notícias

Abrapa participa da solenidade de posse da nova diretoria da Ampa
28 de Novembro de 2024

A cerimônia de posse da nova diretoria da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão contou com as presenças de lideranças da Abrapa e do Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou ontem (27) da solenidade de posse da nova diretoria da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa). O presidente da entidade, Alexandre Schenkel, juntamente com o diretor executivo, Marcio Portocarrero, e o Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, estiveram presentes na cerimônia, realizada em Cuiabá. Na ocasião, foram empossados 14 produtores rurais eleitos para gerir a entidade no biênio 2025-2026, com a presidência de Orcival Gouveia Guimarães. Para o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, o algodão brasileiro vem conquistando o mundo e, no futuro, haverá uma demanda ainda maior pela fibra. "A maior viabilidade está no Brasil para atender a esse aumento de mercado, com algodão sustentável, onde a grande força está em Mato Grosso". Valores também reconhecidos pelo ministro Carlos Fávaro. "A Ampa e o algodão brasileiro são um grande exemplo de como se conquistar o mercado mundial. Nos tornamos o maior exportador de algodão em 2024, tendo mais de 200 certificações. Ninguém no mundo tem essa qualidade", aponta. A Ampa, criada há 27 anos, congrega cotonicultores de todo o Mato Grosso, que é o maior produtor de algodão do Brasil. Na safra de 2023/2024, o estado atingiu 1,4 milhão de hectares plantados, liderando a exportação da fibra no país, com mais de 1,6 milhão de toneladas vendidas para o exterior, nos últimos 12 meses. "Nós somos grandes, não só pelo tamanho da nossa produção, que este ano deve bater um novo recorde, mas porque tudo foi construído dentro do rigor de práticas sustentáveis", acredita o Governador do Mato Grosso, Mauro Mendes. Fundador do Grupo Guimarães, em Rondonópolis, o novo presidente da Ampa, Orcival Guimarães, foi um dos responsáveis pela introdução da cultura do algodão em Lucas do Rio Verde, na década de 1990, além de ter sido um dos criadores da Cooperativa Agroindustrial do Centro-Oeste do Brasil, a Coabra. "Desde a década de 1990, a Ampa tem atuado para ampliar a produção de algodão em Mato Grosso. Assumo a presidência da Associação com a missão de incentivar o crescimento dessa produção. A cotonicultura sustentável é o motor econômico e social de Mato Grosso e do Brasil. Nossa produção atende critérios rigorosos, cumpridos não somente pelas exigências do mercado, mas por ser um reflexo dos nossos valores", afirma Guimarães. Para o novo biênio, a diretoria será composta por Alexandre De Marco (vice-presidente), Guilherme Mognon Scheffer (2º vice-presidente), André Guilherme Sucolotti (3º vice-presidente), Luiz Fernando Custódio Polato (secretário), Valdir Roque Jacobowski (2º secretário), Alex Nobuyoshi (tesoureiro), Amilton José de Oliveira (2º tesoureiro), Victor Griesang (diretor Regional Sul), Romeu Froelich (diretor Regional Centro-Leste), Carlos Alberto Simon (diretor Regional Norte), José Milton Falavinha (diretor Regional Médio-Norte) e Gustavo Masson Schaedler (diretor Regional Noroeste).

Abrapa une forças à coalizão Make the Label Count
28 de Novembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) anunciou hoje que, a partir de 1º de dezembro de 2024, será membro pleno da coalizão Make the Label Count. A Abrapa junta-se à Make the Label Count para contribuir com sua voz e influência em um esforço conjunto para garantir que as alegações de sustentabilidade para têxteis na União Europeia sejam justas e confiáveis. À medida que a legislação de Alegações Verdes da UE entra na fase final de negociações (trílogos), é urgente destacar o perfil ambiental das fibras naturais em comparação com as sintéticas. Juntamente com a Anea, a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão, a adesão da Abrapa assegura que todo o setor algodoeiro brasileiro apoia esse esforço importante, reafirmando o compromisso do Cotton Brazil em fortalecer e defender os benefícios ambientais de fibras naturais, como o algodão, neste momento crucial. O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel (na foto, à esq.), comentou sobre a motivação para se juntar à coalizão. “As Regras da Categoria da Pegada Ambiental de Produtos (PEFCR) para vestuário e calçados estão mal projetadas e não atendem ao seu propósito. No formato atual, favorecem injustamente as fibras sintéticas derivadas de combustíveis fósseis, enquanto classificam de forma inadequada o vestuário de fibras naturais como insustentável. Isso contraria o próprio objetivo da Diretiva de Alegações Verdes, que visa garantir declarações ‘confiáveis, credíveis e verificáveis’. Ao aderir à coalizão Make the Label Count, estamos comprometidos em corrigir essa grave situação antes que ela seja consolidada na legislação europeia”, afirmou. Elke Hortmeyer (na foto, à dir.), da Make the Label Count, deu boas-vindas à adesão da Abrapa. “Estamos muito felizes em receber a Abrapa e, consequentemente, o Cotton Brazil na coalizão Make the Label Count. Como uma organização globalmente reconhecida e comprometida com a produção sustentável de algodão, sua expertise e liderança fortalecerão nossa voz e esforço coletivo para garantir alegações de sustentabilidade justas e confiáveis para fibras naturais. Além da importância socioeconômica da produção de matérias-primas para muitos agricultores de algodão, a metodologia PEF da UE precisa abordar adequadamente o impacto ambiental dos materiais derivados de petróleo, como o poliéster, que contribuem para enormes resíduos plásticos e liberam microplásticos em nossas águas e solos”, destacou. Para garantir que as ferramentas usadas para validar alegações verdes sejam confiáveis, é essencial que sejam baseadas em pesquisa científica. Embora especialistas tenham fornecido extensas pesquisas para informar esse processo – cobrindo áreas como Avaliação do Ciclo de Vida, comportamento do consumidor e microplásticos – nem todas as descobertas foram devidamente consideradas pelos legisladores ou por aqueles que desenvolvem as Regras da Categoria da Pegada Ambiental de Produtos (PEFCR) para vestuário e calçados. É essencial que o PEF e as PEFCR para vestuário e calçados reflitam com precisão os verdadeiros impactos ambientais dos têxteis. Para garantir uma avaliação justa, fatores como poluição por microplásticos, resíduos plásticos e circularidade devem ser urgentemente integrados à análise.

Abrapa se torna membro da coalizão Make the Label Count
28 de Novembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) será oficialmente membro da coalizão Make the Label Count a partir de 1º de dezembro de 2024. A iniciativa reúne organizações para assegurar que as alegações de sustentabilidade nos têxteis comercializados na União Europeia sejam justas, baseadas em evidências e confiáveis. Com a legislação europeia sobre Alegações Verdes em sua fase final de negociações, a coalizão busca destacar o impacto ambiental das fibras naturais, como o algodão, em comparação às fibras sintéticas derivadas de combustíveis fósseis. A participação da Abrapa, juntamente com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (ANEA), reforça o compromisso do setor algodoeiro brasileiro em defender os benefícios ambientais do algodão neste momento crítico. De acordo com o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, as atuais Regras da Categoria da Pegada Ambiental de Produtos (PEFCR) para vestuário e calçados favorecem desproporcionalmente fibras sintéticas e classificam inadequadamente as fibras naturais. Ele afirma que o formato proposto pode prejudicar os objetivos da Diretiva de Alegações Verdes da UE, que busca garantir declarações sustentáveis credíveis e verificáveis. A coalizão Make the Label Count também destacou a relevância da participação da Abrapa. Elke Hortmeyer, representante da iniciativa, enfatizou a importância da produção sustentável de algodão e a necessidade de corrigir metodologias que minimizam os impactos ambientais de materiais sintéticos, como o poliéster, associado à poluição por microplásticos. Especialistas têm alertado que a análise das Pegadas Ambientais de Produtos (PEF) e suas diretrizes precisam integrar fatores como a poluição por microplásticos e o descarte inadequado de resíduos plásticos para garantir uma avaliação mais precisa e abrangente dos impactos ambientais. O objetivo da coalizão e de seus novos membros é promover mudanças que reflitam melhor os benefícios de materiais naturais em comparação aos sintéticos.

ABRAPA se junta à coalizão Make the Label Count
28 de Novembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) anunciou hoje que, a partir de 1º de dezembro de 2024, será membro pleno da coalizão Make the Label Count. A ABRAPA junta-se à Make the Label Count para contribuir com sua voz e influência em um esforço conjunto para garantir que as alegações de sustentabilidade para têxteis na União Europeia sejam justas e confiáveis. À medida que a legislação de Alegações Verdes da UE entra na fase final de negociações (trílogos), é urgente destacar o perfil ambiental das fibras naturais em comparação com as sintéticas. Juntamente com a ANEA, a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão, a adesão da ABRAPA assegura que todo o setor algodoeiro brasileiro apoia esse esforço importante, reafirmando o compromisso do Cotton Brazil em fortalecer e defender os benefícios ambientais de fibras naturais, como o algodão, neste momento crucial. Comentando sobre a motivação para se juntar à coalizão, o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, afirmou: “As Regras da Categoria da Pegada Ambiental de Produtos (PEFCR) para vestuário e calçados estão mal projetadas e não atendem ao seu propósito. No formato atual, favorecem injustamente as fibras sintéticas derivadas de combustíveis fósseis, enquanto classificam de forma inadequada o vestuário de fibras naturais como insustentável. Isso contraria o próprio objetivo da Diretiva de Alegações Verdes, que visa garantir declarações ‘confiáveis, credíveis e verificáveis’. Ao aderir à coalizão Make the Label Count, estamos comprometidos em corrigir essa grave situação antes que ela seja consolidada na legislação europeia.” Elke Hortmeyer, da Make the Label Count, deu boas-vindas à adesão da Abrapa: “Estamos muito felizes em receber a Abrapa e, consequentemente, o Cotton Brazil na coalizão Make the Label Count. Como uma organização globalmente reconhecida e comprometida com a produção sustentável de algodão, sua expertise e liderança fortalecerão nossa voz e esforço coletivo para garantir alegações de sustentabilidade justas e confiáveis para fibras naturais. Além da importância socioeconômica da produção de matérias-primas para muitos agricultores de algodão, a metodologia PEF da UE precisa abordar adequadamente o impacto ambiental dos materiais derivados de petróleo, como o poliéster, que contribuem para enormes resíduos plásticos e liberam microplásticos em nossas águas e solos.” Para garantir que as ferramentas usadas para validar alegações verdes sejam confiáveis, é essencial que sejam baseadas em pesquisa científica. Embora especialistas tenham fornecido extensas pesquisas para informar esse processo – cobrindo áreas como Avaliação do Ciclo de Vida, comportamento do consumidor e microplásticos – nem todas as descobertas foram devidamente consideradas pelos legisladores ou por aqueles que desenvolvem as Regras da Categoria da Pegada Ambiental de Produtos (PEFCR) para vestuário e calçados. É essencial que o PEF e as PEFCR para vestuário e calçados reflitam com precisão os verdadeiros impactos ambientais dos têxteis. Para garantir uma avaliação justa, fatores como poluição por microplásticos, resíduos plásticos e circularidade devem ser urgentemente integrados à análise.

Abrapa participa de projeto inovador para medir a pegada de carbono do algodão brasileiro
28 de Novembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e Bayer, lançou um projeto pioneiro para desenvolver perfis ambientais e calcular as pegadas de carbono do algodão em caroço, pluma e óleo, abrangendo as principais regiões produtoras do Brasil. A iniciativa foi apresentada durante o Carbon Science Talks, que aconteceu nos dias 26 e 27 de novembro, em Campinas (SP). Com duração de 24 meses, o projeto busca estabelecer uma referência nacional, e referências regionais para diferentes modelos de produção para a pegada de carbono do algodão brasileiro, utilizando dados primários de cotonicultores e metodologias reconhecidas internacionalmente, como a Avaliação de Ciclo de Vida (ACV). A caracterização dos sistemas de extração de óleo de algodão típicos, com seus parâmetros técnicos, suas emissões e representatividade para as principais regiões brasileiras também farão parte do trabalho e serão referências para a atualização da calculadora para o RenovaBio. O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, destacou a relevância da iniciativa. “Essa parceria reforça o compromisso do setor algodoeiro com a sustentabilidade e a eficiência produtiva, além de posicioná-lo como uma referência global em práticas agrícolas responsáveis.” De acordo com dados da entidade, a produção estimada para a safra 2023/24 é de 8.890.058 toneladas de algodão em caroço, 3.680.309 toneladas de algodão em pluma e 4.720.310 toneladas de caroço de algodão. Os primeiros cálculos utilizando a ferramenta Footprint PRO Carbono realizados com produtores do Mato Grosso, indicaram uma pegada de carbono média de 329 kg CO₂ eq/t (quilogramas de dióxido de carbono equivalente por tonelada de algodão), com possibilidade de redução de até 32% em áreas específicas. Além disso, o projeto prevê o detalhamento de perfis ambientais do algodão para diferentes produtos e regiões, começando pelos estados da Bahia e Goiás. Segundo Alessandra Zanotto, vice-presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), que assumirá a associação no próximo mandato, “o algodão, devido às características da cultura, faz com que os produtores saiam na frente, com relação à inovação, e esse projeto, oriundo da parceria, é inovador porque é simples.” Alessandra comentou que reduzir a emissão de carbono contribui para a desaceleração do aquecimento global, preservação dos ecossistemas locais, ajuda a prevenir eventos climáticos extremos e a preservação da biodiversidade, beneficiando, não somente, os produtores, mas, principalmente, os consumidores e o meio ambiente. Grande impacto Para Marília Folegatti, pesquisadora sênior da Embrapa Meio Ambiente, a expectativa de impacto da iniciativa é grande. “A cadeia produtiva do algodão brasileiro faz um grande investimento em ações para a sustentabilidade que não são devidamente comunicadas. Esse projeto permitirá que se conheça a pegada de carbono do algodão brasileiro, o que já é uma exigência em vários mercados”, analisou. A ferramenta, que utiliza metodologia de ACV para quantificar emissões e medir a pegada de carbono dos cultivos de soja e milho, passa a integrar também a cultura do algodão. O estudo trará uma caracterização dos principais sistemas de produção de algodão praticados no país e o seu perfil ambiental. “Isso permitirá a gestão de processos para a melhoria de desempenho, o que pode representar o acesso a mercados mais exigentes, por um lado, mas também contribuir para a redução da emissão de gases de efeito estufa, colaborando com o enfrentamento das mudanças climáticas”, informou a pesquisadora. Com apoio técnico, financeiro e logístico da Abrapa, Abiove e Bayer, e coordenação técnica da Embrapa, a iniciativa busca atender às demandas globais por produtos sustentáveis, fortalecer a competitividade do algodão brasileiro no mercado internacional e abrir caminhos para novas oportunidades no programa RenovaBio e outros mercados de baixo carbono. Carbon Science Talks Promovido pela Bayer, o Carbon Science Talks tem como objetivo reforçar a jornada da empresa na integração de práticas agrícolas sustentáveis no campo que impactam positivamente toda a cadeia. Além da divulgação da V3 da calculadora Footprint PRO Carbono, a programação inclui uma série de painéis que discutirão os desafios e oportunidades do mercado de descarbonização no setor agrícola. O primeiro dia do evento contou com seis painéis temáticos. Entre eles, o de quantificação da pegada de algodão e a parceria quadripartite entre Bayer Embrapa, Abrapa e Abiove, que teve a participação de Fábio Carneiro, gestor de Sustentabilidade da Abrapa. Outros painéis abordaram temas como Agricultura Tropical e Mudança Climática, Agricultura Regenerativa e Resiliência no Sistema de Produção, e Carbono Orgânico no Solo, que apresentou o modelo preditivo PROCS. A agenda do dia incluiu, ainda, discussões sobre Medição, Reporte e Verificação da Pegada de Carbono de Commodities Agrícolas, com a Footprint PRO Carbono 3.0, e Desafios para Mitigar Emissões de Escopo 3 na Cadeia de Valor. No dia 27, o evento foi marcado por três painéis simultâneos que exploraram os temas centrais Descarbonizar, Remover e Regenerar. Esses debates aprofundaram estratégias para reduzir emissões, promover captura de carbono e implementar práticas regenerativas que reforcem a sustentabilidade na produção agrícola. Com formato inovador, o Carbon Science Talks reuniu lideranças do setor agroindustrial, especialistas em sustentabilidade e tecnologia para discutir soluções que posicionem a agricultura como protagonista na mitigação das mudanças climáticas e no fortalecimento da economia de baixo carbono.

10 finalistas disputam a grande final do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa Criadores
28 de Novembro de 2024

No dia 7 de dezembro, 10 trabalhos finalistas, criados por estudantes de moda, serão apresentados na final do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores. Cada coleção terá 6 looks completos, sendo, pelo menos, dois em denim. A composição das peças tem, no mínimo, 70% de algodão. Fazendo parte do line-up oficial da semana de moda, os desfiles vão acontecer no Viaduto do Chá, em São Paulo, às 19h. Pela primeira vez, a grande final será com dois representantes de cada região do Brasil. A beleza será assinada por Maxi Weber e o styling por Maika Mano. "Estamos entusiasmados para conhecer as coleções e o próximo nome da moda autoral brasileira. Ter uma final com candidatos de todas as regiões do Brasil celebra a nossa diversidade e a riqueza, dando oportunidade e visibilidade a estudantes que representam o futuro do setor. O 3º Desafio, acima de tudo, é uma forma de revelar novos profissionais”, comemora André Hidalgo, diretor da Casa de Criadores. Clarisse Fonseca, Coordenadora do Curso de Design de Moda da Estácio Pará, destaca justamente a preocupação do Desafio em observar a participação de várias regiões do país. “Isso torna o concurso ainda mais plural. Ao longo de todo o trabalho, fomos tratados com muito respeito e cordialidade, com uma atenção especial às nossas características culturais aqui do Norte, especialmente na seleção de casting, beleza e acessórios. Certamente, essa foi uma experiência que está impactando a vida acadêmica dos nossos alunos de forma muito transformadora”, comemora. Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa e gestora do movimento Sou de Algodão, comemora a final com todas as regiões do Brasil representadas. “É um sinônimo de vitória. Trabalhamos para que a moda nacional seja, cada vez mais, valorizada e reconhecida. E ficamos ainda mais felizes quando conseguimos juntar o nosso algodão brasileiro, que é uma  fibra versátil e de qualidade, com o futuro do mercado”, explica. Walvyker Alves de Souza, Professor Mestre em Design no Departamento de Artes e Design (DAD) da PUC-Rio e orientador das finalistas Laura Diniz e Yohanna Oliveira, acredita que o Sou de Algodão abre espaço para a conscientização dos jovens designers. “Iniciativas como o Desafio, permitem que eles produzam criações com foco na reorganização estrutural de um novo mundo na cadeia têxtil; mais consciente e menos agressivo”. Os três primeiros colocados vão receber produtos das tecelagens parceiras do movimento Sou de Algodão e um programa de orientação profissional, promovido por apoiadores do concurso. O grande vencedor será contemplado com um prêmio no valor de R$ 30 mil, e passará a integrar o line-up oficial da Casa de Criadores a partir da primeira edição do próximo ano. O professor orientador do primeiro colocado também será reconhecido com um prêmio: uma bolsa orientação no valor de R$ 10 mil, destinada à pesquisa sobre algodão. Em edições passadas, o Desafio revelou nomes como Mateus Cardoso, Dario Mittmann, Rodrigo Evangelista e Guilherme Dutra. “Participar do Desafio é uma oportunidade incrível para os estudantes se conectarem com o mercado, trocarem experiências e se desenvolverem profissionalmente. Estou muito entusiasmada com os resultados e confiante de que ele abrirá muitas portas para os nossos futuros designers”, comemora Suely Moreira Borges Calafiori, Coordenadora do Curso de Design de Moda do Centro Universitário UNIVERSO, de Goiânia, e orientadora do finalista Lucas Caslú. Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa, acredita que os novos talentos revelados têm um compromisso fundamental com a responsabilidade ambiental, social e econômica ao trabalharem com o algodão nas coleções. “Esse envolvimento é muito importante, pois eles são o futuro que continuarão a promover o uso desse recurso natural, reforçando a relevância de uma moda mais consciente”, finaliza. Confira abaixo as coleções de cada finalista  Júlia Theophilo, de Brasília/DF, do Instituto Federal de Brasília (IFB). Orientada pela professora Rafaela Felipe Asmar. Coleção “Redefinindo Curvas” Inspirada na sua experiência pessoal com a escoliose, uma curvatura atípica da coluna vertebral, a coleção é uma breve história dessa jornada que influenciou diretamente a percepção da estudante sobre o significado da beleza. É possível ver, na construção das peças, os aspectos estéticos da escoliose, como o desalinhamento dos ombros e quadril, a presença da gibosidade nas costas e na escápula, a assimetria das mamas e da cintura e as curvaturas da coluna. Lucas Caslú, de Goiânia/GO, da Universidade Salgado de Oliveira (Universo). Orientado pela professora Suely Moreira Borges Calafiori . Coleção “Experiências” O estudante é um acumulador assumido e sua coleção é um reflexo disso. Ele misturou fotografias, embalagens, suas próprias roupas, retalhos e acessórios para construir peças assimétricas e cheias de criatividade. O look produzido especialmente para o 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores foi confeccionado com oito metros de tricoline branco 100% algodão, dois metros de brim e retalhos para as tiras. Artur Leovegildo, de Crato/CE, da Universidade Federal do Cariri (UFCA). Orientado pela professora Cleonisia Alves Rodrigues do Vale. Coleção “Exposição de fatos extraordinários” Tendo a região do Cariri cearense como ponto de partida, a coleção traz um suposto acontecimento no século XIX: “o milagre da hóstia”, que ocorreu na cidade de Juazeiro do Norte, no sul do Ceará. Maria Magdalena do Espírito Santo de Araújo foi definida, segundo os poucos registros existentes, como uma mulher preta, pobre e analfabeta que protagonizou esse acontecimento, ao lado de Cícero Romão Batista, o Padre Cícero. Esse projeto se uniu a outros grupos da região, encabeçados pelo movimento feminista, a educadores e pesquisadores, para contribuir com a reabilitação da memória dessa personagem secular através da moda. Natália Ferreira, de Salvador/BA, da Universidade Salvador (Unifacs). Orientada pelo professor Maurício Portela. Coleção “Yo Soy Latino-Americano” O projeto visa desconstruir noções eurocêntricas da moda e dos corpos que refletem este mesmo padrão, através da conexão entre aqueles que não são vistos como potência criativa. Com referências tradicionais como bordados, patchwork e chita, a coleção celebra os latino-americanos utilizando técnicas de beneficiamento de resíduos têxteis. A coleção tem foco no México, Brasil e Colômbia, países que se destacaram enquanto formadores da moda autoral, representada, respectivamente, pelos Pachucos, pela brasilidade dos bordados e rendas de Zuzu Angel e pela cultura indígena colombiana, com o foco na tapeçaria das bolsas Wayuu. Fernanda Bastos, de Belém/PA, da Faculdade Estácio do Pará (FAP). Orientada pela professora Clarisse Fonseca Chagas. Coleção “Na esquina do Rio” Quando a cultura é usada como um espelho do artista, ela reflete a identidade daquele indivíduo e, consequentemente, dos grupos dos quais ele faz parte. E foi assim que a coleção da Fernanda, que traz a forma da locomoção hidroviária, mais especificamente no trajeto Macapá/AP — Belém/PA, foi construída. É sobre as estradas da Bacia Amazônica, seus inúmeros rios e tudo o que foi visto durante essa travessia constante da estudante para estudar Design de Moda. O look produzido é o mapa dessa estrada, composto de bordados em máquina de costura, feitos em fios de barbante e macramê, com texturas com fio de malha e resíduos de cortes de brim. Com detalhe para as costas, os punhos originais de rede fazem a amarração. Bruno Babildri de Belém/PA, da Universidade da Amazônia (Unama). Orientado pelo professor Felícia Assmar Maia. Coleção “CAUPÉ: Uma Ode à mulher amazônica” O projeto celebra “Caupé”, uma deusa da mitologia Tupi-Guarani, conectando as tradições indígenas, ribeirinhas e caboclas com influências europeias e destacando a diversidade e resiliência das mulheres da região. No look confeccionado, os desenhos azuis, inspirados no cacau e no açaí, transportam-nos para as ilhas ao redor de Belém. As bordas douradas em relevo evocam a sofisticação e o esplendor da Belle Époque, auge do ciclo da borracha na região de José. Além das fronteiras do catolicismo, esta coleção se expande para abraçar outras tradições e mitologias que veneram a feminilidade divina. De deusas à sereias, de entidades a amazonas, cada peça é um testemunho da diversidade e da beleza que permeia as histórias e crenças ao redor do mundo. João Freitas, do Rio de Janeiro/RJ, da Universidade Anhembi Morumbi. Orientado pela professora Maria Fernanda Cintra. Coleção “Mechanitis” Inspirado no seu próprio processo de amadurecimento, enquanto estilista, a coleção deve ser vista como uma analogia ao processo de metamorfose da borboleta, do gênero Mechanitis. João desenvolveu diversas habilidades que estavam adormecidas durante a pandemia, o que o motivou a criar o primeiro look apresentado para sua inscrição no 3⁠º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores. A peça retrata a fase “larva” pré-pandemia, quando o estudante, ao mesmo tempo em que era muito ingênuo, precisava se proteger do mundo. O tie-dye verde simula a larva, fase inicial da borboleta, e o volume e a pele à mostra marcam essa dualidade da ingenuidade e do medo. Laura Diniz e Yohanna Oliveira, do Rio de Janeiro/RJ, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Orientada pelo professor Walvyker Alves de Souza. Coleção “Corpo Mutante” A crise ambiental é tratada nesta coleção como uma ferramenta de questionamento político, tendo como objetivo incentivar a produção e consumo responsável, incluindo a redução de resíduos e a utilização sustentável dos recursos naturais. As peças retratam o processo de “refazimento do corpo” a partir do reconhecimento de si e de estar interconectado com o meio em que vive. Mostrando o despertar dos seres humanos num contexto individual e coletivo: individual em relação às tomadas de consciência e mudanças de pensamento; coletivo a partir dessas revoluções micropolíticas, alterando a forma de se relacionar com o ambiente em que vivemos. Nanda Oliveira e Queren Santos, de Curitiba/PR, da UniSenaiPR. Orientadas pela professora Amanda Calixto de Castro. Coleção “A ausência daquela que EXISTE” A dupla traz o conceito de “brega street” para sua coleção, um segmento agênero que mistura a estética street, muito vinculada ao vestuário masculino, com silhuetas tipicamente “femininas”. As peças são baseadas na vivência pessoal das criadoras com um corpo negro feminino, nas estruturas da branquitude do Sul do Brasil. A mescla entre os estilos de streetwear (simbolizando o negro) e alfaiataria (simbolizando a branquitude) foram cuidadosamente pensados para estruturar essa narrativa e traduzir, de maneira visceral e artística, as sensações vividas durante a complexa trajetória de existir em ambientes estruturalmente racistas. Vitoria Antunes, de Porto Alegre/RS, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-RS). Orientada pela professora Mariana Dourado Castro. Coleção “Sapiens Caribal” Sapiens Caribal, da etimologia de origem: homo-sapiens, do latim “homem que sabe”, pela presença de autoconsciência, sapiência; e caribal, do espanhol “selvagem”, pelo comportamento arbitrário de alimentação da própria espécie. A coleção é a construção de uma narrativa tangível e literal na busca da sensibilização sobre a função individual real e ativa, enquanto coletivo social, dito civilizado, e a urgência de um olhar mais gentil para a nossa biodiversidade. É com a riqueza de técnicas têxteis e artesanais existentes que o algodão, na sua essência natural e variadas formas, enaltece as manualidades brasileiras, advindas das culturas originárias indígenas, das referências africanas e europeias. As cores presentes nas peças retratam as áreas dos biomas: vermelho, laranja, amarelo e azul, sobretudo, com destaque ao vermelho, que, pela psicologia, denota a intensidade, a força e o perigo cabíveis à mensagem que a estudante deseja passar. Para conhecer todos os finalistas, é só clicar nesse link. Sobre Sou de Algodão Movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva e têxtil, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e certifica 82% de toda a produção nacional de algodão.

Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA) se junta à coalizão Make the Label Count
27 de Novembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) será membro pleno da coalizão Make the Label Count, a partir de 1º de dezembro de 2024. A entidade se junta à iniciativa para contribuir com sua voz e influência em um esforço conjunto para garantir que as alegações de sustentabilidade para têxteis na União Europeia sejam justas e confiáveis. À medida que a legislação de Alegações Verdes da UE entra na fase final de negociações (trílogos), é urgente destacar o perfil ambiental das fibras naturais em comparação com as sintéticas. Juntamente com a ANEA, a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão, a adesão da Abrapa assegura que todo o setor algodoeiro brasileiro apoia esse esforço importante, reafirmando o compromisso do Cotton Brazil em fortalecer e defender os benefícios ambientais de fibras naturais, como o algodão, neste momento crucial. “As Regras da Categoria da Pegada Ambiental de Produtos (PEFCR) para vestuário e calçados estão mal projetadas e não atendem ao seu propósito. No formato atual, favorecem injustamente as fibras sintéticas derivadas de combustíveis fósseis, enquanto classificam de forma inadequada o vestuário de fibras naturais como insustentável. Isso contraria o próprio objetivo da Diretiva de Alegações Verdes, que visa garantir declarações ‘confiáveis, credíveis e verificáveis’. Ao aderir à coalizão Make the Label Count, estamos comprometidos em corrigir essa grave situação antes que ela seja consolidada na legislação europeia.” destaca o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. “Estamos muito felizes em receber a Abrapa e, consequentemente, o Cotton Brazil na coalizão Make the Label Count. Como uma organização globalmente reconhecida e comprometida com a produção sustentável de algodão, sua expertise e liderança fortalecerão nossa voz e esforço coletivo para garantir alegações de sustentabilidade justas e confiáveis para fibras naturais. Além da importância socioeconômica da produção de matérias-primas para muitos agricultores de algodão, a metodologia PEF da UE precisa abordar adequadamente o impacto ambiental dos materiais derivados de petróleo, como o poliéster, que contribuem para enormes resíduos plásticos e liberam microplásticos em nossas águas e solos.” Pontua Elke Hortmeyer, da Make the Label Count, ao dar as boas-vindas à Abrapa na coalizão. Para garantir que as ferramentas usadas para validar alegações verdes sejam confiáveis, é essencial que sejam baseadas em pesquisas científicas. Embora especialistas tenham fornecido extensas pesquisas para informar esse processo – cobrindo áreas como Avaliação do Ciclo de Vida, comportamento do consumidor e microplásticos – nem todas as descobertas foram devidamente consideradas pelos legisladores ou por aqueles que desenvolvem as Regras da Categoria da Pegada Ambiental de Produtos (PEFCR) para vestuário e calçados. É essencial que o PEF e as PEFCR para vestuário e calçados reflitam com precisão os verdadeiros impactos ambientais dos têxteis. Para garantir uma avaliação justa, fatores como poluição por microplásticos, resíduos plásticos e circularidade devem ser urgentemente integrados à análise. Sobre a Abrapa A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) foi fundada em 1999 para aumentar a competitividade e as oportunidades de lucro do setor algodoeiro brasileiro. Apoia e representa os produtores brasileiros tanto no Brasil quanto internacionalmente. É composta por 10 associações estaduais, que respondem por 99% da produção de algodão do Brasil e 100% das exportações totais do país. Sobre o Cotton Brazil O Cotton Brazil é uma iniciativa setorial dedicada a promover o reconhecimento e a aceitação do algodão brasileiro globalmente. Sua missão é destacar a qualidade, sustentabilidade, rastreabilidade e confiabilidade da fibra natural brasileira. Valorizado por seu conforto, biodegradabilidade e características naturais, o algodão brasileiro atrai consumidores que priorizam tanto a qualidade quanto o compromisso com a sustentabilidade, sendo uma escolha preferida no mercado global. O Cotton Brazil é uma iniciativa da Abrapa, da ANEA e da ApexBrasil, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. Sobre a Make the Label Count A Make the Label Count é uma coalizão internacional de organizações que representam uma ampla gama de produtores de fibras naturais e grupos ambientais com um objetivo em comum: garantir que as alegações de sustentabilidade para têxteis na União Europeia sejam justas e confiáveis.

Abrapa participa de projeto inovador para medir a pegada de carbono do algodão brasileiro
27 de Novembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e Bayer, lançou um projeto pioneiro para desenvolver perfis ambientais e calcular as pegadas de carbono do algodão em caroço, pluma e óleo, abrangendo as principais regiões produtoras do Brasil. A iniciativa foi apresentada durante o Carbon Science Talks, que aconteceu nos dias 26 e 27 de novembro, em Campinas (SP). Com duração de 24 meses, o projeto busca estabelecer uma referência nacional, e referências regionais para diferentes modelos de produção para a pegada de carbono do algodão brasileiro, utilizando dados primários de cotonicultores e metodologias reconhecidas internacionalmente, como a Avaliação de Ciclo de Vida (ACV).  A caracterização dos sistemas de extração de óleo de algodão típicos, com seus parâmetros técnicos, suas emissões e representatividade para as principais regiões brasileiras também farão parte do trabalho e serão referências para a atualização da calculadora para o RenovaBio. O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, destacou a relevância da iniciativa. “Essa parceria reforça o compromisso do setor algodoeiro com a sustentabilidade e a eficiência produtiva, além de posicioná-lo como uma referência global em práticas agrícolas responsáveis.” De acordo com dados da entidade, a produção estimada para a safra 2023/24 é de 8.890.058 toneladas de algodão em caroço, 3.680.309 toneladas de algodão em pluma e 4.720.310 toneladas de caroço de algodão. Os primeiros cálculos utilizando a ferramenta Footprint PRO Carbono realizados com produtores do Mato Grosso, indicaram uma pegada de carbono média de 329 kg CO₂ eq/t (quilogramas de dióxido de carbono equivalente por tonelada de algodão), com possibilidade de redução de até 32% em áreas específicas. Além disso, o projeto prevê o detalhamento de perfis ambientais do algodão para diferentes produtos e regiões, começando pelos estados da Bahia e Goiás. Segundo Alessandra Zanotto, vice-presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), que assumirá a associação no próximo mandato, “o algodão, devido às características da cultura, faz com que os produtores saiam na frente, com relação à inovação, e esse projeto, oriundo da parceria, é inovador porque é simples.” Alessandra comentou que reduzir a emissão de carbono contribui para a desaceleração do aquecimento global, preservação dos ecossistemas locais, ajuda a prevenir eventos climáticos extremos e a preservação da biodiversidade, beneficiando, não somente, os produtores, mas, principalmente, os consumidores e o meio ambiente. Grande impacto Para Marília Folegatti, pesquisadora sênior da Embrapa Meio Ambiente, a expectativa de impacto da iniciativa é grande. “A cadeia produtiva do algodão brasileiro faz um grande investimento em ações para a sustentabilidade que não são devidamente comunicadas. Esse projeto permitirá que se conheça a pegada de carbono do algodão brasileiro, o que já é uma exigência em vários mercados”, analisou. A ferramenta, que utiliza metodologia de ACV para quantificar emissões e medir a pegada de carbono dos cultivos de soja e milho, passa a integrar também a cultura do algodão. O estudo trará uma caracterização dos principais sistemas de produção de algodão praticados no país e o seu perfil ambiental. “Isso permitirá a gestão de processos para a melhoria de desempenho, o que pode representar o acesso a mercados mais exigentes, por um lado, mas também contribuir para a redução da emissão de gases de efeito estufa, colaborando com o enfrentamento das mudanças climáticas”, informou a pesquisadora. Com apoio técnico, financeiro e logístico da Abrapa, Abiove e Bayer, e coordenação técnica da Embrapa, a iniciativa busca atender às demandas globais por produtos sustentáveis, fortalecer a competitividade do algodão brasileiro no mercado internacional e abrir caminhos para novas oportunidades no programa RenovaBio e outros mercados de baixo carbono. Carbon Science Talks Promovido pela Bayer, o Carbon Science Talks tem como objetivo reforçar a jornada da empresa na integração de práticas agrícolas sustentáveis no campo que impactam positivamente toda a cadeia. Além da divulgação da V3 da calculadora Footprint PRO Carbono, a programação inclui uma série de painéis que discutirão os desafios e oportunidades do mercado de descarbonização no setor agrícola. O primeiro dia do evento contou com seis painéis temáticos. Entre eles, o de quantificação da pegada de algodão e a parceria quadripartite entre Bayer Embrapa, Abrapa e Abiove, que teve a participação de Fábio Carneiro, gestor de Sustentabilidade da Abrapa. Outros painéis abordaram temas como Agricultura Tropical e Mudança Climática, Agricultura Regenerativa e Resiliência no Sistema de Produção, e Carbono Orgânico no Solo, que apresentou o modelo preditivo PROCS. A agenda do dia incluiu, ainda, discussões sobre Medição, Reporte e Verificação da Pegada de Carbono de Commodities Agrícolas, com a Footprint PRO Carbono 3.0, e Desafios para Mitigar Emissões de Escopo 3 na Cadeia de Valor. No dia 27, o evento foi marcado por três painéis simultâneos que exploraram os temas centrais Descarbonizar, Remover e Regenerar. Esses debates aprofundaram estratégias para reduzir emissões, promover captura de carbono e implementar práticas regenerativas que reforcem a sustentabilidade na produção agrícola. Com formato inovador, o Carbon Science Talks reuniu lideranças do setor agroindustrial, especialistas em sustentabilidade e tecnologia para discutir soluções que posicionem a agricultura como protagonista na mitigação das mudanças climáticas e no fortalecimento da economia de baixo carbono.