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Abrapa participa de visita técnica para discutir estratégias de controle da mancha-alvo

04 de Abril de 2025

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou, na última segunda-feira (31), de uma visita técnica na Estação Experimental da Staphyt, em Formosa (GO) – empresa que realiza pesquisas e ensaios de campo com os defensivos e novas cultivares nas diferentes culturas agrícolas. Durante o encontro, foram discutidas soluções eficazes no manejo da mancha-alvo e o desempenho das tecnologias disponíveis no mercado para a prevenção e controle da doença. A mancha-alvo, doença foliar causada pelo fungo Corynespora cassiicola, que ocasiona a desfolha precoce das plantas cultivadas, vem afetando a produtividade nas lavouras de algodão e de soja nesta safra, tornando-se um desafio para os produtores combatê-la.


Os debates enfatizaram a necessidade de soluções eficazes para a mancha-alvo, reforçando a importância de um manejo integrado que combine práticas agronômicas, uso de defensivos e desenvolvimento de cultivares resistentes. Na ocasião, o consultor técnico da Abrapa, Edivandro Seron, destacou a importância da Lei 14.785/23, que estabelece um novo marco regulatório para defensivos agrícolas, priorizando a introdução de novas moléculas e harmonizando padrões internacionais, o que agiliza o registro de novos produtos para combater a doença. Em seu discurso, ele também ressaltou o comprometimento da Abrapa na busca por soluções que garantam a segurança e a sustentabilidade da produção algodoeira.


“A Abrapa tem cobrado dos órgãos reguladores maior celeridade na aprovação de novas moléculas fungicidas para o controle mais eficiente e para que o cotonicultor consiga manejar a resistência do fungo aos fungicidas atualmente disponíveis no mercado”, ressaltou Seron.


Compartilha da mesma opinião, o presidente do Instituto Goiano de Agricultura (IGA) e da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Haroldo Rodrigues Cunha, convidado a participar do evento. "Um dos principais objetivos desse encontro foi levar ao Ministério da Agricultura a importância de considerar a mancha-alvo como uma praga prioritária para o registro de novas moléculas mais eficientes no seu controle. Durante a visita, foram apresentados os resultados de uma dessas moléculas em teste, buscando sensibilizar o Ministério a dar prioridade a esse processo, para que possamos contar com um fungicida mais eficaz no combate à doença”, afirma Cunha.


A visita teve a presença de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que junto aos demais participantes, tiveram a oportunidade de acompanhar ensaios de campo, avaliar novas tecnologias de manejo e discutir estratégias para o controle da doença, que se espalha rapidamente entre as culturas e pode causar perdas significativas na produtividade.


O fungo Corynespora cassiicola atinge aproximadamente 530 espécies de plantas e se dissemina por meio de sementes infectadas, restos culturais, ventos e chuvas. Estudos apontam que o problema é agravado por condições de alta umidade e pelo cultivo em espaçamentos reduzidos, fatores que favorecem a propagação do fungo.

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