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14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA): entomologia, muito além do “bicudo”.

18 de Junho de 2024

A entomologia, ramo da biologia que estuda os insetos, será um dos eixos temáticos do 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA). Mesmo quem não é do ramo, mas conhece alguma coisa sobre a cultura, sabe que o grande inimigo das lavouras de algodão no Brasil é justamente um inseto, o besouro conhecido como bicudo do algodoeiro, que chegou por aqui em meados dos anos de 1983, e, de lá para cá, tem sido controlado, mas jamais erradicado. Mas o bicudo não atormenta sozinho a vida do cotonicultor, por isso o congresso deu lugar de destaque para essa e outras pragas, que atentam contra a produtividade do produtor, em palestras, salas temáticas e workshops com grandes nomes do setor. O 14º CBA é uma realização da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e será sediado entre os dias 03 e 05 de setembro de 2024, na cidade de Fortaleza/CE.


De acordo com a pesquisadora da Fundação MT, Lúcia Vivan, a entomologia desempenha um papel crucial no cultivo do algodão, e está na base de muitas decisões que o cotonicultor faz em seu dia a dia, na estratégia de Manejo Integrado de Pragas (MIP). “No caso do bicudo, isso passa pela definição do número de aplicações de defensivos, pelo uso das ferramentas digitais, pela destruição das soqueiras e tigueras e cumprimento do vazio sanitário, além da gestão de resistência e muitos outros fatores”, diz a pesquisadora.


Dra. Lúcia antecipa que uma das grandes expectativas para o 14º CBA é o controle biológico contra o bicudo. “Trata-se de algo muito desafiador, porque o que desponta como uma possível nova arma é, exatamente, um inseto. Como fazê-lo sobreviver em campo, mesmo com as aplicações que o controle do bicudo demanda? São respostas que estão sendo buscadas e o congresso é o cenário ideal para essas discussões”, adianta.


Sob o guarda-chuva da entomologia também estão as lagartas que, ao contrário do besouro, são um problema para todo o sistema de produção. “Os lepidópteros estão presentes também na cultura do milho e da soja. O mesmo vale em relação à mosca branca e ao tripes. Em alguns estados produtores do país, a paisagem traz todos esses quase simultaneamente. Por isso, no 14ºCBA, especificamos uma sala para a ‘entomofauna’ no sistema”, explica. Ainda de acordo com a pesquisadora, o produtor e suas equipes, que participarem do 14º CBA, terão acesso a informações importantes para o manejo da cultura.


 

Foto: Bruna Diniz Tripode - Embrapa

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14º CBA enfatiza fisiologia do algodoeiro como estratégia para solucionar as grandes demandas da cotonicultura

17 de Junho de 2024

Conhecer a fundo como funciona o algodoeiro – sua “fisiologia” – e atuar estrategicamente sobre seus processos vitais, seja com o manejo correto ou a incorporação de tecnologia, pode ser a diferença para a alta produtividade de uma lavoura de algodão. Mais que isso, a resposta para os grandes desafios da atualidade, como enfrentar a variabilidade climática e sua influência na agricultura. Não por acaso, a fisiologia do algodoeiro será um dos eixos temáticos do 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA), evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que será realizado entre os dias 03 e 05 de setembro próximo, em Fortaleza/CE.


O campo da fisiologia é tão vasto quanto variado, já que engloba todos os processos que a planta realiza para que ela possa crescer e se desenvolver. Isso vai desde a capacidade de fazer fotossíntese, capturar carbono, absorver nutrientes, resistir ao estresse hídrico e muitos outros fatores, que interconectam disciplinas como bioquímica, genética, ecologia e agronomia.


De acordo com o pesquisador da Embrapa e membro da Comissão Científica do 14º CBA, Fernando Lamas, do ponto de vista fisiológico, o algodoeiro talvez seja uma das plantas cultivadas pelo homem que têm a fisiologia mais interessante e, ao mesmo tempo, desafiadora. “Qualquer fator, seja de natureza biótica ou abiótica, que venha a interferir na atividade fisiológica do algodoeiro pode resultar em queda da produtividade ou impacto negativo na qualidade da fibra”, diz.



Mudanças climáticas


Por outro lado, segundo o pesquisador, a interferência calculada sobre essas características naturais pode ajudar na definição de tratos culturais específicos na planta e no seu funcionamento, que vão desde a altura, a arquitetura ou o tamanho das raízes, e consequentemente, trazer grandes benefícios à produção. “Acredito que as mudanças climáticas serão um tópico muito discutido no 14º CBA. Estão surgindo produtos, que podem ser aplicados por diversas vias, que ajudam as plantas a enfrentar períodos de seca e temperatura muito elevada”, afirma Lamas.  “São químicos e biológicos que minimizam o problema, quando utilizados na dose e no momento corretos. Existe uma outra linha de produtos que promove o melhor crescimento radicular. “Com raízes maiores e profundas, as plantas se tornam menos susceptíveis a eventuais períodos de déficit hídrico”, explica.


Mas nem tudo são altos investimentos ou envolvem grandes requintes científicos. “Algumas das escolhas do produtor, feitas com base no conhecimento da fisiologia, não lhe custarão nenhuma despesa extra, mas potencializarão a capacidade produtiva das suas lavouras, a começar sobre a seleção da janela correta de semeadura, para que não haja limitações nem de água nem de luz”, relata lamas.


 

Eixos temáticos


Segundo a diretora de Relações Institucionais da Abrapa, e coordenadora do 14º CBA, Silmara Ferraresi, as palestras, salas temáticas e workshops do congresso estarão lastreadas em grandes temas, divididos em cinco eixos: fisiologia, entomologia, fitopatologia/nematologia, qualidade/colheita/beneficiamento e agronomia/sustentabilidade/fisiologia. “Essa divisão permitiu à comissão científica do 14º CBA organizar e construir uma programação inteligente, sem, contudo, engessá-la”, diz Silmara. “O que se fez foi aproveitar a sinergia entre as muitas disciplinas nas quais esses conteúdos se encaixam, para potencializar a apreensão do conhecimento. Será um congresso extremamente enriquecedor para o produtor e suas equipes”, conclui Silmara.

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Abrapa e laboratórios participantes do SBRHVI discutem desvios e medidas corretivas com Mapa

14 de Junho de 2024

Em 14 de junho, membros da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e dos 12 laboratórios habilitados no Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) participaram de uma reunião online, com a equipe do Serviço Regional de Operações Avançadas de Autocontrole, Monitoramento, Certificação e Rastreabilidade (Seamc), um órgão vinculado ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Na ocasião, foram discutidos os desvios nos procedimentos em relação às normas estabelecidas, os quais foram identificados durante as visitas de verificações feitas pelo órgão federal, em 2023. O objetivo foi esclarecer dúvidas e debater ações preventivas e corretivas, com foco nas boas práticas laboratoriais e no cumprimento do Regulamento Técnico do Algodão em Pluma (IN24/2016).


“Ao destacarmos as inconformidades mais frequentes identificadas na safra 2022/2023, elaboramos orientações gerais sobre padronização de procedimentos. Além disso, compartilhamos exemplos de soluções desenvolvidas por um determinado laboratório para resolver esses problemas específicos. Essa troca de experiências e orientações visa promover a melhoria contínua e o aprendizado mútuo dentro do setor”, explicou Cid Alexandre Rozo, auditor federal agropecuário do ministério. As irregularidades identificadas abrangeram diferentes aspectos do processo de análise de amostras de algodão. Entre elas, foram constatadas amostras com peso inferior a 150 gramas e dimensões irregulares, violando as normas estabelecidas. Além disso, a ineficiência no procedimento de climatização das amostras também foi observada, o que pode afetar a estabilidade das mesmas e, consequentemente, a precisão dos resultados.


Oportunidade de melhorias  


O Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), pertencente à Abrapa, possui a habilitação como Serviço de Controle Autorizado (SCA) pelo Mapa. Como resultado, recebeu o ofício contendo a lista de irregularidades identificadas durante as visitas de verificação em laboratórios de classificação de pluma. Silmara Ferrarsesi, diretora de relações institucionais da entidade, enfatizou: “Como associação, fizemos questão de informar a todos os laboratórios sobre os pontos observados durante as fiscalizações”.


O auditor federal agropecuário destacou que, para a safra de 2023/2024, é imprescindível que os laboratórios ajustem seus procedimentos de acordo com as normas de classificação de algodão. Em particular, enfatizou-se que a utilização da máquina de HVI deve seguir estritamente as instruções fornecidas pelo fabricante. Foi ressaltado que o não cumprimento dessas regulamentações acarretará em ações punitivas, que incluem desde auto de infração até mesmo o impedimento de prestação de serviços de classificação laboratorial de pluma. Essas medidas visam garantir a integridade e a qualidade dos procedimentos de classificação, assegurando a confiabilidade dos resultados obtidos.

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Sou de Algodão na Isto É Dinheiro

14 de Junho de 2024

Esta semana, o movimento Sou de Algodão está nas páginas de uma das mais conceituadas revistas do país, no segmento de economia, negócios e estilo de vida. Numa entrevista tipo ping-pong de duas páginas, a diretora de Relações Institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi explica o movimento e o engajamento da iniciativa na crescente busca do consumidor por produtos de origem responsável.


Confira na íntegra: IstoEDinheiro

 

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Abrapa passa a oferecer plataforma completa de atendimento aos usuários de seus sistemas de T.I.

14 de Junho de 2024

Se a qualidade do algodão é uma prioridade para a Associação Brasileira dos Produtores do Algodão (Abrapa), assegurar a excelência tecnológica de seus sistemas está no mesmo nível de importância. Nesse sentido, a entidade lançou o Portal de Suporte Abrapa, uma solução que consolida todos os canais de atendimento aos sistemas de T.I da entidade em uma única plataforma, proporcionando uma experiência mais integrada e eficiente para todos os usuários, sejam eles produtores, inspetores, certificadoras dentre tanto atores que operam nas plataformas.


Além dos tradicionais contatos por telefone, e-mail e WhatsApp, o Suporte Abrapa é mais uma opção para facilitar a comunicação com a entidade. “Essa unificação nos permite oferecer uma solução completa de atendimento ao cliente”, disse André Pimentel Grell, gerente de Tecnologia da entidade.


A melhoria foi necessária para que a equipe de TI pudesse concentrar seus esforços na automação dos sistemas. Com essa abordagem, o time será capaz de medir diretamente o nível de satisfação dos clientes usuários, o que ajudará a reforçar ainda mais a eficiência dos processos e melhorá-los constante. “Estamos entusiasmados com essa atualização significativa, que oferece uma gama de opções para facilitar a comunicação com nossos usuários”, concluiu.


Como acessar


Se você já utiliza os sistemas da associação, basta clicar no ícone de acesso "Abrapa Suporte" e será direcionado para o Portal. Além disso, você pode acessá-lo a qualquer momento dentro do Sistema Abrapa de Identificação (SAI), Sistema Nacional de Dados do Algodão (Sinda), Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), Unidades de Beneficiamento de Algodão (ABR-UBA), Standard Brasil HVI (SBRHVI) e Convites de forma fácil. No portal, você tem a opção de utilizar o chat para se comunicar em tempo real com a equipe de analistas da entidade.


Canais de suporte da T.I da Abrapa




  • Portal Suporte Abrapa – suporte.abrapa.com.br 

  • Chat – dentro do portal e dentro dos sistemas SAI, Sinda, ABR, ABRU-UBA, Convites e SBRHVI

  • Formulário de solicitação de atendimento - dentro do portal suporte.abrapa.com.br  

  • Telefone – +55 61 9975-8527 e +55 61 9809-7748

  • Whatsapp – +55 61 9975-8527 e +55 61 9809-7748

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PUC Campinas realiza desfile em parceria com Sou de Algodão

Estudantes do curso de Design de Moda da universidade parceira apresentaram dois desfiles com roupas do acervo; o algodão brasileiro e o Programa SouABR foram os temas escolhidos

14 de Junho de 2024

Na última quinta-feira, 13, os alunos do curso de Design de Moda da PUC-CAMPINAS, em parceria com o movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), organizaram um evento para celebrar o trabalho criativo e tecnológico da moda e da produção têxtil nacional, colocando o algodão em evidência. Com styling realizado com as peças do acervo Sou de Algodão, os estudantes desenvolveram dois desfiles exclusivos, além de uma exposição com os respectivos projetos e um Welcome Coffee preparado pelo curso de Gastronomia da universidade.


“Queremos agradecer, acima de tudo, a contribuição do Sou de Algodão que viabilizou este projeto. Ele acontece como um encerramento da disciplina de Projeto Integrador de Produção de Moda, em que os estudantes aprendem a como organizar um desfile. Além disso, tem caráter extensionista, porque fazemos essa ponte como algum agente do mercado e o movimento, enquanto parceiro do curso, topou e apoiou essa iniciativa. Graças a isso, tivemos a honra de desfilar os nomes mais importantes da moda contemporânea brasileira, que fazem parte do acervo, por meio dos looks”, comemora Rose Sathler, Coordenadora do Bacharelado em Design de Moda da PUC - CAMPINAS.


O florescer da moda brasileira 


O primeiro desfile apresentou composições que representam as fases da colheita do algodão. A ideia foi de representar e valorizar o nacional, já que o Brasil é o quarto maior produtor da fibra e o segundo maior exportador. Os looks foram compostos por peças de estilistas parceiros do movimento como Isa Isaac Silva, Ateliê Mão de Mãe, Thear, Rocio Canvas, Heloísa Faria, João Pimenta, Naya Violeta e diversos outros nomes importantes para o cenário da moda no país.


Além do próprio styling representar o tema, o desfile contou com flores na passarela e uma cortina de crochê, criando uma atmosfera referente ao florescer da moda brasileira.


Evolução Tecnológica e a Valorização dos Trabalhadores


Já o segundo desfile destacou a relevância dos profissionais da indústria têxtil no contexto dos avanços tecnológicos e se inspirou no SouABR, primeiro programa de rastreabilidade de ponta a ponta da cadeia têxtil brasileira. Os looks escolhidos foram feitos usando técnicas manuais como patchwork e crochê, desenvolvidos por estilistas parceiros que representam o cenário contemporâneo da moda brasileira, como Heloísa Faria, Dendezeiro, David Lee, Amapô, Artesã Ednéia Sinatra, Martins, Milene Kuhn, Frede Gomides e Weider Silverio.


Lívia Cruz, uma das alunas, disse que participar do desfile foi uma experiência extremamente importante. “Poder vivenciar na prática o que é trabalhar na área que tanto amo foi uma oportunidade única e enriquecedora. Essa experiência não apenas ampliou meus conhecimentos técnicos, mas também me preparou melhor para minha futura carreira profissional. Sou imensamente grata pela parceria com o Sou de Algodão, que sempre nos proporciona momentos especiais, repletos de aprendizado e incentivo. Fazer parte de algo tão significativo fortalece ainda mais minha paixão e dedicação por essa área”, comenta.


Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa, celebra e acredita que parcerias como essa reforçam o compromisso do Sou de Algodão em democratizar a moda nacional. “O acervo é usado por influenciadores que ajudam a comunicar a responsabilidade do nosso algodão para os seguidores. No entanto, quando cedemos as peças e realizamos eventos como esses, com estudantes, estamos passando todas as informações sobre a importância da fibra para a moda e para a economia do país para os futuros profissionais da área”, finaliza.


Abrace este movimento: 


Site: www.soudealgodao.com.br


Facebook, Instagram, Youtube, LinkedIn, Pinterest: @soudealgodao


TikTok: @soudealgodao_

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Bahia Farm Show: programa incentiva uso de roupas de algodão

Roupas são produzidas com algodão brasileiro e sustentável pelo Programa Brasileiro Responsável (ABR)

14 de Junho de 2024

Formado por mulheres empreendedoras, empresários e arquitetos, o Programa Sou de Algodão, da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), foi apresentado na 18 edição da Bahia Farm Show, realizada em Luís Eduardo Magalhães. A apresentação ficou por conta da vice-presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Alessandra Zanotto.


Foram apresentados detalhes sobre o programa que incentiva o uso de roupas produzidas com algodão brasileiro e sustentável. A produtora de algodão Liliana Zempulski, em roda de conversa, detalhou as adaptações necessárias para que ela e a família se adequassem ao Programa Brasileiro Responsável (ABR).


O evento foi organizado por um grupo de lojistas em parceria com arquitetos. O espaço visa fomentar e incentivar o consumo de produtos e serviços locais.

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Abrapa mostra avanços na rastreabilidade do algodão brasileiro em simpósio no Pará

13 de Junho de 2024

O exemplo de rastreabilidade do algodão brasileiro foi apresentado durante o terceiro Simpósio sobre Sistemas Agroflorestais com Cacaueiro (SSAF-CACAU), em um painel dedicado ao tema, realizado em 12 de junho, em Altamira, no Pará. Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), foi a única representante do setor convidada a participar do evento. Ela destacou os avanços da entidade com o programa SouABR, que abrange toda a cadeia de produção desde a fazenda até o consumidor final, além do Sistema Abrapa de Identificação (SAI), garantindo a origem da fibra.


“Estabelecemos uma estrutura ampla que engloba sustentabilidade, rastreabilidade e qualidade para informar ao público sobre os processos de produção do algodão no Brasil. Hoje, temos uma integração de sistemas de tecnologia da informação, que asseguram a rastreabilidade em toda a cadeia produtiva”, esclareceu.


A diretora destacou ainda o funcionamento do SAI, que permite aos compradores conhecerem a origem do produto. Cada fardo possui uma etiqueta única, como um CPF, que contém informações detalhadas sobre o produtor, a fazenda, e a unidade de beneficiamento. Além disso, mostrou como os clientes podem acessar esses dados, garantindo confiabilidade no processo de produção.


“Nós asseguramos completa transparência quanto aos resultados de qualidade de cada fardo. Em todo o mundo, são analisadas 15 características. O Brasil se destaca por ser um dos poucos países que oferecem essa garantia em relação a todos esses aspectos”, afirmou.


Outro ponto abordado foi a construção do SouABR, o primeiro programa de rastreabilidade abrangente da cadeia têxtil brasileira, onde é possível traçar todo o percurso da peça, desde a fazenda certificada que produziu o algodão até o produto final. Silmara detalhou que o processo é verificado por meio de um QR Code presente na etiqueta da peça, o qual, através da tecnologia blockchain, fornece informações detalhadas sobre todo o seu processo de fabricação.



Benchmarking


Promovido pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), da Sociedade Brasileira de Sistemas Agroflorestais (SBSAF), o evento teve como objetivo a troca de experiências e conhecimentos sobre os aspectos tecnológicos e de sustentabilidade dos sistemas agroflorestais com cacaueiro. Ele reuniu principalmente produtores de cacau da região da Transamazônica, o principal polo produtor do estado, que se prepara para ingressar no mercado europeu.


Para Elis Trzeciak, coordenadora da Projetos do IPAM, o encontro é reconhecido como a principal plataforma para a disseminação de conhecimento técnico-científico entre os produtores. “O desenvolvimento de mecanismos de rastreabilidade é essencial. A capacidade de compartilhar informações e compreender o sistema implementado pela Abrapa certamente proporcionou insights valiosos. Isso não apenas ilumina o caminho, mas também oferece referências concretas para que o setor possa criar seus próprios sistemas. A presença da Abrapa foi extremamente relevante e enriquecedora”, completou. Realizado em formato híbrido, o encontro termina nesta quinta-feira, dia 13.

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Abrapa e Abit reúnem estratégias para impulsionar o algodão brasileiro

13 de Junho de 2024

Em um encontro importante para o futuro da cotonicultura brasileira, a diretoria da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) se uniu à Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e a um time de consultores para discutir estratégias de estímulo ao consumo interno do algodão. O objetivo principal é fortalecer a indústria têxtil nacional e aumentar a produção da fibra natural no país, combatendo a ascensão das fibras sintéticas, principalmente do poliéster.


A iniciativa busca fortalecer a competitividade da indústria têxtil brasileira em relação aos produtos asiáticos, que dominam grande parte do mercado interno. Atualmente, o consumo interno de algodão no Brasil gira em torno de 700 mil toneladas. A meta é expandir esse volume para 1 milhão de toneladas, reafirmando o mercado interno no maior cliente da cotonicultura brasileira.


“Estamos lado a lado com a Abit para impulsionar as vendas de produtos de algodão e, consequentemente, alavancar nossa produção", afirma Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa. “Nosso objetivo é tornar o Brasil o maior exportador mundial de algodão até 2030. Com a união de esforços da entidade e Abit, as estratégias certas e o engajamento de toda a cadeia têxtil, é possível alcançar esse objetivo e fortalecer a economia brasileira.”

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Abrapa reúne especialistas para discutir contaminação do algodão brasileiro

12 de Junho de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) convocou oito especialistas em qualidade da pluma para uma reunião, realizada em 10 de junho, na Central de Classificação de Fibra de Algodão (Minas Cotton) da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa). O objetivo foi promover uma discussão detalhada sobre a contaminação da pluma brasileira. Nos próximos dias, as conclusões e recomendações desse encontro serão consolidadas em uma nota técnica, que será amplamente distribuída entre os produtores da fibra.


Conduzida pelos profissionais do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), a reunião contou com a presença de representantes da Embrapa, Amipa, Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), do Senai de Blumenau (SC), da Olam Brasil, além de um produtor.


Atualmente, o maior desafio enfrentado pelo setor do algodão é a contaminação por plástico, sead coat e pegajosidade. Estes fatores exigem monitoramento constante para promover a melhoria da qualidade do algodão brasileiro. "Eles são os principais contaminantes que, quando presentes, resultam em descontos no preço do algodão. Portanto, é crucial conscientizar e alertar os produtores sobre esses aspectos", afirmou Edson Mizoguchi, gestor do programa de Qualidade da Abrapa.


O grupo alinhou conceitos e desenvolveu materiais de conscientização para os produtores, visando garantir a melhoria contínua das características extrínsecas da fibra.

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