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Pesquisadores debatem combate a lagartas durante o 11º CBA

06 de Setembro de 2017

Apesar de bastante conhecidas no Brasil, as lagartas Spodopteras têm apresentado resistência às tecnologias de controle de pragas, elevando os custos dos cotonicultores.  Uma análise deste cenário – e de medidas para combatê-lo - foi feita na tarde desta quinta (31.08) durante o 11º Congresso Brasileiro de Algodão (11° CBA). Realização da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), o evento reúne até esta sexta (01.09) 1,2 mil participantes no Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió, em Alagoas.


 "Naturalmente, as espécies de lagartas Spodopteras – como a famosa lagarta- militar – apresentam uma certa insensibilidade aos produtos químicos  e esta resistência tem se mantido nos últimos anos, o que tem tornado difícil o seu controle no campo", afirma o entomologista Walter Jorge dos Santos, que atua como assessor técnico da Agroambiental consultoria.


Em sua apresentação, o pesquisador apresentou à plateia informações sobre a eficácia de medidas para combate da praga, como o uso de controles biológicos e inseticidas, e também destacou estudos que permitem avaliar o desempenho das diferentes variedades de algodão, e sua resistência às lagartas. "Na safra 2015/2016, o combate às lagartas consumiu, a depender da variedade, de 23% a 41% do total dos custos para controle de pragas", informou.


 A sala temática Escapes da Spodoptera nas variedades transgênicas de algodão contou ainda com apresentações do líder de Biotecnologia da Monsanto do Brasil com foco no desenvolvimento de tecnologias para controle de inseto, Renato Carvalho e de Rafael Ribeiro, coordenador operacional de testes da Bayer.


 


O quê: Congresso Brasileiro do Algodão


Onde: Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió/AL


Quando: de 29 de agosto a 1 de setembro de 2017


Quem realiza: Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) 

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Conhecer a fisiologia do algodoeiro é o caminho para uma boa colheita

06 de Setembro de 2017

O bom desenvolvimento do algodão depende 80% do ambiente, por isso é essencial entender a fisiologia e necessidades da planta para explorar todo o seu potencial. Para informar sobre o ambiente favorável para planta e o seu funcionamento, o 11º Congresso Brasileiro do Algodão (11º CBA), reuniu, nesta quinta-feira (31/08), especialistas que participaram de uma sala temática sobre a fisiologia do algodoeiro. O CBA acontece desde o dia 29/08, no Parque de Exposições de Maceió e é uma realização da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).



"São diversos os fatores que atuam para aumentar a produtividade da planta e grande parte deles são naturais, pois o algodão absorve o que o ambiente já tem. Grande parte disso vem da sua própria raiz". É o que enfatiza o engenheiro agrônomo Jonas Guerra, que falou para um auditório com mais de 300 pessoas.



Ainda de acordo com o especialista, outros fatores naturais são os nutrientes preponderantes para o bom desenvolvimento da cultura do algodão, como a luminosidade, essencial para a fotossíntese e o carbono absorvido pela planta. "Nosso papel é fazer com que o algodão mantenha seus estômatos abertos para captar o nutriente mais importante para seu desenvolvimento que é dióxido de carbono", diz.



Em sua fala, Guerra esclarece que é um grande erro culpar somente o clima quando os resultados de uma plantação não atingem as expectativas do produtor. "Não adianta rezar para chover sem conhecer a planta. Precisamos renovar conceitos, pois já tivemos clima ruim com ótimas colheitas. Se não medir, quantificar e conhecer não vai ter avanço".



Planta idiossincrática, com características peculiares e exclusivas desta cultura. É assim que o fisiologista Gustavo Pazzeti define o algodão em sua palestra no 11º CBA. "É o fito de maior complexidade fisiológica da natureza e que aprendeu a se perpetuar sozinha. É necessário entender a espécie e fazer um manejo regulador para evitar abortos ao longo do ciclo". A apresentação foi finalizada pelo doutor em agronomia, Fábio Echer, ampliando a discussão da fisiologia e altas produtividades.


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Importância de área de refúgio nas lavouras é discutida no 11º CB

06 de Setembro de 2017

O refúgio é uma área de plantio utilizada nas lavouras transgênicas, recomendada para agricultores que utilizam sementes com a tecnologia Bt - que possuem genes da bactéria Bacillus thuringiensis. Nas plantações de algodão, está convencionado que 20% do cultivo devem ser de refúgio não Bt. O objetivo deste sistema é evitar o surgimento e a evolução de pragas resistentes aos inseticidas.



Conscientizar os produtores sobre a importância de utilizar o refúgio nas plantações para proteger as novas variedades de pragas e avaliar qual modelo ideal para as condições brasileiras foram os pontos discutidos nesta quinta-feira (31/08), penúltimo dia do 11º Congresso Brasileiro do Algodão (11º CBA). O evento, promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), se fez necessário para discutir o tema que ainda não é tão comum no setor e munir a cadeia produtiva de informações e alternativas que comprovam os bons resultados do refúgio para o algodoeiro e demais culturas.



 Dados apresentados pelo diretor da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Celito Breda, no painel "Importância e custos dos refúgios para a sustentabilidade da cotonicultura nos cerrados", destacaram que o percentual mínimo de refúgio recomendado pelo Ministério da Agricultura é de 20%, mas na Bahia, o valor aproximado é de apenas 11% nas plantações de algodão.



De acordo com Breda, ainda há resistência por parte de alguns produtores na aceitação da prática com a justificativa do alto custo, das dificuldades de operacionalizar, a baixa produtividade nas cultivares não Bt's, dentre outros pontos. "Nosso imediatismo por resultados pode matar as tecnologias".



Fortalecendo as informações de Celito Breda, o especialista em Ciências Biológicas, Alexandre Specht relatou que com o refúgio, as pragas resistentes vão se desenvolver apenas neste ambiente e diluir sua população, preservando outras culturas. A sala temática teve também a participação do engenheiro agrônomo Fábio dos Santos conduzindo o tema "Eficiência e custos dos modelos de refúgios no Brasil".

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11º CBA aborda como manejar várias tecnologias para herbicidas em diferentes culturas

06 de Setembro de 2017

Os cultivos do milho, da soja e do algodão usam tecnologias para herbicidas específicas porém, nem todas são compatíveis. Então, como manejar essas culturas mantendo a eficiência de todas sem prejuízos? A resposta a esta questão foi detalhada pelos especialistas Pedro Christoffoleti, da ESALQ/USP e Edson Ricardo de Andrade Junior, do IMAmt durante o 11º Congresso Brasileiro do Algodão, que segue até esta sexta-feira, em Maceió.


"De maneira geral, podemos afirmar que é necessário um manejo específico para não haver conflitos, uma vez que os herbicidas para soja e algodão são semelhantes, mas diferem do milho", explica o coordenador científico do 11º CBA, Eleusio Curvelo Freire. "Mas tudo depende do tipo de tecnologia transgênica utilizada", completa.


Para ele, é importante conhecer os detalhes desse manejo porque esta é uma tecnologia refinada. "Trata-se de extrair o máximo de eficiência de três cultivos cujos herbicidas podem trazer prejuízos, quando mal manejados e muitos benefícios se utilizados da maneira exata. Para quem já escolheu e sabe usar esse caminho, não há volta", finaliza.


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Especialista do IMAmt aponta tipos de controle para os nematoides

06 de Setembro de 2017

Os nematoides preocupam a cotonicultura brasileira e, exatamente por isso, o tema esteve em debate no 11º Congresso Brasileiro do Algodão que segue até sexta-feira, em Maceió. Os controles biológicos, genéticos, culturais e químicos foram apresentados na tarde desta quinta-feira (31) por Rafael Galbieri, especialista do IMAmt, Pedro Soares, da Unesp/FCAV e Nelson Suassuna da Embrapa.


Segundo Galbieri, a questão dos nematoides só pode ser solucionada aplicando, de forma integrada, o uso de produtos químicos, o manejo cultural adequado, a escolha de cultivares resistentes ou tolerantes, além do controle biológico da praga e tratos culturais simples. "Associando essas ferramentas é possível minimizar os impactos da infestação de nematoides que, em alguns casos, inviabiliza toda a produção", alerta o especialista do IMAmt.


Na avaliação dele, o ideal é não deixar o nematoide entrar na fazenda, mas, uma vez instalado, o produtor tem que acompanhar e controlar a infestação, tendo como base um conjunto de soluções integradas. "Temos que estar atentos porque nos últimos 10 anos a incidência de nematoides aumentou cinco vezes somente no Mato Grosso e em Goiás. A praga vai continuar se expandindo e, certamente, alcançará outros estados brasileiros. Mas, a utilização dos controles corretos é capaz de minimizar as perdas na produção", explica Galbieri, lembrando que controlar requer monitorar, quantificar e qualificar o nematoide em seus aspectos biológicos, genéticos, culturais e químicos.

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CBA - Agricultura Digital

01 de Setembro de 2017

Toda agricultura é uma revolução. E, como tal, muda a história. No  terceiro dia do 11° Congresso Brasileiro do Algodão (31/08), as inovações tecnológicas foram o centro de grande parte dos debates: desde as chamadas "tecnologias disruptivas", cujo advento foi acelerado com a internet; até as transmissões via satélite e as descobertas nos campos genético e nanotecnológico, passando pela inteligência artificial. Mesmo práticas centenárias, como a rotação de cultura, que revolucionaram a agricultura e até hoje estão na base da sustentabilidade nas lavouras, foram revisitadas na programação. O 11°CBA é realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), e, nesta edição, reúne em torno de 1,2 mil pessoas na capital alagoana até a sexta-feira, 1° de setembro.



Para falar de agricultura digital, o Congresso colocou em plenária três das empresas mais emblemáticas quando o assunto é inovação. A John Deere, no evento representada pelo diretor de Inovação Tecnológica para a América Latina, Alex Foessel, a Monsanto/ The Climate Corporation, com a presença do líder da Climate para a América do Sul, Mateus Barros, e a brasileira Embrapa, com o chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, Lúcio André de Castro Jorge. O painel foi mediado pela jornalista Maria Prata, apresentadora do programa Mundo S/A, da Globo News, que destacou a "nova revolução verde", que tem entre as palavras-chave colaboraçãoconectividade e criatividade.



Um novo ambiente colaborativo entre as empresas desenvolvedoras de tecnologias em produtos e serviços tem permitido, segundo os participantes, entregar soluções cada vez mais precisas para os problemas da lavoura. Entre as novidades, tecnologias que se aprimoram, mas já vêm sendo largamente utilizadas na cultura do algodão, como máquinas que aplicam o insumo na quantidade certa para cada local – sem sobreposição do produto nas áreas já aplicadas –, variedades desenvolvidas em porte e tamanho ajustados aos equipamentos de colheita, integração entre máquinas entre si e destas com os escritórios, com informações e gerenciamento em dispositivos portáteis, como pads e telefones celulares.  O desafio, segundo os participantes, é customizar.



"O agricultor dos Estados Unidos, por exemplo, quer levar todas as informações do escritório para a máquina, enquanto o do Brasil quer que os escritórios tenham total acompanhamento das máquinas em operação. São perfis diferentes e o nosso desafio é atender a todas as demandas. Tecnologias são ferramentas, mas o que importa mesmo é o produto", disse Foessel, que lembrou o impacto do georreferenciamento e do piloto automático nas inovações tecnológicas experimentadas atualmente no campo.



Só o começo



Monitoramento total das lavouras, com informações de clima, incidência de pragas, produtividade por talhão dentre outras, são serviços ofertados por empresas como a The Climate Corporation, startup adquirida pela Monsanto, para embasar as decisões do agricultor. "Todos os dados em um mesmo lugar, na palma da mão e disponíveis quando o produtor precisar; melhoria da gestão nas fazendas e produtividade sendo desvendada diariamente. Tudo isso é só o começo", disse Mateus Barros.



"Tudo o que a gente faz em pesquisa e desenvolvimento é para um Brasil que avança, e que só é possível porque existe um ambiente de colaboração entre as empresas", afirmou Lucio André, da Embrapa. Ele ressaltou que, se antes a falta de informação era um problema para o produtor rural, hoje o perigo é o excesso delas. "Diante disso, importa o processamento correto desses dados", alertou.



A plenária contou com uma série de cases em vídeo, com startups do chamado "AgTech Valley", em Piracicaba, fomentadas, principalmente, graças à produção científica e ao trabalho institucional da EsalqTec. O debate percorreu diversos assuntos, como big data, influência dos drones na agricultura atual e até ética, segurança dos dados e a responsabilidade, que cabe ao setor agrícola, de suprir a demanda mundial por alimentos e fibras para atender a uma população estimada em nove bilhões de pessoas em 2050, segundo a FAO.



Ao final, a mediadora Maria Prata revelou encantamento com o "admirável mundo novo" do agro. "Quando eu termino um programa Mundo S/A, e aprendo muito sobre um assunto, me dá vontade de fazer tudo de novo. Aqui foi a mesma coisa. Já quero saber mais e participar de outro debate assim. Esse é um Brasil que dá certo", disse.

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Inovar para ter mais tempo!

01 de Setembro de 2017











​"Não use velhos mapas para descobrir novas terras". A recomendação é de  Gil Giardelli, estudioso de cultura digital, educador e web ativista que hipnotizou a plateia da plenária sobre inovação na manhã da quinta-feira (31) no 11° Congresso Brasileiro do Algodão (11° CBA). Segundo ele, o futuro chegou e a era da inovação é sinônimo de reinventar até a si mesmo.



Giardelli afirma que, no mundo dos negócios, o universo do lucro precisa ceder espaço ao 'universo do propósito'. "Por isso, as associações e grupos de produtores devem se movimentar para promover o choque de inovação e ter em mente que nenhum de nós, sozinho, é tão bom ou inteligente quanto todos nós juntos", enfatizou. "O Brasil já tem muitos críticos, então, está na hora dos mais inovadores", disse.



De acordo com o palestrante, para inovar, o ser humano não pode estar preso às regras e convenções, porque não se pode mudar o mundo sendo obediente. "Parece um paradoxo, mas isso também é inovação. Primeiro, você ri dela; depois você desacredita ou tenta controlar, e, por fim, se arrepende de não ter feito parte", argumenta. Para Giardelli, o papel de associações como a Abrapa, representante dos cotonicultores, é criar plataformas de inovação, apontando tendências e criando novos conceitos para a produção e a indústria. "Hoje já existem inovações voltadas para as roupas inteligentes, que unem atributos de saúde, tecnologia e vestuário. Onde entra a cadeia do algodão nisso? Reinventar-se é preciso", recomenda.



Ele citou palavras e expressões como desconexão, destruição criativa e desglobalização, que, a seu ver, não são conceitos antagônicos, mas inovadores. "As pessoas querem produto e diferenciação. Daí, a necessidade de investir e colocar em prática as novas ideias. Porque se você apenas pensa e não faz, outras pessoas farão. De 400 indivíduos tendo a mesma ideia no mundo, apenas uns três vão agir", pondera.



Inovação, para Giardelli, é fazer de tudo para ter mais tempo e ficar com as pessoas amadas. "É trabalhar por um mundo melhor, entendendo que a cada emprego que se perde atualmente, outros três são criados com a cultura digital. Assim, a inovação surge como aliada para essa nova era", concluiu o palestrante, que encantou adultos e até crianças na plateia com um pequeno robô.



Retorno para o produtor



Se nas plenárias da manhã o CBA abordou as tecnologias disruptivas, que aproximam o agro da ficção científica, e o pensar criativo na busca de soluções, a programação da tarde tratou das especificidades dos temas no plano da transgenia e das inovações eletrônicas e digitais que já estão em uso, com resultados positivos e mensuráveis para a rentabilidade do produtor.



Segundo o coordenador científico do 11° Congresso Brasileiro do Algodão, Eleusio Curvelo Freire, o público dessa sala buscou soluções em curto prazo para aumentar a produtividade nas lavouras. Os temas foram coordenados pelo pesquisador do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad), na França, e lotado na Embrapa Algodão, Marc Giband, apresentando inovações em biotecnologia para o algodoeiro. Além dele, participaram Ricardo Inamasu, da Embrapa Instrumentação, tratando de inovações em agricultura de precisão para a cotonicultura, e Milton Ide, da Ide Consultoria, que abordou as tecnologias para gestão e controle de processos. "O tema central do congresso – inovação e rentabilidade – coroou esse dia", sintetizou Eleusio Freire.





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Biodefesa

01 de Setembro de 2017











Com o objetivo de debater os avanços tecnológicos do controle biológico na cotonicultura, o 11º Congresso Brasileiro do Algodão (11º CBA) promoveu, nesta quinta-feira (dia 31/08), uma sala temática que reuniu alguns dos maiores especialistas do assunto no país. Na vanguarda da defesa vegetal, o controle biológico vem sendo cada vez mais disseminado como alternativa para reduzir as pragas da lavoura. O 11º CBA é uma realização da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão e segue até sexta-feira (dia 01/09), no Centro de Convenções de Maceió/AL.



A sala temática Controles biológicos das pragas do sistema contou com a participação da pesquisadora e coordenadora do Centro de Recursos Biológicos de Agentes de Controle Biológico da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Rose Monnerat; do pesquisador do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt) Carlos Marcelo Soares, e do diretor executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), Lício Sairre.



Na sua palestra, Carlos Marcelo Soares falou sobre o trabalho que o IMAmt vem desenvolvendo, no sentido de aprimorar as tecnologias aplicadas ao controle biológico de pragas. Segundo ele, o estado do Mato Grosso já conta com três biofábricas instaladas, duas em fase piloto, para criação de organismos como bactérias, fungos e vírus que são utilizados no combate a lagartas e outros tipos de ameaças à lavoura do algodão.



Avançando ainda mais, Soares revela que a biotecnologia pode atuar também para promover o desenvolvimento das plantas.  "Uma bactéria ou um fungo não tem só uma função. Pode-se usá-los para matar um nematóide, mas como produzem outras substâncias, podem também ajudar a planta a crescer", explica o pesquisador.



Por sua vez, o diretor executivo da Amipa falou sobre a biofábrica de produção de macroorganismos criada há três anos pela associação. A unidade produz a  vespa trichogramma, utilizada para combater pragas do algodoeiro e de outras culturas. Ela atua devorando os ovos das lagartas que atacam as lavouras. "A vespinha é importante para o controle biológico de diferentes culturas, a exemplo do algodão, tomate e soja", disse Lício Sairre, mostrando entusiasmo com os resultados já alcançados.



"A introdução de um único agente biológico já nos trouxe a redução no uso dos defensivos químicos e o aumento dos polinizadores naturais da lavoura. Tudo está dando certo, e a tendência é que, a partir do próximo ano, já possamos ofertar novos insetos. Outro aspecto importante é a redução do custo financeiro. Pelo menos, nos primeiros 100 dias da planta, antes do ataque do bicudo, conseguimos economizar bastante no uso de defensivos, utilizando o controle biológico", afirmou Sairre.






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Correção do solo para melhorar a eficiência de fertilizantes

01 de Setembro de 2017











O Brasil é o quarto maior comprador de fertilizantes do mundo, o que corresponde a 5,9% do consumo mundial e 72% desse material é importado. Esses dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos – ANDA, foram apresentados pela pesquisadora da Embrapa Algodão, Ana Luiza Borin. Outros dois nomes de peso estiveram na sala temática sobre fertilidade do solo e adubação, o mestre em Ciência do Solo, Leandro Zancanaro e Leonardo Sugimoto, gerente do grupo Horita. Os especialistas se reuniram nesta quinta-feira (31/07), no 11º Congresso Brasileiro do Algodão (11º CBA), evento sob a chancela da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).


De acordo com Borin, o consumo crescente de fertilizantes, amparado pelo aumento contínuo de produção, acarreta altos custos para o produtor, chegando a 35% do total da produção de algodão. "Ao longo dos anos, não foi possível melhorar a eficiência de fertilizantes, portanto é preciso pensar no sistema".


Segundo a pesquisadora, é preciso criar estratégias para otimizar as adubações realizadas no algodoeiro, como por exemplo, boa correção do solo e utilizar o nutriente na época, em dose e local corretos.


Leandro Zancanaro salienta que é necessário resgatar conceitos básicos, pois todas as plantas consomem nutrientes através do solo para expressar seu potencial. "Devemos sempre considerar a máxima absorção de cada substância na cultura do algodão e o solo é o seu grande provedor", pontua.


Gerente do Grupo Horita, Leonardo Sugimoto apresentou dados da Bahia na apresentação "Construção e perfis de adubação do sistema" e destacou que a Bahia tem condições favoráveis, luminosidade, profundidade de solo e é através da correção de perfil que gera condições para a raiz crescer", conclui.






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Política Econômica no 11º CBA

01 de Setembro de 2017

O futuro do agronegócio dentro do atual contexto político e econômico do país foi o tema discutido em uma das plenárias desta quarta-feira (30/08), durante o 11º Congresso Brasileiro do Algodão (11º CBA) que a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) promove até esta sexta (01.09) no Centro de Convenções de Maceió/AL. O debate moderado pelo jornalista da Rede Globo William Waack contou com a participação do presidente da Abrapa, Arlindo Moura, do economista-chefe do Rabobank Brasil, Maurício Oreng, e do analista político da Tendência Consultoria Integrada Rafael Cortez.


Na sua apresentação, o presidente da Abrapa ressaltou o agronegócio como locomotiva da economia brasileira.  "Foi a nossa atuação que garantiu o superávit da balança comercial brasileira no último ano e temos um grande potencial de crescimento", assinalou. Moura destacou que, para continuar crescendo, o setor precisa focar no futuro, sempre incorporando novas tecnologias, como a internet, a favor do desenvolvimento do negócio. "Creio que, se necessário, os produtores devem fazer seus próprios investimentos na dotação de infraestrutura, a exemplo da implantação de redes de comunicação, como já fizemos com a construção de estradas", afirmou.


Já Maurício Oreng tratou do tema Economia e finanças no Brasil em tempos de crise, ressaltando que não há como o país alcançar um ritmo de crescimento contínuo sem a diminuição da dívida pública. Ele acredita que isso só será possível com a Reforma da Previdência, em andamento no Congresso Nacional. "A reforma é essencial, pois, só com sua aprovação, poderemos garantir que a dívida não continue subindo", afirmou o economista.


Rafael Cortez discutiu As bases políticas para o desenvolvimento sustentável.  Em sua opinião, as condições políticas para que a sustentabilidade ocupe lugar na agenda do desenvolvimento do país precisam ser recriadas. "As eleições de 2018 serão o novo marco para esta retomada, para a reorganização do país,  que deverá sair de um modelo ancorado no consumo para um  que tem como base o investimento privado", opinou.


Para William Waack, mediador do debate, um evento setorial como o 11° CBA traduz as demandas, as necessidades e a situação de uma sociedade inteira. "O que ficou claro para mim neste evento foi a necessidade de nós todos, no Brasil, nos mobilizarmos politicamente em torno de ideias e propostas que possam fazer o país sair da crise e melhorar", concluiu o jornalista.


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