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Câmara Temática de Insumos Agropecuários (CTIA) conclui estudo com 12 propostas para modernizar a regulação de defensivos agrícolas no Brasil.

04 de Julho de 2017

Coordenada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão  (Abrapa), a


Câmara Temática de Insumos Agropecuários (CTIA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), encerrou com doze recomendações o estudo sobre a modernização do sistema regulatório de defensivos agrícolas no Brasil, insumos que hoje representam, em média, 42% dos custos de produção do algodão, e 21% da soja. As mudanças propostas ao modelo atual passam pela criação de um sistema eletrônico de informações que integre os três órgãos responsáveis pelo registro de defensivos no país, o Ministério da Agricultura, a Anvisa e o Ibama, alterações na legislação e o protagonismo do Mapa no processo, como instituição diretamente ligada à produção agrícola.


O dossiê é resultado de quase um ano de trabalho e foi entregue ontem (03/07) ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, para que possa balizar as decisões do Governo Brasileiro, sobretudo no que tange ao registro, que hoje demanda em torno de oito anos, para produtos novos, e seis para genéricos. O trabalho foi coordenado pela Abrapa, com a participação da Embrapa, Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg), União dos Fabricantes Nacionais de Fitossanitários (Unifito), Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav) e Associação das Empresas Brasileiras de Controle Biológico (ABCBio).


"Em última instância, o que almejamos é aumentar a competitividade brasileira, que hoje é limitada por fatores como burocracia e falta de objetividade. Precisamos de uma revisão nas leis que regulam os defensivos, para que fiquemos em paridade com nossos concorrentes. Nestes, a média do tempo despendido entre a data do protocolo do pedido e o registro do produto é de três anos, metade do tempo que o Brasil gasta. Enquanto isso, nossa agricultura fica vulnerável, porque as pragas e doenças criam resistência aos princípios ativos quando esses permanecem em uso por tempo", argumenta Júlio Cézar Busato, vice presidente da Abrapa e presidente da CTIA.


Vulnerabilidade


Dentre as doenças que hoje mais preocupam os produtores de algodão, Busato cita a ramulária, mal específico do algodoeiro, presente em todos os países produtores, e que chega a causar perdas de até 40% na produtividade das lavouras. "A ramulária sequer está inscrita na lista de prioridades de registro do Mapa. Os 70 produtos disponíveis no mercado já não são eficientes para combater o fungo, que adquiriu resistência aos princípios ativos", alerta o presidente da CTIA, elencando também como preocupante a falta de novas moléculas para o combate da ferrugem asiática.


De acordo com o levantamento realizado pelo grupo de trabalho da CTIA, a cada ano, são protocolados no sistema 400 novos pedidos de registro pelas empresas fabricantes. Em 2016, desse total, apenas 277 foram registrados, sendo que, destes, somente cinco são produtos novos, que representam inovação para o controle de pragas e doenças. "O restante é composto por genéricos e dos chamados "técnicos", que servirão de base para a formulação de novos produtos. O mesmo estudo aponta que o Brasil vai na contramão de alguns dos seus principais concorrentes, como Estados Unidos, Austrália, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile, nos quais um único órgão é responsável pelo registro e o sistema de avaliação é eletrônico", ressalta o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, que coordenou os trabalhos do grupo.


Uso eficiente


Um dos entraves à modernização do processo de registro de defensivos agrícolas no país é agravado pelo desconhecimento do tema e pela propagação de informações sem embasamento científico, segundo o presidente da Abrapa, Arlindo Moura. "Muito se apregoa que o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos, mas isso não é uma verdade absoluta. Um dos grande ganhos desse trabalho da câmara temática foi analisar não o quanto o Brasil gasta por ano, em dólares, com defensivos, mas a eficácia desse uso, na relação entre a produção de alimento por quantidade de produto aplicado. Visto assim, o quadro muda completamente, e países como Holanda, Japão, Bélgica, França e Inglaterra, nessa ordem, são maiores consumidores que o Brasil", explica Moura.


Segundo o estudo, o Brasil é ainda o país que produz mais quilos de alimentos para cada dólar investido em defensivos. São 142 Kg, contra 116 Kg na Argentina, 94 Kg nos Estados Unidos, 62 Kg na União Europeia e 8Kg no Japão. "É preciso ainda levar em consideração que somos um país de clima temperado, propício ao surgimento de diversas doenças e pragas. Não temos neve quebrando, por meses, o ciclo reprodutivo das pragas, e os transgênicos, que reduzem em muito o uso de defensivos por safra, são advento recente aqui. Simplesmente dizer que o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxico é difundir um preconceito, e isso nunca é bom", afirma Arlindo Moura.


Recomendações


Abaixo, as medidas que, de acordo com o estudo realizado pela Câmara Temática de Insumos Agropecuários (CTIA) devem ser tomadas para modernizar o registro de defensivos e aumentar a competitividade da agricultura brasileira no mercado mundial:


 




  1. Aperfeiçoamento da legislação brasileira baseando-se nas melhores praticas regulatórias dos outros Países de importância agrícola.

  2. Sistema eletrônico integrado (Mapa x Anvisa x Ibama).

  3. Aplicar medidas desburocratizantes onde for possível.

  4. Aperfeiçoar os processos pós registro – Listas Positivas (embalagens,         formuladores, componentes e outros)

  5. Simplificação do Registro de produto idêntico (clone).

  6. Buscar harmonizar o processo aos modelos mais eficientes utilizados em países de referência.

  7. Parametrizar os critérios de avaliação dos três órgãos reguladores.

  8. Melhorar a estrutura administrativa e contratar técnicos especialistas (convênios e ampliar unidades de avaliação virtual) para  os órgãos de Registro.

  9. Dar poder ao Mapa como órgão protagonista dos processos de registro de insumos agrícolas

  10. Priorizar  e dar legalidade aos registros de produtos importantes para a agricultura.

  11. Estruturar um programa de "Phase in" para substituição de produtos retirados do mercado.

  12. Combater o contrabando/pirataria.


04 de julho de 2017


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Laboratório Farroupilha Lallemand apresentará inovações no controle biológico de pragas e doenças no 11° CBA

04 de Julho de 2017

O manejo integrado de pragas e doenças das lavouras, método que consorcia o uso de defensivos químicos e agentes de controle biológico, terá destaque no 11° Congresso Brasileiro do Algodão (11° CBA). O evento é promovido a cada dois anos pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e, em 2017, será realizado entre os dias 29 de agosto e 1° de setembro em Maceió (AL). O tema estará na pauta de discussões em diversas oportunidades no Congresso, e empresas do ramo apresentarão suas inovações tecnológicas. Dentre elas, o Laboratório Farroupilha Lallemand, com um portfólio de "biopotentes" desenvolvidos para combater naturalmente bactérias, fungos, insetos e nematoides. Seu mix de produtos também apresenta inoculantes e promotores de crescimento.


A inclusão de bactérias, fungos e vírus "do bem" no pacote de defesa fitossanitária dos cotonicultores tem sido cada vez mais recorrente, como forma de quebrar a resistência dos inimigos da lavoura aos químicos disponíveis no mercado. A demora na entrada de novos princípios ativos em circulação, em virtude do atual modelo de registro de produtos no país, gera perda de eficiência e onera os custos de produção. "Com os biopotentes, não queremos substituir os químicos, mas aumentar a sua vida útil", explica o gerente comercial do Laboratório Farroupilha Lallemand, Stanis Bombonato, segundo quem, a chave do combate estratégico está no manejo.


"Os químicos, sozinhos, não estavam dando conta do grande número de pragas e doenças das lavouras. Os produtos biológicos entram no receituário como armas adicionais. São inovações seguras e sustentáveis, com certificação internacional, que trazem excelentes resultados", afirma Bombonato. O Laboratório Farroupilha foi fundado há dez anos, em Minas Gerais, e hoje está sob o controle da multinacional canadense Lallemand, presente em mais de 40 países. No Congresso Brasileiro do Algodão, a empresa vai apresentar em torno de dez produtos para os problemas do algodoeiro e de outras culturas, como o mofo branco, a fusariose e a rizoctoniose. "Nossa expectativa é sempre muito boa, porque o CBA é promovido pela Abrapa, uma das mais atuantes e organizadas associações de classe do setor agrícola brasileiro. Somos parceiros do evento há várias edições e a confiança sempre se renova", afirma o gerente.


Para o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, o momento é de aumento de demanda por soluções inovadoras para os problemas da cotonicultura. "Não por acaso, escolhemos como tema do evento o binômio inovação e rentabilidade, e a participação de empresas como o Laboratório Farroupilha Lallemand no CBA vem ao encontro disso. Temos trabalhado, na Câmara Temática de Insumos da Agropecuária do Mapa (CTIA), para apresentar alternativas ao Governo Federal para tornar mais célere o registro de novos defensivos químicos no país, tornando o Brasil mais competitivo no mercado mundial. Hoje, um produto novo leva em torno de oito anos para ser registrado no país, trazendo graves riscos para a defesa fitossanitária nacional. O controle biológico contribui para aumentar a vida útil dos produtos que estão disponíveis. Não são substitutos, mas aliados, e muito bem-vindos", conclui o presidente da Abrapa.


03.07.2017


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Movimento Sou de Algodão é apresentado como caso de sucesso em conferência internacional nos Estados Unidos

21 de Junho de 2017

O movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) para o fomento ao consumo da fibra no mercado interno foi apresentado ontem (19/06), na Conferência Mundial da International Food and Agribusiness Management Association (Ifama), que está sendo realizada em Miami (FL) até o dia 21 de junho, tendo como foco a segurança alimentar e o agronegócio, em um contexto de população mundial estimada em nove bilhões de pessoas em 2050. A apresentação ficou a cargo do sócio da Markestrat e consultor da Abrapa, Luciano Thomé e Castro, e do Professor da Universidade de São Paulo (USP), Marcos Fava Neves, e foi assistida por representantes de diversos setores do agro, além de acadêmicos e estudantes de vários países. Na pauta da conferência, as inovações tecnológicas e a revolução digital, que estão transformando drasticamente o modo de fazer agricultura, criando novos mercados, cadeias de valor e players.



A estratégia do Sou de Algodão envolve a conscientização do consumidor e dos profissionais ligados à indústria da moda para os atributos positivos da matéria-prima. Com o movimento, além de promover o algodão, a Abrapa almeja um aumento de consumo no mercado nacional da ordem de dez pontos percentuais, em cinco anos. "O case foi muito bem recebido na conferência, pelo seu caráter inovador, e, certamente, servirá de referência para iniciativas similares em outros países e cadeias produtivas; da mesma forma, nós aprendemos com as experiências diversas apresentadas aqui", diz Luciano Thomé e Castro, que também é professor da USP..



De acordo com o professor Marcos Fava Neves, a apresentação foi muito importante para a "mundialização" do nome da Abrapa. "É um projeto muito interessante e extremamente criativo, que evidencia a orientação pela demanda.  Ele aproxima e integra produtores de algodão, academia e mercado. O público recebeu muito bem a apresentação e muitos ficaram impressionados com o fato de  os produtores de algodão promoverem algo tão arrojado na ponta da cadeia produtiva", afirma o professor Marcos Fava Neves.



A participação em eventos internacionais, nos quais explana sobre a cotonicultura brasileira e os casos de sucesso da associação, tem sido cada vez mais recorrente na Abrapa, sobretudo em fóruns nos quais apresenta o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), o programa de qualidade Standard Brasil HVI  (SBRHVI) e o movimento Sou de Algodão. "Investir na promoção do algodão brasileiro e no fortalecimento da imagem do produto e do setor algodoeiro é muito positivo. Queremos sempre ser  referência positiva no mundo", diz o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura.



20.06.2017


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Estudo da Conab sobre a rentabilidade da cotonicultura não considera a quebra de safra na Bahia

16 de Junho de 2017

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou no dia 12 de junho o estudo "A cultura do algodão: análise dos custos de produção e da rentabilidade nos anos–safra de 2006/07 a 2016/17", cujo objetivo foi levantar a rentabilidade do produtor de algodão nas últimas 11 safras. A conclusão da Conab foi de que a tecnologia incorporada à produção, sobretudo em mecanização, defensivos e fertilizantes, garantiu a boa rentabilidade do cotonicultor no período. A análise considerou os estados de Mato Grosso e Bahia, adotando como parâmetro do primeiro os municípios de Rondonópolis, Campo Novo do Parecis, Sorriso e Campo Verde, e, na Bahia, Barreiras. Químicos agrícolas equivalem a 58% dos custos de produção e, quando somados aos custos com máquinas, implementos e beneficiamento, totalizam 74%.



Entretanto, segundo o gestor de Sustentabilidade e Banco de Dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Fernando Rati, o levantamento da Conab tem pelo menos um problema intrínseco que compromete seu resultado:  coloca, como parâmetro para o cálculo da rentabilidade, um mesmo nível de produtividade para as safras 2014/15, 2015/16 e 2016/17, nas cinco regiões estudadas. "A análise estabeleceu a média da produtividade das cinco regiões e a aplicou a esse intervalo de tempo, desconsiderando as quebras de safra que chegaram a mais de 40% na Bahia, em 2015/16. O estado é o segundo maior produtor de algodão nacional. Embora o resultado seja uma média, ele leva a crer que os últimos anos foram de excelente remuneração para o produtor, quando o que ocorreu, na prática, foi justamente o contrário", afirma Fernando Rati.



Segundo explica o gestor, a drástica quebra na safra de algodão na Bahia foi ocasionada, principalmente, pela estiagem e/ou má distribuição de chuvas por quatro safras consecutivas. "A Bahia atravessou a maior seca da sua história recente. Somente agora, na safra 2016/17, está voltando à normalidade climática", ressalta Rati.



A publicação do estudo preocupou a Abrapa. "Médias estatísticas são muito úteis, mas, quando se trata da tomada de decisões pelo Poder Público, por exemplo, as diferenças têm de ser levadas em consideração. Não podemos deixar que estudos assim induzam a equipe econômica do Governo e analistas de mercado ao erro de avaliação", conclui Arlindo Moura.



Segundo o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Júlio Cézar Busato, as discrepâncias nos dados utilizados no levantamento se dão, principalmente, no que tange à produtividade nos últimos cinco anos. Na safra 2015/16, o relatório da Conab considera uma produtividade de 1,62 mil quilos de pluma por hectare, quando, nesta safra – a pior dos últimos 11 anos para o algodão da Bahia – a produtividade obtida pelos produtores foi de 990 quilos de pluma por hectare.



 "A lucratividade das lavouras de algodão vem diminuindo ao longo dos anos, em função do aumento dos custos, sobretudo, dos fertilizantes e defensivos agrícolas. Isso contribuiu muito para a redução da área plantada com algodão no Brasil que, em 2006, era de mais de 1,1 milhão de hectares, e caiu para pouco mais de 900 mil hectares em 2016/17", explica Busato. O presidente da Abapa ressalta que, na Bahia, a queda na área plantada foi ainda mais drástica. "Passamos de 387 mil hectares, na safra 2011/12, para 202 mil hectares na safra 2016/17, pois os produtores, descapitalizados, optaram por substituir parte de suas lavouras de algodão por soja, cultura de menor custo de produção e boa rentabilidade naquele momento. "Os últimos cinco anos vinham sendo de produtividades regulares e culminaram com um período crítico em 2015/16. O resultado foi um prejuízo enorme para os cotonicultores baianos. Acreditamos que, com a volta da normalidade das chuvas, possamos, novamente, obter boas produtividades, o que vai melhorar a renda e proporcionar a retomada do crescimento da área de algodão na Bahia", afirma Busato.





16.06.2017


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CBRA – Novos passos rumo à certificação internacional

14 de Junho de 2017











A convite da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), representantes dos 13 laboratórios de classificação de algodão por HVI (High Volume Instrument), que atendem aos produtores brasileiros, participaram, nos dias 12 e 13 de junho, de um workshop com um dos mais respeitados especialistas em classificação de algodão do mundo, Axel Drieling, do Centro Global de Testagem e Pesquisa do Algodão (ICA Bremen), instituição de referência mundial que congrega o Faserinstitut Bremen, o Bremen Fibre Institute (FIBRE) e o Bremer Baumwollboerse (BBB). A oficina encerra a temporada de uma semana de Drieling no Brasil, que incluiu uma imersão no Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) da Abrapa, e faz parte dos preparativos da entidade para a futura certificação internacional do seu laboratório de referência.



O objetivo da Abrapa é, tendo como balizador o CBRA, harmonizar os resultados em todos os laboratórios de classificação do Brasil, como parte do seu programa de qualidade Standard Brasil HVI – SBRHVI. A classificação de algodão fidedigna serve de parâmetro tanto para os contratos de comercialização da pluma dentro e fora do Brasil, como nas arbitragens de contenciosos, além de servir de referência em diversas etapas da cadeia produtiva, desde a remuneração do cotonicultor, que pode ser melhor pela qualidade do seu algodão, até o beneficiamento, e a indústria de fiação e tecelagem.



Drieling afirma ter ficado impressionado com o que viu no CBRA. "É evidente que houve um planejamento detalhado por trás daquela estrutura, com atenção a detalhes técnicos, como isolamento térmico, dutos de ar condicionado e isolamento da sala de equipamentos. Tudo foi concebido de maneira muito cuidadosa", afirma o especialista, ressaltando que esse cuidado faz com que o CBRA se torne um exemplo para os outros laboratórios do Brasil e também um parâmetro de boas práticas para aqueles interessados em comprar o algodão brasileiro. "Se os compradores tiverem chance de conhecer o nível de excelência que este laboratório alcança, isso pesará muito sobre a sua opinião", disse.



 Processo complexo



Inaugurado em dezembro de 2016, com capacidade para o equivalente ao dobro da safra brasileira de algodão em curso, estimada em 1,5 milhão de toneladas, o CBRA foi planejado para a conquista da certificação internacional. O processo, segundo Axel Drieling não é fácil, pois envolve testes intensos e diversas etapas. "Só certificamos os laboratórios muito bons", lembra Drieling. O processo, que começa com o pedido do laboratório que deseja a certificação, inclui questionários, auditorias presenciais pela parte do ICA Bremen – instituição certificadora – pela análise dos relatórios dos auditores e da documentação, por um comitê em Bremen, além da participação do laboratório requerente em quatro rodadas internacionais de julgamento.



"As rodadas do CSITC (Comercial Standardization of Instrument Testing of Cotton) acontecem ao longo de um ano. O CBRA já participou da primeira, em janeiro, participará de outra em junho, e, ainda que a auditoria possa acontecer antes do final de todas elas, a avaliação definitiva acontecerá apenas após as quatro rodadas de julgamento. Supondo que a Abrapa entre com o pedido de certificação no segundo semestre, já tendo participado da rodada de janeiro, podemos pensar no processo de auditoria para a certificação para o primeiro semestre de 2018", conjectura.



A Abrapa representa 99% dos cotonicultores do Brasil e o CBRA é voltado à parametrização dos laboratórios que atendem a esses produtores e aceitam participar do programa. A estimativa é de analise de 1% da produção brasileira a cada safra. "A harmonia entre os resultados terá como 'diapasão' o laboratório central, o que justifica os investimentos da Abrapa na qualificação desses laboratórios", explica o gestor do Programa de Qualidade da Abrapa, Edson Mizoguchi.



Logística reavaliada



A vinda de Axel Drieling para o Brasil e os três dias de imersão no CBRA resultou em uma alteração significativa da logística de checagem dos fardos. Antes, os laboratórios precisavam passar a amostra-padrão produzida pelo CBRA pelas suas máquinas HVI a cada 100 fardos analisados e verificar se os índices aferidos anteriormente batem com os mesmos da amostra oficial. O modelo foi repensado e se chegou à conclusão de que o melhor será a inserção do padrão a cada 200 análises, o que resulta em quatro testes sobre a mesma amostra.



"O CBRA somente terá de fazer metade da quantidade de amostras e pode intensificar outros testes, sem perder a eficiência, e otimizar seu espaço físico. Essa mudança na logística foi resultado de três dias de discussões intensas que envolveram, além de mim, a equipe da Abrapa e do CBRA, além dos estatísticos que a associação contratou para ajudar na avaliação dos dados para concluir o que era desejável e o que era viável. Não foi algo aleatório", conclui.  O workshop terminou com a visita dos representantes dos laboratórios e do especialista alemão à estrutura do CBRA.



De acordo com o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, embora a padronização do algodão do Brasil seja mantida pela iniciativa privada, o objetivo da Associação é manter o mesmo nível dos centros internacionais, cuja gestão é pública. "A ideia de tomar para nós, cotonicultores, a responsabilidade de criar um centro de referência no Brasil surgiu das necessidades do dia a dia em vários âmbitos, e prevê a celeridade necessária e a fidedignidade do processo, que é complexo e caro para ser assumido pelo Governo Federal. Viajamos mundo afora promovendo o algodão do Brasil e sempre nos preocupou a questão da imagem do país em certificação. Estamos investindo muito nisso, porque pretendemos ser classificados pelas melhores instituições do mundo. Nessa visita, em três dias, entendemos que poderíamos fazer algumas mudanças operacionais e otimizar o processo e efetivamos as alterações", diz Arlindo Moura.



14 de junho de 2017


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Projeto da Amipa conquista prêmio agrícola na DroneShow

12 de Junho de 2017

Projeto da Amipa conquista prêmio agrícola na DroneShow



Uma novidade no combate de lagartas que atacam o algodoeiro e outras culturas agrícolas, o Dispenser para lançamento aéreo de ovos de Trichogramma foi o grande vencedor do prêmio na Categoria Agricultura da DroneShow Latin America, principal feira de drones do País, realizada em maio, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. O projeto é da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), desenvolvido pela empresa XFLY Brasil.



O Dispenser da Amipa, projetado sob encomenda à XFLY Brasil, é um equipamento que funciona acoplado a um drone e é, igualmente, controlado à distância para, de forma dosada, lançar sobre as lavouras os ovos do parasitoide Trichogramma. A utilização de drones com os dispensers agilizam e otimizam o processo no combate a pragas do algodoeiro e demais culturas.



A Amipa estuda os diferentes manejos de introdução de macoorganismos para o controle biológico de pragas nas lavouras comerciais. Este projeto conta com a parceria do IBA – Instituto Brasileiro do Algodão e Proalminas – Programa Mineiro de Apoio à Cultura do Algodão.



A Trichogramma Pretiosum é uma microvespa utilizada no controle biológico de Lepidópteros, espécies de lagartas que atacam o algodoeiro e demais lavouras da agricultura. Ao serem lançados nas lavouras, os ovos parasitados com a microvespa Trichogramma potencializam o controle biológico natural, parasitando ovos de mariposas e impedindo a eclosão de novas lagartas pragas das lavouras.


 


DroneShow - A DroneShow Latin America, que neste ano chegou à sua terceira edição, visa reconhecer os melhores profissionais, empresas e projetos por meio do Prêmio Drone Show 2017. Com o Dispenser para lançamento aéreo de ovos de Tichogramma, a Amipa e a XFLY conquistou um dos três prêmios na categoria Agricultura.



A DroneShow Latin America está entre os mais importantes eventos geoespaciais na América Latina que tradicionalmente reúnem pesquisadores, especialistas, usuários, estudantes e tomadores de decisão na feira de tecnologias geoespaciais e também nos cursos e seminários.


Em 2017, a feira recebeu cerca de 3.100 participantes que visitaram os estandes de 40 expositores e 70 marcas. E a recém-lançada regulamentação da ANAC para uso de drones com fins comerciais foi o grande tema de destaque positivo dessa edição do evento.



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Produtores de algodão demandam celeridade no registro de novas moléculas para combater a ramulária

12 de Junho de 2017

Considerada a pior doença do algodoeiro, a ramulária é um pesadelo para o produtor,  que pode causar perdas de até 40% na produtividade das lavouras. Hoje, ela é um risco real para a cadeia produtiva do algodão no Brasil, pela falta de novas moléculas para o combate do fungo, cada vez mais resistente aos cerca de 70 produtos disponíveis no mercado. Obrigados a fazer em torno de sete aplicações por safra – quando a recomendação técnica é de que não se ultrapassem duas – os cotonicultores demandam ao Governo Federal o registro de novos princípios ativos para o fungo Ramularia aréola, hoje presente em todos os países produtores do mundo. A ramulária sequer faz parte da lista de emergência fitossanitária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por se tratar de doença específica da cultura de algodão, enquanto a prioridade são as que ocorrem em maior número de culturas. Na última semana, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) organizou uma reunião de trabalho no âmbito das Câmaras Setoriais do Mapa, com a presença do assessor especial do Ministério, Sérgio De Marco.


Segundo De Marco, essa é uma prioridade para o Mapa. Ele enfatizou os altos preços dos novos produtos. "Sabemos que pesquisa e desenvolvimento de novas moléculas e tecnologias têm custo, mas não adianta ao produtor trocar seis por doze: ter o produto por um preço muitas vezes maior que os que estão no mercado, que vai onerar seu sua produção ainda mais", argumenta. O assessor afirmou que, na gestão de Blairo Maggi, o Mapa constituiu um grupo de especialistas para analisar a lista de prioridades de registro sob o viés do produtor. Os cotonicultores, através da Abrapa e das suas associadas estaduais, acompanham de perto a questão, e, através da Câmara Setorial do Algodão e Derivados e da Câmara Temática de Insumos Agropecuários, ambas do Mapa, têm estudado a fundo o problema e proposto soluções.


"A burocracia é um dos fatores que tiram a competitividade do Brasil no mercado global. É importante destacar que o país é um dos poucos que têm a cadeia produtiva do algodão completa, desde os fornecedores de insumo até o consumidor final, que gera milhares de empregos e contribui significativamente para a geração de riquezas da nação. Então, a sanidade na produção, e a consequente qualidade da fibra, tem de ser uma prioridade de Estado", afirma o presidente da Abrapa, Arlindo Moura, lembrando que, do desenvolvimento até chegar ao mercado, um produto novo leva pelo menos oito anos, enquanto concorrentes, como os Estados Unidos, precisam de apenas três anos para completar o processo, e outros, na América do Sul, como Argentina, demoram em torno de dois anos e meio, segundo o estudo que está sendo elaborado pela Câmara Temática de Insumos Agropecuários.


Encontros de trabalho


A reunião, que aconteceu no auditório da Unidade Operacional da Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro), em Brasília, foi convocada pela coordenação geral das Câmaras Temáticas do Mapa e seguiu a linha de outras que vêm sendo realizadas para debater o tema, como a do dia 30 de maio, que a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) promoveu no Mato Grosso. Na Enagro, a pauta foi iniciada após o discurso de abertura proferido pelo vice-presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. Na ocasião, Rafael Galbieri, do Instituto Mato-grossense do Algodão – IMAmt, entidade mantida pela Ampa, apresentou a palestra "Cenário de produção de algodão: desafios no manejo da ramulária". A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados abordou a "Lista de Emergência Fitossanitária" e a "Competitividade do Algodão Brasileiro e a  Necessidade da Cadeia", enquanto a Fundação MT discorreu sobre a Performance de controle atual e as implicações para o manejo. Coube à consultoria MBAgro (MB Associados) explanar sobre o Impacto econômico do baixo controle de ramulária. A programação contou ainda com um tour virtual sobre lavouras de algodão (Virtual Field Tour).


12 de junho de 2017


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Abrapa apresenta o movimento Sou de Algodão para lojistas de Goiânia

08 de Junho de 2017

Como evento oficial da primeira quinzena pós-inauguração, o fashion coworking Clube de Costura realizou ontem (07/06) seu primeiro "Cotton Tea", um bate-papo sobre o algodão na criação e na indústria de confecção, que reuniu, aproximadamente, 50 pessoas, entre lojistas, estudantes e amantes de moda, na capital goiana. O evento teve o apoio da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e foi parte das iniciativas de aproximação da entidade com lojistas de varejo e atacado, que caracterizam a segunda fase do movimento Sou de Algodão. O Cotton Tea foi promovido pelo Mega Moda Shopping, no espaço Clô Café Criativo, instalado no Clube de Costura. O diretor executivo da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Dulcimar Pessatto Filho, participou do evento representando a Abrapa. Dentre os convidados da noite, o sócio da Markestrat e consultor da Abrapa, Luciano Thomé e Castro falou sobre o movimento Sou de Algodão.


Com um vasto leque de perguntas, ligadas ao algodão commodity, como matéria-prima, até o produto final no ponto de venda, o público interagiu com os convidados. Além de Pessatto e Castro, participaram do evento o estilista goiano Riusley Figueiredo, especialista em jeans, a técnica do Senai e coordenadora do curso de pós-graduação em Processos Produtivos para o Vestuário, da Universo – Universidade Salgado de Oliveira, Hildeth Dias e a empresária Renata Santana, estilista e lojista do Mega Modas, que trabalha apenas com jeans100% algodão.


"Foi um encontro muito interessante para o movimento Sou de Algodão porque nos deu a chance de conversar, simultaneamente, com diferentes elos da cadeia produtiva e com os consumidores. O tema algodão unifica interesses", diz o consultor do movimento, Luciano Thomé e Castro. Ele explica que as oportunidades e desafios para aumentar o uso de algodão nas criações de moda foram postos em perspectivas diferentes, inclusive com o viés da indústria e da academia. "Percebemos que há muito espaço, nesse público diretamente ligado à produção de vestuário, para comunicar melhor as características de sustentabilidade da produção da matéria-prima", argumenta.  Sobre os números de consumo apurados pelo movimento Sou de Algodão, Luciano disse haver uma "intuição" a respeito por parte do público lojista. "Havia, na plateia, lojistas que trabalham com  cama, mesa e banho, ou com roupas de dormir, que referendaram a preferência do público feminino pelo algodão nesses nichos. Eles também apresentaram seus desafios de manter preços acessíveis ao consumidor final, na concorrência com os produtos feitos com tecidos de fios artificiais", conclui.


Perspectiva da produção


Em sua apresentação, o diretor executivo da Agopa, Dulcimar Pessatto Filho, traçou um panorama da cotonicultura de Goiás e do Brasil, com as conquistas e as lutas do agricultor, destacando a sustentabilidade alcançada na cadeia produtiva como um grande diferencial do algodão brasileiro. "A sustentabilidade é resultado de boas práticas e se torna um valor incorporado ao produto. No algodão, a chancela maior da sustentabilidade é a certificação pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Graças a ele, no estado de Goiás, a sociedade tem uma percepção muito mais positiva em relação ao produtor", concluiu o diretor.


Algodão doce


O Clô Café Criativo é a cafeteria do Clube de Costura, e, desde a inauguração do coworking, em 29 de maio, tem promovido uma intensa agenda de eventos. O Cotton Tea fez parte da programação oficial da primeira quinzena do lugar, que, para deixar o bate-papo personalizado e mais divertido, serviu chá adoçado em algodão doce colorido a todos os presentes. "Tudo o que fazemos é para favorecer a criação. O resultado do nosso Cotton Tea, além de muito informativo, foi bonito e inspirador", diz o coordenador do Clube de Costura, Leandro Pires. Na ocasião, o público e os convidados receberam as camisetas do movimento Sou de Algodão.


O Clube de Costura está instalado no Mega Moda Shopping, empreendimento da holding Novo Mundo, situado na movimentada "região da 44" da capital goiana, grande polo varejista e atacadista do Brasil central. O apoio ao coworking foi o marco zero para intensificar a parceria entre o Sou de Algodão, o Mega Modas e seus lojistas, unindo, no movimento, as duas pontas da cadeia produtiva: produção e consumo.

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Programa ABR, da Abrapa, é destaque de sustentabilidade em seminário da OIT em Turim

08 de Junho de 2017

O Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), conduzido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), teve destaque hoje (8/06), na programação do I Seminário Internacional do Projeto Cadeia do Algodão Brasil – OIT, que visa a promoção do trabalho decente em países produtores de algodão na África e América Latina. O evento está sendo realizado conjuntamente ao curso "Cadeias Globais de Fornecimento para o Desenvolvimento Sustentável e o Trabalho Decente", no Centro Internacional de Formação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Turim, na Itália, durante toda a semana, em um total de 40 horas. O ABR foi apresentado para um público de 32 pessoas, oriundas de 12 países, representantes de cadeias produtivas diversas, dentro e fora do agronegócio.


O objetivo do seminário, co-organizado pelo Governo do Brasil, através da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), é fortalecer o conhecimento acerca das cadeias globais de fornecimento, desenvolvimento sustentável e trabalho decente, além de fomentar a interação entre os públicos relacionados ao Projeto Cadeia do Algodão Brasil – OIT.


O gestor de Sustentabilidade da Abrapa, Fernando Rati, apresentou o caso de sucesso do Programa ABR, certificação nacional de sustentabilidade na produção, gerenciada pela Abrapa, que, desde 2013, opera em benchmarking com a entidade internacional Better Cotton Iniciative (BCI). Na safra 2015/16, 81% da produção brasileira obtiveram a certificação ABR, e 71% foram licenciados pela BCI, o que faz do Brasil o maior fornecedor mundial de algodão BCI, com 25% de market share.


Referência positiva


De acordo com Rati, a ênfase do seminário são as relações de trabalho na cadeia de valor e o algodão ganhou um espaço de destaque, graças ao grande número de pessoas envolvidas no trabalho em todas as fases, desde o plantio até o ponto de venda. O ABR foi tomado como uma referência mundial positiva, que, ao ser apresentado aos integrantes de outras cadeias, pode inspirar programas semelhantes. "O fundamento do ABR são os pilares da sustentabilidade; o social, o ambiental e o econômico. Com as melhores práticas em cada uma dessas bases, têm-se uma cadeia produtiva com capacidade de prosperar como negócio e gerar valor ao longo do caminho", explica o gestor.


Para o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, é gratificante que a Associação exerça protagonismo em fóruns como este. "Estamos falando da organização mundial que baliza as relações de trabalho. Sermos destacados como um exemplo de sucesso é uma grande honra. Mais importante ainda é poder aprender com os outros exemplos e buscar aperfeiçoar as relações não apenas de trabalho, mas com os fornecedores, compradores, governos e sociedade. É parte do princípio do contínuo melhoramento, que orienta a nossa atuação", conclui Moura.


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Abrapa apresenta o movimento Sou de Algodão para lojistas de Goiânia

08 de Junho de 2017

Como evento oficial da primeira quinzena pós-inauguração, o fashion coworking Clube de Costura realizou ontem (07/06) seu primeiro "Cotton Tea", um bate-papo sobre o algodão na criação e na indústria de confecção, que reuniu, aproximadamente, 50 pessoas, entre lojistas, estudantes e amantes de moda, na capital goiana. O evento teve o apoio da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e foi parte das iniciativas de aproximação da entidade com lojistas de varejo e atacado, que caracterizam a segunda fase do movimento Sou de Algodão. O Cotton Tea foi promovido pelo Mega Moda Shopping, no espaço Clô Café Criativo, instalado no Clube de Costura. O diretor executivo da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Dulcimar Pessatto Filho, participou do evento representando a Abrapa. Dentre os convidados da noite, o sócio da Markestrat e consultor da Abrapa, Luciano Thomé e Castro falou sobre o movimento Sou de Algodão.



Com um vasto leque de perguntas, ligadas ao algodão commodity, como matéria-prima, até o produto final no ponto de venda, o público interagiu com os convidados. Além de Pessatto e Castro, participaram do evento o estilista goiano Riusley Figueiredo, especialista em jeans, a técnica do Senai e coordenadora do curso de pós-graduação em Processos Produtivos para o Vestuário, da Universo – Universidade Salgado de Oliveira, Hildeth Dias e a empresária Renata Santana, estilista e lojista do Mega Modas, que trabalha apenas com jeans100% algodão.



"Foi um encontro muito interessante para o movimento Sou de Algodão porque nos deu a chance de conversar, simultaneamente, com diferentes elos da cadeia produtiva e com os consumidores. O tema algodão unifica interesses", diz o consultor do movimento, Luciano Thomé e Castro. Ele explica que as oportunidades e desafios para aumentar o uso de algodão nas criações de moda foram postos em perspectivas diferentes, inclusive com o viés da indústria e da academia. "Percebemos que há muito espaço, nesse público diretamente ligado à produção de vestuário, para comunicar melhor as características de sustentabilidade da produção da matéria-prima", argumenta.  Sobre os números de consumo apurados pelo movimento Sou de Algodão, Luciano disse haver uma "intuição" a respeito por parte do público lojista. "Havia, na plateia, lojistas que trabalham com  cama, mesa e banho, ou com roupas de dormir, que referendaram a preferência do público feminino pelo algodão nesses nichos. Eles também apresentaram seus desafios de manter preços acessíveis ao consumidor final, na concorrência com os produtos feitos com tecidos de fios artificiais", conclui.



Perspectiva da produção



Em sua apresentação, o diretor executivo da Agopa, Dulcimar Pessatto Filho, traçou um panorama da cotonicultura de Goiás e do Brasil, com as conquistas e as lutas do agricultor, destacando a sustentabilidade alcançada na cadeia produtiva como um grande diferencial do algodão brasileiro. "A sustentabilidade é resultado de boas práticas e se torna um valor incorporado ao produto. No algodão, a chancela maior da sustentabilidade é a certificação pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Graças a ele, no estado de Goiás, a sociedade tem uma percepção muito mais positiva em relação ao produtor", concluiu o diretor.



Algodão doce



O Clô Café Criativo é a cafeteria do Clube de Costura, e, desde a inauguração do coworking, em 29 de maio, tem promovido uma intensa agenda de eventos. O Cotton Tea fez parte da programação oficial da primeira quinzena do lugar, que, para deixar o bate-papo personalizado e mais divertido, serviu chá adoçado em algodão doce colorido a todos os presentes. "Tudo o que fazemos é para favorecer a criação. O resultado do nosso Cotton Tea, além de muito informativo, foi bonito e inspirador", diz o coordenador do Clube de Costura, Leandro Pires. Na ocasião, o público e os convidados receberam as camisetas do movimento Sou de Algodão.



O Clube de Costura está instalado no Mega Moda Shopping, empreendimento da holding Novo Mundo, situado na movimentada "região da 44" da capital goiana, grande polo varejista e atacadista do Brasil central. O apoio ao coworking foi o marco zero para intensificar a parceria entre o Sou de Algodão, o Mega Modas e seus lojistas, unindo, no movimento, as duas pontas da cadeia produtiva: produção e consumo.



08 de junho de 2017


Imprensa Abrapa


Catarina Guedes – Assessora de Imprensa


(71) 9 8881-8061/ (77) 9 8802-0684

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