Durante 4 dias (24 a 28 de maio), o município de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia recebeu o 12º Bahia Farm Show. A feira, realizada pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), pelo Instituto Aiba e pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), contou com importantes nomes do agronegócio no Brasil, desde produtores, autoridades políticas à representantes de instituições financeiras. O evento é considerado a maior feira de tecnologia e negócios agrícolas do Norte-Nordeste do Brasil, e hoje não representa apenas a Bahia, mas todo o Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
O presidente da Abrapa, João Carlos Jacobsen, participou da abertura dos trabalhos do evento junto com o presidente da feira e da Aiba, Júlio Cézar Busato, e foi um dos homenageados na ocasião por seu trabalho à frente dos projetos que defendem o agronegócio do Oeste da Bahia e do Brasil. “Este momento é o reconhecimento de todo o esforço que fizemos, viajando pelo mundo e transformando a imagem do algodão brasileiro, disse Jacobsen destacando ainda a ação bem-sucedida contra os subsídios do governo dos Estados Unidos para o algodão americano. Em um discurso emocionado, Jacobsen agradeceu à família e às pessoas que colaboraram nesta etapa e destacou também as iniciativas de sua gestão, como o Centro de Referência de Classificação de Algodão – CRCA- que está sendo construído em Brasília.
Os quatro dias de evento foram recheados de palestras e workshops sobre a produção agrícola no estado, com a presença de stands das principais empresas que participam do mercado expondo novas tecnologias e discussões sobre infraestrutura, logística, irrigação e biotecnologia. Em um dos momentos mais importantes do evento, o Fórum “Matopiba: potencialidades e desafios” abriu a programação técnica da Bahia Farm Show 2016. O encontro, transmitido ao vivo pelo Canal Rural e apresentado pelo jornalista Márcio Fernandes, trouxe especialistas explicando as características produtivas da região e falando sobre as principais dificuldades para a expansão da produção regional. “O avanço da tecnologia traz um momento de transição para a produção algodoeira no estado, vistos os investimentos em biotecnologia a outras ações. A biotecnologia de forma isolada, apesar de resolver muitos problemas da lavoura, não elimina algumas pragas secundárias.”, pontuou o presidente da Abrapa sobre o assunto. O presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Celestino Zanella, que também participou do Fórum, comentou sobre as iniciativas na região. “ Temos firmado parcerias com as prefeituras e analisado as fibras que são produzidas no Matopiba. Entre as ações com os pequenos produtores da região estão a entrega de kits de irrigação e a melhoria das estradas locais. Tudo sendo pensado para melhorar a qualidade da fibra e reduzir os custos”, relata Zanella sobre o tema.
Ministro na feira
O novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, também um dos fundadores da Abrapa na década de 90, visitou a Bahia Farm Show no terceiro dia de evento. A convite de Busato, ouviu as principais demandas dos produtores da região e demonstrou otimismo sobre o futuro da agricultura nacional. “O Ministério está de portas abertas para ouvirmos e resolvermos as demandas dos produtores. O MAPA deve e será a casa de todo e qualquer produtor”, destacou o Ministro em discurso. João Carlos Jacobsen estava presente na plateia e também em discurso comentou as novas iniciativas de Maggi à frente da pasta. “Sabemos de toda a dedicação do Sr. Blairo e deixamos à disposição toda a infraestrutura da Abrapa e todo apoio que pudermos dar para ajudarmos a pasta a chegar em águas calmas no final do mandato”, destacou o presidente.
Números do evento
O evento contabilizou um total de 60 mil pessoas que visitaram as atividades da feira durante a semana. Números iniciais revelam que houve uma movimentação de R$ 1,014 bilhão em negócios fechados durante o Bahia Farm Show, além de ter gerado 900 empregos diretos e 1900 indiretos. Foram 25 eventos técnicos, entre palestras, fóruns, workshops e debates que mostraram e discutiram todo o agronegócio na região. “O evento foi um sucesso, a troca de experiências com grandes entidades e atores da agricultura brasileira foi rica e esperamos frutos cada vez mais prósperos das colaborações aqui firmadas. A cotonicultura do nordeste e brasileira só têm de agradecer a este evento.”, finaliza Jacobsen sobre a feira.