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Quem é o líder nas exportações de algodão?
06 de Dezembro de 2024O Brasil, líder global em exportações de algodão em 2024, prevê avanços significativos para a safra 2024/2025. Durante a 77ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do algodão e Derivados, realizada em Brasília, foram consolidados números da safra atual e discutidas projeções para o próximo ciclo. A produção beneficiada deve atingir 3,91 milhões de toneladas, representando um aumento de 5,8%. A área cultivada também será ampliada, com crescimento de 6,6%, chegando a 2,12 milhões de hectares. Apesar de uma leve redução na produtividade, o cenário geral segue otimista. Destaques incluem a expansão das áreas no Piauí (+47,1%) e Minas Gerais (+33,1%), enquanto os maiores produtores, Mato Grosso e Bahia, crescerão 5% e 10%, respectivamente. Novas frentes, como a associação estadual no Pará, reforçam a força do setor. No mercado internacional, as exportações para 2024/2025 estão estimadas em 2,8 milhões de toneladas, consolidando parcerias com mercados como China, Vietnã e Paquistão. Além dos desafios fitossanitários, como a ramulária e a mancha-alvo, tratados em estudos da Embrapa, o setor se beneficia de avanços na indústria têxtil. Em 2024, o segmento apresentou crescimento moderado na produção de têxteis e vestuário, mas enfrenta desafios como a alta carga tributária e a concorrência com importações. O foco na eficiência produtiva e na sustentabilidade é central para manter a competitividade global. Segundo Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa, a liderança brasileira reflete a soma de esforços entre produtores, indústria e apoio governamental. Em 2025, o objetivo será consolidar essa posição, apostando em qualidade, eficiência e controle de custos para garantir o retorno aos produtores e fortalecer a cotonicultura nacional.
Abrapa celebra posse da nova gestão e marcos históricos para a cotonicultura brasileira
06 de Dezembro de 2024Em um ano de marcos históricos importantes para a cotonicultura do Brasil, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) celebrou a posse de sua nova diretoria para o biênio 2025-2026, em uma cerimônia que reuniu aproximadamente 500 pessoas, entre lideranças do setor, representantes de entidades parceiras e autoridades públicas, na noite da quarta-feira (04), em Brasília-DF. Gustavo Viganó Piccoli, produtor de algodão no estado de Mato Grosso e ex-presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), assumiu a presidência da entidade, e lembrou a importância do momento para o setor, quando a Abrapa completa 25 anos, e o país se torna o maior exportador mundial da commodity. Dentre as autoridades políticas, estavam o assessor especial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Ernesto Augustin, conhecido como Teti, que representou o ministro Carlos Fávaro na ocasião, a senadora e ex-ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion, além de diversos parlamentares e políticos em geral. Em seu discurso de posse, Piccoli lembrou que o Brasil se tornou um player fundamental no mercado mundial de algodão, e que hoje “senta à mesa das decisões”, numa guinada histórica da condição de importador da fibra para a de maior exportador. “Embora essa conquista seja notável, ela não é um ponto de chegada, e sim um novo ponto de partida. Ela traz desafios proporcionais às nossas realizações, e sabemos que, para enfrentá-los, será indispensável fortalecer o compromisso com os pilares que nos mantiveram firmes: sustentabilidade, rastreabilidade, qualidade e promoção da fibra”, declarou Piccoli, enfatizando a importância da Abrapa para tornar possível o reposicionamento da atividade ao longo dos últimos vinte e cinco anos. Ainda em seu discurso, Piccoli reforçou a atenção para programas estratégicos da entidade, como o "Sou de Algodão", que promove a fibra no mercado interno, e o "Cotton Brazil", que trabalha para consolidar e abrir novos mercados no exterior. Ele reconheceu o apoio fundamental de parceiros como a ANEA e a ApexBrasil. “Em nome de todos os cotonicultores do Brasil, renovo o compromisso e enalteço o nosso apreço por estas entidades", acrescentou. Energia renovadora Alexandre Schenkel, presidente que encerra sua gestão em 31 de dezembro, também ressaltou os marcos alcançados pela entidade e a importância do trabalho coletivo que levou a Abrapa a um novo patamar, enfatizando a continuidade das gerações na produção de algodão como um indicador muito positivo. “Temos aqui uma energia renovadora, composta por jovens produtores que chegam com novas ideias e um compromisso com a evolução do nosso setor. Essa força, somada à experiência daqueles que já estão na estrada há mais tempo, garante que os próximos 30 anos da cotonicultura brasileira estarão em boas mãos", destacou Schenkel. “Quero expressar minha gratidão aos ex-presidentes da Abrapa, que se doaram pela associação e ajudaram a construir o que somos hoje: uma referência global”, disse. “Junto com a ANEA e a ApexBrasil, percorremos o mundo levando a mensagem do 'Think Cotton, Think Brazil'. Essa frase representa o nosso esforço coletivo de posicionar nosso país como um líder global na produção de algodão. Que essa mensagem continue ecoando, seja em fábricas aqui no Brasil ou em mercados distantes na Ásia.” Minibiografia - Gustavo Piccoli Gustavo Viganó Piccoli, nascido em Anchieta, Santa Catarina, em 11 de abril de 1965, mudou-se ainda jovem para o Mato Grosso. Filho de agricultores, foi pioneiro no cultivo de algodão no município de Sorriso, onde vive há mais de 40 anos. Com uma trajetória de 25 anos dedicados ao plantio de algodão, soja e milho, Piccoli tem uma sólida experiência no agronegócio e na liderança de classe, tendo presidido a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), e participado das diretorias de cooperativas agrícolas, como a Cooperativa Agropecuária Mista de Sorriso (COOAMI) e a Cooperativa Agro industrial do Centro Oeste (Coabra). Após dois mandatos como vice-presidente, assume a presidência da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com o compromisso de manter os altos padrões de credibilidade e sustentabilidade que consolidaram a entidade como referência no agronegócio brasileiro. Conselho de Administração Biênio 2025-2026 Gustavo Viganó Piccoli – Presidente Celestino Zanella – 1º Vice-Presidente Paulo Sérgio Aguiar – 2º Vice-Presidente Alexandre De Marco – 3º Vice-Presidente Carlos Alberto Moresco – 1º Secretário Luiz Carlos Bergamaschi – 2º Secretário Aurélio Pavinato – 1º Tesoureiro André Guilherme Sucolotti – 2º Tesoureiro
Abrapa celebra posse da nova gestão e marcos históricos para a cotonicultura brasileira
05 de Dezembro de 2024Em um ano de marcos históricos importantes para a cotonicultura do Brasil, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) celebrou a posse de sua nova diretoria para o biênio 2025-2026, em uma cerimônia que reuniu aproximadamente 500 pessoas, entre lideranças do setor, representantes de entidades parceiras e autoridades públicas, na noite da quarta-feira (04), em Brasília-DF. Gustavo Viganó Piccoli, produtor de algodão no estado de Mato Grosso e ex-presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), assumiu a presidência da entidade, e lembrou a importância do momento para o setor, quando a Abrapa completa 25 anos, e o país se torna o maior exportador mundial da commodity. Dentre as autoridades políticas, estavam o assessor especial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Ernesto Augustin, conhecido como Teti, que representou o ministro Carlos Fávaro na ocasião, a senadora e ex-ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion, além de diversos parlamentares e políticos em geral. Em seu discurso de posse, Piccoli lembrou que o Brasil se tornou um player fundamental no mercado mundial de algodão, e que hoje “senta à mesa das decisões”, numa guinada histórica da condição de importador da fibra para a de maior exportador. “Embora essa conquista seja notável, ela não é um ponto de chegada, e sim um novo ponto de partida. Ela traz desafios proporcionais às nossas realizações, e sabemos que, para enfrentá-los, será indispensável fortalecer o compromisso com os pilares que nos mantiveram firmes: sustentabilidade, rastreabilidade, qualidade e promoção da fibra”, declarou Piccoli, enfatizando a importância da Abrapa para tornar possível o reposicionamento da atividade ao longo dos últimos vinte e cinco anos. Ainda em seu discurso, Piccoli reforçou a atenção para programas estratégicos da entidade, como o "Sou de Algodão", que promove a fibra no mercado interno, e o "Cotton Brazil", que trabalha para consolidar e abrir novos mercados no exterior. Ele reconheceu o apoio fundamental de parceiros como a ANEA e a ApexBrasil. “Em nome de todos os cotonicultores do Brasil, renovo o compromisso e enalteço o nosso apreço por estas entidades", acrescentou. Energia renovadora Alexandre Schenkel, presidente que encerra sua gestão em 31 de dezembro, também ressaltou os marcos alcançados pela entidade e a importância do trabalho coletivo que levou a Abrapa a um novo patamar, enfatizando a continuidade das gerações na produção de algodão como um indicador muito positivo. “Temos aqui uma energia renovadora, composta por jovens produtores que chegam com novas ideias e um compromisso com a evolução do nosso setor. Essa força, somada à experiência daqueles que já estão na estrada há mais tempo, garante que os próximos 30 anos da cotonicultura brasileira estarão em boas mãos", destacou Schenkel. “Quero expressar minha gratidão aos ex-presidentes da Abrapa, que se doaram pela associação e ajudaram a construir o que somos hoje: uma referência global”, disse. “Junto com a ANEA e a ApexBrasil, percorremos o mundo levando a mensagem do 'Think Cotton, Think Brazil'. Essa frase representa o nosso esforço coletivo de posicionar nosso país como um líder global na produção de algodão. Que essa mensagem continue ecoando, seja em fábricas aqui no Brasil ou em mercados distantes na Ásia.” Minibiografia - Gustavo Piccoli Gustavo Viganó Piccoli, nascido em Anchieta, Santa Catarina, em 11 de abril de 1965, mudou-se ainda jovem para o Mato Grosso. Filho de agricultores, foi pioneiro no cultivo de algodão no município de Sorriso, onde vive há mais de 40 anos. Com uma trajetória de 25 anos dedicados ao plantio de algodão, soja e milho, Piccoli tem uma sólida experiência no agronegócio e na liderança de classe, tendo presidido a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), e participado das diretorias de cooperativas agrícolas, como a Cooperativa Agropecuária Mista de Sorriso (COOAMI) e a Cooperativa Agro industrial do Centro Oeste (Coabra). Após dois mandatos como vice-presidente, assume a presidência da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com o compromisso de manter os altos padrões de credibilidade e sustentabilidade que consolidaram a entidade como referência no agronegócio brasileiro. Conselho de Administração Biênio 2025-2026 Gustavo Viganó Piccoli – Presidente Celestino Zanella – 1º Vice-Presidente Paulo Sérgio Aguiar – 2º Vice-Presidente Alexandre De Marco – 3º Vice-Presidente Carlos Alberto Moresco – 1º Secretário Luiz Carlos Bergamaschi – 2º Secretário Aurélio Pavinato – 1º Tesoureiro André Guilherme Sucolotti – 2º Tesoureiro Conselho Fiscal Titulares Walter Yukio Horita – 1º Conselheiro Thomas Derks – 2º Conselheiro Guilherme Scheffer – 3º Conselheiro Suplentes Darci Agostinho Boff – 1º Conselheiro Amilton Bortolozzo – 2º Conselheiro Patrícia Kyoko Portolose Morinaga – 3º Conselheira Conselho Consultivo João Carlos Jacobsen Rodrigues Arlindo Moura Milton Garbugio Júlio Cézar Busato Alexandre Pedro Schenkel 05.12.2024 Imprensa Abrapa Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 98881-8064 Monise Centurion – Jornalista Assistente (17) 99611-8019 Simone Seara – Jornalista Assistente (71) 99197-9756
C&A vence prêmio de inovação sustentável com seu jeans rastreável que usa blockchain
05 de Dezembro de 2024A varejista C&A, criadora do Movimento ReCiclo e referência em sustentabilidade na indústria da moda, recebeu o Prêmio ECO AMCHAM 2024 de inovação sustentável pela oitava vez. Na terça-feira, 3, a empresa foi reconhecida pelo seu jeans rastreável com o uso de Blockchain, desenvolvido em parceria com o movimento Sou de Algodão por meio do Programa SouABR. Há 40 anos, a premiação da Câmara Americana de Comércio reconhece práticas do setor privado que impulsionam uma economia mais responsável. Com o uso de tecnologia de ponta, o jeans é rastreado em toda sua cadeia produtiva — do plantio do algodão nas fazendas até a chegada aos pontos de venda. A coleção foi lançada em 2023 e o cliente pode escanear o QR-Code para conferir todas as etapas da produção. Segundo a C&A, o reconhecimento reflete o compromisso da marca com a transparência e responsabilidade ambiental, além de conectar os consumidores com a sustentabilidade. Atualmente, 96% do algodão utilizado pela C&A é sustentável e 100% da energia consumida já é proveniente de fontes renováveis. Neste ano, o Movimento ReCiclo bateu uma o marco 109 toneladas de roupas destinadas para reciclagem desde que foi criado em 2017 — incluindo 29 toneladas em 2024. Só o Jeans Circular se transformou em 2 toneladas de roupas reaproveitadas. Paulo Correa, CEO da C&A Brasil, agradeceu aos parceiros e celebrou a conquista: "O projeto representa um marco na nossa jornada, ao trazer inovação para o setor e reforçar nossa missão de oferecer uma moda mais sustentável e transparente", escreveu em nota. Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) à frente do programa SouABR, também reforçou o compromisso da cadeia têxtil com a inovação, transparência e sustentabilidade. "A conquista, graças à parceria com a C&A, demonstra o poder da colaboração entre diferentes elos do setor para entregar ao consumidor final não apenas um produto, mas uma história completa de responsabilidade e rastreabilidade”, disse. Entre os outros projetos premiados da marca pela AMCHAM, estão: o Jeans Reciclado (2021), fruto do reaproveitamento de peças doadas pelo consumidor, e o Programa de Monitoramento Participativo (2019) — iniciativa voltada para fortalecer a relação com fornecedores e boas práticas na cadeia produtiva. Acesso em: https://exame.com/esg/ca-vence-premio-de-inovacao-sustentavel-com-seu-jeans-rastreavel-que-usa-blockchain/
Brasil deve continuar na liderança das exportações de algodão e projeta novos avanços na cotonicultura para 2025
05 de Dezembro de 2024Com a safra 2023/2024 praticamente finalizada – cerca de 90% da produção já está beneficiada – a 77ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, realizada em Brasília, nesta terça-feira (03), consolidou os números mais recentes do ciclo recém-colhido e antecipou as expectativas para 2024/2025. Este foi o quarto e último encontro da Câmara no ano de 2024, congregando produtores, indústria, exportadores e Governo, de forma presencial e online. A Câmara é presidida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e é uma iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Em 2025, as reuniões estão previstas para acontecer nos dias 19 de março, 30 de junho, 16 de setembro e 02 de dezembro. O Brasil, que este ano alcançou o posto de maior exportador mundial de algodão, deve manter a liderança em 2024/2025. A Abrapa prevê um aumento de aproximadamente 5,8% no volume de algodão beneficiado, devendo saltar de 3,69 milhões de toneladas, no ciclo anterior, para 3,91 milhões de toneladas, no próximo. A área destinada ao cultivo também deverá crescer, alcançando 2,12 milhões de hectares, o que representa um incremento de 6,6%.Embora ainda seja cedo para determinar a produtividade exata, as projeções iniciais da Abrapa e suas associações estaduais indicam que esta será discretamente inferior (-0,7%) à registrada na safra 2023/2024, quando o país colheu aproximadamente 1.844 kg de algodão por hectare. Entre os estados que mais expandirão suas áreas cultivadas com algodão estão Piauí, com crescimento de 47,1%, e Minas Gerais, com 33,1%. Mato Grosso e Bahia, nesta ordem, os dois maiores produtores de algodão no país, devem avançar 5% e 10%, respectivamente. Além disso, uma nova associação estadual está sendo solidificada para integrar a base da Abrapa, representando os cotonicultores do estado do Pará. Na região, as lavouras, que somavam 145 hectares em 2023/2024, crescerão para 500 hectares na próxima safra. “As reuniões da Câmara Setorial do Algodão do MAPA nos permitem uma visão ampla de cada elo da cadeia produtiva e do setor como um todo. Nós, produtores, além dos dados de safra, mostramos nossas necessidades em questão fitossanitária, apresentando soluções para melhorar ainda mais a eficiência da nossa produção lá no campo”, diz o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, lembrando que, em 2024, ano em que a entidade completou 25 anos de fundação, o país se tornou o maior exportador de algodão do mundo. “Essa conquista é a soma de todo o apoio entre a indústria, os exportadores, os produtores, e, especialmente, da parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), sem a qual não conseguiríamos alcançar este excelente resultado”, destaca Schenkel. Segundo o presidente, a perspectiva para o ano que vem é de “nos mantermos eficientes, cuidando dos detalhes, e, rigorosamente, do custo de produção, para que a gente ajude a garantir a remuneração do produtor”, afirma. Exportações De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), o Brasil exportou 945 mil toneladas de algodão até novembro de 2024. Para a safra 2024/2025, as projeções indicam exportações na faixa de 2,8 milhões de toneladas, consolidando o país como o maior exportador mundial de algodão. Os principais destinos das exportações brasileiras em 2024 foram China, Vietnã e Paquistão, seguidos por Bangladesh e Turquia. No mercado internacional, os preços futuros para dezembro de 2025 estão em US$ 0,7104/lb, com a demanda global mostrando sinais de recuperação. Segundo o USDA, o Brasil será o terceiro maior produtor mundial em 2024/2025, atrás de China e Índia, enquanto a China permanece como principal consumidor e importador. O presidente da Anea, Miguel Faus, destacou a recuperação da demanda e a importância de manter o foco na qualidade e logística: “Teremos uma safra grande, um mercado competitivo e muito trabalho pela frente, mas estamos confiantes de que alcançaremos nossos objetivos novamente”, enfatizou. No mercado doméstico, o preço médio foi de R$ 4,0654/lb, com a safra 2023/2024 colhida e beneficiada até fevereiro de 2025 apresentando qualidade superior ao ciclo anterior e rendimentos semelhantes. Cerca de 80% da safra já foi comercializada, mas a demanda interna segue enfraquecida devido à taxa de câmbio e aos juros elevados. Indústria têxtil: avanços e desafios A indústria têxtil e de confecção encerra 2024 “no azul”. Conforme Fernando Pimentel, presidente emérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), “não foi um ano espetacular, mas foi positivo”. Representando a Abit na reunião da Câmara Setorial, Oliver Tan Oh apresentou um panorama da conjuntura do setor no Brasil. Os dados indicaram crescimento na produção de têxteis (+3,6%) e vestuário (+1,7%) em relação ao ano anterior, enquanto as exportações caíram 5,6% e as importações cresceram quase 20%. O emprego no setor apresentou alta moderada, com 14,2 mil novas vagas no segmento têxtil e 16,5 mil na confecção. A confiança empresarial manteve-se com índices de 54,2% e 54,4%, respectivamente, em novembro de 2024. Para 2025, as expectativas são mistas, segundo a Abit. Cerca de 45% dos empresários do setor se mostram otimistas, mas desafios como falta de mão de obra qualificada (61%), instabilidade econômica (51%) e alta carga tributária (49%) ainda preocupam. Em contrapartida, as oportunidades incluem maior adoção de tecnologias, demanda por produtos sustentáveis e expansão de mercados. Os empresários planejam investimentos em maquinário e equipamentos (74%), tecnologia e automação (55%) e treinamento de pessoal (54%). Essas iniciativas buscam aumentar a competitividade frente aos desafios econômicos e às tendências globais de economia circular e personalização de produtos. Pimentel alertou para o impacto do aumento nas importações de vestuário, que crescem mais rápido que o consumo nacional. Ele ressaltou que, apesar das dificuldades, os investimentos no setor seguem firmes, com a aquisição de máquinas crescendo mais de 20% e consultas ao BNDES avançando mais de 40%. O presidente emérito da Abit não pôde participar da reunião da Câmara em função da agenda do lançamento da “Missão 1 Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais, para a segurança alimentar, nutricional e energética”, da qual participaram o presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente, Geraldo Alckimin. “Durante o evento, foi anunciado o nosso projeto e a meta de voltarmos a consumir 1 milhão de toneladas de algodão. Acredito que o Brasil tem – ou pode ter – uma vantagem competitiva internacional nessa cadeia de fibras naturais, onde o algodão se destaca pela sua sustentabilidade e qualidade”, enfatizou Pimentel. Fitossanidade em debate A ramulária e a mancha-alvo, duas das principais doenças que afetam o algodão no Brasil, foram tema de apresentação conduzida pelo pesquisador Fabiano Perina, da Embrapa, durante a reunião da Câmara Setorial. Ele destacou os resultados da Rede de Ensaios Cooperativos sobre Doenças do Algodoeiro. O trabalho foi realizado em parceria com instituições de pesquisa como Embrapa, Fundação Bahia e Fundação Chapadão, além de contar com o apoio de produtores locais, que disponibilizaram áreas para os experimentos. Os ensaios testaram diferentes fungicidas em 14 localidades nos estados da Bahia, Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul. Perina enfatizou a importância da rotação de fungicidas com diferentes modos de ação e da adaptação dos programas de controle às condições regionais e épocas de semeadura. “Essas ações são essenciais para evitar a resistência dos patógenos e garantir a sustentabilidade da produção. Os dados reforçam a necessidade de estratégias integradas entre pesquisa, setor público e produtores”, concluiu Perina. As soluções apresentadas prometem reduzir perdas econômicas e fortalecer a competitividade do algodão brasileiro no mercado global. Fonte: Abrapa Acesso em: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/algodao/389934-brasil-deve-continuar-na-lideranca-das-exportacoes-de-algodao-e-projeta-novos-avancos-na-cotonicultura-para-2025.html https://revistacultivar.com.br/noticias/brasil-deve-seguir-na-lideranca-das-exportacoes-de-algodao
Brasil deve continuar na liderança das exportações de algodão
05 de Dezembro de 2024Com a safra 2023/2024 quase concluída, a 77ª reunião da Câmara Setorial do Algodão, realizada em Brasília, apresentou os dados recentes e expectativas para 2024/2025. O Brasil, que se tornou o maior exportador mundial de algodão, deve manter essa posição, com um aumento projetado de 5,8% no volume beneficiado, passando de 3,69 milhões de toneladas para 3,91 milhões. A área cultivada deve crescer 6,6%, alcançando 2,12 milhões de hectares. Os estados com maior expansão são Piauí (47,1%) e Minas Gerais (33,1%). A nova associação no Pará aumentará a área cultivada de 145 para 500 hectares. O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, destacou a importância das reuniões para abordar as necessidades do setor e a parceria com a ApexBrasil. As exportações alcançaram 945 mil toneladas até novembro de 2024, com projeções de 2,8 milhões de toneladas para 2024/2025. Os principais destinos são China, Vietnã e Paquistão. No mercado interno, o preço médio foi de R$ 4,0654/lb, mas a demanda está enfraquecida devido a fatores econômicos. Na indústria têxtil, houve crescimento na produção de têxteis (3,6%) e vestuário (1,7%), mas as exportações caíram 5,6%. Para 2025, 45% dos empresários estão otimistas, apesar de desafios como falta de mão de obra e alta carga tributária. Estão previstos investimentos em tecnologia e treinamento. A fitossanidade do algodão, incluindo doenças como ramulária e mancha-alvo, foi debatida na reunião. O pesquisador Fabiano Perina ressaltou a importância de estratégias integradas para garantir a sustentabilidade da produção e reduzir perdas econômicas. Fonte: Abrapa Acesso em: https://agromais.uol.com.br/2024/12/04/brasil-deve-continuar-na-lideranca-das-exportacoes-de-algodao/
Gustavo Viganó Piccoli assume a presidência da Abrapa para o biênio 2025-2026
04 de Dezembro de 2024Nesta quarta-feira (04), a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) deu posse à nova diretoria, que conduzirá a entidade no biênio 2025-2026. Gustavo Viganó Piccoli, produtor de algodão em Mato Grosso e ex-presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), assumiu a presidência do Conselho de Administração da Abrapa. A nova gestão conta com Celestino Zanella, da Bahia, na vice-presidência, além de Paulo Sérgio Aguiar e Alexandre De Marco, ambos de Mato Grosso, ocupando cargos na diretoria. Carlos Alberto Moresco, de Goiás, e Luiz Carlos Bergamaschi, da Bahia, assumem como primeiro e segundo secretários, respectivamente. Aurélio Pavinato, representando o Maranhão, e André Guilherme Sucolotti, de Mato Grosso, completam a diretoria como primeiro e segundo tesoureiros. A cerimônia de posse foi o ponto alto da Assembleia Geral Extraordinária da Abrapa. Durante o evento, o atual presidente, Alexandre Schenkel, destacou a importância da renovação da liderança da entidade a cada dois anos, mencionando a chegada de novas gerações de cotonicultores à frente do setor. Ele também celebrou as conquistas de sua gestão, marcada pela ascensão do Brasil ao posto de maior exportador mundial de algodão, superando os Estados Unidos. Em sua fala após a aclamação como presidente, Gustavo Piccoli enfatizou a responsabilidade e a honra de liderar a Abrapa, além de agradecer aos colegas e à equipe que o antecedeu. “Muito obrigado pela confiança de vocês. Substituir o Alexandre aqui na presidência é um grande desafio. Esta diretoria fez um trabalho exemplar, viajando o mundo para promover o nosso algodão. Quero agradecer à equipe pela dedicação e aos companheiros que aceitaram o desafio dos próximos dois anos. Conto com todos vocês”, afirmou. A Assembleia Geral Extraordinária também teve como pauta o orçamento para 2025, a análise dos resultados dos programas e iniciativas desenvolvidos pela entidade no biênio que se encerra e a definição de estratégias para a próxima gestão. Na véspera (03), o Conselho de Administração da Abrapa realizou sua 4ª e última Sessão Ordinária do ano, na sede da entidade, em Brasília. O encontro abordou temas de interesse do setor e realizou um balanço dos avanços conquistados em 2024 nos pilares da associação: rastreabilidade, sustentabilidade, qualidade e promoção do algodão brasileiro. Durante a reunião, o grupo recebeu uma visita especial do governador da Bahia, estado que é o segundo maior produtor de algodão do Brasil, Jerônimo Rodrigues. Ele foi presenteado pela Abapa (Associação Baiana dos Produtores de Algodão) com um quadro contendo uma foto do último dia de campo realizado no estado. Conselho de Administração Biênio 2025-2026 Gustavo Viganó Piccoli – Presidente Celestino Zanella – 1º Vice-Presidente Paulo Sérgio Aguiar – 2º Vice-Presidente Alexandre De Marco – 3º Vice-Presidente Carlos Alberto Moresco – 1º Secretário Luiz Carlos Bergamaschi – 2º Secretário Aurélio Pavinato – 1º Tesoureiro André Guilherme Sucolotti – 2º Tesoureiro Conselho Fiscal Titulares Walter Yukio Horita – 1º Conselheiro Thomas Derks – 2º Conselheiro Guilherme Scheffer – 3º Conselheiro Suplentes Darci Agostinho Boff – 1º Conselheiro Amilton Bortolozzo – 2º Conselheiro Patrícia Kyoko Portolose Morinaga – 3º Conselheira Conselho Consultivo · João Carlos Jacobsen Rodrigues · Arlindo Moura · Milton Garbugio · Júlio Cézar Busato · Alexandre Pedro Schenkel
CBRA destaca avanços no controle de qualidade do algodão brasileiro em reunião de laboratórios
04 de Dezembro de 2024A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) realizou, em 04 de dezembro, uma reunião com o Grupo de Trabalho de Laboratórios para avaliar os resultados do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) safra 2023/24, além das atividades desenvolvidas pelo Centro Brasileiro de Classificação de Algodão (CBRA) e da adesão crescente dos produtores habilitados ao sistema. O encontro também abordou o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB), as visitas técnicas e os treinamentos realizados ao longo do ano. Participaram também auditores fiscais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pesquisadores, que contribuíram para as discussões sobre as perspectivas de trabalho para a safra 2024/25, considerando o aumento projetado de 5,8% no volume de algodão beneficiado para o próximo ciclo. De acordo com o gestor do Programa SBRHVI, Edson Mizoguchi, foram realizadas até hoje 80.119 checagens, representando 88% do total estimado. A taxa de checagem atingiu níveis expressivos, com 98% de estabilidade em 10 dos 12 laboratórios envolvidos, sendo que alguns já alcançaram 99%. “O desempenho dos laboratórios foi excepcional, refletindo anos de melhorias e investimentos. Nossa média inicial, que há cinco anos era de 91%, hoje se aproxima de 98%, um avanço exponencial que reforça a credibilidade do setor no cenário global”, destacou. A reunião também abordou a implementação de um novo sistema de referência, previsto para 2025, que incluirá relatórios detalhados e alertas de qualidade automatizados. Além disso, foi discutida a adoção de novas ferramentas tecnológicas, como sistemas de monitoramento por operador e equipamentos mais precisos, que permitirão identificar tendências e otimizar processos de análise. Análise de qualidade Entre as características intrínsecas da fibra avaliadas nas análises de HVI, os participantes destacaram desafios como pegajosidade, fibras curtas e contaminação por plásticos e seed coat, que impactam diretamente a competitividade do algodão brasileiro no mercado internacional. No ciclo 2023/24, houve avanços em índices como resistência, comprimento UHML, uniformidade, índice de fibras curtas e grau de reflexão, embora o micronaire tenha apresentado piora. Segundo os pesquisadores Jean Belot, do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt) e João Paulo, da Embrapa Algodão, as condições climáticas da safra favoreceram o aumento das populações de mosca branca, tanto na soja quanto no algodão de segunda safra. A Abrapa reforçou a importância de mitigar esses problemas por meio da adoção de protocolos mais rigorosos e da ampliação de treinamentos técnicos em laboratórios e junto aos produtores. Novos protocolos A implementação de novos parâmetros para o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB) e o fortalecimento da rastreabilidade foram identificados como prioridades para o próximo ciclo. Cid Alexandre Rozo, auditor federal agropecuário do ministério, destacou a importância do acompanhamento diário das práticas operacionais dos funcionários para garantir a execução adequada do equipamento de HVI. Foi discutida a implementação de sistema que permita registrar e monitorar o peso de todas as malas de amostras, com integração direta aos laboratórios. Essa medida visa aumentar a precisão nos resultados e garantir maior controle sobre os processos envolvidos na classificação de pluma. “Houve problemas, mas, de forma geral, dos 12 laboratórios, 11 apresentaram resultados de confiabilidade superiores aos do ano passado. Alguns pontos ainda necessitam de ajustes, mas, no conjunto, os resultados foram positivos. Por isso, gostaria de parabenizar a todos pelo excelente trabalho realizado”, afirmou. Foram propostas ações voltadas para a capacitação das equipes, incluindo a realização de workshops e a criação de vídeos educativos que disseminem as melhores práticas operacionais. Além disso, a Abrapa planeja reforçar o uso de ferramentas digitais nos laboratórios para automatizar etapas críticas, otimizar processos e evitar inconsistências.