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Dono da Coteminas diz que indústria têxtil é “vocação nacional” em reunião com dirigentes da Ampa

08 de Março de 2017

"A indústria têxtil é uma vocação nacional e isso se deve em grande parte ao fato da cotonicultura brasileira ser tão competitiva e produzir matéria-prima de tão boa qualidade, principalmente em Mato Grosso" – essa afirmação foi feita pelo empresário Josué Gomes da Silva, dono da Coteminas, durante encontro com diretores da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), em Cuiabá, no final da tarde dessa segunda-feira (6 de março).


Presidente emérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Josué Gomes da Silva reuniu-se com o presidente da Ampa, Alexandre Schenkel, e outros dirigentes da entidade para discutir alternativas para atrair empresas do setor a Mato Grosso com a finalidade de agregar valor à pluma produzida no estado, consolidado como o maior produtor de algodão do Brasil.  A atual direção da Ampa vem buscando, em parceria com o Governo de Mato Grosso, formas de estimular a geração de empregos e renda com a verticalização da produção.


"A disponibilidade de matéria-prima de qualidade e energia a preços competitivos é fundamental para atrair empresas da indústria têxtil e de confecção para Mato Grosso", afirmou Gomes da Silva, que é filho do ex-vice-presidente José de Alencar e está à frente de uma das maiores empresas têxteis do Brasil, líder no segmento cama, mesa e banho e também na confecção de tecidos para uniformes com características especiais, com tecidos retardantes a chamas.


Na opinião do empresário, apesar do momento difícil atravessado pela indústria têxtil e de confecção, o Brasil tem tudo para se consolidar nesse setor e Mato Grosso está apto a dar sua contribuição para isso.


"Temos uma combinação de tecnologia já dominada, com mão de obra qualificada, design que faz sucesso em todo o mundo e as mais belas modelos, e, principalmente, disponibilidade de algodão de boa qualidade" – comentou Gomes da Silva. "O que falta?  Falta o estado oferecer às classes produtoras infraestrutura de melhor qualidade e uma carga tributária mais compatível com a atividade produtiva. Do resto, a gente dá conta", complementou.


O empresário se disse muito impressionado com as informações recebidas sobre a produção algodoeira em Mato Grosso, estimada em cerca de 970 mil toneladas de pluma na safra 2016/17, considerando uma área cultivada de aproximadamente 614 mil ha (segundo consultas feitas aos produtores associados à Ampa) e a produtividade de 1.589 kg/ha (fonte Conab). "Isto aqui é um espetáculo e todos os brasileiros ficariam mais esperançosos e orgulhosos se conhecessem a produção de algodão mato-grossense", afirmou.


Josué Gomes da Silva, que estava acompanhado de seu assessor Adriano Silva, recebeu das mãos do presidente Alexandre Schenkel exemplares do livro "Algodão – Os pioneiros que transformaram Mato Grosso em um grande produtor", recém-lançado pela Ampa. Participaram da reunião realizada na Sala dos Pioneiros do edifício-sede da Ampa o vice-presidente Eraí Maggi Scheffer, o 2º secretário Guilherme Mognon Scheffer, o ex-presidente Sérgio De Marco (assessor especial do ministro Blairo Maggi no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e os diretores executivos Décio Tocantins e Alvaro Salles (da Ampa e do Instituto Mato-grossense do Algodão – IMAmt, respectivamente).

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Agricultural Outlook Forum apontou as tendências para o agro mundial

03 de Março de 2017

Mesmo com a subida dos preços do petróleo no mercado internacional – perspectiva de média de US$ 58,00/barril, em 2017, contra US$ 44,04/barril, em 2016 – a tendência é que o consumo das fibras sintéticas continue competitivo nesta e na próxima temporada. A explicação para isso é a valorização da fibra natural no mercado internacional, hoje cotada em torno de US$ 0,76 por libra-peso. No horizonte, redução dos estoques chineses de algodão durante a temporada 2016/2017 e chance  de 38% de ocorrência do fenômeno climático el niño sobre as lavouras americanas nos meses de setembro, outubro e novembro, com perspectivas de estiagem não apenas lá, como em algumas regiões do Brasil, no mesmo período, logo após a colheita do algodão no território nacional.


Os dados foram destaques do Agricultural Outlook Forum, evento promovido pelo departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), realizado nos dias 23 e 24 de fevereiro, em Washington/DC. A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) acompanhou de perto a programação, de onde saem as informações mais esperadas pelo agronegócio em todo o mundo.

O gestor de sustentabilidade da Abrapa, Fernando Rati, que acompanhou o evento com o consultor da Abrapa nos Estados Unidos, Mark Langevin, explica que, durante o painel voltado para o algodão, o economista do USDA, Lyman Stone, destacou uma sinalização de que os estoques chineses devem reduzir de 58,2 para 48,8 milhões de fardos, durante a safra 2016/2017, diferentemente dos outros países consumidores, ao longo de 2017.

“Dependendo da política de manejo dos estoques da fibra, eles permanecem estáveis, não sofrendo grandes alterações. Aliado a uma perspectiva de aumento, ainda que leve, no consumo mundial, essa provável redução nos estoques chineses é bem-vinda para o cotonicultor brasileiro, pois há a possibilidade de reposição e, consequentemente, de maiores índices de importação de algodão proveniente de outros países, dentre eles o Brasil”, relata Rati.

De acordo com as informações divulgadas no Agricultural Outlook Forum, na próxima safra norte-americana, a área plantada aumentará 14,2%, passando de 10,1 para 11,5 milhões de acres. A área plantada mundial está estimada em 29,3 milhões de hectares, 4% menor quando comparada aos números de 2015/16, mas os níveis de produtividade esperados são de 784 Kg/ha, 14% maiores. O grande desafio para a cotonicultura, segundo os painelistas, será gerenciar os riscos envolvidos na produção da fibra frente a um cenário de alto endividamento dos produtores e baixos índices de lucro comparados a outros setores da economia.

Mercado baixista

Segundo estudo do USDA, desde 2013, a rentabilidade no agronegócio norte-americano caiu 30%. Ainda de acordo com previsões econômicas da instituição, os preços da fibra estarão, em média, em 65 centavos de dólar por libra-peso em 2017, sinalizando possível queda no preço internacional para os próximos meses.

Para soja e milho, destacou-se que os EUA irão destinar grande parte da produção desta safra para etanol, o que significará um recorde na fabricação do combustível. “Essa é uma estratégia norte americana para combater os altos preços do petróleo”, explica Rati. A perspectiva para os preços médios da soja, durante o ano de 2017, é de que passem de US$ 9,5 para US$9,6 por bushell, principalmente pelo aquecimento das exportações da oleaginosa, puxado pela China.

O fórum abordou também as mudanças que acontecem na política agrícola americana e os impactos do novo governo nas relações comerciais e diplomáticas do país com os demais players, após a eleição do presidente americano Donald Trump.

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Indiana UPL confirma patrocínio ao 11º CBA

03 de Março de 2017

De olho na grande concentração de produtores e de representantes da cadeia produtiva do algodão, durante quatro dias em um só lugar, a fabricante de químicos agrícolas UPL confirmou patrocínio ao 11º Congresso Brasileiro do Algodão – CBA. O evento é realizado pela Associação Brasileira do Produtores de Algodão – Abrapa e deve reunir em torno de 1,5 mil participantes, entre os dias 29 de agosto e 1º de setembro, em Maceió (AL). Essa é a segunda vez que a UPL, empresa indiana presente em mais de 80 países, investe no CBA. A primeira foi em 2015, em Foz do Iguaçu (PR).

Em um estande de 60 metros quadrados, a UPL vai mostrar seu portfolio de produtos, incluindo novas tecnologias em herbicidas, inseticidas, fungicidas e tratamento de semente de algodão, que serão lançadas no Congresso. De acordo com o gerente de Marketing da companhia, Luciano Zanotto, além do público ser estratégico para os seus negócios, a excelência na organização do CBA foi decisiva para a manutenção do patrocínio. “O CBA é o evento de maior concentração do setor e, por isso, é uma importante vitrine para os nossos produtos”, explica Zanotto. Parte do que será apresentado em nosso estande já está à disposição do produtor nesta safra. Outros produtos aguardam ainda a liberação do registro.

O Congresso Brasileiro do Algodão –CBA acontece a cada dois anos. Sua primeira edição foi em 1997, em Fortaleza. Ao longo de 10 edições, ocorreu em Fortaleza, Ribeirão Preto, Campo Grande, Goiânia, Salvador, Uberlândia, São Paulo, Brasília e, por duas vezes, em Foz do Iguaçu. Seu formato inclui palestras, apresentação de trabalhos científicos e área de exposições.

“São quatro dias para fazer relacionamentos, discutir os temas mais importantes da cotonicultura e conhecer as tendências e novidades em soluções para a lavoura. Nossa expectativa é de superar a edição de 2015, que já foi grandiosa, com base no momento favorável para a cotonicultura em que nos encontramos”, afirma o presidente da Abrapa e presidente do CBA, Arlindo de Azevedo Moura. Ele citou a melhoria nos preços da commodity, a expectativa de crescimento de safra em torno de 20% e a redução nos estoques mundiais, registrada pela primeira vez desde 2009, como fatores que motivam o produtor a participar do Congresso e a adotar mais tecnologias. “Fazemos sempre questão de realizar o CBA no período de entressafra para agregar o máximo de profissionais possível em todas as etapas da cadeia produtiva”, conclui o presidente.

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