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Indústria têxtil mundial fica impressionada com algodão brasileiro
01 de Agosto de 2024Profissionalismo e sustentabilidade do algodão em Mato Grosso chamam a atenção na Missão Compradores; comitiva recepcionada pela Abrapa traz executivos de oito países A cada edição da “Missão Compradores”, intercâmbio comercial em que a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) recebe importadores de algodão no Brasil, o generalismo a respeito da cotonicultura brasileira é substituído por uma visão mais realista do cotidiano no campo. Em sua oitava edição, a iniciativa reúne 21 representantes da indústria têxtil mundial e, na primeira etapa, o destaque foi o profissionalismo na gestão das fazendas e as boas práticas ambientais. Neste ano, a comitiva recepcionada pela Abrapa traz executivos de oito países: Bangladesh, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Honduras, Índia, Paquistão e Turquia. Culturas, idiomas e realidades bem diferentes dos brasileiros – o que torna ainda mais útil “abrir a porteira” das fazendas aos importadores. “Dos 21 representantes das indústrias têxteis mundiais que estão conosco, 19 visitam pela primeira vez nosso País. É uma bela oportunidade de mostrar na prática nosso compromisso com as pessoas, o ambiente e a qualidade”, ponderou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa. Para Faizah Mahmoot, de Bangladesh, a oportunidade teve efeito duplo. A visita à fazenda Bom Futuro, em Campo Verde (MT), na terça (30) foi a primeira vez em uma lavoura de algodão. “Conhecemos desde a colheita até o beneficiamento. Vimos como classificam o algodão e os programas sociais e ambientais que o grupo tem. Foi uma experiência ótima”, comentou. Na Bom Futuro, destaque para a verticalização da produção. Além da algodoeira, a propriedade tem uma biofábrica de defensivos biológicos e uma indústria esmagadora – que produz óleo de algodão. Ainda em Campo Verde, a comitiva conheceu a Cooperfibra, cooperativa que é fiação e tem também um laboratório de classificação de algodão. Lá, um dos atrativos foi ver os diferentes tipos de fios que podem ser confeccionados a partir do algodão brasileiro. Boas práticas. Na segunda (29), a comitiva visitou a fazenda Boa Esperança, em Lucas do Rio Verde (MT). “É uma propriedade com uma preocupação muito forte com o bem-estar dos colaboradores, além de ter boas práticas ambientais. Aqui, foram reflorestadas muitas áreas com árvores frutíferas, palmeiras e outras espécies para ampliar a área preservada para além do que exige a legislação”, explicou Schenkel. Com 33 mil hectares destinados ao plantio de algodão na safra 2023/24, a Boa Esperança produz em área de sequeiro, sem irrigação – assim como 92% da produção nacional. Outro diferencial é o grande uso de compostagem (resíduos orgânicos que contribuem para a nutrição do solo), reduzindo a necessidade de fertilizantes minerais. Além disso, 100% do manejo é feito com controle biológico associado ao químico. Durante a visita, era dia de colheita, atividade que Raza Ellahi, da Turquia, acompanhou de perto. “O que mais chamou a atenção foi a eficiência na colheita, com máquinas de última geração e pessoas capacitadas. Conversei com os gestores da fazenda para entender como eles dividem os talhões, escolhem as variedades e organizam as máquinas para colher”, disse ela. Já a chinesa Sarah Hong destacou o grau de profissionalismo encontrado. “Fiquei impressionada com o quanto a operação de colheita é bem estruturada. A separação dos lotes de algodão é feita desde o início das atividades. Isso é muito importante porque nós, compradores, precisamos de lotes uniformes para extrairmos o máximo da capacidade produtiva da fiação”, explicou Hong. Toda a pluma produzida na fazenda Boa Esperança é destinada à exportação e a rastreabilidade da produção abrange todas as etapas produtivas – do plantio da semente até a chegada dos fardos ao contêiner que seguirá aos portos. No domingo (28), foi realizado um workshop sobre a cotonicultura brasileira. O evento foi aberto pelo presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, e contou com a presença do produtor e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi. “Aqui, em Mato Grosso, cultivamos com responsabilidade e eficiência. E temos potencial para expandir a produção: basta haver demanda”, afirmou o presidente da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa), Eraí Maggi. O diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, apresentou uma visão geral sobre os principais ativos do algodão brasileiro (qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade). Fernando Rati, gestor do Cotton Brazil, mostrou dados atualizados sobre a produção de algodão em Mato Grosso e o diretor da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), Ariel Coelho, traçou um diagnóstico do mercado nacional e internacional da fibra. Na safra 2023/24, a previsão é de que o Brasil produza cerca de 3,7 milhões de toneladas de pluma, com exportações estimadas em cerca de 2,6 milhões de toneladas. Agenda. Nos próximos dias, a “Missão Compradores” passará pelos municípios baianos de São Desidério e Luís Eduardo Magalhães, por Cristalina, em Goiás, até a sede da Abrapa, em Brasília (DF). Estão programadas visitas técnicas ao Centro de Análise de Fibras da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e ao Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), estrutura coordenada pela Abrapa. Saiba mais. A “Missão Compradores” está em sua oitava edição em 2024 e integra o escopo de ações do Cotton Brazil, iniciativa que representa internacionalmente o setor produtivo do algodão brasileiro. Coordenado pela Abrapa, o programa é realizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e tem apoio da Anea. A missão é realizada em conjunto com as associações estaduais de produtores de algodão de Mato Grosso (Ampa), Bahia (Abapa) e Goiás (Agopa).
Comitiva internacional destaca a sustentabilidade do algodão produzido em Mato Grosso
01 de Agosto de 2024A cada edição da “Missão Compradores”, intercâmbio comercial em que a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) recebe importadores de algodão no Brasil, o generalismo a respeito da cotonicultura brasileira é substituído por uma visão mais realista do cotidiano no campo. Em sua oitava edição, a iniciativa reúne 21 representantes da indústria têxtil mundial e, na primeira etapa, o destaque foi o profissionalismo na gestão das fazendas e as boas práticas ambientais. Neste ano, a comitiva recepcionada pela Abrapa traz executivos de oito países: Bangladesh, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Honduras, Índia, Paquistão e Turquia. Culturas, idiomas e realidades bem diferentes dos brasileiros – o que torna ainda mais útil “abrir a porteira” das fazendas aos importadores. “Dos 21 representantes das indústrias têxteis mundiais que estão conosco, 19 visitam pela primeira vez nosso País. É uma bela oportunidade de mostrar na prática nosso compromisso com as pessoas, o ambiente e a qualidade”, ponderou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa. Para Faizah Mahmoot, de Bangladesh, a oportunidade teve efeito duplo. A visita à fazenda Bom Futuro, em Campo Verde (MT), na terça (30) foi a primeira vez em uma lavoura de algodão. “Conhecemos desde a colheita até o beneficiamento. Vimos como classificam o algodão e os programas sociais e ambientais que o grupo tem. Foi uma experiência ótima”, comentou. Na Bom Futuro, destaque para a verticalização da produção. Além da algodoeira, a propriedade tem uma biofábrica de defensivos biológicos e uma indústria esmagadora – que produz óleo de algodão. Ainda em Campo Verde, a comitiva conheceu a Cooperfibra, cooperativa que é fiação e tem também um laboratório de classificação de algodão. Lá, um dos atrativos foi ver os diferentes tipos de fios que podem ser confeccionados a partir do algodão brasileiro. Boas práticas Na segunda (29), a comitiva visitou a fazenda Boa Esperança, em Lucas do Rio Verde (MT). “É uma propriedade com uma preocupação muito forte com o bem-estar dos colaboradores, além de ter boas práticas ambientais. Aqui, foram reflorestadas muitas áreas com árvores frutíferas, palmeiras e outras espécies para ampliar a área preservada para além do que exige a legislação”, explicou Schenkel. Com 33 mil hectares destinados ao plantio de algodão na safra 2023/24, a Boa Esperança produz em área de sequeiro, sem irrigação – assim como 92% da produção nacional. Outro diferencial é o grande uso de compostagem (resíduos orgânicos que contribuem para a nutrição do solo), reduzindo a necessidade de fertilizantes minerais. Além disso, 100% do manejo é feito com controle biológico associado ao químico. Durante a visita, era dia de colheita, atividade que Raza Ellahi, da Turquia, acompanhou de perto. “O que mais chamou a atenção foi a eficiência na colheita, com máquinas de última geração e pessoas capacitadas. Conversei com os gestores da fazenda para entender como eles dividem os talhões, escolhem as variedades e organizam as máquinas para colher”, disse ela. Já a chinesa Sarah Hong destacou o grau de profissionalismo encontrado. “Fiquei impressionada com o quanto a operação de colheita é bem estruturada. A separação dos lotes de algodão é feita desde o início das atividades. Isso é muito importante porque nós, compradores, precisamos de lotes uniformes para extrairmos o máximo da capacidade produtiva da fiação”, explicou Hong. Toda a pluma produzida na fazenda Boa Esperança é destinada à exportação e a rastreabilidade da produção abrange todas as etapas produtivas – do plantio da semente até a chegada dos fardos ao contêiner que seguirá aos portos. Workshop No domingo (28), foi realizado um workshop sobre a cotonicultura brasileira. O evento foi aberto pelo presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, e contou com a presença do produtor e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi. “Aqui, em Mato Grosso, cultivamos com responsabilidade e eficiência. E temos potencial para expandir a produção: basta haver demanda”, afirmou o presidente da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa), Eraí Maggi. O diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, apresentou uma visão geral sobre os principais ativos do algodão brasileiro (qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade). Fernando Rati, gestor do Cotton Brazil, mostrou dados atualizados sobre a produção de algodão em Mato Grosso e o diretor da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), Ariel Coelho, traçou um diagnóstico do mercado nacional e internacional da fibra. Na safra 2023/24, a previsão é de que o Brasil produza cerca de 3,7 milhões de toneladas de pluma, com exportações estimadas em cerca de 2,6 milhões de toneladas. Agenda Nos próximos dias, a “Missão Compradores” passará pelos municípios baianos de São Desidério e Luís Eduardo Magalhães, por Cristalina, em Goiás, até a sede da Abrapa, em Brasília (DF). Estão programadas visitas técnicas ao Centro de Análise de Fibras da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e ao Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), estrutura coordenada pela Abrapa.
Abrapa participa de debate sobre o futuro da cotonicultura brasileira, em Cuiabá
01 de Agosto de 2024O Brasil é, hoje, o maior exportador de algodão do mundo. Para assegurar o sucesso das próximas safras e debater o futuro da cotonicultura no país, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) se uniu a um time de especialistas e participou, em 31 de julho, do XVI Encontro Técnico do Algodão, realizado em Cuiabá (MT). O evento, promovido pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), reuniu pesquisadores e mais de 350 participantes de 11 estados, além de inscritos online. O diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, participou do painel de abertura, que abordou os desafios, oportunidades e o futuro da cotonicultura. Entre os palestrantes convidados estavam o economista e sociólogo Marcos Troyjo e o CEO do Grupo Locks, Samuel Locks. Na sequência, ocorreu um painel com foco em Sistemas de Produção. “Atualmente, a área destinada ao plantio é duas vezes menor do que no passado, mas produzimos seis vezes mais algodão no Brasil em comparação com a década de 70. Esse resultado reflete a base do desenvolvimento da nossa cotonicultura: tecnologia e produtividade. O cultivo da fibra ocupa apenas 0,2% do território nacional, o que contribui para a preservação do meio ambiente”, afirmou Portocarrero. Foram apresentadas as transformações do setor ao longo dos anos e os avanços que resultaram em uma mudança de paradigma, elevando o país de segundo maior importador de algodão para o maior exportador global da fibra. “Esse êxito é um reflexo do esforço de todos os produtores e do trabalho da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) na promoção internacional. Os associados da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) também desempenharam um papel importante, destacando a excelente qualidade e a sustentabilidade do algodão brasileiro. Esse esforço foi fundamental para o nosso reconhecimento”, destacou. Ele ainda pontuou o trabalho desenvolvido pela Abrapa, que este ano completa 25 anos à frente da representação dos cotonicultores brasileiros. E ressaltou os programas estratégicos da associação nas áreas de promoção, sustentabilidade, rastreabilidade e qualidade. O setor cresceu enfrentando crises, adaptando-se e avançando em questões estratégicas, com investimentos, pesquisa, inovação, profissionalismo e organização. “Hoje, o algodão brasileiro é produzido com responsabilidade social e ambiental, e possui rastreabilidade completa, desde a semente até o produto final”, disse Portocarrero. Programação O XVI Encontro Técnico do Algodão terminará no dia 02 de agosto, com uma agenda que inclui oito painéis focados em aspectos técnicos da cultura do algodão. O dia 01 será dedicado à retrospectiva da safra 23/24. Marcio Souza, coordenador de projetos e difusão de tecnologia do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMA-MT), mediará o relato de produtores das regiões Norte, Médio Norte, Sul e Oeste de Mato Grosso, além do estado da Bahia. Também serão discutidos temas como clima, fisiologia das plantas, pragas, o bicudo do algodoeiro e o controle de fitonematoides. No último dia do evento, haverá um painel dedicado ao "Cenário de Doenças na Cultura do Algodoeiro", com ênfase em manchas foliares. Em seguida, o encontro será encerrado com um painel sobre as melhores práticas e novas propostas para o manejo das plantas daninhas no algodoeiro.
Abrapa, IPA e FPA se mobilizam para inclusão do óleo de algodão na cesta básica da reforma tributária
31 de Julho de 2024A inclusão do óleo de algodão, o segundo mais consumido no Brasil, na cesta básica da reforma tributária para isenção de tributos foi discutida nas assembleias do Instituto Pensar Agropecuária (IPA) e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), realizadas em Brasília no dia 30 de julho. No início do mês, a Câmara dos Deputados concluiu a votação do Projeto de Lei Complementar 68/24, que regulamenta a reforma tributária. Entre as várias alterações em relação ao projeto original do Poder Executivo, destaca-se a inclusão apenas do óleo de soja e do óleo de milho na cesta básica, uma omissão que passou despercebida. A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o IPA e a FPA estão trabalhando para corrigir essa falha no Senado, antes que o projeto siga para sanção presidencial. “Anteriormente, todos os óleos eram classificados genericamente como óleos vegetais, mas a isenção de impostos foi aprovada apenas para o óleo de soja e o óleo de milho. Estamos trabalhando junto ao IPA, à FPA e ao Senado para que o óleo de algodão também seja incluído na cesta básica. Contamos com o apoio da senadora Tereza Cristina e do senador Ireneu Orth”, afirmou Júlio Cézar Busato, conselheiro consultivo da Abrapa e vice-presidente do IPA. Segundo ele, a prioridade é atuar no Senado para corrigir essa omissão e garantir a inclusão do óleo de algodão na cesta básica. “Isso permitirá que o produto feito à base do caroço de algodão também se beneficie da isenção fiscal”, explicou. O presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion, participou da reunião online devido à sua agenda no Paraná, que incluía ações relacionadas à reintegração de posse por agricultores, devido ao aumento de invasões de terras, especialmente nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e sul da Bahia. A reforma tributária regulamenta diversos aspectos da cobrança do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), da Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto Seletivo (IS), que substituirão o PIS, a Cofins, o ICMS, o ISS e parcialmente o IPI. Entre os alimentos que passarão a ter as alíquotas de impostos reduzidas a zero, estão: arroz; feijão; leites e fórmulas infantis; manteiga; margarina; frutas, legumes e verduras; ovos; café; óleo de soja; farinha de mandioca; farinha, cuscuz e flocos de milho; farinha de trigo; açúcar; macarrão; e pão comum. Além da discussão de temas relevantes da atualidade, os membros do IPA e do FPA também participaram de palestras sobre a situação geopolítica do país e as ameaças e oportunidades para o agro no cenário internacional. O IPA congrega representantes das cadeias produtivas do agro brasileiro, da produção à indústria. A entidade discute e elenca as pautas prioritárias para o desenvolvimento agropecuário e subsidia, com informações, a FPA, que as defende no Congresso Nacional.
Nutrição do algodoeiro é tema de workshop no 14° CBA
31 de Julho de 2024A nutrição do algodoeiro será o tema central do workshop 4, que acontecerá no último dia do 14° Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). No encontro, especialistas evidenciarão que a adubação e nutrição do algodoeiro estão diretamente relacionadas ao permitir que os materiais genéticos da cultura tenham condições de expressar seus potenciais produtivos conforme os ambientes de produção. “Para cada condição de solo e ambiente há a necessidade de fazer diagnósticos específicos, existindo estratégias diferentes. As respostas não são lineares porque há questões econômicas envolvidas. Por isso, o workshop 4 irá abordar, também, as eficiências técnicas e econômicas”, explica o coordenador do encontro, Leandro Zancanaro, sócio proprietário da Origens Parcerias Agrícolas. Zancanaro tem a expectativa de fazer com que as pessoas reflitam que, neste tema, há conceitos fundamentais que sempre foram atuais e que fornecem as diretrizes para o diagnóstico e elaboração das estratégias futuras. “Espero que o público tenha condições de interagir em relação ao que o conhecimento sobre a fisiologia associado à nutrição tem de novo, com comprovação científica”, afirma. Palestras Quem abrirá o debate será o palestrante Álvaro Vilela Resende, da Embrapa Milho e Sorgo. Ele falará sobre conceitos de fertilidade no perfil do solo. Doutor em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), ele é pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, na cidade de Sete Lagoas (MG), onde desenvolve pesquisas em manejo da fertilidade do solo e adubação, visando o uso eficiente de nutrientes em solos de fertilidade construída. A palestra seguinte será proferida pelo professor do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), Evandro Fagan, que abordará os aspectos fisiológicos que interferem na eficiência nutricional do algodoeiro. Fagan é graduado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria, tem mestrado em Agronomia pela mesma universidade, e doutorado em Produção Vegetal pela Escola superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Atualmente é professor da UNIPAM, além de ministrar aulas de Fisiologia, Nutrição e Desenvolvimento de Plantas em cursos de especialização da ESALQ/USP. Na sequência, o coordenador de Solos e Pesquisa do Setor de Planejamento Agrícola, da SLC Agrícola, Marquel Jonas Holzschuh, falará sobre solos, ambientes de produção e fertilização do algodoeiro. Graduado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ele tem mestrado em Ciência do Solo pela UFSM e Doutorado em Ciência do Solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Possui experiência em agronomia e pesquisa agrícola, com ênfase em correção, fertilidade e manejo do solo; adubação e nutrição de plantas. Leandro Zancanaro encerra o encontro com a palestra “Uso racional de fertilizantes: se adaptar a diversidade de situações”. Ele explica que essa adaptação depende do diagnóstico correto e conhecimento com base científica aplicado a uma atividade com o uso da tecnologia. “Tecnologia não tem a ver com o que é usado de insumos ou ferramentas, por mais sofisticadas que sejam, e sim, com o conhecimento”, acredita. Engenheiro Agrônomo formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ele tem mestrado em Ciência do Solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Atualmente é sócio proprietário da Origens Parcerias Agrícolas, que trabalha com pesquisa nas áreas de solos, sistemas de produção, e consultoria nos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.
Laboratórios de análise de algodão da Ampasul e Agopa são aprovados em visita técnica do CBRA, em julho
31 de Julho de 2024Em julho, o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), deu início às visitas deste ano para aplicação do protocolo de Verificação e Diagnóstico de Conformidade do Laboratório (VDCL), como parte do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI). A maratona começou pelo laboratório da Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul), no dia 23, e, posteriormente, foi realizada no Laboratório de Classificação Visual e Tecnológica da Fibra de Algodão da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), no dia 30. “Até outubro, os 12 laboratórios participantes do SBRHVI serão visitados para avaliação do cumprimento dos 42 itens da lista VDCL. Após as verificações, serão feitas recomendações para eventuais melhorias, visando assegurar que todos estejam plenamente em conformidade com o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB)”, afirma o gestor dos programas de qualidade da Abrapa, Edson Mizoguchi. Os requisitos para o laboratório participar do programa SBHVI englobam a parte estrutural, como, a climatização, os instrumentos de ensaio do HVI, a documentação e os registros de manutenção. O resultado confirma se o laboratório está operando com processos padronizados e se os dados obtidos nos ensaios com a pluma são precisos e transparentes. O trabalho do CBRA é orientar as unidades que serão, em outro momento, auditadas pelos fiscais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). “Nosso laboratório apresentou um Sistema de Gestão de Qualidade e se prepara para a acreditação junto ao CGCRE do Inmetro pela NBR ISO IEC 17025 no escopo de análise de HVI para as características micronaire, comprimento UHML, resistência em gramas por tex, índice de uniformidade, grau de brilho e de amarelamento”, afirma Renato Marinho de Souza, gerente do laboratório da Ampasul, que fica na cidade de Chapadão do Sul (MS). Nesta safra, a previsão do gestor é realizar 650 mil análises, um aumento de 57% em relação à safra 2022/23. Segundo ele, o estado sul-mato-grossense tem apresentado uma qualidade excelente nas principais características do algodão. Para Rhudson Assolari, gerente do Laboratório de Classificação Visual e Tecnologia da Fibra de Algodão da Agopa, localizado no município de Goiânia (GO), a visita do CBRA é importante para avaliar toda operação, do início da chegada das amostras até as análises efetivadas. “Além disso, colocamos em operação uma nova máquina HVI-Classing Q Pro, considerada a modernização em termos de análise de algodão no Brasil. Ela é mais rápida do que a HVI-1000, o que aumenta a estabilidade das medições e reduz a influência do operador ao longo do tempo”, diz. O laboratório da Agopa já possui um Sistema de Gestão da Qualidade implementado, além da acreditação na NBR ISO IEC 17025 pela CGCRE do Inmetro. “A nova máquina adquirida tem como objetivo aumentar a produtividade e reduzir a influência operacional nos ensaios”, explica o especialista em qualidade do algodão, Deninson Lima, do CBRA, que realizou a conferência no local. A verificação é uma parte fundamental do programa do SBRHVI, que visa orientar os laboratórios nacionais. Outros dois pilares são: o CBRA e o Banco da Qualidade do Algodão Brasileiro. Os próximos encontros serão no mês de agosto, na Central de Classificação de Fibra de Algodão - Minas Cotton, em Uberlândia; no Laboratório de Classificação de Algodão BV Kuhlmann, em Rondonópolis e no Laboratório Petrovina, em Pedra Preta ; no Laboratório de Classificação Instrumental da Unicotton, em Primavera do Leste e no da Cooperfibra, ambos em Campo Verde.
Profissionalismo e sustentabilidade do algodão em MT chamam atenção na Missão Compradores
31 de Julho de 2024A cada edição da “Missão Compradores”, intercâmbio comercial em que a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) recebe importadores de algodão no Brasil, o generalismo a respeito da cotonicultura brasileira é substituído por uma visão mais realista do cotidiano no campo. Em sua oitava edição, a iniciativa reúne 21 representantes da indústria têxtil mundial e, na primeira etapa, o destaque foi o profissionalismo na gestão das fazendas e as boas práticas ambientais. Neste ano, a comitiva recepcionada pela Abrapa traz executivos de oito países: Bangladesh, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Honduras, Índia, Paquistão e Turquia. Culturas, idiomas e realidades bem diferentes dos brasileiros – o que torna ainda mais útil “abrir a porteira” das fazendas aos importadores. “Dos 21 representantes das indústrias têxteis mundiais que estão conosco, 19 visitam pela primeira vez nosso País. É uma bela oportunidade de mostrar na prática nosso compromisso com as pessoas, o ambiente e a qualidade”, ponderou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa. Para Faizah Mahmoot, de Bangladesh, a oportunidade teve efeito duplo. A visita à fazenda Bom Futuro, em Campo Verde (MT), na terça (30) foi a primeira vez em uma lavoura de algodão. “Conhecemos desde a colheita até o beneficiamento. Vimos como classificam o algodão e os programas sociais e ambientais que o grupo tem. Foi uma experiência ótima”, comentou. Na Bom Futuro, destaque para a verticalização da produção. Além da algodoeira, a propriedade tem uma biofábrica de defensivos biológicos e uma indústria esmagadora – que produz óleo de algodão. Ainda em Campo Verde, a comitiva conheceu a Cooperfibra, cooperativa que é fiação e tem também um laboratório de classificação de algodão. Lá, um dos atrativos foi ver os diferentes tipos de fios que podem ser confeccionados a partir do algodão brasileiro. Boas práticas Na segunda (29), a comitiva visitou a fazenda Boa Esperança, em Lucas do Rio Verde (MT). “É uma propriedade com uma preocupação muito forte com o bem-estar dos colaboradores, além de ter boas práticas ambientais. Aqui, foram reflorestadas muitas áreas com árvores frutíferas, palmeiras e outras espécies para ampliar a área preservada para além do que exige a legislação”, explicou Schenkel. Com 33 mil hectares destinados ao plantio de algodão na safra 2023/24, a Boa Esperança produz em área de sequeiro, sem irrigação – assim como 92% da produção nacional. Outro diferencial é o grande uso de compostagem (resíduos orgânicos que contribuem para a nutrição do solo), reduzindo a necessidade de fertilizantes minerais. Além disso, 100% do manejo é feito com controle biológico associado ao químico. Durante a visita, era dia de colheita, atividade que Raza Ellahi, da Turquia, acompanhou de perto. “O que mais chamou a atenção foi a eficiência na colheita, com máquinas de última geração e pessoas capacitadas. Conversei com os gestores da fazenda para entender como eles dividem os talhões, escolhem as variedades e organizam as máquinas para colher”, disse ela. Já a chinesa Sarah Hong destacou o grau de profissionalismo encontrado. “Fiquei impressionada com o quanto a operação de colheita é bem estruturada. A separação dos lotes de algodão é feita desde o início das atividades. Isso é muito importante porque nós, compradores, precisamos de lotes uniformes para extrairmos o máximo da capacidade produtiva da fiação”, explicou Hong. Toda a pluma produzida na fazenda Boa Esperança é destinada à exportação e a rastreabilidade da produção abrange todas as etapas produtivas – do plantio da semente até a chegada dos fardos ao contêiner que seguirá aos portos. Workshop No domingo (28), foi realizado um workshop sobre a cotonicultura brasileira. O evento foi aberto pelo presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, e contou com a presença do produtor e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi. “Aqui, em Mato Grosso, cultivamos com responsabilidade e eficiência. E temos potencial para expandir a produção: basta haver demanda”, afirmou o presidente da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa), Eraí Maggi. O diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, apresentou uma visão geral sobre os principais ativos do algodão brasileiro (qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade). Fernando Rati, gestor do Cotton Brazil, mostrou dados atualizados sobre a produção de algodão em Mato Grosso e o diretor da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), Ariel Coelho, traçou um diagnóstico do mercado nacional e internacional da fibra. Na safra 2023/24, a previsão é de que o Brasil produza cerca de 3,7 milhões de toneladas de pluma, com exportações estimadas em cerca de 2,6 milhões de toneladas. Agenda Nos próximos dias, a “Missão Compradores” passará pelos municípios baianos de São Desidério e Luiz Eduardo Magalhães, por Cristalina, em Goiás, até a sede da Abrapa, em Brasília (DF). Estão programadas visitas técnicas ao Centro de Análise de Fibras da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e ao Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), estrutura coordenada pela Abrapa. Saiba mais A “Missão Compradores” está em sua oitava edição em 2024 e integra o escopo de ações do Cotton Brazil, iniciativa que representa internacionalmente o setor produtivo do algodão brasileiro. Coordenado pela Abrapa, o programa é realizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e tem apoio da Anea. A missão é realizada em conjunto com as associações estaduais de produtores de algodão de Mato Grosso (Ampa), Bahia (Abapa) e Goiás (Agopa).
Nutrição do algodoeiro é tema de workshop no 14° CBA
30 de Julho de 2024A nutrição do algodoeiro será o tema central do workshop 4, que acontecerá no último dia do 14° Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). No encontro, especialistas evidenciarão que a adubação e nutrição do algodoeiro estão diretamente relacionadas ao permitir que os materiais genéticos da cultura tenham condições de expressar seus potenciais produtivos conforme os ambientes de produção. “Para cada condição de solo e ambiente há a necessidade de fazer diagnósticos específicos, existindo estratégias diferentes. As respostas não são lineares porque há questões econômicas envolvidas. Por isso, o workshop 4 irá abordar, também, as eficiências técnicas e econômicas”, explica o coordenador do encontro, Leandro Zancanaro, sócio proprietário da Origens Parcerias Agrícolas. Zancanaro tem a expectativa de fazer com que as pessoas reflitam que, neste tema, há conceitos fundamentais que sempre foram atuais e que fornecem as diretrizes para o diagnóstico e elaboração das estratégias futuras. “Espero que o público tenha condições de interagir em relação ao que o conhecimento sobre a fisiologia associado à nutrição tem de novo, com comprovação científica”, afirma. Palestras Quem abrirá o debate será o palestrante Álvaro Vilela Resende, da Embrapa Milho e Sorgo. Ele falará sobre conceitos de fertilidade no perfil do solo. Doutor em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), ele é pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, na cidade de Sete Lagoas (MG), onde desenvolve pesquisas em manejo da fertilidade do solo e adubação, visando o uso eficiente de nutrientes em solos de fertilidade construída. A palestra seguinte será proferida pelo professor do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), Evandro Fagan, que abordará os aspectos fisiológicos que interferem na eficiência nutricional do algodoeiro. Fagan é graduado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria, tem mestrado em Agronomia pela mesma universidade, e doutorado em Produção Vegetal pela Escola superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Atualmente é professor da UNIPAM, além de ministrar aulas de Fisiologia, Nutrição e Desenvolvimento de Plantas em cursos de especialização da ESALQ/USP. Na sequência, o coordenador de Solos e Pesquisa do Setor de Planejamento Agrícola, da SLC Agrícola, Marquel Jonas Holzschuh, falará sobre solos, ambientes de produção e fertilização do algodoeiro. Graduado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ele tem mestrado em Ciência do Solo pela UFSM e Doutorado em Ciência do Solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Possui experiência em agronomia e pesquisa agrícola, com ênfase em correção, fertilidade e manejo do solo; adubação e nutrição de plantas. Leandro Zancanaro encerra o encontro com a palestra “Uso racional de fertilizantes: se adaptar a diversidade de situações”. Ele explica que essa adaptação depende do diagnóstico correto e conhecimento com base científica aplicado a uma atividade com o uso da tecnologia. "Tecnologia não tem a ver com o que é usado de insumos ou ferramentas, por mais sofisticadas que sejam, e sim, com o conhecimento”, acredita. Engenheiro Agrônomo formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ele tem mestrado em Ciência do Solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Atualmente é sócio proprietário da Origens Parcerias Agrícolas, que trabalha com pesquisa nas áreas de solos, sistemas de produção, e consultoria nos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.