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Seguro rural em pauta na primeira reunião da FPA, em 2024

07 de Fevereiro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou, nesta terça-feira (06), da tradicional reunião-almoço da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), na sede da instituição, em Brasília. De acordo com o diretor executivo da associação, Marcio Portocarrero, que atendeu ao compromisso, as atenções dos parlamentares e dos representantes dos diversos setores do agro presentes estavam voltadas à fala do Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa), Neri Geller, que sinalizou com as possíveis soluções governamentais de suporte aos produtores de soja, prejudicados pela quebra na produção da commodity, na safra 2023/2024, por conta da estiagem. A reunião foi a primeira do ano, marcando o fim do recesso parlamentar, e teve grande quórum.

O tópico principal da pauta, segundo Portocarrero, foi a importância do seguro rural, atualmente considerado incipiente, para cobrir as possíveis dívidas de investimento e custeio advindas da crise climática no período.

“Entendemos que o Governo está se movimentando para ajudar o produtor de soja na eventual prorrogação das dívidas, para que este possa ter fôlego e não cair na inadimplência, uma vez que precisará de financiamento”, diz Portocarrero.

A expectativa do setor é do anúncio, em poucos dias, de uma linha de crédito em dólar, com juros mais baixos e prazo de pagamento de cinco anos. Os médios e pequenos produtores da commodity também estão entre as prioridades governamentais. Ainda de acordo com o diretor executivo da Abrapa, as decisões acerca de um socorro aos sojicultores repercutem sobre a cotonicultura “já que, no Brasil, o produtor de algodão, necessariamente, planta soja”, finalizou.

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Associativismo como fortalecimento da cadeia produtiva é apresentado em simpósio

19 de Janeiro de 2024

Na noite desta quinta-feira (18), durante a abertura do I Simpósio Cearense do Algodão (ISCA 2024) em Iguatu (CE), o diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Marcio Portocarrero, destacou a relevância do associativismo no fortalecimento da cadeia produtiva do algodão e na retomada do crescimento da produção nas últimas décadas. O evento reuniu pesquisadores, profissionais e empresários e proporcionou um espaço de interação e compartilhamento de conhecimento entre todos os elos da cadeia, destacando a importância do diálogo colaborativo para impulsionar o desenvolvimento sustentável do setor.

“Até os anos 90, a produção de algodão no Brasil ocorria em escala reduzida, caracterizada por baixa tecnologia e gestão limitada. No entanto, a constituição da Abrapa e o engajamento associativo com suas nove associadas impulsionaram uma notável transformação. Essa iniciativa levou o Brasil de segundo maior importador mundial de algodão para a posição de segundo maior exportador global, na última safra”, afirmou o executivo.

Essa ascensão, contudo, demandou um planejamento estratégico dedicado, pautado por intenso trabalho e uma mudança de paradigmas dos produtores brasileiros. Portocarrero destacou a necessidade da estruturação de programas de rastreabilidade, qualidade e sustentabilidade e de promoção, estabelecendo critérios rigorosos. Esse esforço teve como objetivo evidenciar, principalmente no mercado internacional, a competitividade e a origem confiável do algodão brasileiro. A consolidação desse processo reafirma a importância do comprometimento com padrões elevados para o sucesso da indústria algodoeira nacional.

“Desenvolvemos o Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), destinado à certificação soioambienal das unidades produtivas de algodão. Ele estabelece padrões de referência em benchmarking internacional, com a instituição suíça Better Cotton e abrange toda a legislação trabalhista nacional, as normas da Organização Internacional do Trabalho, a legislação ambiental, o Código Florestal e as boas práticas agrícolas”, explicou Portocarrero.

Reconhecido por entidades internacionais, como a FAO, o programa ABR teve sua aplicação expandida para as Unidades de Beneficiamento de Algodão (ABR-UBA) e terminais retroportuários (ABR-LOG), registrando recorde de produção na safra 2022/2023. Foram 2,55 milhões de toneladas de pluma certificada, 28% a mais que o alcançado em 2021/2022. Considerando o volume total produzido no período, que foi de 3,1 milhões de toneladas, a participação do ABR equivale a 82%.

“Este resultado reforça o compromisso do algodão brasileiro com a sustentabilidade em toda a cadeia produtiva”, ressaltou. O diretor executivo da Abrapa também discorreu sobre as boas práticas de rastreabilidade do algodão, com a apresentação do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) e do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), e a respeito das ações de promoção do algodão brasileiro, com o movimento Sou de Algodão e a iniciativa Cotton Brazil.

 

Evento

Realizado pela Associação dos Produtores de Algodão do Estado do Ceará (Apaece), em colaboração com a Universidade Federal do Cariri (UFCA) e o Sebrae, o I Simpósio Cearense do Algodão (ISCA 2024) teve o patrocínio da Abrapa.

Na primeira noite de apresentação, além da contribuição de Marcio Portocarrero, o evento contou com a participação do professor da UFCA, Felipe Camara, e do diretor executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), Licio Sairre. O simpósio encerra suas atividades nesta sexta-feira (19).

 

 

Imprensa Abrapa

Catarina Guedes – Assessora de Imprensa

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Monise Centurion – Jornalista Assistente

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Arlindo Moura se despede da presidência da Câmara de Insumos Agropecuários

17 de Janeiro de 2024

Nesta terça-feira (16), o ex-presidente e atual conselheiro consultivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Arlindo Moura, presidiu sua última reunião à frente da Câmara Temática de Insumos Agropecuários (CTIA). Após dois anos de dedicação, seu mandato chegará ao fim em 22 de janeiro. Durante a assembleia, realizada em formato híbrido, em Brasília, os membros da CTIA enalteceram as contribuições de Moura para o desenvolvimento das atividades das cadeias produtivas do agronegócio brasileiro, e indicaram Clorialdo Roberto Levrero, presidente do Conselho Deliberativo da Abisolo, como o próximo gestor.


A proposta será formalmente encaminhada ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, na próxima semana. Caberá a ele a homologação do próximo presidente no cargo. Para Moura, este momento marca não apenas a transição de liderança na CTIA, mas também a continuidade do compromisso com o avanço e fortalecimento das políticas relacionadas aos insumos agropecuários no país.


“Agradeço a todos os integrantes da CTIA pelo apoio que tive durante a minha gestão. É uma Câmara que influencia o crescimento do nosso agronegócio. Enfrentamos consideráveis desafios durante a pandemia, mas, mesmo assim, conseguimos nos adaptar e aprender a conduzir nossos trabalhos por meio de videoconferências e reuniões online. Essa experiência nos proporcionou uma evolução notável, demonstrando a nossa capacidade de superação diante das adversidades”, afirmou.


Sua jornada na CTIA foi marcada pela união entre seus membros. “Essa coesão foi evidente ao oferecer apoio para a aprovação da PEC dos defensivos, destacando o comprometimento da Câmara com questões cruciais para o setor agropecuário. A CTIA desempenhou um papel fundamental ao apoiar o Mapa na busca por novos fornecedores de fertilizantes, em resposta às complexidades causadas pela guerra entre Ucrânia e Rússia, que impactaram o abastecimento”, destacou Moura, que também ressaltou o apoio contínuo ao Mapa diante das dificuldades enfrentadas no fornecimento de peças para máquinas agrícolas, decorrentes da pandemia, e no Plano Nacional de Fertilizantes para reduzir a participação de importação deste insumo e aumentar a produção no Brasil.



Nova gestão


Levrero, que preside o conselho deliberativo de uma associação de indústrias de tecnologia em nutrição vegetal, disse que, caso seja aprovado por Fávaro, antes de estabelecer objetivos mais precisos e eficazes de atuação para os próximos 24 meses, irá fazer um levantamento criterioso das demandas junto aos membros da Câmara.


“Temos a Reforma Tributária, diversos projetos de lei, a legislação sobre bioinsumos e autocontrole, entre outras iniciativas. Quero fazer um encontro com todos. A interação com os integrantes proporcionará uma capacidade única de compreensão e diálogo, permitindo uma análise mais efetiva de cada setor. Acredito que essa abordagem presencial favorecerá um ambiente de colaboração mais profunda”, informou, durante a reunião.



Câmaras Setoriais

As Câmaras Setoriais e Temáticas são criadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) como locais de foros de interlocução para a identificação de oportunidades de desenvolvimento das cadeias produtivas e definição das ações prioritárias de interesse para o agronegócio brasileiro e seu relacionamento com os mercados interno e externo.


16.01.2024


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Brasil mantém posto de segundo maior exportador mundial de algodão

Com o embarque de 1,618 milhão de toneladas ao exterior de janeiro a dezembro de 2023, o País movimentou uma receita de US$ 3,07 bilhões no ano

16 de Janeiro de 2024

Mesmo com uma retração anual de 10%, o Brasil manteve o status de segundo maior exportador mundial de algodão em 2023. Com o embarque de 1,618 milhão de toneladas ao exterior de janeiro a dezembro, o País movimentou uma receita de US$ 3,07 bilhões no ano.


O desempenho já era previsto pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa). “A safra 2022/2023 foi impactada por efeitos climáticos adversos, e com isso tivemos um volume menor para exportar. A conjuntura mundial também foi desafiadora para o algodão”, observa o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.


Dois conflitos armados, ainda em curso, afetaram a economia mundial: Rússia/Ucrânia e Israel/Palestina. Com a instabilidade nos mercados internacionais, manteve-se a tendência de alta tanto na inflação como nas taxas de juros, desacelerando a economia em vários países. O resultado foi uma queda na demanda por algodão, com as indústrias têxteis operando em ritmo menor ao longo de 2023 e, consequentemente, importando menos.


“Era uma questão conjuntural. Tanto que já no segundo semestre o ritmo de exportações acelerou. Foi quando colhemos a safra 2022/2023, com desempenho recorde e ótima qualidade em campo”, explica Schenkel.


O otimismo se explica: 74% das exportações de 2023 (1,194 milhão tons) ocorreram de julho a dezembro, superando em 24% o registrado no mesmo período de 2022. “De 2018 para cá, esta foi a segunda melhor marca”, afirma Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa.


Com a receita gerada pelas exportações em 2023, o algodão firmou-se também como a sétima maior cadeia produtiva brasileira. O produto teve 2% de participação na receita total de US$ 167,5 bilhões de acordo com ranking de exportações do agronegócio elaborado pelo instituto Insper.


Mas há outros fatores que justificam o otimismo brasileiro para 2024. Um deles é o crescente reconhecimento do cuidado dos cotonicultores com a responsabilidade da produção. “Um dos nossos diferenciais é que mais de 80% da safra nacional tem certificação socioambiental, atendendo à demanda do consumidor final por produtos sustentáveis”, pontua Duarte.


Além disso, a estratégia de manter contato próximo com os mercados compradores tem sido bem-sucedida. Responsável pelo Cotton Brazil – iniciativa que representa internacionalmente a cadeia produtiva brasileira de algodão – o diretor de Relações Internacionais comenta que em 2023 o Brasil realizou 18 eventos internacionais e cinco missões comerciais de intercâmbio entre produtores brasileiros e industriais, investidores e importadores das principais indústrias têxteis mundiais.


Confira a matéria aqui: https://revistacultivar.com.br/noticias/brasil-mantem-posto-de-segundo-maior-exportador-mundial-de-algodao

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Brasil mantém posto de segundo maior exportador mundial de algodão

16 de Janeiro de 2024

Mesmo com uma retração anual de 10%, o Brasil manteve o status de segundo maior exportador mundial de algodão em 2023. Com o embarque de 1,618 milhão de toneladas ao exterior de janeiro a dezembro, o País movimentou uma receita de US$ 3,07 bilhões no ano.


O desempenho já era previsto pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa). “A safra 2022/2023 foi impactada por efeitos climáticos adversos, e com isso tivemos um volume menor para exportar. A conjuntura mundial também foi desafiadora para o algodão”, observa o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.


Dois conflitos armados, ainda em curso, afetaram a economia mundial: Rússia/Ucrânia e Israel/Palestina. Com a instabilidade nos mercados internacionais, manteve-se a tendência de alta tanto na inflação como nas taxas de juros, desacelerando a economia em vários países. O resultado foi uma queda na demanda por algodão, com as indústrias têxteis operando em ritmo menor ao longo de 2023 e, consequentemente, importando menos.


“Era uma questão conjuntural. Tanto que já no segundo semestre o ritmo de exportações acelerou. Foi quando colhemos a safra 2022/2023, com desempenho recorde e ótima qualidade em campo”, explica Schenkel.


O otimismo se explica: 74% das exportações de 2023 (1,194 milhão tons) ocorreram de julho a dezembro, superando em 24% o registrado no mesmo período de 2022. “De 2018 para cá, esta foi a segunda melhor marca”, afirma Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa.


Com a receita gerada pelas exportações em 2023, o algodão firmou-se também como a sétima maior cadeia produtiva brasileira. O produto teve 2% de participação na receita total de US$ 167,5 bilhões de acordo com ranking de exportações do agronegócio elaborado pelo instituto Insper.


Mas há outros fatores que justificam o otimismo brasileiro para 2024. Um deles é o crescente reconhecimento do cuidado dos cotonicultores com a responsabilidade da produção. “Um dos nossos diferenciais é que mais de 80% da safra nacional tem certificação socioambiental, atendendo à demanda do consumidor final por produtos sustentáveis”, pontua Duarte.


Além disso, a estratégia de manter contato próximo com os mercados compradores tem sido bem-sucedida. Responsável pelo Cotton Brazil – iniciativa que representa internacionalmente a cadeia produtiva brasileira de algodão – o diretor de Relações Internacionais comenta que em 2023 o Brasil realizou 18 eventos internacionais e cinco missões comerciais de intercâmbio entre produtores brasileiros e industriais, investidores e importadores das principais indústrias têxteis mundiais.


 

Veja a matéria aqui: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/algodao/368002-brasil-mantem-posto-de-segundo-maior-exportador-mundial-de-algodao.html

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Brasil mantém posto de segundo maior exportador mundial de algodão

16 de Janeiro de 2024

Mesmo com uma retração anual de 10%, o Brasil manteve o status de segundo maior exportador mundial de algodão em 2023. Com o embarque de 1,618 milhão de toneladas ao exterior de janeiro a dezembro, o País movimentou uma receita de US$ 3,07 bilhões no ano.



O desempenho já era previsto pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa). “A safra 2022/23 foi impactada por efeitos climáticos adversos, e com isso tivemos um volume menor para exportar. A conjuntura mundial também foi desafiadora para o algodão”, observa o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.



Dois conflitos armados, ainda em curso, afetaram a economia mundial: Rússia/Ucrânia e Israel/Palestina. Com a instabilidade nos mercados internacionais, manteve-se a tendência de alta tanto na inflação como nas taxas de juros, desacelerando a economia em vários países. O resultado foi uma queda na demanda por algodão, com as indústrias têxteis operando em ritmo menor ao longo de 2023 e, consequentemente, importando menos.



“Era uma questão conjuntural. Tanto que já no segundo semestre o ritmo de exportações acelerou. Foi quando colhemos a safra 2022/23, com desempenho recorde e ótima qualidade em campo”, explica Schenkel.



O otimismo se explica: 74% das exportações de 2023 (1,194 milhão tons) ocorreram de julho a dezembro, superando em 24% o registrado no mesmo período de 2022. “De 2018 para cá, esta foi a segunda melhor marca”, afirma Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa.



Com a receita gerada pelas exportações em 2023, o algodão firmou-se também como a sétima maior cadeia produtiva brasileira. O produto teve 2% de participação na receita total de US$ 167,5 bilhões de acordo com ranking de exportações do agronegócio elaborado pelo instituto Insper.



Mas há outros fatores que justificam o otimismo brasileiro para 2024. Um deles é o crescente reconhecimento do cuidado dos cotonicultores com a responsabilidade da produção. “Um dos nossos diferenciais é que mais de 80% da safra nacional tem certificação socioambiental, atendendo à demanda do consumidor final por produtos sustentáveis”, pontua Duarte.



Além disso, a estratégia de manter contato próximo com os mercados compradores tem sido bem sucedida. Responsável pelo Cotton Brazil – iniciativa que representa internacionalmente a cadeia produtiva brasileira de algodão – o diretor de Relações Internacionais comenta que em 2023 o Brasil realizou 18 eventos internacionais e cinco missões comerciais de intercâmbio entre produtores brasileiros e industriais, investidores e importadores das principais indústrias têxteis mundiais.



No alvo do Cotton Brazil estão dez países (Bangladesh, China, Coreia do Sul, Egito, Índia, Indonésia, Paquistão, Tailândia, Turquia e Vietnã), que, juntos, responderam por 89% das importações globais de algodão e 95% das exportações do Brasil no ano comercial 2022/23.


 

Para 2024, o programa de ações do Cotton Brazil já está definido. A primeira das seis missões internacionais planejadas para o ano começa em fevereiro, por Bangladesh e Indonésia. A iniciativa da Abrapa tem parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea).


Além de segundo maior exportador, o Brasil se tornou na última safra (2022/23) o terceiro maior produtor mundial de algodão. Estimativas da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) indicam que, de julho de 2023 a junho de 2024, as exportações brasileiras somarão 2,4 milhões tons – 72% a mais que no ciclo anterior (jul/22 a jun/23).


Números de destaque




  • Em 2023, 95,8% dos embarques de algodão brasileiro foram feitos pelo Porto de Santos (SP).

  • O Porto de Paranaguá ampliou 1,97 ponto percentual sua participação no ano, respondendo por 2,35% dos embarques.

  • O algodão brasileiro foi comprado por 22 países em 2023 – 24% a menos que os 29 países registrados em 2022.

  • A China importou 777 mil tons de algodão brasileiro (48% do total) em 2023

  • A importação chinesa da pluma brasileira aumentou 49% em relação a 2022

  • O Egito começou a importar algodão brasileiro em janeiro de 2023, após quase 20 anos de negociações


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Algodão/Cepea: Brasil pode liderar as exportações globais de pluma em 2024

08 de Janeiro de 2024

O expressivo excedente brasileiro e a menor oferta norte-americana devem levar o Brasil a se tornar o maior exportador mundial de algodão em pluma em 2024.


Segundo pesquisadores do Cepea, o cultivo da temporada 2023/24 no Brasil deve ser incentivado pelos atrasos na semeadura de soja no Cerrado, e isso deve manter o excedente interno amplo ainda em 2024 e em parte de 2025. Assim, o Brasil deve ultrapassar os Estados Unidos e se tornar o terceiro maior produtor do mundo na temporada 2023/24.


Fonte: Cepea

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Produção de algodão no Brasil tem potencial para atingir 3,36 milhões de toneladas em 2024

08 de Janeiro de 2024

Porto Alegre, 5 de janeiro de 2024 – Para este ano, o comportamento da demanda deve seguir como principal determinante para o preço do algodão no mercado internacional. Após as idas e vindas com a pandemia, o mercado de algodão ainda busca um retorno à normalidade. A indicação de um Fed mais brando, com chance de início do corte nos juros nos Estados Unidos mais cedo do que o esperado, reforça as indicações positivas para 2024, informou a SAFRAS Consultoria.


     Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, a queda nos juros tende a destravar a economia e ter reflexos positivos sobre a atividade, com naturais implicações sobre o consumo de algodão. “Isso daria sustentação para uma perspectiva de leve melhora para os preços da fibra em 2024”, relata. “Mas, para que esse cenário se confirme, é preciso que o setor têxtil e de vestuário acelere a recomposição dos estoques”, pondera. “Esse movimento pode demorar um pouco, diante da cautela que cercam as ações desses agentes no mundo”. lembra.


     Em relação a produção de algodão do Brasil, Barabach disse que a área semeada com algodão deve ficar maior que o esperado inicialmente, com a fibra ocupando o espaço do milho de segunda safra e da soja de verão, em regiões que enfrentam problema com a falta de chuva, com destaque ao Mato Grosso e Goiás. Essa é a sinalização do Imea, reforçada pela Conab e Abrapa.


      “O fato é que o clima adverso deve levar alguns produtores a preferir o plantio de algodão a um eventual replantio de soja. A rentabilidade do algodão, melhor que o milho, também é um fator que estimula o crescimento da área com a pluma”, destaca Barabach.


     Com isso, Safras ajustou a projeção de área semeada com algodão para 1,86 milhão de hectares no ano safra 2023/2024, o que corresponde a um avanço de 11% em relação à safra 2022/2023. E assim, a produção de algodão do Brasil tem potencial de 3,36 milhões de toneladas em 2024.


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     Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS


Copyright 2024 – Grupo CMA

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Brasil deve chegar ao pódio da produção mundial de algodão

País pode superar o volume de colheita dos Estados Unidos e alcançar a posição número três no ranking global, atrás apenas de China e Índia

04 de Janeiro de 2024

Carlos Alberto Moresco, de 49 anos, teve o primeiro contato com a agricultura aos 7. Em Ijuí (RS), onde seus pais cultivavam grãos e produziam leite, ele tomou gosto pelo trabalho no campo, que o transformou em um grande produtor de algodão, ainda que a milhares de quilômetros dali.


Certo de que seu futuro seria nas lavouras, ele formou-se técnico de agropecuária em 1993 e logo ingressou como estagiário na SLC Agrícola, um dos gigantes do agro brasileiro.


Após 20 anos de serviços prestados, a empresa o convidou a migrar para Luziânia, município goiano com forte vocação agrícola. Lá, Moresco ficou mais 12 meses, até se mudar para a Sementes Produtiva, onde iniciou sua jornada como produtor rural.


“Expliquei ao meu chefe que eu tinha o sonho de arrendar terras. Então, fizemos um acordo. Eu o ajudava com algumas rotinas, como a compra de insumos, e ele me daria apoio como avalista. Ele me ajudou bastante, e somos amigos até hoje”, relembra o agora produtor.


Em 2007, ele arrendou terras nos municípios goianos de Luziânia e Cristalina, cultivando soja, trigo, sorgo e milho semente em 8.000 hectares –o clima, diz, o ajuda com todas as opções. Mas foi no algodão que ele encontrou uma oportunidade para se destacar.


“Fiquei impressionado com as características de produção no Cerrado. É uma cultura desafiadora em termos de custo, mas vi muitas pessoas construindo patrimônio a partir dela”, afirma.


O encanto pelo algodão vem tomando corpo na agricultura brasileira, e Moresco é um dos exemplos concretos desse quadro. O produtor espera uma pequena queda na produtividade na safra 2023/2024, que deve passar das 340 arrobas de algodão em caroço por hectare da safra passada, um recorde, para 310 arrobas nesta safra. Mas, segundo ele, o resultado ainda está dentro da média, já que este é um ano de preocupações com o clima, devido ao fenômeno El Niño.


Ainda que não alcance o ótimo desempenho do ciclo anterior, Moresco é uma das faces do sucesso do cultivo da pluma no Brasil. Depois de a produção disparar nos últimos anos, o país deve, enfim, superar o volume de colheita dos Estados Unidos, alcançando a posição número três no ranking global de produção, atrás apenas de China e Índia. Além disso, os brasileiros devem disputar espaço com os americanos no mercado exportador.


As projeções mais recentes da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) convergem para a estimativa de que o Brasil produzirá 3,1 milhões de toneladas de pluma de algodão, enquanto a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), mais otimista, prevê 3,37 milhões de toneladas, o que, caso se confirme, representará um crescimento de 3% em relação à temporada anterior.


O órgão americano estima que o Brasil vai quase dobrar suas exportações e vender 2,5 milhões de toneladas ao mercado externo, encostando no volume dos embarques dos EUA, que deverá ser de 2,6 milhões de toneladas.


“Esses dados não trazem apenas um sentimento de otimismo, mas também de merecimento. Estamos há 30 anos investindo na cultura para torná-la mais moderna e sustentável. Hoje, a produção do Brasil é eficiente, e ela vai ocupar o lugar no mercado dos países que não são”, afirma o presidente da Abrapa, Alexandre Pedro Schenkel.


Todos os Estados brasileiros com vocação agrícola vêm aumentando sua área de cultivo da pluma. A Conab estima que a área total de cultivo de algodão nesta safra será de 1,7 milhão de hectares, a maior extensão em 22 anos.


Em Mato Grosso, o maior produtor nacional, as lavouras de algodão devem ganhar ainda mais espaço, por causa dos problemas nas plantações de soja, que têm levado alguns produtores a dessecar as plantas do grão para acelerar a colheita e, com isso, poder substituí-las pelo cultivo da pluma. A Conab projeta um aumento de 3% na área de plantio de algodão em Mato Grosso, para 1,2 milhão de hectares.


Essa opção, porém, não é para qualquer agricultor. É preciso ter capacidade financeira para migrar de cultura, além de experiência na lida com insumos, maquinário e, principalmente, solo fértil, ressalta Alexandre Cunha de Barcellos Ferreira, pesquisador da Embrapa Algodão.


Recentemente, fez barulho no mercado a decisão da SLC de plantar algodão em 16 mil hectares que estavam originalmente programados para a soja. Com isso, a companhia passaria a ter uma área 1% maior de cultivo da pluma do que na safra passada, totalizando 189 mil hectares, entre primeira e segunda safras.


 

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Sou de Algodão: O futuro da moda é transparente e responsável

Programa revoluciona indústria têxtil brasileira com rastreabilidade de algodão por blockchain

04 de Janeiro de 2024

Sabemos que o consumidor está cada vez mais consciente do seu papel quando o tema é sustentabilidade e transparência. E a busca por informações não se encerra na conduta das empresas, ela se estende à origem das matérias-primas por trás dos produtos que consome.


Nesse contexto, o Brasil se destaca como um pioneiro na busca por uma produção responsável e sustentável de uma das principais matérias-primas da indústria têxtil global, o algodão. Mais de 82% da produção do país já possui uma certificação socioambiental graças ao programa ABR (Algodão Brasileiro Responsável) desenvolvido pela Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão). Isso significa que a matéria-prima que alimenta a cadeia têxtil é cultivada com respeito ao meio ambiente e ao trabalhador, seguindo as melhores práticas de produção.


Sou de Algodão + SouABR


Na busca por despertar essa conscientização coletiva em torno da moda e do consumo responsável, em 2016 foi criado pela Abrapa, em parceria com o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), o Sou de Algodão. Um movimento que busca a união de todos os agentes da cadeia produtiva dessa fibra, passando pelo homem do campo, tecelões, artesãos, fiadores, designers de moda, estilistas e estudantes, produzindo campanhas focadas e conteúdos direcionados ao consumidor final.


Foi a partir desse movimento, através da atuação junto a marcas parceiras, que se deu origem à iniciativa de rastreabilidade SouABR. Segundo Silmara Ferraresi, Diretora de Relações Institucionais da Abrapa, o projeto está transformando a forma como os consumidores enxergam suas roupas e como as marcas produzem moda de maneira responsável. “A iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialoga com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 42% de toda a produção mundial de algodão licenciada pela Better Cotton Initiativa”, afirma.


Silmara conta que o SouABR é o primeiro programa de rastreabilidade por blockchain da indústria têxtil brasileira com algodão em larga escala. “Seu principal objetivo é oferecer total transparência ao público sobre a origem das roupas que consome. Essa inovação, que já está disponível em algumas marcas e varejistas, rastreia toda a cadeia produtiva de uma peça de roupa, garantindo a origem do algodão certificado pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR)”, explica Silmara Ferraresi.


Para que o SouAbr tenha sucesso é importante a presença de parcerias sólidas. Para isso, o programa já conta com a parceria de diversos varejistas, fiações, tecelagens, malharias, confecções e marcas de varejo já aderiram. Inicialmente a parceria foi iniciada exclusivamente com Reserva, Renner e Youcom, em 2021; e hoje já conta com marcas como C&A, Almagrino, Fio Puro, Incofios, Renauxview, Vicunha, Dalila Textil, By Cotton, Ease, Ufoway e Emphasis.


Como Funciona a Rastreabilidade


Silmara afirma que a rastreabilidade é um processo simples para o consumidor. “Através da leitura de um QR Code na peça de roupa, o consumidor poderá verificar que o algodão utilizado tem a certificação socioambiental Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que entrega à indústria o comprometimento dos produtores com os três pilares da sustentabilidade: social, ambiental e econômico. O detalhamento dessa rastreabilidade se dá até ao nível de cada fazenda que produziu o algodão, além da fiação, tecelagem ou malharia, confecção e marca de varejo que fazem parte da cadeia rastreada daquele produto.”


Todas as informações que o consumidor tem acesso são armazenadas de forma segura por meio da tecnologia blockchain. São elas que garantem que o produto adquirido possui a certificação ABR de padrão de sustentabilidade. “A certificação ABR possui 183 itens de verificação distribuídos em 8 critérios, que são: contrato de trabalho, proibição do trabalho infantil, proibição de trabalho análogo a escravo ou em condições degradantes ou indignas, liberdade de associação sindical, proibição de discriminação de pessoas, segurança, saúde ocupacional, meio ambiente do trabalho, desempenho ambiental e boas práticas”, explica Silmara.


O programa tem sido bem recebido pelos produtores, que se sentem reconhecidos pelo esforço em produzir de forma responsável, e pelos consumidores finais, que apreciam a transparência e o compromisso das marcas com a sustentabilidade. O SouABR está pavimentando o caminho para uma indústria têxtil mais ética, transparente e responsável no Brasil, demonstrando que a moda e o consumo conscientes podem andar de mãos dadas.


Por um futuro mais sustentável e consciente


Silmara Ferraresi reconhece que esta é apenas a primeira etapa de um longo caminho para um mundo mais sustentável e consciente. “Estamos muito felizes com os resultados iniciais, principalmente considerando que este é um programa inovador para o mercado! Desenvolvemos o primeiro programa de rastreabilidade real, desde a matéria-prima até o varejo. Sabemos que ainda há um longo caminho para oferecer produtos rastreáveis em larga escala para o consumidor, e não depende apenas de nós. O resultado vem do esforço coletivo e este é apenas o começo”, finaliza.


Fotos: Rudiney/Abrapa


 

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