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Sou de Algodão promove três dias de imersão na indústria têxtil para estudantes de moda
08 de Novembro de 2024

Entre os dias 5 e 7 de novembro, o movimento Sou de Algodão promoveu dias especiais para alunos do curso de Moda do Centro Universitário Senac SP, campus Santo Amaro, da PUC Campinas e da Anhembi Morumbi, todas universidades parceiras. Manami Kawaguchi, gestora de relações institucionais do movimento, foi a responsável por acompanhar os alunos na Experiência Sou de Algodão, em que quase 140 estudantes e docentes puderam conhecer a planta da Covolan Têxtil, em Santa Bárbara d’Oeste, uma das principais tecelagens do segmento denim. Os dias começaram com uma palestra, conduzida por Manami, que destacou o trabalho da Abrapa, seus pilares estruturais e projetos, como os programas de sustentabilidade, rastreabilidade, qualidade e promoção. Entre os principais pontos mencionados, a gestora ressaltou a liderança do Brasil na exportação de algodão responsável, a terceira posição global em produção da fibra e a capacidade de atender integralmente a demanda interna. Também destacou que os setores têxtil e de confecção são o segundo maior gerador de empregos no Brasil. Manami também falou sobre a visão do consumidor que está cada vez mais preocupado com a sustentabilidade e a busca por transparência das empresas de moda. Segundo Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o Brasil tem a vantagem de conseguir produzir uma moda 100% nacional. “Podemos mostrar por quantas mãos passa aquela peça, até chegar às mãos de quem compra a peça de roupa, já que temos uma cadeia têxtil completa e verticalizada, desde a produção da matéria prima, que é produzida com responsabilidade socioambiental e certificada”, explica. “Levar os estudantes e docentes a conhecerem todos os processos da fabricação de um tecido tão importante para a moda, ajuda a promover o nosso propósito, de fortalecer o ensino e a cadeia produtiva, como um todo”, acrescenta a gestora. Depois disso, aconteceu a visita técnica dentro da fábrica da Covolan Têxtil. Os presentes puderam conhecer a planta e os processos de fabricação de denim, tecido utilizado na produção do jeans, o item mais democrático do guarda-roupa de todas as pessoas. A empresa é referência em sustentabilidade, com mais de 30 certificações. Fundada em 1966, passou de fiação e tecelagem para uma referência nacional e internacional em Sustentabilidade. É 100% brasileira e, a partir do ano 2000, dedicou-se à produção exclusiva de Denim, com o propósito de gerar mudanças a partir dos produtos. “É uma experiência de extrema importância para os dois lados: tecelagem e estudantes, futuros profissionais da moda. Precisamos gerar cada vez mais empatia, porque tudo o que fazemos hoje tem impactos sociais, ambientais e econômicos. Na Covolan, entendemos que contribuir com esses momentos de aprendizagem é um dever e uma obrigação, assim ajudamos na formação de uma cadeia de fornecimento mais forte, adequada e preparada. Essa experiência proporciona o que os alunos não conseguem ter no dia a dia da universidade: o sensorial, o cheiro e a temperatura corporal. Tudo isso só acrescenta na formação desse profissional que estará trabalhando com a gente no futuro”, comemora Thaísa Peralta, head de Denim da Covolan. A aluna Larissa Caixeta Maiello, da PUC Campinas, explica que a visita foi muito importante para entender todos os processos, da produção do tecido até chegar no mercado. “Pudemos conhecer, também, todos os certificados e métodos que eles utilizam pensando na sustentabilidade, para proteger o meio ambiente e entregar um material de qualidade, usando o algodão”. Esse é o mesmo sentimento de Giovana Gabriele Cardoso da Silva, aluna da Anhembi Morumbi. “Nós, como futuros profissionais de moda, vamos precisar desses métodos para saber como trabalhar da melhor maneira”, explica. Mariana Sivieri, estudante do Centro Universitário Senac - Campus Santo Amaro, também tem um pensamento que vai de acordo com as colegas da futura profissão. “Fiquei impressionada com o compromisso da empresa, que vai desde o tratamento de despoluição da água utilizada no tingimento do Denim até a geração de energia por biomassa. Essa visita me permitiu uma visão completa do ciclo de produção e reafirmou a importância de práticas sustentáveis no setor”, comemora. A professora Claudia Regina Martins, da Anhembi Morumbi, ressaltou que os processos são bem planejados e as estratégias de sustentabilidade estão presentes de uma maneira que não é um marketing. “A estação de tratamento de água da Covolan é incrível. Já estive em outras empresas, que inclusive são de Denim, mas a estação deles é uma coisa, assim, perfeita. É importante a gente conhecer todo esse processo, não só quem trabalha na área, porque a gente vê todas essas etapas e todo esse cuidado com as certificações, as preocupações ambientais, de qualidade e com os trabalhadores”, comenta. Rose Sathler, coordenadora do curso de Moda da PUC Campinas, reforça que as visitas técnicas representam oportunidades singulares de aprendizado, permitindo aos estudantes uma imersão em temas fundamentais para sua formação. “A parceria com o movimento Sou de Algodão proporcionou, mais uma vez, a chance de observar de perto o processo produtivo, ressaltando a importância da responsabilidade ambiental e social na indústria têxtil. Agradecemos à Covolan, referência em práticas sustentáveis, pela acolhida e pelo compartilhamento de conhecimento. Esta experiência reforça nosso compromisso conjunto com a formação integral dos estudantes de Design de Moda da PUC-Campinas”. Por fim, Viviane Torres Kozesinski, Docente do Bacharelado em Design de Moda - Centro Universitário Senac - Campus Santo Amaro, agradece ao movimento Sou de Algodão por ter promovido a conexão entre universidades e empresas, fundamental para a formação dos futuros designers de moda. “As visitas técnicas às empresas da área de moda possibilitam estender os limites da sala de aula. Um ponto fundamental e muito marcante na visita, foi poder conhecer o sistema implementado pela empresa na busca por uma produção limpa e sustentável. Sem dúvida, foi um exemplo positivo que impactou fortemente os alunos”, finaliza.

Abrapa discute estratégias de controle da mancha-alvo em reunião técnica com Mapa
08 de Novembro de 2024

No dia 07 de novembro, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou de uma reunião técnica, em Brasília, com representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Algodão e Embrapa Soja, da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Staphyt, Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) Brasil, Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho). No encontro foram discutidas estratégias de controle da mancha-alvo (Corynespora cassiicola), doença fúngica grave que prejudica a produtividade da soja e do algodão, principalmente pela desfolha precoce das plantas cultivadas. De acordo com Edivandro Seron, consultor técnico da Abrapa, os pesquisadores apresentaram resultados dos "ensaios de rede", conduzidos ao longo dos últimos anos nas principais regiões do país, sobre o controle, estratégias de manejo da mancha-alvo e debateram sobre as tecnologias que estão sendo utilizadas pelos produtores e os novos produtos para a prevenção e controle, que ainda aguardam o registro dos órgãos reguladores. “O fungo causador da mancha-alvo na soja e no algodão é altamente resistente, podendo sobreviver por mais de uma safra no solo e em restos culturais de plantas hospedeiras. Ele também pode ser transmitido por sementes infectadas. Chuvas e ventos facilitam a dispersão inicial do inóculo, que se instala nas folhas inferiores da planta, onde as primeiras lesões surgem. Essas lesões produzem esporos que se dispersam, iniciando novos ciclos de infecção”, explicou. Condições de alta umidade, como períodos chuvosos, folhagem constantemente úmida e umidade relativa do ar acima de 80%, favorecem o desenvolvimento da doença. Além disso, o cultivo em menores espaçamentos e com alta densidade populacional contribui para a criação de um microclima ideal para a proliferação do fungo.  “A apresentação dos ensaios é fundamental para desenvolver e avaliar estratégias eficazes no combate à mancha-alvo. Esses estudos oferecem dados essenciais sobre o comportamento do fungo, as condições que favorecem sua propagação e as melhores práticas de manejo”, finalizou.

Cotton Day Santos debate desafios na exportação de algodão
08 de Novembro de 2024

Com público superior a 150 pessoas, entre produtores, traders, operadores de terminais portuários e retroportuários, armadores, prestadores de serviços e autoridades, a cadeia logística do algodão lotou o Auditório da Associação Comercial de Santos (ACS), no 1º Cotton Day Santos. O evento, promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), por meio do programa Cotton Brazil, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), foi realizado em 06 de novembro, com o objetivo de pensar alternativas para garantir que o maior porto do mundo no escoamento da fibra, hoje responsável por mais de 95% dos embarques, possa dar conta do crescimento contínuo da produção brasileira de algodão. Atualmente, saem de Santos, a cada ano, de 110 a 120 mil contêineres, cerca de 9 mil por mês, movimentando aproximadamente 2,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) para o mercado externo. Na manhã do evento, foram discutidos temas como "Oportunidades e desafios logísticos para a exportação de algodão," com o presidente do Comitê de Logística da Anea, Brenno Queiroz; "O Brasil como o maior exportador mundial de algodão," com o gestor de Sustentabilidade da Abrapa, Fábio Carneiro; e "O papel dos terminais retroportuários na logística do algodão," com o diretor executivo da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC), Wagner Souza. Já à tarde, os temas abordados incluíram "Atuação dos órgãos intervenientes – Certificado Fitossanitário," com o chefe de setor do Mapa no Porto de Santos, Roberto Lorena de Barros Santos; "Redex," com o chefe do Serviço de Gestão e Infraestrutura Aduaneira (Segin) – Alfândega do Porto de Santos, Dimas Monteiro de Barros; "Cenário de transporte marítimo de contêineres," com o diretor de Logística da MSC, Elmer Alves Justo; e "O Porto de Santos a serviço da exportação de algodão no Brasil," com o diretor de Operações da Autoridade Portuária de Santos (APS), Beto Mendes. O 1º Cotton Day teve patrocínio da Hipercon Terminais de Carga. “Precisamos garantir que as quase 3 milhões de toneladas que precisam deixar o país, uma vez que são o excedente da produção, depois que abastecemos a demanda de cerca de 750 mil toneladas da indústria nacional, cheguem ao consumidor, do outro lado do mundo, no tempo e nas condições corretas. Da mesma forma, sabemos que o cotonicultor tem o know-how para aumentar sua produção a cada safra, incrementando a produtividade, com sustentabilidade e qualidade. Seria um absurdo pedir a ele que não produza mais, que não evolua, por falta de estrutura de exportação,” disse o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero. “Mesmo com a entrada de portos alternativos, como o de Salvador e Paranaguá, Santos continuará protagonista e precisa ser olhado com atenção,” acrescentou. Este é o terceiro evento sobre logística do algodão sediado pela Associação Comercial de Santos (ACS) desde agosto do ano passado, quando a Abrapa entregou os primeiros certificados do programa Algodão Brasileiro Responsável para Terminais Retroportuários de Algodão, ABR-LOG. A iniciativa da Abrapa, em parceria com a Anea, faz parte do programa Cotton Brazil, de promoção da fibra brasileira no mercado internacional, fruto da parceria entre Abrapa, Anea e ApexBrasil. A exemplo do ABR, voltado para a certificação das fazendas, e do ABR-UBA, para Unidades de Beneficiamento de Algodão, o ABR-LOG também é um programa de certificação socioambiental, com ênfase adicional na qualidade. Seu foco é o elo responsável pelo recebimento dos fardos, armazenagem, estufagem do contêiner e embarque, visando a melhoria do processo de exportação, com eficiência e preservação da integridade dos fardos até o destino. “A Associação Comercial ficou muito feliz em organizar este evento, que nos ajuda a entender os desafios logísticos do setor de algodão, que são basicamente os mesmos para outras cargas em contêineres. Isso permite à ACS promover um diálogo rico com a autoridade portuária, com a alfândega e com a municipalidade. Queremos manter o protagonismo do Porto de Santos, lembrando que ele já representou 99% das exportações totais de algodão brasileiro, e hoje esse percentual é de 95%,” afirmou o vice-presidente da ACS, Carlos Alberto Santana Jr.  Melhor alternativa Segundo estudos encomendados pela Abrapa e pela Associação Mato-grossense do Produtores de Algodão (Ampa) à consultoria Macroinfra, Santos ainda é a melhor alternativa para o algodão do Mato Grosso e do Matopiba. No entanto, os atuais problemas enfrentados pelos exportadores em Santos prejudicam a logística e aumentam o custo do transporte. Entre as dificuldades, estão a redução da janela de embarque dos terminais, o atraso frequente dos navios, o conflito sobre o local de armazenagem dos contêineres, a diminuição do número de “Redex”. O Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex) é uma área alfandegada localizada fora dos portos e aeroportos, criada para facilitar os procedimentos de exportação de mercadorias. Recentemente, alguns terminais perderam este reconhecimento, por não atenderem às especificações exigidas. Os desafios também englobam, segundo os estudos, a insuficiência de fiscais do Mapa e problemas na recepção dos fardos e contêineres. A situação é agravada pelo fato de o algodão ser apenas uma das mercadorias exportadas pelo porto, que também escoa soja, açúcar, milho, fertilizantes e celulose e por onde entram produtos importados pelo Brasil. Esforços De acordo com o diretor de Operações da APS, Beto Mendes, em 2023, o Porto de Santos cresceu em torno de 7% e movimentou 173 milhões de toneladas. “Se dividirmos esse total pelos 365 dias do ano, considerando que cada carreta transporta, em média, 30 toneladas, Santos movimentou, por dia, 15.827 caminhões. Como um terço disso vem de trem, passaram pelo Porto de Santos, diariamente, 10 mil caminhões no ano passado. Anualmente, aproximadamente 5.500 navios atracam aqui,” detalhou. “Eventos como este são de grande relevância para o Porto de Santos, para os produtores, exportadores e, em especial, para o Brasil. Nós não mediremos esforços para dar suporte ao setor produtivo para que ele possa continuar sendo atendido por Santos,” afirmou. Esforços extras e rearranjos estratégicos são medidas que o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) vem adotando durante a safra de algodão, para garantir que as cargas exportadas sejam comprovadamente livres de pragas e doenças. De acordo com o chefe de setor do Mapa, Roberto Lorena de Barros Santos, o Ministério se adapta à realidade brasileira. “Não podemos dizer ao exportador que ele precisa embarcar menos num determinado ano porque o governo não consegue acompanhá-lo. É nosso papel nos adaptarmos à demanda. Realizamos forças-tarefas na safra, quando a demanda é maior que a nossa capacidade,” afirmou. Na área fitossanitária, o certificado brasileiro tem reconhecimento e respeito no mercado internacional, sendo até mesmo usado como garantia em operações financeiras, segundo representantes do Mapa. Como resultado do evento, será formado um grupo de trabalho em colaboração com a autoridade portuária para buscar soluções conjuntas para a questão dos contêineres no Porto de Santos. A primeira reunião está prevista para o dia 27/11 e reunirá representantes de todos os setores agrícolas que utilizam contêineres para exportação.

Relatório de Qualidade do Algodão Brasileiro - Safra 2023/2024
07 de Novembro de 2024

O índice de uniformidade, de fibras curtas (SFI) e o de resistência, três das principais características comerciais de qualidade intrínseca da fibra de algodão, foram destaques das análises em HVI realizadas pelos laboratórios que integram o programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Até o dia 31 de outubro, a análise de qualidade da safra brasileira de algodão 2023/2024 estava em 75%. Confira mais informações no relatório completo aqui.

Abrapa reforça parceria com ApexBrasil e MRE com eventos na Ásia
07 de Novembro de 2024

Os últimos dias foram de muita integração entre a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e o governo federal brasileiro. Representantes da associação participaram de duas reuniões de planejamento do Ministério das Relações Exteriores (MRE) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em Bangkok (Tailândia) e Tóquio (Japão). As reuniões de planejamento fomentaram na integração do staff no Brasil e na Ásia tanto da ApexBrasil como do MRE, com embaixadores e diplomatas locais – além do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que tem servidores da Secretaria de Relações Internacionais e adidos agrícolas atuando nos países asiáticos. Em Bangkok, capital da Tailândia, o encontro ocorreu no final de outubro. A equipe da Abrapa, coordenada pelo presidente, Alexandre Schenkel, apresentou o Cotton Brazil como uma experiência bem-sucedida de parceria com a ApexBrasil, com saldo positivo tanto para os cotonicultores como para a imagem internacional do País. O Cotton Brazil é um programa de promoção do algodão brasileiro em escala global. Foi idealizado pela Abrapa e é realizado em parceria com a ApexBrasil, tendo apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). "Ficamos muito felizes de ver o destaque recebido pelo Cotton Brazil. Os resultados obtidos, principalmente a conquista do posto de maior exportador mundial de pluma, têm credenciado toda a nossa cadeia produtiva como referência do que o Brasil pode conquistar em outros setores também, e isso nos deixa muito orgulhosos", analisou Schenkel. O futuro do mercado do algodão no mundo e, em especial, no Sudeste Asiático, foi um dos temas mais discutidos. Schenkel explica que esse posicionamento passa por reforçar o compromisso cada vez mais crescente da cadeia produtiva do algodão com práticas responsáveis. "Nossa matéria-prima é a mais sustentável para termos um futuro de menos impacto ambiental. Para isso, precisamos garantir competitividade frente às opções sintéticas", pontuou. JAPÃO . Embora atualmente o Japão não tenha uma alta demanda por algodão, e represente um pequeno volume nas exportações da fibra brasileira, as relações comerciais entre os dois países tendem a se intensificar daqui para frente. A segunda etapa das reuniões de planejamento do MRE ocorreu em Tóquio, e a Abrapa aproveitou para abrir novas frentes de relacionamento com a indústria japonesa. O diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, ressaltou o papel de vanguarda da indústria japonesa. "Embora muitas fiações japonesas tenham migrado para outros países, o Japão é muito relevante na cadeia produtiva, desde as fiações até a etapa varejista, sendo que o terceiro maior grupo varejista do globo é japonês", explicou Duarte. A preocupação da indústria japonesa com certificação socioambiental também a aproxima do algodão brasileiro. "O programa Sou ABR, em fase piloto com varejistas no Brasil, é um bom exemplo para o Japão, porque realiza a rastreabilidade total do produto da fazenda até à gôndola, e é exatamente isso que as marcas japonesas procuram", observou o diretor. ALGODÃO . O mercado asiático representa 98,24% das exportações brasileiras de algodão registradas no ano comercial 2023/24 – quando o País embarcou 2,68 milhões de toneladas de pluma. Atualmente, o Brasil é o maior exportador do produto no mundo.

No Japão: Brasil busca agregar valor dos produtos para exportação
07 de Novembro de 2024

Em um encontro promovido pela ApexBrasil, no Japão, com a participação da Abrapa, a entidade explora estratégias para ampliar mercado e valor da exportação da pluma nacional. Entre as iniciativas estão a separação por lote e a análise de HVI. Confira mais detalhes na entrevista do presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, na reportagem do Canal Rural. Confira aqui: https://www.youtube.com/watch?v=SCdu2-C-pFc

1º Cotton Day Santos discute desafios e soluções logísticas para exportação de algodão no Porto de Santos
07 de Novembro de 2024

Com público superior a 150 pessoas, entre produtores, traders, operadores de terminais portuários e retroportuários, armadores, prestadores de serviços e autoridades, a cadeia logística do algodão lotou o Auditório da Associação Comercial de Santos (ACS), no 1º Cotton Day Santos. O evento, promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), por meio do programa Cotton Brazil, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), foi realizado em 06 de novembro, com o objetivo de pensar alternativas para garantir que o maior porto do mundo no escoamento da fibra, hoje responsável por mais de 95% dos embarques, possa dar conta do crescimento contínuo da produção brasileira de algodão. Atualmente saem de Santos, a cada ano, de 110 a 120 mil contêineres, cerca de 9 mil por mês, movimentando aproximadamente 2,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) para o mercado externo. Na manhã do evento, foram discutidos temas como "Oportunidades e desafios logísticos para a exportação de algodão," com o presidente do Comitê de Logística da Anea, Brenno Queiroz; "O Brasil como o maior exportador mundial de algodão," com o gestor de Sustentabilidade da Abrapa, Fábio Carneiro; e "O papel dos terminais retroportuários na logística do algodão," com o diretor executivo da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC), Wagner Souza. Já à tarde, os temas abordados incluíram "Atuação dos órgãos intervenientes – Certificado Fitossanitário," com o chefe de setor do Mapa no Porto de Santos, Roberto Lorena de Barros Santos; "REDEX," com o chefe do Serviço de Gestão e Infraestrutura Aduaneira (SEGIN) – Alfândega do Porto de Santos, Dimas Monteiro de Barros; "Cenário de transporte marítimo de contêineres," com o diretor de Logística da MSC, Elmer Alves Justo; e "O Porto de Santos a serviço da exportação de algodão no Brasil," com o diretor de Operações da Autoridade Portuária de Santos (APS), Beto Mendes. O 1º Cotton Day teve patrocínio da Hipercon Terminais de Carga. “Precisamos garantir que as quase 3 milhões de toneladas que precisam deixar o país, uma vez que são o excedente da produção, depois que abastecemos a demanda de cerca de 750 mil toneladas da indústria nacional, cheguem ao consumidor, do outro lado do mundo, no tempo e nas condições corretas. Da mesma forma, sabemos que o cotonicultor tem o know-how para aumentar sua produção a cada safra, incrementando a produtividade, com sustentabilidade e qualidade. Seria um absurdo pedir a ele que não produza mais, que não evolua, por falta de estrutura de exportação,” disse o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero. “Mesmo com a entrada de portos alternativos, como o de Salvador e Paranaguá, Santos continuará protagonista e precisa ser olhado com atenção,” acrescentou. Este é o terceiro evento sobre logística do algodão sediado pela Associação Comercial de Santos (ACS) desde agosto do ano passado, quando a Abrapa entregou os primeiros certificados do programa Algodão Brasileiro Responsável para Terminais Retroportuários de Algodão, ABR-LOG. A iniciativa da Abrapa, em parceria com a Anea, faz parte do programa Cotton Brazil, de promoção da fibra brasileira no mercado internacional, fruto da parceria entre Abrapa, Anea e ApexBrasil. A exemplo do ABR, voltado para a certificação das fazendas, e do ABR-UBA, para Unidades de Beneficiamento de Algodão, o ABR-LOG também é um programa de certificação socioambiental, com ênfase adicional na qualidade. Seu foco é o elo responsável pelo recebimento dos fardos, armazenagem, estufagem do contêiner e embarque, visando a melhoria do processo de exportação, com eficiência e preservação da integridade dos fardos até o destino. “A Associação Comercial ficou muito feliz em organizar este evento, que nos ajuda a entender os desafios logísticos do setor de algodão, que são basicamente os mesmos para outras cargas em contêineres. Isso permite à ACS promover um diálogo rico com a autoridade portuária, com a alfândega e com a municipalidade. Queremos manter o protagonismo do Porto de Santos, lembrando que ele já representou 99% das exportações totais de algodão brasileiro, e hoje esse percentual é de 95%,” afirmou o vice-presidente da ACS, Carlos Alberto Santana Jr. Melhor alternativa Segundo estudos encomendados pela Abrapa e pela Associação Mato-grossense do Produtores de Algodão (Ampa) à consultoria Macroinfra, Santos ainda é a melhor alternativa para o algodão do Mato Grosso e do Matopiba. No entanto, os atuais problemas enfrentados pelos exportadores em Santos prejudicam a logística e aumentam o custo do transporte. Entre as dificuldades, estão a redução da janela de embarque dos terminais, o atraso frequente dos navios, o conflito sobre o local de armazenagem dos contêineres, a diminuição do número de “REDEX”. O Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (REDEX) é uma área alfandegada localizada fora dos portos e aeroportos, criada para facilitar os procedimentos de exportação de mercadorias. Recentemente, alguns terminais perderam este reconhecimento, por não atenderem às especificações exigidas. Os desafios também englobam, segundo os estudos, a insuficiência de fiscais do Mapa e problemas na recepção dos fardos e contêineres. A situação é agravada pelo fato de o algodão ser apenas uma das mercadorias exportadas pelo porto, que também escoa soja, açúcar, milho, fertilizantes e celulose e por onde entram produtos importados pelo Brasil. Esforços De acordo com o diretor de Operações da APS, Beto Mendes, em 2023, o Porto de Santos cresceu em torno de 7% e movimentou 173 milhões de toneladas. “Se dividirmos esse total pelos 365 dias do ano, considerando que cada carreta transporta, em média, 30 toneladas, Santos movimentou, por dia, 15.827 caminhões. Como um terço disso vem de trem, passaram pelo Porto de Santos, diariamente, 10 mil caminhões no ano passado. Anualmente, aproximadamente 5.500 navios atracam aqui,” detalhou. “Eventos como este são de grande relevância para o Porto de Santos, para os produtores, exportadores e, em especial, para o Brasil. Nós não mediremos esforços para dar suporte ao setor produtivo para que ele possa continuar sendo atendido por Santos,” afirmou. Esforços extras e rearranjos estratégicos são medidas que o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) vem adotando durante a safra de algodão, para garantir que as cargas exportadas sejam comprovadamente livres de pragas e doenças. De acordo com o chefe de setor do Mapa, Roberto Lorena de Barros Santos, o Ministério se adapta à realidade brasileira. “Não podemos dizer ao exportador que ele precisa embarcar menos num determinado ano porque o governo não consegue acompanhá-lo. É nosso papel nos adaptarmos à demanda. Realizamos forças-tarefas na safra, quando a demanda é maior que a nossa capacidade,” afirmou. Na área fitossanitária, o certificado brasileiro tem reconhecimento e respeito no mercado internacional, sendo até mesmo usado como garantia em operações financeiras, segundo representantes do Mapa. Como resultado do evento, será formado um grupo de trabalho em colaboração com a autoridade portuária para buscar soluções conjuntas para a questão dos contêineres no Porto de Santos. A primeira reunião está prevista para o dia 27/11 e reunirá representantes de todos os setores agrícolas que utilizam contêineres para exportação. Toda a programação foi transmitida ao vivo e está disponível no canal da Associação Comercial de Santos no YouTube, no link: https://youtube.com/live/BKarp3mOO28?feature=share. 07.11.2024 Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 98881-8064 Monise Centurion – Jornalista Assistente (17) 99611-8019 Simone Seara – Jornalista Assistente (71) 99197-9756

Associação inspeciona 12 laboratórios de análise de algodão
04 de Novembro de 2024

A equipe do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), concluiu, nesta semana, as visitas técnicas a 12 laboratórios de análise de algodão, previstas na programação do terceiro pilar do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), para aplicação do protocolo de Verificação e Diagnóstico de Conformidade do Laboratório (VDCL). O último laboratório visitado foi o da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), que fica em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. Segundo o gestor do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) da Abrapa, Edson Mizoguchi, a unidade tecnicamente está preparada para a acreditação pela NBR ISO IEC17025, e só não o fez porque deverá inaugurar sua nova sede em breve. “A Abapa adquiriu dois novos instrumentos Classing Q Pro, que estão rodando nessa safra, aumentando, com isso, sua capacidade de análise. A meu ver, toda equipe está de parabéns, atendendo aos requisitos do programa SBRHVI”, afirmou. Para o gerente do laboratório da Abapa, Sergio Brentano, a inspeção era muito aguardada. “Pudemos apresentar o avanço dos processos do laboratório em relação à operação, bem como, a qualificação da equipe técnica em atender os requisitos obrigatórios para a correta execução da atividade. A cada safra, estamos avançando em nossos processos, o que reflete na garantia da qualidade e credibilidade do trabalho desenvolvido”, pontua Brentano. Os 12 laboratórios inspecionados, responsáveis pela análise de 100% da produção brasileira, estão situados nos estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A visita técnica, que acontece a cada safra, tem por objetivo garantir que todos os processos estejam padronizados, bem como, os dados aferidos nos ensaios com o algodão beneficiado, feitos por aparelhos HVI (Instrumento de Alto Volume), são confiáveis. Para tanto, durante a vistoria são feitas recomendações dos ajustes necessários. Segundo Mizoguchi, o balanço geral das visitas técnicas foi muito positivo. “Percebemos um incremento no nível de implementação do Sistema de Gestão de Qualidade, o que garante uma maior padronização dos laboratórios participantes”, diz, acrescentando que o SGQ prepara, também, as unidades para atender à fiscalização do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB). Em comparação à safra anterior, também houve um aumento considerável no número de equipamentos HVI nas unidades, que saltou de 73 para 83 instrumentos. Em Mato Grosso, está concentrada a maior parte deles, com 58 unidades, seguido pela Bahia, com 14. Foram visitados os laboratórios Unicotton (Primavera do Leste), Cooperfibra (Campo Verde), Petrovina (Pedra Preta) e Kuhlmann- Bureau Veritas, nas unidades de Rondonópolis, Sapezal, Campo Novo do Parecis, Lucas do Rio Verde e Sorriso, além dos laboratórios da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), da Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul) e da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).