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Apoio ao produtor é discutido em assembleia do IPA

28 de Fevereiro de 2024

A busca por alternativas para o refinanciamento das dívidas dos produtores rurais junto aos Ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Fazenda foi um dos principais temas abordados durante a assembleia do Instituto Pensar Agropecuária (IPA) e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), realizada nesta terça-feira (27), em Brasília. A previsão é que o setor agropecuário brasileiro deixe de faturar cerca de R$ 150 bilhões devido à crise ocasionada por problemas climáticos.


Na semana passada, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) entregou ao governo federal um documento solicitando medidas emergenciais para tentar diminuir os efeitos das adversidades climáticas nas lavouras. “O objetivo é reforçar essa mensagem para todo o agronegócio brasileiro”, afirmou o conselheiro consultivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e vice-presidente do IPA, Júlio Cézar Busato.


Durante a reunião, os integrantes do IPA também destacaram o trabalho que vem sendo realizado pela FPA no julgamento da ação do Plano Collor Rural, que se arrasta há 32 anos e deve ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Estima-se que o valor envolvido seja próximo a R$ 3 bilhões, e não R$ 230 bilhões, como está sendo divulgado”, explicou.


Outro tema bastante debatido foi a operação padrão dos fiscais do Mapa, que poderia ter sido evitada com a regulamentação do autocontrole - que possui dois vetos que precisam ser derrubados. Os fiscais pedem isonomia, assim como os fiscais da Receita Federal. “O ministro Carlos Fávaro está empenhado em resolver essa situação, que está impactando principalmente o setor de proteína animal”, disse Busato, que reforçou ainda a importância do trabalho conjunto entre o poder legislativo, executivo e setor privado para encontrar soluções para os desafios enfrentados pelo agronegócio brasileiro.


O IPA congrega representantes das cadeias produtivas do agro brasileiro, da produção à indústria. A entidade discute e elenca as pautas prioritárias para o desenvolvimento agropecuário e subsidia, com informações, a FPA, que as defende no Congresso Nacional.

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Do campo ao cabide: como fazer rastreabilidade na indústria têxtil

27 de Fevereiro de 2024

A indústria têxtil no Brasil produz, por ano, mais de 5 bilhões de peças, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). São mais de 2 milhões de toneladas de produtos. O volume colossal também traz desafios grandes.


Cada vez aumenta mais a pressão por ações de circularidade, que inclui utilização de material reciclado e resíduos da própria indústria têxtil, pela substituição de matérias-primas de origem fóssil por outras menos agressivas ao meio ambiente, além do acompanhamento da longa cadeia para garantir que nenhum elo deixe de seguir a legislação trabalhista e ambiental.


Foi sobre esse último desafio que a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) se debruçou nos últimos anos. Depois de três anos de erros e acertos, foi lançado, em meados de 2021, o programa SouABR, que usa blockchain para acompanhar as peças de roupa do pé de algodão ao cabide. O piloto deu certo e agora a associação se prepara para disseminar a mais empresas boa prática.


“O programa nasceu com a demanda da indústria e do varejo por transparência e também se propõe a oferecer ao público consumidor um ‘raio-X’ da peça”, diz Silmara Ferraresi, diretora de Relações Institucionais da Abrapa.


Por um QR Code presente na etiqueta da roupa rastreada na loja, o consumidor pode ver informações sobre qual a fazenda que produziu o algodão, onde ela está localizada, a imagem de satélite do lugar, se essa propriedade rural tem certificações socioambientais e até visualizar esses documentos e o ano da safra do algodão. Consta ainda a identificação do número do fardo e da prensa, e os nomes das empresas intermediárias da cadeia (beneficiadoras, fiação, malharias e tecelagens e confecções).


Para ela, já há um potencial grande de escalar o projeto. “Por safra são produzidos 500 milhões de fardos de algodão no Brasil. Por enquanto, conseguimos rastrear quase 27 mil, muito pouco perto do potencial.”


O principal obstáculo, diz, é a mudança de mentalidade das empresas da cadeia de produção. Mas, lembra que com a sustentabilidade e a rastreabilidade ganhando destaque no mundo empresarial e também na regulamentação de alguns mercados, há quem puxe a agenda.


A varejista C&A é uma das cinco marcas que aderiram - e investiram tempo e dinheiro - na ideia. Nesta terça-feira (27), a empresa apresentou ao público sua segunda coleção de roupa 100% rastreada. Foram produzidas 2.500 peças de dois modelos de calças jeans. Com isso, a empresa soma 10.330 peças rastreadas desde maio de 2023.


Neste segundo ano, foram usados 243 fardos de cinco fazendas: Valdir Roque Jacowski, Marcelino Flores e Oliveira, Agropecuária Três Estrelas, Grupo Serrana e Franciosi Agro. A fiação cearense Santana Textiles produziu, para o projeto, 2207, 23 quilos de fios, que posteriormente resultaram em 3.313 metros de tecido pela própria Santana, sendo confeccionada as 2.500 peças pela paulista Emphasis.


“Foram quase três anos para entender como toda a cadeia operava para nos sentirmos confortáveis em lançar as peças rastreadas”, comenta Cynthia Watanabe Kasai, gerente-executiva de ESG da C&A no Brasil. “É uma mudança tanto na cultura da empresa quanto na do fornecedor”, completa.


Ela explica que muitas empresas da cadeia não tinham informações sobre a origem da matéria-prima. Outro desafio foi garantir que os fardos e fios não fossem misturados a outros não rastreados, o que prejudicaria todo o trabalho.


Kasai conta ainda que a confeção também precisou desenhar um modelo que cumprisse todos os requisitos do programa, inclusive os sustentáveis, ou seja, não poderia ter nada de poliéster, que é de derivado do petróleo, e o botão ou zíper não poderia conter níquel. Para que isso dê certo e a marca consiga escala, uma vez que só no Brasil tem hoje mais de 300 lojas -, ela reitera que é preciso estimular a colaboração e ter o fornecedor próximo à varejista. O processo para a fabricação das peças rastreadas não é patenteado, justamente para poder servir de referência para a indústria evoluir, segundo Kasai.


“O investimento na construção de toda essa infraestrutura é alto, mas optamos por nos adiantar e evoluir e não esperar que o consumidor peça”, diz a executiva da C&A. Kasai conta que a C&A, por ser uma empresa familiar centenária - fundada em 1841 pelos irmãos holandeses Clemens e August - e ter lojas em 24 países, a governança sempre foi um foco importante do grupo.


Ela dá como exemplo o próprio acompanhamento dos fornecedores, inclusive no Brasil, que começou a ser feito em 2006. “Exigimos que a cadeia siga critérios mínimos de compliance trabalhista e só compramos de quem tem certificação reconhecida de boas práticas”, conta a executiva, acrescentando que a verificação do cumprimento dos critérios “é rigorosa”.


No algodão, por exemplo, uma das certificações mais conhecidas é a da Better Cotton Iniciative (BCI), organização presente em 26 países que promove melhores padrões e práticas no cultivo do algodão. Mas, o Brasil, como segundo maior exportador de algodão do mundo, só atrás dos Estados Unidos e com pretensões viáveis de ser o líder em breve, também conta com certificação própria, o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), desenvolvido pela própria Abrapa em 2012.


Para conseguir o selo, as propriedades rurais devem atender a 183 itens, incluindo os 51 exigidos pela BCI. Silmara Ferraresi, diretora de Relações Institucionais da Abrapa, conta que, além da legislação trabalhista e ambiental nacional, também considerada a Norma Regulamentadora (NR) 31, que elenca diretrizes da segurança e saúde do trabalhador especificamente na agricultura, e as diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Também abrange o pilar econômico, com pontos sobre gestão sustentável do processo agrícola e de beneficiamento, desempenho e eficiência operacional e retorno financeiro.


“Quem participa do programa, precisa evoluir a cada safra até alcançar o patamar mínimo de 90% de conformidade”, explica Ferraresi. Na última safra (22/23), foram certificadas pelo ABR 2,55 milhões de toneladas, vindas de 374 unidades produtivas, a maioria (233) no Mato Grosso e o restante (79) na Bahia. Com isso, 82% da safra foi certificada - em 2012 era 37%. “Os produtores percebem que é importante, sabem que é um diferencial para vender para grandes empresas e exportar”, diz Ferraresi.


O preço da matéria-prima não muda. Os produtores não repassam eventuais custos extras com as adaptações para se certificarem por entenderem que é um diferencial competitivo e, eventualmente, até poderão reduzir despesas com menos uso de agrotóxicos, pesticidas e outros produtos químicos, a partir de técnicas mais sustentáveis no campo. Isso permite que as peças feitas com algodão certificado, incluindo as já rastreadas, não sejam mais caras ao consumidor final, o que é um dos grandes obstáculos para a popularização de produtos mais sustentáveis.


Só pode participar do programa de rastreabilidade da entidade - o Sou ABR - se tiver tudo em dia com esta certificação. Por enquanto, três certificadoras foram credenciadas - Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Genesis Certificações e QIMAWQS. As auditorias nas fazendas e unidades de beneficiamento são feitas todo ano e em visitas individuais.


“Acreditamos que iniciativas como esta são cruciais para nos mantermos de pé como uma marca adequada ao nosso tempo, em que os consumidores se mostram mais conscientes sobre os impactos das suas decisões de compra e a demanda por transparência é cada vez maior”, comenta Jayme Nigri, diretor de Operações (Chief Operating Officer ou COO) da Reserva.


Segundo ele, a parceria com a Abrapa no lançamento do Programa SouABR “foi um divisor de águas” para a rastreabilidade dos produtos. O executivo destaca ainda que, além da mitigação de possíveis riscos socioambientais na produção, a rastreabilidade também chancela a transparência e permite que o cliente tenha acesso de forma muito simples e segura a informações confiáveis sobre aquela roupa.


Pelo programa SouABR, já foram produzidas para a Reserva aproximadamente 161 mil camisetas rastreáveis desde outubro de 2021. Nigri explica ao Valor que os principais desafios para a implementação do programa de rastreabilidade envolveram a integração de sistemas (API) com os fornecedores homologados, além da comunicação assertiva e didática sobre a iniciativa para o nosso público.


A Abrapa mantém ainda o programa Sou de Algodão, para incentivar o uso da matéria-prima natural, e com alto grau de certificação no campo. Atualmente, são 1473 empresas aderentes, entre elas as marcas, estão a própria C&A e a Reserva, MMartan, Renner, Riachuela, Calvin Klein, Marisa, You com e Dafiti. Em 2020, eram 400 participantes. Só em 2023, foram 313 novas adesões, o que faz a base crescer 27%. O projeto começou em 2016.


Além da C&A e da Reserva, também já aderiram ao SouABR a Renner e a marca Youcom, também do grupo, que, juntas, somam 8.336 peças rastreadas desde maio de 2022; e a Almagrino, com 6.231 peças desde março de 2023.


A Lojas Renner, conta Eduardo Ferlauto, gerente de Sustentabilidade da varejista, estabeleceu uma meta de chegar a 100% de rastreabilidade de algodão de maneira digital até 2030. “A rastreabilidade amplia a nossa conexão com a cadeia. E esse acompanhamento da cadeia, de forma organizada, digital, traz uma capacidade maior de entendermos as oportunidades dentro do tema de sustentabilidade e qualidade”, comenta Ferlauto. Para ele, com dados, é possível tomar melhores decisões e, em parceria com os elos da cadeia, visualizar o que precisa ser feito e definir metas, além de levar transparência e informação ao consumidor.


O executivo explica ainda que a empresa só compra produtos de fornecedores que usam algodão certificado pela Abrapa ou BCI. A viscose, feita a partir de fibra celulósica grande parte importada, também caminha pelo mesmo caminho de certificação e, futuramente, da rastreabilidade.


“Atingir 100% de algodão certificado não é trivial para nós. Somos a maior varejista brasileira de moda e, por não termos fabricação própria, certamente, a maior compradora individual de peças que levam algodão. Por isso, queremos ser agentes de transformação do ecossistema da moda”, pontua Ferlauto


Em 2022 (último dado público disponível), a varejista utilizou nos seus produtos 24,5 toneladas de algodão, sendo 98% desta matéria-prima certificada. Os fornecedores nacionais conectados à sua plataforma de rastreabilidade já representam quase metade do volume de itens de vestuário que é produzido para a varejista no Brasil (neste caso, este volume não se refere apenas às peças confeccionadas com algodão).


Para o executivo da Renner, o principal desafio ainda é o engajamento dos elos da cadeia e de interligar todos os elos por sistemas de gestão e transparência de dados. Por isso, a empresa está evoluindo de forma segmentada. “Continua sendo relevante o trabalho de engajamento da cadeia e adensamento tecnológico junto a fornecedores para conseguirmos escalar”, conta.


A empresa firmou em 2022 um compromisso público de ter, até 2030, 100% das roupas de suas marcas próprias mais sustentáveis. Para isso, investe em matérias-primas circulares e regenerativas, redução do consumo de água e transição energética da cadeia de fornecimento (hoje este patamar já passa dos 80%). Tem tem a meta de implementar sistemas de rastreabilidade em 100% dos produtos de vestuário feitos com algodão.


“Quando falamos de metas climáticas, é importante entender com precisão os dados. No nosso projeto de sustentabilidade, por exemplo, os dados vão nos ajudar a entender o fator de emissão para as matérias-prima e fazer uma melhor organização da gestão”, diz. Ele adiciona que medir as pegadas de carbono e hídrica dos produtos está no radar.


https://valor.globo.com/empresas/esg/noticia/2024/02/27/do-campo-ao-cabide-como-fazer-rastreabilidade-na-industria-textil.ghtml

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Abrapa solicita medidas emergenciais de apoio ao produtor

Documento cita renegociação de dívidas e liberação de recursos

26 de Fevereiro de 2024

Na última semana, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) entregou ao governo federal um documento solicitando medidas emergenciais para tentar diminuir os efeitos das adversidades climáticas nas lavouras.


Prevenir o endividamento e resguardar os produtores foi o principal objetivo do documento, segundo o diretor  executivo da Abrapa Márcio Portocarrero.


De acordo com o representante, o documento foi formatado em conjunto com especialistas e líderes da cadeia do algodão no Brasil. “Vem no sentido de dar força para o ministro Carlos Fávaro negociar as medidas emergenciais de socorro com a área econômica do governo”, afirma Portocarrero.


 

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Brasil supera os EUA na produção de algodão pela primeira vez na história

Tecnologia, sustentabilidade e produtividade impulsionam recorde nacional

23 de Fevereiro de 2024

O Brasil conquista um marco histórico na produção de algodão: pela primeira vez, o país supera os Estados Unidos, tradicional líder mundial do setor.


A projeção para a safra 2023/24 aponta para uma produção de 8,2 milhões de toneladas, um aumento de 5,8% em relação ao ano anterior.




  • Certificação contribui para a produção responsável do algodão


Alta tecnologia: a chave para o sucesso


O diretor-executivo da Abrapa, Márcio Portocarreiro, destaca a alta tecnologia como principal fator para o recorde brasileiro.


“A agricultura de precisão, por exemplo, permite que os produtores monitorem e gerenciem seus cultivos com maior eficiência, otimizando o uso de recursos e aumentando a produtividade”.


A produção nacional de algodão vai além da alta produtividade. O setor investe em práticas regenerativas que melhoram a saúde do solo, promovem a biodiversidade e sequestram carbono.


Para Márcio, a sustentabilidade é fundamental para o futuro da agricultura.


“O Brasil está à frente dos EUA no domínio do manejo do algodão. A Abrapa tem como meta tornar o país o maior exportador do produto até 2030. Com empreendedorismo, tecnologia e sustentabilidade, o futuro do algodão brasileiro é promissor”.

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Abrapa apresenta a valorização da cadeia produtiva do algodão no Rio Grande do Sul

23 de Fevereiro de 2024

O diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Marcio Portocarrero, apresentou o importante papel da cotonicultura brasileira no cenário global como produtora e exportadora de algodão responsável, durante a 34ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas. O evento ocorreu nesta quinta-feira, 22 de fevereiro, na Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS), e reuniu produtores e técnicos para debater a importância de melhorar a gestão das propriedades rurais, visando aumentar a produtividade na safra de grãos.


Atualmente, o Brasil é líder global na produção e exportação de algodão responsável, com 1,98 milhão de toneladas certificadas, em um mercado mundial que totalizou 6,9 milhões de toneladas. “Um grande esforço e uma mudança de paradigmas foram necessários para alcançar esse resultado. Estruturamos programas estratégicos de rastreabilidade, qualidade, sustentabilidade e promoção do algodão brasileiro, pautados por critérios rigorosos, para destacar, sobretudo no mercado internacional, a competitividade e a origem confiável da fibra nacional”, afirmou o executivo.


O Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), destinado à certificação socioambiental das unidades produtivas de algodão e que opera em benchmarking internacional com a instituição suíça Better Cotton (BC), é reconhecido por entidades mundiais, como a FAO, e teve sua aplicação expandida para as Unidades de Beneficiamento de Algodão (ABR-UBA) e terminais retroportuários (ABR-LOG).


Com a certificação ABR, os produtores brasileiros de algodão adotaram estratégias sustentáveis para promover o bem-estar e a segurança dos trabalhadores, além de conservar o meio ambiente. “O uso eficiente da água é uma preocupação constante, assim como a adoção de fontes de energia limpa. A proteção do solo é outra prioridade, bem como a utilização de manejo integrado de pragas (MIP) e de produtos biológicos. A eficiência no uso da terra, aliada à agricultura digital e de precisão, contribui para aumentar a produtividade e reduzir os impactos ambientais. Questões verificadas por auditorias de terceira parte, que são fundamentais para garantir a conformidade com as práticas sustentáveis”, destacou Portocarrero.


O funcionamento do Sistema Abrapa de Identificação (SAI) no rastreamento do fardo do algodão, aliado ao programa SouABR, que permite rastrear a peça da fazenda que produziu o algodão até o guarda-roupa do consumidor, foi um dos temas abordados durante a apresentação, assim como o Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) e as ações de promoção do algodão brasileiro, com o movimento Sou de Algodão e a iniciativa Cotton Brazil.


Promovido pela Federarroz, o encontro termina nesta sexta-feira, 23 de fevereiro, e conta com o apoio da Embrapa, Senar (RS), IRGA e Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).


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Abrapa promove Dia de Campo para debater mancha-alvo, em Goiás

23 de Fevereiro de 2024

O combate à mancha-alvo, uma das doenças mais relevantes do algodoeiro, foi tema do Dia de Campo promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja Brasil). O evento, realizado em 22 de fevereiro na estação experimental da Staphyt, em Formosa (GO), reuniu técnicos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Embrapa, além de especialistas e pesquisadores independentes.


Durante a visita aos experimentos conduzidos pelo pesquisador Nédio Tormem, os participantes puderam verificar in loco os sintomas da mancha-alvo e discutir com o especialista Luis Henrique Carregal as estratégias eficazes de combate à doença, que tem impactado as culturas de soja e algodão devido às condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento do fungo, resultando em prejuízos à produtividade das lavouras.


“A iniciativa da Abrapa e da Aprosoja Brasil em promover esse dia de campo demonstra a importância da integração entre os diferentes segmentos da agricultura para enfrentar desafios comuns, como o controle de doenças que afetam as principais culturas do país. A troca de conhecimentos e experiências entre os participantes contribui para o desenvolvimento de medidas mais eficientes e sustentáveis, visando garantir a segurança alimentar e a sustentabilidade do setor agrícola brasileiro”, afirmou Edivandro Seron, consultor técnico da Abrapa.


No contexto atual, os produtores agrícolas adotam dois ciclos de cultivo por safra, começando com a soja e seguido pela "safrinha" de algodão. Para se proteger da ferrugem asiática, eles utilizam variedades de soja precoces. No entanto, o plantio antecipado pode estar expondo os problemas causados pela mancha-alvo, uma doença que afeta as folhas das plantas e reduz a produtividade do algodoeiro. Os fungos responsáveis pela mancha-alvo são agressivos e difíceis de controlar devido à sua variabilidade genética.


“Essa situação destaca a importância da pesquisa e do desenvolvimento de novas tecnologias para o controle eficaz da mancha-alvo e de outras doenças que afetam as principais culturas agrícolas do país”, destacou Seron.


Além das atividades de campo, o grupo participou de duas palestras: uma abordando as tendências das principais doenças nos cultivos de soja e algodão, ministrada pelo consultor Paulo Queiroz (Blink Projetos Estratégicos), e outra que discutiu a evolução da mancha-alvo de uma preocupação secundária para uma questão de grande importância, apresentada pelo pesquisador da Embrapa, Sergio Abud. Os participantes também analisaram o impacto da doença e o uso de diferentes produtos químicos tanto na soja quanto no algodão.



22.02.2024


Imprensa Abrapa


Catarina Guedes – Assessora de Imprensa


(71) 9 8881 – 8064


Monise Centurion – Jornalista Assistente


(17) 99611-8019

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Abrapa: Missão Indonésia-Bangladesh começa dia 26 em Jacarta

22 de Fevereiro de 2024

A agenda de missões internacionais da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) começa, neste mês, pela Indonésia e segue até 1º de março em Bangladesh. No primeiro país, o foco é fomentar a recuperação de mercado, já que, no ano comercial 2022/2023, os indonésios reduziram em mais de um terço a importação de pluma. Por outro lado, Bangladesh foi o país que mais ampliou as compras do produto brasileiro no mesmo período.


Na pauta da comitiva brasileira, está a realização de seminários técnicos e muito networking junto a industriais da área têxtil e de vestuário. “Levaremos as perspectivas para o comércio externo de algodão brasileiro e nossos indicadores de qualidade e sustentabilidade. Estamos fechando o balanço de qualidade de 2023 e conseguimos melhorar os índices em todas as características intrínsecas da nossa fibra, em relação à safra passada”, antecipou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.


A missão comercial inicia por Jacarta, capital indonésia. No dia 26 de fevereiro, a Abrapa, em parceria com a Embaixada Brasileira, promove almoço de negócios com importadores e empresários da indústria têxtil e, à noite, realiza o seminário “Cotton Brazil Outlook Jacarta”. Na pauta, inovações da cotonicultura brasileira e dados atualizados sobre a safra 2023/2024, cujo plantio terminou recentemente no Brasil.


A redução nas importações de algodão pela Indonésia no ciclo 2022/23 impactou o Brasil. A participação brasileira no mercado indonésio passou de 28% para 23%. “Nossa intenção é conversar com os clientes sobre como o produto brasileiro pode contribuir para a indústria local”, afirma Alexandre Schenkel, Presidente da Abrapa.


A Indonésia é o quarto país mais populoso do mundo e uma das economias mais desenvolvidas da Ásia. Sua indústria têxtil está entre as dez mais relevantes do mundo. Segundo dados do World Trade Statistical Review 2023, em 2022, a exportação de roupas pela Indonésia movimentou US$ 10 bilhões, fazendo com que o país respondesse por 1,7% do total exportado no globo.


Para dar vazão ao ritmo da indústria têxtil, o país se tornou o sétimo maior importador de algodão, com 362 mil toneladas adquiridas no ciclo 2022/2023, de acordo com o United States Departament of Agriculture (USDA). “É um volume 35% inferior às 561 mil toneladas registradas na temporada anterior (2021/2022). O potencial de mercado ainda é muito grande”, destaca Marcelo Duarte Monteiro, diretor de Relações Internacionais da Abrapa.


Bangladesh – No dia 27 de fevereiro, o grupo brasileiro segue para Bangladesh, maior importador mundial de pluma, que tem na indústria do vestuário sua principal atividade econômica. Reuniões comerciais, almoço e jantares de negócios e uma edição do seminário “Cotton Brazil Outlook Dhaka” estão na programação no país. Entidades setoriais, órgãos públicos e empresários são público-alvo da comitiva.


No polo oposto à Indonésia, Bangladesh foi a nação que mais ampliou, em 2022/2023, a importação de algodão brasileiro. As 242 mil toneladas adquiridas representaram uma expansão de 18% em relação ao ciclo anterior, resultando em uma participação de mercado de 16%. A indústria têxtil bengali contribui para posicionar o país como segundo maior importador do algodão brasileiro, ficando atrás apenas da China.


Em 2022, Bangladesh foi o país com segundo maior volume de roupas exportadas no mundo, de acordo com dados do World Trade Statistical Review 2023, movimentando US$ 45 bilhões e respondendo por 7,9% do volume global exportado. No ciclo 2022/23, o país contribuiu com 19% das importações mundiais de pluma, registrando um volume de 1,48 milhão de toneladas.


Desde 2019, o Brasil é o segundo maior exportador mundial de algodão. No ano comercial 2023/24, a projeção é que sejam exportadas 2,34 milhões de toneladas.


A “Missão Vendedores” é uma das ações realizadas pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. O programa foi idealizado pela Abrapa e é realizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e com apoio da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea).


https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/algodao/370640-missao-indonesia-bangladesh-comeca-dia-26-em-jacarta.html

 

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Abrapa capacita QIMA/WQS, nova certificadora do Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), na safra 2023/2024

22 de Fevereiro de 2024

Auditores da QIMA/WQS finalizaram nesta quarta-feira, 21 de fevereiro, o treinamento de três dias do protocolo do Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), safra 2023/2024. A fornecedora global de serviços de controle de qualidade e de conformidade é a nova certificadora do programa, administrado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em benchmark com a Better Cotton (BC), referência mundial em licenciamento de pluma sustentável. A capacitação teve início em Brasília, na sede da Abrapa, e terminou na Fazenda Planalto das Emas, no município de Correntina (BA).


“Apesar do Programa ABR ser de adesão voluntária, atualmente, cerca de 82% de toda produção da fibra do Brasil é certificada com as melhores práticas sustentáveis. O programa abrange toda a legislação trabalhista nacional, as normas da Organização Internacional do Trabalho, a legislação ambiental, o Código Florestal e as boas práticas agrícolas. Esse esforço evidencia, principalmente no mercado internacional, a competitividade e a origem confiável do algodão brasileiro”, afirmou Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa.  Criada em 2012, a iniciativa faz parte das ações estratégicas de trabalho do pilar de sustentabilidade da entidade. Os demais são qualidade, rastreabilidade e promoção.


Para dar maior confiabilidade ao processo de certificação socioambiental da fibra natural, nesta safra, as associações estaduais terão três opções de empresas de auditoria de terceira parte. Além da QIMA/WQS, que foi homologada após cumprir os critérios da Abrapa, serão certificadoras do programa: a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a Genesis Certificações.


Durante o encontro, os auditores da QIMA/WQS foram treinados no escopo dos pilares da sustentabilidade (ambiental, social e econômico) e nos oito critérios de verificação para a certificação, além de conhecerem os pontos críticos de cada um deles e o sistema de TI da Abrapa.


Foram destacados também os itens de conformidade total e obrigatória das fazendas, que são: Proibição de Trabalho Infantil e Análogo a Escravo, Liberdade de Associação Sindical, Proibição de Discriminação de Pessoas, bem como os critérios mínimos de ocorrências satisfatórias, de acordo com as regras do protocolo ABR.


“O auditor deve estar altamente preparado para desempenhar suas funções no processo de certificação. Isso inclui entrevistar desde o administrador até os funcionários, inspecionar a algodoeira, documentos e registros. Isso garante a credibilidade do programa, além de contribuir para a melhoria contínua das propriedades rurais participantes do ABR”, afirmou Fábio Carneiro, gestor dos programas de sustentabilidade da Abrapa.


Para Denise Barbedo, auditora e gerente técnica da QIMA/WQS, o treinamento foi uma oportunidade de colocar em prática valores fundamentais para a empresa, demonstrando que é possível produzir com respeito ao meio ambiente e às questões sociais, sem esquecer as questões econômicas.


“O ABR contempla todos esses pilares, com critérios direcionados. A parceria nos possibilitará aumentar nosso alcance e contribuir para que o programa seja implementado, garantindo a confiabilidade que ele exige. Acreditamos poder contribuir com o desenvolvimento e crescimento da certificação. Além disso, com a parceria teremos a oportunidade de auxiliar no aprimoramento contínuo dos processos e padrões de sustentabilidade e crescermos juntos, em direção à melhoria contínua”, disse.

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Missão Indonésia-Bangladesh começa dia 26 em Jacarta

21 de Fevereiro de 2024

A agenda de missões internacionais da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) começa, neste mês, pela Indonésia e segue até 1º de março em Bangladesh. No primeiro país, o foco é fomentar a recuperação de mercado, já que, no ano comercial 2022/2023, os indonésios reduziram em mais de um terço a importação de pluma. Por outro lado, Bangladesh foi o país que mais ampliou as compras do produto brasileiro no mesmo período.


Na pauta da comitiva brasileira, está a realização de seminários técnicos e muitonetworking junto a industriais da área têxtil e de vestuário. “Levaremos as perspectivas para o comércio externo de algodão brasileiro e nossos indicadores de qualidade e sustentabilidade. Estamos fechando o balanço de qualidade de 2023 e conseguimos melhorar os índices em todas as características intrínsecas da nossa fibra, em relação à safra passada”, antecipou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.


A missão comercial inicia por Jacarta, capital indonésia. No dia 26 de fevereiro, a Abrapa, em parceria com a Embaixada Brasileira, promove almoço de negócios com importadores e empresários da indústria têxtil e, à noite, realiza o seminário “Cotton Brazil Outlook Jacarta”. Na pauta, inovações da cotonicultura brasileira e dados atualizados sobre a safra 2023/2024, cujo plantio terminou recentemente no Brasil.


A redução nas importações de algodão pela Indonésia no ciclo 2022/23 impactou o Brasil. A participação brasileira no mercado indonésio passou de 28% para 23%. “Nossa intenção é conversar com os clientes sobre como o produto brasileiro pode contribuir para a indústria local”, afirma Alexandre Schenkel, Presidente da Abrapa.


A Indonésia é o quarto país mais populoso do mundo e uma das economias mais desenvolvidas da Ásia. Sua indústria têxtil está entre as dez mais relevantes do mundo. Segundo dados do World Trade Statistical Review 2023, em 2022, a exportação de roupas pela Indonésia movimentou US$ 10 bilhões, fazendo com que o país respondesse por 1,7% do total exportado no globo.


Para dar vazão ao ritmo da indústria têxtil, o país se tornou o sétimo maior importador de algodão, com 362 mil toneladas adquiridas no ciclo 2022/2023, de acordo com o United States Departament of Agriculture (USDA). “É um volume 35% inferior às 561 mil toneladas registradas na temporada anterior (2021/2022). O potencial de mercado ainda é muito grande”, destaca Marcelo Duarte Monteiro, diretor de Relações Internacionais da Abrapa.



Bangladesh – No dia 27 de fevereiro, o grupo brasileiro segue para Bangladesh, maior importador mundial de pluma, que tem na indústria do vestuário sua principal atividade econômica. Reuniões comerciais, almoço e jantares de negócios e uma edição do seminário “Cotton Brazil Outlook Dhaka” estão na programação no país. Entidades setoriais, órgãos públicos e empresários são público-alvo da comitiva.


No polo oposto à Indonésia, Bangladesh foi a nação que mais ampliou, em 2022/2023, a importação de algodão brasileiro. As 242 mil toneladas adquiridas representaram uma expansão de 18% em relação ao ciclo anterior, resultando em uma participação de mercado de 16%. A indústria têxtil bengali contribui para posicionar o país como segundo maior importador do algodão brasileiro, ficando atrás apenas da China.


Em 2022, Bangladesh foi o país com segundo maior volume de roupas exportadas no mundo, de acordo com dados do World Trade Statistical Review 2023, movimentando US$ 45 bilhões e respondendo por 7,9% do volume global exportado. No ciclo 2022/23, o país contribuiu com 19% das importações mundiais de pluma, registrando um volume de 1,48 milhão de toneladas.


Desde 2019, o Brasil é o segundo maior exportador mundial de algodão. No ano comercial 2023/24, a projeção é que sejam exportadas 2,34 milhões de toneladas.


A “Missão Vendedores” é uma das ações realizadas pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. O programa foi idealizado pela Abrapa e é realizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e com apoio da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea).


Imprensa Abrapa


Catarina Guedes – Assessora de Imprensa


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Câmara Setorial do Algodão pleiteia medidas especiais para amortizar impacto climático

20 de Fevereiro de 2024

Porto Alegre, 16 de fevereiro de 2024 – A Câmara Setorial do Algodão e Derivados (CSAD), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), presidida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), reuniu-se em caráter extraordinário na manhã desta quinta-feira (15/02). O objetivo foi consolidar e aprovar o texto de um documento a ser entregue, ainda esta semana, ao Governo Federal, tratando de soluções emergenciais para minorar os efeitos da quebra de safra da soja pelas adversidades climáticas, potencializadas pelo El Niño. Embora a soja tenha sido o cultivo mais afetado, seus reflexos sobre a fibra são diretos, já que, no Brasil, todo cotonicultor é necessariamente sojicultor. Atualmente, 62% da produção brasileira de algodão se dá em áreas de segunda safra, quando o algodão sucede imediatamente à soja.


Aos reveses climáticos se soma a queda nos preços de algumas das principais commodities agrícolas brasileiras, que comprometem a remuneração do produtor rural. Pelo indicador Esalq/B3, desde o início do ano passado, soja, milho e algodão registraram queda, de, respectivamente, 28%, 24% e 25%.


De acordo com o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, os produtores querem evitar a inadimplência e a consequente falta de acesso ao crédito para financiamento e custeio de suas lavouras. “As medidas também devem impedir que os impactos da crise cheguem ao consumidor final, não apenas de roupas como de alimentos, pois a soja está na base de diversas outras cadeias produtivas do agro”, argumentou, durante o encontro, que reuniu os elos mais importantes da cadeia produtiva, além de órgãos governamentais, como a Conab.


Dentre os pontos elencados no documento, estão a disponibilização de uma linha de crédito emergencial que beneficie também o produtor de grande porte. “Do contrário, pode haver inadimplência nos compromissos já contratados. Da mesma forma, precisamos da prorrogação de operações de crédito, com prazo mínimo de um ano e taxas em linha com o praticado hoje no mercado, que estão menores do que na época em que alavancamos”, diz Schenkel. Os membros da Câmara lembraram que apesar dos pleitos ao governo, o grande financiador da produção é a iniciativa privada, e com esses também haverá conversas.


A Câmara também alerta para a importância de dotação orçamentária para a Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM), para prover alguma estabilidade de renda para o produtor, e isso tornaria efetivas as soluções de subvenção, com os programas de PEP e Pepro. Outro ponto enfatizado foi o Seguro Rural, cuja abrangência tem diminuído, e o modelo, segundo os produtores, precisa ser reavaliado, como algo consistente e não apenas lembrado quando os problemas chegam.


“Os recursos têm de ser elevados já para o Plano Safra 2024/2025, para dar conta do que o campo precisa neste momento, mas o seguro tem que ser uma ferramenta que de fato funcione para como um instrumento de política agrícola, e que seja, também, interessante para que as empresas do ramo possam criar produtos e ofertar apólices com este fim”, disse Schenkel.


As informações são da Abrapa.


https://safras.com.br/camara-setorial-do-algodao-pleiteia-medidas-especiais-para-amortizar-impacto-climatico/

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