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Abrapa amplia presença na Conferência de Bremen sobre algodão

19 de Março de 2024

Porto Alegre, 18 de março de 2024 – O Brasil fortalece sua participação na International Cotton Conference Bremen, que começa na quarta (20) e vai até o dia 22 de março. A Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) participará de dois painéis e promoverá um evento paralelo à 37ª edição do evento, para demonstrar a evolução nos indicadores de qualidade e sustentabilidade do algodão brasileiro no mercado mundial. A conferência de Bremen é considerada a principal reunião do setor do algodão no mundo, desde a década de 1950. O evento debate as principais inovações da cadeia têxtil, reunindo especialistas, técnicos, pesquisadores e empresários do setor. Entre os temas recorrentes, estão a divulgação de estudos científicos, boas práticas, indicadores de qualidade da fibra, processamento têxtil, novos produtos e tendências de mercado.


“Nossa presença em Bremen é uma das iniciativas estratégicas previstas no planejamento do Cotton Brazil, neste ano. O foco é dar mais visibilidade à evolução da nossa cadeia produtiva e reforçar os avanços na produção responsável e na melhoria de vários indicadores de qualidade”, observa Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.


Cotton Brazil é a marca usada pela Abrapa para se posicionar em escala global. As ações são desenvolvidas em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), e apoio da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea).


No dia 20 de março (quarta), a associação promove uma Breakout Session, às 13h, com o tema “Sustainability in the cotton value chain: trends in regenerative practices and traceability”. Além do presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, participam o presidente da Anea, Miguel Faus, o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, o head de Sustentabilidade e Inovação da LDC Cotton, Bill Ballenden, e a consultora internacional de sustentabilidade, Marzia Lanfranchi.


A intenção da Breakout Session é compartilhar com empresários, importadores e executivos da cadeia global do algodão os desafios atuais e esforços que a cotonicultura tem feito em relação à rastreabilidade e à agricultura regenerativa, tanto em escala mundial, quanto especificamente do Brasil.


No dia 21 de março, às 16h, Marcelo Duarte será moderador no painel intitulado “A Look at Breeding and Agriculture”. No dia seguinte, Deninson Lima, especialista de Qualidade da Abrapa, participa do debate sobre “Cotton Quality and Testing”, às 11h45.


As informações são da Abrapa.

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Sou de Algodão divulga balanço do Programa SouABR 2022/2023

Em relatório divulgado pelo movimento, dados demonstram que mais de 127 mil peças, 38.800 metros de tecidos e 92.400 quilos de malhas foram produzidas a partir do programa de rastreabilidade por blockchain

19 de Março de 2024

O movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), acaba de divulgar o balanço do Programa SouABR dos períodos 2022/2023. No total, foram quase 21,5 mil fardos rastreados produzidos pelas fazendas, sendo 12.606 fardos em 2022, e 8.884 fardos em 2023. As varejistas, elo final da cadeia, colocaram na prateleira mais de 59 mil peças rastreadas em 2022, e mais de 68 mil em 2023. A Reserva, primeira a disponibilizar no mercado, já conta com 105.284 peças rastreadas, desde outubro de 2021, data do lançamento do programa. A Renner tem 6.736 peças, desde maio de 2022, e a C&A, 7.830 peças desde maio de 2023.


O SouABR é o 1° programa de rastreabilidade por blockchain da indústria têxtil do Brasil, lançado oficialmente em 7 de outubro de 2021, no Dia Mundial do Algodão. Ele nasceu sob as demandas crescentes por mais transparência nos processos de compra, venda e consumo, e sua proposta é oferecer ao público uma espécie de “raio-x” da peça que ele está adquirindo, comunicando os passos que o algodão daquela peça percorreu até chegar às suas mãos. Isso só é possível graças à tecnologia Blockchain, que funciona como um banco seguro de informações organizadas em blocos e que impede alterações, identificando e informando sobre os elos da produção: fazenda, fiação, tecelagem ou malharia, confecção e varejo.


Os números SouABR em 2022/2023


Como demonstra o relatório divulgado, fizeram parte do Programa SouABR, em 2023, 54 produtores e 60 fazendas, com um total de 8.884 fardos rastreados, face a 25 produtores, 32 fazendas e 12.606 fardos rastreados em 2022.


Em relação às fiações, foram produzidos 1.192.605,08 kg de fios em 2022, e 1.016.083,73 kg no ano seguinte. As empresas rastreadas Cataguases, Fiação Fio Puro, Incofios, Renaux View, Santana Textiles e Vicunha produziram um total de  2.208.688,81 kg de fios durante o período.


As empresas de tecelagens Cataguases, Renaux View, Santana Textiles e Vicunha produziram um total de 38.876,56 m de tecidos e a malharia Dalila Têxtil fabricou 92.444,55 kg de malhas nos anos analisados. Foram 24.207,11 m de tecido e 51.130,78 kg de malhas em 2022, e 14.669,45 m de tecidos e 41.313,77 kg de malhas em 2023.


Produção e confecção de peças rastreáveis


No que se refere às confecções, as empresas rastreadas By Cotton, Cataguases, Ease, Emphasis, Jace Confecções e Ufo Way produziram 107.217 peças em 2022, e  52.493 peças em 2023, resultando em 159.710 peças produzidas.


Já com as varejistas Reserva, Renner, YouCom, Almagrino, C&A e Dendezeiro, 127.425 peças rastreadas foram produzidas no período, divididas em coleções diversas. Para Fernando Sigal, diretor de produto da Reserva, o processo produtivo sustentável começa já na escolha da matéria-prima. “A preferência por algodão certificado e rastreável demonstra um compromisso não apenas com a qualidade dos produtos, mas com todo um cenário de responsabilidade socioambiental e transparência na indústria têxtil. Trabalhar em prol de um impacto cada vez mais positivo, garantindo relações de trabalho justas e produção responsável, é crucial para nos mantermos de pé como uma marca adequada ao nosso tempo”, afirmou.


O Programa SouABR e a certificação socioambiental


O SouABR nasceu graças ao comportamento do consumidor e, por isso, continua a estimular escolhas mais conscientes, demonstrando que o algodão presente naquela peça de roupa tem certificação socioambiental pelo programa ABR (Algodão Brasileiro Responsável). São 183 itens de verificação distribuídos em oito critérios: contrato de trabalho; proibição do trabalho infantil e proibição do trabalho análogo a escravo, indigno ou degradante, conforme obrigatoriedade; liberdade de associação sindical; proibição de discriminação de pessoas; segurança, saúde e meio ambiente do trabalho rural; desempenho ambiental; e boas práticas agrícolas.


Para Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa, o programa SouABR está pavimentando o caminho para uma indústria têxtil mais ética, transparente e responsável no Brasil, demonstrando que a moda e o consumo conscientes podem andar de mãos dadas. “É preciso que toda a cadeia têxtil tenha um comprometimento, e o desafio de SouABR não é só de números, de entregar peças rastreadas e de mostrar o certificado das fazendas. É mostrar o que fazemos de melhor, dentro do país, evidenciando o comprometimento que temos com as pessoas e com os trabalhos que geramos”, declarou.

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Algodão deve continuar a crescer, segundo estimativa da Agroconsult

Dados sobre algodão, soja e milho foram apresentados na 17ª Previsão de Safra, em Brasília.

15 de Março de 2024

Numa safra considerada das mais “complicadas” da história, o algodão deve crescer em área e produção, em sentido contrário ao desempenho da soja e do milho, que, junto com a fibra, formam a base da matriz produtiva do cerrado brasileiro. A estimativa é da Agroconsult, que apresentou os dados na 17ª Previsão de Safra Anec – Anea, na quarta-feira (13), em Brasília. De acordo com o presidente da consultoria, André Pessoa, o Brasil deverá colher 3,4 milhões de toneladas de pluma, em 2023/2024, um acréscimo de 5,9% ante o ciclo anterior. A área plantada deverá crescer 12,5%, alcançando 1,89 milhões de hectares, e a produtividade ficará em torno de 121 arrobas de pluma e 298 arrobas de caroço de algodão, por hectare, o que representa cerca de 1845 quilos de algodão beneficiado por tonelada. A 17ª Previsão de Safra é um evento organizado pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).


“A safra de algodão está indo muito bem. Precisa ainda de alguma chuva no início de abril, mas este tende a ser um ano muito positivo para o algodão, porque os custos de produção baixaram e os preços não caíram tanto.  Aliás, até se recuperaram um pouco, nas últimas semanas, o que deixa uma margem bem razoável, que será muito importante para os produtores que perderam na safra de soja, para equilibrar as contas”, pondera Pessoa. No radar, ele vislumbra uma manutenção de rentabilidade “muito boa”, embora não haja uma tendência de preços mais altos. “A expectativa é que o algodão continue crescendo”, diz.


O consultor acredita que o crescimento na área e produção do algodão deverá se manter, ainda que a produção de soja se recupere. “A rentabilidade da pluma está bem melhor do que a das lavouras alternativas”, diz. No famoso Rally da Safra, expedição promovida pela consultoria há 20 anos, Pessoa disse que foi constatada uma grande quantidade de produtores estreando na cultura, que, segundo ele, não é fácil para iniciantes, pois requer muitos investimentos na implantação.


“Creio que muitos destes novos entrantes fizeram acordos, por exemplo, de colheita e beneficiamento com produtores já estabelecidos e a tendência é que, nos próximos anos, eles se tornem mais experientes, e se estabilizem dentro desta área plantada”, observou.


Desafios


Os números a serem comemorados para o algodão, segundo a Agroconsult, trazem junto uma reflexão quanto ao escoamento e comercialização. “Será um enorme desafio. Precisamos continuar ampliando a nossa participação de mercado. Nos dois últimos anos, a quebra da safra dos Estados Unidos nos ajudou, mas isso não é garantido que sempre irá acontecer. Temos que estar preocupados com uma possível safra grande dos americanos, no ano que vem”, afirmou. A previsão apresentada para as exportações foi de 2,5 milhões de toneladas. 1,6 milhões das quais já foram embarcadas até fevereiro. Até então, o recorde brasileiro havia sido 2,4 milhões de toneladas de pluma enviadas ao mercado externo, em 2021.


Soja e milho


Altamente impactada pelo fenômeno climático El Nino, a produção brasileira de soja está estimada, pela Agroconsult, em 152,2 milhões de toneladas, em 2023/2024, uma queda de 4,7% em relação à safra anterior. Já a área plantada deve superar os 45,6 milhões de hectares, projetados anteriormente pela própria consultoria, que prevê alta na produção de 2,73% ante o ciclo passado. A produtividade da oleaginosa deverá cair 7,45%, ficando em 55,5 sacos de soja por hectare. As intempéries custaram à cultura um replantio de 2,9 milhões de hectares nesta safra.


O milho deve somar, no total das primeira e da segunda safra, 123,4 milhões de toneladas. A área total plantada com o cereal deve recuar 5,9%, ficando em 21 milhões de hectares.


O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, afirma que a Agroconsult é uma empresa conhecida pela confiabilidade dos seus dados. “O que eles apresentaram nos deu até bastante alento, num ano em que as entidades oficiais públicas, dentro e fora do Brasil, e as empresas privadas não conseguiam se entender. Parabenizamos e agradecemos à Anea e à Anec por promover este evento, pela 17ª edição”, afirmou. Schenkel lembrou, ainda, que no próximo dia 27 de março, a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados se reunirá e, nessa ocasião, os dados apresentados pela Agroconsult e também os da Conab serão discutidos e avaliados pelas nove associações estaduais dos produtores de algodão.


Sustentabilidade e rastreabilidade


A programação do evento teve ainda a participação do diretor geral da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti, que apresentou os dados apurados via satélite sobre a ocupação, nas últimas décadas, da produção agrícola, áreas de preservação e de conservação, em comparação à produção obtida nas várias culturas, em menos de 10% do território nacional. “É preciso que o mundo entenda o que fazemos, mas somente os dados não estão sendo suficientes. Precisamos tocar no coração dessas pessoas”, afirmou.


Já o diretor do Departamento de Produção Sustentável Irrigação e Cooperativismo do Mapa, Bruno Brasil, abordou a rastreabilidade e qualificação da produção agropecuária brasileira, apresentando as funcionalidades da plataforma AgroBrasil que está sendo desenvolvida pelo Ministério da Agricultura em parceria com o Serpro, com o apoio da Embrapa, CNA e CNC. Esta iniciativa tem como um dos objetivos atender às regulamentações europeias, com destaque para a Lei da EUDR (Due Diligence Europeu). “Ela vai permitir integração e segurança dos dados por sistema blockchain, universalidade, abrangendo todos os produtores, com adesão voluntária e custo zero para agricultores e cooperativas, dentro do site Gov.Br”, antecipou.

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USDA: Vendas semanais de algodão dos EUA na safra 2023/24 totalizam 85,8 mil fardos

Entre os dias 1º a 7 de março, o destaque foi para compras realizadas pela Turquia, de acordo com departamento

15 de Março de 2024

As vendas líquidas semanais de algodão dos Estados Unidos na safra 2023/24, entre 1º a 7 de março, totalizaram 85,80 mil fardos, com destaque para a Turquia, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, em inglês) nesta quinta-feira (14), com alta de 65% em relação à semana anterior, mas caíram 10% ante a média das quatro semanas anteriores.


Em todo o ano comercial, o país norte-americano já comprometeu 10,61 milhões de fardos, ante 10,53 milhões de fardos da pluma na semana anterior e 10,87 milhões de fardos do mesmo período do ano passado. A estimativa total do USDA para exportações da pluma, segundo o último relatório do departamento norte-americano, totaliza 11,57 milhões de fardos.


As vendas líquidas na temporada 2024/25 totalizaram 112,70 mil fardos com destaque para a Guatemala.


As exportações de algodão totalizaram 293,30 mil fardos na última semana, uma queda de 11% em relação à semana anterior, mas aumentaram 4% ante a média das quatro semanas anteriores, de acordo com dados reportados no dia pelo USDA, com destaque para a China.

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Algodão deve continuar a crescer, segundo estimativa da Agroconsult

Dados sobre algodão, soja e milho foram apresentados na 17ª Previsão de Safra, em Brasília.

14 de Março de 2024

Numa safra considerada das mais “complicadas” da história, o algodão deve crescer em área e produção, em sentido contrário ao desempenho da soja e do milho, que, junto com a fibra, formam a base da matriz produtiva do cerrado brasileiro. A estimativa é da Agroconsult, que apresentou os dados na 17ª Previsão de Safra Anec – Anea, na quarta-feira (13), em Brasília. De acordo com o presidente da consultoria, André Pessoa, o Brasil deverá colher 3,4 milhões de toneladas de pluma, em 2023/2024, um acréscimo de 5,9% ante o ciclo anterior. A área plantada deverá crescer 12,5%, alcançando 1,89 milhões de hectares, e a produtividade ficará em torno 121 arrobas de pluma e 298 arrobas de caroço de algodão, por hectare, o que representa cerca de 1845 quilos de algodão beneficiado por tonelada. A 17ª Previsão de Safra é um evento organizado pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).


“A safra de algodão está indo muito bem. Precisa ainda de alguma chuva no início de abril, mas este tende a ser um ano muito positivo para o algodão, porque os custos de produção baixaram e os preços não caíram tanto.  Aliás, até se recuperaram um pouco, nas últimas semanas, o que deixa uma margem bem razoável, que será muito importante para os produtores que perderam na safra de soja, para equilibrar as contas”, pondera Pessoa. No radar, ele vislumbra uma manutenção de rentabilidade “muito boa”, embora não haja uma tendência de preços mais altos. “A expectativa é que o algodão continue crescendo”, diz.


O consultor acredita que o crescimento na área e produção do algodão deverá se manter, ainda que a produção de soja se recupere. “A rentabilidade da pluma está bem melhor do que a das lavouras alternativas”, diz. No famoso Rally da Safra, expedição promovida pela consultoria há 20 anos, Pessoa disse que foi constatada uma grande quantidade de produtores estreando na cultura, que, segundo ele, não é fácil para iniciantes, pois requer muitos investimentos na implantação.


“Creio que muitos destes novos entrantes fizeram acordos, por exemplo, de colheita e beneficiamento com produtores já estabelecidos e a tendência é que, nos próximos anos, eles se tornem mais experientes, e se estabilizem dentro dessa área plantada”, observou.



Desafios


Os números a serem comemorados para o algodão, segundo a Agroconsult, trazem junto uma reflexão quanto ao escoamento e comercialização. “Será um enorme desafio. Precisamos continuar ampliando a nossa participação de mercado. Nos dois últimos anos, a quebra da safra dos Estados Unidos nos ajudou, mas isso não é garantido que sempre irá acontecer. Temos que estar preocupados com uma possível safra grande dos americanos, no ano que vem”, afirmou. A previsão apresentada para as exportações foi de 2,5 milhões de toneladas. 1,6 milhões das quais já foram embarcadas até fevereiro. Até então, o recorde brasileiro havia sido 2,4 milhões de toneladas de pluma enviadas ao mercado externo, em 2021.



Soja e milho


Altamente impactada pelo fenômeno climático El Nino, a produção brasileira de soja está estimada, pela Agroconsult, em 152,2 milhões de toneladas, em 2023/2024, uma queda de 4,7% em relação à safra anterior. Já a área plantada deve superar os 45,6 milhões de hectares, projetados anteriormente pela própria consultoria, que prevê alta na produção de 2,73% ante o ciclo passado. A produtividade da oleaginosa deverá cair 7,45%, ficando em 55,5 sacos de soja por hectare. As intempéries custaram à cultura um replantio de 2,9 milhões de hectares nesta safra.


O milho deve somar, no total das primeira e da segunda safra, 123,4 milhões de toneladas. A área total plantada com o cereal deve recuar 5,9%, ficando em 21 milhões de hectares.


O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, afirma que a Agroconsult é uma empresa conhecida pela confiabilidade dos seus dados. “O que eles apresentaram nos deu até bastante alento, num ano em que as entidades oficiais públicas, dentro e fora do Brasil, e as empresas privadas não conseguiam se entender. Parabenizamos e agradecemos à Anea e à Anec por promover este evento, pela 17ª edição”, afirmou. Schenkel lembrou, ainda, que no próximo dia 27 de março, a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados se reunirá e, nessa ocasião, os dados apresentados pela Agroconsult e também os da Conab serão discutidos e avaliados pelas nove associações estaduais dos produtores de algodão.



Sustentabilidade e rastreabilidade


A programação do evento teve ainda a participação do diretor geral da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti, que apresentou os dados apurados via satélite sobre a ocupação, nas últimas décadas, da produção agrícola, áreas de preservação e de conservação, em comparação à produção obtida nas várias culturas, em menos de 10% do território nacional. “É preciso que o mundo entenda o que fazemos, mas somente os dados não estão sendo suficientes. Precisamos tocar no coração dessas pessoas”, afirmou.


Já o diretor do Departamento de Produção Sustentável Irrigação e Cooperativismo do Mapa, Bruno Brasil, abordou a rastreabilidade e qualificação da produção agropecuária brasileira, apresentando as funcionalidades da plataforma AgroBrasil que está sendo desenvolvida pelo Ministério da Agricultura em parceria com o Serpro, com o apoio da Embrapa, CNA e CNC. Esta iniciativa tem como um dos objetivos atender às regulamentações europeias, com destaque para a Lei da EUDR (Due Diligence Europeu). “Ela vai permitir integração e segurança dos dados por sistema blockchain, universalidade, abrangendo todos os produtores, com adesão voluntária e custo zero para agricultores e cooperativas, dentro do site Gov.Br”, antecipou.


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Exportações brasileiras de algodão atingem volume recorde

Mato Grosso é o principal produtor de algodão do país

13 de Março de 2024

As exportações brasileiras de algodão alcançaram um volume recorde em fevereiro de 2024, de acordo com os dados da Secex. No total, foram enviadas 258,05 mil toneladas do produto para o exterior, representando um aumento de 3,11% em relação ao mês anterior, janeiro de 2024.


Segundo informações divulgadas pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), Mato Grosso, principal produtor de algodão do país, teve participação nesse resultado, contribuindo com 65,23% do total dos envios do Brasil no referido mês. As exportações do estado totalizaram 168,31 mil toneladas em fevereiro de 2024, ainda que tenham registrado uma redução de 1,86% em comparação com o mês anterior.


Essa diminuição nos envios internacionais foi influenciada, principalmente, pelo enfraquecimento das importações da China e de Bangladesh, que são importantes compradores da fibra de algodão brasileira.


Quanto aos principais destinos do algodão produzido em Mato Grosso, a China se destacou ao adquirir 85,91 mil toneladas, seguida pelo Vietnã, que importou 34,84 mil toneladas no mês analisado.


Fonte: Associação Brasileira dos Produtores de Algodão

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Brasil produz 36% do algodão sustentável consumido no mundo

13 de Março de 2024

 

Todo mundo sabe que quando se trata de algodão, o Brasil tem qualidade, volume e produto para oferecer ao longo dos doze meses do ano. Mas é na sustentabilidade que a pluma nacional vem conquistando cada vez mais mercado, graças a um trabalho consistente e inovador, que tem feito do país o maior fornecedor mundial de algodão produzido em moldes responsáveis. Saiba mais na entrevista concedida pela diretora de Relações Institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi, ao canal de TV Terra Viva. Clique aqui e assista!

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Exportações brasileiras de algodão atingem volume recorde

Mato Grosso é o principal produtor de algodão do país

12 de Março de 2024

As exportações brasileiras de algodão alcançaram um volume recorde em fevereiro de 2024, de acordo com os dados da Secex. No total, foram enviadas 258,05 mil toneladas do produto para o exterior, representando um aumento de 3,11% em relação ao mês anterior, janeiro de 2024.


Segundo informações divulgadas pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), Mato Grosso, principal produtor de algodão do país, teve participação nesse resultado, contribuindo com 65,23% do total dos envios do Brasil no referido mês. As exportações do estado totalizaram 168,31 mil toneladas em fevereiro de 2024, ainda que tenham registrado uma redução de 1,86% em comparação com o mês anterior.


Essa diminuição nos envios internacionais foi influenciada, principalmente, pelo enfraquecimento das importações da China e de Bangladesh, que são importantes compradores da fibra de algodão brasileira.


Quanto aos principais destinos do algodão produzido em Mato Grosso, a China se destacou ao adquirir 85,91 mil toneladas, seguida pelo Vietnã, que importou 34,84 mil toneladas no mês analisado.

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Estilista Guilherme Dutra relembra momentos no Desafio Sou de Algodão

Vencedor do último Desafio Sou de Algodão, o designer apresentou uma coleção na Casa de Criadores. Ele compartilha dicas para participantes

11 de Março de 2024

O Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores chega à terceira edição para apoiar os primeiros passos de jovens designers que se inserem no mercado da moda autoral. Neste ano, o concurso pagará um prêmio no valor de até R$ 30 mil ao vencedor, que também vai desfilar uma coleção no próximo evento da Casa de Criadores. A coluna conversou com o último grande ganhador da iniciativa, o estilista Guilherme Dutra, que compartilhou a própria experiência e dicas para os próximos concorrentes.




O estilista vencedor


Guilherme Dutra tinha 24 anos quando chegou ao Desafio Sou de Algodão, apresentando uma visão que ia além da moda. A coleção, batizada de Arô-Eu Saúdo, nasceu de um trabalho de conclusão de curso. O manifesto de resgate à ancestralidade do povo preto e de contemplação dos orixás africanos foi refletido nas roupas e fez de Guilherme o grande campeão da edição de 2022.


Para o estilista, ter o próprio trabalho reconhecido e então ovacionado na Casa de Criadores foi a realização de um sonho. “O ápice do evento foi ver a plateia suspirando a cada entrada. Ali entendi que meu trabalho estava dialogando com as pessoas e que elas estavam admirando a narrativa contada no desfile”, relembra.



estilista guilherme dutra casa de criadores sou de algodão desfile - metrópoles
O estilista sendo premiado pelo Sou de Algodão


Você pode saber mais sobre o concurso e as regras das inscrições clicando aqui. Confira a entrevista com o estilista Guilherme Dutra:


O que foi mais difícil na sua participação no Desafio Sou de Algodão, e como superou essa dificuldade?
Acredito que o mais difícil tenha sido traduzir os meus croquis para o tridimensional, ter que representar o excesso, muitas cores, texturas e a estética maximalista que o tema demandava. Tínhamos algumas limitações em relação a tecidos, isso foi um grande desafio.


Eu precisava de tecidos mais pesados e com texturas, para representar o tema que narrava a realeza e ancestralidade do povo preto. Ao decorrer da pesquisa, descobri que o uso da tapeçaria era muito presente e pertinente ao projeto, por esse motivo busquei tecidos no segmento da decoração, usados em estofados e cortinas, junto a técnicas manuais de estamparia e bordados que me ajudaram a chegar a um resultado estético imponente e não convencional.



Ter participado e vencido o Desafio impulsionou a sua carreira na moda?
Ter participado e, principalmente, ter vencido o Desafio Sou de Algodão impulsionou muito minha carreira. O prêmio contribui para várias realizações, como entrar para o lineup oficial da Casa de Criadores. Hoje, posso compartilhar a mesma passarela com grandes estilistas nacionais e mostrar o meu trabalho.


Minha apresentação fez com que muitos stylists me procurassem para produzir e desenhar para artistas, como Pocah, Gkay, Linn da Quebrada, Eduardo Sterblitch, entre outros.




estilista guilherme dutra casa de criadores sou de algodão desfile - metrópoles
Coleção vencedora de Guilherme Dutra


Como o algodão pode ser explorado de maneiras que se destacam no desafio?
O algodão pode ser explorado principalmente com beneficiamento têxtil. Técnicas manuais de estamparia, interferência de bordado e tingimentos naturais são sempre uma boa solução para bons resultados. O inesperado e o não convencional são apostas que devem ser feitas sem medo.


É valido usar tecidos que são de algodão, mas que não são comuns no nicho da moda, o que ajuda muito na descoberta de novas possibilidades.



E a sua experiência no desfile na Casa de Criadores, quais foram os destaques?
Esse foi um dos maiores marcos na minha vida! Ter mostrado meu trabalho em um dos eventos mais importantes da moda nacional foi extraordinário. Toda a equipe ajudou a concretizar o meu projeto, torná-lo palpável.


Destaque especial a equipe de hairstyle, que impulsionou o meu projeto, transformando os modelos em verdadeiras obras de arte. Os cabelos, que simbolicamente transformaram-se em coroas africanas, me renderam elogios até mesmo do Celso Kamura, que é uma referência nacional no segmento.


O ápice do evento foi ver a plateia suspirando a cada entrada. Nesse momento, entendi que meu trabalho estava dialogando com as pessoas, e que elas estavam admirando a narrativa contada no desfile. Poucos minutos, mas memoráveis.



estilista guilherme dutra casa de criadores sou de algodão desfile - metrópoles



Marcelo Soubhia/Agência Fotosite
Desfile na Casa de Criadores


estilista guilherme dutra casa de criadores sou de algodão desfile - metrópoles



Marcelo Soubhia/Agência Fotosite
Orixás e ascendência negra inspiraram o estilista




estilista guilherme dutra casa de criadores sou de algodão desfile - metrópoles



Marcelo Soubhia/Agência Fotosite
O designer era recém-formado quando conquistou o primeiro lugar


Que dicas você pode dar para quem vai participar do 3º Desafio Sou de Algodão?
Meu conselho é: não tenham medo de arriscar, ousem no que não é óbvio, testem mais de uma vez, olhem com carinho para todas as possibilidades. Que o desafio seja uma experiência única de desenvolvimento profissional e pessoal, absorvam e aproveitem cada minuto, cada palestra, cada orientação, pois esses momentos podem ajudar vocês na realização de seus sonhos.





Os estudantes de moda podem se inscrever no Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores até o dia 30 de abril de 2024, por este link. O regulamento completo está disponível on-line; confira aqui.




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USDA reduz para 12,10 mi de fardos safra 23/24 de algodão dos Estados Unidos; BR com 14,56 mi

Estoques finais da fibra na nova safra do país foram reduzidos pelo USDA no relatório para 2,50 milhões de fardos

11 de Março de 2024

A safra 2023/24 de algodão dos Estados Unidos foi reduzida para 12,10 milhões de fardos, ante 12,43 milhões no reporte anterior. Os dados são do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, em inglês) que divulgou seu boletim de oferta e demanda nesta sexta-feira (08).


Os estoques finais da fibra na nova safra do país são apontados em 2,50 milhões de fardos, sobre 2,80 milhões no último reporte. As exportações da pluma seguiram sendo projetadas no novo ciclo de produção em 12,30 milhões de fardos.


BRASIL


Já a safra 2023/24 de algodão do Brasil foi mantida em 14,56 milhões de fardos. Já os estoques tiveram leve reducação para 5,83 milhões de fardos. As exportações seguiram esperadas no novo ciclo em 11,20 milhões de fardos.


MUNDO


A produção mundial 2023/24 de algodão foi elevada para 112,96 milhões de fardos, sobre 112,82 milhões na estimativa anterior do USDA. Os estoques finais são projetados no novo ciclo de produção global em 83,34 milhões, sobre 83,70 milhões de fardos da estimativa anterior do USDA.

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