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Curso de capacitação da Abrapa prepara inspetores de algodão em pluma em Mato Grosso

10 de Junho de 2024

De 05 a 07 de junho, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) organizou mais um curso de capacitação e qualificação de inspetores de algodão em pluma, desta vez voltado para participantes do Estado de Mato Grosso. O treinamento, supervisionado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foi realizado no laboratório da Unicotton, situado em Primavera do Leste (MT), com o objetivo de capacitar os profissionais nos laboratórios para o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB), na safra 2023/2024. Além de realizar a inspeção das amostras, eles têm a responsabilidade de garantir resultados confiáveis, o que implica assegurar que as verificações sejam conduzidas a cada 200 análises, mantendo uma taxa de confiabilidade igual ou superior a 90%.


“Foram abordados aspectos técnicos para preparar os profissionais na realização do autocontrole nos pontos críticos do processo, desde a retirada das amostras até a análise do algodão para a certificação oficial do Mapa. Preparamos e qualificamos os profissionais que atuarão nos laboratórios, enfrentando o desafio de analisar mais uma safra que promete ser recorde. Fico satisfeito em ver uma equipe tão motivada e comprometida com o setor do algodão”, explicou Edson Mizoguchi, gestor do programa de Qualidade da Abrapa.


Exclusivo para os inspetores de Mato Grosso, o encontro abordou não apenas questões técnicas, mas também o posicionamento do algodão brasileiro. "Apresentamos as ações realizadas nos pilares de atuação da Abrapa e reservamos um tempo para discutir sobre rastreabilidade e o movimento Sou de Algodão e o programa SouABR, visando proporcionar aos participantes uma visão abrangente do setor", explicou Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da entidade.


Para Pamela Fergutz, coordenadora de Gestão da Qualidade da Unicotton, o treinamento chegou em um momento oportuno. "Foi uma oportunidade única para todos os laboratórios que iniciarão a safra, agregando muito conhecimento e informações valiosas. Os palestrantes são verdadeiros especialistas no assunto e conseguiram transmitir os conceitos de forma acessível, com uma linguagem que todos pudessem compreender. A experiência foi extraordinária", assegurou.


O gestor do laboratório da Kuhlmann, localizado em Rondonópolis (MT), Guido Souza Santana, expressou sua satisfação com o encontro, enfatizando a participação significativa de membros da empresa. "Buscamos constantemente melhorias para o laboratório, e essa experiência foi extremamente importante, enriquecendo nosso conhecimento e prática", afirmou ele.


Com temas diversificados, a capacitação abrangeu aspectos técnicos e legais das Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBAs); dos laboratórios de análise de HVI; do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) – sistema que tem a qualidade como foco, padronizando a classificação instrumental do algodão, informatizando o acesso aos dados de classificação; da legislação vigente; do Sistema Abrapa de Identificação (SAI) e de toda a operação do Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro.


“Foram abordados temas relevantes, como os pilares do programa SBRHVI, PQAB e o SAI. Esclareceu muitas dúvidas e aprendemos boas práticas para aplicar em nosso dia a dia, aumentando, assim, a nossa confiabilidade”, afirmou Ana Paula da Silva, operadora de HVI e líder de turno, do laboratório Cooperfibra, localizado em Campo Verde (MT). Silvia Jacobina Pereira, coordenadora de laboratório instrumental da Unicotton, endossou: “o curso foi excelente, proporcionando um grande conhecimento”.


Além da instrução teórica, os inspetores também participaram de atividades conforme estipulado nos manuais de boas práticas, tanto do SBRHVI quanto do PQAB. Posteriormente, foram submetidos a uma avaliação, na qual a nota mínima exigida foi sete.


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Comissão Científica do 14º CBA discute andamento das inscrições e entrega dos trabalhos científicos

10 de Junho de 2024

A Comissão Científica do 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA) realizou uma reunião online na última sexta-feira (07), abordando o progresso das inscrições e a análise dos trabalhos submetidos, com ênfase na revisão dos materiais recebidos. Promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o evento está agendado para ocorrer em Fortaleza (CE), entre os dias 03 e 05 de setembro.


As inscrições para o Congresso seguem abertas e a comissão científica está contente com o ritmo até agora. “Esta será a primeira vez em que as premiações serão definidas antes do CBA, e estudamos maneiras de identificar e valorizar os premiados nos crachás”, afirmou o coordenador da comissão, Jean Belot (IMAmt).


O espaço para apresentação de pôsteres eletrônicos no Centro de Eventos também foi tema de debate, com a comissão buscando soluções para aprimorar a experiência dos participantes. Para a apresentação deles, 11 TVs serão disponibilizadas.


O grupo já definiu que, no mínimo, os 12 melhores trabalhos serão selecionados para apresentação oral em um espaço dedicado, durante os intervalos da manhã e da tarde dos dias 03 e 04 do evento.


A programação das plenárias também está sendo cuidadosamente elaborada pela Abrapa para oferecer aos participantes uma agenda abrangente e relevante. Para mais informações, acesse o site 14º Congresso Brasileiro do Algodão - CBA 2024

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Workshops reforçarão aprendizagem dos temas centrais, no 14º CBA

07 de Junho de 2024

Aprofundar nos temas abordados de forma interativa, para fixar melhor o conhecimento. Esse é o conceito dos cinco “workshops”, oficinas que prometem colocar o público para refletir bastante, no 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA). O evento é promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), e será realizado entre os dias 03 e 05 de setembro de 2024, em Fortaleza/CE.


Ao contrário das “salas temáticas”, os workshops têm número restrito de inscritos, para tornar o aprendizado mais eficaz, segundo explica o coordenador-geral da Comissão Científica do 14º CBA e pesquisador do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), Jean Belot. A participação será por ordem de chegada. Portanto, os interessados devem ficar atentos à programação da tarde do último dia de evento (05/09).


O técnico e além


Ainda de acordo com Jean Belot, as matérias trabalhadas nessas oficinas estão diretamente ligadas aos temas centrais do congresso, que versam em torno de quatro linhas de abordagem, entomologia; fitopatologia/nematologia; qualidade/colheita/beneficiamento e agronomia/sustentabilidade/fisiologia.


“Há ainda um sexto workshop, que abrange o papel da mulher na cotonicultura, algo que vai além do conteúdo técnico, para tratar de uma questão que cada dia mais tem se evidenciado: a incontornável contribuição feminina na produção de algodão, em lugares de decisão e em áreas tradicionalmente ocupadas por homens”, finaliza o coordenador geral.


Para saber mais sobre o 14º Congresso Brasileiro do Algodão, acesse: https://congressodoalgodao.com.br

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Revisão estratégica do Programa Algodão Brasileiro (ABR) avança no GT de Sustentabilidade da Abrapa

07 de Junho de 2024

Em uma reunião online realizada nesta quarta-feira, 05 de junho, o Grupo de Trabalho (GT) de Sustentabilidade da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) deu um passo significativo na revisão estratégica do Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que opera em parceria com a Better Cotton (BC), uma das principais certificadoras de algodão do mundo. O GT avaliou o início dos trabalhos de revisão do posicionamento em sustentabilidade e comunicação do ABR, que está sendo elaborado pela consultoria Lamparina, discutiu as novas ações do programa para as temporadas 2024/2025 e 2025/2026, bem como o regulamento da certificação das Unidades de Beneficiamento de Algodão (ABR-UBA).


O gestor de Sustentabilidade da Abrapa, Fabio Carneiro, explicou que o grupo está em processo de discussão do re-benchmarking com a BC. “Foram abordados feedbacks e analisadas as recomendações para aprimorar o protocolo, especialmente em relação aos requisitos de melhoria contínua, uso do solo, relacionamento com as comunidades e manejo integrado de pragas e doenças (MIPD)”, afirmou.


A consultoria Lamparina apresentou um relatório de diagnóstico do posicionamento em sustentabilidade e comunicação do ABR. O objetivo é promover um relacionamento mais eficaz com os stakeholders da entidade e fortalecer a divulgação das melhores práticas da produção sustentável da cotonicultura nacional.



A certificação do ABR/Better Cotton é um marco importante para a produção nacional, com mais de 80% da pluma brasileira atualmente certificada. O protocolo está há mais de 10 anos sendo implementado no Brasil, e passa por constantes atualizações, como a que está sendo discutida agora, para atender os mais rígidos critérios nacionais como internacionais.


A comprovação da atuação das propriedades é realizada com base em uma rigorosa auditoria independente, atualmente é conduzida por três empresas terceirizadas: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Genesis Certifications e Qima/WQS.

O GT também discutiu as ações para atualizar a equivalência do protocolo ABR com os princípios e critérios v3.0 da Better Cotton, visando manter o alinhamento com os padrões mais recentes da organização. “Este esforço conjunto é fundamental para garantir que estejamos alinhados com as melhores práticas e padrões internacionais de sustentabilidade na produção de algodão”, afirmou Carneiro.


A reunião encerrou com a abordagem da atualização do regulamento da certificação das Unidades de Beneficiamento de Algodão (ABR-UBA), com auditorias do programa agendadas para o segundo semestre deste ano.

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Parceria com Banco dos Brics irá destinar US$ 100 milhões para infraestrutura agrícola do RS

07 de Junho de 2024

Nesta terça-feira (4), iniciou a missão oficial à China, em Pequim, liderada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Foi realizada uma reunião com a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o Banco dos Brics, Dilma Rousseff, e, na ocasião, foi assinada a carta-compromisso de apoio ao Rio Grande do Sul que formaliza a destinação de US$ 495 milhões do banco para a reconstrução do estado (o equivalente a R$ 2,6 bilhões).


O encontro também contou a presença dos ministros que compõem a delegação: Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária); Rui Costa (Casa Civil); Simone Tebet (Planejamento e Orçamento); Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), Márcio França (Micro e Pequenas Empresas) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), além dos presidentes da ApexBrasil, Jorge Viana, e da ABDI, Ricardo Cappelli.


Além dos recursos oriundos diretamente do NDB, tomadores como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB) e Banco Regional do Extremo Sul (BRDE) irão disponibilizar outros US$ 620 milhões, totalizando US$ 1,115 bilhão (R$ 5,75 bilhões) em investimentos. Na parceria com o BB, serão destinados US$ 100 milhões para a reconstrução da infraestrutura agrícola no estado gaúcho, como por exemplo, em projetos de armazenagem e de logística.


“Serão destinados para obras de infraestrutura agrícola, porque o Rio Grande do Sul é um grande produtor de grãos e de proteína animal, então para armazenagem e projetos de infraestrutura logística”, explicou a presidente do NDB, Dilma Roussef.


“Agradeço ao NDB, por meio da presidenta Dilma, por todo apoio que vem oferecendo ao povo gaúcho diante desta catástrofe sem precedentes”, afirmou o vice-presidente, Alckmin. “Tenho convicção de que a reconstrução do estado será maior que a destruição”. Já o ministro Fávaro, destacou que a importância da iniciativa, que revela o compromisso do governo do presidente Lula em buscar alternativas para apoiar os produtores do agro brasileiro.


De acordo com a carta-compromisso, os recursos de US$ 495 milhões serão distribuídos da seguinte forma: US$ 200 milhões para infraestrutura, incluindo investimentos em rodovias, pontes, vias urbanas e outras instalações. Os outros US$ 295 milhões serão canalizados pelo BRDE e destinados exclusivamente às necessidades do Rio Grande do Sul. Já os US$ 620 milhões alocados exclusivamente para o estado serão concedidos por BNDES, BB e BRDE.


AGENDA


Ainda nesta terça-feira (4), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, também participou de reunião com executivos da indústria têxtil chinesa. O encontro, promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), teve o objetivo de ser um espaço para compartilhamento de informações do setor e fortalecer o relacionamento entre os países. As informações partem do Mapa.

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Evento sobre defesa agropecuária brasileira tem participação da Abrapa, em Goiás

06 de Junho de 2024


A conectividade agropecuária, a inspeção vegetal, as mulheres no agro, a sustentabilidade, os recursos genéticos e a nova lei dos defensivos agrícolas foram alguns dos temas tratados na 8ª Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária (CNDA), realizada de 04 a 06 de junho, no Centro de Convenções de Goiânia (GO). O fórum reuniu cerca de 1,5 mil participantes, entre eles a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), para discutir questões relacionadas à defesa agropecuária do país. Foi a primeira vez que um estado da região Centro-Oeste sediou o evento bianual, promovido pela Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA) em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).


No primeiro dia, Edivandro Seron, consultor técnico da Abrapa, participou de diversos painéis que abordaram assuntos relevantes para o setor agrícola na era digital, como o desenvolvimento de novos produtos, a mitigação dos riscos da exposição das abelhas aos químicos em colaboração com os órgãos estaduais de sanidade agropecuária, as boas práticas no combate aos insumos ilegais e a nova legislação dos defensivos agrícolas, lei 14.785/23.


Nos dias seguintes, Seron esteve envolvido no Encontro Nacional Sobre Fiscalização de Agrotóxicos (Enfisa), uma iniciativa direcionada a servidores de órgãos estaduais de defesa agropecuária, auditores fiscais federais agropecuários do Mapa e representantes das empresas fabricantes de produtos fitossanitários e suas associações. Sua participação foi importante para acompanhar as discussões e trocas de experiências sobre a fiscalização e regulamentação desses itens no país.


“Os debates giraram em torno da nova legislação de defensivos agrícolas e suas diretrizes para a fiscalização estadual. O tema foi coordenado pelo Mapa e contou com apresentações dos órgãos de defesa agropecuária dos principais estados produtores de grãos e fibra. Outro assunto de grande relevância para a sociedade, que recebeu considerável atenção, foi o combate aos ilícitos, incluindo o contrabando desses insumos, e a atuação do poder público na fiscalização", explicou.


Além do consultor da Abrapa, Haroldo Rodrigues da Cunha, presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), foi moderador do painel que abordou o tema Sustentabilidade, no dia 05 de junho.


A Conferência havia sido realizada pela última vez em 2022, em Belo Horizonte (MG). A CNDA possui caráter multidisciplinar e interinstitucional, consolidado como um importante fórum de discussão da defesa agropecuária, no qual são compartilhados conhecimentos e responsabilidades a fim de contribuir com a segurança nacional, principalmente, no que diz respeito às normas e procedimentos da agropecuária brasileira.



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Abrapa homenageia Chinatex, CNCE e CNCGC pela parceria em 2024

06 de Junho de 2024

A aliança comercial entre Brasil e China inicia o mês de junho com os votos renovados. Durante a missão do Cotton Brazil no país asiático, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) homenageou as três principais empresas estatais chinesas do setor. O gesto, além de ilustrar o interesse brasileiro em seguir com a parceria, marca, na história dos dois países, o ano de 2024 como aquele em que o Brasil se tornou o maior fornecedor do produto para o gigante asiático.


“Há seis anos, somente 6% dos fardos de algodão importados pela China tinham origem no Brasil. Em 2024, a China bateu o recorde de importação do nosso algodão, passando à frente do volume consumido pela indústria têxtil brasileira, e se tornando nosso maior cliente”, analisou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa. De janeiro a abril deste ano, 48% de todos os fardos importados pela China saíram do Brasil.


Desde 28 de maio, uma delegação brasileira com nove membros da Abrapa e da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea) cumpre agenda de visitas técnicas, eventos e reuniões de trabalho. A missão é uma das ações do Cotton Brazil, iniciativa coordenada pela Abrapa que representa em escala global a cadeia produtiva brasileira de algodão.


Durante a agenda, os presidentes das três maiores companhias estatais de comercialização de algodão receberam o “Global Cotton Brazil Global Partnership Award”, uma placa comemorativa em reconhecimento à parceria. A honraria foi entregue à presidente da Chinatex, Yuan Fei, ao presidente da China National Cotton Group Corporation (CNCGC), Liu Yong, e ao presidente da China National Cotton Exchange (CNCE), Yang Baofu.


Chinatex, CNCE e CNCGC são as três mais relevantes companhias estatais chinesas do setor de algodão. Juntas, elas são responsáveis por 40% da importação de pluma feita pela China neste ano - a maior da história. O prêmio foi entregue, em mãos, pelo vice-presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, durante jantar oficial com o Ministério da Agricultura do Brasil que marcou o fim da missão do Cotton Brazil.


Além dos executivos, foram homenageados o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana. “A agência tem sido uma parceria essencial ao algodão brasileiro, graças ao apoio dado ao Cotton Brazil, desde seu início, em 2019. Além disso, estamos expandindo nossas ações de forma estratégica na Europa, junto a grandes marcas varejistas, porque temos a ApexBrasil ao nosso lado”, contextualizar o diretor de Relações Institucionais da Abrapa, Marcelo Duarte.


Ministro da Agricultura e da Pecuária, Carlos Fávaro também recebeu o prêmio “Global Cotton Brazil Global Partnership Award” por sua contribuição ao comércio do algodão brasileiro no exterior. Entre as conquistas do ministério, a Abrapa destacou a abertura do mercado egípcio, em janeiro de 2023, a criação do Programa Nacional de Qualidade do Algodão do Brasil (PQAB) e a parceria com o mercado chinês.


Uma das atividades mais importantes durante a missão brasileira foi o ciclo de visitas técnicas com Chinatex, CNCE e CNCGC. “Ratificamos nossa parceria com cada uma das estatais e aproveitamos para trocar feedbacks, identificando pontos que ainda podemos melhorar”, observou Marcelo Duarte.


O último compromisso dos brasileiros na China foi a participação na reunião ampla da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), principal fórum de diálogo regular e oficial entre Brasil e China. Em pauta, três demandas nacionais: a liberação da importação chinesa de caroço de algodão, a criação de cotas específicas para a pluma brasileira e a flexibilização de datas para desembarque do algodão na China.

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Sou de Algodão participa da 1ª Semana ESG da Aramis

A marca divulgou o relatório de sustentabilidade e convidou alguns parceiros para falar sobre o tema para seus colaboradores

06 de Junho de 2024

Na última quarta-feira, 05, Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa e gestora do movimento Sou de Algodão, foi convidada para participar 1ª da Semana ESG da marca parceira Aramis, na sede da empresa, em São Paulo. O evento celebra o lançamento da estratégia de sustentabilidade da marca e, por isso, programou palestras e eventos com fornecedores. Silmara marcou presença para falar sobre o algodão brasileiro, a certificação e a rastreabilidade da fibra, junto com representantes da área de design da marca, da Dalila Têxtil e da Lenzing, que fornecem matéria-prima.


Camila Limberg, Coordenadora de Sustentabilidade da Aramis, diz que é muito importante começar com esse trabalho de dentro e, por isso, a divulgação do relatório acontece para os colaboradores por meio de eventos ao longo da semana. "A preocupação da nossa Aramis com a sustentabilidade reflete um compromisso essencial nos dias de hoje, alinhando a marca com os valores de um consumidor cada vez mais consciente e exigente. Adotar práticas sustentáveis não apenas protege o meio ambiente, mas também fortalece a confiança e lealdade dos clientes, garantindo relevância e responsabilidade no mercado atual."


Entre os assuntos comentados, Silmara deu destaque para a certificação das fazendas produtoras de algodão, pelo Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). “A unidade produtiva passa por auditoria de terceira parte, seguindo um protocolo de 183 questões, verificado a cada safra. Esses itens estão organizados em oito critérios, sendo que o maior peso fica na parte de segurança do trabalho, mas há melhores práticas, questões agrícolas e ambientais também envolvidas”, explica.


A executiva abordou, ainda, que cerca de 82% de todo o algodão que é produzido no Brasil tem certificação socioambiental. “Esse número não é de uma empresa em si, mas sim de um setor inteiro que produz essa matéria-prima. Na safra 2022/2023, foram 374 fazendas certificadas, espalhadas por 82 municípios do Brasil, mais de dois milhões e meio de toneladas da fibra com certificação. O Brasil forneceu 37% de tudo o que a Better Cotton licenciou no mundo todo, na última temporada.”


Silmara também frisou que o compromisso da Abrapa é sempre pensar em como melhorar o processo como um todo, não só no setor produtivo, mas fora dele também. Neste contexto, citou a evolução do programa ABR para certificar as Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA),   desde 2020, para que os produtores implantem, cada vez mais, práticas operacionais e administrativas mais responsáveis.


SIlmara comentou sobre a importância do movimento Sou de Algodão para os consumidores e toda a cadeia têxtil. “A iniciativa da Abrapa trabalha em prol da valorização do uso da fibra e da união de toda a cadeia produtiva e a indústria têxtil, promovendo a moda responsável e o consumo consciente. Por meio do SouABR, primeiro programa de rastreabilidade de ponta a ponta da cadeia têxtil brasileira, podemos entregar todo o caminho da peça, desde a fazenda certificada que produziu de algodão até o produto final, garantindo confiança e transparência sobre o item obtido. O rastreio é realizado por meio de um QRcode localizado na etiqueta da peça, que através de tecnologia blockchain, disponibiliza informações detalhadas sobre o seu processo de fabricação”  finaliza.


Sobre Sou de Algodão
Movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva e têxtil, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e certifica 82% de toda a produção nacional de algodão.

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Brasil garante à China oferta firme de algodão

04 de Junho de 2024

Em meio a uma conjuntura comercial e geopolítica desafiadora, a China encontrou no Brasil um parceiro confiável no fornecimento de algodão neste ano. A constatação ficou clara durante a primeira etapa da missão realizada no país asiático pelo Cotton Brazil, iniciativa de promoção internacional da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa).


Desde 28 de maio, uma delegação brasileira com nove membros da Abrapa e da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea) realiza uma programação comercial na China. O intercâmbio faz parte do cronograma de ações deste ano do Cotton Brazil.


De janeiro a abril de 2024, o Brasil respondeu por quase 48% do algodão importado pelos chineses. Há seis anos, essa participação era de 6%. Os negócios no ano comercial (de agosto de 2023 a abril de 2024) somaram 1,2 milhão de toneladas de algodão brasileiro – volume superior à totalidade do ciclo 2022/23. “Se essa tendência se mantiver, poderemos dobrar o recorde histórico de 2020/21, que foi de 720,5 mil toneladas”, pontua o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.


Responsável por coordenar o Cotton Brazil, o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte explica que a opção da China em negociar com o Brasil tem dois motivos. “O país enfrenta conflitos comerciais e geopolíticos com os Estados Unidos e a Austrália, e, por outro lado, o Brasil tem aumentado seu protagonismo no mercado global”, analisa o executivo.


A previsão é que o Brasil exporte no ciclo 2023/24 um volume final de 2,5 milhões tons. “É uma verdadeira revolução se lembrarmos que, na década de 1990, éramos o segundo maior importador de pluma no mundo. Hoje somos o segundo maior exportador e atendemos plenamente nosso mercado interno”, observa Marcelo Duarte.


Outro atrativo é o fato de que o Brasil tem aliado eficiência produtiva com práticas sustentáveis. “De 1990 para cá, reduzimos a área plantada em mais de 50% e hoje usamos 0,2% do território brasileiro para produzirmos 3,5 milhões tons – 400% a mais do que nos anos 1990. E isso mantendo 66% do nosso País com vegetação nativa preservada em áreas protegidas”, enumera o diretor.


A evolução sustentável da cotonicultura brasileira foi o eixo central da apresentação feita por Marcelo Duarte durante o painel de tendências globais do "2024 China Cotton Industry Development Summit", evento anual realizado pela China National Cotton Exchange (CNCE) em Xi'an, na China. Pelo terceiro ano consecutivo o diretor da Abrapa participa como palestrante, dessa vez ao lado de representantes dos Estados Unidos e da Austrália.


O evento reuniu cerca de 800 participantes do mundo todo e apresentou um panorama atual de como os setores de algodão e têxtil tendem a se comportar no próximo ano. Entre os destaques, a menor safra norte-americana em 37 anos, registrada em 2023/24, e o aumento no volume importado pela China – maior marca de dez anos para cá.


As projeções a médio prazo, no entanto, levantaram incertezas. Eventos climáticos adversos em diferentes países produtores têm dificultado os prognósticos quanto à oferta de algodão. Por outro lado, o surgimento de novas legislações e o avanço da produção de tecidos sintéticos complicam as estimativas de demanda.


O saldo da presença brasileira no evento, entretanto, foi positivo. “Saímos do congresso da CNCE confiantes de que o Brasil está no caminho certo para manter e fortalecer seu posicionamento de mercado. É uma jornada de melhoria contínua e nosso foco é continuar trabalhando para fornecer ao mundo essa importante fibra sustentável e renovável”, avaliou o diretor da Abrapa.


A missão do Cotton Brazil continua até o dia 6 de junho. A delegação brasileira seguiu para Xangai e Ningbo para reuniões de trabalho e visitas técnicas a órgãos públicos, fiações e indústrias têxteis. O último compromisso oficial é a participação na reunião ampla da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), que ocorre 4 de junho com presença do vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin.

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Programação abrangente: salas temáticas do 14º CBA exploram desde mudanças climáticas até o mercado de algodão

04 de Junho de 2024

O desafio das condições climáticas adversas no cultivo do algodoeiro será o tema da plenária técnica do 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA). Com o intuito de esclarecer as principais dúvidas dos congressistas, as palestras do agroeconomista Eduardo Delgado Assad, do consultor de fitotecnia e fisiologia Ederaldo Chiavegato, e do professor da Unesp, Odair Fernandes, abordarão aspectos como produção agrícola, desenvolvimento do algodoeiro e dinâmica das pragas, respectivamente, analisados sob a perspectiva das intempéries e seus impactos na cotonicultura do país. Promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o evento acontecerá de 03 a 05 de setembro, em Fortaleza/CE.


"Este ano, os congressistas provavelmente estarão interessados em compreender o que ocorreu, por que e se há possibilidade de mitigar os efeitos da variabilidade climática. Certamente, essas dúvidas serão elucidadas durante as palestras técnicas e workshops, que seguirão o formato tradicional e serão realizadas no período da tarde dos três dias de congresso", afirmou Jean Belot, pesquisador do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) e coordenador-geral da Comissão Científica do 14º CBA, referindo-se aos eventos climáticos que influenciaram a produção, dentre outros, como as chuvas no Rio Grande do Sul.


Além da plenária técnica, o Congresso terá três tempos de seis salas temáticas, divididas em hubs dispostos, simultaneamente, em um espaço hexagonal. O público participará das apresentações com fones de ouvido e terá a flexibilidade de poder migrar entre as salas, conforme o interesse no tema, sem precisar definir previamente as palestras de preferência. Na tarde do terceiro dia, seis workshops serão conduzidos simultaneamente.


Com o tema “Algodão Brasileiro: Construindo história rumo ao protagonismo mundial”, a expectativa de público para o 14º CBA é de mais de três mil pessoas. A cada dois anos, o evento reúne não apenas a comunidade científica, mas também produtores e representantes de toda a cotonicultura, para a troca de conhecimentos, experiências e estratégias para enfrentar os desafios que afetam a produção de algodão no Brasil.


 


Salas temáticas


Uma parte importante da programação são as salas temáticas, que abordarão uma ampla variedade de tópicos, incluindo mercado de algodão, sustentabilidade e meio ambiente, controle de pragas, tecnologia e inovação. Essas sessões ocorrerão sempre durante o período da tarde.


Para este evento, foram convidados 76 palestrantes, incluindo dois especialistas internacionais. “Organizamos, no total, 19 salas temáticas e seis workshops por eixo, de acordo com a natureza do assunto, que são: entomologia; fitopatologia e nematologia; qualidade, colheita, beneficiamento e agronomia, sustentabilidade e fisiologia”, informa Belot. Uma das salas temáticas é a plenária, que será feita para todo público presente.


Na sala 1, o destaque será o manejo do bicudo-do-algodoeiro, com a coordenação da pesquisadora da Fundação MT, Lucia Vivan. Integram o painel os consultores Walter Jorge, Marcio Souza e Paulo Degrande. A sala 2 segue com a mesma temática, porém, com enfoque no uso de ferramentas para o controle da praga, conduzida pelos pesquisadores Júlio César Bogiane (Embrapa) e Edson Andrade (IMAmt), além do diretor da Amipa, Licio Augusto Pena de Sairre.


O manejo de pragas do sistema de produção é o tema da sala 3, com coordenação do pesquisador Jacob Netto (IMAmt) e presença de Lucia Vivan e do entomologista Marco Tamai (Universidade do Estado Bahia). Na sala 4, a evolução da entomofauna no sistema será tratada pelo professor Geraldo Papa (Unesp) e seus convidados, os professores Jose Bruno Malaquias (Universidade Federal da Paraíba) e Jorge Torres (Universidade Federal Rural de Pernambuco).


A evolução da ocorrência e do manejo de nematoides no algodoeiro com olhar no sistema de produção será o assunto da sala 5, coordenada pelo pesquisador Rafael Galbieri (IMAmt). Os pesquisadores da Embrapa Guilherme L. Asmus e Nelson Dias Suassuna completarão a lista dos palestrantes. Galbieri também supervisionará a sala 6, cujo tema será evolução da ocorrência e do manejo da ramulária e de manchas no algodoeiro. Os professores Sergio H. Brommonschenkel (Universidade Federal de Viçosa) e Danilo Pinho (Universidade de Brasília) integrarão a equipe.


“O combate à mancha-alvo, uma das doenças mais relevantes do algodoeiro, também será um tema muito procurado pelos congressistas, devido à criticidade da ocorrência dessa doença esse ano”, avalia o coordenador.


Na sala 7, os resultados dos ensaios em cooperação de doenças e nematoides e ações práticas de manejo serão abordados pelo coordenador, o pesquisador Fabiano Perina (Embrapa) e os palestrantes Lais F. Fontana (Instituto Goiano de Agricultura) e Guilherme Ohl (Ceres Consultoria).


A produção sustentável do algodão será assunto para os cases de sucesso, na sala 8. A coordenação será do pesquisador Fernando Lamas (Embrapa), com a participação de William Matté (Grupo MeC), do agrônomo Ricardo Atarassi e do consultor Evaldo Kasushi Takisawa. O diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, conduzirá o tema impulsionando a sustentabilidade na produção de algodão: da visão de programas a indicadores ambientais, com a presença da pesquisadora Beata Madari (Embrapa) e Juliana Lopes (Grupo Amaggi), na sala 9.


Com a coordenação do agrônomo Cézar Busato, a sala 10 irá tratar de mudanças fisiológicas da planta para adaptação a estresses abióticos e terá a participação de Katarzyna Glowacka, Universidade de Nebrasca (EUA), e do pesquisador José Salvador Simoneti Foloni (Embrapa). Na sala 11, os participantes terão o perfil e fertilidade do solo como estratégia para minimizar as consequências da variabilidade climática, sob supervisão de Fernando Lamas. Participarão Júlio Cesar Salton, Álvaro Vilela Resende e Ieda Mendes, todos pesquisadores da Embrapa.


Na sala 12, modelos de sistema de produção para algodoeiro: impactos no perfil e estoque de carbono no solo serão debatidos sob supervisão de Alexandre Cunha de Barcelos Ferreira (Embrapa). Farão parte do painel Junior Cézar Avanzi (Universidade Federal de Lavras) e Fábio Ono (SLC Agrícola).


O diretor de relações internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, levará o tema índice de fibras curtas e o impacto na qualidade do algodão brasileiro para a discussão na sala 13, com a presença do consultor têxtil Samuel Yanase e Jean Belot. Como melhorar a qualidade da fibra do algodão brasileiro será tratado na sala 14, com coordenação de Edmilson Santos (SLC Agrícola), e palestras de Fabio Echer (Universidade do Oeste Paulista) e Jean Belot.


Sob coordenação e participação de Arlindo Moura (Santa Colomba Agropecuária), a controladoria e gestão para perpetuar os negócios será apresentada na sala 15. O pesquisador Murilo Maeda levará para a sala 16 os desafios e as novas ferramentas para melhorar as cultivares de algodão, com palestras dos também pesquisadores Camilo de L. Morello e Pedro Henrique Araújo Diniz.


Na sala 17, o produtor Celestino Zanela apresentará o tema: qual espaço temos para o cultivo algodoeiro irrigado no Brasil, com a participação dos consultores Everardo Mantovani e Igor Santos. Por fim, a evolução da colheita e beneficiamento, e impacto na qualidade da fibra será abordada na sala 18, com supervisão de Jean L. Chanselme (Cotimes) e presenças de Paulo Otávio Parreira (supervisão de manutenção) e Jonas Nobres (Laferlins Corretora). Os painéis se realizarão sempre na parte da tarde e com horários diferenciados. Para mais informações sobre a programação, consulte 14º Congresso Brasileiro do Algodão - CBA 2024 (congressodoalgodao.com.br)

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