notícias
Brazilian Cotton School encerra primeira semana com foco em qualidade, sustentabilidade e mercado global
21 de Março de 2025Depois de uma semana cheia de conteúdos sobre os muitos aspectos que envolvem o algodão e de uma visita a uma fazenda produtora da fibra, os alunos da segunda edição da Brazilian Cotton School já se preparam para uma nova etapa da imersão, a partir de segunda-feira (24), em São Paulo, onde estão previstas visitas técnicas a indústrias têxteis, laboratórios e ao Porto de Santos. A Brazilian Cotton School é uma iniciativa conjunta entre a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM). A jornada de conhecimento permite ao participante uma visão 360º do setor, desde as operações de produção, transformação, comercialização, regulação e promoção da matéria-prima. “Para a Abrapa, foi uma semana extremamente produtiva em Brasília e uma grande satisfação receber os participantes, proporcionando uma troca de experiências para todos os envolvidos”, afirmou Gustavo Piccoli, presidente da entidade. A qualidade da análise de algodão foi um dos temas abordados na primeira semana da capacitação, e teve como facilitadores Edson Mizoguchi, gestor do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) da Abrapa, e Rhudson Assolari, gerente do Laboratório de Análises de Fibra da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), que apresentaram os programas Standard Brasil HVI (SBRHVI) e o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB). Já a rastreabilidade e a promoção no mercado interno ficaram a cargo de Silmara Ferraresi, diretora de Relações Institucionais da Abrapa, que apresentou o Sistema Abrapa de Identificação (SAI) e o programa Sou Algodão Brasileiro Responsável (SouABR), responsável por contar a história de uma peça de algodão, desde a semente até o guarda-roupa. Fábio Carneiro, gestor de Sustentabilidade da Abrapa, detalhou os protocolos de certificação ABR, ABR-UBA e ABR-LOG, que asseguram boas práticas na produção, beneficiamento e logística da matéria-prima. Na quinta-feira (20), os alunos deixaram a sala de aula para uma visita à Fazenda Pamplona, no município de Cristalina, que é considerada modelo de produção da fibra no Brasil. Na sexta (21), foi a vez de falar de mercado externo. Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa, abordou a conjuntura da commodity e a promoção do algodão brasileiro promovida pelo programa Cotton Brazil, parceria entre Abrapa, ApexBrasil e Anea. “A primeira semana do curso foi intensa e de muita troca de conhecimento sobre produção agrícola, dentro e fora da classe. O primeiro módulo do curso foi coroado com uma visita à Fazenda Pamplona. Agora, seguimos para a próxima etapa em São Paulo com muita energia”, afirmou Marcelo Escorel, diretor da Brazilian Cotton School. Para Mayron Toshio Kaneko da Silva, operador portuário na Wilson Sons / Tecon, em Salvador, um dos alunos do curso, a experiência está sendo surpreendente. “Desde o primeiro dia, imergimos em um ambiente dinâmico, com professores que apresentaram aulas interativas, combinando teoria e prática, proporcionando um entendimento sobre cada etapa da produção. A visita técnica e os estudos de caso reais, tornaram o aprendizado estimulante. Como operador portuário, sendo a parte final da cadeia logística, confesso que estou impressionado pois não tinha noção de todos os desafios enfrentados. Estou animado para o que vem por aí, nas próximas duas semanas". Foto: SLC Agrícola
Sou de Algodão promove encontros em universidades parceiras de Goiás e São Paulo
21 de Março de 2025Seguindo a agenda de compromissos com as universidades parceiras, entre os dias 19 e 20 de março, o Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), promoveu três apresentações, sendo na Universo, em Goiânia, na Universidade Estadual do Goiás (UEG), e na Anhembi Morumbi, em São Paulo. Ao todo, mais de 160 estudantes e docentes dos cursos de Moda destas instituições foram impactados pelas conversas conduzidas por Manami Kawaguchi, gestora de relações institucionais do movimento, e seus convidados. Ela foi a responsável por mostrar as possibilidades criativas usando o algodão, além de compartilhar os pilares de trabalho do movimento e da Associação, alinhados à sustentabilidade e à valorização da fibra nacional. O primeiro encontro aconteceu na Universidade Salgado de Oliveira (Universo), e contou com a presença de Lucas Caslú, vencedor do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores. Em forma de bate-papo, o estudante do último ano do curso de Design de Moda da instituição, falou sobre suas estratégias e a importância do trabalho coletivo. "Compartilhei um pouco sobre o meu processo criativo, além de falar sobre minha trajetória, o que faço atualmente e os detalhes da próxima coleção. Também dividi alguns dos meus planos para o futuro”, explica Lucas. “A palestra foi um verdadeiro sucesso! A participação do Lucas foi incrível, compartilhando sua experiência como vencedor do 3º Desafio e destacando a importância da criatividade e persistência. A interação com os alunos foi maravilhosa, tornando essa uma experiência enriquecedora para todos”, comenta Suely Calafiori, Coordenadora do curso de Design de Moda da Universo. Na parte da noite, Manami conduziu uma palestra na UEG destacando o trabalho da Abrapa, seus pilares estruturais e projetos, como os programas de sustentabilidade, rastreabilidade, qualidade e promoção. Entre os principais pontos mencionados, a gestora ressaltou a liderança do Brasil na produção de algodão responsável e a capacidade de atender integralmente a demanda interna. Também destacou que os setores têxtil e de confecção são o segundo maior gerador de empregos no Brasil. Além de compreenderem a importância da transparência e da sustentabilidade, os estudantes puderam conhecer de perto as diversas possibilidades de se trabalhar com o algodão, uma fibra natural, versátil e amplamente disponível no Brasil. “O algodão brasileiro oferece inúmeras oportunidades criativas para os futuros profissionais da moda, desde o design até a confecção, e contribui para o desenvolvimento de uma indústria mais responsável e conectada com as demandas do consumidor”, reforça Manami. "É sempre um prazer receber o movimento em nosso curso, e a palestra ministrada pela Manami foi mais uma experiência enriquecedora para nossos alunos. O auditório da UEG Laranjeiras/Goiânia estava lotado, e os 40 estudantes do primeiro período tiveram a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre o algodão e suas inúmeras possibilidades criativas. Nossa parceria com o Sou de Algodão, que já nos proporcionou talks, palestras e visitas técnicas inspiradoras, segue fortalecida, contribuindo para a formação de designers mais conscientes e preparados para o mercado”, comemora a Profa. Ma. Carla Barros Nascimento, da UEG. Já no dia seguinte, em São Paulo, foi a vez dos alunos da Anhembi Morumbi conhecerem mais sobre o Sou de Algodão. Junto com a estilista parceira Heloisa Strobel, responsável pela marca Reptilia, a aula magna destacou o trabalho da profissional no mercado da moda, que desfila sua nova coleção na edição N59 da São Paulo Fashion Week, em abril. “Estamos cada vez mais entusiasmados com essa parceria, que nos permite proporcionar aos jovens estudantes oportunidades concretas de transformar seus sonhos profissionais em realidade, sempre com foco na sustentabilidade e no uso consciente dos recursos na Moda. Nosso agradecimento especial à Heloisa Strobel, que compartilhou sua trajetória e inspirou os futuros profissionais do universo fashion”, comenta Déborah Serretiello, Coordenadora dos cursos de Moda da Anhembi Morumbi. Outro destaque da palestra foi a discussão sobre a visão do consumidor que está cada vez mais preocupado com a sustentabilidade e a busca por transparência das empresas. Segundo Manami, o Brasil tem a vantagem de conseguir produzir uma moda 100% nacional. “É preciso conscientizar os futuros profissionais sobre a importância de toda a cadeia e a valorização da indústria nacional. A moda brasileira tem grande vantagem: criadores talentosos, uma indústria diversificada e uma cadeia produtiva responsável. Podemos mostrar por quantas mãos aquela peça passa até chegar a quem compra, já que temos uma cadeia têxtil completa e verticalizada, desde a produção da matéria prima, que é produzida com responsabilidade socioambiental e certificada”, conclui. Sobre Sou de Algodão Movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva e têxtil, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e certifica 82% de toda a produção nacional de algodão.
Cadeia produtiva do algodão avalia perspectivas da safra 24/25
21 de Março de 2025Com expectativa de crescimento de área plantada estimada em 10,3% em 2024/2025, a safra brasileira de algodão deve chegar a 3,95 milhões de toneladas do produto beneficiado (pluma), de acordo com os números apresentados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), realizada em Brasília. Guerra comercial, cenário econômico global, preços e pontos de atenção em relação do clima deram o tom da reunião de número 78ª da câmara, a primeira de quatro anuais. Além de incremento de área e produção e exportações, o setor pode ter um aumento de até 20 mil toneladas no consumo da indústria nacional, que no ano passado fechou em 750 mil toneladas e o Brasil tem ampliado mercado para além da China, em países como Egito, Paquistão e Índia. A próxima reunião da Câmara está prevista para 30 de junho. Normalidade A estimativa da área de lavouras ocupadas com a cultura é um pouco superior ao projetado pela Conab na safra passada, que foi de 3,70 milhões de toneladas. A confirmação vai depender do desempenho da produtividade esperada pelos cotonicultores, em 1842 quilos por hectare, o que já representa 3,2% a menos do que a registrada no ciclo anterior. No momento, ocorrências de veranicos têm alertado produtores em algumas regiões de estados como Bahia e Goiás. De acordo com o presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, que conduziu a reunião pela primeira vez, sucedendo o ex-presidente da associação e da Câmara, Alexandre Schenkel, os números ainda são preliminares, já que a safra em Mato Grosso, maior produtor do país, está no início. “Podemos dizer que tudo está ocorrendo dentro da normalidade até aqui, mas existem preocupações com relação ao clima, e alguns estados já sentem os efeitos da estiagem. Mas tivemos notícias de que hoje (19), já choveu na Bahia, por exemplo. De todo modo, ainda é cedo para fechar as previsões. Preferimos sempre ser conservadores em nossas projeções”, afirmou Picolli. Guerra Comercial O tema do clima perdeu protagonismo na reunião para a pauta que tem sido o foco das atenções de produtores, exportadores e indústria, a guerra tarifária entre Estados Unidos e China, e as repercussões sobre o consumo da fibra. De acordo do diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, a nova fase da guerra comercial – a primeira foi em julho de 2018 – traz impactos diretos para o algodão brasileiro. Dentre os positivos, Duarte destacou a melhoria do basis na Ásia, uma maior competitividade no mercado chinês e a possibilidade de aumento das exportações no curto prazo. “No entanto, há desafios, como a queda nas cotações da Bolsa de Nova York, maior concorrência em outros mercados e o fato de que o Brasil já ampliou significativamente sua participação na China, reduzindo o espaço para novos ganhos expressivos. Além disso, como o algodão importado pela China é majoritariamente usado para exportação de produtos têxteis, a taxação sobre esses bens pode limitar a demanda”, explicou. Segundo o diretor, com as novas tarifas anunciadas para 2025, os EUA podem perder ainda mais participação na China, consolidando o Brasil como principal fornecedor, mas sem a mesma intensidade da primeira fase da guerra comercial, num primeiro momento. De Minimis Ainda de acordo com Marcelo Duarte, o fim da isenção fiscal "De Minimis" – que permitia importações de até US$ 800 sem tributação, nos EUA – também pode afetar o consumo global, reduzindo a competitividade dos produtos têxteis chineses à base de poliéster e contribuindo para o aumento da demanda por produtos de maior qualidade, feitos de algodão. “Isso pode significar menor demanda por produtos sintéticos de baixa qualidade via correios e maior importação de produtos de algodão via os canais convencionais de importação”, explicou. Exportações De acordo com os números apresentados pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) na reunião, de julho de 2024 até março de 2025, o Brasil já embarcou 2,2 milhões de toneladas de pluma, enquanto no último ano comercial (jul2024/jun2025), o volume de algodão exportado foi de 2.58 milhões de toneladas. O presidente da Anea, Miguel Faus, afirma que o cenário global é de preços reprimidos, devido a uma demanda internacional enfraquecida, influenciada por fatores como inflação e baixas taxas de juros. “A China segue sendo um destino importante para o algodão brasileiro, mas a concorrência dos Estados Unidos deve se intensificar em mercados onde o Brasil tem se consolidado nos últimos anos, como Índia, Egito, Paquistão, Bangladesh, Vietnã e Turquia”, destacou. “Os Estados Unidos, por sua vez, estão negociando um acordo de livre comércio com a Índia para isentar 60 mil toneladas de algodão da tarifa de importação, o que pode impactar a participação brasileira nesse mercado”, disse Faus. Metade já vendida Segundo o presidente da Anea, a logística de exportação tem se destacado, permitindo que o Brasil bata recordes no escoamento do algodão. “A logística não deve ser um grande problema, desde que haja disponibilidade de navios, contêineres e rotas de transporte - atualmente, cerca de 50% da safra já foi vendida”, disse. Os números divulgados pelo USDA confirmam o maior exportador mundial de algodão também nesta safra. “Quanto aos preços, a tendência é de estabilidade, uma vez que a produção global ainda supera o consumo, limitando aumentos significativos nos valores. A demanda também está abaixo do esperado, o que impede uma valorização expressiva do produto. No entanto, o mercado tem mostrado uma autorregulação: quando os preços caem muito, a demanda tende a crescer, o que ajuda a equilibrar as cotações.
Primeira reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados avalia perspectivas para a safra 2024/2025
21 de Março de 2025Com expectativa de crescimento de área plantada estimada em 10,3% – 2.145,5 milhões de hectares – em 2024/2025, a safra brasileira de algodão deve chegar a 3,95 milhões de toneladas do produto beneficiado (pluma), de acordo com os números apresentados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na quarta-feira (19), na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), realizada em Brasília. Guerra comercial, cenário econômico global, preços e pontos de atenção em relação do clima deram o tom da reunião de número 78ª da câmara, a primeira de quatro anuais. Além de incremento de área e produção e exportações, o setor pode ter um aumento de até 20 mil toneladas no consumo da indústria nacional, que no ano passado fechou em 750 mil toneladas e o Brasil tem ampliado mercado para além da China, em países como Egito, Paquistão e Índia. A próxima reunião da Câmara está prevista para 30 de junho. Normalidade A estimativa da área de lavouras ocupadas com a cultura é um pouco superior ao projetado pela Conab na safra passada, que foi de 3,70 milhões de toneladas. A confirmação vai depender do desempenho da produtividade esperada pelos cotonicultores, em 1842 quilos por hectare, o que já representa 3,2% a menos do que a registrada no ciclo anterior. No momento, ocorrências de veranicos têm alertado produtores em algumas regiões de estados como Bahia e Goiás. De acordo com o presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, que conduziu a reunião pela primeira vez, sucedendo o ex-presidente da associação e da Câmara, Alexandre Schenkel, os números ainda são preliminares, já que a safra em Mato Grosso, maior produtor do país, está no início. “Podemos dizer que tudo está ocorrendo dentro da normalidade até aqui, mas existem preocupações com relação ao clima, e alguns estados já sentem os efeitos da estiagem. Mas tivemos notícias de que hoje (19), já choveu na Bahia, por exemplo. De todo modo, ainda é cedo para fechar as previsões. Preferimos sempre ser conservadores em nossas projeções”, afirmou Picolli. Guerra Comercial O tema do clima perdeu protagonismo na reunião para a pauta que tem sido o foco das atenções de produtores, exportadores e indústria, a guerra tarifária entre Estados Unidos e China, e as repercussões sobre o consumo da fibra. De acordo do diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, a nova fase da guerra comercial – a primeira foi em julho de 2018 – traz impactos diretos para o algodão brasileiro. Dentre os positivos, Duarte destacou a melhoria do basis na Ásia, uma maior competitividade no mercado chinês e a possibilidade de aumento das exportações no curto prazo. “No entanto, há desafios, como a queda nas cotações da Bolsa de Nova York, maior concorrência em outros mercados e o fato de que o Brasil já ampliou significativamente sua participação na China, reduzindo o espaço para novos ganhos expressivos. Além disso, como o algodão importado pela China é majoritariamente usado para exportação de produtos têxteis, a taxação sobre esses bens pode limitar a demanda”, explicou. Segundo o diretor, com as novas tarifas anunciadas para 2025, os EUA podem perder ainda mais participação na China, consolidando o Brasil como principal fornecedor, mas sem a mesma intensidade da primeira fase da guerra comercial, num primeiro momento. De Minimis Ainda de acordo com Marcelo Duarte, o fim da isenção fiscal "De Minimis" – que permitia importações de até US$ 800 sem tributação, nos EUA – também pode afetar o consumo global, reduzindo a competitividade dos produtos têxteis chineses à base de poliéster e contribuindo para o aumento da demanda por produtos de maior qualidade, feitos de algodão. “Isso pode significar menor demanda por produtos sintéticos de baixa qualidade via correios e maior importação de produtos de algodão via os canais convencionais de importação”, explicou. Exportações De acordo com os números apresentados pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) na reunião, de julho de 2024 até março de 2025, o Brasil já embarcou 2,2 milhões de toneladas de pluma, enquanto no último ano comercial (jul2024/jun2025), o volume de algodão exportado foi de 2.58 milhões de toneladas. O presidente da Anea, Miguel Faus, afirma que o cenário global é de preços reprimidos, devido a uma demanda internacional enfraquecida, influenciada por fatores como inflação e baixas taxas de juros. “A China segue sendo um destino importante para o algodão brasileiro, mas a concorrência dos Estados Unidos deve se intensificar em mercados onde o Brasil tem se consolidado nos últimos anos, como Índia, Egito, Paquistão, Bangladesh, Vietnã e Turquia”, destacou. “Os Estados Unidos, por sua vez, estão negociando um acordo de livre comércio com a Índia para isentar 60 mil toneladas de algodão da tarifa de importação, o que pode impactar a participação brasileira nesse mercado”, disse Faus. Metade já vendida Segundo o presidente da Anea, a logística de exportação tem se destacado, permitindo que o Brasil bata recordes no escoamento do algodão. “A logística não deve ser um grande problema, desde que haja disponibilidade de navios, contêineres e rotas de transporte - atualmente, cerca de 50% da safra já foi vendida”, disse. Os números divulgados pelo USDA confirmam o maior exportador mundial de algodão também nesta safra. “Quanto aos preços, a tendência é de estabilidade, uma vez que a produção global ainda supera o consumo, limitando aumentos significativos nos valores. A demanda também está abaixo do esperado, o que impede uma valorização expressiva do produto. No entanto, o mercado tem mostrado uma autorregulação: quando os preços caem muito, a demanda tende a crescer, o que ajuda a equilibrar as cotações. Indústria O setor têxtil brasileiro fechou 2024 com crescimento de 4,8%, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), presente à reunião. A confecção avançou quase 4% e o varejo, cerca de 3%. No entanto, as importações cresceram cerca de 20%, o que preocupa a indústria. “Quando as importações crescem em um ritmo bem superior ao do mercado, perdemos espaço”, alerta Fernando Pimentel, presidente da Abit, destacando que 23% a 25% do vestuário vendido no Brasil já vem do exterior. Para 2025, segundo a entidade, o cenário é de insegurança, com juros elevados e pressão sobre o consumo. A expectativa de crescimento caiu para 2% no setor têxtil e até 1% na confecção, bem abaixo dos números de 2024. “O consumidor está espremido pelos preços dos alimentos, energia e outros itens essenciais, o que reduz sua capacidade de compra”, aponta Pimentel. A boa notícia da indústria para os produtores é que o consumo de algodão no mercado interno pode crescer até 20 mil toneladas. Mas depende do cenário econômico. “Se não houver mudança forte nos preços relativos favorecendo os sintéticos, dá para imaginar um leve avanço”. Ele reforça que a competição global segue desigual: “Não temos oposição ao comércio internacional, mas sim a um comércio desequilibrado e desleal”, concluiu.
Relatório de safra - março de 2025
21 de Março de 2025Com o plantio praticamente encerrado, a safra 2024/2025 avança com boas perspectivas. A Abrapa projeta 2,14 milhões de hectares plantados e 3,95 milhões de toneladas produzidas, um crescimento de 6,8% em relação ao ciclo anterior. No campo, as lavouras mais avançadas já começam a formar as maçãs. Enquanto isso, no mercado externo, fevereiro foi um mês histórico, com 274,6 mil toneladas exportadas e receita de US$ 462,2 milhões. Quer saber mais detalhes? Clique aqui e confira o relatório completo da safra de março.
Primeira reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados avalia perspectivas para a safra 2024/2025
20 de Março de 2025Com expectativa de crescimento de área plantada estimada em 10,3% – 2.145,5 milhões de hectares – em 2024/2025, a safra brasileira de algodão deve chegar a 3,95 milhões de toneladas do produto beneficiado (pluma), de acordo com os números apresentados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na quarta-feira (19), na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), realizada em Brasília. Guerra comercial, cenário econômico global, preços e pontos de atenção em relação ao clima deram o tom da reunião de número 78 da câmara, a primeira de quatro anuais. Além de incremento de área e produção e exportações, o setor pode ter um aumento de até 20 mil toneladas no consumo da indústria nacional, que no ano passado fechou em 750 mil toneladas e o Brasil tem ampliado mercado para além da China, em países como Egito, Paquistão e Índia. A próxima reunião da Câmara está prevista para 30 de junho. Normalidade A estimativa da área de lavouras ocupadas com a cultura é um pouco superior ao projetado pela Conab na safra passada, que foi de 3,70 milhões de toneladas. A confirmação vai depender do desempenho da produtividade esperada pelos cotonicultores, em 1842 quilos por hectare, o que já representa 3,2% a menos do que a registrada no ciclo anterior. No momento, ocorrências de veranicos têm alertado produtores em algumas regiões de estados como Bahia e Goiás. De acordo com o presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, que conduziu a reunião pela primeira vez, sucedendo o ex-presidente da associação e da Câmara, Alexandre Schenkel, os números ainda são preliminares, já que a safra em Mato Grosso, maior produtor do país, está no início. “Podemos dizer que tudo está ocorrendo dentro da normalidade até aqui, mas existem preocupações com relação ao clima, e alguns estados já sentem os efeitos da estiagem. Mas tivemos notícias de que hoje (19), já choveu na Bahia, por exemplo. De todo modo, ainda é cedo para fechar as previsões. Preferimos sempre ser conservadores em nossas projeções”, afirmou Picolli. Guerra Comercial O tema do clima perdeu protagonismo na reunião para a pauta que tem sido o foco das atenções de produtores, exportadores e indústria, a guerra tarifária entre Estados Unidos e China, e as repercussões sobre o consumo da fibra. De acordo do diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, a nova fase da guerra comercial – a primeira foi em julho de 2018 – traz impactos diretos para o algodão brasileiro. Dentre os positivos, Duarte destacou a melhoria do basis na Ásia, uma maior competitividade no mercado chinês e a possibilidade de aumento das exportações no curto prazo. “No entanto, há desafios, como a queda nas cotações da Bolsa de Nova York, maior concorrência em outros mercados e o fato de que o Brasil já ampliou significativamente sua participação na China, reduzindo o espaço para novos ganhos expressivos. Além disso, como o algodão importado pela China é majoritariamente usado para exportação de produtos têxteis, a taxação sobre esses bens pode limitar a demanda”, explicou. Segundo o diretor, com as novas tarifas anunciadas para 2025, os EUA podem perder ainda mais participação na China, consolidando o Brasil como principal fornecedor, mas sem a mesma intensidade da primeira fase da guerra comercial, num primeiro momento. De Minimis Ainda de acordo com Marcelo Duarte, o fim da isenção fiscal "De Minimis" – que permitia importações de até US$ 800 sem tributação, nos EUA – também pode afetar o consumo global, reduzindo a competitividade dos produtos têxteis chineses à base de poliéster e contribuindo para o aumento da demanda por produtos de maior qualidade, feitos de algodão. “Isso pode significar menor demanda por produtos sintéticos de baixa qualidade via correios e maior importação de produtos de algodão via os canais convencionais de importação”, explicou. Exportações De acordo com os números apresentados pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) na reunião, de julho de 2024 até março de 2025, o Brasil já embarcou 2,2 milhões de toneladas de pluma, enquanto no último ano comercial (jul2024/jun2025), o volume de algodão exportado foi de 2.58 milhões de toneladas. O presidente da Anea, Miguel Faus, afirma que o cenário global é de preços reprimidos, devido a uma demanda internacional enfraquecida, influenciada por fatores como inflação e baixas taxas de juros. “A China segue sendo um destino importante para o algodão brasileiro, mas a concorrência dos Estados Unidos deve se intensificar em mercados onde o Brasil tem se consolidado nos últimos anos, como Índia, Egito, Paquistão, Bangladesh, Vietnã e Turquia”, destacou. “Os Estados Unidos, por sua vez, estão negociando um acordo de livre comércio com a Índia para isentar 60 mil toneladas de algodão da tarifa de importação, o que pode impactar a participação brasileira nesse mercado”, disse Faus. Metade já vendida Segundo o presidente da Anea, a logística de exportação tem se destacado, permitindo que o Brasil bata recordes no escoamento do algodão. “A logística não deve ser um grande problema, desde que haja disponibilidade de navios, contêineres e rotas de transporte - atualmente, cerca de 50% da safra já foi vendida”, disse. Os números divulgados pelo USDA confirmam o maior exportador mundial de algodão também nesta safra. “Quanto aos preços, a tendência é de estabilidade, uma vez que a produção global ainda supera o consumo, limitando aumentos significativos nos valores. A demanda também está abaixo do esperado, o que impede uma valorização expressiva do produto. No entanto, o mercado tem mostrado uma autorregulação: quando os preços caem muito, a demanda tende a crescer, o que ajuda a equilibrar as cotações.” Indústria O setor têxtil brasileiro fechou 2024 com crescimento de 4,8%, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), presente à reunião. A confecção avançou quase 4% e o varejo, cerca de 3%. No entanto, as importações cresceram cerca de 20%, o que preocupa a indústria. “Quando as importações crescem em um ritmo bem superior ao do mercado, perdemos espaço”, alerta Fernando Pimentel, presidente da Abit, destacando que 23% a 25% do vestuário vendido no Brasil já vem do exterior. Para 2025, segundo a entidade, o cenário é de insegurança, com juros elevados e pressão sobre o consumo. A expectativa de crescimento caiu para 2% no setor têxtil e até 1% na confecção, bem abaixo dos números de 2024. “O consumidor está espremido pelos preços dos alimentos, energia e outros itens essenciais, o que reduz sua capacidade de compra”, aponta Pimentel. A boa notícia da indústria para os produtores é que o consumo de algodão no mercado interno pode crescer até 20 mil toneladas. Mas depende do cenário econômico. “Se não houver mudança forte nos preços relativos favorecendo os sintéticos, dá para imaginar um leve avanço”. Ele reforça que a competição global segue desigual: “Não temos oposição ao comércio internacional, mas sim a um comércio desequilibrado e desleal”, concluiu.
Grupo de trabalho alinha preparativos para a safra 2024/2025 nos laboratórios SBRHVI
20 de Março de 2025Em 19 de março, o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), vinculado à Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), realizou uma reunião com o Grupo de Trabalho de Laboratórios (GTL) para alinhar as ações antes do início da operação da safra 2024/2025. O encontro, que contou com a participação dos integrantes do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), teve como objetivo discutir e coordenar as atividades dos laboratórios que atuam na classificação e na qualidade do algodão brasileiro. “Essa reunião foi um passo importante para o planejamento e alinhamento das ações para a safra 2024/2025, com foco em manter os altos padrões de qualidade do algodão brasileiro, fundamental para a competitividade no mercado global”, afirma Deninson Lima, especialista em análise de pluma do CBRA. Durante o encontro, foram abordados temas como o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB), que visa garantir a excelência dos resultados de qualidade da pluma, conforme padrões internacionais trazendo maior credibilidade no mercado nacional e internacional. Também foram discutidas as visitas técnicas realizadas ao longo do ano, bem como os treinamentos destinados aos profissionais envolvidos na classificação do algodão. Além disso, os participantes trataram das notificações feitas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), durante a fiscalização da safra 2023/2024, pontuando as questões observadas e as correções necessárias. Outro tópico importante foi a revisão do VDCL (Valor de Classificação de Lote) e o regulamento do Programa SBRHVI, com a atualização das normas para garantir maior eficiência na operação dos laboratórios.
Denim brasileiro: Inovação e sustentabilidade em 2025
19 de Março de 2025Com a crescente demanda por produtos sustentáveis, a indústria têxtil brasileira está investindo fortemente em inovações que reduzem impactos ambientais. O Brasil, um dos cinco maiores produtores e consumidores globais de denim, tem se destacado pela qualidade e compromisso com processos produtivos mais responsáveis. “Denim é um dos tecidos mais consumidos no mundo, e o Brasil, com sua produção de algodão de alta qualidade, desempenha um papel crucial na sustentabilidade dessa cadeia produtiva. A relação entre algodão e denim é fundamental para garantir um futuro mais responsável e circular para a indústria”, afirma Gustavo Piccoli, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A sustentabilidade deixou de ser um diferencial e se tornou uma exigência no setor. Para 2025, as principais tecelagens brasileiras estão implementando novas tecnologias e processos que visam reduzir o consumo de recursos naturais e garantir maior transparência, com foco na circularidade e na rastreabilidade da cadeia produtiva. O movimento Sou de Algodão, iniciativa da Abrapa, conversou com algumas das principais tecelagens parceiras, que compartilham o mesmo propósito de promover a moda responsável e o consumo consciente, para conhecer as tendências e novidades sustentáveis que chegarão ao mercado em 2025. Confira abaixo! Canatiba Textil: inovações com algodão reciclado e menos impacto ambiental A empresa está ampliando seus esforços em sustentabilidade para 2025, com o uso de algodão recuperado e desfibrado, por exemplo. “Teremos investimentos em diversas áreas, desde a modernização da fiação para aumentar a produtividade e reduzir desperdícios, até melhorias no acabamento, com equipamentos de última geração que diminuem o consumo de água, energia e emissão de CO₂”, afirma Veruska Scarlazzari, Coordenadora de Sustentabilidade da Canatiba. A Canatiba também investe em tecnologias para reduzir o consumo de água e energia, como automação e otimização dos processos produtivos. Com certificações como OEKO-TEX Standard 100 e Better Cotton, colabora com estilistas e marcas para levar a sustentabilidade ao mercado, com soluções inovadoras como o Denim No Laundry, que elimina a necessidade de lavanderia. Capricórnio Têxtil: redução de emissões e foco em economia circular A Capricórnio está implementando soluções inovadoras para reduzir o consumo de água e energia, com metas para 2030, incluindo a utilização de uma caldeira de biomassa e a transformação de resíduos em compostos para agricultura. “Nossa meta é reduzir em 20% a nossa captação de água até 2030”, afirma Gabryella Cerri Mendonça, Coordenadora de Sustentabilidade da Capricórnio Têxtil. A empresa utiliza 100% de energia limpa e reduziu em 23,5% seu consumo de água em 2024. Com a certificação de Energia Renovável e participação em movimentos como o Pacto Global da ONU, a Capricórnio aposta em matérias-primas sustentáveis e na rastreabilidade total da cadeia de suprimentos para 2025. Cedro Têxtil: eficiência hídrica e tecnologias sustentáveis Aqui, o foco é investir em tecnologias como o uso de ultrassom nos processos de lavagem, reduzindo significativamente o consumo de água. “Sempre investimos principalmente em equipamentos que requerem menor consumo de água”, afirma Edson de Paulo Gonçalves, Gerente de Desenvolvimento e Inovação da Cedro. A empresa também adota um sistema de rastreabilidade inovador, utilizando luz ultravioleta para identificar os produtos. Com foco na sustentabilidade, a Cedro busca conciliar inovação e redução de custos, sem elevar o preço dos tecidos para os varejistas. A empresa possui certificações como a ISO 14001 e participa de iniciativas como o C2C, sempre visando melhorar a eficiência energética e hídrica. Covolan Têxtil: inovação em processos mais sustentáveis A Covolan está focada na implementação de inovações sustentáveis que otimizam os processos produtivos, garantindo maior eficiência e menor impacto ambiental. Entre os diversos processos, sua tecnologia de tingimento é três vezes mais eficiente e duas vezes mais limpa que as convencionais. Além disso, a empresa utiliza o Indigo Zero Anilina, corante não tóxico que reduz em 50% o uso de hidróxido de sódio, 60% de hidrossulfito de sódio e 10% de índigo blue, garantindo um tingimento seguro para o meio ambiente e a saúde dos trabalhadores. A empresa também investe em eficiência hídrica e energética, com uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), com a mais moderna tecnologia de processamento, a MBR – Membrane Bio Reactor, um processo feito por micro-organismos que degradam a matéria orgânica e inorgânica (efluente que sai da fábrica) e enviam para as membranas de ultrafiltração, devolvendo para a natureza águas cristalinas e livres de quaisquer substâncias tóxicas ao meio ambiente e ao ser humano. Utiliza, ainda, biomassa como fonte de energia renovável, que utiliza matérias orgânicas como resíduos de madeiras, podas de árvores, bagaço de cana-de-açúcar, e outros resíduos que seriam descartados e poluíram a natureza. Possui em seu Sistema de Gestão Integrado (SGI) as certificações ISO 9001, ISO 14001, ISO 45001, associadas a OEKO-TEX Standard 100 e ao Better Cotton, garantindo o fornecimento de produtos acabados com altos níveis de qualidade, isentos de substâncias químicas nocivas, atendendo às necessidades e satisfação de seus clientes, priorizando a saúde, segurança e a responsabilidade social. Prova disso é que foi a primeira do segmento do denim a conquistar a certificação ABNT-2030:2022, práticas recomendadas para o atendimento ao ESG. “A sustentabilidade está no centro da nossa estratégia e continuaremos a buscar soluções inovadoras que equilibrem qualidade e responsabilidade ambiental”, destaca James P. Nadin, Consultor responsável pelo Sistema de Gestão Integrado da Covolan. Vicunha Têxtil: rumo a zero água de manancial até 2030 A Vicunha tem investido em tecnologias sustentáveis, como a inauguração de sua estação de tratamento de água em Pacajus (CE), que permite o uso de 100% de água de reúso no processo produtivo. “O esgoto que antes era descartado agora é reutilizado pela nossa indústria, permitindo que a água da natureza seja destinada a finalidades vitais para o ser humano e o meio ambiente”, afirma Renata Guarniero, gerente de Marketing da Vicunha. A empresa capta 120 milhões de litros de água da chuva por ano e utiliza 9 milhões de toneladas de algodão reciclado nas operações. Com 11 certificações ambientais, incluindo ISO 14001 e Oeko-Tex, a Vicunha aposta em inovação para reduzir o consumo de água, usar fibras recicladas e adotar energia limpa, com foco na logística reversa.