paulo de taxar, através de decreto, as operações internas em 4,14% de ICMS, e elevar a carga tributária para o trânsito interestadual de produtos. Esta medida prejudicará não apenas ao estado de São Paulo, mas a todas as outras unidades da federação, e ocorre justamente quando, mais do que nunca, o setor que produz alimentos e fibras têxteis naturais se mostra essencial para economia brasileira e crucial para o enfrentamento desta grande crise sanitária. Compartilhamos a carta aberta publicada pela Aprosoja, associação intimamente ligado ao setor cotonícola, uma vez que todo cotonicultor é também produtor de soja.


Carta Aberta - Taxação do Agro SP_versão final.pdf

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Algodão brasileiro inaugura nova fase com lançamento do Projeto Cotton Brazil

09 de Dezembro de 2020

Qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade. Sim, o algodão do Brasil tem tudo isso e muito mais, e, por isso, promoção é importante. Para mostrar ao mundo, em especial, aos consumidores da indústria asiática, os diferenciais da pluma brasileira, a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), lançaram, na noite desta terça-feira (08), em evento virtual, o Projeto Cotton Brazil. O objetivo maior é colocar o país no topo do ranking da exportação mundial de algodão até 2030, e a Ásia é um continente estratégico, que representa mais de 80% do destino da produção brasileira de algodão.


A partir de agora, a marca Cotton Brazil será trabalhada em nove países asiáticos para desenvolvimento de novos negócios. A iniciativa aproxima ainda mais a oferta e a demanda, com a presença física de um representante dos produtores naquele mercado, num escritório de representação da Abrapa na cidade de Singapura. A "presença" virtual também será importante para os resultados que se pretendem alcançar. Por isso foi desenvolvida a plataforma cottonbrazil.com, traduzida para os idiomas da China, Bangladesh, Vietnã, Turquia, Paquistão, Indonésia, Índia, Tailândia e Coreia do Sul.


Nas últimas três safras, o Brasil dobrou a produção de algodão, mantendo, praticamente, a mesma área; ocupou o quarto lugar como maior produtor da fibra no mundo, e conquistou o posto de segundo maior exportador. "São marcas muito importantes, para nós que, há pouco mais de 20 anos, éramos o segundo maior importador mundial de algodão", destacou o presidente da Abrapa, Milton Garbugio, durante a abertura do evento, acompanhado pelo atual vice-presidente, Júlio Cézar Busato, que estará à frente da entidade no próximo biênio. "Temos um produto de melhor qualidade. Só precisamos mostrar ao mundo. E, para isso, vamos realizar um grande trabalho de posicionamento de imagem, junto aos principais mercados. Não será fácil, mas já demos o primeiro passo rumo ao que eu chamo de uma nova fase do algodão brasileiro", disse Busato.


Na avaliação do Diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, o Brasil deve fortalecer sua colocação no mercado global da commodity. "Nossa tarefa, agora, é consolidar uma marca para unificar a narrativa da qualidade do algodão brasileiro. Queremos aumentar nossas exportações e valorizar do nosso produto", enfatizou Duarte, destacando que, entre desafios e oportunidades, a Abrapa utilizou três motivações para criar o Projeto Cotton Brazil: o algodão brasileiro já é exportado para mais de 50 países e, somente no mês passado, 333 mil toneladas foram embarcadas; o fato de que o Brasil fornece a pluma durante todo o ano e, por fim, a constatação de que, nem sempre, os mercados reconhecem os diferenciais do algodão brasileiro.


Excelência


A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, parabenizou a Abrapa, pela criação de um programa estruturado de posicionamento do algodão brasileiro no exterior. "Mostrar o que é a excelência dessa cadeia produtiva para o mundo todo, com suas qualificações e capacidade técnica, com qualidade e gerando emprego, é um grande desafio. Mas tenho certeza que será um sucesso", comemorou a ministra, seguida pelo CEO da Better Cotton Iniciative (BCI), Alan McClay. "A Abrapa tem sido um dos parceiros mais dinâmicos, e se tornou o maior produtor Better Cotton no mundo. Desde o início de sua atuação, em 2010,  vem liderando a implementação dos padrões BCI no Brasil para, posteriormente, alinhar tudo isso ao padrão ABR, o que possibilitou um aumento de volume disponível no mercado e a ampliação de perspectivas para os produtores", pontuou McClay, lembrando que, na safra 2018/2019, o Brasil produziu mais de dois milhões de toneladas de algodão Better Cotton, um crescimento de 34% e um volume, equivalente a 36% da pluma Better Cotton no globo. Em todo o país, 75% da produção é licenciada pela BCI.


Eco friendly


A capacidade de produção em sequeiro, os estudos para diminuir o uso de pesticidas, as alternativas biológicas e as ações para promoção do controle de pragas também foram destacadas pelos participantes durante o evento virtual, dentre eles, pelo diretor de Negócios da Apex-Brasil, Augusto Pestana. "Podemos garantir a disponibilidade de mais algodão sustentável no mundo, apresentando nosso potencial e competitividade para os mercados mais exigentes, tendo ainda o reconhecimento da qualidade do nosso produto. Vamos continuar unindo esforços para o êxito nesse projeto", destacou Pestana.


"Precisamos expandir as oportunidades de negócios, porque estamos entre as 40 maiores economias do mundo. O Brasil está crescendo e precisamos que este crescimento venha acompanhado do fortalecimento e, principalmente, de reposicionamento de imagem, sobretudo, a da qualidade percebida. Nosso algodão é tão bom quanto o americano e não difere muito em qualidade do australiano. Mas, na percepção de mercado, eles ganham de nós, e, a partir de agora, vamos mudar isso", ponderou o presidente da Anea, Henrique Snitcovski.


Etapas e estratégias


Com o slogan "Crescendo para um futuro melhor", a primeira etapa do Cotton Brazil incluiu planejar uma marca que pudesse agregar mais valor ao produto brasileiro, fazendo a própria cadeia entender a percepção do mercado sobre a pluma, e verificar a distância entre esta percepção e a realidade. Assim, a marca Cotton Brazil teve sua identidade visual similar à do movimento "Sou de Algodão", iniciativa voltada ao mercado nacional, mostrando a sinergia de comunicação.


O projeto prevê eventos técnicos e de marketing, os chamados Cotton Brazil Days, em cada um dos nove países, em seus respectivos idiomas. Haverá ações em redes sociais, uma plataforma de Business Intelligence, missões Compradores e Vendedores, pesquisas de mercado, além do desenvolvimento de parcerias estratégicas, como as já estabelecidas com a Federação Internacional da Indústria Têxtil Chinesa (ITMF) e do Conselho Chinês da Indústria Têxtil e de Vestuário (CNTAC). "Em tempos desafiadores, é uma ótima ideia celebrar o progresso e olhar com confiança para o futuro. Fico feliz em constatar que os cotonicultores brasileiros têm buscado melhorias contínuas no plantio, na colheita e no beneficiamento do algodão, nos últimos anos", afirmou o presidente da ITMF, Ruizhe Sun.



Pioneirismo



Outra grande realização do projeto foi a abertura do escritório comercial em Singapura, local estrategicamente escolhido para atender aos principais países da Ásia que comercializam o algodão brasileiro. A Abrapa é a primeira entidade privada de agronegócio brasileiro a se instalar na região. A interlocução direta entre os parceiros do Cotton Brazil com o Ministério das Relações Exteriores rendeu a participação efetiva de todas as embaixadas do Brasil na Ásia e o Ministério da Agricultura, por meio dos adidos agrícolas, potencializou a primeira rodada de apresentação do projeto para os nove países prioritários. "A relação estreita entre o setor privado, o Itamarati, o Mapa e a Apex-Brasil conseguiu reunir diversas entidades em prol da cotonicultura do país e isso me orgulha muito. O algodão é um caso de sucesso no Brasil e o mais impressionante é sua evolução recente, em 2019/2020, chegando a mais de 2 bilhões de dólares exportados, justamente num período de dificuldades em função da pandemia, o que revela a capacidade do setor", enfatizou o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.


A convicção de todos os participantes, após o lançamento do Cotton Brazil, é a de que foi iniciada uma nova fase desafiadora para o algodão brasileiro. "O caminho será de muitas lições e aprendizados, mas recompensará o setor pela visão de estar presente no centro do maior e mais pujante mercado, o asiático. Vamos projetar o Brasil pelo mundo através do algodão", finalizou o presidente da Abrapa, Milton Garbugio.



09.12.2020


Imprensa Abrapa


Catarina Guedes – Assessora de Imprensa


(71) 98881-8064


Ivana Ramacioti – Assessora Assistente


(71) 98836-0313


www.abrapa.com.br

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Movimento Sou de Algodão divulga balanço das novas marcas parceiras

09 de Dezembro de 2020

Iniciativa criada pela Abrapa alcançou 390 marcas que utilizam a fibra natural em 70% ou mais na composição de cada peça


Lançado em 2016, o Movimento Sou de Algodão, que visa estimular o consumo da matéria-prima na indústria da moda e promover o consumo consciente, engajou entre setembro e novembro deste ano um total de 79 novos parceiros, chegando à marca de 390 empresas que acreditam na iniciativa. As marcas Lez a Lez, do grupo Lunelli, Made By You e Linhas Círculo, são alguns dos destaques do mês que valorizam o #produzidonobrasil e trabalham com fibras que estão de acordo com o princípio da sustentabilidade.



"Chegar à marca de 390 parceiros em um ano que o mundo parou por conta de uma pandemia é uma grande vitória para o Movimento Sou de Algodão. Quem está aderindo ao nosso trabalho é quem busca criar um futuro mais consciente e responsável. Nossa fibra é exemplo para o mundo e o engajamento dessas marcas reforça a potência do algodão brasileiro", afirma Milton Garbugio, produtor e presidente da Associação Brasileira dos Produtos de Algodão (Abrapa).



Presente em diversos segmentos, da decoração à moda, o algodão traz uma série de vantagens para o público. Além disso, por se tratar de uma matéria-prima natural, resulta em tecidos extremamente confortáveis, mais versáteis e resistentes, carregando propriedades que conversam com os desejos de moda mais conscientes do consumidor atual.



Em comum, todas essas marcas trabalham seguindo os valores defendidos pelo Movimento Sou de Algodão, e não apenas no discurso, mas na prática diária. É necessário valorizar empresas que tenham a sustentabilidade como valor inegociável, ou seja, quem produz com respeito à natureza, aos trabalhadores e aos consumidores.



"A parceria é uma troca: as marcas fortalecem o Movimento, contribuindo com a sua divulgação, e o Movimento fortalece as marcas, mostrando aos consumidores que ele está comprando um produto natural, confortável e leve, que colabora para uma jornada do produto ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente responsável", afirma.



Entre as marcas que aderiram ao Movimento Sou de Algodão no último bimestre destacam-se:



Homewear


Ni Na Store; Por Mim Pijamas.


 


Moda Masculina


3R Básico; Acesso Rouparia Escolar; Bad Horse; Braúna; Burg Company; Camisaria Sótão; Catucci Denim; Da Vinci Print; Enila Brand; Fico Surfwear; Funny T-Shirts; Hangar 33; Holyness Clothing; Jana Jô; Joe Remo; Krucata; Motiro; Owsty Company; Terruá.



Moda Feminina


3 Jolie; Atômica Jeans; Blu; Carlota Store; Conterre; Dolce Me; Ecolife Jeans; Estudio Traça; Fabiana Ferrer; Francesca Loungewear; Lez a Lez; Lunender; Motiro; Nadruz; NB Store; Reptília; Stolfo Denim.


 


Moda Íntima


Donníssima; Libertari.


 


Moda Infantil e Juvenil


12 Gomos; Alakazoo; Artigo Kids; Astrodino; Baby Gu; BB Atemporal; BGR; Boca Grande; Chico Bolacha; Chilique da Mamãe; Davini; Glinny; Magia Doce; Mini Roupinea; Moda Neném; Nous Baby; Petit Filippa; Tepee; ZAM Baby Store; Zigalu.


 


Serviço


Ateliê Xibé


 


Acessório e Artesanato


Ana Entrelinhas Ateliê; Bossa Dream; Dona Velita; Jhully Saboaria; Paloma Bragança; Retalho Carioca; Salsa.



Fiação


Cocamar; Linhas Círculo; Tramo.


 


Moda Casa e Decoração


Lavive; Muug; Pui Kids; Reveste Design.


 


Tecelagem


Renauxview; Teray Têxtil.



Malharia


Lunelli Têxtil.



Sobre Sou de Algodão


É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialoga com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 36% de toda a produção mundial de algodão sustentável.



Siga Sou de Algodão:


Site: www.soudealgodao.com.br


Facebook: soudealgodao


Instagram: @soudealgodao


Youtube: Sou de Algodão

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Grandes conquistas e os desafios pós Covid-19 marcam Biênio 2019/2020 da Abrapa

08 de Dezembro de 2020

O biênio 2019/2020, que celebrou os 20 anos da retomada da cotonicultura do Brasil, que coincidem com a fundação da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com a conquista do segundo lugar no pódio dos maiores exportadores mundiais, e com uma safra recorde de três milhões de toneladas, foi também o da pandemia da Covid-19, da redução do consumo mundial da pluma de 26 milhões para 24 milhões de toneladas, e da preocupação com a falta de chuvas, às vésperas do plantio da safra 2020/2021. Estes foram alguns dos destaques na coletiva de imprensa da Abrapa, realizada virtualmente, nesta terça-feira (08/12), para marcar o final da gestão da diretoria presidida por Milton Garbugio (MT), e o início da nova administração, em janeiro, liderada por Júlio Cézar Busato (BA).



"Foi um biênio de grandes conquistas. Consolidamos o nosso movimento Sou de Algodão, que hoje já congrega 400 marcas parceiras, e abrimos o nosso escritório de representação em Singapura, como parte de uma ação estratégica de marketing internacional, em parceria com a Apex-Brasil, o projeto Cotton Brazil. Nos posicionamos como o maior produtor mundial de fibra licenciada pela BCI, com 36% de participação no montante global, e ainda estendemos o nosso programa Algodão Brasileiro Responsável – ABR– para as Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA), o elo que faltava para tornar potencialmente possível rastrear uma peça de roupa, desde o ponto de venda até a lavoura", enumera Milton Garbugio.



Na linha mais técnica, Garbugio celebrou também o maior índice de confiabilidade alcançado pelo programa Standard Brasil HVI – SBRHVI–, que parametrizou e padronizou as análises de algodão por instrumentos, o que considera um fator decisivo para a credibilidade e fortalecimento de imagem do algodão brasileiro ante o mercado. "Todas estas entregas são uma continuidade dentro do conceito maior, que fundamenta a Abrapa desde a sua criação, e que dividimos em quatro compromissos: qualidade, rastreabilidade, sustentabilidade e promoção", explica.



Covid-19 X Safra 2019/2020



De acordo com Milton Garbugio, os efeitos da pandemia na cotonicultura brasileira serão mais sentidos na próxima safra, que começa a ser plantada em dezembro. "Nossas lavouras já estavam instaladas e a cultura, em desenvolvimento, não havendo consequências para a atividade produtiva no período.



"Após a colheita, os efeitos da Covid-19 ficaram notáveis, principalmente, no escoamento da safra para o mercado externo. Isso porque a queda no consumo no ponto de venda, em todo o mundo, teve impacto na indústria internacional, majoritariamente concentrada na Ásia. Houve casos de grandes marcas quebrando contratos com as indústrias, e, muitas destas, postergando a compra de insumos como o algodão. Por conta disso, os embarques foram alongados, o que, em uma situação de super safra, gera estoques de passagem maiores deste para o próximo ano. Ainda assim, batemos vários recordes de exportação", rememora Garbugio.



O presidente ressaltou que, dos quase três milhões de toneladas produzidos, em torno de 550 mil toneladas ficam no país para abastecer a indústria nacional, e o restante é exportado. O país plantou 1,6 milhão de hectares de algodão, na safra 2019/2020, com produtividade de 1,8 mil quilos de pluma por hectare.



Perspectivas 2021



Os números para a safra 2020/2021 ainda são preliminares, mas estarão consolidados na próxima reunião da Câmara Setorial do Algodão e Derivados, no próximo dia 16 de dezembro. O atraso nas chuvas no início da safra de soja, principalmente, no estado do Mato Grosso, é um fator de preocupação. "Isso porque 90% do algodão no Mato Grosso é de segunda safra. Ele é plantado simultaneamente à colheita da soja. O atraso no plantio da oleaginosa comprime a janela do algodão Mato Grosso. Apesar desse déficit de chuva no começo do ciclo, as previsões para este ano são de clima favorável, durante o desenvolvimento das lavouras, para a região Centro Norte do Brasil e ainda duvidosas para a Centro Sul, pela influência do fenômeno meteorológico la niña.", afirmou.



Desafios da gestão 2020/2021



De acordo com Júlio Busato, apesar do impacto de uma pandemia inédita ter obrigado o setor a rever planos e ajustar operações, a gestão 2019/2020 teve o mérito de avançar em vários aspectos e entregar números relevantes e projetos inovadores. "Dar continuidade ao trabalho da diretoria que nos antecedeu, e, se possível, ir além será um desafio e tanto", afirmou.



Qualidade, rastreabilidade, sustentabilidade e promoção do algodão brasileiro, segundo Busato, continuarão sendo o foco, "para fortalecer a credibilidade da fibra nacional, o que vai nos permitir conquistar e manter mercados, principalmente, lá fora", disse. Júlio Busato cita o projeto Cotton Brazil e o movimento Sou de Algodão como cruciais nesta missão. "Interna e externamente, nossa missão é mostrar para cada vez mais pessoas como produzimos, quem somos, o que pensamos e fazemos, transformando o know how, que adquirimos ao longo desses 20 anos, em valor para a nossa pluma", concluiu.



Mini Bio



Júlio Cézar Busato nasceu em Casca, no Rio Grande do Sul, há 59 anos. É descendente de uma longa linhagem de agricultores, o que inspirou sua formação de Engenheiro Agronômo, graduado pela Universidade de Passo Fundo/RS. Em 1987, mudou-se para a Bahia onde, com a família, fundou a Fazenda Busato/Grupo Busato, que produz, além do algodão, soja e milho, nos municípios de São Desidério, Serra do Ramalho e Jaborandi. É uma liderança de classe atuante e reconhecida no Brasil: foi presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), do Programa de Desenvolvimento do Agronegócio (Prodeagro) e do Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro). Desde 2011, quando começou a se dedicar à representação de classe, teve e tem assento em diversos fóruns, conselhos e câmaras do setor agrícola. Dentre estes, foi vice-presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), preside a Câmara Temática de Insumos Agropecuários (CTIA/Mapa), e, a partir de 01 de janeiro de 2021, presidirá a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), da qual é vice-presidente, para o biênio 2021/2022.



Um resumo dos principais números e programas da Abrapa podem ser conferidos na apresentação, em anexo.

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