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Abrapa integra reunião de alinhamento da FPA para pautas estratégicas do agronegócio
12 de Fevereiro de 2025A reunião semanal de deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), realizada nesta terça-feira (11), na sede do Instituto Pensar Agro (IPA), em Brasília (DF), contou com a presença do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Gustavo Piccoli, e do primeiro-secretário Carlos Alberto Moresco, para discutir temas prioritários para o agronegócio. Entre os principais assuntos abordados, destacaram-se a derrubada do veto governamental sobre a tributação dos Fundos de Investimento do Agronegócio (FIAGROs), que impacta diretamente os investimentos no setor, e a questão fundiária no município de São Mateus, no Espírito Santo, onde produtores rurais enfrentam desafios jurídicos que ameaçam a segurança no campo. Outro ponto de relevância foi a proposta de delegação de poder de polícia à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), medida que gerou preocupação entre os participantes da reunião, segundo Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa. A avaliação predominante é de que esse papel deve permanecer sob a responsabilidade da Polícia Federal e do Exército Brasileiro, evitando conflitos e garantindo segurança jurídica para produtores e comunidades indígenas. O encontro contou com a participação de lideranças indígenas, que defendem o direito de suas comunidades de desenvolver atividades agropecuárias em suas terras, garantindo autonomia econômica e social. “A Abrapa acompanhade perto essas discussões, reforçando seu compromisso com o fortalecimento do agronegócio brasileiro e a defesa de um ambiente produtivo seguro e sustentável”, afirmou o executivo.
ABR-UBA certifica 114 unidades de beneficiamento
11 de Fevereiro de 2025O programa Algodão Brasileiro Responsável para Unidades de Beneficiamento (ABR-UBA), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), encerrou a safra 2023/2024, com motivos para comemorar. Agora são 114 unidades de beneficiamento certificadas, em comparação às 99 do ciclo anterior (safra 2022/2023). O ABR-UBA alcançou 67% do volume total de algodão produzido no Brasil, o equivalente a 2,45 milhões de toneladas. A certificação, que abrangeu algodoeiras em 47 municípios de oito estados brasileiros, é uma iniciativa pioneira que teve início em 2021, com avaliação de diversos critérios, que vão desde a segurança do trabalhador até o gerenciamento de resíduos e a eficiência energética. Além de atestar a conformidade com exigências globais nos âmbitos sociais, ambientais e de governança, ter a certificação contribui para a imagem internacional do algodão brasileiro, ampliando sua competitividade. Para baixar a íntegra do relatório é só acessar o link https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Relatorio-da-safra-2023.2024-ABR-UBA.pdf
Da lavoura à moda, os caminhos e a fé de Alexandre Schenkel no algodão nacional
11 de Fevereiro de 2025O empresario Alexandre Schenkel é uma figura que conecta ○ tradicional produtor de Mato Grosso, como tantos gaúchos desbravadores do Cerrado, com um perfil mais moderno, de quem pensa além do trivial nos negócios, disposto a abrir diálogo com todos os elos da cadeia - até com diferentes ideologias políticas, se for necessário. Em junho de 2023, por exemplo, no dia do anúncio do primeiro Plano Safra do governo Lula 3, diversas lideranças do agronegócio ainda relutavam em ter que lidar com partidos de esquerda, lamentando a derrota do candidato que haviam apoiado, Jair Bolsonaro. Nesta cerimônia, o então presidente da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), Alexandre Schenkel, foi o escolhido para estar no palco com as autoridades, sendo ○ único lider do agro com direito a discursar e defender os pleitos do setor. ""Eu posso ter um time de futebol, mas eu não posso não torcer para uma seleção, só priorizando ○ meu time de futebol. A gente torce por governos, mas os governos são passageiros, e ○ que importa e que nos sempre vamos estar lá para trabalhar em prol do nosso setor", afirmou Schenkel em entrevista ao AgFeed, agora em fevereiro, em plena correria de colheita da soja em Mato Grosso. Ao relembrar o episodio do Plano Safra, ele contou que, quando Abrapa recebeu o convite na época, submeteu a todos os diretores, para decidir se aceitaria. "Eu estava representando o Brasil num evento em Amsterdā, na Holanda, sobre sustentabilidade do algodão e tinhamos que tomar essa decisão. E todos foram unânimes. Apesar de a gente ter que esquecer, porque muitos não gostariam, nós tínhamos que representar, né? É muito bom você estar numa entidade que é organizada e pensa lá no futuro, com diretores que pensam coletivamente", avaliou. E não é só no ambiente politico que Alexandre Schenkel se destacou por "pensar diferente". A cadeia do algodão é considerada uma das mais organizadas do agronegócio brasileiro porque, nas últimas décadas, vem conseguindo desenvolver um trabalho em conjunto, envolvendo os diferentes elos, desde os produtores rurais, até beneficiadoras, indústrias, tecelagens e grandes marcas da moda A exportação de algodão é um dos egados. O Brasil no final da década de 1990 era o segundo maior importador da pluma e hoje é maior exportador mundial, tendo embarcado ao exterior 2,6 milhões de toneladas de algodão beneficiado na safra 2023/2024. Na produçao, ○ salto foi de 531%, se considerar o que se colhia na década de 1970 e a produção atual de 3,7 milhoes de toneladas,. A produtividade aumentou 1.229 % no mesmo período. É um setor que não abastece apenas ○ mercado externo. Sao os produtores brasileiros que também mais fornecem algodão para a indústria têxtil nacional, hoje sétima no ranking global. Outra marca é o alto indice de certificações e rastreabilidade na cadeia. programa chamado ABR (Algodão Brasileiro Responsável) já certifica 83% de tudo o que ○ Brasil produz Muitas dessas conquistas foram influenciadas pela visão de Alexandre Schenkel, que acredita na integracão entre os elos da cadeia, "O produtor de algodão respeita o beneficiador, ele vende para uma trading, então tem essa convivência entre nós, nós fizemos um trabalho muito grande la fora do Pais, porque a gente já atendeu o mercado doméstico que hoje é 25% do que a gente produz aqui no Brasil, então 75% da e nossa produção tem que ir para fora, então você depende de dar uma parceria com as tradings, Ir que elas são as grandes responsaveis por uma exportação ○ produtor não quer vender direto", argumenta. Schenkel comenta que, depois de tantas missões internacionais pelo mundo, já pode dizer que tem amigos em paises como China, Turquia entre outros, mas reforca que o risco e muito alto para um produtor tentar exportar, diretamente. "Precisa ter uma cadeia" Foco no Grupo Schenkel Em dezembro do ano passado Alexandre Schenkel deixou a presidência da Abrapa, mas continua na liderança do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), que foi criado em 2010. 0 IBA tem como objetivo fortalecer a cotonicultura brasileira e surgiu quando o Pais ganhou uma batalha contra os EUA na OMC, no chamado contencioso do algodão. Apesar de continuar integrando essa e outras entidades, participando de discussões do setor, Alexandre disse ao AgFeed que em 2025 deve dar mais foco a sua empresa, ○ Grupo Schenkel, onde tem seu irmão, Jackson Schenkel, como sócio. A história de Alexandre como agricultor começa onde ele nasceu, em Tapera, no Rio Grande do Sul. Era filho de um engenheiro agrônomo, que trabalhava numa cooperativa, e o avô tinha uma sementeira. Assim, desde cedo acompanhava o trabalho de ambos. Mas ○ pai de Schenkel faleceu quando ele tinha apenas 5 anos de idade, por isso pouco depois seguiu com a mãe o início da tarefa de "desbravar" as fronteiras agricolas do Pais. Primeiro, a familia de "colonos", como costumam chamar os gaúchos, de origem alemā foi para Barreiras, no oeste da Bahia.Com dificuldades por lá, decidiram ir para Mato Grosso, na região que está até hoje, em Campo Verde, a 136 km de Cuiabá. Enquanto isso, Schenkel resolveu seguir a carreira do pai e começou a cursar agronomia, primeiro no interior do RS "Depois eu vi que la no Rio Grande do Sul não dava, era uma agronomia voltada muito para pequeno produtor. E eu pensei assim: meu futuro vai ser no Mato Grosso, então vou mudar. Passei na Federal em Cuiabá. Muitos falavam na época de procurar faculdades de referência, Santa Maria, Minas Gerais. Mas eu não podia. Como eu tinha perdido meu pai, eu tinha que sair trabalhando", conta. Assim, Alexandre Schenkel conseguiu alguns estágios, o principal deles, "referência", como disse, foi na fazenda de Elizeu Maggi Scheffer, pai do empresário Guilherme Scheffer, outro simbolo da nova geração do agro e primo de Blairo Maggi, ex-ministro e presidente do conselho da Amaggi. Foi ali na Fundação Mato Grosso que Alexandre começou. a conhecer-e se apaixonar - pelo algodão. No trabalho de encerramento de curso, mudou radicalmente, queria conhecer algo mais. Fez a monografia e ficou por um tempo em Barreiras, na Bahia, trabalhando com café irrigado. "Eu sou meio movido à inovação, a desafios. Por que eu fui fazer um estágio curricular no café lá no Oeste da Bahia? Porque era diferente do que a gente via aqui. Aqui estava iniciando algodão, mas o nosso negócio era soja e milho", diz. Depois de alguns anos trabalhando em parceria com um tio, em terras da familia, em que teve muitos altos e baixos, Alexandre diz que o grande salto comecaria em 2010, quando criou com seu irmão ○ Grupo Schenkel. Aqui vale um disclaimer: na Faria Lima, muitos já ouviram falar em "Schenkel" em recuperação judicial, em função de ter ativos incluidos em um Fiagro. Não é o mesmo grupo. A RJ, na verdade, é do Grupo Agro DFG, que tem entre os sócios um primo de Alexandre Schenkel. Nesta safra, a empresa de Alexandre deve contabilizar uma receita de US$ 13 milhões, ele revelou, Atualmente, ○ Grupo Schenkel trabalha em 8,2 mil hectares, entre agricultura e pecuária. Sao 4 mil hectares de soja e 2,6 mil de algodão, além de milho e até um confinamento, onde faz a engorda de e até 1,5 mil bois por ano Para a próxima safra, mesmo que não opte por aumento significativo de area, ele já prevê uma receita de US$ 15 milhões, contando com bom momento dos negócios em pecuária. ◦ Grupo Schenkel tem planos de expansão. Ele diz que o grupo ja contratou consultorias em areas como gestao e planejamento tributário para avancar do ponto de vista de governanca. "Estamos buscando estar redondos' para, se a gente tiver um investimento, ter uma ampliação, buscar outras áreas aqui, seja no Mato Grosso, seja no Brasil. Eu creio que a gente tem a condição de poder ser mais dinâmico nesse crescimento, entao daqui para frente O que eu vou me dedicar, e ◦ nosso crescimento aqui do grupo". Schenkel afirma que o grupo praticamente tem dobrado de tamanho em "voo solo", sem sócios, nos últimos três anos e quer seguir em bom ritmo. Ele espera crescer pelo menos 50% nos próximos três anos. "○ que importa é você estar crescendo de maneira sólida". o Nesse aspecto, ele diz também que o importante é aprender com os erros. Recomenda que os produtores jamais tentem "especular com o câmbio ou com o mercado", ou deixar a compra de O a insumos "descoberta", sem fazer o hedge. "Foi o que deu a base de segurança para nós". Perguntado se sonha um dia chegar também à bolsa de valores, ele respondeu: "Não sei se é interessante, pois nossa escala é pequena Mas se for uma maneira que seja até inovadora, sou entusiasta com inovação. E que traga resultados tanto para nós para a nossa familia, para o negócio de quem está investindo, eu acho que sim, a gente pode trabalhar em bolsa também, montar uma estrutura para isso". Empresário da moda A ousadia mais recente de Alexandre Schenkel no mundo dos negócios até tem a ver com o mundo do algodão, mas surgiu quase pela "conspiração do universo". Um dos momentos de mais entusiasmo do empresario, ao longo da entrevista ao AgFeed, foi aquele em que contou em detalhes como surgiu a Almagrino, uma marca premium de camisas e camisetas masculinas, que está prestes a ganhar novos investimentos. A história começa quando um grande amigo de Schenkel, Henrique Resende, que trabalhava com automóveis, decidiu fazer o "Caminho da Fé", uma trilha de bike que inicia no interior de São Paulo vai até o Santuario de Aparecida. O roteiro de peregrinação e inspirado no Caminho de Santiago, da Espanha. Aventureiros, religiosos pessoas comuns têm buscado fazer o percurso de bike para momentos de introspecção e desafios fisicos e espirituais, Lá, Resende conheceu outros três amigos e juntos idealizaram o projeto da Almagrino. A palavra significa "aquele que conduz a vida com a alma". "Eles ficaram tão motivados, em quatro dias, que sairam de la querendo fazer algo juntos. Esses quatro amigos são de Cuiabá, se conheceram la, não se conheciam", contou Schenkel. Como a ideia era fazer algo relacionado à moda, foram procurar Alexandre Schenkel, que, como produtor de algodão e liderança do setor, ja tinha muitos contatos com toda a cadeia, desde a já indústria têxtil até as marcas de vestuário. a "Levei eles para fazer uma imersão lá em Santa Catarina, na moda, como e o processo industrial que se produz hoje, de roupas, essas coisas, e eles gostaram. Saindo de lá, eu falei 'eu topo entrar com voces', porque já tínhamos um caminho", disse. A marca tem como foco principal os produtos 100% algodão, contando que a matéria-prima tem total rastreabilidade "A ideia nossa da AImagrino é trazer sustentabilidade. 0 primeiro momento esta nessa rastreabilidade que nós temos na cadeia do algodão, mas logicamente la na frente a gente tem que trabalhar também com outras coisas modernas, sustentáveis uma fibra a base de milho, por exemplo. Sao tecnologias que a gente vai agregar", explicou. No caso do algodão, com os programas avançados de certificação, já é possível produzir uma peça de roupa que utilize a matéria-prima não apenas da mesma fazenda, mas até do mesmo talhão, segundo ele Na descricão do "quem somos" do site da marca, aparecem frases como: "Plantar, semear, colher e transformar. Vestimos um simbolo que levanta bandeiras. Vestimos o orgulho da origem e do Brasil. Nosso ser merece vestir o que e quem nos representa, sempre com transparência e verdade". Desde quando criada oficialmente até hoje, a Almagrino tem tres sócios: Schenkel e os amigos Henrique Resende e Pedro Sávio. "As vendas só sobem, você acaba praticamente triplicando todo ano as vendas, isso é muito bom, o cliente reconhece a qualidade. Nos montamos uma loja fisica que serviu como laboratorio pra nós", ressalta. Schenkel disse que no ano passado o faturamento da Almagrino ja chegou a RS 2 milhões. AS vendas ocorrem principalmente pelas plataformas online. Este ano a expectativa e chegar em R$ 5 milhões. "Grandes artistas são parceiros e a nossa loja ficou instagramável, como se fosse um padrão franquia também, de tão bonita que é. E valorizando tanto o Caminho da Fé como a história da construção da marca e também a qualidade dos produtos", afirmou, com orgulho. Criar uma franquia é uma das possibilidades para o projeto. Schenkel disse que está conversando com especialistas de São Paulo para avaliar possiveis aportes ou ajustes, viabilizando a expansão da Almagrino, mas ainda estaria em fase de "estudo". O "péssimo caminho" das RJs e a virada do ciclo Na visão de Alexandre Schenkel, a onda de recuperações judiciais que marcou 2024 tem sido muito prejudicial aos produtores. "A RJ é muito ruim para o crédito agricola brasileiro, e muito ruim.Eu acho que se uma pessoa ou um grupo, alguém tiver que pegar uma RJ, deve ser no último dos últimos casos", afirmou. Ele lembra que, ao longo da sua trajetória, muitas vezes enfrentou desafios financeiros. Na safra 2004/2005, por exemplo, quando ainda trabalhava em sociedade com outros familiares, precisou fazer muita renegociação, "mas sem precisar de advogado". "Está certo que mudou de 2004 para cá, algumas empresas se tornaram bem mais intolerantes digamos assim, de não confiar no seu cliente. Mas devido ao que vem ocorrendo, eu vejo que a RJ é uma pessima saida", ponderou. "Eu recomendo aos amigos que busquem esgotar todas as maneiras de voce poder renegociar (dívidas) ou liquidar a sua operação" A principal consequência negativa, segundo ele, 2 uma espécie de descrédito em relação a um título importante para o produtor rural, a CPR. "O crédito ficou mais caro, uma é no custo, outra é porque fica muito mais restrito. Parece que o risco que alguns produtores, alguns grupos têm, ficou mais criterioso ainda. cadastros, as garantias que se exigem hoje são muito maiores". Em função disso, ele destaca, a CPR de produto, que era "a garantia mais barata que se tinha no mercado", agora estaria com aceitação restrita. "O pessoal pagava, ia lắ, executava, fazia tal do arresto, o produtor comprometeu aquela produção para pagar tal divida, não foi? Dai teve uma grande polêmica. Teve lideranças nossas que chegavam e falavam assim, não, a CPR tem que estar dentro da RJ. Então, se o produtor pedir a RJ, aquela CPR perde a validade". Schenkel explica o problema: "Ele (o produtor) precisa do crédito e a garantia que ele tinha na CPR não valeu mais nada. Ai, o que tem que comecar a fazer? Alienação fiduciária tem que ter avalista, tem que ter garantia real". A boa notícia, em meio a esse cenário ainda desafiador, admite Schenkel, é que a safra de Mato Grosso está sendo muito boa, nessa temporada. "Não tem por que mentir. Nós estamos colhendo bem. A nossa região está colhendo bem", se referindo especialmente à região em que atua, Campo Verde, O empresário lembra que é inócuo para o produtor tentar esconder que 9 colheita estå farta - ha quem faça isso com medo da influência de baixa nos precos porque "há muitos anos 2 gente e auditado pelos satélites, eles sabem a nossa produçāo, todo mundo sabe a nossa produtividade aqui, porque já foi calibrada essa produção lá fora, através dos espectros de luz que a nossa lavoura emite. Então, não tem porque esconder números". Ele diz que a economia das cidades do agro começará a perceber esse ano uma melhora, em função da maior produção. No ano passado, com a quebra de 30% na safra em Mato Grosso, toda a sociedade sentiu, ressaltou "Ninguém quis trocar a máquina nenhuma nesse último ano. Está uma crise aqui junto com as revendas de máquinas. Não está fácil. Mas eu creio que se a gente mantiver essa questão de preco das máquinas, tudo vai começar a girar bem ai, vai começar a girar. O produtor realmente vai ter que trocar aquele pulverizador que estava precisando, ele estava amarrando um arame para poder finalizar a safra". Em relação a preços, Schenkel também vê uma certa melhora em comparação com a safra passada. A saca de soja, na época, caiu de R$ 140 para R$ 99 na sua região. Ele diz que esse ano conseguiu comercializar com médias de R$ 120 e as cotações da semana passada em Campo Verde ainda estariam em cerca de R$ 110 Ele ressaltou, no entanto, que muitas áreas ainda são prejudicadas pela chuva no estado, no periodo de colheita,portanto o tamanho da safra só se saberá quando tudo estiver nos armazéns.
Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa
07 de Fevereiro de 2025Destaque da Semana - O mercado continua com pouca volatilidade e tendência levemente baixista, com as menores cotações em quase 5 anos e incertezas de uma nova guerra comercial iniciando. Destaque 2 - O balanço das ações do programa Cotton Brazil e das exportações brasileiras de algodão em 2024 já está disponível no Relatório Anual 2024. Clique para acessar: https://bit.ly/4hJl8G0. Algodão em NY - O contrato Mar/25 fechou nesta quinta 06/fev cotado a 66,03 U$c/lp (-0,4% vs. 30/jan). O contrato Dez/25 fechou em 68,89 U$c/lp (estável vs. 30/jan). Basis Ásia - Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 946 pts para embarque Fev/Mar-25 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 06/fev/25. Baixistas 1 - A produção estimada 24/25 está em 26 milhões tons e o consumo em 25,2 milhões tons. Esta sobreoferta continua pesando. Baixistas 2 - O início de uma nova guerra comercial mais generalizada, não somente EUA-China, pode trazer volatilidade e menor crescimento global. Baixistas 3 - O volume de vendas a fixar (por produtores) na bolsa de NY é mais de 3X maior que o volume de compras a fixar (por fiações), o que traz pressão baixista no mercado. Altistas 1 - Uma das medidas tomadas pelo Pres esta semana deve ser beneficial ao algodão: o país acabou com a isenção de US$ 800 dólares para compras diretas via internet, da China (chamado de Minimis). Altistas 2 - Essa medida, por enquanto direcionada somente às vindas da China, atinge em cheio grandes varejistas de ultra fast fashion do país que usam uma quantidade mínima de algodão, com quase a totalidade das peças sendo de fibras sintéticas. Altistas 3 - Com as cotações de algodão nestes níveis e a recente melhora nos preços de soja e milho, a área de algodão nos EUA em 25/26 deve cair (plantio começa no próximo mês no Sul do país). Guerra comercial 1 - A taxa adicional de 10% sobre produtos chineses criada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, não causou pânico no mercado de algodão, mas deixa um alerta. Guerra comercial 2 - Em resposta Xi Jinping editou tarifas de 10% a 15% sobre vários produtos dos EUA (sem incluir produtos agrícolas por enquanto) Guerra comercial 3 - Os EUA prometem agora resgatar o Acordo da Fase Um entre os EUA e a China, assinado em 2020 durante o 1o governo Trump. A China se comprometeu a aumentar as compras de produtos americanos (incluindo agrícolas), mas somente parte do compromisso Chinês foi cumprido. Guerra comercial 4 - O acordo, por outro lado, resultou na revogação da tarifa adicional de 25% sobre o algodão e outros produtos americanos na China que estava vigente desde Julho/2018. Agora é esperar para ver os próximos capítulos. Microplásticos 1 - A Bolsa de Algodão de Bremen e a Cotton Incorporated publicaram um relatório alertando sobre os perigos dos microplásticos, que estão associados a problemas de saúde como ataques cardíacos, derrames e até morte. Microplásticos 2 - Já a Agência Europeia do Meio Ambiente (EEA) divulgou um relatório sobre a liberação de microplásticos na UE, destacando a falta de dados e métodos padronizados para mensurar esse problema. Microplásticos 3 - O poliéster é um dos principais responsáveis pela poluição por microplásticos. Microplásticos 4 - Ao contrário das fibras naturais, o poliéster (à base de petróleo) não é biodegradável, o que significa que esses microplásticos permanecem no meio ambiente por séculos. Bangladesh - Fiações bengalesas pleitearam ao Governo a suspensão da importação de fios pela fronteira terrestre devido aos preços mais competitivos do vizinho Indiano. Paquistão - O volume de algodão disponível para a indústria têxtil no Paquistão atingiu 5.510.741 fardos em 31/jan. Isso significa 34% menos que o registrado no mesmo período de 2024. Austrália - A colheita de algodão na Austrália já está em andamento em Queensland Central. Chuvas intensas atrasam o processo nas regiões do Norte. A colheita está adiantada em relação à média histórica, com estimativas de 1,2 milhão tons. Agenda - O próximo relatório de Oferta e Demanda do USDA sairá na próxima terça (11). No domingo (16), o Conselho Nacional do Algodão dos EUA divulga as intenções de plantio para o ano safra 2025/26. Exportações - Os dados de exportação desta semana serão publicados mais tarde pelo governo. Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (6), GO, MA, MG, MS, PI, PR e SP (100%), BA (99%) e MT (98%). Total Brasil: 98,78%. Plantio 2024/25 -Até ontem (6), foram semeados nos estados da BA (88,6%), GO (90,02%), MA (86%), MG (96%), MS (100%), MT (80%), PI (84,7%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 82,66% Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Quadro de cotações para 06-02 (1) Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com
Jovens estilistas provam que moda, coragem e criatividade andam juntos
06 de Fevereiro de 2025“A criatividade viabiliza várias formas de diálogo, e a moda é um caminho de comunicação com o qual me identifico”, afirma a estudante de moda Vitoria Antunes, de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ela ficou em terceiro lugar no Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores*, destinado para novos talentos, que aconteceu em 2024. Para Vitória, exercitar o seu olhar artístico significa encontrar beleza no que está ao seu redor. “A gente se conecta com beleza, no que a gente enxerga e alimenta a alma. As minhas inspirações estão ligadas ao que me comove, ao que me emociona. Tudo o que me causa emoção me permite traduzir em criação, e a moda entra como uma ferramenta de verbalizar isso.” A coleção ‘Sapiens Caribal’, que a jovem criou para o Desafio Sou de Algodão, clama pela atenção à exuberância da nossa biodiversidade e celebra as manualidades brasileiras. “Estudei sobre a necessidade de mitigação dos biomas brasileiros e decidi abrir um diálogo usando a moda como ferramenta para esse mapeamento”, relata. Fernanda Bastos, de Macapá, no Amapá, que ficou com o segundo lugar no Desafio, ressalta a região norte do país como fonte inesgotável de referências. “Como criadora nortista, desde sempre a gente é incentivado por inspirações naturais e culturais. Como eu vivo, as pessoas de onde eu vivo, o que elas fazem e a natureza que nos cerca. Tudo isso é apaixonante e me inspira a fazer algo que seja relevante para o lugar de onde eu venho.” Sua coleção ‘Na esquina do Rio’ reflete o trajeto hidroviário que faz saindo de Macapá para estudar moda em Belém, no Pará. “No meio dessas viagens, temos muito para observar. Pessoas diferentes, tanto dentro como fora do barco, a floresta Amazônica, as vilas ribeirinhas… E eu deitada na rede viajando visualizei uma peça que eu nunca fiz, mas que originou a coleção, que era uma camisa que remete à arquitetura ribeirinha.” Por sua vez, o grande vencedor da terceira edição do projeto do movimento Sou de Algodão em parceria com a Casa de Criadores, Lucas Caslú, natural de Goiânia, no Goiás, mostra que, além do tema, investigar processos sustentáveis e explorar materiais inovadores também são jeitos fundamentais para atingir uma moda mais criativa e autoral. Na coleção ‘Experiências’, Lucas, que é um acumulador assumido, se debruça no upcycling e traz peças que espelham suas experiências pessoais. Ele conta que suas ideias não surgem de repente, mas a partir de uma coletânea de pensamentos. “Eu gosto de andar com um caderninho para anotar as ideias sem compromisso com o resultado, e isso me dá uma liberdade criativa maior. Quando eu pego uma folha de papel em branco, é muito difícil eu ter uma ideia pronta. A persistência tem resultado comigo.” Trabalhando em uma confecção, o estudante e professor de desenho se assustou com a quantidade de tecido que era jogada fora e, então, decidiu levar para casa um saco do que seria descartado. “Eu achava aquele material incrível e via muito potencial nele”, lembra. “A gente, como desenhista e como designer, tem uma responsabilidade muito grande com o material que a gente trabalha.” A designer Vitoria Antunes também percebe que admirar a matéria-prima que se tem a disposição e fazer dela o suficiente desperta sua curiosidade e a instiga a criar. “Sair da zona de conforto nos estimula a pensar além de uma modelagem de uma blusa bonita.” Já Fernanda Bastos, que vem de uma família de artesãos, se deparou com uma escassez de materiais na região onde vive e, diante disso, se apropriou do que teve acesso em abundância, o barbante. Para sua inscrição no projeto, criou um vestido que possui texturas de fios de malha e resíduos de cortes de brim, representando o mapa da sua travessia no rio. Afinal, em um cenário atual em que tendências repetidas surgem o tempo inteiro, alimentando o consumo desenfreado, é preciso coragem para questionar e desafiar esses padrões. “Se a gente for analisar o consumo, o caminho mais seguro seria produzir o que é tendência, o que se sabe que será consumido e entregar para um público que já quer esse produto”, declara Vitoria.
Programa SOUABR Publica balanço de 2024
06 de Fevereiro de 2025Lançado em 2021, 0 programa SouABR, de rastreabilidade da cadeia do algodão, totalizou 326,5 mil peças rastreáveis, das quais 194.066 somente em 2024, cerca de 60% do total. Os dados do balanço anual que a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) publica comprovam que em 2024 o Programa SouABR ganhou tração, Dudalina e Individual, marcas da holding Veste S.A., configuram a adesão mais recente. Pelo sistema criado pela Abrapa em conjunto com a Trace, a plataforma de rastreabilidade da cadeia do algodão brasileiro opera com a tecnologia blockchain. "O SouABR atingiu importantes marcos em 2024, como o lançamento das primeiras toalhas rastreáveis do Brasil, em parceria com a Döhler, e a adesão de grandes varejistas, como Calvin Klein e Veste S.A., dona de marcas como Dudalina e Individual. Esses avanços reforçam nosso compromisso com a rastreabilidade e a responsabilidade, conectando o campo ao consumidor final", declarou em comunicado à imprensa Gustavo Piccoli, presidente da Abrapa. BALANÇO DO SOUABR Programa SouABR publica ○ balanço de 2024 em todas as esferas que trafegam pela plataforma, que registrou 194.066 peças rastreáveis. Covolan na Colomb 30 de janeiro de 2025. Algodão 79 produtores 99 fazendas Selecionar o mês 41.647 fardos rastreados. Fiação 1.764.764 quilos de fios rastreados. 06 empresas de fiação rastreadas em 2024 Cataguases, Dohler, Fio Puro (do grupo Kyly), Norfil, Santana Textiles e Vicunha Tēxtil. Tecelagens / Malharias 163.150 metros de tecido rastreados 136.310 quilos de malha rastreados em 2024 06 empresas rastreadas entre os dois segmentos Cataguases, Dalila Têxtil, Santana Textiles e Villa Têxtil. Confecção 206.086 peças produzidas 06 empresas de confeccão rastreadas em 2024 Cataguases, Döhler, Emphasis, Jace Confecções Veste S.A., e Villa Têxtil. Varejo 194.066 peças rastreáveis A diferença entre o volume produzido e as peças rastreáveis reportadas pelo varejo decorre de deficiência na amnarração dos dados por parte dos varejistas, não concluindo o processo de rastreabilidade", explica a Abrapa. 05 empresas de varejo rastreadas em 2024 I Döhler _ 131.605 peças rastreáveis do modelo Marrocos de toalha, contabilizadas entre julho e dezembro de 2024 2 Almagrino = 30.984 peças rastreáveis de roupas masculinas ao longo do ano. 3 Calvin Klein = 25.176 peças rastreáveis ao longo do ano. 4 Veste S.A = 3.841 peças rastreáveis de setembro a dezembro das marcas Dudalina e Individual. 5 C&A= 2.460 peças rastreáveis ao longo do ano. ACESSO POR OR CODE Do ponto de vista do consumidor, um QR Code impresso nas etiquetas das roupas rastreáveis funciona como porta de entrada para percorrer entre as informações dos diferentes agentes que compõem a cadeia do algodão. 1 Produtor de Algodão Sistema mostra dados desde a identificação da certificação ABR até a localização da fazenda entre outras informações. 2 Fardos de Algodão A plataforma do SouABR controla 26 dados relativos aos fardos de algodão que saem da fazenda. Passa pela safra, peso e características técnicas, como amarelamento, uniformização e resistência da fibra. 3 Fiação Data da produção dos fios com algodão certificado e rastreável, dados da empresa de fiação dados de nota fiscal, quantidade vendida e para qual confecção. 4 Tecelagem / Malharia Sistema registra dados da empresa, dados do produto, da nota fiscal, para qual confecção vendeu, quantidade vendida e assim por diante. 5 Confecção sistema recolhe dados sobre data da produção, da empresa de confecção, para qual varejista prestou o trabalho, quanto recebeu de tecido ou malha e quantas peças produziu com esse material são algumas das informações gravadas. 6 Varejo Nessa etapa, o programa inclui dados da empresa, dados da produção, quantidade adquirida com identificação por lote entre outras informações de controle. foto: divulgação (toalha Marrocos da Döhler).
SouABR finaliza 2024 com marco de 190 mil peças rastreáveis
06 de Fevereiro de 2025O SouABR, primeiro programa de rastreabilidade de ponta a ponta da cadeia têxtil, encerrou 2024 com resultados expressivos: mais de 190 mil peças finais rastreáveis, distribuídas por marcas como Almagrino, C&A, Calvin Klein, Döhler e Veste S.A. A iniciativa, promovida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) por meio do movimento Sou de Algodão, conta com a participação de 79 produtores e 99 fazendas, que disponibilizaram informações sobre mais de 41 mil fardos de algodão rastreados ao longo do ano. O trabalho e esforço para entregar a rastreabilidade ao consumidor final foram reconhecidos ao ganhar o primeiro lugar no Prêmio AMCHAM 2024, um dos mais renomados reconhecimentos à inovação sustentável no Brasil. As peças jeans lançadas pela C&A em fevereiro do mesmo ano, foram um dos destaques da premiação, que é promovida há mais de 40 anos pela AMCHAM – Câmara Americana de Comércio – e destaca práticas empresariais que impulsionam uma economia mais responsável e inovadora. A coleção vencedora contou com o blend de 53.460kg de algodão produzidos em cinco fazendas brasileiras, certificadas pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), 2.207,23 kg de fio e 3.713,40 m de tecidos da Santana Textiles, que, após o trabalho da confecção Emphasis, resultaram em 2.500 calças jeans rastreadas. “O SouABR atingiu importantes marcos em 2024, como o lançamento das primeiras toalhas rastreáveis do Brasil, em parceria com a Döhler, e a adesão de grandes varejistas, como Calvin Klein e Veste S.A., dona de marcas como Dudalina e Individual. Esses avanços reforçam nosso compromisso com a rastreabilidade e a responsabilidade, conectando o campo ao consumidor final”, destaca Gustavo Piccoli, presidente da Abrapa. O programa também registrou resultados significativos em outros segmentos da cadeia produtiva, alcançando mais de 1,75 milhão de quilos de fios, 160 mil metros de tecidos, 135 mil quilos de malhas e 205 mil peças confeccionadas. Alexandre Afrange, CEO da Veste S.A., ressalta a importância da iniciativa para a moda brasileira: “A rastreabilidade completa das peças não apenas conecta o consumidor à história por trás de cada produto, mas também eleva os padrões de sustentabilidade e ética na indústria da moda. Começamos o projeto com 80 mil peças rastreáveis e nosso objetivo é expandir cada vez mais essa iniciativa para os demais produtos que utilizam a fibra de algodão como principal matéria-prima. Não se trata apenas de inovação tecnológica, mas de um movimento maior de transformação do setor.” Pedro Sávio, sócio-fundador da Almagrino, destaca o SouABR como uma referência global em responsabilidade e moda consciente: “Por meio dessa iniciativa, demonstramos ao mercado consumidor nosso comprometimento com os mais altos padrões socioambientais. Na Almagrino, sentimos muito orgulho em fazer parte desse projeto e contribuir ativamente para o desenvolvimento de novos produtos e melhorias no processo de rastreabilidade.” “Estamos muito satisfeitos com o resultado, repercussão e adesão do mercado a nossa toalha de algodão rastreável. Um projeto como esse não apenas garante a origem responsável do algodão, mas reforça nossa transparência com o consumidor que vai poder conhecer desde a fazenda em que o algodão foi colhido, passando pela fiação, tecelagem até a confecção final da peça. A gente busca, sobretudo, um futuro mais sustentável”, destaca Marco Aurélio Braga, head de Comunicação e Marketing da Döhler. Os resultados expressivos do SouABR em 2024 reforçam a importância da rastreabilidade na indústria têxtil, conectando consumidores à origem dos produtos e promovendo práticas mais sustentáveis e transparentes. “Com a adesão de grandes marcas e o reconhecimento em premiações de inovação, o programa segue impulsionando a transformação do setor, elevando os padrões de responsabilidade socioambiental e consolidando o Brasil como referência global em moda consciente”, finaliza Piccoli.
Cotton Brazil destaca liderança brasileira na exportação
06 de Fevereiro de 2025O programa Cotton Brazil, desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), lançou seu Relatório Anual 2024. A publicação apresenta as principais ações realizadas pelo programa e os destaques ao longo de 2024, como a conquista do posto de maior exportador mundial de pluma pelo Brasil. “O ano de 2024 trouxe importantes conquistas para o algodão brasileiro. Além de termos antecipado a meta de nos tornarmos o maior exportador mundial de pluma, ultrapassamos a receita de US$ 5 bilhões no ano civil, um fato histórico”, destaca o presidente da Abrapa, Gustavo Viganó Piccoli. Entre os dados presentes no relatório, está o volume de 2,7 milhões de toneladas de algodão exportadas no ano comercial 2023/24 (compreendido de agosto de 2023 a julho de 2024). Foi um montante 85% superior ao registrado em 2022/23, elevando a presença do algodão brasileiro no mercado mundial em dez pontos percentuais, respondendo por 28% do mercado global de pluma. O conteúdo traz ainda um panorama geral do setor de algodão no Brasil e no mundo, identificando os principais produtores, consumidores, importadores e exportadores. Além disso, o relatório reúne indicadores, uma análise sobre o comércio com os dez países prioritários do Cotton Brazil e estatísticas mundiais. O Cotton Brazil é executado pela Abrapa em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). A atuação é pautada em missões internacionais, intercâmbio comercial entre instituições e órgãos governamentais, realização e participação em eventos e comunicação integrada.