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Abrapa da posse à nova diretoria para o biênio 2019/2020

11 de Dezembro de 2018

Com a presença de ministros e futuros ministros de estado, de representantes diplomáticos de vários países, políticos e agentes dos diversos elos da cadeia produtiva do algodão, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Arlindo de Azevedo Moura, transmitiu ao cotonicultor Milton Garbugio, o comando da entidade. A cerimônia de Posse do Conselho de Administração e Fiscal do Biênio 2019/2020 da Abrapa foi marcada pelo clima de otimismo gerado pela conjuntura atual da cotonicultura e a expectativa causada pela proximidade de um novo governo, que terá como ministra da agricultura a deputada Tereza Cristina, uma das presenças da noite. O evento foi realizado no espaço Unique Palace, em Brasília, no dia 05 de dezembro de 2018.


Em seu discurso, Alindo Moura lembrou o crescimento expressivo de produção e de área plantada com algodão nas últimas safras, respectivamente, de 111% e 68%, ante 2016. "Tive a boa sorte de ser presidente da entidade em uma época muito favorável, exceto, é bem verdade, pelas indefinições na conjuntura político-econômica do Brasil. Contudo, o clima ajudou às lavouras, os preços remuneraram bem o produtor, que, animado, plantou mais. No meu discurso de posse, arrisquei uma projeção. Disse que o Brasil poderia dobrar a produção de pluma em cinco anos e isso aconteceu ao longo das últimas três safras. Em parte, graças à retomada na ocupação de áreas que haviam retraído em safras anteriores, principalmente, em virtude de problemas climáticos", afirmou, repassando o desafio para o sucessor, Milton Garbugio.


"É totalmente factível dobrar a área nos próximos cinco anos, se continuarmos crescendo a uma média de 15% a cada safra. Me atrevo a deixar esse desafio para o Milton. Se mantivermos a média de produtividade dos últimos anos, vamos chegar a 2,7 milhões de toneladas de algodão", calculou.



Crescer com compromisso
Milton Garbugio ressaltou a larga trajetória da Abrapa na defesa da cotonicultura, ao longo dos seus 20 anos de existência, e disse que o objetivo da entidade é fazer a cotonicultura brasileira crescer com compromisso. "Saímos da condição de importadores para, ainda em 2001, garantirmos a autossuficiência da produção de algodão para o abastecimento da indústria nacional. Em 2019, para cada três fardos de algodão que produzimos, dois serão exportados. Precisamos eleger prioridades para pôr esse algodão no mercado mundial", disse. Dentre os pontos elencados, Garbugio destacou a necessidade de se melhorar a infraestrutura logística, de planejamento de portos, de manter a qualidade da fibra e promovê-la no mercado externo, de ganhar ainda mais credibilidade e avançar em sustentabilidade.


O novo presidente da Abrapa ressaltou ainda a importância do benchmark do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) com a Better Cotton Initiative (BCI), que elevou o Brasil ao posto de maior fornecedor mundial de algodão sustentável, licenciado pela BCI. As missões Compradores e Vendedores foram pontuadas como essenciais para a abertura e manutenção de mercados no exterior, diante da nova escalada da cotonicultura brasileira no ranking dos maiores exportadores mundiais, chegando ao posto de segundo colocado, atrás apenas dos Estados Unidos.



Agro forte
A cerimônia contou com a presença da futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e do atual ministro da pasta, Blairo Maggi. Os tons dos discursos deles foram diferentes, a primeira falando sobre a expectativa e o compromisso para o desenvolvimento do agro à frente do cargo, e o segundo, despedindo-se da função, rememorando as lutas da cotonicultura, da qual faz parte desde antes da criação da Abrapa. Ambos, contudo, reafirmaram a crença de que o agro, em especial, a cotonicultura, detém a chave para o desenvolvimento do Brasil. "Temos o dever de fazer o Brasil dar certo", afirmou a futura ministra.


"Aprendemos com os problemas do passado e, ao começarmos a plantar algodão, uma nova atividade, no cerrado, entendemos que precisávamos ser sustentáveis. Não queríamos o chamado 'voo de galinha, que alça aqui e cai adiante", relembrou Blairo Maggi. O ministro destacou a importância da Embrapa e da Fundação MT no desenvolvimento da cotonicultura, e o papel de representatividade da Abrapa no fortalecimento do setor. "Quando começamos os problemas eram diferentes. Hoje eles são ainda mais complexos. Conquistar um mercado é difícil e perder é fácil", afirmou.



Certificação
Uma das grandes conquistas do biênio encerrado foi a certificação internacional do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) pelo ICA/Bremen, instituição de referência mundial que congrega o Faserinstitut Bremen, o Bremen Fibre Institute (FIBRE) e o Bremer Baumwollboerse (BBB). Conquistando a chancela do instituto, o laboratório central, terceiro pilar do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), passou a fazer parte de um seleto grupo de apenas 11 laboratórios no mundo, certificados pela mais importante instituição de testagem de resultados de HVI.


"Há dois anos, recebi da gestão anterior o laboratório pronto, totalmente concebido dentro dos padrões, e já pensado para ser habilitado à certificação internacional. Colocá-lo para operar já foi um grande desafio. No Brasil, ao contrário do que acontece nos EUA, em que todo processo é feito pelo USDA, são os produtores os responsáveis por fazer a checagem dos resultados laboratoriais. Lá, dos 80 laboratórios do gênero existentes, apenas um conquistou a chancela, em duas máquinas. Aqui, o nosso, com apenas dois anos e duas máquinas, já passou a fazer parte do grupo de somente onze laboratórios em todo o mundo a receber a certificação ICA/Bremen. Isso é motivo de grande orgulho", disse Arlindo Moura.



Reuniões
Antes da cerimônia de posse, a Abrapa realizou, na tarde do dia 5 de dezembro, a Assembleia Geral Extraordinária do Conselho de Representantes, na qual foi discutido o orçamento da Abrapa para 2019, e foi eleita, por aclamação, a chapa única para a nova diretoria da Abrapa, que congrega o Conselho de Administração e Fiscal do Biênio da Abrapa. Durante a manhã, representantes da Abrapa e associadas participaram da reunião da Câmara Setorial do Algodão e Derivados, na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília.

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Cotonicultura brasileira deve manter-se em alta no ciclo 2018/2019

04 de Dezembro de 2018

Produção e exportações recordes e produtividade em alta marcam o fim do ciclo 2017/2018 para a cotonicultura brasileira, que aguarda um ano ainda mais promissor em 2019. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a produção no país deverá ser de 2,5 milhões de toneladas, contra 2,1 milhões na safra recém encerrada, com previsão de embarque para o exterior de aproximadamente 1,5 milhões de toneladas de pluma, o que fará do Brasil o segundo maior exportador mundial da commodity, atrás apenas dos Estados Unidos, que exporta 3,5 milhões de toneladas. O incremento está exigindo planejamento e ações por parte da cadeia produtiva, que se prepara para o escoamento e o eventual armazenamento de um volume maior de algodão, assim como para um fluxo mais longo de beneficiamento, embarques e mesmo de capitalização do produtor. O consumo da matéria-prima na indústria nacional deve ficar em torno de 750 mil toneladas de pluma. A indústria brasileira de têxteis condiciona qualquer aumento de demanda ao fortalecimento da confiança e à retomada do consumo das famílias, que este ano priorizaram a compra de bens mais duráveis, como eletrodomésticos, em detrimento dos chamados "bens de salário", como roupas.


Em uma coletiva de imprensa em São Paulo ontem (03/12), com participação da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções (Abit), a Abrapa expôs o desempenho do setor em 2018 e da entidade no biênio finalizado. Na ocasião, o atual presidente da associação, Arlindo de Azevedo Moura apresentou seu sucessor no comando da entidade, o produtor Milton Garbugio, cotonicultor do Mato Grosso, que assume a gestão com a nova diretoria a partir de 1º de janeiro próximo.


Segundo Moura, a época do seu mandato na presidência da entidade coincidiu como uma fase muito favorável para a cotonicultura do Brasil, exceto pelas indefinições na conjuntura político-econômica. "O clima ajudou às lavouras; os preços remuneraram bem o produtor, que, animado, plantou mais. No meu discurso de posse, em 2016, arrisquei uma projeção. Disse que o Brasil poderia dobrar a produção de pluma em cinco anos. Errei. Isso aconteceu ao longo das últimas três safras. Parte disso, graças à retomada na ocupação de áreas que haviam retraído em safras anteriores, principalmente em virtude de problemas climáticos", afirmou.


A área plantada com o algodão saiu de 949 mil hectares, em 2016; passou para 1,175 mil hectares, em 2017, chegando a 1,426, em 2018, um crescimento de 50,2%, de 2016 a 2018. De acordo com Arlindo Moura, a valorização dos preços é fruto do crescimento do consumo mundial, reforçado, em especial, pela redução gradativa dos estoques na China. "Essa conjunção de produtividade boa com preços atrativos é que puxa o aumento de área a cada ano. Esse crescimento de 18%, 20%, 25% ao ano não é de graça. É um sinal de que a cultura está deixando rentabilidade ao produtor. A retomada de área foi na Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul. No Mato Grosso, foi crescimento sim", afimou.


Para Moura, os gargalos na comercialização de algodão já não são mais de mercado. Tudo o que a gente planta tem quem queira. "Nosso grande problema são contêineres, portos, caminhões e infraestrutura em geral. Tudo isso, agravado pelo tabelamento do frete, resultado da greve dos caminhoneiros. O algodão ia para o porto e voltava com fertilizante. O frete de retorno gerava um custo bem inferior. Hoje a tabela é cheia para a ida e a volta, e já tem um preço acima do de mercado. Há um movimento grande, principalmente das tradings, de comprar frota para tentar reduzir o problema, o que não é a atividade core delas", disse. Para a próxima safra, Moura afirma que mais de 60% já foram comercializados.



Exportações
O presidente da Anea, Henrique Snitcovski, afirmou que a estimativa da entidade dos exportadores é de que o mês de novembro de 2018 seja um recorde histórico em exportação de algodão, de 200 mil toneladas. Antes dele, a maior marca havia sido em outubro de 2012, quando o Brasil mandou 188 mil toneladas para o mercado externo em um único mês. Sobre os gargalos que marcaram a safra 2017/2018, especialmente causados pela falta de contêineres, ocasionada pela diminuição das importações, Snitcovski afirma que os diversos elos da cadeia produtiva da fibra se uniram em um Grupo de Trabalho (GT), no âmbito da Câmara Setorial do Ministério da Agricultura, para estudar o problema e propor soluções.


"Estamos fazendo uma ação de curto prazo para colher benefícios em médio e longo prazo, pelo setor, para a gente entender um pouco mais qual a realidade e melhor se planejar para esse gargalo. O gargalo não prejudica apenas ao produtor e ao exportador, mas o setor produtivo como um todo, pois ele deixa de executar quando precisa e a performance está relacionada à rentabilidade", afirmou.



Avanço no ranking
De acordo com a Anea, o Brasil deverá galgar um novo patamar no ranking dos maiores exportadores do mundo ao término da safra de 2019. "Essa safra de 2018, de 2,1 milhões de toneladas, ainda está sendo embarcada e a nossa expectativa é de que o Brasil exporte pelo menos 1,2 milhões de toneladas. Se isso acontecer - e só saberemos disso em junho do ano que vem, uma vez que o período de exportações dessa safra se dá de julho de 2018 a junho de 2019 - teremos alcançado a segunda posição. Hoje o International Cotton Advisory Committee (Icac) fala em terceiro lugar. Éramos o quarto. Passamos a Austrália e ficamos atrás da Índia e dos EUA. Só que a nossa expectativa é que o Brasil passe a Índia e fique atrás dos EUA, que exporta 3,5 milhões de toneladas", projeta Snitcovski.


Dentro dessa nova realidade, o desafio, segundo o presidente da Anea, é manter a posição. "O consumo de algodão no mundo está voltando a crescer e o Brasil está num momento muito importante para consolidar essa produção. O mundo quer regularidade, qualidade e capacidade de execução. Não basta exportarmos muito para determinados países, mas termos uma participação expressiva nas importações deles, e isso depende desse tripé", afirma.



Fluxo alongado
Uma das mudanças advindas do aumento do volume de produção e, consequentemente, de embarques, é que as exportações que, tradicionalmente, se concentravam no segundo semestre, terão de ser distribuídas ao longo do ano-safra, ocasionando, inclusive, maior estoque de passagem. "Historicamente, entre 65% e 70% do algodão são exportados durante o segundo semestre do ano. Com uma safra maior, a gente vai ter de equilibrar um pouco mais esse movimento. O estoque de passagem do ano-calendário será maior. Estamos discutindo no GT o fato de que os fluxos de entrega vão se alongar, o que significa que os fluxos financeiros do produtor também se prolongarão. O mercado terá fluxo um pouco mais distribuído ao longo do ano", conclui.



Consumo interno
Na visão da indústria, representada pela Abit, 2018 foi marcado pela queda no consumo e na produção, e pelo crescimento das importações. Uma boa safra, na opinião do presidente da Abit, Fernando Pimentel, é bem-vinda na medida em que assegura o abastecimento de matéria-prima para a produção. "Neste ano, houve também um forte aumento de preços dos insumos industriais, não apenas de algodão, mas de corantes, dentre outros, e isso afetou muito os nossos custos, e o setor que não consegue repassar nos preços para a ponta da cadeia, dada a situação mais apertada no poder de compra das famílias", disse. "O mercado varejista não aceita aumento de preços, tanto que o IPCA do vestuário está negativo este ano e a indústria acaba absorvendo um monte de custos que drenam sua rentabilidade e capital de giro. Então essa é uma realidade dura", lamenta Pimentel.


Para o ano de 2019, a Abit é reticente nas projeções. Segundo ele, a associação aguarda uma definição do quadro de mercado mundial, à luz da guerra comercial entre China e EUA, e os reflexos disso na oferta do algodão brasileiro no mercado externo e as suas relações com o mercado interno. "A boa safra prova a competência e o vigor da cotonicultura brasileira. O Brasil tem a maior cadeia produtiva integrada do ocidente. Dentre as matérias-primas têxteis que nós transformamos internamente, a maior parcela é de algodão, apesar do crescimento forte das fibras sintéticas, puras ou misturadas com o próprio algodão", diz.


Em 2017 e 2018, Pimentel afirma não ter havido problema de quantidade de algodão.


Mas registraram queda de produção. "Para o ano que vem, em havendo uma retomada de consumo em função de um efetivo andamento das reformas necessárias para o Brasil voltar a crescer, nós teremos um pouco mais de visão do que vai ser o mercado. A Black Friday, segundo os grandes varejistas, foi melhor do que a do ano passado, mas o mercado não é homogêneo. No geral, como eu falei, temos queda de consumo em 2018, até os dados últimos que recebemos, de setembro", afirmou.



Bens duráveis
Em 2017, o consumidor brasileiro optou mais pelos produtos têxteis, e o consumo cresceu 7,6%. "Esse ano, ele elegeu outras prioridades, os bens de maior valor, mais dependentes de crédito, além daqueles que atendiam à demanda para a Copa do Mundo. Mesmo havendo um pouco de aumento de emprego, os bolsos continuam apertados. A confiança do consumidor foi muito prejudicada na época da greve dos caminhoneiros e também por conta de uma eleição extremamente disputada e polarizada. O ambiente ficou muito acirrado no país e o consumidor fez opções que acabaram levando a maior parte da sua renda de consumo para o tema de outros bens mais dependentes de crédito", explica.


De acordo com Fernando Pimentel, depois de alimentos, os custos com vestuários representam o segundo maior consumo das famílias, equivalentes a RS$220 bilhões por ano. "Se somar vestuário, decoração, sapatos, artigos de cama, mesa e banho, vai-se a mais de R$400 bilhões por ano", afirma. Ele diz ainda que para o mercado crescer é preciso que o consumidor recupere a confiança no país. A confiança é uma força motriz. Temos uma perspectiva melhor de consumo para os chamados bens de salário. São os itens menos dependentes de crédito, que são comprados com a renda do mês", finalizou.



Novo presidente da Abrapa
Natural de Marialva, no Paraná e produtor de algodão, soja, milho e gado no estado de Mato Grosso, Milton Garbugio vai estar no comando da Abrapa no próximo biênio. Sua trajetória é marcada tanto pela atuação como agricultor, como na representação de classe, que começou a partir de 2011, depois de Garbugio haver passado sete anos à frente da Cooperativa dos Cotonicultores de Campo Verde (Cooperfibra). No biênio 2013/2014, presidiu a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa). É presidente da Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio (Comdeagro/Ampa) e também do conselho da Companhia das Cooperativas Agrícolas do Brasil Participações (CCAB Participações). Atualmente, conclui seu mandato de vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

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Sou de Algodão apresenta noite especial na Casa de Criadores e lança desafio para estudantes

22 de Novembro de 2018

"Sou de Algodão", movimento desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com diversas ações para incentivar o uso da fibra na indústria têxtil participará pela 2ª vez da Casa de Criadores. Nesta edição, como patrocinador máster, o movimento trará uma noite totalmente dedicada ao algodão e apresenta concurso para estudantes de moda em parceria com o evento.


Na 44ª edição do mais inovador evento de moda do país, o Sou de Algodão apresentará cinco desfiles durante a noite do dia 29 de novembro. O primeiro será assinado pelo movimento e contará com a curadoria de André Hidalgo, idealizador da Casa de Criadores. Juntos trarão para a passarela colaborações entre estilistas e marcas parceiras com modelos que representam a diversidade social. Entre eles Ahlma para NotEqual, Cecília Prado para Alex Kazuo, Equus para Martins.Tom, Highstil para Saint Studio, Kyly para Felipe Fanaia, M.Martan para Rocio Canvas, Mahara Green para Angela Brito, Mr. Stone para D-Aura, Paraguaçu Têxtil para Heloisa Faria, Rovitex para Också, Santista para Rafael Caetano, Sudotex para Jorge Feitosa, Thear Vestuário para Cajá e Vicunha para Ken-Gá. Os outros quatro desfiles que acontecerão na sequência serão dos estilistas Igor Dadona, Isaac Silva, Renata Buzzo e Rober Dognani, apresentando coleções feitas com algodão e tecidos cedidos por Canatiba, Cataguases, Cedro Têxtil, HC Têxtil, Jolitex, Santanense, Urbano Têxtil e Vicunha, marcas parceiras da iniciativa.


"A parceria Sou de Algodão e Casa de Criadores, nesta 44ª edição, significa mais um passo no propósito de mostrarmos para o consumidor final que o algodão brasileiro é produzido de forma responsável e sustentável, é uma fibra natural, é confortável e frequenta qualquer ambiente. Estar mais uma vez participando desse grande evento da moda brasileira é uma conquista." comemora Arlindo de Azevedo Moura, presidente da Abrapa.


Durante o evento o movimento terá um lounge onde divulgará o 1º Desafio Sou de Algodão + Casa de criadores. O concurso tem como objetivo descobrir novos talentos e incentivar o uso da matéria-prima na moda brasileira. Por isso, todos os trabalhos inscritos deverão ter, no mínimo, 70% de algodão na composição têxtil de todas as peças idealizadas. Poderão participar todos os alunos regularmente matriculados no segundo semestre de 2018 e/ou primeiro semestre de 2019, e que tenham cumprido, no mínimo, 50% das disciplinas obrigatórias nos cursos de moda, estilo e/ou negócios de moda, e áreas afins, como design, em faculdades e instituições brasileiras de ensino superior reconhecidas pelo MEC (Ministério da Educação).


"A cadeia de moda brasileira é gigante, porém desarticulada internamente. Existe uma grande carência por iniciativas que promovam o desenvolvimento de redes de contato entre estudantes, professores, pesquisadores, instituições, tecelagens, marcas, estilistas e demais profissionais de moda. A proposta da parceria Sou de Algodão e Casa de Criadores pretende justamente ser essa resposta. Tem tudo para render frutos incríveis, como os que a gente já começa a ver nas passarelas do evento", conta André Hidaldo, idealizador da Casa de Criadores.


Serviço - Desfile Sou de Algodão
Data: 29 de novembro
Local: MAC USP - Av. Pedro Álvares Cabral, 1301 - Ibirapuera, São Paulo
Horários: 19h às 20h30 (Lounge) 20h30 (Desfile)


Serviço - Casa de Criadores
Data: 26 a 30/11/2018
Local: MAC USP - Av. Pedro Álvares Cabral, 1301 - Ibirapuera, São Paulo


Sobre o "Sou de Algodão"
Sou de Algodão" é um movimento que incentiva o uso desta fibra natural, essencial na moda e no bem-estar do brasileiro, e tem como objetivo conscientizar o consumidor final sobre os benefícios da matéria-prima e as práticas responsáveis da cotonicultura. É uma iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).


As ativações do movimento contemplam engajamento de influenciadores que conversam tanto com a cadeia produtiva quanto com o consumidor, como estilistas, personal stylists, representantes de marcas que ditam a moda, empresários e blogueiras. Também estão previstas ações em redes sociais, plataformas digitais e um portal de conteúdo sobre o uso do algodão na indústria da moda ( http://soudealgodao.com.br/ ), além de parcerias com marcas, iniciativas com instituições de formação em moda e apoios.



Sobre Casa de Criadores
Maior evento lançador de novos estilistas da moda brasileira. Seguindo o calendário de lançamento de coleções (primavera/verão e outono/inverno) o evento acontece duas vezes por ano na cidade de São Paulo. Surgiu em maio de 1997, quando um grupo de jovens estilistas decidiu, em parceria com o jornalista André Hidalgo, promover um evento para lançar suas novas coleções.


Desde o início o foco sempre foi a criação autoral genuína e a revelação de novos talentos que, a partir do evento, tivessem a oportunidade de impulsionar suas carreiras. Dessa iniciativa surgia um evento que se transformou, no decorrer de sua história, na principal e mais visível vitrine da criação da moda brasileira.


Centrado, inicialmente, num movimento nascido na cena underground paulistana que aliava moda, comportamento e música eletrônica, a Casa de Criadores ampliou seu universo e foi incorporando estilistas e criadores de outros estados brasileiros nos mais variados estágios de carreira.


Desde então, a Casa de Criadores já lançou e/ou projetou nomes como Marcelo Sommer, Cavalera, Emicida, Ronaldo Fraga, André Lima, Karlla Girotto, Mário Queiroz, Lorenzo Merlino, Fábia Bercsek, Priscila Darolt, Cotton Project, Giselle Nasser, Samuel Cirnansck, Rita Wainer, Juliana Jabour, Icarius, Jeziel Moraes, Walério Araújo, João Pimenta e Gustavo Silvestre, entre várias outras marcas de expressão no cenário da moda nacional.


Sobre o Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores


A primeira edição do concurso tem como objetivo envolver estudantes na criação de roupas em algodão. Todos os trabalhos inscritos deverão ter, no mínimo, 70% de algodão na composição têxtil de todas as peças idealizadas na coleção.


Poderão participar todos os alunos regularmente matriculados no segundo semestre de 2018 e/ou primeiro semestre de 2019, e que tenham cumprido, no mínimo, 50% das disciplinas obrigatórias nos cursos de moda, estilo e/ou negócios de moda, e áreas afins, como design, em faculdades e instituições brasileiras de ensino superior reconhecidas pelo MEC (Ministério da Educação).


As inscrições para o desafio deverão ser realizadas no período de 01 de novembro de 2018 a 03 de março de 2019 através do site www.soudealgodão.com.br/desafio . Serão selecionados seis trabalhos que terão a oportunidade de desfilar na 45ª edição da Casa de Criadores do primeiro semestre de 2019. Nesta etapa os participantes terão suas criações avaliadas na passarela por profissionais da moda e o vencedor fará parte do line-up da 46ª edição do mesmo evento que acontecerá no segundo semestre de 2019.


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Cotonicultores congratulam a deputada Tereza Cristina pela indicação ao Mapa

08 de Novembro de 2018

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) recebeu com satisfação a notícia da indicação da deputada federal Tereza Cristina ao cargo de ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. Tereza Cristina concilia conhecimento técnico e habilidade política para liderar a pasta que representa o grande pilar da economia brasileira, responde por um terço de todas as riquezas geradas no país e um terço dos empregos. O agro brasileiro, bem sabe a ministra, tem a missão de se tornar ainda mais vigoroso em um prazo muito curto, porque a ele caberá a responsabilidade de garantir 41% da demanda adicional por alimentos no planeta, nos próximos dez anos, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o USDA.


Na produção de fibras têxteis para essa crescente população mundial, o Brasil deixou de ser um país importador para, não apenas se tornar autossuficiente em algodão para abastecer a indústria nacional, como ainda conquistar o posto de quarto maior produtor mundial, terceiro maior exportador, primeiro lugar no ranking global de produtividade nas lavouras da fibra sem irrigação, e maior fornecedor de algodão sustentável do mundo, licenciado pela ONG suíça Better Cotton Initiative (BCI).


Por sua formação de Engenheira Agrônoma, Tereza Cristina conhece de perto a dinâmica das cadeias produtivas, suas urgências e demandas, e a dificuldade de se fazer agricultura num país tropical - seja em pequena ou larga escala - se não houver incorporação tecnológica, e investimento em pesquisa e desenvolvimento, para mitigar os riscos climáticos e combater às pragas e doenças que prejudicam as lavouras e planteis. Sabe também que quanto mais produtivos nos tornamos, mais necessários são os investimentos em infraestrutura para escoamento da safra, embarque do excedente e acesso aos insumos agrícolas. Tereza Cristina entende que


segurança jurídica é condição necessária para que o produtor rural exerça o seu trabalho, nobre e imprescindível. Como política, a deputada sabe que são muitos os gargalos ao pleno desenvolvimento do agronegócio, os quais ela conhece de perto e sempre atuou para sanar, na sua trajetória marcante como deputada e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) junto ao Congresso Nacional.


Os cotonicultores brasileiros têm certeza de que a missão será cumprida com competência e louvor, para o quê a ministra contará com o nosso apoio. Parabenizamos à deputada Tereza Cristina pelo novo cargo e ao presidente eleito pela escolha do seu nome para tal.

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Sou de Algodão lança concurso para estudantes de moda e renova parceria com a Casa de Criadores

01 de Novembro de 2018

O Sou de Algodão, movimento desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) visando ao incentivo do uso da fibra na indústria têxtil, anuncia o lançamento do Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores e sua presença como patrocinador máster nesta edição do evento de moda. A iniciativa fortalece ainda mais seu engajamento apresentando uma noite inteira dedicada à fibra, e a criação de concurso para estimular o futuro da moda brasileira irá envolver estudantes na criação de roupas em algodão.


A 45ª edição da Casa de Criadores contará com cinco desfiles do movimento, sendo um desenvolvendo os temas inclusivos da campanha Sou de Algodão e mais quatro coleções dos estilistas Igor Dadona, Isaac Silva, Renata Buzzo e Rober Dognani, todas feitas com, no mínimo, 70% de algodão, e com o apoio de marcas parceiras da iniciativa.


Em resultado do fortalecimento da parceria com o evento de moda nasce o Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores. O concurso tem o objetivo de descobrir novos talentos que utilizem a matéria prima em suas coleções. Por isso, todos os trabalhos inscritos deverão ter, no mínimo, 70% de algodão na composição têxtil de todas as peças idealizadas. Poderão participar todos os alunos regularmente matriculados no primeiro semestre de 2019, e que tenham cumprido, no mínimo, 50% das disciplinas obrigatórias nos cursos de moda, estilo e/ou negócios de moda em faculdades e instituições brasileiras de ensino superior reconhecidas pelo MEC (Ministério da Educação).


"Para o movimento é muito animador poder estar em contato com novas gerações da moda. Levar estudantes para mostrarem suas criações em um evento com veia inovadora como a Casa de Criadores é uma conquista. Temos certeza que seremos surpreendidos com excelentes e criativos trabalhos usando o algodão brasileiro", comemora Arlindo Moura, presidente da Abrapa.


"A parceria da Casa de Criadores com o movimento Sou de Algodão é inovadora e muito importante porque estimula o uso do algodão na moda brasileira valorizando o design, o que enobrece ainda mais essa fibra tão incrível e histórica. E agora, através desse concurso inédito promovido entre alunos de faculdades de moda de todo o Brasil, temos mais uma porta se abrindo para a descoberta dos novos talentos nacionais. Essa iniciativa só fortalece e amplia o mercado," completa André Hidallgo, idealizador do evento.


As inscrições para o desafiio deverão ser realizadas no período de 01 de novembro de 2018 a 03 de março de 2019 através do site www.soudealgodão.com.br/desafio . Serão selecionados seis trabalhos que terão a oportunidade de desfilar na 45ª edição da Casa de Criadores do primeiro semestre de 2019. Nesta etapa os participantes terão suas criações avaliadas na passarela por profissionais da moda e o vencedor fará parte do line-up da 46ª edição do mesmo evento que acontecerá no segundo semestre de 2019.



Sobre o "Sou de Algodão"


Sou de Algodão é um movimento que incentiva o uso desta fibra natural, essencial na moda e no bem-estar do brasileiro, e tem como objetivo conscientizar o consumidor final sobre os benefícios da matéria-prima e as práticas responsáveis da cotonicultura. É uma iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).


As ativações do movimento contemplam engajamento de influenciadores que conversam tanto com a cadeia produtiva quanto com o consumidor, como estilistas, personal stylists, representantes de marcas que ditam a moda, empresários e blogueiras. Também são realizadas ações de engajamento nas redes sociais, plataformas digitais e um portal de conteúdo sobre o uso do algodão na indústria da moda ( http://soudealgodao.com.br/ ), além de parcerias com marcas e iniciativas com instituições de formação em moda e apoios..



Sobre Casa de Criadores


Maior evento lançador de novos estilistas da moda brasileira. Seguindo o calendário de lançamento de coleções (primavera/verão e outono/inverno) o evento acontece duas vezes por ano na cidade de São Paulo. Surgiu em maio de 1997, quando um grupo de jovens estilistas decidiu, em parceria com o jornalista André Hidalgo, promover um evento para lançar suas novas coleções.


Desde o início o foco sempre foi a criação autoral genuína e a revelação de novos talentos que, a partir do evento, tivessem a oportunidade de impulsionar suas carreiras. Dessa iniciativa surgia um evento que se transformou, no decorrer de sua história, na principal e mais visível vitrine da criação da moda brasileira.


Centrado, inicialmente, num movimento nascido na cena underground paulistana que aliava moda, comportamento e música eletrônica, a Casa de Criadores ampliou seu universo e foi incorporando estilistas e criadores de outros estados brasileiros nos mais variados estágios de carreira.


Desde então, a Casa de Criadores já lançou e/ou projetou nomes como Marcelo Sommer, Cavalera, Emicida, Ronaldo Fraga, André Lima, Karlla Girotto, Mário Queiroz, Lorenzo Merlino, Fábia Bercsek, Priscila Darolt, Cotton Project, Giselle Nasser, Samuel Cirnansck, Rita Wainer, Juliana Jabour, Icarius, Jeziel Moraes, Walério Araújo, João Pimenta e Gustavo Silvestre, entre várias outras marcas de expressão no cenário da moda nacional.

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Sou de Algodão brilha na SPFW N46, em parceria com João Pimenta

23 de Outubro de 2018

O Sou de Algodão, movimento desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com diversas ações para incentivar o uso da fibra na indústria têxtil do país, participou novamente do São Paulo Fashion Week. Esta edição foi sua primeira parceria com João Pimenta, com patrocínio do Projeto Estufa, iniciativa do SPFW para apresentar novas formas de criar, distribuir e produzir moda, o qual o estilista representa.


Para o desfile feminino, que aconteceu no dia 22 de outubro, João Pimenta fez uma imersão no universo do movimento e criou uma coleção inteiramente feita de algodão, com uma fibra só, o que representou um desafio para o estilista que costuma trabalhar com muitos fios. "Quis quebrar também um tabu, porque as mulheres brasileiras não consomem muito algodão, a não ser na camisa, no jeans, elas ainda acham que demora a secar, que amassa. Toda fibra natural amassa, vide o tafetá de seda e o linho'', conta Pimenta.


Em seu processo criativo, o estilista fez uma visita à Fazenda Pamplona, em Cristalina/GO, para conhecer pessoalmente todo o processo de produção do algodão sustentável e outra para a Bordana, cooperativa que tem um trabalho de inclusão socioeconômica de mulheres através do bordado e da cultura do cerrado goiano.


Para o desfile na 46ª edição da semana de moda nacional, o movimento trouxe 10 marcas parceiras para colaborações, que forneceram desde os bordados e fios até os tecidos usados na coleção. Bordana, Canatiba, Cataguases, Cedro Têxtil, ITM Têxtil, Norfil, Santanense, Trecê Brasil, Urbano Têxtil e Vicunha estarão na passarela em criações inéditas assinadas por João Pimenta.


"Estar mais uma vez na São Paulo Fashion Week tem uma importância, inclusive simbólica, para o Sou de Algodão. Primeiro, porque foi nesse evento, o maior da moda no país, que nosso movimento estreou, mostrando aos players brasileiros e ao público participante que a moda pode ser, sim, mais natural e sustentável, sem perder em estilo e criatividade. Nesse retorno ao SPFW, estamos com parceria com o estilista João Pimenta, que não somente abraçou o movimento, como produziu uma coleção 100% algodão. Ele teve oportunidade de conhecer o modelo de produção da matéria-prima numa fazenda; de ver a colheita e o beneficiamento de perto e isso, com certeza, foi não só uma fonte de inspiração, como um diferencial, na medida em que ele pôde conhecer a dinâmica logística do processo, e, assim, criar dentro de parâmetros factíveis. A coleção sai pelo Selo Estufa e está linda. O fato de ser voltada para mulheres também é significativo, pois mostra para esse segmento, um dos que menos consome a fibra natural, que o algodão vai além do casual e despojado e pode ser também luxuoso. Essa versatilidade faz toda a diferença", comemora Arlindo Moura, presidente da Abrapa.


"Participar do movimento Sou de Algodão me fez sentir uma grande evolução como pessoa e como profissional, a união que faz a força, faz todo o sentido dentro desse projeto. Estou muito feliz e agradecido a todas as marcas que fazem parte do movimento tão importante para a moda e para o nosso país. Viva a natureza brasileira", festeja João Pimenta.


Sobre o "Sou de Algodão"


"Sou de Algodão" é um movimento que incentiva o uso desta fibra natural, essencial na moda e no bem-estar do brasileiro, e tem como objetivo conscientizar o consumidor final sobre os benefícios da matéria-prima e as práticas responsáveis da cotonicultura. É uma iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).


As ativações do movimento contemplam engajamento de influenciadores que conversam tanto com a cadeia produtiva quanto com o consumidor, como estilistas, personal stylists, representantes de marcas que ditam a moda, empresários e blogueiras. Também são realizadas ações de engajamento nas redes sociais, plataformas digitais e um portal de conteúdo sobre o uso do algodão na indústria da moda (http://soudealgodao.com.br/), além de parcerias com marcas, iniciativas com instituições de formação em moda e apoios.

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Missão Vendedores 2018

23 de Outubro de 2018

Terminou em Hong Kong, na China a Missão Vendedores 2018, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que leva os cotonicultores nacionais para dialogar com o mercado comprador e apresentar o desempenho da atividade no Brasil. Este ano, a missão foi à Turquia e à China, importantes destinos da pluma do país na Ásia, mercado que representou, no ciclo 2017/2018, 80% das importações de algodão. Os trabalhos começaram no dia 8 de outubro, em Kahramanmaras, na Turquia, e prosseguiu nos dias 11 e 12, nas cidades chinesas de Xangai e Qingdao, respectivamente, finalizando, no dia 18, em Hong Kong, onde a Abrapa realizou o último dos Brazilian Cotton Day desta edição, com uma série de reuniões com empresários e traders, além de apresentações de especialistas. Na última parada, um dos pontos mais debatidos foi o risco logístico da safra 2018/2019, estimada em 2,5 milhões de toneladas de pluma, das quais, de 1,6 a 1,7 milhão de toneladas devem seguir para o mercado externo.


"Na safra 2017/2018, que foi um recorde, já enfrentamos alguns problemas de atraso nos embarques, porque os contêineres disponíveis para isso rarearam com a diminuição das importações brasileiras. Este ano, o produtor provavelmente terá de estocar algodão na fazenda. Toda a cadeia produtiva está se movimentando para buscar soluções para evitar transtornos que podem ser ainda maiores com o aumento expressivo da produção. Não podemos ficar reféns da nossa competência", disse o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura. Algumas alternativas já estão sendo estudadas, inclusive os embarques pelo Porto de Salvador, que começaram a se tornar mais expressivos, mas ainda em caráter experimental, este ano.


Regularidade


O presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Henrique Snitcovski, ressaltou a importância da constância da oferta para o mercado asiático, o que depende, principalmente, da frequência das linhas marítimas para fazer os embarques. "Esse é um ano muito importante para se prometer menos e entregar mais. Quando o Brasil conquistar uma fatia significativa do mercado asiático, não terá mais volta. Quando eles experimentarem, de fato, o algodão do Brasil, passarão a ser compradores fieis. Para isto, é preciso fazer mudanças estruturais. O produtor tem feito a parte dele", disse Snitcovski. A regularidade na oferta foi um consenso em todas as reuniões. De acordo com o tesoureiro da Abrapa e presidente do conselho administrativo do grupo SLC Agrícola, Eduardo Logemann, "o Brasil não quer ser mercado de oportunidade, quer ser fornecedor permanente", ressaltou.


Dentre os espaços que o país pode ocupar na Ásia a curto prazo, o mais promissor é o que surge da desavença comercial entre a China e os Estados Unidos. Para o diretor da trading Reinhart em Pequim, Thomas Reinhart, a curto prazo, o Brasil tem uma vantagem política na China, devido às relações comerciais arranhadas entre esta e os EUA. "Porém, a longo prazo, isso não será a influência decisiva sobre os preços do algodão brasileiro. Se a fibra norte-americana não pode entrar na China, vai competir com mais força nos demais mercados, deixando a demanda total quase inalterada", disse.


Marketing e qualidade


Thomas Reinhart acredita que a estratégia de marketing do algodão brasileiro deve estar focada a longo prazo, e não em circunstâncias políticas momentâneas. Ele também diz ser necessário "um trabalho contínuo para manter e melhorar a qualidade, especialmente a respeito do comprimento da fibra e do teor de fibras curtas; assim como os investimentos públicos e privados na infraestrutura necessária para assegurar a logística para sustentar as exportações crescentes", concluiu.


Nas reuniões, também foram apresentados os programas que a Abrapa desenvolve em Qualidade e Sustentabilidade, como o Standard Brasil HVI, que padroniza e verifica os resultados das análises e classificações instrumentais de algodão, e o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que trata das boas práticas na produção da pluma, e que opera em benchmarking com o protocolo internacional Better Cotton Initiative (BCI), referência mundial em licenciamento de fibra sustentável. Tanto nas reuniões da China quanto da Turquia, o ABR/BCI foi destacado como um diferencial da pluma brasileira por diversos participantes.

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Missão Vendedores 2018

15 de Outubro de 2018

Estoques em baixa, consumo em alta e expectativa de aumento das importações de pluma de algodão pela China, além da previsão do Brasil se tornar o segundo maior exportador mundial da fibra na safra 2018/2019, são o pano de fundo promissor da Missão Vendedores 2018, que vem sendo realizada desde o dia 08 de outubro na Turquia e na China, pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A Missão é uma iniciativa de marketing e prospecção de novos mercados para o algodão brasileiro, que consiste em reuniões com industriais e traders, visitas aos polos de têxteis, e eventos promovidos pela Abrapa in loco. Nos Brazilian Cotton Days, a entidade apresenta os números da cotonicultura e os programas que vêm sendo desenvolvidos no país para incrementar a qualidade, a sustentabilidade, a rastreabilidade e a transparência nos dados de classificação instrumental de fibra, visando a reforçar a confiança dos compradores da commodity.


A agenda da comitiva brasileira, formada por dirigentes da Abrapa, representantes dos maiores estados produtores de algodão do Brasil, começou por Kahramanmaras, na Turquia, no dia 08 de outubro, quando o grupo se reuniu com cerca de 30 empresários turcos. Hoje, a Turquia é um dos maiores importadores e consumidores de algodão no mundo. Na safra 2017/2018, o país foi o quarto maior importador e o sexto maior consumidor mundial da fibra. O Brasil exporta, em média, 76,5 mil toneladas para a Turquia, o equivalente a 9,5% das importações de algodão daquele país. Para 2018/2019, a Turquia deve consumir 15% a mais de algodão, com incremento previsto de 1% nas importações.


“Trata-se de um mercado muito interessante para o algodão brasileiro, uma vez que os estoques deles estão diminuindo: serão, aproximadamente, 9% menores na próxima safra. A Missão Vendedores nos permite estreitar laços para suprir as demandas futuras. Mesmo sem ter ainda dados consolidados, já temos notícias de que negócios com a pluma do Brasil foram realizados imediatamente após o nosso Brazilian Cotton Day. Há muito espaço para incremento de participação no mercado turco”, afirma o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura. Além das reuniões, o grupo visitou uma fiação em Kahramanmaras.


Na China, a passagem da Missão Vendedores foi dividida em três etapas. As primeiras, já cumpridas em Xangai e Qingdao, respectivamente, nos dias 11 e 12 de outubro. A segunda foi nesta terça-feira (16), em Hong Kong, onde a Abrapa promoveu o Brazilian Cotton Day, nos dias 17 e 18 de outubro. Na sequência, a associação participa da Conferência Anual da International Cotton Association (ICA).


Além das reuniões, que contaram com grande presença de empresários chineses, uma das paradas do grupo foi no Sunvim Group, maior fabricante de artigos de cama, mesa e banho chinês, que exporta para diversos mercados, principalmente, americanos e europeus. A Sunvim consome uma média de 100 mil toneladas de pluma por ano, mas ainda não compra do Brasil. Representantes do grupo estiveram nas reuniões.


A China é o maior consumidor de algodão do mundo. São, em média, 8,8 milhões de toneladas ao ano. Seu consumo cresceu em torno de 15%, da safra 2016/2017 para a 2017/2018. O país está, gradativamente, liberando os estoques que mantinha, “frutos de uma cara política de proteção da indústria nacional”, segundo o presidente da Abrapa. Dados do ICAC apontam que essa redução foi superior a 19%. “Tudo isso, mais a divergência com os Estados Unidos, cria um cenário muito positivo para o algodão do Brasil”, diz.


Compromisso


Moura afirmou que, em todos os encontros com o mercado comprador na Turquia e China, a Abrapa evidenciou seus esforços para garantir a credibilidade nas negociações com a pluma brasileira. “Nosso compromisso é com a transparência nas informações. Prova disso é que implantamos o programa Standard Brasil HVI, que padroniza e harmoniza os resultados nos laboratórios de classificação por High Volume Instrument (HVI). Esse programa é integrado a um grande banco de dados e ao Sistema Abrapa de Identificação (SAI), o que dá segurança tanto para quem compra quanto para quem vende o algodão brasileiro. Além disso, evidenciamos o trabalho do nosso Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), que está em processo final de certificação internacional e garante a fidedignidade dos resultados laboratoriais. Também insistimos muito no grande diferencial da sustentabilidade do algodão brasileiro, assegurado hoje pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR)”, conclui Arlindo Moura. No Brasil, o ABR opera em benchmarking com o protocolo Better Cotton Initiative (BCI), referência internacional em atestar a sustentabilidade da pluma.

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Brasil deve produzir e exportar mais algodão em 2019

28 de Setembro de 2018

Após o recorde de 2,1 milhões de toneladas de pluma na safra 2017/2018, a produção brasileira de algodão deve chegar a 2,5 milhões de toneladas no ciclo 2018/2019, um crescimento de, aproximadamente, 19%. A área plantada com a commodity deverá ser 22% maior no período, saindo dos atuais 1,18 milhão de hectares para 1,44 milhão de hectares. Os dados foram consolidados ontem (26/09), durante a 52ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, realizada na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília. Se confirmadas as previsões, ao longo das últimas três safras, o país terá dobrado a produção de pluma. As exportações ficarão em torno de 1,2 milhão de toneladas, tornando o Brasil o segundo maior exportador mundial, posição ocupada hoje no ranking pela Austrália.


Todos os dez estados produtores do país vão plantar mais algodão este ano. Em Mato Grosso, a área deve chegar a um milhão de hectares, um crescimento de 18% em relação à safra que está sendo finalizada. Na Bahia, segundo maior produtor nacional, a expectativa é de que sejam cultivados 325 mil hectares, 23% mais que em 2017/2018. A área de lavouras de algodão em Goiás é estimada em 41,6 mil hectares, em torno de 27% maior se comparada à safra anterior, quando o estado plantou 32,7 mil hectares. A expansão geral nas plantações é explicada pelos preços atrativos da pluma no momento da decisão de plantio, que oscilava em torno de US$0,80 por libra-peso.


"É importante ressaltar que aumentar a área plantada na cotonicultura não tem a ver com desmatamento, mas com o avanço do algodão sobre outras culturas, como a soja e o milho, dentro da matriz produtiva de cada fazenda. É uma decisão diretamente ligada a questões de mercado. O incremento de produção segue na mesma esteira, mas é intensificado pelas altas produtividades alcançadas nas lavouras do Brasil, que resultam dos investimentos em tecnologias adequadas e no manejo correto", diz o presidente da Câmara Setorial do Algodão, e também da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Arlindo de Azevedo Moura.


Excedente


Com mais algodão saindo das lavouras e a estagnação do consumo no parque industrial têxtil nacional em torno de 700 mil toneladas, o país terá de exportar mais pluma. O problema, segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), é que as importações brasileiras, como um todo, diminuíram, o que reduz a disponibilidade de contêineres no país para o chamado frete de retorno, que sai dos portos brasileiros com produtos como café, açúcar e algodão. "Isso deve acarretar maior tempo para a exportação, além da necessidade de armazenamento de parte desse algodão nas fazendas. Com certeza, também deverá impactar os custos do frete marítimo", afirma o vice-presidente da entidade, Marco Antônio Aluísio. Segundo ele, no ano passado, o Brasil exportou por volta de 900 mil toneladas de algodão.


Indústria revê estimativas


O ânimo dos produtores e exportadores com o aumento da produção e dos embarques contrastou com o do setor da indústria têxtil e de confecções. No início do ano, a perspectiva da Abit para este ano era de aumento de 4,8% no varejo, de 5,2% na produção industrial têxtil e de 5,5% na de vestuário. Ontem, os números apresentados foram de redução de 1% no varejo, crescimento de 0,9% na produção têxtil e retração de 0,4% na fabricação de peças de vestuário.


"Vivemos dois anos de recessão profunda em 2015 e 2016. Melhoramos um pouco em 2017, quando o varejo cresceu 7,6%, a indústria, em torno de 5%, mesmo não recuperando o terreno perdido anteriormente. Mas os problemas econômicos do país, o aumento das importações de roupas, os efeitos da greve dos caminhoneiros, além do fato do frio ter demorado a chegar no inverno, acarretou perda de mercado. De uma maneira geral, o consumidor preferiu comprar produtos que demandam mais crédito e estavam represados, como automóveis e eletrodomésticos, por exemplo. Agora, o varejo como um todo já mostra um arrefecimento do ritmo, enquanto não temos as eleições e não sabemos qual será a política econômica do próximo governo", ponderou Fernando Pimentel, presidente da Abit.

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Conferência ITMF

19 de Setembro de 2018

Entre os dias 07 e 09 de setembro, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou da conferência anual da Internacional Textile Manufacturers Federation (ITMF), realizada, em 2018, na cidade de Nairobi, no Quênia, continente africano. Como no ano passado, quando ocorreu em Bali, na Indonésia, a entidade foi representada pelo seu ex-presidente, João Luiz Ribas Pessa, que, além da programação da conferência, participou das reuniões que a antecederam, do Comitê de Fiações e do Comitê de Algodão, ambas realizadas no dia 06 de setembro.


O encontro da ITMF reúne líderes globais da cadeia de valor do algodão, que discutem abertamente as questões do setor. Este ano, além das inovações tecnológicas e da sustentabilidade, temas recorrentes nas últimas edições, o evento também abordou a geografia da fibra, com os pontos fortes e fracos da produção na África, e o balanço entre a demanda e o suprimento na China, que deve diminuir a produção de algodão, na medida em que o país tem priorizado a produção de alimentos em lugar de fibras, com liberação de áreas de algodão para esta finalidade.


De acordo com Pessa, a conclusão a que se chega ao final do evento é que a competição entre algodão e fibras sintéticas seguirá acirrada, mas ambas as matérias-primas terão o seu espaço no futuro. "A previsão é de que o consumo de sintéticos continuará em rápida ascensão, mas as questões ligadas ao impacto ambiental causado pelos resíduos desses produtos obrigarão as indústrias mundiais a rever a escolha da matéria-prima não biodegradável. O aumento do uso do poliéster tanto em embalagens quanto na indústria têxtil e o seu consequente impacto ambiental deverá resultar em uma mudança de comportamento. Sem dúvida alguma, qualquer solução que se venha a adotar no futuro em relação às fibras significará mais custos de produção e manejo", afirma.


Modernização


Um dos debates mais relevantes do evento, na opinião do ex-presidente da Abrapa, foi sobre a relação entre o incremento da produção e do consumo versus a modernização do parque de máquinas. Na ocasião, foram citados como exemplos de escalada de produção e consumo Vietnam, China, Bangladesh, Índia e a Europa. "É consenso que a indústria brasileira precisa estar atenta a este fato e investir na modernização de seus parques de máquinas. Na ocasião, junto aos representantes da Abit e do Sinditêxtil, tratamos deste tema", afirmou Pessa. Segundo ele, tanto a Abit quanto o Sinditêxtil se mostraram abertos a prospectar estudos no sentido de integrar melhor a cadeia produtiva brasileira, e sugeriram que a Abrapa e suas estaduais não deixem passar a oportunidade.


Digitalização


As novas maneiras de produção industrial, que configuram, segundo os especialistas, a revolucionária indústria 4.0, também figuraram entre as discussões da conferência. Trata-se do uso de novas tecnologias no processo produtivo, como a internet das coisas (IoT), robótica, impressão 3D, big data, inteligência artificial e simulação virtual. De acordo com João Luiz Ribas Pessa, o que se observou no evento é que a digitalização tem sido vista como desafio e oportunidade, ao mesmo tempo.


"Como pontos de preocupação, estão os riscos que a digitalização pode trazer ao mercado, como a fragmentação da cadeia de valor, o risco de perda da propriedade intelectual e de criação de novos desenhos, o impacto na rede de produção global, diferentes processos de execução e organização do trabalho, além da falta de expertise de operadores no mercado. Como pontos positivos, temos redução de custos, eficiência na mão de obra e uso da energia, previsão de crescimento de novos modelos de negócios, inserção de novas expertises e oportunidades de trabalho", compara.


A conferência anual do ITMF tratou ainda de temas diversos, como o varejo e o e-commerce, "economia verde", e sobre auditagem no ITMF. "A ideia debatida sobre este último tema visa à solução do conflito que hoje existe, pelo excesso de sistemas que se propõem a rastrear produtos. O objetivo do ITMF, a curto prazo, é reduzir o número de auditagens e eliminar a redundância nos parâmetros básicos, e a longo prazo ser a voz da indústria. Assim como a Abrapa, exemplarmente, fez com o benchmark entre BCI e ABR, evitando a dupla checagem", concluiu.

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