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Missão Compradores 2019

28 de Agosto de 2018

Um grupo de 25 representantes de seis países - Vietnã, Bangladesh, China, Turquia, Colômbia e Indonésia - convidados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) - visita os três maiores estados produtores da pluma no Brasil, entre os dias 26 de agosto e 1º de setembro. Trata-se da Missão Compradores 2018, iniciativa que vem sendo realizada há quatro anos pela entidade para apresentar ao mercado global o modelo nacional de produzir algodão, que se caracteriza pelas altas produtividades e práticas sustentáveis. Nesta edição, a expedição acontece em meio à colheita da safra 2017/2018, já considerada um recorde de produção, que deve fechar em 2,015 milhões de toneladas de algodão em pluma.


Os visitantes estrangeiros saíram na segunda-feira (27) de São Paulo, e seguem para Bahia, Goiás e Mato Grosso. Em cada estado, a Abrapa conta com o suporte das associadas, respectivamente, Abapa (BA), Agopa (GO) e Ampa (MT). A programação em cada parada inclui visita às lavouras, usinas de beneficiamento (algodoeiras), laboratórios de classificação de algodão e fiação. Em Brasília, além da sede da Abrapa, o grupo vai conhecer o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA).


Os países participantes, majoritariamente asiáticos, estão entre os maiores compradores do algodão brasileiro, escolhidos juntamente a cinco tradings que mediam os negócios com a commodity: Ecom, Reinhart, Cofco, Louis Dreyfus e Cargill. Dentre os participantes, estão empresários e executivos de grandes indústrias têxteis.


"A cada edição, a Missão Compradores se supera. Este ano, estamos realizando a maior de todas já empreendidas, desde 2015. É uma ação comercial e diplomática que tem se mostrado muito eficaz, porque não tem propaganda melhor do nosso algodão que trazer o comprador para conferir in loco como ele é produzido", diz o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, lembrando que, nesta safra, 2017/2018, o Brasil galgou um novo patamar no ranking dos maiores exportadores mundiais da commodity, alcançando o terceiro lugar, que antes era ocupado pela Austrália. À frente dele, Estados Unidos e Índia. No ranking da produção, o país ocupa o quarto lugar, antecedido pela Índia (1º), China (2º) Estados Unidos (3º) e Paquistão


Moura ressalta que a experiência em campo sempre deixa os visitantes impressionados. "A cotonicultura brasileira é muito profissional. Incorpora tecnologia em todas as suas etapas e isso se traduz em processos bonitos de serem vistos. Este ano, com muito orgulho, devemos bater um novo recorde na produção nacional, de 2,015 milhões de toneladas de algodão em pluma, ante a marca alcançada em 2011, de 1,959 milhão de toneladas", afirma Arlindo Moura.

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Ação da AGU contra a suspensão de Glifosato, Tiram e Abamectina alivia mas não tranquiliza o cotonicultor

24 de Agosto de 2018

A um mês do início do plantio da safra 2018/2019, e no momento em que o país bate um recorde de produção de pluma, os produtores brasileiros de algodão receberam como um "fôlego" a notícia da ação impetrada pela Advocacia Geral da União (AGU) determinando a suspensão da liminar que proíbe o uso do herbicida glifosato, do fungicida Tiram e do inseticida Abamectina no país. A medida é a ofensiva da União contra a liminar expedida pela 7ª Vara Federal do DF, que, além de suspender a concessão de novos registros, cancela todos os já existentes relativos a esses produtos. A AGU estima que o banimento desses defensivos químicos pode representar um impacto de, aproximadamente, R$25 bilhões à balança comercial brasileira. Além do prejuízo econômico para a cotonicultura e os plantios que fazem rotação com o algodão, como a soja e o milho, a medida da Justiça de Brasília, se executada, inviabilizaria o sistema de Plantio Direto na Palha, prática agrícola sustentável, de conservação do solo, na qual o Brasil é referência mundial.


No plantio direto na palha, não se usam arados e outros implementos para revolver o solo. A palhada residual da cultura plantada anteriormente serve de base para o plantio da seguinte, criando uma proteção física para a terra. A prática também incorpora matéria orgânica e incrementa a microfauna do solo. "A questão é que, nesse sistema, a pressão das ervas daninhas é muito forte. A aplicação do glifosato combate o problema sem atacar a lavoura, que é resistente ao principio ativo", explica Arlindo de Azevedo Moura, presidente da Abrapa.


Segundo Moura, a ação da AGU é um "fôlego momentâneo" para o produtor. "Foi uma sinalização importante de que o Governo, em especial do ministro Blario Maggi, que entende a importância do setor e o risco que corre a economia brasileira se essa liminar não for revogada. Esperamos que seu efeito seja definitivo", conclui.


A AGU argumenta que o judiciário não tem a competência técnica para decidir sobre a questão, que representa "grave lesão à ordem pública administrativa e à economia pública. Decisão que se lastreia apenas em estudos unilateralmente produzidos, sem qualquer caráter vinculante e sem que representem qualquer conclusão dos órgãos responsáveis pela conclusão do procedimento de reavaliação toxicológica".


A juíza federal substituta Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara do Distrito Federal, concedeu tutela antecipada para que a União suspendesse, por 30 dias, a partir de 3 de agosto, o registro de defensivos e produtos que contenham os ingredientes ativos. Conforme a decisão da juíza, a suspensão ocorre até que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conclua os procedimentos de reavaliação toxicológica desses produtos. O prazo para a Anvisa é até 31 de dezembro, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.

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Safra recorde eleva expectativa da Abrapa para o 12º CBA

24 de Agosto de 2018

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) reuniu representantes da cadeia produtiva da fibra, em São Paulo, no lançamento do 12º Congresso Brasileiro do Algodão (12º CBA). Foram três dias de atividades, de 21 a 23 últimos, divididos entre jornadas de reuniões individuais com possíveis patrocinadores e um coquetel de lançamento para 60 pessoas, no qual a associação apresentou os números da edição anterior do congresso. O 12º CBA será realizado de 27 a 29 de agosto de 2019, no Centro de Convenções de Goiânia/GO.


A iminência de uma safra recorde, estimada em 2,26 milhões de toneladas de pluma elevou a projeção da Abrapa para o congresso. De acordo com o presidente do 12º CBA, Milton Garbugio, a meta dos organizadores é reunir 1,5 mil congressistas em 2019, contra 1,4 mil participantes em 2017. “Essa é uma projeção bem conservadora, pois o algodão brasileiro está experimentando uma fase muito auspiciosa, depois de alguns anos de retração de área e queda de produção. O clima foi favorável; as pragas, que num passado recente comprometeram a produtividade, estão sob controle e acabamos de subir mais um degrau no ranking dos maiores exportadores mundiais, ficando, já na safra em curso, em terceiro lugar. Acreditamos que todos esses fatores animarão patrocinadores e público a participar”, afirmou Garbugio.


Como nas edições anteriores, o evento contará com uma vasta programação de plenárias, minicursos e mesas-redondas, abordando as mais importantes questões do setor. “Apesar da similaridade na forma, cada CBA é único, pela sua capacidade de evoluir no tempo, sempre em dia com as mudanças tecnológicas que estão acontecendo no agro”, argumenta Arlindo Moura, que presidiu o congresso em 2017. Naquela ocasião, a Abrapa contabilizou 25 patrocinadores e expositores, 94 palestrantes, entre nacionais e internacionais, e 190 trabalhos científicos inscritos. Moura enfatiza que o CBA é o maior acontecimento da cotonicultura brasileira, sendo oportunidade de adquirir informação, fazer relacionamentos e prospectar negócios. “Mas uma das mais importantes funções do congresso é ajudar o produtor na decisão de compras de tecnologias, dentre as inúmeras ofertas de um mercado cada vez mais aquecido”, conclui.

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Cotton Trip: estilistas e jornalistas de moda visitam fazenda de algodão

20 de Agosto de 2018

A convite da Abrapa, alguns dos mais influentes jornalistas de moda e estilistas do Brasil, que nunca haviam visto de perto uma lavoura de algodão, puderam acompanhar a colheita e as mais importantes etapas do processo produtivo da fibra, como o beneficiamento e a classificação. A visita fez parte das “Cotton Trips” que a associação vem realizando para familiarizar os diversos públicos, sobretudo, os que trabalham na concepção e execução de moda, à produção da matéria-prima. Nos dias 16 e 17, foram duas imersões. A primeira, com os estilistas da Casa de Criadores (CdC), inclusive o diretor criativo, André Hidalgo, e expoentes do jornalismo no segmento, como Lilian Pacce, dentre outros. No dia seguinte (17), integrantes da equipe da São Paulo Fashion Fashion Week (SPFW), o estilista João Pimenta Filho, a jornalista Marina Colerato, da plataforma de comunicação com foco em sustentabilidade Modefica, e André Carvalhal, da marca Ahlma e autor do livro Moda com propósito.


Mais uma vez, a fazenda Pamplona, do Grupo SLC Agrícola, abriu as portas para a iniciativa. A unidade produtiva é escolhida pela localização estratégica, em Cristalina/GO, a cerca de 100 quilômetros de Brasília, e por representar a moderna cotonicultura brasileira, produtiva e sustentável. Em julho, a Abrapa já havia levado um grupo de professores das principais universidades de moda de São Paulo para viver a mesma experiência.

A programação das Cotton Trips inclui teoria e prática. Os visitantes conhecem uma panorâmica do setor, os números da safra, a posição que ocupa no mercado global e o peso que atividade tem na economia do país. “Essa contextualização é fundamental para que, na etapa em campo, nossos convidados saibam que uma lavoura é mais que uma plantação; é parte de uma cadeia produtiva complexa, que vem se desenvolvendo com qualidade e em bases sustentáveis”, afirma o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura.

De subir na colheitadeira a aprender a classificar a fibra, os visitantes puderam experimentar um pouco do dia a dia de uma fazenda de algodão, em plena colheita. “Os estilistas ficaram animadíssimos. Esta ação reforça a parceria da Casa de Criadores com o Sou de Algodão”, disse André Hildalgo, referindo-se à participação do movimento na última edição da semana de moda, em julho.

 

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Abrapa mobiliza cotonicultores goianos

20 de Agosto de 2018

Depois de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Bahia, a mobilização de adesão ao programa SBRHVI para a safra 2018/2019 chegou a Goiás. A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), representada pelo gestor do programa de qualidade, Edson Mizoguchi, reuniu-se na terça-feira (14) com produtores do estado, na sede da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa). O objetivo do encontro foi enfatizar com os cotonicultores a necessidade de adesão ao programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), que visa à harmonização dos resultados das análises de algodão nos 11 laboratórios brasileiros participantes do programa, incrementando, assim, a credibilidade da pluma do Brasil no mercado. Em mais alguns dias, uma equipe da Abrapa voltará ao estado para realizar um treinamento operacional para o sistema SBRHVI.


Um dos pilares da iniciativa, implementada e gerida pela Abrapa, é o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), que estabelece e checa o cumprimento dos padrões aferidos por HVI. Na safra que está sendo colhida, o CBRA já checou em torno de três mil amostras enviadas pelos laboratórios, o que equivale a aproximadamente 600 mil fardos de algodão monitorados. O programa SBRHVI tem outros dois pilares, o Banco de dados da Qualidade e a Orientação aos laboratórios.


De acordo com o presidente da Agopa, Carlos Moresco, o SBRHVI se tornou fundamental para a credibilidade do algodão brasileiro. "Para que o programa alcance o resultado esperado, é preciso que o produtor se engaje. Ele é o principal interessado e pode conquistar ganhos reais, financeiros, pela valorização do seu algodão", explica Moresco. As adesões de produtores já começaram, e que o cotonicultor pode fazer isso a qualquer momento, não existindo um prazo final.


Durante a passagem por Goiás, Edson Mizoguchi também realizou uma visita técnica de orientação ao laboratório da Agopa, como parte do terceiro pilar do programa SBRHVI. "O que pudemos confirmar foi a evolução constante do laboratório da Agopa e o comprometimento da sua equipe na implantação de um sistema de gestão de qualidade", afirmou.


A estrutura da Agopa tem capacidade instalada de processamento de 800 mil fardos por safra, e deve analisar, em 2017/2018, em torno de 700 mil. Até o momento, aproximadamente, 200 mil fardos já foram checados. "A cada visita da Abrapa, recebemos feedbacks e orientações e vamos aperfeiçoando nossos procedimentos. Esse é um processo que não tem um fim. É melhoria contínua", explica o gerente do laboratório, Rhudson Assolari.

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Nova Tecnologia

10 de Agosto de 2018

Uma nova tecnologia geneticamente modificada para o algodão foi aprovada pela Comissão Nacional de Biossegurança (CTNBio) no início deste mês de agosto. Trata-se do algodão Widestrike 3, da Dow Agrosciences. O deferimento foi expedido na última reunião da Comissão, e, a partir daí, a empresa obtentora tem de submeter as variedades de algodão com a nova tecnologia para o Registro Nacional de Cultivares (RCN), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que, só após essa etapa, será liberada para o mercado.


O Widestrike 3 é uma nova geração da tecnologia, com maior eficácia contra lagartas, graças à combinação de três proteínas Bt: Cry1F, Cry1Ac, VIP3A. Ela também possui tolerância ao herbicida glufosinato de amônio (gene Pat), mas não ao glifosato. Essa última característica faz com que a cultivar possa se tornar uma opção na estratégia de manejo das plantas voluntárias de algodão pelo produtor, facilitando o cumprimento do vazio sanitário exigido por lei para o controle do bicudo do algodoeiro. As cultivares com a nova tecnologia foram desenvolvidas para o Brasil, que enfrentou nas safras recentes uma grande pressão de lagartas nas lavouras. Uma versão com tolerância ao glifosato já foi aprovada no Japão, México e Coreia do Sul.


A aprovação da CTNBIO aplica-se para o cultivo, produção, manipulação, transferência, comercialização, importação, exportação, armazenamento, consumo da liberação e do descarte do organismo geneticamente modificado e de seus derivados para fins comerciais. Quatro outros processos para OGM de algodão ainda tramitam na CTNBio.


Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Arlindo de Azevedo Moura, a novidade é bem-vinda. “A pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias em cultivares transgênicas, junto com o melhoramento genético, tem sido fundamental para o Brasil avançar na produtividade, como tem acontecido nos últimos vinte anos”, afirma.

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Sou de Algodão brilha na passarela da Casa de Criadores, em São Paulo

30 de Julho de 2018

No último dia 23, o movimento Sou de Algodão estreou na passarela da Casa de Criadores, evento de moda de vanguarda, conhecido por revelar novos estilistas nacionais, que aconteceu até o dia 27 de julho, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP). Além de uma coleção assinada por 16 estilistas que se destacaram na história da Casa de Criadores, em colaboração com 16 marcas parceiras do Sou de Algodão, o movimento também teve lugar de destaque na semana de moda, com um lounge no qual o público visitante pode conhecer mais sobre a iniciativa da Abrapa e a produção de algodão no Brasil, interagindo com a fibra e com os números do setor, estes últimos dispostos em mobiles, e apresentados também num passo a passo da cadeia produtiva, nas paredes e no chão do estande. Uma lavoura com algodoeiros de verdade foi reproduzida no local, que contou ainda com fardos verdadeiros da pluma, iguais aos que seguem para a indústria têxtil dentro e fora do país.


A estratégia da Abrapa com a ação foi chamar a atenção dos criadores para as possibilidades que a matéria-prima oferece, que vão do casual ao chic. O evento tem curadoria do jornalista, empresário e agitador cultural André Hidalgo, diretor criativo da mostra. Para o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, a participação na Casa de Criadores é um passo muito importante para o movimento, que, na fase atual, tem como um dos targets os estilistas,designers e profissionais de criação de moda.


“Se queremos conquistar o consumidor final e atingir a meta de incrementar o mercado nacional em dez pontos percentuais em cinco anos, precisamos ter produtos interessantes e desejáveis em algodão. Somente através dos criadores de tendências e daqueles que as tornam objetos de desejo comercializáveis, conseguiremos atingir o nosso objetivo”, explica Arlindo Moura. O presidente da Abrapa lembra que o movimento foi apresentado aos players de moda do Brasil durante a São Paulo Fashion Week, na edição de outubro de 2016. “Eventos com a SPFW e a Casa de Criadores são palcos estratégicos para a consolidação do Sou de Algodão”, afirmou.


A coleção Sou de Algodão abriu os desfiles na segunda-feira, ao som da voz potente da cantora Xênia França, referência de empoderamento feminino na atualidade. Os estilistas e marcas que criaram as peças conceituais desfiladas foram Fernando Cozendey, para Track&Field; Ben (Leandro Benites), para Martha Medeiros; Isaac Silva, para Bordana; Weider Silveiro, para Inbordal; Renata Buzzo, para Mon Petit; Neriage (Rafaella Caniello), para Toalhas Appel; Felipe Fanaia, para Estyllus; Rocio Canvas (Diego Malicheski), para Cor com Amor; Rober Dognani, para Cataguases; Diego Fávaro, para ITM Têxtil; Igor Dadona, para Cêdro Têxtil; Ken-Gá (Livia Barros), para Mensageiro dos Sonhos; Martins Tom, para Ahmar Manifesto; Another Place (Rafael Nascimento), para Santanense; Alex Kazuo, para Vicunha e Heloisa Faria, para Canatiba.

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Reunião CTIA

25 de Julho de 2018

A Câmara Temática dos Insumos Agropecuários (CTIA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) reuniu-se na última segunda-feira (23/07), na sede do Ministério, em Brasília, tendo como foco das discussões dois dos mais importantes temas para o agro na atualidade, o Projeto de Lei 6299/02, que regula os defensivos fitossanitários e o tabelamento do frete, reflexo da greve dos caminhoneiros que impacta nos custos de produção e ameaça a competitividade do setor. Durante a reunião, o consultor técnico Edivandro Seron explanou sobre as mudanças no registro propostas pelo PL para modernizar a aprovação de novos produtos.


“A alterações têm encontrado grande resistência na sociedade devido, principalmente, à falta de informação”, argumenta Seron. Para o presidente da CTIA, que é vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Júlio Cézar Busato, há um grande descompasso entre o está sendo divulgado na mídia para a população e o conteúdo do PL. “Trata-se de uma adequação da lei à realidade no campo, que mudou radicalmente nas últimas três décadas, graças à incorporação de tecnologias e ao aprimoramento do manejo, que fizeram do país um dos grandes líderes mundiais em produção e produtividade de alimentos, fibras e energia”, defende.


Segundo Busato, desburocratizar os processos permite colocar em circulação moléculas mais eficazes, importantes para quebrar a resistência das pragas e doenças aos princípios ativos que hoje são disponíveis. “Um produto que é usado muitas vezes, por muito tempo, perde eficácia e demanda doses cada vez maiores para que se obtenham resultados. Isso traz sérios problemas ambientais e econômicos”, explica.


A CTIA entende que o Mapa deve ser o certificador dos defensivos, “pela natureza da sua atuação, em contato direto com os agricultores e ciente dos problemas que estes enfrentam”. O vice-presidente da Abrapa ressalta que o protagonismo do Ministério não exclui Anvisa e Ibama, uma vez que as decisões serão colegiadas. “Somente adequando a legislação de defensivos, poderemos manter a competitividade junto aos nossos concorrentes que, em sua maioria, já modernizaram seus processos de registros”, conclui Busato.



Tabelamento


Outro assunto debatido foi o tabelamento dos fretes, resultado direto da greve dos caminhoneiros, e os impactos negativos que estão ocorrendo hoje na comercialização e entrega da safra colhida, com atraso no escoamento dos insumos agrícolas, principalmente, os fertilizantes, necessários ao próximo plantio.

“Os membros da câmara se comprometeram a enviar, até a próxima sexta-feira, uma estimativa das perdas que serão provocadas em cada setor, se esta tabela continuar vigente. Os números serão enviados à Secretaria de Política Agrícola, para auxiliar nas informações do Mapa”, disse Busato.



Mandato renovado


Na ocasião, integrantes da câmara sugeriram ao Mapa que o mandato de Júlio Cézar Busato seja prolongado, mantendo-o no cargo por mais dois anos.

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Fardos personalizados com a marca do movimento Sou de Algodão colorem colheita em 2018

16 de Julho de 2018











A Tama Brasil, fabricante do RMW, filme plástico que protege os fardos nas lavouras de algodão, em conjunto com a Abrapa, lança edição limitada dos famosos invólucros amarelos, que estão sendo estrategicamente distribuídos em fazendas à beira das rodovias em Mato Grosso e Bahia.



A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e a empresa israelense Tama estão promovendo uma ação inédita no Brasil para a divulgação do movimento Sou de Algodão: uma série especial de fardos personalizados com a logomarca do movimento, distribuídos em fazendas escolhidas em Mato Grosso e Bahia, que possuem lavouras às margens das rodovias. A iniciativa coincide com um ano de expectativa de safra recorde, em que se espera que o país produza dois milhões de toneladas de algodão em pluma. Os filmes logotipados com a marca do Sou de Algodão foram impressos em Israel, suficientes para produzir aproximadamente 1950 fardos cilíndricos. Lançado em 2016, na São Paulo Fashion Week, o movimento Sou de Algodão visa o incremento do consumo da fibra no mercado interno, através do reforço das vantagens da matéria-prima natural para a saúde, o conforto, o meio ambiente e o estilo, tendo a moda como interface com o público final. O plano da Abrapa é, em cinco anos, elevar o consumo de algodão no Brasil em dez pontos percentuais.


Nos Estados Unidos, a Tama já utiliza os filmes como mídia para campanhas de combate ao câncer de mama e de personalização das fazendas de clientes. No Brasil, a experiência é inédita. “É uma ideia muito interessante, uma vez que cada fardo é um grande outdoor e que o acondicionamento do produto é feito a céu aberto. A proposta de fazer a ação partiu da própria Tama e foi acolhida com entusiasmo”, explica o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura.


Para o gerente de Vendas e Marketing da Tama Brasil, Bruno Caetano Franco, o Sou de Algodão é uma iniciativa importante para todo o setor algodoeiro, e não apenas para o produtor. “Além de ser algo que beneficia diretamente o consumidor final, ele contribui para o desenvolvimento econômico do país ao longo de toda a cadeia produtiva”, afirma. Segundo o executivo, a empresa planeja figurar oficialmente como apoiadora do movimento, em 2019.


A Tama tem uma unidade industrial em Feira de Santana, na Bahia, desde 2014, mas seus produtos chegaram ao mercado brasileiro em 2011, associados ao advento das colheitadeiras da marca americana John Deere, JD7760 e CP690, consideradas uma revolução no modo de colher algodão em todo o mundo. Hoje, aproximadamente, 60% das lavouras de algodão no Brasil já utilizam a tecnologia, produzindo mais de 1,3 milhão de fardos.  “A John Deere desenvolveu uma tecnologia que permitiu a colheita e o enfardamento simultâneo do algodão na própria lavoura, e a Tama, que já tinha a tradição em fabricar produtos para enfardamento de outros cultivos agrícolas, como o feno, assegurou o fornecimento do filme para as máquinas”, explica o gerente. Hoje a companhia israelense, que detém a patente dos filmes, é o único fornecedor mundial.



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Cotton Trip 2018

13 de Julho de 2018

Professores e coordenadores de cursos de moda, design e belas artes de cinco das mais importantes universidades de São Paulo deixaram, na quarta-feira (11/07), a sala de aula para conhecer in loco de onde vem, como é produzida, processada e classificada a mais importante matéria-prima utilizada pela indústria têxtil em todo o mundo, o algodão. A iniciativa foi promovida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na fazenda Pamplona, propriedade do Grupo SLC Agrícola, localizada a 90km de Brasília. A última parada da expedição foi na sede da associação, na Capital Federal, onde também está o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), laboratório central de classificação instrumental da fibra. A aproximação com a academia é parte da estratégia do movimento Sou de Algodão, lançado pela Abrapa em 2016 para estreitar o relacionamento entre os elos da produção e do consumo na cadeia produtiva da fibra no Brasil, e, consequentemente, incrementar o mercado nacional.


Faculdade Santa Marcelina, Fundação Álvares Penteado (FAAP), Istituto Europeo Di Design (IED), Belas Artes, e Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) foram as instituições que participaram da expedição, batizada pela Abrapa de Cotton Trip. Nenhum dos 16 acadêmicos presentes conhecia uma fazenda de algodão típica da moderna cotonicultura, que vem sendo praticada no cerrado desde o final da década de 80, conhecidas como “verdadeiras indústrias a céu aberto”.


O grupo foi ciceroneado pelo presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, e pelo diretor de RH e Sustentabilidade da SLC Agrícola, Álvaro Dilli, que contextualizaram a cotonicultura na produção agrícola do cerrado, com ênfase na sustentabilidade, no status alcançado pelo Brasil na produção e na exportação da commodity, assim como na liderança mundial do país em produtividade sem uso de irrigação. De acordo com Moura, o Brasil vai colher dois milhões de toneladas na safra que está em curso (2017/2018), dos quais 700 mil toneladas abastecem o mercado interno, atendendo completamente à demanda nacional, e o restante é exportado, principalmente, para os países da Ásia.


“Já nesta safra, devemos ultrapassar a Austrália, tornando-nos o segundo maior exportador mundial. Há ainda muito potencial para o Brasil, que produz sem necessidade de subsídios governamentais e sem depender de irrigação, ao contrário do que acontece com dois de nossos grandes concorrentes, respectivamente, os Estados Unidos e a Austrália. Por isso, nos baseamos na sustentabilidade para avançar e consolidar as nossas posições”, afirma o presidente da Abrapa.


A sustentabilidade – ambiental, econômica e social – foi uma das linhas-mestras das apresentações que precederam as visitas dos professores nas diversas áreas da fazenda, desde a lavoura à usina de beneficiamento, passando pelas áreas administrativas e de convivência. A Pamplona é certificada pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), da Abrapa, e licenciada pela Better Cotton Initiative (BCI). No Brasil, a Abrapa e a ONG suíça BCI operam em benchmarking. O país responde por 30% de toda a fibra licenciada pela BCI no mundo, sendo o líder global em fornecimento de algodão sustentável.


Por conta da logística, adaptada para concentrar as atividades em um único dia, o circuito percorrido pelos professores na fazenda não foi linear. O grupo conheceu primeiro a usina de beneficiamento da Pamplona. Lá, o algodão colhido nas lavouras chega em fardos cilíndricos, que são desfeitos para que os capulhos sejam descaroçados, e o algodão separado em subprodutos. A usina da Pamplona tem capacidade para processar, em média, 40 fardos por hora, o que resulta em, aproximadamente, 65 mil fardos por safra. A parada seguinte foi a sala de take up, onde é feita a classificação visual do algodão, com destaque para as suas características extrínsecas, como a cor. Os visitantes puderam tocar a pluma beneficiada e compará-la às amostras contidas nas caixas-padrão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A visita à lavoura foi um dos pontos altos da programação.


O coordenador da Belas Artes, Fernando Puccetti Laterza, se disse impactado com tudo o que viu. “Não imaginava como era o processo produtivo do algodão no campo. Além disso, ter o contato com a terra, com o sol, sentir os cheiros, ver as emas no meio da lavoura, ver os pássaros comendo as sementes, a mão de obra operando, me ajudou a ter uma dimensão do processo todo. Vou passar ainda muito tempo digerindo tudo o que vi e ouvi. Foi muito rico e intenso”, conta. Já no Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), em Brasília, o grupo aprendeu sobre as características intrínsecas do algodão, aferidas pelo High Volume Instrument (HVI), tecnologia que mensura com precisão aspectos como finura, cumprimento, resistência, reflectância, micronaire, dentre outras.



Invertendo a curva


Em sua apresentação, o diretor de RH e Sustentabilidade da SLC, Álvaro Dilli, destacou que as características do algodão, como o fato dele ser natural, aconchegante, antialérgico e agradável ao toque, eram responsáveis pela participação de 70% da fibra nas roupas da população brasileira nos anos de 1970. “Sintéticos e artificiais ficavam com 30%. Nos anos recentes, essa relação se inverteu. Mas a conscientização do consumidor para a sustentabilidade tem gerado uma demanda importante, que está começando a reverter esse quadro”, afirmou.


Segundo o coordenador do bacharelado de moda da Faculdade Santa Marcelina, Nelson Kume, a grande participação dos tecidos sintéticos no guarda-roupas das pessoas vem de aspectos como praticidade e preço, e também de uma suposta aparência de glamour. “O sintético tem um aspecto visual que remete a uma certa riqueza, ao chique, por causa do brilho e da textura do poliéster. Mas a tecnologia traz novos tipos de beneficiamento, e até de constituição de matéria têxtil. Com o tempo e pesquisa, vai-se conseguir incorporar essas características no algodão. Hoje há alguns efeitos muito interessantes, como jeans e brim resinados, mas pode-se desenvolver muito mais”, ponderou.



Teoria e prática


Nelson Kume relata que, quando foi convidado a participar da expedição, sua preocupação era sobre como lidar com os dois extremos da cadeia produtiva: usuários de produtos têxteis e produtores de fibras. “O que mais me surpreendeu foi o nível de planejamento e organização desse empreendimento e do setor. Não imaginava que eram tão bem estruturados e evoluídos em termos de tecnologia”, relata. Ele diz estar pensando nas formas de levar isso aos seus alunos e à instituição e, também, que a visita o fez refletir sobre a importância que, no Brasil, se dá às coisas vindas de fora. “Na visita, a gente percebeu que é o momento de criar a cultura da autovalorização”, concluiu.


Para Marco Antonio Andreoni, professor de design de moda da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), ver o processo de produção da matéria-prima dá ao profissional de moda a dimensão real da viabilidade de uma ideia.  “Você adquire uma noção das distâncias e está vendo as coisas acontecerem. Esse contato direto é muito mais esclarecedor e volta para o processo criativo, porque você entende o encadeamento de aspectos que que geralmente estão ausentes quando se tem uma ideia, tornando-a muito mais factível; as dúvidas ficam menores. Então, seu projeto vai precisar de menos ajustes, o que diminui os tempos e resulta em muitos ganhos”, ele explica. “A fazenda é uma indústria que cuida da matéria-prima. Nunca tinha visto igual. Ir até a origem faz toda a diferença”, afirma.

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