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Brasil deve continuar na liderança das exportações de algodão e projeta novos avanços na cotonicultura para 2025
04 de Dezembro de 2024

Com a safra 2023/2024 praticamente finalizada – cerca de 90% da produção já está beneficiada – a 77ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, realizada em Brasília, nesta terça-feira (03), consolidou os números mais recentes do ciclo recém-colhido e antecipou as expectativas para 2024/2025. Este foi o quarto e último encontro da Câmara no ano de 2024, congregando produtores, indústria, exportadores e Governo, de forma presencial e online. A Câmara é presidida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e é uma iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Em 2025, as reuniões estão previstas para acontecer nos dias 19 de março, 30 de junho, 16 de setembro e 02 de dezembro. O Brasil, que este ano alcançou o posto de maior exportador mundial de algodão, deve manter a liderança em 2024/2025. A Abrapa prevê um aumento de aproximadamente 5,8% no volume de algodão beneficiado, devendo saltar de 3,69 milhões de toneladas, no ciclo anterior, para 3,91 milhões de toneladas, no próximo. A área destinada ao cultivo também deverá crescer, alcançando 2,12 milhões de hectares, o que representa um incremento de 6,6%.Embora ainda seja cedo para determinar a produtividade exata, as projeções iniciais da Abrapa e suas associações estaduais indicam que esta será discretamente inferior (-0,7%) à registrada na safra 2023/2024, quando o país colheu aproximadamente 1.844 kg de algodão por hectare. Entre os estados que mais expandirão suas áreas cultivadas com algodão estão Piauí, com crescimento de 47,1%, e Minas Gerais, com 33,1%. Mato Grosso e Bahia, nesta ordem, os dois maiores produtores de algodão no país, devem avançar 5% e 10%, respectivamente. Além disso, uma nova associação estadual está sendo solidificada para integrar a base da Abrapa, representando os cotonicultores do estado do Pará. Na região, as lavouras, que somavam 145 hectares em 2023/2024, crescerão para 500 hectares na próxima safra. “As reuniões da Câmara Setorial do Algodão do MAPA nos permitem uma visão ampla de cada elo da cadeia produtiva e do setor como um todo. Nós, produtores, além dos dados de safra, mostramos nossas necessidades em questão fitossanitária, apresentando soluções para melhorar ainda mais a eficiência da nossa produção lá no campo”, diz o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, lembrando que, em 2024, ano em que a entidade completou 25 anos de fundação, o país se tornou o maior exportador de algodão do mundo. “Essa conquista é a soma de todo o apoio entre a indústria, os exportadores, os produtores, e, especialmente, da parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), sem a qual não conseguiríamos alcançar este excelente resultado”, destaca Schenkel. Segundo o presidente, a perspectiva para o ano que vem é de “nos mantermos eficientes, cuidando dos detalhes, e, rigorosamente, do custo de produção, para que a gente ajude a garantir a remuneração do produtor”, afirma. Exportações De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), o Brasil exportou 945 mil toneladas de algodão até novembro de 2024. Para a safra 2024/2025, as projeções indicam exportações na faixa de 2,8 milhões de toneladas, consolidando o país como o maior exportador mundial de algodão. Os principais destinos das exportações brasileiras em 2024 foram China, Vietnã e Paquistão, seguidos por Bangladesh e Turquia. No mercado internacional, os preços futuros para dezembro de 2025 estão em US$ 0,7104/lb, com a demanda global mostrando sinais de recuperação. Segundo o USDA, o Brasil será o terceiro maior produtor mundial em 2024/2025, atrás de China e Índia, enquanto a China permanece como principal consumidor e importador. O presidente da Anea, Miguel Faus, destacou a recuperação da demanda e a importância de manter o foco na qualidade e logística: “Teremos uma safra grande, um mercado competitivo e muito trabalho pela frente, mas estamos confiantes de que alcançaremos nossos objetivos novamente”, enfatizou. No mercado doméstico, o preço médio foi de R$ 4,0654/lb, com a safra 2023/2024 colhida e beneficiada até fevereiro de 2025 apresentando qualidade superior ao ciclo anterior e rendimentos semelhantes. Cerca de 80% da safra já foi comercializada, mas a demanda interna segue enfraquecida devido à taxa de câmbio e aos juros elevados. Indústria têxtil: avanços e desafios A indústria têxtil e de confecção encerra 2024 “no azul”. Conforme Fernando Pimentel, presidente emérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), “não foi um ano espetacular, mas foi positivo”. Representando a Abit na reunião da Câmara Setorial, Oliver Tan Oh apresentou um panorama da conjuntura do setor no Brasil. Os dados indicaram crescimento na produção de têxteis (+3,6%) e vestuário (+1,7%) em relação ao ano anterior, enquanto as exportações caíram 5,6% e as importações cresceram quase 20%. O emprego no setor apresentou alta moderada, com 14,2 mil novas vagas no segmento têxtil e 16,5 mil na confecção. A confiança empresarial manteve-se com índices de 54,2% e 54,4%, respectivamente, em novembro de 2024. Para 2025, as expectativas são mistas, segundo a Abit. Cerca de 45% dos empresários do setor se mostram otimistas, mas desafios como falta de mão de obra qualificada (61%), instabilidade econômica (51%) e alta carga tributária (49%) ainda preocupam. Em contrapartida, as oportunidades incluem maior adoção de tecnologias, demanda por produtos sustentáveis e expansão de mercados. Os empresários planejam investimentos em maquinário e equipamentos (74%), tecnologia e automação (55%) e treinamento de pessoal (54%). Essas iniciativas buscam aumentar a competitividade frente aos desafios econômicos e às tendências globais de economia circular e personalização de produtos. Pimentel alertou para o impacto do aumento nas importações de vestuário, que crescem mais rápido que o consumo nacional. Ele ressaltou que, apesar das dificuldades, os investimentos no setor seguem firmes, com a aquisição de máquinas crescendo mais de 20% e consultas ao BNDES avançando mais de 40%. O presidente emérito da Abit não pôde participar da reunião da Câmara em função da agenda do lançamento da “Missão 1 Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais, para a segurança alimentar, nutricional e energética”, da qual participaram o presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente, Geraldo Alckimin. “Durante o evento, foi anunciado o nosso projeto e a meta de voltarmos a consumir 1 milhão de toneladas de algodão. Acredito que o Brasil tem – ou pode ter – uma vantagem competitiva internacional nessa cadeia de fibras naturais, onde o algodão se destaca pela sua sustentabilidade e qualidade”, enfatizou Pimentel. Fitossanidade em debate A ramulária e a mancha-alvo, duas das principais doenças que afetam o algodão no Brasil, foram tema de apresentação conduzida pelo pesquisador Fabiano Perina, da Embrapa, durante a reunião da Câmara Setorial. Ele destacou os resultados da Rede de Ensaios Cooperativos sobre Doenças do Algodoeiro. O trabalho foi realizado em parceria com instituições de pesquisa como Embrapa, Fundação Bahia e Fundação Chapadão, além de contar com o apoio de produtores locais, que disponibilizaram áreas para os experimentos. Os ensaios testaram diferentes fungicidas em 14 localidades nos estados da Bahia, Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul. Perina enfatizou a importância da rotação de fungicidas com diferentes modos de ação e da adaptação dos programas de controle às condições regionais e épocas de semeadura. “Essas ações são essenciais para evitar a resistência dos patógenos e garantir a sustentabilidade da produção. Os dados reforçam a necessidade de estratégias integradas entre pesquisa, setor público e produtores”, concluiu Perina. As soluções apresentadas prometem reduzir perdas econômicas e fortalecer a competitividade do algodão brasileiro no mercado global.

Programa SouABR, em parceria com a C&A, conquista o Prêmio ECO AMCHAM 2024 com coleção de jeans rastreável
04 de Dezembro de 2024

O SouABR, desenvolvido pelo movimento Sou de Algodão e pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), acaba de receber um reconhecimento inédito. Por meio da coleção de jeans lançada pela C&A em fevereiro, o programa ganhou, o Prêmio ECO AMCHAM 2024, na categoria produtos e serviços, um dos mais renomados reconhecimentos à inovação sustentável no Brasil. Promovida há mais de 40 anos pela AMCHAM – Câmara Americana de Comércio - a premiação destaca práticas empresariais que impulsionam uma economia mais responsável e inovadora. O prêmio foi concedido ao projeto Jeans Rastreável com o uso de Blockchain, desenvolvido pela C&A Brasil em parceria com o movimento Sou de Algodão. A coleção garante a rastreabilidade de toda a cadeia produtiva do jeans adquirido pela cliente, do plantio do algodão certificado ABR ao ponto de venda, aliando tecnologia de ponta e práticas sustentáveis. “É uma honra receber esse reconhecimento com o Programa SouABR, que reflete nosso compromisso com a inovação, transparência e sustentabilidade em toda a cadeia têxtil. Essa conquista, graças à parceria com a C&A, demonstra o poder da colaboração entre diferentes elos do setor para entregar ao consumidor final não apenas um produto, mas uma história completa de responsabilidade e rastreabilidade”, comemora Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa. A primeira coleção de jeans rastreável da C&A, lançada em 2023, contou com a confecção de 2.500 peças de dois modelos de calças: o Jeans Boot Cut Cintura Média (1.300 peças) e o modelo Jeans Wide Leg Relaxed Cintura Alta Gancho Deslocado (1.200 peças). Os dois foram produzidos pela Emphasis. A produção envolveu, ainda, cinco fazendas, 243 fardos de algodão, 2207,23 kg de fios da fiação Santana Textiles e 3.713,40 metros de tecidos da tecelagem Santana Textiles. Juntas, essas unidades produtivas de algodão e indústrias somam 1.757 empregados. O segundo lançamento, premiado no Prêmio AMCHAM, contou com o blend de 53.460kg de algodão produzidos em cinco fazendas brasileiras, 2.207,23 kg de fio e 3.713,40 m de tecidos da Santana Textiles, que, após o trabalho da confecção Emphasis, resultaram em 2.500 calças jeans rastreadas. Paulo Correa, CEO da C&A Brasil, confirma que essa conquista reafirma o compromisso da marca com a sustentabilidade. “O projeto representa um marco na nossa jornada, ao trazer inovação para o setor e reforçar nossa missão de oferecer uma moda mais sustentável e transparente. Agradecemos à AMCHAM Brasil, ao movimento Sou de Algodão e a todos os nossos fornecedores e parceiros por acreditarem nessa transformação", afirma. Os números do Programa SouABR Até outubro de 2024, destacam-se 32 produtores e 40 unidades produtivas em operação no SouABR. Na produção de fardos, os números cresceram significativamente: em 2022, foram produzidas 12.606 unidades; em 2023, 8.884 unidades; e, em 2024, 22.856 unidades, totalizando 44.346 unidades acumuladas. Foram confeccionadas, em 2022, 107.217 peças; em 2023, foram 52.493 unidades e, em 2024 181.926 peças, totalizando 341.636 peças. Empresas como By Cotton, Villa Têxtil, Cataguases, Veste S.A., Döhler, Emphasis, Ease, Ufoway, Projeto 50 e Jace Confecções compõem o grupo de empresas que fazem parte do Programa SouABR. Por fim, no varejo, foram registradas 59.114 peças vendidas em 2022, 68.311 peças em 2023 e 178.342 peças em 2024, com um acumulado de 305.767 peças. Entre as empresas que comercializam peças rastreadas, estão Reserva, Renner, Youcom, C&A, Döhler, Individual, Dudalina, Calvin Klein e Almagrino. Para Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa e gestora do movimento Sou de Algodão, o programa SouABR está pavimentando o caminho para uma indústria têxtil mais ética, transparente e responsável no Brasil, demonstrando que a moda e o consumo conscientes podem andar de mãos dadas. “É preciso que toda a cadeia têxtil tenha comprometimento, e o desafio de SouABR não é só de números, de entregar peças rastreadas e de mostrar o certificado das fazendas. É mostrar o que fazemos de melhor, dentro do país, evidenciando a responsabilidade que temos com as pessoas e com os trabalhos que geramos”, finaliza. Sobre Sou de Algodão Movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva e têxtil, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e certifica 82% de toda a produção nacional de algodão. Sobre Programa SouABR É o primeiro programa de rastreabilidade por blockchain da indústria têxtil brasileira, de ponta a ponta. Com o objetivo de oferecer total transparência ao público sobre a origem das roupas que consome, a leitura de um QR Code na peça de roupa permite verificar as informações de produção do algodão daquela peça. O SouABR está pavimentando o caminho para uma indústria têxtil mais ética, transparente e responsável no Brasil, demonstrando que a moda e o consumo conscientes podem andar de mãos dadas. Abrace este movimento: Site: www.soudealgodao.com.br Facebook, Instagram, Youtube, LinkedIn, Pinterest: @soudealgodao TikTok: @soudealgodao_

Comitê Sou de Algodão discute resultados de 2024 e estratégias para 2025
03 de Dezembro de 2024

A Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) realizou nesta segunda-feira, 02 de dezembro, a  segunda reunião semestral do Comitê Sou de Algodão, que reuniu representantes da Associação e dos apoiadores platino do movimento. Esse foi o momento para apresentar o balanço do ano de 2024 e discutir novas estratégias para 2025. O encontro contou com a presença de Alessandra Zanotto, presidente eleita da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Arlindo Moura, do Conselho Consultivo da Abrapa, Walter Horita, Diretor do Grupo Horita, Silmara Ferraresi, diretora de Relações Institucionais da Abrapa, e Camila de Souza Preuss, assessora de Relações Institucionais da entidade; Alessandra Homem da Maia, Consultora de Marketing FiberMax, e Warley Adriano Palota, Gerente Sênior de Marketing Algodão da Basf; Eduardo Correa, Cotton Business Lead da Bayer, Fernando Prudente, Líder Time Produto Algodão da Bayer, e Francila Calica, Institutional Relations Director da Bayer; e os representantes da Markestrat (assessoria estratégica e de comunicação do Sou de Algodão), Luciano Thomé e Castro, sócio-diretor, Augusto Lima e Silva, coordenador de comunicação e Manami Kawaguchi Torres, coordenadora de relações institucionais. Balanço de 2024 Silmara Ferraresi, diretora de Relações Institucionais da Abrapa, apresentou os resultados financeiros e operacionais do Sou de Algodão para 2024. Entre os destaques, estão: SouABR: o programa de rastreabilidade fechou o ano com um balanço robusto, incluindo o lançamento das primeiras toalhas rastreáveis do Brasil pela Döhler e a adesão de duas varejistas de peso: Calvin Klein e Veste S.A., proprietárias de marcas como Dudalina e Individual. Parcerias acadêmicas: o movimento ampliou sua presença em universidades, com nove instituições parceiras, cinco experiências "Sou de Algodão", oito palestras e outras ações educacionais. Eventos: destaque para o terceiro desfile no São Paulo Fashion Week, com o tema “Manualidades”, e a maior Cotton Trip já realizada, com 169 participantes em seis dias de imersão. 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores: com número recorde de inscrições, a final será realizada no dia 7 de dezembro, reunindo 10 estudantes de moda de todas as regiões do Brasil. Engajamento de marcas: 2024 totalizou 1.660 marcas parceiras, com mais de 15 milhões de tags distribuídas e novas estratégias de ativação. Digital e comunicação: o movimento teve uma reformulação em sua identidade visual, campanhas desenvolvidas pensando na valorização da moda nacional, lançamento de um novo site e ações específicas para o Dia Mundial do Algodão. Marketplace: continuidade da loja no Mercado Livre, maior plataforma da América Latina. Assessoria de imprensa: ampla atuação em editorias-chave e aproximação com influenciadores e formadores de opinião por meio do acervo de looks do movimento. Reflexões e perspectivas  Fernando Prudente, da Bayer, destacou a importância de dar continuidade às ações de longo prazo, enquanto Francila Calica enfatizou o papel do movimento como referência na valorização da cultura do algodão no Brasil. Representando a Abrapa, Arlindo Moura e Walter Horita reforçaram a evolução do Sou de Algodão, que agora consolida sua "musculatura própria", evidenciada pelos resultados obtidos. Planejamento para 2025 Encerrando o encontro, o comitê discutiu novas frentes de trabalho para 2025, alinhadas aos três pilares estratégicos do movimento: promocional, negócios e informacional. As iniciativas prometem dar continuidade ao fortalecimento da cadeia produtiva do algodão, promovendo sua sustentabilidade e presença no mercado. Sobre Sou de Algodão Movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva e têxtil, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e certifica 82% de toda a produção nacional de algodão.

Abrapa participa da posse da nova diretoria da Abapa na Bahia
02 de Dezembro de 2024

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, participou, na noite da última sexta-feira (29), da solenidade de posse da nova diretoria da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), para o biênio 2025/2026. Durante a cerimônia, que aconteceu na cidade de Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano, foi empossada como a nova presidente da entidade, a sócia-diretora do Grupo Zanotto, Alessandra Zanotto Costa, que esteve, nos últimos oito anos, como primeira vice-presidente da associação. “O Brasil está colhendo os frutos de muitos anos de trabalho e dedicação na produção de um algodão sustentável, de qualidade e rastreável. A Bahia, como segundo maior produtor da fibra, tem papel fundamental nesse processo. Desejo sucesso a Alessandra à frente da Abapa e, que ela possa trazer esse olhar da inovação e da sustentabilidade na sua gestão”, afirma Schenkel. O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, também esteve presente e desejou sucesso à nova diretoria da Abapa. “Tenho certeza de que continuará desenvolvendo um excelente trabalho para a associação e para a Bahia”, destacou. Alessandra Zanotto integra os comitês Women in Cotton, da Internacional Cotton Association (ICA), faz parte do seleto grupo Forbes Mulher Agro, da Forbes Brasil, e está, atualmente, como 1ª conselheira fiscal da Abrapa. “Liderar a Abapa é mais que um marco coletivo; é também um marco pessoal, porque trago comigo histórias e sonhos. A história de uma mulher que acredita no potencial da cotonicultura baiana e sonha em levá-la ainda mais longe”, destacou a nova presidente durante o discurso de posse. Na oportunidade, foram entregues placas com ilustração da fachada da nova sede da Abapa em homenagem aos membros dos conselhos diretor, fiscal e consultivo da entidade. Participaram da cerimônia, o secretário estadual de agricultura, Walison Tum, o prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Júnior Marabá, a vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado da Bahia (FAEB), Carminha Missio, o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Odacil Ranzi, e o presidente eleito, Moisés Schmidt, dentre lideranças políticas e do setor produtivo. Nova sede A cerimônia foi marcada, também, pela inauguração da nova sede administrativa da associação. O presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, e a presidente eleita, Alessandra Zanotto, percorreram as instalações e descerraram a placa de inauguração do novo complexo, situado às margens da BR- 020, em Luís Eduardo Magalhães. O local, que ocupa uma área total de 10.442,60 m², com 9.500 m² de área construída, inclui a sede administrativa, um auditório com capacidade para 500 pessoas, o Museu do Algodão e o novo prédio do Centro de Análise de Fibras, considerado o maior e mais moderno centro de análises e classificação de fibras da América Latina. A nova estrutura vai começar a operar já na próxima safra com 16 equipamentos HVI, capazes de realizar até 34 mil análises diárias. Com possibilidade de expansão para abrigar 28 equipamentos, o centro poderá atingir uma capacidade de 60 mil análises diárias, garantindo agilidade e precisão na classificação do algodão produzido na Bahia e, no entorno, como no estado de Tocantins.

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa
29 de Novembro de 2024

Destaque da Semana - A Abrapa oficializou esta semana sua entrada na coalizão internacional Make the Label Count. O objetivo é promover os benefícios socioambientais das fibras naturais ante as sintéticas. Algodão em NY - O contrato Mar/25 fechou nesta quarta (27) cotado a 71,75 U$c/lp (+1,9% vs. 21/nov). O contrato Dez/25 fechou em 72,39 U$c/lp (+1,3% vs. 21/nov). Basis Ásia - Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 820 pts para embarque Nov/Dez-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 28/11/24). Baixistas 1 - A China importou 105,8 mil tons de algodão em out/24, somando 372,8 mil tons nos 3 meses do ano comercial (ago-out) – menos de 20% da previsão feita pelo USDA (9 milhões tons). Baixistas 2 – As importações tendem a aumentar entre outubro e o 1º trimestre do ano. O apetite chinês dependerá de vários fatores, incluindo cotas, oferta interna, economia e guerra comercial. Altistas 1 - Os mercados globais de ações caminharam nesta sexta para o melhor mês desde mai/24 devido à expectativa de forte crescimento nos EUA. Altistas 2 - Mesmo com problemas políticos e de energia, Bangladesh teve sua projeção de safra 2024/25 ampliada para 1,7 milhão tons pela Cotlook (+100 mil tons). Mercados – Devido ao feriado de Ação de Graças, as bolsas não operaram nos EUA ontem (28). O mercado reabriu hoje, em horário reduzido. Safra mundial - Nesta semana, a Cotlook ampliou em 200 mil tons a safra mundial 2024/25, chegando a 25,5 milhões tons. O consumo mundial ficou em 24,5 milhões tons (+120 mil tons a mais que o previsto em setembro). China 1 - A colheita da safra 2024/25 na China chega ao fim. O ritmo do beneficiamento, que cobriu mais de 60% da produção em Xinjiang, sinaliza que a safra pode superar as expectativas de produção. China 2 - Em out/24, a China importou 105,8 mil tons de algodão (-9,79% que set/24 e -63,26% abaixo de out/23). O Brasil forneceu 39,8% desse total, seguido pela Austrália (34,7%) e pelos EUA (12,4%). EUA - Em 24/nov, o USDA divulgou o último relatório de evolução da safra 2024/25, com a colheita alcançando 84% da área estimada. Japão 1 - A Uniqlo enfrenta críticas na internet chinesa. O CEO da Fast Retailing, sua empresa-mãe, declarou que a marca não usa algodão de Xinjiang – região chinesa acusada de trabalho forçado. Japão 2 - Terceira maior varejista de roupas do mundo, a japonesa Uniqlo tem 900 lojas na China – país que representa 20% de suas receitas. México - Nono maior importador de pluma do mundo, com 151 mil tons adquiridas em 2023/24, o México entra em rota de colisão com os EUA – o que pode representar oportunidades ao Brasil. MTLC 1 - A partir de domingo (01), a Abrapa se torna um dos 52 membros da coalizão Make the Label Count (em inglês: “Faça a etiqueta valer a pena”). A pauta é a defesa das fibras naturais (como o algodão) – leia: https://bit.ly/3OtUDrv. MTLC 2 - A MTLC defende que a União Europeia adote critérios científicos amplos para quantificar o impacto ambiental de fibras têxteis. O cálculo inicial não tem considerado, por exemplo, a poluição de microplásticos gerada pelos sintéticos. Pegada de carbono - Abrapa, Embrapa, Abiove e Bayer vão construir a referência nacional e os modelos regionais da pegada de carbono do algodão (caroço, pluma e óleo). A iniciativa, lançada nesta semana, tem prazo de 24 meses. Posse da Abrapa - Será na próxima quarta (4) a posse do Conselho de Administração e Fiscal da Abrapa para o biênio 2025/2026. Gustavo Piccoli sucede Alexandre Schenkel na presidência a partir de jan/25. Encontro dos Adidos Agrícolas - Nesta terça (26), o gerente financeiro da Abrapa, Francisco Lima Júnior, apresentou o programa Cotton Brazil a adidos agrícolas brasileiros em evento da ApexBrasil. Exportações - A exportação brasileira de algodão somou 215,4 mil tons até o início da 4ª semana de novembro. A média diária de embarque é 21,3% maior que a registrada no mesmo mês de 2023. Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (28), foram beneficiados no estado da BA (97%), GO (98,25%), MA (85%), MG (96%), MS (100%), MT (84,92%), PI (85,61%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 87,84%. Plantio 2024/25 - Até ontem (28), foram semeados nos estados da BA (12%), MG (5%), PR (60%) e SP (43%). Total Brasil: 2,6%. Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Quadro de cotações para 28_11 Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

Abrapa se une à coalizão internacional para defender qualidade do algodão natural
29 de Novembro de 2024

A partir de 1º de dezembro, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) será membro pleno da coalizão Make the Label Count, algo como ‘faça o rótulo valer’, na tradução para o português. O grupo internacional é formado por 52 organizações que representam produtores de fibras naturais e grupos ambientais que buscam reformular as regras da categoria da Pegada Ambiental de Produtos (PEFCR) para o setor têxtil na União Europeia. Ao aderir à coalizão, juntamente com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão, a Abrapa busca reafirmar o compromisso do Cotton Brazil em fortalecer e defender os benefícios ambientais de fibras naturais. Atualmente, a associação representa 99% de toda a área de algodão plantada no Brasil, 99% da produção e 100% da exportação. Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa, avalia que as PEFCR europeias estão mal projetadas e não atendem ao seu propósito. “No formato atual, favorecem injustamente as fibras sintéticas derivadas de combustíveis fósseis, enquanto classificam de forma inadequada o vestuário de fibras naturais como insustentável”, afirma em nota. Segundo ele, isso contraria o próprio objetivo da Diretiva de Alegações Verdes, que visa garantir declarações ‘confiáveis, credíveis e verificáveis’. As PEFCR fazem parte do método conhecido como PEF (Product Environmental Footprint) criado para garantir que as análises de impacto ambiental de produtos ao longo de seu ciclo de vida aconteçam, buscando resultados harmonizados e comparáveis. Entretanto, atualmente, as regras enfrentam críticas por favorecerem fibras sintéticas em detrimento das naturais. “Ao aderir à coalizão Make the Label Count, estamos comprometidos em corrigir essa grave situação antes que ela seja consolidada na legislação europeia”, destaca Schenkel. Para Elke Hortmeyer, vice porta-voz da Make the Label Count, a expertise da Abrapa com o Cotton Brazil fortalecerá a coalizão no esforço para garantir alegações de sustentabilidade justas e confiáveis para fibras naturais. “Além da importância socioeconômica da produção de matérias-primas para muitos agricultores de algodão, a metodologia PEF da UE precisa abordar adequadamente o impacto ambiental dos materiais derivados de petróleo, como o poliéster, que contribuem para enormes resíduos plásticos e liberam microplásticos em nossas águas e solos”, pontua Hortmeyer.

Abrapa discute cooperação regulatória Brasil-China em audiência com ministro Carlos Fávaro
29 de Novembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que integra a Aliança Agro para Acordo Bilateral em Biotecnologia Brasil-China, participou, na terça-feira (28), de uma audiência com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em seu gabinete. A reunião discutiu a intensificação da cooperação regulatória em biotecnologia agrícola entre os dois países, alinhando os avanços a partir dos acordos firmados durante o encontro bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping, no dia 20 de novembro, em Brasília. Além da Abrapa, estiveram presentes representantes da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra), Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e CropLife Brasil, entre outras entidades. Durante o encontro, foram apresentadas diretrizes para a proposta brasileira de cooperação, incluindo a busca por maior agilidade e harmonização nos processos regulatórios. As sugestões incluem o reconhecimento pela China das avaliações de risco realizadas no Brasil, submissões independentes para liberação comercial e comunicação regular entre os órgãos reguladores dos dois países, como a CTNBio (Brasil) e a NBC (China). De acordo com Edivandro Seron, consultor técnico da Abrapa, entre as ações destacadas da Aliança Agro está a criação de um roadmap de cooperação regulatória Brasil-China, que incluirá estudos sobre os impactos da demora na aprovação de tecnologias, seminários bilaterais sobre inovação e sustentabilidade, e missões técnicas para troca de experiências entre os dois países. “A proposta também prevê reuniões técnicas bilaterais regulares para fortalecer o intercâmbio científico e a criação de uma coalizão do setor privado para garantir alinhamento nas ações relacionadas ao acordo. Este diálogo é essencial para alinhar estratégias que beneficiem não apenas os dois países, mas também o comércio global de produtos agrícolas, garantindo competitividade e segurança alimentar”, afirmou. A audiência reforçou o compromisso das entidades da Aliança Agro Inovação em consolidar uma cooperação regulatória ágil e eficiente, promovendo o desenvolvimento de tecnologias agrícolas e o fortalecimento das relações comerciais entre Brasil e China, com foco em inovação e sustentabilidade.

Abrapa celebra aprovação do PL dos Bioinsumos como marco para a sustentabilidade do agro
29 de Novembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) comemorou a aprovação do Projeto de Lei 658/2021, que regulamenta e incentiva a produção de bioinsumos no Brasil. Aprovado pelo Plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 27 de novembro, o projeto agora segue para apreciação no Senado. Considerado uma das pautas prioritárias do Instituto Pensar Agropecuária (IPA) e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o PL promove avanços em produtividade, eficiência de recursos e desenvolvimento socioeconômico. “A aprovação desse projeto é um grande avanço, pois, sem ele, a produção de bioinsumos no Brasil poderia se tornar ilegal, a partir de dezembro. Essa regulamentação permite que os produtores estabeleçam suas próprias biofábricas, seguindo padrões técnicos, o que reduz custos no controle de pragas e doenças nas lavouras”, afirmou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa. O relator do projeto, deputado Sérgio Souza, ressaltou que o texto foi amplamente debatido com mais de 50 entidades do setor, incluindo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Anvisa e o Ibama. Souza destacou que a regulamentação oferece um ambiente legal que garante segurança para a pesquisa, indústria, produtores e usuários. O presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR), reforçou o esforço coletivo para a aprovação do PL e pontuou que a regulamentação atende às demandas globais por práticas agrícolas sustentáveis. “Essa é uma vitória para os produtores brasileiros e um passo importante para consolidar o país como líder em sustentabilidade no agro”, declarou. O mercado de bioinsumos no Brasil cresce a uma taxa anual de 21%, acima da média global, e movimentou R$ 5 bilhões, na safra 2023/2024. Mato Grosso lidera o consumo, com 33,4%, seguido por Goiás e Distrito Federal (13%) e São Paulo (9%). A regulamentação permitirá expandir ainda mais o uso de bioinsumos, que já são amplamente aplicados em culturas como soja, milho e cana-de-açúcar. Com regras claras e maior estímulo à pesquisa e inovação, o PL dos Bioinsumos representa um marco para a competitividade e sustentabilidade da agricultura brasileira, alinhando o país às demandas globais por práticas agrícolas responsáveis.